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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

APOSTILA DE ENGRENAGENS, CARDAN E


HOMOCINÉTICA

Apostila da disciplina mecanismos I (ENG03316) ministrada pelo


Prof. Patric Daniel Neis no curso de Engenharia Mecânica da
UFRGS

Disponível em: colocar no ebah e colar link aqui

Porto Alegre, 2012

Apostila Engrenagens e Juntas – Prof. Patric Daniel Neis


1
Engrenagens são elementos de máquinas que transmitem o movimento por meio de
sucessivos engates de dentes, onde os dentes atuam como pequenas alavancas. Um par de
engrenagens é, essencialmente, um dispositivo de troca de torque por velocidade e vice-versa.
Historicamente, rodas de atrito são a forma mais comum e simples de transferir movimento
entre eixos. Mas pode haver escorregamento à medida que o torque começa a se tornar mais
elevado. Atualmente, engrenagens são padronizadas pela AGMA (American Gears
Manufacturer Association).

A Figura 1 exemplifica um par de engrenamento (dentes retos ou spur gears) (a) externo e (b)
um par de engrenagens interna.

Figura 1- Pares de engrenagens: (a) externo e (b) interno.

Observações importantes:

 Duas engrenagens acopladas são chamadas de par de engrenagens. A maior delas


chama-se coroa e a menor pinhão.
 Quando se tem mais de duas engrenagens acopladas, o sistema é chamado de trem
de engrenagens.
 Polias Versus engrenagens: a diferença é que em engrenagens o próprio elemento faz
o engrenamento (um par de elementos). Em polias, existe um terceiro elemento, que é
a correia.
 Elementos ligados por corrente (no caso da bicicleta, por exemplo) são considerados
rodas dentadas.

Atenção especial deve ser dada a nomenclatura dos diferentes componentes


mecânicos utilizados na engenharia, conforme destaca a Figura 2.

Figura 2 – Diversidade de componentes mecânicos empregados em engenharia.

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Lei fundamental do engrenamento: a razão entre as velocidades angulares das engrenagens
deve permanecer constante durante o engrenamento. Para isso, o ponto primitivo deve
permanecer estacionário , o que significa que a linha de ação para cada novo ponto de contato
instantâneo precisa sempre passar pelo ponto primitivo estacionário.

As primeiras engrenagens eram feitas de madeira e não possuíam um engrenamento suave.


Portanto, não obedeciam a lei fundamental do engrenamento. Atualmente, engrenagens
possuem geometria específica de dente, sendo os 2 perfis mais empregados o cicloidal (perfil
de dente evolvente) e o perfil cicloidal. Ambos garantem a mesma relação de velocidade
durante o engrenamento das engrenagens. Um par de engrenagens nestas circunstâncias é
dito, portanto, par conjugado (mesma relação de velocidade angular entre os eixos). As curvas
involutas de duas engrenagens são ditos perfis conjugados. Esse é o perfil mais usado
atualmente. O perfil de dentes cicloidal é utilizado principalemente em alguns relógios de pulso
e de parede.A curva normal em qualquer ponto de uma evolvente é tangente à circunferência
base (Fig. 3). O perfil evolvente é vantajoso pois mantém a relação de velocidade mesmo se a
distância entre centros é alterada.O custo de fabricação de dentes com esse perfil é
relativamente baixo. O perfil cicloidal não possui essa propriedade. Em outras palavras, nas
engrenagens cujo perfil de dente é evolvente, a distância entre centros pode ser alterada sem
violar a lei fundamental do engrenamento, ou seja, a velocidade de saída permanecerá
constante para uma velocidade de entrada também constante.

Figura 3- Perfil envolvente: curva involuta.

O esquema da Figura 4 ilustra a mudança de distância entre centros em engrenagens com


perfil evolvente.

Figura 4 – Ilustração da mudança da distância entre centros de duas engrenagens com perfil
de dente envolvente [Adaptado: Norton, 2005].

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O esquema da Figura 4 pode ser explicado por meio da Equação 1, que descreve a relação
entre o diâmetro primitivo (D) e o diâmetro de base (Db) de uma engrenagem. Como D
aumenta com o aumento da distância entre centros e dado que Db é um parâmetro imutável de
uma engrenagem, o ângulo de pressão aumenta.

Db  D cos( ) (1)

Relações matemáticas e conceitos importantes de engrenagens

Em um par de engrenagens a velocidade linear da engrenagem 2 é igual a da engrenagem 1,


conforme definido pelas equações 2 e 3:

𝑣1 = 𝑣2 (2)

𝜔1 𝑟1 = 𝜔2 𝑟2 (3)

A razão da velocidade angular ou relação de transmissão 𝑚𝑣 é a razão entre as


velocidades. Também pode ser definido como a razão de qualquer medida geométrica (raio r,
diâmetro d, número de dentes Z), desde que o par de engrenagens possua o mesmo módulo
(relação entre o diâmetro primitivo e o número de dentes). A Equação 4 define a razão da
velocidade angular:

𝜔2 𝑟1 𝑑1 𝑍1
𝑚𝑣 = = = = (4)
𝜔1 𝑟2 𝑑2 𝑍2

A razão de torque ou ganho mecânico é o inverso da relação de transmissão:


1
𝑚𝐴 = (5)
𝑚𝑣

A razão de engrenamento é entedida como a razão de velocidade ou de torques, qualquer


deles que seja maior do que 1. Pode ser entendida como a relação de velocidades da coroa
sobre o pinhão.

Módulo de uma engrenagem é a relação entre o diâmetro primitivo D e o número de dentes Z,


conforme a equação (5). O módulo é medido em mm.
𝐷
𝑚= (6)
𝑍

Passo diametral é o oposto ao módulo, ou seja, 1/m. É uma medida padrão americano.

Passo circular (Figura 5) é a distância de um dente até o dente adjecente, medido sobre o
diâmetro ou círculo primitivo.

𝑝𝑐 = 2𝜋𝑅
𝑁
(7)

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Figura 5 – Nomenclaturas de engrenagens 1 [Fonte: Shiegley, 2005].

Razão de contato: número de pares de dentes simultaneamente em contato. Em caso igual a


1 o contato ocorre na ponta do dente, onde tem-se o maior momento fletor. Em razões de
engrenamento maiores do que 1, ainda assim haverá momentos em que apenas 2 dentes
estarão em contato. Porém, isso acontecerá em uma região abaixo da ponta do dente. Para um
engrenamento suave, o número mínimo de dentes em contato é de 1,2. A maior parte dos
engrenamentos possui razão de contato entre 1,4 e 2,0. Pares de engrenagens podem até ter
sido projetados para alta razão de contato. Mas se a qualidade de fabricação for baixa, a razão
de contato verdadeira pode ser baixa devido às folgas. Uma razão de contato de 1,35 significa
que sempre haverá pelo menos 1 dente (ou par de dentes) em contato e que há 2 pares de
dentes em contato por 35% do tempo.

Ponto primitivo: é o ponto de tangência entre duas circunferências primitivas e está sobre a
linha de centro entre os eixos.

Linha de ação: é a linha imaginária que passa pela tangente das duas circunferencias de base
e pelo ponto primitivo. O contato desloca-se por essa linha. A distância entre os pontos de
entrada e saída do contato ao longo da linha de ação da origem ao comprimento de ação. É
normal ao perfil da curva involuta dos dentes em contato.

Ângulo de pressão: formado entre a linha de ação e a direção da velocidade no ponto


primitivo. Engrenagens empregam ângulos de pressão padronizados (14,5°; 20° e 25°).

Uma engrenagem possui 4 diferentes circunferências (Figura 6):

i) Circunferência de cabeça ou circunferência de adendo: circunferência que passa pela


cabeça da engrenagem. É uma medida física, que pode ser medida com um paquímetro. Em
outras palavras, é a circunferência que coincide com o topo do dente.

ii) Circunferência de pé ou circunferência dedendo: circunferência que passa pela pelo pé


da engrenagem. Em outras palavras é a circunferência que coincide com o fundo do dente.

iii) Circunferência primitiva ou de referência: círculo imaginário que passa pelo ponto
primitivo. É um círculo teórico sobre qual os cálculos são feitos. De acordo com a teoria, esse

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círculo representa o diâmetro sobre o qual o par de engrenagens gira sem escorregamento
(substitui por roda de atrito). Para uma velocidade constante, o ponto primitivo P deve ser
imutável. Trata-se de uma circunferência “virtual” e que não pode ser medida por instrumento.

iv) Circunferência de base: Da mesma forma que a circunferência de referência, trata-se de


uma circunferência “virtual” e que não pode ser medida por instrumento. A circunferência de
base está relacionada ao diâmetro de base pelo ângulo de pressão. É necessariamente menor
que a circunferencia primitiva.

Figura 6 – Ilustração de duas engrenagens, mostrando suas circunferências.

Folga: é a distância excedente da circunferência de dedendo de uma engrenagem em relação


a circunferência de adendo do seu par de engrenagem. Existe ainda a folga de engrenamento,
essa na direção circular. Ocorre devido as tolerâncias entre a largura dos dente e vão dos
dentes sob engranamento. Passa a ser um problema quando ocorre a reversão do torque
durante um engrenamento, produzindo barulho e desgaste prematuro das engrenagens.

Altura de adendo (ou altura de cabeça ou saliência): é a altura correspondente a distância


radial entre a circunferência primitiva e a circunferência de adendo ou o topo de cada dente.
Adendo = “adicionar a “

Altura de dedendo (ou altura de pé ou altura de raiz ou reentrância): é a distância radial


entre a circunferência primitiva e a circunferência de dedendo, raiz ou pé ou o fundo do dente.
Dedendo = ” subtrair de”

A Figura 7 ilustra algumas das nomenclaturas mencionadas acima.

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Figura 7 –Nomenclaturas de engrenagens 2 (Norton, 2005).

Passo frontal (p): comprimento de um dente e um espaço medido na circunferência primitiva.


A literatura também chama de passo circular de referência e é calculado como:

𝜋𝑑
𝑝𝑐 = (8)
𝑁

Espessura do dente: Shigley chama de largura do dente. Portanto espessura e largura são
confusos.

Espaço ou largura do vão: é ligeiramente diferente da espessura do dente para permitir o


encaixe. Essa pequena folga é problema com reversão (ruído, desgaste, vibração). Sem
reversão, não há problema. A Figura 8 ilustra algumas das nomenclaturas mencionadas acima,
incluindo o espaço.

Figura 8 – Ilustração 3D das nomenclaturas de engrenagens.

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Condições para engrenamento: mesmo módulo e ângulo de pressão!!

Classificação das Engrenagens

As engrenagens podem ser classificadas de acordo com a posição relativa dos eixos
de revolução. Esses eixos podem estar:

• Paralelos;

• Intersecionados ou concorrentes;

• Nem paralelo nem intersecionados.

Eixos paralelos

I) Engrenagens cilíndricas de dentes retos: é sempre classificada como eixos paralelos. Pode
ser de engrenamento interno (mesmo sentido de rotação) ou externo (mudança no sentido de
rotação)Esse tipo de engrenagens tem como vantagens baixo custo,montagem e
dimensionamento mais fácil, baixo escorregamento e elevado rendimento (em torno de 95 a
99%). Além disso, não transmitem cargas axiais, o que leva a uma baixa solicitação dos
mancais. Como desvantagem esse tipo de engrenagem possui o contato em linha, o qual
ocorre bruscamente, gerando ruído e vibração. A Figura 9 apresenta algumas engrenagens
cilíndricas de dentes retos.

Figura 9 – Exemplos de engrenagens cilíndricas de dentes retos, as quais pertencem sempre a


classificação de eixos paralelos.

II) Engrenagens cilíndricas heicoidais: podem ser configuradas em eixos paralelos, embora
também podem ser usadas como eixos nem paralelos e nem intersecçionados (engrenamentos
cruzados). Essas engrenagens possuem um ângulo de hélice do dente em relação ao eixo.
Caso o comprimento do eixo fosse grande suficiente, o dente daria uma volta completa (360º).

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Apresentam as seguintes vantagens em relação às engrenagens de dentes retos: maior
capacidade de transmitir torque devido a maior área de contato e também porque o dente é
mais grosso na direção da carga. Ocorre engrenamento deslizante (suave), sem choques entre
os dentes, sendo, portanto, um engrenamento mais silencioso e suave do que engrenagens de
dentes retos. O contato vai aumentando aos poucos durante o engrenamento, conforme
ilustração da Figura 10.

Figura 10 – Caminho do contato sobre o dente de uma engrenagem helicoidal [Fonte: AGMA,
1990].

Como desvantagens, as engrenagens helicoidais tem um dimensionamento, fabricação e


montagem mais difícil, além de rendimento um pouco menor devido ao maior escorregamento.

Engrenagens cilíndricas helicoidais exigem mancais mais robustos, uma vez que transmitem
cargas axiais, que tendem a separar os eixos (Figura 11).

Esse problema pode ser contornado usando o engrenamento por um par de engrenagens
cilíndricas helicoidais duplas ou em V. Esse tipo de engrenagem nada mais é do que uma
engrenagem de mão esquerda e mão direita acopladas em um mesmo cilindro (disco).

Figura 11 – Engrenagens helicoidais: (a) esforços em um par de engrenagens simples e (b)


par de engrenagens de duplo V.

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Uma aplicação típica de engrenagens cilíndricas helicoidais é em caixa de câmbio de veículos
(Figura 12). A exceção é a marcha ré do carro, que usa engrenagens de dentes retos
(observem o ruído característico).

Figura 12 –Transmissão (caixa de câmbio) de um veículo.

iii) Pinhão e cremalheira de dentes retos: é outra possibilidade de engrenamento por eixos
paralelos. O par pinhão e cremalheira (Figura 13) converte o movimento rotacional em retilíneo
e vice-versa. O raio de base da cremalheira é infinito. Os dentes de uma cremalheira também
possuem uma curva involuta, que é uma linha reta.

Figura 13 –Ilustração do par cremalheira e pinhão.

Aplicações típicas de cremalheira e pinhão são em sistema da barra de direção de veículos de


direção não hidráulica (Figura 14-a) e posicionadores manuais de máquinas ferramenta (Figura
14-b). Pinhão e cremalheira também pode ser encontrado em mecanismos de abertura elétrica
de portões residenciais.

(a) (b)

Figura 14 – Aplicações do par cremalheira e pinhão: barra de direção e posicionadores


manuais.

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Eixos interseccionados ou concorrentes

i) Engrenagens cônicas: são empregadas quando se deseja modificar o ângulo do eixo de


saída em relação ao eixo de entrada. Para eixos interseccionados, são empregadas as
engrenagens cônica espiral e a engrenagem cônica zerol (ambas são análogos a engrenagens
helicoidais) ou ainda a engrenagem cônica de dentes retos (Figura 15). As vantagens das
primeiras em relação as segundas são as mesmas em relação as engrenagens cilíndricas
helicoidais com as cilíndricas de dentes retos. São elas: engrenamento suave e maior
capacidade de transmitir torque.

Figura 15 – Ilustração de engrenagens cônicas de dentes retos.

De acordo com a distância offset (distância entre o eixo da coroa com relação à linha de centro
do pinhão), as engrenagens podem ser: a) espiral, zerol ou cônica de dentes retos: quando o
offset é igual a zero. Reparem que nesse caso temos eixos interseccionados. b) hipóide:
quando há um offset pequeno. Neste caso, o par de engrenagens é classificado segundo seus
eixos como nem paralelos e nem interseccionados. c) espiróide: quando o offset passa a ser de
médio a grande. O par de engrenagens continua classificado, segundo seus eixos, como nem
paralelos e nem interseccionados. Sem-fim: possui o maior offset entre todas os pares de
engrenagens. Também é classificado, segundo a disposição de seu eixo, como nem paralelo e
nem interseccionado.

A distância de fronteira que separa o offset da engrenagem hipóide da engrenagem espiróide


não é bem definida. A Figura 16 ilustra as diferentes distâncias offset que podem ocorrer entre
pinhão e coroa.

Figura 16 – Ilustração de diferentes distâncias de offset entre pinhão e coroa.

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As engrenagens espirais e zerol possuem a maior capacidade de velocidade entre as
engrenagens cônicas. A Figura 17 ilustra alguns exemplos de engrenagens cônicas, as quais
possuem um offset de zero.

Figura 17 – Exemplos de par coroa e pinhão cujos eixos são interseccionados: da esquerda
para direita cônica de dentes retos, cônica espiral e cônica zerol.

Eixos nem paralelos e nem interseccionados

Engrenagens hipóides, espiróides, sem fim e engrenagens cilíndricas helicoidais reversas são
exemplos típicos de engrenagens cujos eixos estão dispostos de maneira nem paralela e nem
interseccionados (Figura 18).

Figura 18 – Exemplos pares de engrenagens cujos eixos são nem paralelos e nem
interseccionados: da esquerda para direita engrenagens hipóide, espiróide, cilíndricas
helicoidais cruzadas e sem fim [Adaptado: AGMA, 1990).

As engrenagens hipóides são muito empregadas para conexão do eixo motriz do motor dos
veículos (geralmente um cardan duplo) ao diferencial. Com isso, pode-se baixar a altura do
cardan, contribuindo para a diminuição ou eliminando o túnel dos veículos. A Figura 19 mostra
uma fotografia tirada de um diferencial veicular, onde é possível visualizar a engrenagem
hipóide e a coroa.

Figura 19 – Diferencial veicular, onde são empregadas engrenagens hipóides.

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Nas engrenagens cilíndricas helicoidais cruzadas ocorre deslizamento puro e contato pontual.
Possuem baixa capacidade de torque comparadas as engrenagens helicoidais montadas sobre
eixos paralelos.

Com relação aos sem fins, existe uma ação de deslizamento muito pronunciada entre os
dentes do parafuso sem fim e da coroa, ação que tende a remover película produzida por
lubrificante que não seja suficientemente resistente, do que resulta a tendência de tais
engrenagens funcionarem a temperaturas elevadas e de sofrerem considerável desgaste. As
velocidades dominantes são de deslizamento entre os dentes. É, por isso, dentre os sistemas
de engrenagens, o menos eficiente. Consegue-se grandes reduções, como de 360:1. Pode ou
não possuir autotravamento da coroa, condição importante em elevadores de carro. Parafusos
sem fim podem possuir 1 rosca única ou entrada de múltiplas roscas ou múltiplas entradas.
Quanto à coroa usada conjuntamente com o parafuso sem fim, essa pode ser do tipo não
envelopada e envelopada (Figura 20). O último tipo possui maior capacidade de torque.

Figura 20 – Diferentes tipos de coroas empregadas com parafusos sem fim [Fonte: AGMA,
1990].

Engrenagens sem-fim possuem princípios igualmente aplicáveis a parafusos de potência. Um


parafuso sem fim será dito autotravante quando o torque aplicado à coroa não é capaz de
rodar o sem fim. Nessa aplicação um par coroa e sem-fim pode ser usado como elevador de
carro. Isso ocorre quando o ângulo de avanço do sem-fim for suficientemente pequeno (<6º).

Mãos em engrenagens

Mão em engrenagens refere-se ao sentido do perfil do dente. Mão esquerda: olhando no


sentido axial, giro do perfil dente no sentido ANTI-HORÁRIO.Mão direita: olhando no sentido
axial, giro do perfil do dente no sentido horário.

Engrenagens cilíndricas e cônicas de dentes retos: não possuem mão.

Engrenagem helicoidal externa em eixos paralelos: possuem mãos opostas (Figura 21).

Figura 21 –Engrenamento entre engrenagens cilíndricas helicoidais com eixos paralelos: mãos
opostas.

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O engrenamento entre engrenagens cilíndricas helicoidais externas em eixos cruzados possui
a mesma mão (Figura 22).

Figura 22 – Engrenamento entre engrenagens cilíndricas helicoidais externas com eixos


cruzados: mesma mão [Adaptado: AGMA, 1990].

O engrenamento entre engrenagens cilíndricas helicoidais internas possui a mesma mão


(Figura 23).

Figura 23 – Engrenamento entre engrenagens cilíndricas helicoidais internas: mesma mão.

Engrenagem espiral, zerol, hipóide, espiróide: engrenam SEMPRE em mãos opostas entre o
pinhão e a coroa.

Trens de engrenagens

Os trens de enngrenagens pode ser de 2 tipos: simples ou compostos (Figura 24). Nos trens
simples há apenas uma engrenagem por eixo. Trens compostos possuem 2 engrenagens
conectadas em um mesmo eixo.

Figura 24 – Trens de engrenagens: (a) trens simples e (b) trens compostos.

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No caso do trem simples da Figura 24-a, tem-se a seguinte relação de transmissão:

−Z1 −Z2 −Z3


mv = ( Z2 ) ( Z3 ) ( Z4 ) (9)

Um sinal negativo signifca que o eixo da engrenagem de saída vai girar em sentido contrário ao
da entrada. Um sinal positivo significa que ambos os eixos de entrada e de saída giram no
mesmo sentido.

No caso do trem composto da Figura 24-b, tem-se a seguinte relação de transmissão:

−ω2 −ω4 Z1Z3


mv = ( ω1 ) (1) ( ω3 ) = Z2Z4 (10)

Note que, primeiramente, a relação de transmissão é colocada em função da velocidade


angular e depois colocada em função de parâmetros geométricos, que podem ser Z, D ou R.
Onde se tem as engrenagens ligadas sob o mesmo eixo, a relação de transmissão vale 1.

Trem de engrenagens epicíclico ou planetário

Consiste de uma ou mais planetas orbitando em torno de uma engrenagem solar. Pode ainda
existir uma barra, haste ou braço para manter a engrenagem planeta em órbita. É comum
tambéem o emprego de uma engrenagem anel como o quarto elemento. Existem catalogadas
12 diferentes configurações de engrenagens planetárias.

Figura 25 – Trem de engrenagens epicicloidal.

A equação que descreve o movimento de uma engrenagem epicicloidal é mostrado a seguir:

𝐷𝑒 𝜔𝑠 − 𝜔𝑏
± =
𝐷𝑠 𝜔𝑒 − 𝜔𝑏

Onde D e ω são diâmetros e velocidade angular e os subíndices “e” e “s” correspondem a


entrada ou saída, respectivamente. O sinal é usado da seguinte forma: negativo para
engrenamentos externos e positivo para internos.A relação de diâmetros também pode ser
substituída pela relação de raios ou número de dentes (engrenagens de mesmo módulo).

Exemplo 1: No conjunto planetário abaixo, são dados:

Z2=36 dentes Z4=18 dentes ω2=0 ω4=30rpm. Qual a velocidade da barra?

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Figura 26 – Esquema engrenagens planetárias.

𝑍2 𝜔4 − 𝜔𝑏
− =
𝑍4 𝜔2 − 𝜔𝑏

36 30 − 𝜔𝑏
− =
18 0 − 𝜔𝑏

𝝎𝒃=10rpm

Exemplo 2: Considere o sistema palnetário abaixo, no qual a engrenagem h é travada e a


entrada do movimento ocorre pelo braço. As dimensões do anel h, planeta j, sol k e braço A
valem Rh=200mm, Rj=50mm, Rk=100mm e RA=150mm, respectivamente. Se a entrada
angular de velocidade vale ωA=10rad/s, determine as velocidades angulares do planeta j e do
sol k.

Figura 27 – Esquema engrenagem planetária do exemplo 2.

Primeiramente, calculamos ωk, fazendo a relação da primeira a última engrenagem (do sol ao
anel):
𝑅𝑘 𝜔ℎ−𝜔𝐴
− = (o sinal é negativo pois (-).(+) = (-), onde (-) é sol com planeta e (+) é planeta com
𝑅ℎ 𝜔𝑘−𝜔𝐴
anel.
100 0−10
− =  -0,5 (ωk-10)=-10  =-0,5ωk + 5=-10  ωk=30rad/s (sinal positivo, então a
200 𝜔𝑘−10
engrenagem solar gira no mesmo sentido do braço)

Agora para calcular ωj, faz-se a relação da primeira a última engrenagem considerada (do sol
ao planeta):

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𝑅𝑘 𝜔𝑗−𝜔𝐴
− = (o sinal é negativo, pois é engrenamento externo do sol com planeta.
𝑅𝑗 𝜔𝑘−𝜔𝐴

100 𝜔𝑗−10
− =  -2 (20)= ωj - 10  =-40 = ωj - 10 ωk=-30rad/s (sinal negativo, então a
50 30−10
engrenagem planeta gira em sentido contrário ao braço, que é a entrada)

Rendimento de engrenagens: relação entre a potência de saída e a potência de entrada. A


seguir alguns dados de rendimento de engrenagens.

Cilíndricas de dentes retos e helicoidais: η = 98%

Cônica zerol: η=98%

Cônica hipóide: η=92 a 95%

Cônica Espiróide: η=86 a 94%

Par coroa e sem-fim: η=80%

Falha de Engrenagens

Engrenagens podem apresentar 2 tipos de falha (Figura 28): falha superficial (crateração) da
superfície do dente e falha por fadiga devido as flexões cíclicas na raiz do dente. Não existe um
limite de vida infinito para as falhas por fadiga superficial. A crateração é o modo de falha
superficial mais comum, especialmente se não lubrificadas em serviço. Esse é um tipo de falha
por fadiga superficial entre superfícies que rola. Mas como também há deslizamento entre os
dentes (na verdade em engrenagens há uma combinação de deslizamento e rolamento), pode
também ocorrer a falha por desgaste abrasivo e adesivo.

(a) (b)

Figura 28 – Falha em engrenagens: (a) crateração ou pitting e (b) desgaste adesivo.

A falha por tensão de flexão é a mais catastrófica, até porque a quebra do dente promove a
parada da máquina. A falha por crateração vem gradualmente e dá aviso audível e visível. As
engrenagens podem funcionar por um tempo depois que o processo de crateração se iniciar.
Ambos são tipos de falha por fadiga.

O adelgaçamento ocorre quando a circunferência de base está muito próxima a circunferência


primitiva. Acontece que na região abaixo da circunferencia de base, o perfil de dente não é

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uma curva involuta. Se for assim, a porção do dente abaixo da circunferencia de base
interferirá com a ponta do dente da engrenagem acoplada. Em ouras palavras, o contato entre
os dentes ocorre antes de das curvas serem involutas (antes da circunferência de base), que é
onde os perfis dos dentes não são tangentes. O adelgaçamento enfraquece o dente pela
remoção de material em sua raiz. Isso poderá levar a falha prematura do dente. Esse problema
pode ser evitado aumentando o número de dentes de uma engrenagem.Por isso, existe um
número mínimo de dentes para se evitar o problema de adelgaçamento. Outra solução para o
adelgaçamento é transladar o perfil das engrenagens, fazendo o adendo mais longo no pinhão
e mais curto na coroa. Uicker et al, 2011, expõem uma simples solução: tornar os dentes
menores. Porem, os atores mencionam que essa solução dificulta a reposição, uma vez que
torna a engrenagem fora dos padrões. Um benefício secundário da técnica de transladar é que
o pinhão fica mais grosso em sua base, e dessa forma mais forte.

A Figura 29 apresenta as tensões que ocorrem em dentes de engrenagens.

Figura 29 – Tensões em dentes de engrenagens.

Qualidade da engrenagem

AGMA define índices de qualidade de 3 a 16, os quais são função do processo de fabricação.
Obviamente, maior a qualidade, cresce o custo. Imprecisões no espaçamento dos dentes
causará impactos entre os dentes e as forças de impacto aumentam com o aumento da
velocidade. Por isso, o índice de qualidade aumenta com a velocidade da aplicação do par de
engrenamento. A razão de engrenamento pode ser afetada pelas tolerâncias de fabricação
também. Quando uma alta qualidade é requerida, operações de acabamento podem ser
realizadas, tais como polimento, retificação, lapidação, entre outros.

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Materiais para uso em engrenagens

Ferros fundidos: possuem fácil usinabilidade, possuem amortecimento interno devido às


inclusões de grafite e são, portanto, mais silenciosos do que aço. Possuem alta resitência ao
desgaste. A desvantagem fica por conta da menor resistência à tração, o que requer dentes
maiores.

Aços: possuem resistência à tração maior do que ferro fundido e competem em custo. Porém,
necessitam de tratamento térmico para aumentar a resistência superficial ao desgaste (Figura
30). Em aplicações de baixa solicitação ou quando a longevidade não é um fator importante,
não é feito o tratamento térmico.

Engrenagens não-metálicas: tem baixo ruído, mas são limitadas em sua capacidade de torque
devido a baixa resistência do material.

Figura 30 – Macrografia de uma engrenagem.

Junta universal

Embora possua aparência simples, a junta 4 pontos, também chamada junta cardan
(Figura 31), junta U, junta de Hooke, junta hardy-spier, é mais complexa do que aparenta. O
primeiro a registrá-la em 1545 (desenhos apenas) foi Gerolamo Cardano, posteriormente foi
equacionada e construída por Robert Hooke em 1676.
A complexidade do mecanismo ocorre devido à variação de velocidade de saída
quando esse é acionado em ângulo de inclinação.

Como a cruzeta é presa a 4 pontos,


a junta também é chamada de junta
de 4 pontas.

Figura 31 – Esquema de uma junta


universal.

A variação no ângulo do plano da cruzeta é que causa a variação na velocidade de


saída.
Considerando o desenho, onde a ligação 1 é o motor, a 3 é a movida e a 2 é a cruzeta
que conecta os cabeçotes (garfos), apesar de ambos os eixos completarem uma volta no

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mesmo tempo, a velocidade angular do eixo de saída não é constante durante a revolução.
Esta varia em função do ângulo de rotação θ e do ângulo 𝛽.

𝜔2 cos 𝛽
=
𝜔1 1 − (sin 𝛽)2 (cos 𝜃)2

𝑆𝑒 𝛽 = 0 → 𝜔1 = 𝜔2 ↑ 𝛽 = ↑ 𝑎𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝜔2

Graficamente
(Figura 32):

Figura 32 – Velocidade dos eixos de entrada e saída de um cardan.

Este efeito causa vibração e deve-se cuidar para que a frequência de vibração de W2 não seja
igual a Wn, o que pode levar a ressonância e quebra do mecanismo.
Para não ocorrer vibrações, deve-se ter duas juntas universais de mesmo 𝛽 (Figura
33).

Figura 33 – Esquema do cardan duplo.

Nesta condição, a junta cardan passa


também a ser considerada como
homocinética.

Exercício:
Uma junta universal conecta dois eixos com 𝛽 = 45°. Se 𝜔1 = 100𝑟𝑝𝑚, calcule
𝜔2 𝑚á𝑥 𝑒 𝜔2 𝑚𝑖𝑛.

Cos 𝜃 = 0 → 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
cos 45
Cos 𝜃 = 1 → 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝜔2 𝑚𝑖𝑛 = 100 = 70,7𝑟𝑝𝑚
1−(sin 45)²(cos 90)²
cos 45
𝜔2 𝑚á𝑥 = 100 = 141,4𝑟𝑝𝑚
1−(sin 45)²(cos 0)²

Tipicamente, diferenças de até 5° são aceitáveis entre 𝛽1 e 𝛽2 caso rotação seja básica
(<500rpm). Em altas rotações, essa diferença é limitada a 1,5°.
O máximo ângulo de deflexão de um cardan duplo está limitado a 44° por junta. Essa
variável depende da velocidade de rotação (Figura 34) e do comprimento L da barra
intermediária (Figura 35). Se for cardan simples e for admitida vibração, pode-se empregar
ângulos próximos a 90° em baixíssimas rotações.

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Figura 34 – Relação entre ângulo de deflexão e velocidade.

Especificações fora destas


faixas podem diminuir a vida
útil do mecanismo devido a
vibrações e calor.

Figura 35 – Relação entre a velocidade e o comprimento da barra intermediária.

Aplicações do cardan: Trem, guindastes, brinquedos de parques de diversões, navios,


veículos, máquinas em geral, barra de direção. Inglês: Cardan shaft, U-joint.

Junta homocinética

A primeira homocinética foi desenvolvida por Alfred H. Rzeppa em 1927. É uma junta
de 6 esferas e permite ângulos 𝛽 máximos de ~45° e em condições especiais de 52°.
Tipos:
I) Rzeppa: Possui 6 esferas, posicionadas com auxílio de uma gaiola.
II) Bendix-Wein: Movimento transmitido por 4 esferasmais uma esfera central.
III) Tripóide ou Trizeta: Emprega rolamentos no lugar de esferas
Dentre os tipos aqui apresentados, Rzeppa permite a maior deflexão. As demais
permitem ângulos por volta de 20° e o cardan duplo em 44°.
Aplicações: Tração dianteira de praticamente todos veículos, nas suspensões traseiras
independentes de certos carros, maquinas de usinagem. Inglês: CV joints, constant velocity
joints.

Quadro comparativo com cardan (Quadro 1):

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Quadro 1 – Comparativo entre homocinética e Cardan.
Homocin. I,
Cardan duplo Cardan simples
II, III

Custo Alto Média Baixo

Capacidade de Carga Média Alta Alta

Média (max
Deflexção Alta (max 44x2=88°) Alta (~90°)
52°)
Menor que Menor que
Capacidade de rotação Alta
homocinética homocinética

Resist. a ambientes hostis Média Alta Alta

Espaço (dimens.) Grande. Requer eixo


Pequeno Pequenos
requerido intermed.

Exercício:
O que você indicaria para um implemento agrícola (roçadeira) que trabalha sob
rotações <500rpm, torques baixos e deflexões de no máx 30°. Embase bem sua resposta
considerando custos, simplicidade, vida útil, etc.

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Lista de exercícios de engrenagens, cardan e homocinética

1. Como podem ser classificadas as engrenagens? Cite 2 exemplos para cada um dos três
casos.

2. Deseja-se projetar um redutor com relação de 10 (entrada) para 1 (saída),utilizando apenas


4 engrenagens e acoplando duas delas solidariamente no mesmo eixo. Dimensione pelo
número de dentes o conjunto. O usuário deseja utilizar engrenagens com número de dentes
maior do que 12.

3.Do trem de engrenagens mostrado na figura, determine a velocidade angular da


engrenagem 7. Dados: 1 = 3.600 r.p.m.; Z1 = 12; Z2 = 41; Z3 = 28; Z4 = 79; Z5 = 23; Z6 = 32; Z7
= 11; Z8 = 50;

4.Considere os seguintes dados de uma engrenagem epicicloidal:

Engrenagem solar: 20 dentes

Engrenagem planeta: 10 dentes

Engrenagem anelar: 40 dentes

Entrada pelo braço: 200 rpm, anti-horário

Entrada pela engrenagem solar: 100 rpm, anti-horário

Calcule a velocidade angular absoluta de saída da engrenagem anelar:

5. Um cardan simples é conectado a um ângulo β=30°. A máxima velocidade medida no eixo


de saída é de 200 rpm. Qual a velocidade do eixo de entrada?

𝝎𝟐 𝒄𝒐𝒔𝜷
=
𝝎`𝟏 𝟏 − 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜷𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜽

6.Dados um par de engrenagens, com pinhão 16 dentes e coroa 40 dentes, ângulo de pressão
20° e módulo 10 mm, calcule: a) a distância entre centros; b) o novo ângulo de pressão caso a
distância entre centros seja aumentada em 4 mm.

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REFERÊNCIAS

American National Standard Gear Nomenclature (AGMA) 1012-F90. Definitions of Terms with
Symbols, Estados Unidos, 1990.

SHIEGLEY, J.; Mischke, E.; Budynas, C.R. Projeto de Engenharia Mecânica, Bookman, 7ª
edição, 2005.

Uicker, J.J.; Pennock, G. R.;J.; Shigley, J. E. Theory of Machines and Mechanisms, Oxford
University Press.

Norton, R. L.; Machine Design – An Integrated Approach, Prentice Hall, 3rd edition,
2005.

Norton, R.L., Projeto de Máquinas, 2004, Bookman.

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