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ROTEIRO CURSO MEDIUNIDADE

Curso dedicado à elucidação sobre o processo mediúnico no contexto Umbandista. Pré-requisito: Alistamento;
O que é Umbanda;

O QUE É MEDIUNIDADE

Mediunidade é a capacidade de mediar a comunicação entre o plano físico e


o espiritual. A palavra mediunidade deriva da palavra em latim médium, que
significa “meio”. Esta mediação ocorre de diversas formas. Seguem algumas
destas formas:

- Clarividência – habilidade de ver espíritos;


- Clariaudiência – habilidade de ouvir;
- Psicografia – habilidade de receber contatos espirituais e transpor em
textos;
- Psicofonia – habilidade de usar a fala para mediar contatos espirituais;

Estas são algumas formas de mediunidade. A mais comum na Umbanda é


psicofonia, que chamamos de incorporação. Na realidade, chamamos de
psicofonia pela proximidade de sentido que este termo traz na sua didática. Se
formos categorizar de fato o tipo de mediunidade mais comum na Umbanda,
poderíamos chamar de “psicofonia complexa”, pois são usados diversos
pontos de força no processo.
Diferente da ideia passada pelo termo incorporação, este processo se dá de
forma complexa, mas não significa uma incorporação propriamente dita. Ou
seja, o nosso Espírito não “sai” do nosso corpo para que outro Espírito “entre”
e assuma o nosso corpo. O que acontece de fato é um acoplamento dos nossos
pontos de força (chacras) com os pontos de força do Espírito que vai se
comunicar. Mas...o que são pontos de força?
Os pontos de força, ou chacras, são estruturas de captação e emissão de
energia, situados em pontos específicos do nosso corpo. Estes pontos de força
estão associados a estruturas físicas, e seu estudo aprofundado poderá ser feito
em outro momento. Cada ponto de força é responsável pela captação e pela
emissão de energias específicas. Dependendo da forma de comunicação, alguns
pontos de força específicos são usados para o acoplamento com o Espírito
comunicante. Para facilitar nosso entendimento, seguem algumas imagens
ilustrativas dos pontos de força:
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Imagem 1
Imagem 2

Na imagem 1, temos os sete pontos de força principais. Importante ressaltar


que esta classificação pode mudar dependendo da nossa fonte de pesquisa.
Alguns pensadores entendem mais de sete chacras principais, outros os
nomeiam e classificam de forma diferente. Para nós, neste momento, é
importante entender o sentido destes pontos de força e a sua localização no
nosso corpo.
Na imagem 2, temos os vórtices indicando o caminho que a energia faz
em cada ponto de força. Além disso, cada ponto de força é interligado entre si,
e existe um fluxo de energia no nosso corpo. Fica claro perceber a
complexidade da realidade energética e espiritual na nossa vida! Nos
aprofundaremos neste conhecimento mais pra frente. Agora, precisamos
entender como estas estruturas são importantes no processo mediúnico, e
faremos isso nos atentando na imagem 2.
Como dito anteriormente, dependendo do tipo de comunicação, temos
pontos de força específicos que são utilizados pelos Espíritos comunicantes.
Por exemplo, quando um Espírito precisa se comunicar através da psicografia,
são utilizados pontos de força que regulam as mãos e a consciência. Se for uma
psicofonia “simples”, os pontos de força utilizados são os da fala e da
consciência. No processo intuitivo, apenas o ponto de força da consciência é
utilizado. Mas, e na incorporação?
Neste caso, quase todos os pontos de força são utilizados para a
comunicação. Esta é talvez a maior diferença do processo mediúnico na
Umbanda em relação às outras vertentes mediúnicas. A manifestação
espiritual na Umbanda “deve” ser mais intensa, com mais troca de energias,
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devido a quantidade de pontos de força utilizados pelos nossos Guias. “Deve”,
porque esta intensidade está diretamente ligada ao desenvolvimento do
médium. Quando falamos sobre mediunidade ativa, precisamos entender
como o grau de dedicação, de interesse, de comprometimento que o médium
deposita na sua caminhada influencia diretamente no seu processo mediúnico,
que na Umbanda chamamos de firmeza na manifestação. Em contrapartida, o
grau de pensamentos egóicos, de necessidade de manifestar de forma intensa, o
grau de misticismo pode atrapalhar grandiosamente seu desenvolvimento
mediúnico. Manifestação espiritual, contato mediúnico, são processos sutis, ou
seja, dependem de concentração, desenvolvimento, e o mínimo de influência
da parte do médium. Energia espiritual é algo invisível, intenso ou suave,
dependendo do Espírito, mas também depende da responsabilidade com que
o médium trata a sua própria mediunidade.
Aproveito para apresentar a seguinte imagem:

Espírito

Mente Emoção

Corpo Sensação

Gosto de usar esta imagem para ilustrar as nossas “camadas”, as nossas


“instâncias”, nossas dimensões, os tipos de influência que sofremos, enfim,
para ilustrar o que é de fato ser gente. Claro que nós somos tudo isso ao
mesmo tempo. Estas dimensões estão intimamente ligadas umas às outras, e
na prática, sem eu desenvolvimento adequado, fica muito difícil identificar,
enquanto médium, de onde estamos recebendo informações. Mas por uma
questão didática, vamos nos observar desta forma, com cada uma das
dimensões em separado, e vamos iniciar o nosso desenvolvimento, para
aprendermos não só a identificar cada uma das dimensões atuando, mas a
atuar em uma dimensão partindo de outra. Vamos exemplificar?
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Às vezes, vamos à Gira com uma dor de cabeça intensa. Esta dor de
cabeça é física, proveniente de um dia cheio de trabalho. De repente nos
estressamos no trabalho, e estamos com o nosso mental mexido (estresse), o
corpo mexido (dor de cabeça). Em um passe, o Guia muda a nossa energia,
retirando a sensação desagradável da dor de cabeça (sensação e corpo), nos
aconselhando sobre os problemas da vida (mente). Ou seja, não era demanda.
Era dor de cabeça e estresse. Mas o Espiritual conseguiu ajudar de alguma
forma.
Outro exemplo? Às vezes temos dores no corpo sem um sentido físico;
pode ser por influência espiritual, ou por questões emocionais. Se
entendermos que todas estas cinco dimensões estão interligadas, com um
banho de ervas, eu mudo a energia do meu corpo, e dependendo da erva que
eu uso, posso cortar a sintonia que permite a influência espiritual, ou dificultar
que as minhas emoções manifestem sensações no corpo.
Claro que cada caso é um caso, mas estes exemplos nos mostram como
podemos ser ativos, pelo menos nas questões referentes às resoluções dos
nossos problemas. Podemos mudar nosso pensamento diante de determinados
problemas, podemos usar de energias de banhos de ervas, por exemplo, para
mudar a nossa energia, e por aí vamos.
Mas, e os nossos processos mediúnicos? Como podemos ser ativos nestes
processos?
Para isso, precisamos falar sobre sintonia. De acordo com o dicionário:

Significado de Sintonia
Harmonia; modo semelhante de pensar, de sentir; em que há acordo, equilíbrio ou concordância: ele
estava em sintonia com ela.
[Figurado] Reciprocidade; simpatia que faz com que alguém se aproxime de outra pessoa: eles
estavam em sintonia.
[Psicologia] Condição de quem estabelece uma relação harmônica ou de correspondência com o meio.

Ou seja, sintonia é um “acordo”, uma via de mão dupla, que


estabelecemos na nossa vida. Em termos espirituais, essa via de mão dupla se
dá com os Espíritos, tanto Guias quanto Eguns e Quiumbas. Ou seja,
obrigatoriamente, existe algo em nós que precisa se encaixar, se harmonizar,
em TODOS os contatos espirituais. Se manifestamos Guias, temos harmonia
com eles. Se manifestamos outros Espíritos, temos harmonia com eles também.
Costumo dizer que temos pelo menos 50% de responsabilidade nas nossas
manifestações, sejam elas positivas ou negativas. Somos de fato ativos nos
processos, mesmo quando não nos damos conta.
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Então, como médiuns ativos no processo, como podemos melhorar o
nosso desenvolvimento mediúnico? Resposta simples, embora o caminho não
seja tão fácil assim...
Influenciamos positivamente o nosso processo mediúnico quando
olhamos para aquela figura representativa das nossas dimensões, e tentamos
contribuir como podemos, com as instâncias que nos cabem, para facilitar este
processo. Ou seja, podemos cuidar dos nossos pensamentos, cuidar da nossa
energia, buscar conhecimento de forma saudável, e principalmente, entender
que não somos o centro do Universo, que não somos super homens e super
mulheres, que não temos mérito nenhum em sermos instrumento para a
manifestação espiritual; ou seja, quando cuidamos do nosso Ego.
E o que acontece quando não agimos de forma ativa no nosso
desenvolvimento? Resposta simples, porém um processo muito mais fácil e
bem mais comum nos Terreiros...
Quando eu faço o contrário do orientado acima, eu crio condições de me
harmonizar com Espíritos de qualquer ordem...Eguns e quiumbas adoram
médiuns descuidados...e aí, eu posso apresentar quadros de obsessão
constante, posso apresentar dores constantes no corpo, sem explicação, posso
apresentar inércia espiritual, e por aí vamos. Agora, o pior é quando eu firmo
uma via de mão dupla com o meu Ego inflado...aí eu abro mão para
misticismo...aí eu afasto, por falta de sintonia, os Guias no momento da
manifestação, de forma que as influências tendem a ser as mais sutis, e vão se
sutilizando com o passar do tempo, até eu não sentir mais nada, mas me achar
maravilhoso assim mesmo, e fingir manifestações espirituais.
Triste, para o médium, para o Guia e para o Sacerdote. Mas infelizmente,
ou felizmente, 50% da responsabilidade, neste caso, também é do médium.
Que possamos nos tornar cada vez mais senhores do nosso próprio corpo, da
nossa mente, que possamos cuidar com mais eficácia das nossas emoções e da
nossa energia, para sermos sempre um instrumento afinado. Lembrando
sempre que, um violão, por melhor que seja, não toca sozinho; precisa do
violonista para ter sentido, e quanto melhor for o violonista, mais agradável é
o som que o violão emana. Assim é a nossa mediunidade. É só um
instrumento, e quando nos sintonizamos com Espíritos de Luz, sempre
emanamos coisas boas através dela.
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TIPOS DE MEDIUNIDADE

Sobre os tipos de mediunidade, esta se configura como mediunidade


consciente, semiconsciente e inconsciente. Vou falar sobre cada uma delas,
ressaltando seus aspectos positivos e negativos.
Mediunidade inconsciente é aquela que apaga totalmente a consciência do
médium, permitindo que ele influencie o menos possível nas manifestações. Os
aspectos positivos são justamente a pouca influência do médium: insegurança,
medo, questões pessoais, tudo se apaga. Os aspectos negativos se resumem à
vulnerabilidade em que o médium se encontra. Este tipo de mediunidade,
usada por quiumbas, pode deixar o médium em certo risco. Este tipo de
mediunidade foi muito usado no início da Umbanda, onde as questões morais
“atrapalhariam” a atuação dos Espíritos no início. Hoje em dia, tem se tornado
cada vez mais raras as aparições deste tipo de mediunidade, até por conta da
eficácia que ela apresenta.
Mediunidade consciente é aquela em que o médium se encontra alerta em
todo o processo mediúnico, captando as sensações, vendo e ouvindo tudo. Os
aspectos negativos deste tipo de mediunidade são as interferências que o
médium pode causar, como medo, insegurança, pensamentos pessoais, etc. Os
aspectos positivos são a segurança do médium, principalmente nas
incorporações de quiumbas, justamente pelas influências que pode ter no
processo (pode travar arranhões, solavancos, etc). Mas primordial são os
aprendizados que o médium acaba recebendo do próprio Guia nos momentos
de Consulta. Atualmente, é o tipo de mediunidade mais presente na Umbanda,
principalmente nos médiuns em desenvolvimento, justamente pela sua eficácia.
Ou seja, o Guia pode tratar tanto o consulente quando o seu instrumento, ao
mesmo tempo. A maior trava é justamente a estrutura pessoal do médium:
medo, insegurança, ignorância, ego inflado, e por aí vamos.
Mediunidade semiconsciente é a oscilação na consciência no processo
mediúnico. O médium pode estar presente durante toda a manifestação
espiritual, e as lembranças se embaralharem após a desincorporação, bem como
pode estar presente em momentos específicos da manifestação, para receber
informações importantes...este comumente é o caminho da mediunidade
consciente: se tornar semiconsciente com o passar do tempo.
Cabe ressaltar que o desenvolvimento mediúnico acontece numa
velocidade muito pessoal; cada médium se desenvolve no seu tempo, e só
Oxalá sabe em que momento isso se dá em cada um de nós. A única forma de
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acelerarmos ou retardarmos este processo é dando mais ou menos atenção ao
que nos cabe neste caminho...
É ineficaz querermos acelerar o processo mais do que podemos. É ineficaz
querermos algo que ainda não temos estruturas para ter. Precisamos respeitar o
nosso tempo, e nos abrirmos para as experiências e aprendizagens de todo o
processo de desenvolvimento. Ninguém nasce pronto na Umbanda. Todos
estamos aprendendo, e aprenderemos eternamente. A nossa melhor saída é
cuidarmos do nosso corpo, da nossa mente, dos nossos anseios, e colocar no
nosso coração aquela vontade firme de querer fazer o melhor possível, ou como
falamos nas nossas preces, de cumprir a nossa missão pelo dia de hoje. Sim, é
um dia de cada vez, e muito melhor é dar um passo de cada vez no caminho
certo do que sair correndo pelo caminho errado.

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