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28/08/2018 Como ter um ensino básico de qualidade no Brasil?

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Como ter um ensino básico de qualidade


no Brasil?

março 16, 2017 5:25 pm

por André Capella

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Embora o acesso de crianças e jovens brasileirosGoà JUL
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MARtenha
aumentado
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significativamente nos últimos 20 anos, é indiscutível entre os05
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que a qualidade da educação básica ofertada no sistema público e até mesmo
privado é de baixa qualidade e precisa ser melhorada urgentemente.
Segundo dados da última edição do Programa Internacional de Avaliação dos
Estudantes (PISA), que avaliou o desempenho de estudantes de 15 anos de idade
em matemática, linguagem e ciências em 65 países e territórios no ano de 2012, o
Brasil encontra-se na 58ª posição, atrás de países também em desenvolvimento
como Chile, México, Uruguai e Costa Rica, por exemplo.
Embora frequentem a escola, nossos jovens não aprendem competências básicas
como fazer as quatro operações matemáticas ou interpretar textos de baixa
complexidade. Lamentavelmente, isso tem impactos diretos e severos na
competitividade da economia brasileira frente a outras economias. É uma situação
incômoda, que nos faz refletir sobre quais caminhos devemos seguir para
alcançarmos melhores resultados e, com isso, nos tornarmos um país mais
próspero e eficiente.
Nesse sentido, faço a seguir três sugestões objetivas que poderiam ser
implementadas nos próximos anos e teriam grande impacto na qualidade da
educação básica ofertada.
1) Criação de Vouchers Educacionais: gostemos ou não, a educação pública básica
brasileira encontra-se em situação de falência em decorrência de um sistema de
ensino que oferece muitos direitos aos professores em detrimento do direito de
aprender do aluno. Essa política ocorre há muitas décadas como forma de
compensar o professor pelos baixos salários que as Secretarias de Educação de
estados e municípios oferecem.
Desse modo, além de gozarem da estabilidade no emprego (como os demais
servidores públicos), os professores do ensino básico possuem benefícios como
licença-prêmio, faltas ao trabalho sem a necessidade de apresentação de
justificativa, licenças médicas de longa duração e outros benefícios que acabam por
retirar o professor do local onde ele deveria estar, a sala de aula. Isso compromete o
desempenho dos alunos que, muitas vezes, ficam semestres inteiros sem
professores de química, física ou matemática, por exemplo.
Como se trata de uma longa batalha com os sindicatos de professores para que tais
benefícios (ou privilégios) possam ser retirados, a solução mais prática para o
curto/médio prazo seria retirar, gradativamente, os alunos das escolas públicas
passando-os para a escola privada. Neste caso, as Secretarias de Educação
ofereceriam aos pais desses alunos um voucher (vale) educacional que lhes daria a
opção de escolher uma escola particular para matricular seu filho.

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A questão de o aluno não ter algumas disciplinas duranteJULo ano
MAR letivo
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Go APR por falta
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05não faz greve, nem
professor estaria resolvida, afinal, professor da escola particular
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falta ao trabalho sem apresentar justificativas e quando está de licença médica é
imediatamente substituído por outro professor. Todavia, reside uma outra questão
apontada pelo PISA: mesmo as escolas particulares no Brasil apresentam baixa
qualidade quando comparada a escolas públicas e privadas de outros países.
Como mudar tal realidade?
2) Salários iniciais mais atrativos para a carreira do magistério: um estudo realizado
no final dos anos 2000 e amplamente divulgado pela Fundação Lemann mostrou
que os 30% piores alunos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) são aqueles
que escolhem a carreira do magistério. Já os 30% melhores escolhem carreiras
como medicina, direito e engenharia onde os salários iniciais são mais atrativos.
Isso traz um novo problema para o aluno, uma vez que quem vai ensiná-lo não são
as pessoas mais preparadas, que tiveram uma formação sólida e dominam
competências nas áreas de ciências, matemática, português e inglês. Ao contrário, o
professor daquele aluno será exatamente aquela pessoa que teve o pior
desempenho no ENEM e que, provavelmente, possui sérias defasagens de
aprendizagem.
Para solucionar tal problema é necessário que os salários iniciais dos professores da
educação básica sejam similares aos salários iniciais ofertados pelo mercado a
médicos, engenheiros e advogados (claro, isso sempre levando-se em consideração
o restrito orçamento que estados e municípios possuem). Desse modo, os melhores
alunos do Ensino Médio olhariam para a carreira do magistério como algo atrativo.
Para não gerar um déficit ainda maior nas contas públicas de estados e municípios
por conta desse aumento no salário inicial, com o passar do tempo, os salários no
meio e no término da carreira não teriam grandes aumentos. Isso poderia gerar um
êxodo de professores para outras carreiras, mas estudos realizados em outros
países mostram que os professores que efetivamente possuem vocação para
ensinar permanecem no magistério mesmo com um salário que não vai aumentar
substancialmente com o passar do tempo.
Ademais, como as escolas passariam a ser privadas já que os vouchers seriam
oferecidos à população progressivamente, o regime especial de aposentadoria dos
professores deixaria de existir no longo prazo (dentro de 30, 40 anos), já que todos
os professores passariam a se aposentar pelo INSS. Isso diminuiria a pressão que os
governos estaduais e municipais sofrem  com o pagamento de aposentadorias e
pensões. Por último (mas isso demanda um lobby pesado no Congresso Nacional),
a idade mínima de aposentadoria do professor teria de ser aumentada de 55 para
65 anos.

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3) Reforma do currículo dos cursos de pedagogia oferecidos
JULpelas
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👤de
Ensino Superior (IES): lamentavelmente, quem escolhe cursar05
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geralmente passa os quatro anos de duração do curso lendo uma série de
publicações que pouco contribui para a melhoria de sua técnica de ensino em sala
de aula. Os cursos de pedagogia exigem a leitura de textos de Karl Marx, Weber e,
obviamente, muito Paulo Freire, mas pouco sobre como ensinar o aluno com
objetividade e criatividade. Há muita teoria e pouca prática durante a graduação. Aí,
quando esse aluno se forma e cai em uma sala de aula com 30 a 40 alunos, ele tem
pouca desenvoltura para lidar com a situação e acaba por dar uma aula medíocre,
pouco atrativa ao aluno.
No início dos anos 2000, um professor da Universidade de Stanford chamado
Martin Carnoy visitou diversas salas de aula em escolas públicas do Brasil e
constatou que seus professores ensinavam seus alunos escrevendo o conteúdo dos
livros na lousa e pedindo que eles copiassem. Não havia a apresentação de
trabalhos individuais ou em grupo e tampouco o professor fazia perguntas aos
alunos ou organizava gincanas ou competições dentro da sala de aula que os
motivassem.
Para mudar essa situação, a sugestão seria alterar o currículo do curso de
graduação em Pedagogia, tornando-o mais prático e menos teórico. Matérias como
sociologia, filosofia e afins dariam espaço a disciplinas como técnicas didáticas, por
exemplo.
Acredito que as sugestões acima elencadas ofereceriam novos alicerces para a
educação brasileira dar o salto de qualidade que tanto necessita.

André Capella é bacharel em Relações Internacionais e atuou, na área de educação,


como Coordenador de Projetos da Fundação Lemann.

Os textos refletem a opinião do autor e não necessariamente do Partido Novo.

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