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MÓDULO 9 - GEOMETRIA DO LADO TERRESTRE DO AEROPORTO

(versão: 26/07/2006)

1. Introdução

Estão incluídas como "outras instalações":


( a ) Áreas de Apoio, destinada a suprir as necessidades associadas ao transporte aéreo.
Hangares, parque de combustíveis, instalações para o grupo contra incendios, comissaria,
torre de controle e sala de tráfego.
( b ) Infra-estrutura Básica, destinada a garantir os serviços de abastecimento de água,
esgoto, energia elétrica, gás e coleta de lixo.
( c ) Sistema de acessos e estacionamento de veículos.

2. Áreas de Apoio

2.1 Hangares

Construídos para a permanência, proteção, manutenção e reparos de aeronaves. Englobam-


se pátios e edificações para aeronaves, oficinas, almoxarifados, escritórios etc.
Normalmente, o dimensionamento dessas instalações varia conforme as finalidades e o
porte de seus usuários. Em termos de aviação geral tem-se tratamentos ergométricos.
Militarmente tem sido difundido o uso de hangaretes, estruturas específicas para uma só
determinada aeronave, protegendo sofisticados equipamentos a bordo das intempéries.
Para a aviação de grande porte, não se dispõe de bibliografia sobre o tema, mantendo-se
tais conhecimentos sob o domínio de algumas poucas empresas especializadas.

2.2 Parque de Combustíveis

Trata-se de uma instalação potencialmente perigosa mas essencial a operação aeroportuária.


O combustível armazenado pode ser do tipo AVTUR - querosene de aviação (aviões a
turbina) e AVGAS - gasolina de aviação (aviões a pistão). O abastecimento pode se dar via
carros-tanque ou hidrantes (normalmente com o auxílio de bombas para o abastecimento e
registro da quantidade fornecida).
Para avaliação do porte da área necessária precisa-se estabelecer: o tempo de reserva (de 3
a 30 dias, em função da dificuldade de acesso do combustível à região) e o tipo de
armazenamento a ser propiciado (enterrado, semi-enterrado para pequenos volumes e de
superfície, na vertical ou na horizontal, para grandes volumes). Recomenda-se, para menos
de 100.000 litros, tanques subterrâneos ou horizontais de superfície. Para mais de 1.000.000
litros, tanques verticais de superfície.
As separações entre reservatórios e instalações (seguindo normas de segurança) estão
descritas na PNB-216/ABNT.
O roteiro de dimensionamento tem os seguintes passos:

• Cálculo do consumo diário em função da frota operante


• Fixação do tempo de reserva (5 a 10 dias)
• Identificação do volume a ser armazenado
• Definição do tipo de tancagem a ser adotado
• Delineamento das bacias de contenção
• Traçado das separações de segurança a serem observadas

2.3 Núcleo de Combate a Incêndios

Existem dois níveis de proteção:


( 1 ) Dedicado às edificações onde são necessárias a disposição de hidrantes, em alguns
casos de sprinklers (chuveiros automáticos) e outros sistemas de detecção e prevenção. Os
agentes extintores são: água, espuma, CO2, pó químico seco, servem, especialmente, a
classes de incêndio do tipo A (deixam resíduos), B (inflamáveis), C (elétricos) e D
(pirofóricos)
( 2 ) Voltado para o Lado Ar. Em função da classe das aeronaves e da freqüência de sua
operação, as pistas são categorizadas. Para cada categoria são exigidos quantitativos
mínimos de agentes extintores e de recursos em termos de veículos.
Para esse segundo nível, sinistros envolvendo aeronaves, é recomendado que as instalações
sejam localizadas de tal forma que em cerca de 120 segundos possa ser iniciado o ataque ao
problema na pista, não ultrapassando a 180 segundos para um problema em qualquer ponto
do sítio (itens 9.2.22 e 9.2.23 do Anexo 14). Caso não seja possível identificar um sítio que
propicie a obediência a essa marca, devem ser previstos postos avançados, onde
preferencoilamente fiquem de prontidão as viaturas de ataque rápido (AR, que impedem a
ampliação da área sinistrada). As viaturas de ataque pesado (AP) são aquelas que se
incumbem da extinção, propriamente, do fogo.
Nas instalações devem ser previstas áreas para a permanência de pessoal em estado de
alerta, incluindo alojamentos, salas de estar, setores para treinamento e, principalmente,
circulação para acesso imediato a todos os pontos do sítio sob sua cobertura.
Na tabela a seguir pode ser identificada a categoria do aeródromo em função do
comprimento da aeronave de maior comprimento e a largura de sua fuselagem, desde que
essa aeronave gere mais de 700 movimentos (um pouso ou uma decolagem representa um
movimento) nos 3 meses pico consecutivos. Caso isso não ocorra, se utiliza o nível de
proteção imediatamente inferior. Se a largura da fuselagem for maior que a registrada na
categoria escolhida em função do comprimento da aeronave, utiliza-se o nível de proteção
imediatamente acima.

Tabela - Categorização do Aeródromo

Comprimento da Aeronave Largura da Fuselagem Número de


Categoria
(m) (m) Veículos
1 0 a 8,99 2 1
2 9,00 a 11,99 2 1
3 12,00 a 17,99 3 1
4 18,00 a 23,99 4 1
5 24,00 a 27,99 4 1
6 28,00 a 38,99 5 2
7 39,00 a 48,99 5 2
8 49,00 a 60,99 7 3
9 61,00 a 75,99 7 3
10 76,00 a 89,99 8 3

2.4 Comissaria

Não consiste numa instalação essencial ao aeroporto. O serviço pode ser empreendido fora
das fronteiras aeroportuárias e trazidas em veículos adequados para abasteciemnto dos
galleys nas aeronaves estacionadas no pátio.
Cabe se reservar, nos casos dos grandes aeroportos, áreas para se viabilizar a concessão
desse serviço para empresas que
podem preencher as necessidades de lanchonetes e restaurantes na área aeroportuária.
Considerando a situação de elaboração total dos alimentos e montagem das bandejas, a
THEMAG empregou o índice de 4,25 m2/refeição/hora até a demanda de 500 refeições por
hora e de 4,00 para demandas superiores, em seu estudo desenvolvido para o Aeroporto de
Guarulhos em 1979.

2.5 Torre de Controle

As torres de controle devem ser localizadas no ponto e na altura que:

• Proporcione ao controlador do aeródromo ampla e total visibilidade do circuito de


tráfego sob sua jurisdição, das pistas em operação e de todas as áreas utilizadas
pelas aeronaves em movimento na superfície do aeródromo sob controle da torre;
• Disponha de área suficiente para as suas futuras expansões;
• Evite qualquer interferência nos gabaritos de zona de proteção assim como
minimize as influências sobre o desempenho dos auxílios-rádio à navegação e à
aproximação;
• Evite o ofuscamento (incidência solar ou outras fontes externas);
• Minimize o efeito do ruído no desempenho operacional;
• Evite que o seu acesso cruze áreas operacionais;
• Nas expansões do aeroporto não se venha a ter pontos cegos.

Os funcionários da torre devem dispor de circuitos especiais de comunicação com


aeronaves, bombeiros, autoridades e serviços pertinentes a situações de emergência, além
de contar com equipamentos informativos da situação meteorológica e dos equipamentos
de auxílio. O piso pode ser do tipo "falso" por onde cablagens e fiações diversas possam se
interligar. Num nível inferior devem existir instalações sanitárias e salas de repouso. O
acesso a plataforma deve ser efetuado por escadas.

2.6 Sala de Tráfego

É um setor que faz o elo entre pilotos e os serviços de proteção ao vôo. Normalmente tem a
sinalização externa de um C (Control). Aqui, os pilotos verificam as condições de operação
do aeródromo e da rota pretendida, preparando seus planos de vôos.

3. Infra-Estrutura Básica

Incluiremos neste tópico algumas informações sobre o abastecimento de água, a coleta de


esgoto, o fornecimento de energia elétrica, o tratamento do lixo e o fornecimento de gás.

3.1 Água

Não existem critérios consagrados para a previsão de consumo de água em aeroportos.


A empresa Hidroservice, em seus trabalhos para a COPASP, em 1979, utilizou-se dos
índices de 20 litros/pax e 75 litros /funcionário. Outras fontes recomendam 80
litros/pessoa.dia
A fórmula a seguir é bem geral:

C=(I.N).(1+X)

onde,
C : consumo diário
I : índice per capita
N : número de usuários
X : outros consumos (por exemplo, 0,10 para a lavagem das aeronaves)

Como previsão para a armazenagem utilizam-se, normalmente, como volume o produto do


consumo diário pelo fator pico de 20% (1,2). Nos casos de se reservar água para alguns
dias, não se aplica o fator pico. Cabe lembrar que não foi incluído nesse volume a reserva
para combate a incêndios. Em termos de planejamento são aceitos:

• Volume de reservatório elevado (VRE) - 10 a 50% do volume total


• Área para o reservatório elevado - 0,3 m2 / m3 VRE
• Volume do reservatório subterrâneo (VRS) - 90 a 50% do volume total
• Área para o reservatório subterrâneo - 1,0 m2 / m3 VRS

3.2 Esgoto

Considera-se entre 80 a 100% do consumo de água como demanda para esgoto.


A estação de tratamento é onerosa mas fundamental para a redução dos impactos
ambientais gerados pela atividade aeroportuária.
A bibliografia preconiza, para aeroportos com movimentação superior a 1.000.000
passageiros-anuais, lagoas de estabilização (1,80 m2 /pessoa.dia) ou valas de oxidação
(0,131 m2 /pessoa.dia) ou ainda instalações compactas (variando de 330 m2 para 16.000 até
1.800 m2 para 30.000 pessoas). A melhor opção fica na dependência da área disponível,
das atividades previstas, do próprio corpo receptor e dos recursos financeiros para esse fim.
Para movimentações inferiores a um milhão, tanques sépticos ou imhoff (máximo de 4 por
área: 75.000 litros/dia) é a melhor opção.
No Brasil, poucos aeroportos dispõem de tratamento (exemplo: Eduardo Gomes/Manaus,
Tom Jobim/Rio de Janeiro, Tancredo Neves/Belo Horizonte e Guarulhos/São Paulo). Na
maioria dos casos os despejos são lançados em fossas negras

3.3 Energia Elétrica

São várias as fontes de consumo num aeroporto. Em algumas delas é exigida a sua
continuidade sob riscos de causar acidentes ou facilitar mau uso das instalações, exemplo:
auxílios ao pouso e áreas alfandegadas.
Em termos de planejamento podem ser utilizadas as seguintes relações:
TPS - 0,1 KVA/m2 + 0,05 TR/m2 (para o ar condicionado)
TECA - 0,1 KVA/m2
Pátio - 3,0 VA/m2
Sistema viário - 4,0 VA/m2
A subestação principal deve ter um transformador com potência pelo menos de duas vêzes
o consumo. Normalmente, até 112,5 KVA, exige um poste; até 150 KVA são suspensos por
dois postes; de 150 a 225 KVA corresponde a uma subestação típica.
Vários setores do aeroporto devem dispor de sistemas de emergência, geradores stand-by
ou short-break, reduzindo ao mínimo os períodos de interrrupção do fornecimento de
energia. Torre de controle, áreas de alfândega, escadas e balizamento são alguns dos
exemplos dessa necessidade.

3.4 Lixo

O lixo aeronáutico deve ser incinerado - esta é a principal recomendação, buscando-se


evitar a propagação de doenças ou moléstias vindos do Exterior. Deve-se cuidar para que o
odor e a fumaça dos incineradores não incomodem os setores públicos.
Para a previsão de demanda de lixo aceitam-se os índices:
TPS - 0,1 a 0,2 kg/pessoa.dia
Aeronave - 0,4 kg/pax.dia
TECA - 3,0 kg/ton.dia

3.5 Gás

O gás é utilizado nas cozinhas (caldeiras, fornos, aquecedores etc.) ou para a operação de
incineradores.
Seus depósitos ou botijões devem estar acondicionados em locais apropriados, respeitando-
se as normas de segurança (separações).
Para planejamento podem ser previstos dez dias de armazenagem e uma área de 2 m2 por
kg de gás.
O consumo estimado é de 20 g por passageiro.dia (inclui restaurante e incinerador) ou de
10 g por passageiro se considerarmos somente o gasto com o incinerador.

4. Sistemas de Acesso e Estacionamento de Veículos

Uma das análises mais complexas a serem desenvolvidas consiste no traçado da circulação
viária.
A acessibilidade a um aeroporto é fundamental. Quanto mais opções de meios de transporte
forem propiciadas mais, provavelmente, o aeroporto poderá se caracterizar como um elo no
sistema viário.
Alguns aeroportos nos países desenvolvidos conseguem ser acessíveis não só por meio
rodoviário, mas também por meio ferroviário (trem convencional, metrô e/ou trem rápido) e
aquaviário (lanchas e/ou barcos). Desta última modalidade há previsão de ser
implementado no Aeroporto Internacional de Belém, ligando-o, inicialmente, à Estação
Docas.

Genericamente pode-se afirmar que o sistema viário deve manter vias expressas e algumas
para coletivos, veículos de carga e automóveis individuais. Reduzir o número de
cruzamentos em nível, garantir áreas para frenagem e manobras próximo ao meio-fio de
transbordo são alguns dos requisitos a serem satisfeitos.

Dois componentes vão ser abordados: meio-fio e estacionamento de veículos.

4.1 Meio-fio

O curbside tornou-se um dos maiores problemas dos aeroportos norte-americanos em


décadas passadas constituindo-se ainda hoje num dos "gargalos" da operação aeroportuária.
Projetistas dedicam-se para a definição de parâmetros de meio-fio que dependem do fluxo
da demanda e do tempo de permanência no embarque e desembarque do veículo.
Não se dispondo de dados mais precisos podem ser empregados:

• tempo de permanência - 1,5 minutos


• linha de ocupação - 6,0 metros

Existem várias alternativas durante os estudos, identificar a demanda por períodos menores
de tempo, por exemplo nos 15 minutos críticos, separar fluxos de embarque e desembarque,
variar as taxas de ocupação e os tempos de permanência em função do tipo do veículo (se
táxi, automóvel ou ônibus) etc.
Como passo fundamental está a identificação da demanda por tipo de veículo no horário
crítico.
Em alguns casos torna-se necessário o emprego de meio-fio múltiplo ou de se incentivar o
uso de transportes de massa ou ferrovia (como em alguns aeroportos na Europa).

Hart (1985) sugere à frente do terminla de passageiros a previsão de pelo menos 4 faixas: a
curb off-loading lane (prevista para a entrada e saída do passageiro no veículo parado), a
curb maneuvring lane (para o veículo manobrar e estacionar no meio-fio), a by pass/traffic
lane e a through traffic.

4.2 Estacionamento de Veículos

Um setor que pode trazer uma receita substancial ao aeroporto é seu estacionamento de
veículos.
Em grandes aeroportos é usual o emprego de vários sítios para uso como estacionamento.
Os mais próximos aos terminais são os de alta-rotatividade com tarifas por hora; os mais
afastados, que exigem o emprego de vans de ligação, com tarifas diárias ou semanais
podem ser utilizados pelos funcionários ou viajantes que pretendam se ausentar por longos
períodos de tempo.
Alguns índices citados na bibliografia:

• número de boxes - 1,5 a 2,0 boxes / passageiro na hora-pico


• número de boxes - 0,4 a 0,8 boxes / 1.000 passageiros anuais
• número de boxes para funcionários - 1,0 box para cada grupo de 5 passageiros na
hora-pico
• área mínima por box - 25,0 m2

O Manual da CECIA (IAC) sugere para estacionamento perpendicular 25,6 m2/box e para
o oblíquo, 31,1 m2/box. Já a Aeroport de Paris menciona 29,0 m2/box para o TPS 2 do
CDG em Paris.

5. Geometria Geral do Lado Terrestre

A geometria do lado terrestre depende do sítio disponível e da localização das áreas de


movimento do aeroporto.
É sempre uma questão de associar os diversos setores do lado terrestre com seus afins do
lado ar.
A complexidade está em esquematizar os fluxos das vias de ligação de forma a evitar
conflitos e/ou sobrecargas.

Referências

( 1 ) Ashford, N. & Wright, P. - Airport Engineering. 1993

( 2 ) Hart, W. - The Airport Passenger Terminal. 1985.

( 3 ) ICAO. Anexo 14. 2004.

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