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¿Qual é a relação entre o Brasil e o Japão?

Documental: Entre dois mundos: Brasil e Japão

O Brasil e o Japão têm mais de 100 anos de fluxo migratório entre os dois países, gerando um
intercambio de culturas muito enriquecedor para os dois países. Hoje há uma intenção de
reduzir cada vez mais as barreiras entre os dois países.

O Brasil é o país com o maior número de população nipónica fora de Japão. Hoje há mais de 1
milhão e meio de pessoas, o que quer dizer, que a comunidade de japoneses e nipo-brasileiros
é do 7% da população brasileira. Eles se estabeleceram em diferentes partes do Brasil,
especialmente em São Paulo, Marilia, Tomé-Açu, Liberdade e Amazônia. Eles fizeram um grande
aporte a cultura, gastronomia e a economia do país.

A chegada dos primeiros japoneses foi em 1908 ao estado de São Paolo e foram para trabalhar
nos labores de café que até hoje, segui sendo o principal produto na região. Na cidade de Garça
no interior de São Paolo há uns 45 mil habitantes e quase o 20% são nipo-brasileiros. Lá, há um
lugar muito visitado, e é onde nasceram as primeiras mudas de cerejeiras, flor que é tomada
pelas festas japonesas.

Outra parte onde chegaram os imigrantes brasileiros foi a Amazônia. Lá, moram mais de 60 mil
descendentes e japoneses. Existem varias versões sobre as primeiras chegadas, uma delas, diz
que um grupo chamado “Peru Kodari”, muito olvidado na história, veio de Peru cruzando a
cordilheira dos Andes e a Floresta Amazónica no final do século 19 na época da borracha.

Mais a versão oficial conta que o primer navio de migrantes japoneses chegou a Pará em 1929
pelo Rio de Janeiro, precisamente o dia da celebração da independência do Brasil: o 7 de
setembro. A maior parte dos imigrantes do norte foi levada a Pará para trabalhar na agricultura
do município de Tomé-Açu. Neste município foi onde os japoneses começaram a gerar um
aporte econômico ao país com a importação de juta para fazer sacaria e exportar café. Eles
também aproveitaram o pimento do reino que na época chamava-se “diamante legro” para
produzi-lo.

Estes dois produtos foram a base da sustentação da economia da região e tornaram ao Brasil no
maior produtor de pimento no mondo e na década dos 50, a juta chega a conter o mais do 10%
do produto interno bruto do estado amazona, empregando a mais o menos 70 famílias da região
dedicadas os labores da juta. Mais a partir dos anos 70 a juta começa entrar em crise no
Amazonas com a entrada das fibras sintéticas e depois uma praga acabou também com as
plantações de pimenta.

Com a segunda guerra mundial, Tomé-Açu, virou em campo de concentração, sendo que os
japoneses eram oponentes do governo dos Estados Unidos, por isso, muitos deles foram presos.
Com o fim da segunda guerra, Brasil e Japão restabeleceram suas relações e há varias ondas de
imigração japonesa á Amazônia que foi distribuída para atender a questão de ocupação dos
novos territórios que foram criados para atender a política de ocupação da região.

Neste momento, eles começaram a adotar o sistema agroflorestal que integra os produtos
agrícolas e as plantas nativas com o fim de produzir alimento dentro da monocultura. Assim,
eles plantaram açaí, cacau e frutas e verduras que trouxeram de Japão como o mamão Havaí,
melão, e rambután, fruto indonésio muito saudável. Hoje muitos imigrantes estão trabalhando
com plantas da biodiversidade da Amazônia. A cooperativa agrícola foi criada há 33 anos pelos
imigrantes e sempre esteve ao frente da agricultura na região, hoje exporta frutas nativas, e a
maior parte da produção vai para o Japão.

A presença dos imigrantes estabeleceu umas boas relações comerciais entre o Japão e o Brasil.
O imigrante conhece a disponibilidade dos recursos da região, o que facilita a ida das indústrias
para o Brasil, mais também os imigrantes vão para o Japão a vender os produtos brasileiros para
lá, no só para os brasileiros que moram em Japão, pois também são muitas as pessoas de outras
partes do mondo, especialmente do continente americano, os que compram aqueles produtos.

Outro dos lugares importantes do Brasil na relação com o Japão é Liberdade. Lá, os japoneses
chegaram a uns casarões enormes que foram dos senhores produtores de café da época antiga
e tinham porões baixos que nesse momento eram ocupados pelos eslavos. Aqueles lugares
quedaram vazios e os imigrantes puderam obtê-los por um preço muito baixo. Os bairros foram
adaptando-se à cultura japonese, formando um bairro com as tradições do Japão. Eles
trouxeram seus próprios livros, comida, decoração, filmes, lojas, docinhos, entre outras coisas.

A cultura dos japoneses no Brasil mudou com o tempo, pois que as dois são muito diferentes.
As primeiras gerações consideravam a manutenção da língua japonesa dentro de casa como um
fator essencial, mais hoje, o número de pessoas que falam japonês dentro de casa é mínimo. O
mesmo aconteceu com a preservação dos japoneses nativos, no início da imigração eram muito
importantes os casamentos entre dois famílias de origem japonesem. Hoje isso não é assim.

Os japoneses também fizeram modificações na cultura do Brasil. Eles trouxeram o Budismo, que
agora é um modelo de inspiração para muitos brasileiros que querem chegar a felicidade,
também trouxeram os movimentos da moda pop com o anime, o cosplay, os mangás, os
videogames, e um interesse pela caligrafia japonesa. Isso é muito popular no país.
Adicionalmente, eles mudaram a gastronomia dos brasileiros já que antes sua comida estava
composta por farinha e mandioca, agora, graças aos imigrantes, comem verduras e muito arroz.

Mais não todo foi bom. Os imigrantes tiveram que enfrentar alguns desafios culturais como falar
em português e entender os acentos da língua, o que fiz muito complicado o processo de ir à
escola. Também eles lutaram a malária que acabou com a vida de muitas pessoas. Além isso eles
tiveram que procurar labores que foram apropriadas ao novo contexto.

No Brasil há muitos lugares que oferecem à população mostras da cultura japonesa como a
“Japon Fest”, festa onde se encontram os imigrantes e os simpatizantes da cultura japonês e se
pode disfrutar tanto o antigo como o novo dos orientais. Em Tomé- Açu, os imigrantes criaram
várias associações e clubes para a preservação da cultura, e eles tem um museu nesse lugar.
Mesmo, no Japão há o maior carnaval do Brasil fora dele no mondo.

Entretanto, no Japão moram quase 200 mil brasileiros. As primeiras migrações foram mais o
menos no fim dos anos 80, a gente estava fugindo da crise na economia brasileira e viram no
Japão uma oportunidade já que é um país muito rico que procurou levar comunidades da
América Latina para trabalhar lá. No auge da imigração, em 1987 com o torno de Japão à
primeira economia mundial, mais o menos 350 mil brasileiros viveram em terras japonesas.
Hoje, a maior concentração de brasileiros está em províncias da região central do país e a
maioria deles são descendentes de japoneses imigrantes, mais conhecidos como nipo-
japoneses.

Embora no Japão recebe muito bom a cultura brasileira, os brasileiros também tiveram muitas
dificuldades na cultura, já que a sociedade japonesa e socialmente muito rígida e onde a
perfeição é em excesso. Há regras como não fixar os olhos em outra pessoa, por isso tiveram
que modificar seus costumes. Adicionalmente, a educação de Brasil é insuficiente para o nível
que tem os japoneses nesta área. Eles também viveram momentos difíceis com a crise
econômica mundial de 2008 e o tsunami de 2011. Por isto, muitos brasileiros ficaram sem
oportunidades de vida, não tinham emprego, nem moradia, então alguns tiveram que retornar
ao Brasil com ajuda do governo japonês.

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