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Iberê Martins da Silva (1) ; Edith Silvana Amaury de Souza Tanaka (2) ;
Hideki Ishitani (3)
(1)
Mestrando em Engenharia de Estruturas, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
Professor Assistente, Universidade Santa Cecília, e-mail : iberems@uol.com.br
(2)
Professora Assistente, Universidade Santa Cecília, e-mail : esilvana@uol.com.br
(3)
Professor Doutor, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e-mail : hideki@usp.br
Endereço para correspondência : Rua Oswaldo Cruz, 266 - Boqueirão - Santos – SP CEP: 11045-907
Tel: (0xx13) 3202-7132 - FAX: (0xx13) 3202-7132
Resumo
A Norma NBR-7197 prescreve no seu ítem 8.5.2, processos de determinação
das perdas progressivas decorrentes da retração e fluência do concreto e da
relaxação do aço de protensão. Nesses processos admite-se que existe aderência
entre a armadura e o concreto e que a peça permaneça no estádio I. São descritos
três processos:
1 - para fases únicas de operação (cálculo das perdas progressivas quando se
consideram fases únicas de concretagem, de carregamento permanente e de
protensão);
2 - de expressões simplificadas que simulam resultados obtidos conforme o ítem 1;
3 - o método geral de cálculo.
Sendo válido ressaltar que o projeto de revisão das Normas NBR-6118 e
NBR-7197 mantêm, basicamente, estes procedimentos. O objetivo deste trabalho
consiste em sistematizar o método geral de cálculo das perdas progressivas em
seções compostas de várias fases de concretagem e múltiplas camadas de
armadura, ativas e passivas, com base no método dos prismas.
Será apresentado um programa de computador com a sistematização do
método geral de modo a facilitar o cálculo das perdas progressivas de protensão em
seções usuais de concreto protendido.
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1 – INTRODUÇÃO
No cálculo das perdas progressivas de protensão, decorrentes da retração e
[1]
fluência do concreto e da relaxação do aço de protensão, a norma NBR 7197
prescreve dois procedimentos simplificados e o método geral de cálculo. Sendo os
procedimentos simplificados indicados à fases únicas de operação, ou seja, quando
se consideram fase únicas de concretagem, de carregamento permanente e de
protensão. Esta situação impõe as condições: a concretagem da peça, bem como a
protensão, são executadas em fases suficientemente próximas para que se
despreze efeitos recíprocos; o afastamento dos cabos são suficientemente
pequenos em relação à altura da peça, de modo que possam ser tratados como um
cabo equivalente.
O método geral de cálculo permite considerar ações permanentes aplicadas
em idades diferentes, tratando a seção transversal como camadas discretas, e
também cada camada isolada de armadura. Admitindo a hipótese da manutenção da
[2]
seção transversal plana, no cálculo da redistribuição de esforços, Busemann
apresentou uma forma de desacoplar as equações envolvidas, ou seja, tornar a
matriz de elasticidade em matriz diagonal, com a idéia de uma seção concentrada
em dois pontos de áreas A1 e A2 , separadas por uma distância f, desenvolvendo o
Método das Fibras Conjugadas. Neste trabalho elabora-se uma sistematização do
[3]
método geral de cálculo através deste conceito, que apresentado por Ferraz
recebe o nome de Método dos Prismas Equivalentes.
Na consideração da deformação lenta do concreto optou-se pela aplicação do
[2]
método de Trost-Bazant . A sistematização do cálculo em ambiente Visual Basic
considera o caso clássico de laje concretada sobre viga pré-moldada protendida
para atender a duas idades distintas de concreto como também a várias posições
distintas de camadas de cabos de protensão, e também a inserção das camadas de
armaduras passivas.
No dimensionamento usual de peças de concreto protendido, costuma-se
calcular a redistribuição de tensões na seção crítica, onde o posicionamento dos
cabos torna-se mais adequado à simplificação de cabo equivalente da NBR 7197 [1] .
A sistematização proposta neste trabalho para o método geral de cálculo, a qual
pode ser transformada em ‘macro’ dentro de uma planilha eletrônica, torna simples e
viável o cálculo da redistribuição de tensões em outras seções, assim como já
acontece com a verificação do estado limite último à flexão.
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2 – CONTEÚDO TEÓRICO
∫ ⋅ φ (t , τ ) ⋅ dτ
∂τ
k= < 1,00 .
to
[σ (t ) − σ o ]⋅ φ (t , t o )
Obtendo com “k” uma nova expressão para a deformação lenta total:
σo σ (t ) − σ o
ε (t ) = ⋅ [1 + φ (t , t o )] + [1 + k ⋅ φ (t, t o )] .
E E
O conceito do coeficiente característico de envelhecimento torna-se
proveitoso a medida que obtemos uma expressão linear com a fluência para a
variação de tensão. Bazant utilizando a relação com a função relaxação normalizada
conseguiu obter uma fórmula fechada para o coeficiente característico de
envelhecimento. Para as situações usuais de longa duração (idade fictícia do
concreto no instante t superior a 180 dias) pode-se adotar k=0,82 com boa
aproximação.
ponto conjugado 2
prisma 2 , A2
y1 ⋅ y 2 = −(i 2 )
y2
I
C.G. i=
y1 Ac
Y prisma 1 , A1
ponto conjugado 1
seção transversal - Ac , I
N 2 N 2 ⋅ y2 N N ⋅i2 N2 N2 ⋅ I
σ1 = + ⋅ y1 = 2 − 2 = − =0 .
Ac I Ac I Ac I ⋅ Ac
Para a determinação da tensão no ponto conjugado 1 devida à força normal
N1 atuando neste ponto, basta efetuar a divisão de N1 pela área ponderada A1.
N 1 N1 ⋅ y1 1 y1 ⋅ y1 N1 y N y − y1
σ1 = + ⋅ y1 = N 1 ⋅ − = ⋅ 1 − 1 = 1 ⋅ 2 .
Ac I Ac Ac ⋅ y1 ⋅ y 2 Ac y 2 Ac y2
− y2 N
fazendo a área ponderada do prisma 1, A1 = Ac ⋅ , temos: σ 1 = 1 .
y1 − y 2 A1
Do mesmo modo, para o ponto cojugado 2, tem-se:
N 2 N 2 ⋅ y2 1 y2 ⋅ y2 N2 y N y − y2
σ2 = + ⋅ y 2 = N 2 ⋅ − = ⋅ 1 − 2 = 1 ⋅ 1 .
Ac I Ac Ac ⋅ y1 ⋅ y 2 Ac y1 Ac y1
y1 N
fazendo a área ponderada do prisma 2, A2 = Ac ⋅ , temos: σ 2 = 2 .
y1 − y 2 A2
Propriedade 2: uma força normal N atuando no centro de gravidade deve ser
dividida conforme os braços de alavanca em relação aos pontos conjugados.
− y2 y1
N⋅ N⋅
N y1 − y 2 N N y1 − y 2 N
σ1 = = = 1 , σ2 = = = 2 .
Ac − y2 A1 Ac y1 A2
Ac ⋅ Ac ⋅
y1 − y 2 y1 − y 2
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y1 − y 2
−M M
−
M M y − y N
σ2 = ⋅ y2 = = 1 2
= z = 2 .
I − Ac ⋅ y1 y1 A2 A2
Ac ⋅
y1 − y 2
Ei ⋅ Ai
.
qi
∑i q
i qi
i
Ei ⋅ Ai E ⋅A σ ⋅ A ⋅φ ε ⋅E ⋅A
A⋅∑ ⋅ z i + B ⋅ ∑ i i ⋅ z i2 − ∑ oi i i ⋅ z i − ∑ csi i i ⋅ z i = 0
i qi i qi i qi i qi
σ oi ⋅ Ai ⋅ φ i ε ⋅E ⋅A
∑ qi
⋅ z i + ∑ csi i i ⋅ z i
qi
B= i i
.
E i ⋅ Ai 2
∑i q ⋅ zi
i
250
laje concretada posteriormente
25
80 32,5 25 32,5 80
40
Medidas em [cm]
30
20
20
90
3.2 Resolução
Com os dados acima, sendo zcg a nova origem para as coordendas z, define-
se os coeficientes A e B, e encontra-se os valores de X i :
A = -0,000617779 ; B = 0,000150512
Σ1 Σ2 Σ3 Σ4 Σ5 Σ6 Xi
-5,82626 -0,65412 6541,19318 7,63019 0,85665 11218,81700 1,150010
-4,01133 -0,65412 6541,19318 -2,67676 -0,43649 2912,72997 1,281411
0,00000 -0,43353 2167,63006 0,00000 -0,55902 3604,20077 -0,484893
0,00000 -0,43353 2167,63006 0,00000 -0,62159 4456,23528 -0,437802
0,20473 0,00000 682,42075 -0,30982 0,00000 1562,91833 -0,781753
0,06824 0,00000 227,47358 -0,08963 0,00000 392,37202 -0,253737
0,06824 0,00000 227,47358 -0,06915 0,00000 233,59193 -0,243465
0,06824 0,00000 227,47358 -0,04186 0,00000 85,57773 -0,229770
-9,42814 -2,17529 18782,48798 4,44296 -0,76046 24466,44303
instante to instante t
-1,346 MPa
1420,80 kN 1191,03 kN
1420,80 kN 1177,34 kN
1420,80 kN 1167,06 kN
4262,40 kN 3480,65 kN
-14,000 MPa -12,037 MPa
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4 – CONCLUSÃO
5 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA