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22/04/2019 Pará – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pará
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pará  é  uma  das  27  unidades  federativas
Estado do Pará
do  Brasil.  Está  situado  na  Região  Norte,
sendo o segundo maior estado do país em
extensão  territorial,  com  uma  área  de
1  247  954,666  km²,  constituindo­se  na
décima­terceira maior subdivisão mundial.
É  maior  que  a  área  da  Região  Sudeste
brasileira,  com  seus  quatro  estados,  e  um Bandeira Brasão
pouco menor que o estado norte­americano
Hino: Hino do Pará
do Alasca.  É  dividido  em  144 municípios,
que possuem área média de 8 664,50 km². Gentílico: paraense
O  maior  deles  é  Altamira  com
159  696  km²,  o  quinto  município  mais
extenso do mundo,  e  o  menor  é  Marituba,
com  103,279  km².  Sua  capital  é  o
município de Belém e seu atual governador
é Helder Barbalho.

Com 8,5 milhões de habitantes, é o estado
mais  populoso  da  Região  Norte  e  o  nono
mais  populoso  do  Brasil.  Dois  de  seus
municípios  possuem  população  acima  de
500 mil habitantes: Belém, a capital e sua
maior cidade com 1,4 milhão de habitantes
em  2018  e  Ananindeua,  com  525,5  mil
habitantes. [7]  O  estado  é  ainda,
subdividido  em  7  regiões  geográficas
intermediárias  e  21  regiões  geográficas
imediatas.  Seus  limites  são  com  o  estado Localização
do  Amapá  a  norte,  Roraima  a  noroeste,  ­ Região Norte
Amazonas  a  oeste,  Mato  Grosso  a  sul, Amazonas (O), Mato
Tocantins  a  sudeste,  Maranhão  a  leste;
Grosso (S), Tocantins
 ­ Estados limítrofes (SO), Maranhão (L),
além  do  Suriname  e  Guiana  ao  extremo
Amapá, Roraima,Guiana e
norte. [8]  O  Pará  possui  uma  densidade
Suriname (N).
demográfica  considerada  baixa,  sendo
 ­ Regiões geográficas
superado  apenas  por  Rondônia  em  sua 7
intermediárias
macrorregião.  Conforme  dados  do
 ­ Regiões geográficas
Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e 21
imediatas
Estatística,  em  2018  a  densidade  ­ Municípios 144
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demográfica  equivalia  a  6,70  habitantes Capital  Belém


por  quilômetro  quadrado. [8]  Existem  três
regiões metropolitanas no estado: a Região Governo
Metropolitana  de  Belém,  com  2,5  milhões  ­ Governador(a) Helder Barbalho (MDB)
de  habitantes,  a  Região  Metropolitana  de  ­ Vice­governador(a) Lúcio Vale (PR)
Marabá,  com  350  mil  habitantes,  e  a  ­ Deputados federais 17
Região  Metropolitana  de  Santarém,  com  ­ Deputados estaduais 41
335 mil habitantes. Jader Barbalho (MDB)
 ­ Senadores Paulo Rocha (PT)
A  região  que  hoje  forma  o  estado  do  Pará Zequinha Marinho (PSC)
foi  explorada,  inicialmente,  pelo  espanhol
Área  
Francisco de Orellana. Orellana iniciou sua
 ­ Total 1 247 954,666 km² (2º) [1]
viagem  partindo  da  foz  do  rio  Amazonas,
percorrendo  todo  o  interior  amazônico, População 2018
enquanto  descrevia  em  cartas  as  belezas  e  ­ Estimativa 8 578 051 hab. (9º)[2]
possíveis  riquezas  do  local,  com  os  fatos  e  ­ Densidade 6,87 hab./km² (21º)
atos  mais  prováveis  de  chamar  a  atenção Economia 2016[3]
da  coroa  espanhola.  A  partir  do  século  ­ PIB R$ 138,068 bilhões (13º)
XVII a região passou a integrar a capitania  ­ PIB per capita R$ 16 689,55 (22º)
do  Maranhão,  e  em  1616  foi  criada  a
Indicadores 2010/2015[4][5]
Capitania  do  Grão­Pará.  Os  portugueses
 ­ Esper. de vida (2015) 71,9 anos (21º)
decidiram  expandir  seus  domínios  para  o
 ­ Mort. infantil (2015) 17,1‰ nasc. (11º)
oeste,  criando  o  Estado  Colonial  do  Grão­
 ­ Alfabetização (2010) 88,8% (16º)
Pará,  que  englobava  tanto  o  atual  estado
 ­ IDH (2017) 0,698 (24º) – médio [6]
do  Pará  como  a  Capitania  de  São  José  do
Rio Negro, hoje o estado do Amazonas.
Fuso horário UTC−03:00
Clima equatorial Af
O  território  paraense  é  coberto  pela  maior
floresta tropical do mundo, a Amazônia. O Cód. ISO 3166­2 BR­PA
relevo é baixo e plano; 58% do território se Site governamental http://www.pa.gov.br/ (htt
encontram  abaixo  dos  200  metros.  As p://www.pa.gov.br/)
altitudes superiores a 500 metros estão nas
seguintes  serras:  Serra  dos  Carajás,  Serra
do Cachimbo e Serra do Acari. Nos últimos
anos,  o  estado  experimentou  um  notável
crescimento  econômico,  registrando  um
Produto  interno  bruto  (PIB)  considerado
alto  e  uma  urbanização  maciça  em  suas
maiores cidades. No entanto, o Pará ainda
registra  vários  problemas  sociais  e
ambientais, especialmente em seu interior.
Vem  do  Pará  o  maior  índice  de
desmatamento no Brasil, mesmo em áreas
de  preservação  ambiental,  alinhado  a
outras  anomalias  sociais. [9]  Problemas
como  a  pobreza  e  criminalidade  são
encontrados  demasiadamente  e  o  estado

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possui a segunda pior educação pública do
Brasil,  conforme  o  Programa  das  Nações  Unidas  para  o  Desenvolvimento  (PNUD­Brasil),  além  do  quarto
menor  Índice  de  Desenvolvimento  Humano  (IDH)  da  nação,  com  0,698  (2017)  e  o  município  com  a  pior
qualidade de vida em todo o país, Melgaço, situado na Ilha de Marajó. [10][11]

Índice
Etimologia
História
Primórdios
Divisão do estado
Sobrerrepresentação

Geografia
Clima
Vegetação
Hidrografia
Demografia
Religiões
Etnias
Imigrantes
Subdivisões
Política
Símbolos estaduais
Economia
Infraestrutura
Saúde
Educação
Transporte
Energia
Cultura
Culinária
Danças e músicas
Carimbó
Artesanato
Festas populares
Feriados
Ver também
Referências
Ligações externas

Etimologia
O  topônimo  (τόποςὄνομα)  Pará  vem  do  nome  do  rio  Pará,  derivado  do  termo  pa’ra,  que  na  língua  tupi­
guaraní significa "rio­mar" ou "rio do tamanho do mar". [12]

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O termo rio­mar era como os índios denominavam o Rio Pará, braço direito do rio Amazonas que corre ao sul
da ilha de Marajó, que unido com as águas do rio Tocantins[13] (no furo de Santa Maria) o torna tão largo ao
ponto de não avistar a outra margem, mais parecendo um mar do que um rio. [12]

Cujo gentílico é paraense, [14] ou parauara, do tupi para'wara "o que nasceu no rio­mar". [15]

História
Em 1615, o portugues Alexandre de Moura, líder do exército português mudou a topologia de P"a’ra "para "Rio
das Amazonas" ou “Conquista do Pará”, pertencente a “Capitania do Maranhão”, subordinado ao “Governo do
Norte”. [16] Em 1621 muda para “Capitania do Grão­Pará”, integrante ao “Estado do Maranhão”. [16] Em 1823
,muda  para  “Província  do  Grão­Pará”  pertencente  ao  “Estado  do  Grão­Pará  e  Maranhão”. [16]  Em  1850  vira
“Província do Pará” pertencente ao “Estado do Grão­Pará e Rio Negro”, para em 1889 tornar­se apenas Estado
do Pará. [16] Em 1889, vira a atual unidade federativa “Estado do Pará”. [16]

Primórdios
A região do vale amazônico, pelo Tratado de Tordesilhas (1494), era de posse da Coroa espanhola. [17]  Assim
sendo, a foz do rio Amazonas foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón, um navegador espanhol que a alcançou
em fevereiro de 1500. Seu primo, Diego de Lepe, também alcançou a foz do rio Amazonas, em abril do mesmo
ano. [18] Os portugueses, com a finalidade de consolidar a região como território português, fundaram o Forte
do Presépio, na então chamada Santa Maria de Belém do Grão­Pará. A construção foi a primeira do modelo na
Amazônia, e também a mais significativa no território amazônico até 1660. [19] Apesar da construção do Forte,
a  ocupação  do  território  foi  desde  cedo  marcada  por  incursões  de  Neerlandeses  e  Ingleses  em  busca  de
especiarias. Daí a necessidade dos portugueses de fortificar a área. [20]

Em 1541, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, também espanhóis, partiram de Quito, no atual Equador, e
atravessaram  a  cordilheira  dos  Andes,  explorando  o  curso  do  rio  até  o  Oceano  Atlântico,  onde  atualmente
encontra­se  Belém.  A  viagem  durou  de  1540  a  1542  e  seus  relatos  foram  concebidos  pelo  frei  dominicano
Gaspar  de  Carvajal. [21][22]  Ainda  no  século  XVI,  os  espanhóis  realizaram  outra  expedição  similar  à  de
Orellana.  Pedro  de  Ursua  também  navegou  o  Amazonas,  partindo  do  Peru,  em  busca  do  lendário  Eldorado
(1559­1561). O navegador foi assassinado durante a viagem, e a expedição passou a ser comandada por Lopo
de Aguirre, que chegou ao oceano em 1561. Como resultado dessa jornada, a colonização espanhola na região
acabou  sendo  adiada,  pois  os  espanhóis  mostraram­se  cientes  das  dificuldades  de  conquistar  tão  vasto
espaço. [19][22]

As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde
a foz (à direita) até o Equador (à esquerda).

No  século  XVII,  a  região,  integrada  à  capitania  do  Maranhão,  conheceu  a  prosperidade  com  a  lavoura  e  a
pecuária.  No  ano  de  1616  é  criada  a  Capitania do Grão­Pará,  pertencente  ao  Estado  Colonial  Português  do
Maranhão. Em 1751, com a expansão para o oeste, cria­se o Estado Colonial Português do Grão­Pará, que além
da  Capitania  do  Grão  Pará  abrigará  também  a  Capitania  de  São  José  do  Rio  Negro  (hoje  o  estado  do
Amazonas).

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Em  1821,  a  Revolução  Constitucionalista  do  Porto  (Portugal)  foi  apoiada  pelos  paraenses,  mas  o  levante
acabou  reprimido.  Em  1823,  o  Pará  decidiu  unir­se  ao  Brasil  independente,  do  qual  estivera  separado  no
período colonial, reportando­se diretamente a Lisboa. [23] No entanto, as lutas políticas continuaram. A mais
importante delas, a Cabanagem (1835), chegou a decretar a independência da província do Pará. [24] Este foi,
juntamente com a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, o único levante do período regencial onde o
poder foi tomado, sendo que a Cabanagem foi a única revolta liderada pelas camadas populares.

A  economia  cresceu  rapidamente  no  século  XIX  e  início  do  século  XX  com  a  exploração  da  borracha,  pela
extração do látex, época esta que ficou conhecida como Belle Époque, marcada pelos traços artísticos da Art
Nouveau.  Nesse  período  a  Amazônia  experimentou  dois  ciclos  econômicos  distintos  com  a  exploração  da
mesma borracha.

Estes dois ciclos (principalmente o primeiro) deram não só a
Belém,  mas  também  a  Manaus  (Amazonas),  um  momento
áureo  no  que  diz  respeito  à  urbanização  e  embelezamento
destas  cidades.  A  construção  do  Teatro da Paz  (Belém)  e  do
Teatro Amazonas (Manaus) são exemplos da riqueza que esse
período marcou na história da Amazônia.

O  então  intendente  Antônio  Lemos  foi  o  principal


personagem da transformação urbanística que Belém sofreu, Belém, anos 1910. Arquivo Nacional.
onde  chegou  a  ser  conhecida  como  Paris  n'América  (como
referência  à  influência  da  urbanização  que  Paris  sofrera  na
época, que serviu de inspiração para Antônio Lemos). [25] Nesse período, por exemplo, o centro da cidade foi
intensamente  arborizado  por  mangueiras  trazidas  da  Índia.  Daí  o  apelido  que  até  hoje  estas  árvores  (já
centenárias) dão à capital paraense.

Com o declínio dos dois ciclos da borracha, veio uma angustiante estagnação, da qual o Pará só saiu na década
de 1960, com o desenvolvimento de atividades agrícolas no sul do Estado. A partir da década de 1960, mas
principalmente na década de 1970, o crescimento foi acelerando com a exploração de minérios (principalmente
na região sudeste do estado), como o ferro na Serra dos Carajás e do ouro em Serra Pelada.

Divisão do estado
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em 2011, dois
Decretos  Legislativos  (nº  136/2011  e  nº137/2011)[26]  que
autorizavam a realização de um plebiscito que iria decidir pela
criação  dos  estados  de  Carajás  e  Tapajós,  que  seria  uma
divisão  do  estado  do  Pará.  Os  decretos,  ao  todo,  destinaram
recursos  de  R$  10,4  milhões  para  a  realização, [27]  sendo
promulgados  pelo  presidente  do  Congresso  Nacional,  José
Sarney (PMDB­AP).

Depois de promulgado, o plebiscito foi realizado em dezembro
de  2011.  No  resultado  final,  66,6%  dos  eleitores  rejeitaram  a Imagem de uma vila no Interior do Pará,
com um cartaz incentivando a divisão do
criação dos estados de Carajás e do Tapajós, enquanto 33,4%
estado, que foi negada.
se  disseram  favoráveis.  Houve  1,05%  de  votos  nulos  e  0,41%

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em branco, em um total de 3,6 milhões de votos válidos. Cerca de 4.848.495 eleitores estavam aptos a votar,
mas houve 1.246.646 abstenções, o equivalente a 25,71% do total. Os eleitores compareceram a 14.249 seções
espalhadas em todo o estado. [28]

Alguns analistas criticaram a cobertura considerada excessivamente parcial dos órgãos de imprensa do Pará.
De um lado, veículos declaradamente contrários à criação dos estados de Tapajós e Carajás; do outro, jornais
favoráveis à medida. [29]

Estudos  apresentados  pelo  Instituto  de  Pesquisa  Econômica  Aplicada  (Ipea)  mostraram  que,  em  caso  de
separação do Pará em três estados, no plebiscito realizado no dia 11 de dezembro, todos ficariam deficitários. O
Pará registra atualmente um superávit anual de aproximadamente R$ 300 milhões. Subtraindo as despesas da
receita  orçamentária  do  estado,  Carajás  terá  déficit  de  pelo  menos  R$  1  bilhão  anual,  Tapajós,  de  R$  864
milhões, e o Pará remanescente, de R$ 850 milhões, totalizando aproximadamente um saldo negativo anual
de R$ 2.714 bilhões à União. [30]

Sobrerrepresentação
Politicamente, haveria o nascimento de dois estados com populações comparáveis às dos estados de Tocantins
e Rondônia, fazendo proporcionalmente jus a uma bancada de apenas quatro deputados federais e de fração de
um  senador  —  uma  vez  que  não  atinge  a  proporção  de  8/513  (cerca  de  1,56%)  da  população  nacional.
Entretanto, por motivos constitucionais, é obrigatório respeitar o piso de oito deputados federais  e  o  fixo  de
três senadores por unidade federativa: o que produziria uma sobrerrepresentação na Câmara dos Deputados e
uma  super­representação  no  Senado  Federal,  vindo  assim  a  facilitar  substancialmente  o  acesso  a  cargos
eletivos por parte da classe política desses possíveis estados.

O  atual  território  correspondente  ao  estado  do  Pará  é  um  dos  maiores  responsáveis  pela  pauta  exportadora
nacional, costumando ficar entre quinto ou sexto maior exportador nos últimos anos — aproximadamente 87%
de suas exportações são de minérios diversos, destinados sobretudo à China. Contudo, a legislação brasileira,
através da Lei Kandir, isenta de ICMS  as  empresas  exportadoras,  justamente  as  principais  responsáveis  por
maior parte da geração de riquezas no estado paraense. As reservas minerais em exploração estão localizadas
quase  todas  na  região  do  Sudeste  Paraense,  pretenso  Estado  de  Carajás.  Expressa­se  assim  que  os  grandes
projetos  mineroenergéticos  pouco  colaboram  de  maneira  direta  para  a  arrecadação  das  esferas  públicas  no
Pará.  Neste  cenário,  de  grandes  perdas  tributárias  para  a  esfera  estadual,  percebe­se  a  fragilidade  de  um
modelo assentado nas exportações, no sentido de viabilizar recursos para a administração satisfatória de um
estado, independente de seu tamanho ou demografia.

Geografia

Clima
Apesar de o Brasil ser, caracteristicamente, um país de clima tropical, o Pará é dominado pelo clima equatorial
(Af  na  classificação  climática  de  Köppen­Geiger),  que  é  predominante  também  na  Amazônia. [31]  O  estado
possui  médias  térmicas  anuais  entre  24  e  26  °C,  além  de  alto  índice  pluviométrico,  que  chega  a  alcançar
2.000  mm  nas  proximidades  do  rio  Amazonas.  A  quase  totalidade  de  sua  área  encontra­se  na  floresta
Amazônica, exceto nas partes onde existem formações de campos ­ região do baixo rio Trombetas e Arquipélago
do Marajó. [32]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 6/21
22/04/2019 Pará – Wikipédia, a enciclopédia livre

Vegetação
O  território  paraense  apresenta  basicamente  mangues,  campos,  cerrados  e  floresta  Amazônica,  a  última
predomina  no  estado.  A  variedade  vegetativa  é  muito  grande,  nesse  caso  as  composições  principais  de
cobertura  vegetal  dão  origem  a  cinco  tipos  específicos  de  vegetação,  como  Mata  de  terra  firme  (não  sofre
inundações), Mata de várzea (margens de rios que sofrem inundações), Mangue (porção litorânea do Estado),
Campos e Cerrados. [33]

Hidrografia
A  bacia  hidrográfica  do  estado  abrange  área  de  1.253.164  km²,
sendo  1.049.903  km²  pertencentes  à  bacia  Amazônica  e
169.003 km² pertencentes à bacia do Tocantins. [34] É formada por
mais de 20 mil quilômetros de rios como o Amazonas, que corta o
estado  no  sentido  oeste/leste  e  deságua  num  grande  delta
marajoara,  ou  os  rios  Tocantins  e  Guamá  que  formam  bacias
independentes.

Estão  também  no  Pará  alguns  dos  mais  importantes  afluentes  do


Amazonas  como  Tapajós,  Xingu  e  Curuá,  pela  margem  direita,
Trombetas, Nhamundá, Maicuru e Jari pela margem esquerda. Os
rios  principais  são:  rio  Amazonas,  rio  Tapajós,  rio  Tocantins,  rio
Xingu, rio Jari e rio Pará.
Mapa climático do Pará.

Esta rede hidrográfica garante duas importantes vantagens:

Facilidade da navegação fluvial.
Potencial hidroenergético avaliado em mais de 25.000
MW.

Demografia
O  Pará  possui  uma  população  estimada  de  8.513.497
habitantes, distribuidos em uma área territorial de 1 247 955
238  km². [14]  Dividido  em  144  municípios,  dentre  os  quais,
importantes  para  a  economia  do  estado  são,  Altamira, Rio Tapajós
Ananindeua,  Barcarena,  Belém,  Canaã  dos  Carajás,
Castanhal,  Itaituba,  Marabá,  Paragominas,  Parauapebas,
Redenção, Salinópolis, Tucuruí e Santarém. [35]

Religiões

Etnias
De  acordo  com  um  estudo  genético  de  2013,  a  ancestralidade  da  população  de  Belém  foi  assim  descrita:
53,70% de contribuição europeia, 29,50% de contribuição indígena e 16,8% de contribuição africana. [37]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 7/21
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De  acordo  com  um  estudo  genético  de  2011,  a  ancestralidade  da


população  de  Belém  seria  a  seguinte:  69,70%  de  contribuição Cor/Raça Porcentagem
europeia, 19,40% de contribuição indígena e 10,9% de contribuição Pardos 73,0%
africana. [38] Brancos 23,0%
Negros 3,5%
Imigrantes Amarelos ou Indígenas 0,6%

Fonte: PNAD[36]
Portugueses

A  presença  dos  portugueses  no  estado  teve  início  no  século  XVII.  Em  janeiro  de  1616,  o  capitão  português
Francisco Caldeira Castelo Branco iniciou a ocupação da terra, fundando o Forte do Presépio, núcleo da futura
capital paraense. A fixação portuguesa foi efetivada com as missões religiosas e as bandeiras, que ligavam o
Forte  do  Presépio  a  São  Luís  do  Maranhão,  por  terra  e  subiram  o  Rio  Amazonas.  Os  portugueses  foram  os
primeiros a chegar no Pará, Deixando contribuições que vão desde a culinária à arquitetura.

Japoneses

Os primeiros imigrantes japoneses que se destinaram à Amazônia saíram do Porto de Kobe, no Japão, no dia
24  de  julho  de  1926,  e  só  chegaram  ao  município  de  Tomé­Açu  no  dia  22  de  setembro  do  mesmo  ano,  com
paradas no Rio de Janeiro e Belém.

Os japoneses foram responsáveis pela introdução de culturas como a juta e a pimenta­do­reino na década de
1930;  de  mamão­Havaí  e  do  melão  na  década  de  1970.  A  terceira  maior  colônia  japonesa  no  Brasil  está  no
Pará,  com  cerca  de  13  mil  habitantes,  perdendo  apenas  para  os  estados  de  São  Paulo  e  Paraná.  Eles  vivem
principalmente nos municípios de Tomé­Açu, Santa Izabel do Pará e Castanhal, sabendo­se que Tomé­Açu foi
o primeiro local do Norte do país a receber imigrantes japoneses, por volta de 1929. [39]

Italianos

Os  imigrantes  italianos  que  vieram  para  o  Pará  são


predominantemente  da  região  Sul  da  Itália,  originários  da
Calábria,  Campânia  e  Basilicata.  Eram  todos  colonos,  mas
aqui se dedicaram ao comércio. O primeiro comércio italiano
de que se tem notícia é de 1888, que ficava em Santarém.

Eles fincaram raízes familiares em Belém, Breves, Abaetetuba,
Óbidos, Oriximiná, Santarém e Alenquer. A presença na região
oeste do Pará era tão acentuada, que havia uma representação
do consulado da Itália em Óbidos, considerada a cidade mais
italiana  do  Estado.  O  consulado  ficava  em  Recife, Alenquer
Pernambuco.

Em Belém, os italianos se dividiram entre a atividade comercial e os pequenos serviços. Ao mesmo tempo em
que  trabalharam,  foram  importantes  no  início  do  processo  de  industrialização  da  capital  (1895).  Segundo  o
censo  de  1920,  existia  no  Pará  cerca  de  mil  italianos.  Ao  final  da  Segunda  Guerra,  registrou­se  um  refluxo
causado  pela  perseguição  a  alemães,  japoneses  e  italianos.  Os  italianos,  assim  como  os  franceses,  não
permaneceram em território paraense. [40]

Libaneses
https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 8/21
22/04/2019 Pará – Wikipédia, a enciclopédia livre

A emigração dos libaneses para o Pará se deu na metade do século XIX, na época do Ciclo da Borracha, e até
1914 desembarcaram em Belém entre 15 mil e 25 mil imigrantes sírio­libaneses, dois quais um terço foram para
o Acre. No Pará, além da capital paraense, os libaneses se deslocaram para os municípios de Cametá, Marabá,
Altamira,  Breves,  Prainha,  Monte  Alegre,  Alenquer,  Santarém,  Óbidos,  Soure,  Maracanã,  Abaetetuba,  entre
outros. [41]

Franceses

Os  primeiros  imigrantes  franceses  chegaram  ao  Brasil  na


segunda  metade  do  século  XIX  e  dirigiram­se  para  a  colônia
de Benevides, na região metropolitana de Belém  do  Pará.  Os
franceses  foram  atraídos  para  a  região  por  causa  do  Ciclo  da
Borracha  e  acabaram  se  instalando  em  Belém,  tornando­a
conhecida como Paris n'América. [42]

Maranhenses

São os maiores migrantes nacionais no estado do Pará. Por ser
vizinho do estado do Pará, os maranhenses vão em busca de Belém
melhores  condições  materiais.  A  população  de  Belém,  sul  e
sudeste  do  Pará  é  formada  basicamente  por  imigrantes
maranhenses.  O  Maranhão  e  o  Pará  têm  uma  longa  história  de  ligação  que  começou  desde  a  criação  dos
Estados  do  Grão­Pará  e  Maranhão.  Na  parte  cultural  também  há  uma  reciprocidade  entre  os  dois  estados;
inclusive, a origem do carimbó (dança de negros) é do Maranhão, que, com o processo de aculturação, tomou a
forma paraense. A lambada paraense da década de 1970 também influenciou o maranhão. Na parte da religião
de matriz africana, também há uma cumplicidade entre os dois estados, como o tambor de mina.  O  hino  do
Círio de Nazaré foi composto por um poeta maranhense chamado Euclides Farias.

Subdivisões
O estado do Pará é formado oficialmente pela união de 144 municípios. [43] A última alteração feita entre seu
municípios  foi  entre  1999  e  2012,  com  a  criação  e  instalação  do  município  de  Mojuí  dos  Campos,
desmembrado de Santarém. [44] Atualmente existem 51 pedidos de emancipação de distritos para formação de
novos municípios. [45]

Os  estados  brasileiros  são  formados  por  subdivisões  criadas  pelo  IBGE  chamadas  de  regiões  geográficas
intermediárias,  que  congregam  municípios  com  características  similares,  tais  como  geográficas  e
socioeconômicas. As regiões geográficas intermediárias correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões,
que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as
microrregiões. [46] Essa subdivisão é usada para fins estatísticos, não constituindo uma entidade política ou
administrativa.

Oficialmente, o estado do Pará é dividido em sete regiões intermediarias:

Região Geográfica Intermediária de Castanhal;
Região Geográfica Intermediária de Belém
Região Geográfica Intermediária de Marabá;
Região Geográfica Intermediária de Redenção;
Região Geográfica Intermediária de Santarém;

https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 9/21
22/04/2019 Pará – Wikipédia, a enciclopédia livre

Região Geográfica Intermediária de Altamira;
Região Geográfica Intermediária de Breves.[47]
O  Pará  é  dividido  oficialmente  em  vinte  e  uma  regiões  imediatas:  Belém;  Cametá;  Abaetetuba;  Castanhal;
Bragança;  Capanema;  Paragominas;  Capitão  Poço;  Marabá;  Parauapebas;  Tucuruí;  Redenção;  Tucumã­São
Félix do Xingu; Xinguara;  Santarém;  Itaituba;  Oriximiná;  Altamira;  Almeirim­Porto  de  Moz;  Breves;  Soure­
Salvaterra.

Política
O  Pará  é  um  estado  da  federação,  sendo  governado  por  três  poderes,  o  executivo,  representado  pelo
governador,  o  legislativo,  representado  pela  Assembleia  Legislativa  do  Estado  do  Pará,  e  o  judiciário,
representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará e outros tribunais e juízes.  Também  é  permitida  a
participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos. [48]

Belém  é  o  município  com  o  maior  número  de  eleitores,  com


1,043 milhão destes. Em seguida aparecem Ananindeua, com
291,2  mil  eleitores,  Santarém  (209,4  mil  eleitores),  Marabá
(159  mil  eleitores)  e  Parauapebas,  Castanhal  e  Abaetetuba,
com  149,5  mil,  121,2  mil  e  104,6  mil  eleitores,
respectivamente. O município com menor número de eleitores
é Bannach, com 3,1 mil. [49]

Tratando­se  sobre  partidos  políticos,  todos  os  35  partidos


políticos  brasileiros  possuem  representação  no  estado. [50]
Palácio Lauro Sodré (antigo palácio do Conforme  informações  divulgadas  pelo  Tribunal  Superior
governo, atual museu do estado do Pará). Eleitoral  (TSE),  com  base  em  dados  de  outubro  de  2016,  o
partido  político  com  maior  número  de  filiados  no  Pará  é  o
Partido  do  Movimento  Democrático  Brasileiro  (PMDB),  com  68  269  membros,  seguido  do  Partido  dos
Trabalhadores (PT), com 60 696 membros e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 41 053
filiados.

Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido
Republicano  Brasileiro  (PRB),  com  33  354  membros;  e  o  Partido  Trabalhista  Brasileiro  (PTB),  com  31  268
membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido  da  Causa
Operária  (PCO)  são  os  partidos  políticos  com  menor  representatividade  na  unidade  federativa,  com  6  e  11
filiados, respectivamente. [50]

Símbolos estaduais
Assim como nas outras unidades de federação, os símbolos do estado do Pará são a bandeira, o brasão e o hino.

A bandeira do estado do Pará remonta ao século XIX, especificamente ao ano de 1890. Em 3 de junho daquele
ano, foi aprovado o projeto de lei de autoria do deputado estadual Higino Amanajás, instituindo a bandeira
paraense tal como nos moldes atuais. [51]

O  brasão  foi  criado  em  9  de  novembro  de  1903,  pela  lei  estadual  de  nº  912,  que  estipulou  a  criação  de  um
Brasão  (ou  Escudo)  de  Armas  para  o  estado.  Os  seus  autores  são:  José  Castro  Figueiredo  (arquiteto)  e
Henrique Santa Rosa (historiador e geógrafo). [52]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 10/21
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O  hino,  a  letra  de  Artur  Teódulo  Santos


Porto e a música de Nicolino Milano, foi
oficializado  em  29  de  outubro  de  1969,
através  da  emenda  constitucional  nº
1. [53]

Economia
A  economia  é  baseada  no  extrativismo
mineral  (ferro,  bauxita,  manganês,
calcário,  ouro,  estanho),  vegetal
(madeira),  na  agricultura,  pecuária,
indústria e no turismo. [55]
À esquerda, a bandeira do estado do Pará e, à direita, o brasão.

A  mineração  é  atividade  preponderante


na  região  sudeste  do  estado,  sendo  Parauapebas  a  principal
cidade  que  a  isso  se  dedica.  Já  as  atividades  agrícolas  são
mais intensas na região nordeste do estado, onde destaca­se o
município  de  Castanhal;  a  agricultura  também  se  faz
presente,  desde  a  década  de  1960,  ao  longo  da  malfadada
Rodovia Transamazônica (BR­230). O Pará é o maior produtor Exportações do Pará ­ (2012)[54]
de  pimenta  do  reino  do  Brasil  e  está  entre  os  primeiros  na
produção de coco da Bahia e banana. São Félix do Xingu é um
dos municípios com maior produção de banana do país.

A pecuária é mais presente no sudeste do estado, que possui um rebanho calculado em mais de 14 milhões de
cabeças  de  bovinos.  A  indústria  do  estado  concentra­se  mais  na  região  metropolitana  de  Belém,  com  os
distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua, e também vem se consolidando em municípios como Marituba,
Barcarena e Marabá através de investimentos na verticalização dos minérios extraídos, como bauxita e ferro,
que ao serem beneficiados, agregam valor ao se transformarem em alumínio e aço no próprio Estado. [56] Pela
característica natural da região, destacam­se também como fortes ramos da economia as indústrias madeireira
e moveleira, tendo um polo moveleiro instalado no município de Paragominas.

O  extrativismo  mineral  vem  desenvolvendo  uma  indústria


metalúrgica  cada  vez  mais  significativa.  No  município  de
Barcarena  é  beneficiada  boa  parte  da  bauxita  extraída  no
município  de  Paragominas  e  na  região  do  Tapajós  em
Oriximiná. No momento Barcarena é um grande produtor de
alumínio, e sedia uma das maiores fábricas desse produto no
mundo,  boa  parte  é  exportado,  o  que  contribui  para  o
município  desenvolver  um  dos  principais  portos do Pará,  no
distrito  de  Vila  do  Conde.  Ao  longo  da  Estrada  de  Ferro
Mina de Carajás, vista por satélite em
Carajás,  que  vai  da  região  sudeste  do  Pará  até  São  Luís  do
julho de 2009 (Parauapebas).
Maranhão,  é  possível  atestar  a  presença  crescente  de
siderúrgicas. O governo federal implementou em Marabá  um
pólo siderúrgico e metalúrgico,  além  das  companhias  já  presentes  na  cidade.  O  polo  siderúrgico  de  Marabá
utilizava intensamente o carvão vegetal para aquecer os fornos que produzem o ferro gusa, contribuindo assim,

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para a devastação mais rápida das florestas nativas da região. Mas recentemente este cenário vem mudando,
as  indústrias  estão  investindo  no  reflorestamento  de  áreas  devastadas  e  na  produção  de  carvão  do  coco  da
palmeira Babaçu, que não devasta áreas da floresta nativa porque consiste somente na queima do coco e não
do coqueiro, este é produzido principalmente no município de Bom Jesus do Tocantins.

Nos últimos anos, com a expansão da cultura da soja por todo o território nacional, e também pela falta de
áreas livres a se expandir nas regiões sul, sudeste e até mesmo no centro­oeste (nas quais a soja se faz mais
presente), as regiões sudeste e sudoeste do Pará tornaram­se uma nova área para essa atividade agrícola. Pela
rodovia Santarém­Cuiabá (BR­163) é escoada boa parte da produção sojeira do Mato Grosso, que segue até o
porto de Santarém, aquecendo a economia da cidade tanto pela exportação do grão como pela franca expansão
de seu plantio: a produção local já representa 5% do total de grãos exportados.

A pauta de exportação do Pará, no ano de 2012, foi baseada em minério de ferro (59,46%), óxido de alumínio
(8,19%), minério de cobre (6,06%), alumínio bruto (5,09%) e bovinos (3,60%). [54]

Infraestrutura

Saúde
De  acordo  com  dados  de  2009,  fornecidos  pelo  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística,  existiam,  no
estado, 2 742 estabelecimentos hospitalares, com 13 720 leitos. [57] Destes estabelecimentos hospitalares, 2 057
eram  públicos,  sendo  1  932  de  caráter  municipais,  54  de  caráter  estadual  e  71  de  caráter  federal. [57]  685
estabelecimentos eram privados, sendo 631 com fins lucrativos e 54 sem fins lucrativos. 271 unidades de saúde
eram especializadas, com internação total, e 2 312 unidades eram providas de atendimento ambulatorial. [57]
No mesmo ano, registrou­se que apenas 47,03% da população paraense tinha acesso à rede de água, enquanto
57,8% tinha acesso à rede de esgoto sanitário. [58] Ainda em 2009, foi verificado que o estado tinha um total de
552,5  leitos  hospitalares  por  habitante  e,  em  2005,  registrou­se  7,1  médicos  para  cada  grupo  de  10  mil
habitantes. [58]

Uma  pesquisa  promovida  pelo  IBGE  em  2008  revelou  que  71,2%  da  população  do  estado  avalia  sua  saúde
como boa ou muito boa; 61,7% da população realiza consulta médica periodicamente; 30,6% dos habitantes
consultam o dentista regularmente e 8,7% da população esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze
meses. [59]  Os  dados  da  pesquisa  afirmaram  ainda  que  23,9%  dos  habitantes  declararam  ter  alguma  doença
crônica e apenas 13,7% possuíam plano de saúde. Menos da metade dos domicílios particulares no Pará são
cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família: 47,4 destes%. [59]

Tratando da saúde feminina, 23,7% das mulheres residentes no estado com mais de 40 anos fizeram exame
clínico  das  mamas  nos  últimos  doze  meses;  32,8%  das  mulheres  entre  50  e  69  anos  fizeram  exame  de
mamografia nos últimos dois anos; e 79,1% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para
câncer do colo do útero nos últimos três anos. [59]

Educação
O  Pará  possui  várias  instituições  educacionais,  sendo  as  mais  renomadas  localizadas  principalmente  na
Região  Metropolitana  de  Belém  e  em  outras  cidades  de  médio  porte.  A  educação  do  estado  é  tida  como  a
segunda  pior  do  país,  comparada  à  dos  demais  estados  brasileiros.  No  fator  "educação",  do  Índice  de

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Desenvolvimento Humano de 2010, o estado obteve um patamar de
0,528,  ficando  à  frente  apenas  da  educação  de  Alagoas  em  âmbito Resultados no ENEM

nacional. [63] Ano Português Redação

2006[60] 33,13 (19º) 49,78 (17º)


Sobre  a  questão  do  analfabetismo,  a  lista  de  estados  brasileiros  por
Média 36,90 52,08
taxa  de  analfabetismo  mostra  o  Pará  com  a  16ª  menor  taxa,  com
[61] 46,02 (19º) 54,97 (15º)
11,23%  de  sua  população  considerada  analfabeta. [64]  Houve 2007
Média 51,52 55,99
superação  na  taxa  de  analfabetismo  paraense.  Em  2001,  o  mesmo
[62] 36,90 (17º) 59,20 (8º)
ocupava  a  18ª  colocação  no  mesmo  quesito,  com  28,5%  de  sua 2008
Média 41,69 59,35
população tida como analfabeta. [65][66]

O estado possui a quarta maior porcentagem, entre os estados brasileiros, de pessoas entre 7 e 14 anos de idade
que não frequentam unidades escolares. Os dados do censo demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, revelam
que 5% dos habitantes do Pará nesta faixa etária encontram­se nesta situação, deixando­o apenas à frente de
Roraima, Acre e Amazonas. [67] Entre a população na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, o índice era ainda
maior: 18,5% destes não frequentam unidades de ensino, de acordo com o censo de 2010. Isso colocou o Pará
na 18ª posição nacional, no ranking que abrangeu todas as 27 divisões administrativas do Brasil. Apenas os
estados de Mato Grosso, Espírito Santo, Alagoas, Paraná, Amazonas, Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso
do  Sul  e  Acre  estão  em  situação  semelhante  ou  pior. [67]  A  população  paraense  em  idade  escolar  alcançava
2 255 030 habitantes em 2010, um total de 29,7%. [68]

Em 2011, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB),  o  estado  obteve  nota  de  4,2  nos  anos  íniciais  do
ensino  fundamental,  3,7  nos  anos  finais  do  ensino
fundamental, e 2,8 no 3º ano do ensino médio. [69] O patamar
atingido  pelo  estado  foi  um  dos  mais  baixos  do  país,
principalmente no ensino médio. Os municípios do estado que
atingiram  as  melhores  colocações  na  rede  pública  de  ensino,
nos  anos  iniciais  do  ensino  fundamental  foram:  Dom  Eliseu
(5,2);  Ourilândia  do  Norte  (5,2);  Ulianópolis  (5,1);
Campus II da UNIFESSPA.
Parauapebas (4,9) e Paragominas e Santarém (4,7). Nos anos
finais  do  ensino  fundamental,  na  rede  pública  de  ensino,  os
municípios  que  alcançaram  as  melhores  posições  foram:  Bannach (4,7); Altamira  (4,4);  Parauapebas  (4,4);
Novo Progresso (4,2) e Belterra, Uruará e Santarém Novo (4,1). [69] Nos anos iniciais do ensino fundamental,
Santa Maria das Barreiras foi o município com a pior avaliação educacional, segundo o IDEB, atingindo 2,8
pontos. Nos anos finais do ensino médio, o município que alcançou o pior desempenho foi Afuá, também com
2,8 pontos. [69]

Em  números  absolutos,  o  estado  possuía  246  184  pessoas  com  nível  superior  completo  em  2010,  um
percentual  de  4,06%,  um  dos  mais  baixos  índices  do  país,  superando  apenas  o  Maranhão.  Há  demasiadas
instituições  de  ensino  superior  no  estado.  Seis  delas  são  de  caráter  público:  Universidade  Federal  do  Pará
(UFPA),  Universidade  Federal  do  Oeste  do  Pará  (UFOPA),  Universidade  Federal  do  Sul  e  Sudeste  do  Pará
(UNIFESSPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade do Estado do Pará (UEPA) e
Instituto  Federal  do  Pará (IFPA). [70]  Entre  as  principais  instituições  de  ensino  superior  no  Pará,  de  caráter
privado,  destacam­se  a  Universidade  da  Amazônia  (UNAMA),  o  Centro  Universitário  do  Pará  (CESUPA),  a
Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), o Instituto Luterano de Ensino Superior de Santarém, o Centro
de Ensino Superior do Pará e as Faculdades Integradas do Tapajós (FIT). [71]

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Transporte
Por sua localização geográfica na Amazônia, assim como sua
maior aproximação com os estados do Nordeste, o Pará possui
um  meio  de  transporte  predominantemente  hidroviário  e
rodoviário. A parte leste do estado, desde a região de Carajás
até  a  capital  estadual,  Belém,  está  mais  sujeita  tanto  ao
transporte  hidroviário  quanto  ao  rodoviário,  com  destaque
para a Rodovia  Belém­Brasília,  principal  meio  de  transporte
daquela região.

A Estrada de Ferro Carajás, com um ramal em Parauapebas, e
outro em Canaã dos Carajás, no estado do Pará, até São Luís,
capital do Maranhão, escoa os minerais extraídos na serra dos
Carajás  até  os  portos  de  Itaqui e Ponta  da  Madeira,  além  de
realizar transporte de passageiros e cargas como soja, celulose Porto de Santarém

e combustível, pela conexão com a Ferrovia Norte­Sul. [72]

A  Estrada  de  Ferro  Trombetas,  pertencente  a  VALE,  opera  no  estado  do  Pará,  transportando  bauxita.  A
Estrada de Ferro Juruti, de propriedade da Alcoa, fica junto à mina de bauxita localizada na cidade de Juruti
(PA). A Estrada de Ferro Jari, no Pará, transporta celulose e bauxita. A Ferrovia Norte­Sul  tem  o  projeto  de
interligar o Pará e o Rio Grande do Sul. [73]

O  estado  mantém  108  pontos  de  infraestrutura  portuária,  que  servem  para  importação  e  exportação  de
mercadorias e transporte de pessoas. A capital do estado, Belém, se destaca entre os municípios portuários. É
lá  que  está  instalada  a  Estação das Docas,  cartão  postal  da  cidade.  Os  principais  portos  do  Pará:  Porto  de
Belém,  Porto  de  Miramar,  Porto  do  Outeiro,  Porto  de  Vila  do  Conde,  Porto  de  Santarém,  Porto  de  Itaituba,
Porto de Óbidos, Porto Altamira, Porto de São Francisco e o Porto de Marabá. [74]

No  estado,  existem  seis  aeroportos  administrados  pelo  Infraero.  São  eles:  o  Aeroporto  Internacional  de
Belém/Val­de­Cans ­ Júlio Cezar Ribeiro (em Belém), Aeroporto Internacional de Santarém ­ Maestro Wilson
Fonseca  (em  Santarém),  Aeroporto  de  Belém  ­  Brigadeiro  Protásio  de  Oliveira  (em  Belém),  Aeroporto  de
Marabá/Pará  ­  João  Correa  da  Rocha  (em  Marabá),  Aeroporto  de  Altamira  (em  Altamira)  e  o  Aeroporto  de
Carajás (em Parauapebas). [75] Há também outros aeroportos menores, como os de Araguaia, Itaituba, Monte
Dourado, Ourilândia do Norte, Porto Trombetas, Redenção, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Tucuruí,
entre outros.

Energia
Um  dos  maiores  geradores  de  energia  do  país,  com  uma  matriz  energética  hidrelétrica,  o  estado  dispõe  das
usinas de: Tucuruí (8.370 MW, no rio Tocantins), Belo Monte (11 000 MW, no rio Xingu), Pimental (233 MW,
no rio Xingu), Teles Pires (1820 MW, no rio Teles Pires), São Manoel (700 MW, no rio Teles Pires), Curuá­Una
(30  MW,  no  rio  Curuá­Una)  e  Santo  Antônio  do  Jari  (373  MW,  no  rio  Jari),  além  de  várias  usinas
projetadas. [76]

Cultura

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O  Pará  é  segundo  maior  estado  do  Brasil  em  questão  de  território,  talvez  por  isto  exista  uma  grande
diversidade tanto social quanto natural, podemos observar isso através da cultura regional que é na verdade
uma mistura de ritmos e raças convivendo harmoniosamente.

Culinária
A culinária paraense possui grande influência indígena. Os elementos encontrados na região, formam a base de
seus pratos, o que deixa os gourmets maravilhados pela alquimia utilizada na produção destes pratos exóticos.
Os nomes dos pratos são tão exóticos quanto seu sabor, já que são de origem indígena.

Alguns dos pratos típicos da região

Caruru
Chibé
Cuscuz
Maniçoba
Moqueca
Pato no tucupi
Tacacá
Tapioca
Vatapá
O  Pará  apresenta  mais  de  uma  centena  de  espécies
comestíveis,  são  as  denominadas  frutas  regionais,  e  em Maniçoba
muitas  vezes  apresentando  um  exótico  sabor  para  as  suas
sobremesas.

Algumas das frutas nativas paraenses

Açaí
Bacuri
Cupuaçu
Graviola
Pupunha
Taperebá
Castanha­do­pará
Muruci
Piquiá
Tucumã
Bacaba
Camu­camu
Uxi
Ingá
Sapotilha
Abricó­do­pará
Abiu
Anajá
Mari
Camapu
Biribá
Jutaí

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Danças e músicas
Trajes coloridos, sons fortes de instrumentos de percussão e muita expressividade corporal traduzem sonora e
visualmente a herança folclórica paraense. Os ritmos do Pará são o calypso, carimbó, brega, marujada,  siriá,
lambada, lundu marajoara, tecno brega, tecnomelody, guitarrada.

Carimbó
Inicialmente,  apenas  uma  reunião  de  festejo  entre  amigos  e  familiares,  o  fazer  carimbó  modificou­se,
transformando­se em um autêntico gênero e rítmo amazônida parauara, gerando grupos folclóricos e bandas
de baile, com a popularização nas décadas de 1960 e 1970. Tornou­se comum nas rádios e nos bailes. Diversos
artistas gravaram discos LP, a exemplo de: Lucindo[77], Pinduca, Arraial do Pavulagem, Cupijó e Verequete. [78]

Tornou­se  patrimônio  Cultural  Imaterial  brasileiro  em  setembro  de  2014,  aprovado  por  unanimidade  pelo
conselho do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). [79][80][81]

No dia 26 de agosto, anualmente é celebrado o centenário do Verequete, um dos mais importantes mestres do
ritmo  no  estado,  devido  sua  trajetória  na  composição  de  músicas  no  estilo  tradicional  “pau  e  corda”.  Em
homenagem, a data foi intitulada como o Dia Municipal do Carimbó, instituído em 2004. [82]

Artesanato
O  artesanato  é  marcado  por  peças  inspiradas  nas  milenares
civilizações indígenas e joias produzidas com matérias primas
encontradas  na  própria  natureza.  Utilizam­se  todos  os  tipos
de  material  retirado  da  própria  região,  e  representa­se  por
vários  ramos  como  cerâmica,  cestaria,  talha,  objetos  de
madeira,  de  ouriço,  de  cheiros,  de  conchas,  cuias  e  outros
matérias,  criando  um  segmento  importante  e  criativo  da
nossa  cultura.  Quando  se  fala  em  cerâmica,  dois  grupos  se
destacam:  os  marajoaras  e  os  tapajônicos.  Artesanato
regional: Cerâmica, cuia,  miriti,  balata,  entalhe  em  madeira,
palha, patchouli. tururi e artigo em cheiro. [83] Cerâmica marajoara

Festas populares
As manifestações culturais são bem diversificadas, no segundo domingo de outubro a cidade de Belém recebe
devotos de todo o Brasil na procissão do Círio de Nazaré, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Cerca de
milhões de pessoas participam de uma das maiores festas católicas do país. [84]

Entre  as  manifestações  culturais  mais  apreciadas  estão  os  folguedos  populares.  São  festas,  cheias  de
dramaticidade  e  alegria,  que  acontecem,  tradicionalmente,  em  datas  marcadas.  O  Çairé,  no  município  de
Santarém, é uma festa que dura oito dias, misturando o profano e o religioso. A Marujada, em Bragança, reúne
vários ritmos, dançados, basicamente, por mulheres. Tem ainda a magia do Boi Bumbá,  mistura  de  dança,
batuque  e  drama,  e  os  Cordões  de  Pássaros,  já  quase  esquecidos,  mas  ainda  encenados  na  periferia  de
Belém. [85]

Feriados
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No estado do Pará, só há um feriado estadual: o dia 15 de agosto, em homenagem à adesão do Grão­Pará  à
independência do Brasil. Este feriado foi oficializado através da Lei n.º 9.093, de setembro de 1995, proposta
pelo deputado estadual Zeno Veloso. [86]

Ver também
Lista de governadores do Pará
Lista de municípios do Pará
Lista de municípios do Pará por população
Lista de mesorregiões do Pará
Lista de microrregiões do Pará
Lista de rios do Pará

Referências
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Federação» (http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm). Consultado em 9 de
setembro de 2013. Cópia arquivada em 9 de outubro de 2014 (http://web.archive.org/web/20141009143842/h
ttp://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm)
2.  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2018). «IBGE divulga as Estimativas
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3.  «Contas Regionais 2016: entre as 27 Unidades da Federação» (https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agenci
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federacao­somente­roraima­teve­crescimento­do­pib). IBGE. Consultado em 29 dezembro de 2018
4.  «Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015» (ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalid
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5.  «Sinopse do Censo Demográfico 2010» (http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=P6&u
f=00). IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016
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período de 2012 a 2017» (http://atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/Radar%20IDHM%20PNADC_2019_Bo
ok.pdf) (PDF). Consultado em 18 de abril de 2019
7.  «Conheça Nosso Pará» (http://www.pa.gov.br/O_Para/opara.asp). Governo Popular do Pará. Consultado
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8.  «Pará» (http://www.brasilescola.com/brasil/para.htm). Brasil Escola. Consultado em 27 de maio de 2012
Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Dados sobre o Pará" é definido mais de uma vez
com conteúdos diferentes
9.  «Pará é o estado com maior índice de desmatamento da Amazônia Legal, aponta Imazon» (https://g1.glob
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Ligações externas
Governo do Pará (http://www.pa.gov.br/) (em português)
Assembleia Legislativa do Pará (http://www.alepa.pa.gov.br/) (em português)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 20/21
22/04/2019 Pará – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br/) (em português)
Governo (https://www.facebook.com/governopara) no Facebook
Governo (https://twitter.com/governopara) no Twitter

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