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BALANCEAMENTO DE LINHA DE
PRODUÇÃO
Alisson Leal da Silva (FEAMIG)
silvaeng_civil@yahoo.com.br
RESUMO
O presente trabalho visa o ganho produtivo em uma linha de montagem de motores através da
analise e execução de um balanceamento de linha. Esse estudo ira analisar o tempo de
transformação do produto, do qual e determinado pelos postos de trabalho a partir de um
tempo ciclo, ou seja, tempo que o operador gasta para efetuar uma quantidade especifica
operações para obtenção do produto. Para se obtiver uma maior produtividade de uma linha
de produção e necessário efetuar a redução do tempo ciclo da linha, com o intuito de
padronizar o tempo de produção e conseqüentemente e balancear a linha. Foi realizada a
coleta dos tempos de produção de cada posto de trabalho de modo a aumentar a produtividade
da linha de montagem, como a utilização de ferramentas, softwares específicos como o vídeo
timer-pró, modificação de layout, equipamentos automatizados para melhor logística, de
modo a aumentar a produção. A partir das diretrizes tratadas levando em conta o estudo das
operações, as operações foram tomadas. O resultado final do trabalho apresentou que a partir
das melhorias propostas pelo o estudo a linha conseguiu aumentar sua produção em 50%,
valor necessário para atender o cliente.
INTRODUÇÃO
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XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Logística
Segundo Moura (2006), Logística o processo da gestão do fluxo de produtos, serviços e das
informações associadas, entre fornecedores e clientes, levando aos clientes onde quer que
estejam os produtos e serviços que necessitam nas melhores condições.
Para Severo (2006), a logística e um sistema composto por redes de informação e instalações
que executam varias funções, a fim de executar um eficiente fluxo de produtos, onde se inclui
transferência, estocagem, manuseio e comunicação, entre pontos de suprimentos.
Como explica Moura (2006), a tentativa de reduzir as perdas no processo, devem ter uma
tratativa em relação à entrega de insumos, mesmo com uma linha balanceada, se não houver
uma entrega eficiente de matérias os esforços de aumentar a produtividade não surtirá efeito,
por esse motivo foi desenvolvido um método que visa entregar a quantidade certa no
momento certo, just in time, eliminando assim também os estoques, que aumenta o custo do
processo.
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administrar a produção, mas sim uma verdadeira filosofia que engloba toda a parte logística,
que vai desde a gestão de materiais até a gestão de recursos humanos. O Just in time usa
alguns princípios básicos que podemos citar como os pilares da filosofia, são eles:
E necessário identificar as necessidades dos clientes como explica Shingo (2006), de modo a
prepara a linha de produção para atender essa demanda, a partir dessa variável e possível
analisar a capacidade de produção e as necessidades de modificações de modo a adequar a
linha, com intervenções de modo há reduzir o tempo ciclo de produção.
Com a redução do tempo ciclo o processo de fabricação será mais rápido, isso pode acarretar
a necessidade de melhorias, que podem ser desenvolvidas pelo conceito Kaizen, que podem
ser sugeridas através de melhorias no layout, e no balanceamento da linha como explica
Shingo (1996).
2.4. Kaizen
Costa (2008) explica kaizen a partir da língua japonesa como sendo mudança “kai”, para
melhor “zen”, ou seja, melhores mudanças. Essas mudanças e como um processo de
aprimoramento contínuo, através da busca de inovações dos processos produtivos, dos
métodos, das regras e dos procedimentos.
Essas melhorias para Davis; Aquilano; Chase (2000) deve ser utilizada como uma ação
preventiva, ou seja, identificar um problema antes mesmo que ele ocorra. Costa (2008)
explica que a filosofia Kaisen se fundamenta da integração de todos os colaboradores e
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2.5. Sequenciamento
Para Corrêa, C.; Corrêa, H (2007) o sequenciamento das operações se define a partir das
prioridades em um sistema de operações com o intuito de atingir um conjunto de
desempenhos, a partir da programação das operações devidamente alocadas no tempo da
atividade, dentro dos postos de trabalho. Os quais podem ser compostos de um ou de vários
recursos como máquinas, pessoas, equipamentos, computadores ou outros elementos que
auxiliem no processo de produção em massa.
Corrêa, C.; Corrêa, H (2007) afirmam que um conceito muito importante para se desenvolver
um balanceamento é analisar as atividades que agregam e não agregam valor nos postos de
trabalho.
Segundo Tubino (2007), outro ponto a se levar em conta para balancear uma linha de
produção, e a logística de abastecimento e distribuição que além de se utilizar o plano mestre
de produção (PMP), para definir os tempos ciclo, ou ritmos de trabalho que servirão como
parâmetros nas linhas de montagem.
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2.7. Layout
Segundo Paranhos (2007), layout ou arranjo físico denomina-se pela maneira de alocar as
máquinas e equipamentos visando aperfeiçoar o fluxo de produção. Este arranjo físico muito
importante, pois ele pode ser decisivo no fluxo do processo, acarretando assim uma maior ou
menor produtividade.
Moreira (2006) explica, que o arranjo físico e muito importante, pois, ele define como ser
disposição dos recursos físicos e materiais físicos e o modo como vão permanecer.
A implantação do layout deve ser bem planejada e estudada, pois futuras alterações podem
representar um gasto excessivo e desnecessário, como explica Slack (2007), sendo elas:
Mudar arranjo físico extremamente difícil e demanda muito tempo;
O rearranjo de uma operação pode acarretar uma redução ou até mesmo uma
parada em sua capacidade, e consequentemente, atrasos e insatisfação o aos
clientes que porventura deixe de ser atendidos;
Uma escolha inadequada pode ser a raiz de diversos problemas, tais como
contra fluxo, inflexibilidade do processo, over de estoque, imprevisibilidade
dos fluxos, aumento no tempo das operações e aumento dos custos de
produção.
Mesmo com o conhecimento dos tipos de layout e seus impactos, definir qual arranjo físico a
der adotado e muito complexo, pois diversas variáveis devem ser levadas em conta com
relação, máquinas e mão de obra disponível, produtividade desejada, flexibilidade das
operações, entre outros. Cada tipo possui características singulares que devem ser
criticamente analisadas, para que se decida o arranjo que melhor atenda as expectativas da
organização, como explica Paranhos (2007).
Para Moreira (2006), o planejamento do arranjo físico tem a preocupação básica, de tornar os
movimentos de trabalho mais fáceis e suaves referentes ao fluxo de materiais ou de pessoas.
3. METODOLOGIA
3.1. Pesquisa
Para Santos (1992) a pesquisa se trata de uma abordagem profunda de um fenômeno natural, é
a busca da resolução de problemas, com o objetivo de adquirir respostas a partir do emprego
de procedimentos científicos.
A participação direta dos pesquisadores dentro do processo produtivo, através da coleta de
dados e variáveis, que influenciam diretamente no processo produtivo, que visa um aumento
de produtividade, trata-se então de uma pesquisa ação, que segundo Gil (2007) se caracteriza
pela participação dos pesquisadores e dos pesquisados no processo de pesquisa.
Para o desenvolvimento desta pesquisa, utilizou-se de relatórios e gráficos e da empresa
estudada de modo a desenvolver melhorias no processo, essa pratica para Reis (2008), se
caracteriza como sendo uma pesquisa documental, da qual se utiliza de informações de
documentos pessoais, dos quais não receberam tratamento cientifico.
Rampazzo (2005), explica que pesquisa bibliográfica, consiste na explicação de um problema
através da utilização de referencias teórica como, livros, revistas, etc. além de justificar os
limites e contribuições que a própria pesquisa pode oferecer.
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A necessidade da construção desta nova linha se deu a partir do momento que a capacidade
produtiva da linha do já está no seu limite, e a demanda do cliente aumentou
consideravelmente.
Atendendo ao primeiro objetivo específico, todas as operações foram filmadas e os filmes
foram lançados no programa vídeo timer-pró, que faz o lançamento dos tempos de cada
movimento do operador, neste programa conseguimos visualizar todas as perdas por
movimentos que não tem valor agregado, gerando assim um gráfico para cada operação
conforme mostrado abaixo.
Com todas as operações já lançadas no programa, partimos para atender nosso segundo
objetivo, que era o de analisar os movimentos que agregam e não agregam valor, através do
Excel.
Com as operações enviadas ao Excel, e a identificação dos movimentos de valor agregado e
os de não valor agregado, foram encontrados vários pontos de melhorias. Esse trabalho foi um
dos mais morosos e de maior importância, pois a partir daí tínhamos todas as operações
mostradas e dispostas para ser trabalhadas.
Com o levantamento da linha selecionada é composta por trinta e quatro postos de trabalho,
destes vinte dois manuais, cinco semiautomáticos e sete automáticos.
Todas as operações foram filmadas e analisadas através do software timer-pró, que faz o
lançamento dos tempos de cada movimento do operador e faz um link direto no Excel, a partir
daí iniciou-se o balanceamento, trabalhando com os tempos e analisando a possibilidade do
posto de trabalho absorver as montagens pré-determinadas, dentro de suas limitações técnicas.
A Tab. 1 demonstra os tempos atuais e os tempos propostos para cada operação.
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Tabela -1
Resumo das Operações
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Como se pode visualizar através do gráfico e do quadro gerado pelo Excel, as melhorias de
layout, disponibilidade de ferramentas mais eficientes, e modificação da sequencia de
operação, não proporcionou um melhor tempo apenas nas operações 120, 170 e 210.
Outras operações foram geradas melhorias que reduziram em mais de 50% o tempo ciclo de
produção, como se pode ver nas operações 35 e 60.
5. CONSIDERAÇÔES FINAIS
O presente trabalho visou o ganho produtivo de 50%, em uma linha de montagem de motores,
composta por trinta e quatro postos de trabalho, com uma produção de 20 motores/hora,
através da analise e execução de um balanceamento de linha. Esse estudo analisou o tempo de
transformação do produto, do qual é determinado pelos postos de trabalho a partir de um
tempo ciclo.
Para se alcançar uma maior produtividade da linha de montagem foi proposta a redução do
tempo ciclo de produção, e consequentemente o balanceamento da linha de modo a atingir a
capacidade projetada.
Foi traçada a estratégia, na qual foram realizadas as coletas dos tempos de cada posto de
trabalho, de modo a gerar dados, com o intuito de propor melhorias (kaizen), que mais se
adequavam as necessidades com cada posto. Para isso foi utilizado os softwares vídeo timer-
pró e excel para coletar e analisar a perda produtiva devido aos movimentos que não agregam
valor.
A partir desses dados, foi proposto disponibilizar as peças mais próximas do operador, através
da modificação do layout dos postos, a utilização de ferramentas elétricas e alterando a
sequencia de montagem das peças, o que gerou uma melhoria expressiva no tempo de
montagem.
O sequenciamento levou em consideração cada ação feita pelo operador, como atividades que
agregam e não agregam valor, de modo a aperfeiçoar essas atividades reduzindo ou
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eliminando aquelas atividades que não agregam, reduzindo assim o tempo ciclo de produção
nos postos e melhorando a produtividade da linha.
Melhoria que se pode ser observada quando se analisa o tempo ciclo, reduzido de 2,6 minutos
para 1,3 minutos, a partir de uma eficiência de 85%.
Esse trabalho revelou a capacidade aprimoramento de uma linha de montagem, alcançando
sua capacidade produtiva projetada, no entanto ele propõe um estudo mais profundo, no
intuito de promover melhorias de modo a superar a capacidade projetada, a partir da
disponibilização de recursos financeiros, físicos e mentais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª edição. São Paulo:
Atlas, 2007.
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