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CAVALEIRO KADOSCH

UMA ESCADA PARA A LUZ

A Enciclopédia Barsa, Ed. em seu volume 7, pg 2220, define Escada como sendo “Série de
degraus, em

plano inclinado, para subir e descer. Fig. Qualquer forma de subir, de se elevar, de
ascender...”e em seu volume 2, pg 565, Ascender “do latim ascendere elevar-se, aumentar,
conceder honras ou dignidades”.

Com o significado de Evolução e Iniciação, tanto no Simbolismo Maçônico quanto no


Filosofismo Maçônico, a Escada surge em diversos momentos, tomamos por exemplo a Escada
de Jacó no Grau de Aprendiz Maçom, a escada em Caracol no Grau de Comp∴, os degraus que
levam ao Trono de

Salomão descritos no Grau de M∴M∴. Agora nos defrontamos com a Escada Mística que
aparece na Câmara Vermelha, na Iniciação do Grau 30.

Rizzardo da Camino, em sua obra Rito Escocês Antigo e Aceito – 1º ao 33º, na pg 314, nos fala
do Cav∴ Kadosch, sua interpretação da Escada Mística e o seu relacionamento com o
conhecimento da seguinte forma: “Essa escada mística significa muito para um Cav∴ Kadosch.
Nada deve escapar ao seu interesse; o lema: “Deus o quer” faz dele um predestinado; é uma
biblioteca ambulante espargindo luzes retiradas dos pensamentos daqueles que o
precederam.”

Deus o quer – é uma expressão muito significativa para o Cavaleiro pois exprime a identidade
daquele

que o chama e que lhe guiará os passos, determinando o destino que dará aos seus esforços.

Também, estabelece que o Cavaleiro já está pronto (santificado) para agir como executor das
ações arquitetadas pelo Gr∴ Arq∴ do Univ∴.

Os CCAv∴ Kadosch devem combater a opressão que é tudo o que tolhe a liberdade. Por isso a
missão principal do Cav∴ Kadosch é buscar a Luz da Verdade.

Aonde está essa Luz?

Para o Cav∴ Kadosch, em toda a parte. Só que para enxergá-la precisou o Maçom ser “santo” e
“sagrado”. O Cav∴ Kadosch é aquele que já tem o conhecimento de tudo dentro de si.
Também já recebeu a iluminação da Luz. Agora ele pode ser o combatente do despotismo, seja
ele Temporal ou Espiritual e, de forma mais profunda, ser o exemplo de conduta pela
santificação que alcançou.

Em nossa caminhada maçônica pelo R∴E∴A∴A∴ passamos pelo Grau 3, M∴M∴, onde
revivemos a morte de nosso Mestre Hiram Abif, executada pelos três maus CComp∴. Isto que
nos explica que a inteligência foi morta pela ignorância e pela Tirania. Aprendemos também
que pelos C∴ PP∴ de Perf∴ (que é a personificação do amor) o M∴M∴ ressuscita sua
inteligência. Reerguemos o nosso Templo Pessoal e passamos a ensinar o que sabemos e a
aprender o que ignoramos, buscando espalhar harmonia e fraternidade entre os Homens.
O Cav∴ de Santo André, Gr∴ 29 do R∴E∴A∴A∴, defensor da soberania dos povos aprendeu que
os governos devem suster-se, além da utilização da razão pura, pelas coisas sensíveis que
brotam em seu coração. O Templo Pessoal perfeito, construído pela representação da
Jerusalém Celeste. Com sua Beleza, tendo base na Ordem e por fim o Progresso, o seu Templo
precisa novamente ser refeito.

Quando ativamente o Cav∴ de Santo André procura a Iniciação no Gr∴ 30 que o transformará
em Cav∴ Kadosch, destrói o seu Templo Pessoal para reedificá-lo, agora de forma mais
evoluída, completa, digna de ser santificado ao Gr∴ Arq∴ do Univ∴. Esse Templo construído À
Gl∴ do Gr∴ Arq∴ do Univ∴ também será sua morada. É a perfeita consciência da necessidade
de destruir em si o que a está superado e cansado, para ocupar-se de uma nova consciência,
renascida, re-elevada, expandida. É o ato de reconstruir evoluindo.

Nesse reedificar do seu Templo, O Cav∴ Kadsch procura a Luz da Liberdade e combate sem
cessar a opressão. Seus projetos são resistir à opressão e à falsidade que podemos encontrar
nas palavras, na pena e na espada; sustentar o povo contra seus Tiranos que podem ser
Espirituais ou Temporais, combatendo o despotismo Religioso ou Político.

Hoje muito mais ardil são esses inimigos. Eles erguem-se diante da Humanidade conquistando-
a com

as modernas armas da Psicologia, do Marketing, entre tantos outros conhecimentos e ciências,


que utilizados despoticamente, servem aos interesses de grupos em detrimento de uma
maioria tiranizada, excluída, explorada. Esse combate somente é possível com a propagação da
verdade. O combate à ignorância e a preguiça nunca foi tão importante quando hoje, pois mais
difícil é perceber a ação despótica que afoga a felicidade da Humanidade, em prol de grupos
fechados por interesses

exclusivos.

A Liberdade não pode mais ser entendida somente como o direito de ir e vir. Agora a
Liberdade atinge
conceitos mais abrangentes. A humanidade evoluiu e construiu novas relações de harmonia.
Desde o direito a Liberdade de se respirar um ar puro, até a liberdade de manifestar sua
opinião quando esta

difere do pensamento do grupo a que pertence.

Romper as amarras da Ignorância tem também base no Educar a Humanidade para que todos
percebam a verdade.

Onde encontramos a presença da ignorância vemos com mais força o tolhimento da liberdade,
que fica cerceada pelo despotismo religioso ou governamental, e até mesmo ela influência de
grupos dominantes que se sobrepujam diante da sociedade, colhendo dela os melhores frutos,
mediante a manipulação de fatos e levando à uma maioria não perceber o quanto estão sendo
tiranizados. Nesse momento é fácil compreender que o Cav∴ Kadosch deve portar-se tal como
um educador que espalha Luz e Conhecimento aos que alcança. Mas até mesmo quando o ser
humano busca libertar-se pelo

conhecimento ele pode ser vítima de si mesmo e da compreensão que tem entre o equilíbrio
do estudo e da compreensão (esta no sentido de “filosofar sobre as coisas da vida”). Buscando
compreender um pouco melhor esta relação, esbarramos no pensamento de Rubem Alves,
que em seu livro “Entre a Ciência e a Sapiência, edições Loyola, pgs. 57 e 58, faz uma crítica ao
excesso de leitura ou de pesquisa. Ele afirma que somos levados a acreditar que quanto mais
lermos e pesquisarmos o que está escrito, mais saberemos. O que acontece aqui é que ao
concentrarmos em ler, copiar, repetir deixamos de lado o exercício de pensar e criar o nosso
próprio conceito sobre as “coisas”. Agindo assim, perde-se a capacidade pensar por si só. Isso
é um verdadeiro exemplo de se destruir a liberdade de pensar.

Ensinando apenas o que já existe, não criamos novos conceitos. Nessas mesmas páginas cita o
pensador F.W. Nietzsche, Ecche Homo, editora Cia. Das Letras que diz “Os eruditos, que hoje
nada mais fazem que "dedar" livros (irmão virando as páginas com o dedo), acabam por
perder inteiramente a capacidade de pensar por eles mesmo. Enquanto vão lendo não
pensam. Os eruditos gastam todas as suas energias dizendo Sim e Não na crítica daquilo que
outros pensaram – eles mesmos não tem mais a capacidade de pensar. Vi com meus próprios
olhos pessoas bem-dotadas e com liberdade de espírito que, aos trinta anos, já haviam lido
ponto de se arruinar...” Aqui vamos além, nesse raciocínio, ousando até corrigir este pensador:
Não há liberdade de espírito naquele que sufoca seu direito à construção do seu próprio
pensamento, pela facilidade de assumir um discurso já pronto e idealizado por outro
pensador, mesmo que este seja reconhecido.

Não basta pesquisar o que temos escritos em livros, compêndios e trabalhos... O Cav∴ Kadosch
deve

demonstrar como encontrar a Luz dentro de si mesmo, pois ele já a encontrou.

E a luta continua... agora pela Liberdade.

Assim como Jaques de Molay e os demais CCav∴ Templários sobreviveram ao tempo, mesmo
sendo sacrificados pela força motriz do despotismo e da ignorância, é dever do Cav∴ Kadosch
proteger a

Liberdade de Consciência. Seria o passo principal da Construção do Reino Divino entre os


Homens onde a Justiça se baseia na Razão e é vivenciada pelo Amor. Tal como os CCav∴
Templários sobreviveram por suas ações os CCav∴ Kadosch sobreviverão sempre, e a
humanidade se beneficiará com sua ação de combate ao despotismo e a ignorância, e pela
propagação da Liberdade em sua

plenitude.

Bibliografia:

1 – Camino, Rizzardo da – Rito Escocês Antigo e Aceito Graus 1º ao 33º – São Paulo: Madras,
2004.

2 – Juramento do Grau 30 – Cav∴ Kadosch, do R∴E∴A∴A∴;

3 – Ritual de M∴M∴ – R∴E∴A∴A∴ – GLP, ano 2000;

4 – Enciclopédia Barsa Universal, volumes 2 e 7, Editora Planeta S.A. - Edição 2009;

5 – Aslan, Nicola. Instruções para conselhos Kadosh: para o 19º ao 30º Grau, 3ª Ed. – Londrina:
Ed.
Maçônica “A TROLHA”, 2003;

6 – Camino, Rizzardo da, – Kadosh. – São Paulo: Madras, 2007;

7- Rubem Alves, Entre a Ciência e a Sapiência, 19ª Ed. – SãoPaulo: Ed. Loyola, 2008;

8 – Nitzche, Friedrich Wilhelm. Ecce Homo. Porto Alegre: L&PM Editores, 2008.

Or∴ de Curitiba, 20 de Março de 2012.

Ir∴ Reginaldo Cezar Bueno

UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAN INGENTIS ORDO AB CHAO

CONSELHO DE CAVALEIROS KADOSH DR. ÁLVARO FIGUEIREDO II

1ª INSPETORIA LITÚRGICA DO PARANÁ

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