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Município de São Paulo

e o mercado de trabalho

SEADE
Fundação Sistema Estadual
de Análise de Dados e Gestão
Em 25 de janeiro de 2017, a cidade de São Paulo comemora 463 anos de sua fundação,
com uma população estimada pela Fundação Seade de 11,7 milhões de pessoas.1
Crianças, adolescentes e jovens com até 29 anos correspondem a 43% de seus habitantes,
aqueles nas faixas etárias de 30 a 59 anos representam outros 43% e idosos de 60 anos e
mais são 14% (Gráfico 1).

Com forte integração das atividades


Gráfico 1 econômicas com os municípios da
Distribuição da população, segundo faixa etária Região Metropolitana de São Pau-
Município de São Paulo – 2016 lo – RMSP e outras áreas metropoli-
tanas próximas (Campinas, Baixada
50-59 anos 60-70 anos 70 anos e mais Santista, Vale do Paraíba e Soroca-
11,7% 8,0% 5,9% ba), a cidade gera trabalho e renda
40-49 anos 0-9 anos para milhões de paulistas e paulista-
14,4% 13,1% nos. Segundo dados da Pesquisa de
30-39 anos 10-19 anos Emprego e Desemprego – PED, em
17,4% 13,6% 2015, 6,15 milhões de pessoas
20-29 anos
15,9% trabalhavam na capital e viviam em
São Paulo ou em outras cidades da
RMSP. Destes trabalhadores, esti-
ma-se que 5,4 milhões residiam na
cidade, 226 mil em municípios do
ABC paulista e 805 nas demais cida-
Fonte: Fundação Seade. Estatísticas vitais. des da Região Metropolitana.2

Com um território de 1,5 mil km2 da


cidade de São Paulo, há ocupados em todas as regiões, mas algumas delas mostram maior
concentração de atividades produtivas, enquanto o crescimento da população mantém a
contínua expansão de novas áreas, mais distantes do centro de São Paulo.

O Gráfico 2 ilustra essa situação ao mostrar a distribuição dos empregos formais3 existentes
em 2015, de acordo com os estabelecimentos que declaram a Relação Anual de Informações
Sociais – Rais,4 em contraposição aos dados referentes à localidade de moradia dos ocupados
com emprego formal, captados pela Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.5

Agregando as declarações dos proprietários de 302 mil estabelecimentos paulistanos, havia


5,12 milhões de empregos formais. Já as estimativas obtidas a partir da pesquisa domiciliar
atingem 3,4 milhões de pessoas empregadas formalmente residentes em São Paulo, o que
correspondia, em 2015, a 62% do total de pessoas ocupadas na capital.

Distribuídos por zonas da cidade (ver Quadro 1, que mostra a agregação dessas áreas), pode-
se notar que, enquanto 64% dos empregos formais estavam nas Zonas Sul 1 (25,4%), Oeste

1. A população da capital representa cerca de 6% da brasileira e 27% da paulista, em julho de 2016.


2. Não há estatísticas sobre o número de pessoas que trabalham na capital e vivem fora da Região Metropolitana
de São Paulo.
3. Os empregados formais são os assalariados com carteira de trabalho assinada (vínculo celetista) e os emprega-
dos do setor público (regime estatutário).
4. A Rais é respondida por todos os empregadores – públicos e privados – de cada localidade com o objetivo de
informar quais são os empregados durante o ano imediatamente anterior. Utilizam-se aqui as informações de
31/12/2015.
5. A PED é uma pesquisa amostral que realiza visitas a 3.000 mil domicílios por mês na RMSP e identifica todos
os tipos de trabalho (formais e informais), sua remuneração, as situações de desemprego (aberto, oculto pelo
trabalho precário e oculto pelo desalento), além das atividades principais realizadas por todas as pessoas com
dez anos e mais (estudantes, aposentados, pensionistas, pessoas que cuidam de seus domicílios). As informações
aqui utilizadas correspondem ao agregado anual.

2 Município de São Paulo e o mercado de trabalho


Gráfico 2
Distribuição dos empregos formais e dos moradores com emprego formal, por zonas,
segundo fonte dos dados
Município de São Paulo – 2015

Em % Postos formais (Rais) Moradores com emprego formal (PED) (1)

25,4
23,6
22,2
21,0
17,8

13,7 13,9

10,2
8,7
7,6 7,4
5,7 5,1 5,0 4,4
2,8

Zona Sul 1 Zona Oeste Zona Centro Zona Leste 1 Zona Norte 1 Zona Leste 2 Zona Sul 2 Zona Norte 2

Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência Social – MTPS. Relação Anual de Informações Sociais – Rais; Secretaria de Planejamento e
Gestão. Convênio Seade–Dieese e MTPS/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
(1) Os dados referem-se exclusivamente ao local de residência dos empregados formais.
Nota: Não são considerados 275 mil vínculos para os quais não havia informações sobre o local de exercício do trabalho e, no caso dos
empregos do setor público, aceitou-se a indicação do endereço da sua entidade pagadora, ainda que venham a exercer atividades em
outras áreas.

Quadro 1
Composição dos grupamentos territoriais do município de São Paulo da
Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED
Município de São Paulo
Zona Zona Zona Zona Zona Zona Zona
Centro
Leste 1 Leste 2 Sul 1 Sul 2 Oeste Norte 1 Norte 2
Ermelino
Mooca Vila Mariana Cidade Ademar Pinheiros Tremembé Casa Verde Sé
Matarazzo
Água Rasa Ponte Rasa Saúde Pedreira Alto de Pinheiros Jaçanã Limão Bela Vista

Belém Itaquera Moema Campo Limpo Itaim Bibi Vila Maria Cachoeirinha Bom Retiro

Brás Cidade Líder Ipiranga Capão Redondo Jardim Paulista Vila Guilherme Freguesia do Ó Cambuci

Pari José Bonifácio Cursino Vila Andrade Lapa Vila Medeiros Brasilândia Consolação

Tatuapé Parque do Carmo Sacomã Jardim Ângela Perdizes Santana Pirituba Liberdade

Vila Prudente São Mateus Jabaquara Jardim São Luís Vila Leopoldina Tucuruvi Jaraguá República

Sapopemba Iguatemi Santo Amaro Socorro Jaguaré Mandaqui São Domingos Santa Cecília

São Lucas São Rafael Campo Belo Cidade Dutra Jaguara Perus

Aricanduva São Miguel Campo Grande Grajaú Barra Funda Anhanguera

Carrão Jardim Helena Parelheiros Butantã

Vila Formosa Vila Jacuí Marsilac Morumbi

Penha Itaim Paulista Raposo Tavares

Artur Alvim Vila Curuçá Rio Pequeno

Cangaíba Guaianases Vila Sônia

Vila Matilde Lajeado

Cidade Tiradentes

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Município de São Paulo e o mercado de trabalho
(21,0%) e Centro (17,8%), as áreas de residência de 59,7% dos empregados formais estão
concentradas nas extremidades da cidade: Zonas Sul 2 (23,6%), Leste 2 (22,2%) e Norte 2
(13,9%). Os trabalhadores sem vínculo empregatício, que trabalham por conta-própria ou
empregados domésticos, tendem a estar mais dispersos pela cidade, não alterando os resul-
tados obtidos quando utilizamos os dados relativos ao emprego formal.

A maior desproporção entre o local onde os empregos são gerados e a região de residência
dos empregados ocorre na Zona Centro, onde a infraestrutura pública é bem desenvolvida,
mas os empregados residentes correspondem a 16% dos postos de trabalho. Nas Zonas Sul
1 e Oeste, a parcela de postos de trabalho é três vezes maior do que a de pessoas empre-
gadas que nelas residem. Nas Zonas Leste 2 e Sul 2, verifica-se o oposto, onde os postos de
trabalho formais correspondem a 23% e 21%, respectivamente, da parcela de empregados
ali residentes.

Em 2016, a crise nacional aprofundou os problemas do mercado de trabalho na cidade pelo


segundo ano consecutivo, ocorrendo eliminação de 205 mil ocupações, em relação a 2015, o
que atingiu ocupados residentes em praticamente todas as zonas da capital, exceto Centro
(aumento de 8 mil ocupações) e Sul 1 (+3 mil). As zonas com maiores reduções no número
de ocupados nelas residentes foram a Leste 2 (decréscimo de 61 mil ocupações), a Leste 1
(-44 mil) e a Sul 2 (-55 mil), as mais distantes da mancha central que concentra a geração de
empregos. Embora com menor intensidade, também verificou-se declínio nas Zonas Norte 2
(-24 mil), Oeste (-25 mil) e Norte 1 (-7 mil) (Tabela 1).

Tabela 1
Estimativas dos ocupados, segundo zonas de moradia
Município de São Paulo – 2014-2016

Ocupados (Em 1.000 pessoas) Variação 2015-2016


Zonas de moradia
No abs.
2014 2015 2016 %
(Em 1.000 pessoas)

Município de São Paulo 5.648 5.567 5.362 -205 -3,7


Zona Sul 2 1.184 1.198 1.143 -55 -4,6
Zona Leste 2 1.125 1.115 1.054 -61 -5,5
Zona Leste 1 787 769 724 -44 -5,8
Zona Sul 1 672 636 639 3 0,5
Zona Norte 2 643 642 617 -24 -3,8
Zona Oeste 536 532 507 -25 -4,7
Zona Norte 1 455 434 427 -7 -1,6
Zona Centro 246 242 250 8 3,2
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese, MTPS/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Considerando-se o número de ocupados, as estimativas indicam que as Zonas Sul 2 e Leste 2


se mantêm com a maior concentração de pessoas que nelas residem e são ocupadas – acima
de 1 milhão cada uma –, seguidas pelas Zonas Leste 1, Sul 1 e Norte 2, com patamares superio-
res a 600 mil ocupados. As Zonas Oeste e Norte 1 são menores, com 507 mil e 427 mil ocupa-
dos, respectivamente, enquanto na zona Centro vivem apenas 250 mil ocupados (Gráfico 3).

A perda de ocupações na capital e na Região Metropolitana como um todo (eliminação de


384 mil ocupações entre 2014 e 2016) foi acompanhada de expressiva ampliação do desem-
prego. A taxa de desemprego no município de São Paulo aumentou de 10,3%, em
2014, para 16,0%, em 2016, mas afeta de forma diferenciada as diferentes zonas pesqui-
sadas pela PED.

4 Município de São Paulo e o mercado de trabalho


Gráfico 3
Estimativa dos ocupados, por zona de moradia
Município de São Paulo – 2014-2016

2014 2015 2016


Em 1.000 pessoas

1.184
Zona Sul 2 1.198
1.143
1.125
Zona Leste 2 1.115
1.054
787
Zona Leste 1 769
724
672
Zona Sul 1 636
639
643
Zona Norte 2 642
617
536
Zona Oeste 532
507
455
Zona Norte 1 434
427
246
Zona Centro 242
250

Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese, MTPS/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Quatro áreas apresentaram variação da taxa de desemprego menos intensa do que a obser-
vada para a Cidade (25,0%), entre 2015 e 2016: Zona Norte 1 (7,0%), Zona Sul 1 (14,8%),
Zona Oeste (20,6%) e Zona Leste 2 (22,2%). Já outras três registraram elevação desse indi-
cador em ritmo mais forte do que as demais: Zona Leste 1 (31,4%), Zona Norte 1 (31,7%) e
Zona Sul 2 (38,9%), como mostra o Mapa 1 e a Tabela 2.

Considerando-se as taxas de desemprego, observa-se que, em 2016, duas regiões registra-


vam taxas mais elevadas do que a média do município (16,0%): as Zonas Leste 2 (19,3%) e
Sul 2 (17,5%), áreas mais periféricas e que se caracterizam pelo predomínio de famílias mais
jovens6 e com elevada vulnerabilidade.7

Essas indicações sobre as áreas onde estão sendo gerados novos postos de trabalho nem
sempre são conhecidas da população, o que requer das agências públicas e privadas de in-
termediação de mão de obra a ampla divulgação de quais são os postos oferecidos e quais
são as demandas mínimas pretendidas pelos empregadores. Como o mercado de trabalho
paulistano ainda é fortemente caracterizado pela amplitude do horizonte sociofamiliar dos

6. Ver SP Demográfico de janeiro de 2014. Disponível em: <http://www.seade.gov.br/produtos/midia/spdemográ-


fico /spdemograf_jan 2014.pdf>.
7. Para resultados do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS, ver: <http://www.imp.seade.gov.br/fron-
tend/#/tabelas>.

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Município de São Paulo e o mercado de trabalho
Mapa 1
Agrupamentos dos distritos, segundo zonas
Taxas de desemprego total, por zonas de moradia do desempregado
Municipio de São Paulo – 2014-2016

13,8%
12,9%
15,8% 15,5% Taxas de
8,5% desemprego total
12,0%
11,8% 2014
10,4%
9,6%
2015
2016
19,3%
15,8%
Perus
12,5%
Tremembé
Anhanguera Brasilândia
Pirituba Tucuruvi
Santana Cangaíba São Miguel
11,7% Lapa Penha
9,7% Alto de Pinheiros Sé Belém Carrão Itaquera
8,5% (1) Mooca Guaianases
Ipiranga Sapopemba Bonifácio
José
Butantã Itaim 16,0%
Bibi Saúde Iguatemi
Vila Santo Amaro Sacomã
Andrade 12,8%
Jardim
São Luís 11,5% 13,2% 10,3%
Jardim Pedreira
Ângela 8,6%
17,5%
Grajaú
12,6%
10,8% Parelheiros

Marsilac
Município de São Paulo

Zona Sul 1 Maior concentração


de empregos
Zona Oeste
Centro

Zona Leste 1
Zona Norte 1

Zona Leste 2
Zona Sul 2
Maior concentração de
Zona Norte 2 moradores empregados

Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese, MTPS/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
(1) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

6 Município de São Paulo e o mercado de trabalho


Tabela 2
Taxas de desemprego, segundo zonas de moradia do desempregado
Município de São Paulo – 2014-2016
Em porcentagem

Variação
Zonas de moradia do desempregado (1) 2014 2015 2016
2015-2016

Zona Norte 1 8,5 12,9 13,8 7,0


Zona Sul 1 8,6 11,5 13,2 14,8
Zona Oeste 8,5 9,7 11,7 20,6
Zona Leste 2 12,5 15,8 19,3 22,2
Município de São Paulo 10,3 12,8 16,0 25,0
Zona Leste 1 9,6 11,8 15,5 31,4
Zona Norte 2 10,4 12,0 15,8 31,7
Zona Sul 2 10,8 12,6 17,5 38,9
Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão. Convênio Seade–Dieese, MTPS/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
(1) A Zona Centro não comporta a desagregação para esta categoria.

indivíduos – cerca de dois terços dos ocupados indicam que obtiveram seu trabalho por meio
de informações de parentes e conhecidos –, aumenta a importância da divulgação de infor-
mações sobre quais são e onde estão os novos postos de trabalho da cidade.

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Município de São Paulo e o mercado de trabalho
Governador do Estado
Geraldo Alckmin

Vice-Governador do Estado
Márcio França

Secretário de Planejamento e Gestão


Marcos Monteiro

SEADE
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados

Diretor Executivo
Dalmo Nogueira Filho

Diretor-adjunto Administrativo e Financeiro


Silvio Aleixo

Diretora-adjunta de Análise e Disseminação de Informações


Rovena Negreiros

Diretora-adjunta de Metodologia e Produção de Dados


Margareth Izumi Watanabe

Chefe de Gabinete
Sérgio Meirelles Carvalho

Presidente do Conselho de Curadores


Carlos Antonio Luque

SEADE
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