Vous êtes sur la page 1sur 22

ESTÉTICA DO COTIDIANO

2. Educação Estética do cotidiano


Multi/Interculturalidade

(RICHTER, 2003).
Neste livro há diversos artigos
excelentes sobre o ensino da arte.
Dois deles fazem parte das nossas
leituras recomendadas:
Ensino de Arte, Múltiplos
Olhares A PLURALIDADE CULTURAL E O
Ayrton Dutra Correa (org) ENSINO DA ARTE da Ivone Richter
Injuí: Unijuí, 2004
TRANSDISCIPLINARIDADE E
382 páginas
CONFLUÊNCIAS ENTRE ARTES,
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO BÁSICA:
DA SUBJETIVIDADE CRIADORA À
CRIAÇÃO DAS REALIDADES da
Cleusa Peralta Castell

Neste livro, Ivone narra como trabalha


com a tendência da Interculturalidade em
Interculturalidade e Estética sala de aula. Ela amplia os referenciais
do Cotidiano que traz no artigo recomendado acima.
Richter, Ivone No formato de tese de doutorado está
Mercado de Letras disponível na internet no link:
Pedagogia
http://libdigi.unicamp.br/document/?code
=vtls000218928
Tendências pedagógicas no ensino das artes e
sua relação com a linguagem e a cultura

2.1. Estética do cotidiano


2.2. Multiculturalidade/ Interculturalidade
2.3. Inter/ Transdisciplinaridade
2.1. Educação estética do cotidiano
(BARBOSA, 1997; DUARTE Jr, 2003; FREIRE, 1988; MEIRA, 2001; RICHTER, 2003)

A educação estética está relacionada ao que se aprende,


portanto, às temáticas, à abordagem de conteúdo e à
educação do olhar;

Diz Ana Mae Barbosa[1] que

os novos valores e conceitos da Arte-Educação, entre eles, os conceitos de


educação artística e educação estética, que norteiam todas as abordagens
contemporâneas de ensino da arte (...) todas, sem exceção, são
construídas embaixo do grande guarda-chuva que são as noções de
educação artística – a educação do fazer – e educação estética – a
educação para o ver, a educação da emoção (BARBOSA, 1997, p. 14).

[1] Referência central para o estudo do movimento de arte-educação no Brasil, foi a


primeira doutora em arte-educação do Brasil; Professora aposentada – ECA/USP (primeiro
pós-graduação em arte-educação no Brasil). Foi diretora do Museu de Arte
Contemporânea da Universidade de São Paulo e presidente do International Society of
Education through Arte – InSea. É professora visitante da The Ohio State University, EUA.
2.1. Educação estética do cotidiano

 Marly Meira (2001) resgata o sentido do estético em sua


raiz grega, aysthèsis, cujo significado referia-se a sentir
com, ou seja, sentir junto com os outros, aliando, assim,
sensorialidade e sentimento.

 A autora propõe uma retomada da relação filosofia e


arte, tanto no campo da educação como da cultura, sob
pena de não se ter mais argumentos que sustentem o
sentido do humano, esvaziado pela cientificidade
desviada para o consumo e os poderes de dominação.
2.1. Educação estética do cotidiano

 De acordo com Duarte Jr. (2003) vivemos anestesiados, sob o efeito


de nossa educação e da mídia. A anestesia paralisaria nossos
sentidos, como para receber uma intervenção cirúrgica, ao passo que
uma educação estésica nos devolveria à nossa consciência e à
nossa sensibilidade.

 Para o autor, a educação estética (estésica) nos conecta com o


prazer de ensinar, aprender e transformar a realidade.

 Paulo Freire também se referiu à anestesia, ao contrapor sua


educação problematizadora à educação bancária, ao afirmar:

 “Enquanto a prática bancária, como enfatizamos, implica uma


espécie de anestesia, inibindo o poder criador dos educandos, a
educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo,
implica um constante ato de desvelamento da realidade” (FREIRE,
1988, p. 70).
Nos PCNs – Arte:

“A educação em arte propicia o desenvolvimento do


pensamento artístico e da percepção estética, que
caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à
experiência humana:

O aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e


imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na
ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e
pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas
(BRASIL, 1997).
 Anos 1980 a 1990: Influência da corrente historiográfica
História do Cotidiano - outras histórias ordinárias de vozes
que sempre estiveram caladas, as vozes dos protagonistas
anônimos da História (AVANCINI, 1995);

 Movimentos sociais e minorias contam suas histórias


incomuns.
 A ideia de construção do cotidiano traz à tona as relações
simbólicas entre as diversas linguagens:

 Desenho e escrita são compreendidas como linguagens


complementares, que têm uma origem comum (PILLAR,
1996) a partir de uma perspectiva construtivista;

 A pesquisa em ensino da arte avança; Ficam evidentes


relações entre o desenho e os processos de pré-
alfabetização, alfabetização e pós-alfabetização*.

*Ver o livro: A arte do grafismo infantil e a construção simbólica (PERALTA, 2002),


disponível para download nesta disciplina.
Por exemplo, na Etapa do esquematismo, aparecem as linhas de
céu e de base nos desenhos das crianças. Esta pode ser uma
evidência de que a criança já está pronta para a alfabetização, é só
conferir!

linha de céu
&
linha de base

LOWENFELD (1977), p.178


2. 2. Multi/Interculturalidade

 CULTURA: Código simbólico, que possui dinâmica e


coerência internas – incorpora contradições dos grupos
sociais; reinvenção contínua de tradições e significados;

 TODA A EDUCAÇÃO É SEMPRE EDUCAÇÃO DE ALGUÉM


POR ALGUÉM – conhecimento, crenças, habilidades,
valores...Estes conteúdos também são culturais.

Enquanto vivemos numa


sociedade multicultural, a
cultura escolar continua com
seus currículos engessados,
de caráter monocultural.
O universal que respeita as diferenças:
Alfabetização intercultural
 Estas são imagens de atividades de Teatro Interativo, de
educação não formal – Índia. (Atores trocam de lugar com o
público nas ruas para ajudar a resolver problemas de saúde
pública)
E O ENSINO DAS ARTES?

 A corrente essencialista da Arte Moderna – o importante é o


produto final – A busca do universal (Final do Séc. XIX)

 Ensino de arte modernista centrado no educando – o


importante é o processo – Componente singular (Início do
Séc. XX)

 Ênfase na livre-expressão

 Defesa de cânones de não-interferência no processo livre-


criador dos educandos.
 Do contextualismo ao multiculturalismo – O enfoque cultural (A
partir da década de 1960)
 Ensino de Arte a partir da origem e contexto da obra de arte e
também do educando; Enfoque social e cultural: a percepção do
educando varia de acordo com as influências de seu grupo social
 TERMINA A LIVRE-EXPRESSÃO!
 A partir da década de 1990 surge um enfoque mais
contemporâneo para o ensino da arte baseado no multiculturalismo
– diversidade cultural e globalização;
 O Brasil tem tudo a ver com o multiculturalismo (BARBOSA, 1998);
 Deste enfoque nasce a Interculturalidade (RICHTER, 2003) que
propõe a ampliação das fronteiras entre arte erudita e arte popular,
incorporando os fazeres especiais das comunidades e suas
influências étnicas.
Isto quer dizer que é possível trazer elementos do cotidiano de nossos
educandos para as aulas de artes, para realizar projetos gráficos, como:
Objetos de uso pessoal – aquele velho tênis que não serve mais –
fotografias de família, enfim, coisas com as quais os educandos têm uma
relação afetiva;
A educação do olhar trata de aguçar a percepção dos nossos educandos
desde as obras de arte até os pequenos objetos que os cercam, seus
brinquedos, o modo como se vestem, arrumam seu quarto e adornam seu
entorno;
Da mesma forma, também propomos que investiguem os “fazeres
especiais” das pessoas de sua comunidade, desde comidas (italianas,
alemãs, africanas, indígenas) até seu artesanato e sua arte como forma
de descobrir e valorizar as diversas etnias e suas manifestações culturais;
Ivone Richter, em seu livro indicado no início deste texto, nos mostra
como é possível e encantador trabalhar com esta tendência em sala de
aula, vale a pena conferir!
Uma mudança paradigmática no ensino das
artes visuais – o enfoque pós-modernista
Pós-Modernismo: forma
de produção e
Modernismo: Arte como reprodução cultural, que
fenômeno único, pode ser compreendida
desinteressada dentro do contexto e dos
experiência estética; interesses das suas
culturas de origem e
Os esteticistas apreciação;
modernistas condenam
as preferências Busca dissolver as
artísticas do público fronteiras entre arte
leigo em arte. erudita e popular,
condenando-se o
elitismo.
Do universalismo ao pluralismo

 Na tendência modernista, as aulas de


artes aplicam critérios de gramática
visual e da excelência artística – de
forma isolada do cotidiano do
educando;

 O ensino de ate pós-moderno está


conectado com a vida,
desmanchando-se as fronteiras entre
a (“grande”) Arte e a cultura local
(popular);

 Enfatiza como a arte contemporânea


faz referências ao passado – citações,
reciclagens.

 Narrativas verbais e não-verbais (por


exemplo, o desenho da criança) se
entrelaçam para dar conta da
construção do conhecimento.
E então? Moderno ou pós-Moderno?

A base de uma pedagogia crítica não deve não girar em torno de


uma escolha entre modenismo e pós-modernismo (Giroux, 1993);
Envolve uma modulação entre ambos; Ambos enfoques são
essenciais para o ensino das artes:
- a excelência artística e domínio da linguagem
- enfoque plural do pós-Modernismo

O grande desafio atual do ensino da Arte é contribuir para a


construção crítica da realidade por meio da liberdade pessoal;
Precisamos de um ensino de Arte na qual as diferenças culturais
sejam vistas como recursos que permitam ao indivíduo desenvolver
seu próprio potencial humano e criativo, diminuindo o distanciamento
existente entre Arte e vida (RICHTER, 2003).
Referências

AVANCINI, José Augusto. A arte-educação cria elos com o cotidiano? In: Anais do Simpósio
Estadual de Arte-educação – A arte-educação e a construção do cotidiano. Porto Alegre,
junho de 1995.
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.
BRASIL, PCN Arte, 1997.
DUARTE Jr., João Francisco. O sentido dos sentidos. Curitiba: Criar, 2003.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra, 1979.
_____. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
MEIRA, Marly Ribeiro. Educação estética, arte e cultura do cotidiano. In: PILLAR, Analice
Dutra (org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 2001.
_____. Filosofia da criação – reflexões sobre o sentido do sensível. Porto Alegre: Mediação,
2003.
PERALTA, Cleusa Helena Guaita. Transdisciplinaridade e confluências em artes, filosofia e
educação básica : da subjetividade criadora à criação de realidades In: CORRÊA, Ayrton
Dutra (org.) Ensino de artes múltiplos olhares. Ijuí: Unijuí, 2004.
PILLAR, Analice Dutra. Desenho e escrita como sistemas de representação. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1996.
READ, Herbert. A educação pela arte. São Paulo : Martins Fontes, 1982.
RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes
visuais. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

Vous aimerez peut-être aussi