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CE ARDALIAO AMÉRICO PIRES

Aula 01: HISTÓRIA DA DANÇA


Aluno:
Prof° Esp. Leonardo Delgado
Data: / /

HISTÓRIA DA DANÇA
A dança é uma das maneiras A Dança no Oriente
encontradas pelo ser humano de expressar sua É importante verificar como a dança
arte e movimentos e ainda é essencial para a se apresenta na civilização oriental. Desse modo,
contribuição na história da arte. É importante que você conhecerá nesta seção a dança em três
você compreenda esta análise histórica sobre a grandes civilizações orientais: a Índia, a China e o
dança e os respectivos pensamentos filosóficos Japão.
que influenciaram suas manifestações, em Na Índia, a dança segue os conceitos
diferentes grupos sociais. de energia, sabedoria e arte. Nasce de uma raiz
A dança é entendida como uma divina que produz e coordena a vida. Expressa a
manifestação cultural a partir das formações integração de elementos opostos espírito –
simbólicas de cada sociedade, numa relação matéria, gerando o ritmo da natureza que tanto
dialética entre o homem, a cultura e a sociedade. passa pela concentração mística quanto pela
A dança faz parte da humanidade sensualidade.
desde tempos imemoriais. Esta manifestação A dança de Shiva exprime as cinco
esteve presente em quase todas as civilizações. atividades divinas: 1) a criação contínua do mundo;
Antes de polir a pedra, construir abrigos, produzir 2) a manutenção deste universo que se conserva
utensílios, instrumentos e armas, o homem batia através da dança; 3) a destruição, pois as formas se
os pés e as mãos ritmicamente para se aquecer e destroem para que outras possam nascer
se comunicar. infinitamente; 4) a reencarnação, pois a dança de
Na Pré-História, a dança e a Shiva mostra o percurso através de diversas vidas;
música eram usadas para representar situações e 5) a salvação, pois cada um toma consciência do
muitas delas ficaram registradas nas paredes de que é por toda eternidade.
cavernas rupestres. Inspirada na atividade divina, a
dança na Índia segue quatro estilos ou correntes 1
coreográficas que se associam à concepção de
drama: Bharat Natyam, Kathakali, Manipuri e
Kathak.
Na antiga China, a dança teve lugar
privilegiado na corte imperial.
O imperador dispunha de oito grupos
de dançarinos, cada um deles formado por oito
membros.
Figura 1: A Dança na Pré-História Não se podia alterar a numeração referente a rosa-
dos-ventos: oito ventos sopram do céu, passando
Os primeiros registros encontrados por oito portas para chegar à terra e favorecer a
sobre a dança datam do período paleolítico sabedoria do imperador.
superior, época em que o homem preocupava-se Os ritos e a música, bem como a
apenas em procurar alimentos e lutar pela sua terra e o céu, baseavam-se em dois princípios
sobrevivência. Neste período, vestia-se com a pele opostos, o Yin (feminino) e o Yang (masculino), de
de animal, incorporando suas características e cujo equilíbrio resultava a harmonia.
instintos selvagens, como forma de proteção, Havia, também, inúmeras danças
ludibriando o inimigo com o intuito de abatê-lo. populares. Dançava-se no ano novo lunar, nas
A dança imita os passos dos animais colheitas, nas festas, em torno de deuses para
com o fim de atraí-los ao perímetro de tiro; simula alcançar graças.
também seu acasalamento, no intuito de A Ópera de Pequim revive antigas
multiplicar a espécie. Os homens, nesse período, lendas até os dias de hoje, refletindo crenças e
acreditavam no princípio de que o semelhante costumes populares.
atrairia o semelhante. No Japão, os imperadores eram
Por meio da imitação, os povos homenageados no estilo clássico representando
primitivos imaginavam atingir seus objetivos ou crenças e tradições deste país.
satisfazer suas necessidades mais imediatas. Por As danças populares integravam
exemplo, dançavam ao redor da fogueira para que festas como a do plantio do arroz, da noite do
o sol brilhasse mais tempo, imitavam o trovão para retorno das almas, da floração das cerejas, da
provocar chuva e assim por diante. barca das lanternas.

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Nô e Kabuki são as duas danças da desdobramento de profunda significação histórica,
tradição japonesa. que influenciaria a civilização ocidental ao longo
Nô é uma dança expressiva, dos mil anos seguintes.
executada por homens mascarados aos quais cabe No final do século XIV, a Europa
também a interpretação de papéis femininos. experimentou duas poderosas revoluções, o
Trata-se de um espetáculo de fundo religioso. A Renascimento e a Reforma.
dança se caracteriza por movimentos de extrema O termo Renascimento aponta para
lentidão. o retorno de valores artísticos e científicos da
O gênero Kabuki surgiu no século Antiguidade clássica e qualifica um período de
XVII como um divertimento para ricos desenvolvimento cultural muito rico, que começou
comerciantes cujo poder rivalizava com o da no final do século XIV, no norte da Itália, e dali
nobreza. Codificado em 1692, o Kabuki tornou-se difundiu-se rapidamente pelo resto da Europa.
monopólio masculino. As peças caracterizam-se A Reforma deu um fim à unidade que
por enredo rocambolesco, juntando o natural e o existira no interior do cristianismo por mais de mil
sobrenatural: lutas de samurais, revolta de anos. Guerras religiosas entre católicos e
oprimidos, amores ilícitos, assassinatos, vingança, protestantes na Europa viriam a caracterizar o
interferência de espíritos, rivalidade entre século e meio que se seguiria.
feiticeiros, perseguição demoníaca.
Mais do que outros países orientais,
o Japão abriu-se à influência estrangeira. Desse
modo, o tradicional e o moderno convivem na sua
cultura, refletindo-se no teatro.
No oriente, a dança é considerada
como símbolo do ato de viver e como fonte de
toda cultura.

A Dança na Grécia Antiga


Na Grécia Antiga, a dança ainda
podia representar algo muito importante na
educação e no culto de algumas religiões. O
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teatro nessa época também passou a contar Figura 2: A Dança na Idade Média
com cenas onde os atores dançavam durante os
atos. Surgiram também as sátiras e comédias O Rei Luís XIV incentivou o balé
gregas. Quando o território grego foi tomado na França e deu apoio para manifestações
pelos romanos, suas danças também passaram a culturais. No século XV, na Itália, o balé nasceu do
influenciar esse povo. cerimonial da corte e dos divertimentos da
Mas seu declínio se dá com a aristocracia, a partir de então, o balé espalhou-se
decadência grega e o domínio romano, em que a por toda a Europa.
dança passou a ser parte apenas de rituais
religiosos.
Os romanos contratavam
professores gregos para ensinar coreografias a
seus filhos e, desse modo, a dança romana foi
marcada pela repetição de movimentos alheios,
por pantomimas e danças imitadas de outros
povos.
Essa forma de manifestação
realizada pelos romanos levava a uma
fragmentação da dança, que ocorria pela divisão Figura 3: Balé Clássico
do Homem – corpo – mente - alma -, nas culturas
chamadas ‘civilizadas’. Durante o Renascimento, a
problemática do homem foi pensada sob a
A Dança na Idade Média influência dos filósofos medievais e da
A partir do século IV, o cristianismo reinterpretação dos pensadores da Antiguidade
se tornou a religião oficial do Império Romano e as Grega.
danças que continham coreografias que infringiam Houve uma celebração do corpo que
as diretrizes católicas foram banidas da se revelou na busca de perfeição das formas
sociedade. Nesse período, houve uma identificação corporais, orientada por um ideal de racionalidade,
entre a Igreja e o Estado representando um

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de beleza e de proporção, que se traduz uma busca
do homem universal.

A Dança na Pós- Modernidade


No final do século XIX e no início do
século XX, certezas seculares vacilavam. Todos os
dogmas eram colocados em questão nas artes, nas
ciências, nas sociedades e nas religiões.
No início dos anos 1900, a dança
contemporânea começou a ser inserida nos salões
e escolas de dança. Atualmente, não existe apenas
um estilo crescendo sozinho, ele acaba sofrendo
influência ritmos como o rock e o jazz. Além disso,
existe a influência das danças típicas no cotidiano
de milhões de pessoas no mundo que
expressam sua cultura por meio da dança.
Desse modo, podemos afirmar que a
dança é uma manifestação cultural do ser humano.
Para entender o seu significado que lhe atribuem
os diversos povos, torna-se necessário relacioná-la
à cultura e, consequentemente, a educação como
forma de transmissão cultural.
A cultura é uma dimensão do próprio
homem e se constitui a infra-estrutura da
complexidade social. O ser humano se torna ao
longo do processo de humanização um sujeito
cultural, simultaneamente produtor e produto de
cultura.
Em sentido profundo, a grande
diferença entre o processo de hominização e
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humanização é que esta começa quando a
aprendizagem se torna historicamente possível.
Nesse sentido, há uma coincidência entre o início
da humanização, da história, da cultura e da
aprendizagem.
A dança é parte integral desse
processo, pois é inseparável a relação da dança
com a história da humanidade, a cultura, a
aprendizagem, a educação. A cultura é o
significado expresso pelo significante, linguagem,
mas supondo, ambas, um significando que é a
própria existência.
Cada ser humano pode criar o
sentido de suas ações, mas deve fazê-lo dentro do
seu meio cultural. Pois, não é possível negar que o
meio cultural molda a inteligência das pessoas e
oferece condições para cada um fazer brilhar suas
qualidades. E, do mesmo modo, o ser humano no
processo de criatividade influencia o meio cultural,
mantendo uma relação dialética entre o sujeito e o
mundo.
Porque cada sujeito é, e difere em
sua própria essência, mas também é e se iguala em
sua existência. É nesse sentido que a dança se
insere no universo cultural, expressando
significados através de movimentos significantes,
representando a existência humana.

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