Vous êtes sur la page 1sur 30

Livro Eletrônico

Aula 02

Ética no Serviço Público p/ ANTT 2017 (Especialista em Regulação -


Todas as Áreas) Com videoaulas
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2

AULA 2: ƒtica no Setor Pœblico

Sumário

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL ................... 2
CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO .......................................................................................................................... 2
REGRAS DEONTOLÓGICAS ................................................................................................................................... 2
PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO ........................................................................................................... 5
VEDAÇÕES ...................................................................................................................................................... 7
COMISSÃO DE ÉTICA .......................................................................................................................................... 9
DELIBERAÇÃO 284/2009 .................................................................................................................................15
DEVERES FUNDAMENTAIS ..................................................................................................................................15
PROIBIÇÕES....................................................................................................................................................17
COMISSÃO DE ÉTICA E DO PROCESSO DE APURAÇÃO .................................................................................................19
QUESTÕES EXTRAS..........................................................................................................................................20
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA................................................................................................................25
GABARITO.......................................................................................................................................................28

Ol‡ pessoal, tudo bem?


Na aula de hoje conversaremos sobre os seguintes itens do edital: Ò5
ƒtica no Setor Pœblico. 5.1 Decreto n¼ 1.171/ 1994 (C—digo de ƒtica
Profissional do Servidor Pœblico Civil do Poder Executivo Federal).
5.4 C—digo de ƒtica da ANTT (Delibera•‹o ANTT 284/2009).Ó.
Ressalto que se tratam de dois assuntos que n‹o exigem grandes
explica•›es, o pr—prio texto das normas garante o seu entendimento.
Ademais, ambos os textos trazem regras muito semelhantes, mas s‹o
de suma import‰ncia no estudo do nosso tema.
Vamos ˆ aula, o tempo est‡ passando!

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO
PODER EXECUTIVO FEDERAL

Antes de iniciarmos a nossa aula, cabe uma ressalva.


As quest›es desse assunto meramente reproduzem o C—digo de ƒtica.
Por isso, n‹o se faz necess‡rio ficar expondo teorias sobre o assunto. Assim,
vamos apresentar os dispositivos do C—digo, fazendo an‡lises r‡pidas e, em
seguida, traremos quest›es sobre o assunto.
Vamos l‡?!

Conceito de servidor público

O conceito de servidor pœblico no C—digo de ƒtica Ž bem amplo,


compreendendo todo aquele que, por for•a de lei, contrato ou de
qualquer ato jur’dico, preste servi•os de natureza permanente,
tempor‡ria ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira, desde
que ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o do poder estatal,
como as autarquias, as funda•›es pœblicas, as entidades paraestatais, as
empresas pœblicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer
setor onde prevale•a o interesse do Estado.
Portanto, n‹o s‹o apenas os servidores estatut‡rios, mas todos
aqueles que prestem servi•os de natureza permanente, tempor‡rio ou
excepcional a qualquer —rg‹o do poder estatal ou em qualquer setor que
prevale•a o interessa do Estado.

Regras deontológicas

As regras deontol—gicas s‹o as linhas gerais de conduta Žtica no servi•o


pœblico. Portanto, s‹o as orienta•›es gerais sobre o que se considera Žtico
e que deve orientar a atua•‹o dos servidores pœblicos.
Vejamos quais s‹o as regras deontol—gicas:
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo
ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder
estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Note que a dignidade, decoro, zelo, efic‡cia e consci•ncia devem ser
observados n‹o s— no exerc’cio do cargo ou fun•‹o, mas tambŽm fora
dele.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente
entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e §
4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e
o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Nesse contexto, o elemento Žtico n‹o pode ser desprezado, devendo o


servidor distinguir principalmente o honesto do desonesto. Com efeito, a
moralidade na Administra•‹o vai alŽm da distin•‹o entre o bem e o mal,
devendo-se observar que o fim Ž o bem comum, ou seja, o bem da
coletividade, do interesse pœblico.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida,
que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável
de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de
legalidade.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu
maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra
na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na
conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.

Essas regras refor•am o que vimos acima, ou seja, que o dever de Žtica
vai alŽm do desempenho da fun•‹o pœblica, expressando-se atŽ mesmo
fora dela, uma vez que o exerc’cio profissional se integra na vida particular
de cada pessoa.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

O C—digo de ƒtica considera que a publicidade de qualquer ato


administrativo Ž requisito de efic‡cia e moralidade. Todavia, existem
algumas exce•›es em que os atos n‹o precisam ser publicados:
a) casos de seguran•a nacional;
b) investiga•›es policiais;
c) interesse superior do Estado e da Administra•‹o Pœblica.
Vamos prosseguir com as regras deontol—gicas:
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da
Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder
corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

Assim, mesmo que a verdade seja contr‡ria aos interesses da


Administra•‹o ou do particular, ela n‹o poder‡ ser omitida ou falseada.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus
tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma,
causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por
descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua
inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao
setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas
atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano
moral aos usuários dos serviços públicos.

Portanto, servidor pœblico deve agir com rapidez, evitando a forma•‹o


de longas filas, pois esse tipo de conduta ofende a Žtica, constitui ato de
desumanidade e grave dano moral aos usu‡rios dos servi•os pœblicos.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta
negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da
função pública.

Nessa linha, o servidor tem o dever de atender ˆs ordens de seus


superiores, abstendo-se de faz•-lo apenas quando a ordem for
manifestamente ilegal.
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas
relações humanas.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,
respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber
colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o
crescimento e o engrandecimento da Nação.

Por fim, destaca-se a regra sobre a aus•ncia injustificada do servidor,


que Ž considerada como fator de desmoraliza•‹o do servi•o pœblico.

Principais Deveres do Servidor Público

Os deveres fundamentais do servidor pœblico constam no inc. XIV:


a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de
que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou
procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente
diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo
setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

Percebe-se, novamente, a preocupa•‹o com a celeridade do


andamento dos servi•os, buscando evitar a forma•‹o de filas ou atrasos na
presta•‹o dos servi•os.
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum;

Nessa linha, se o servidor tiver que tomar uma decis‹o, deve sempre
escolher aquela que melhor se adeque ao bem comum. Perceba, pois, que
n‹o Ž a mais vantajosa para administra•‹o ou para o particular, mas sim
para o bem comum.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos
bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

O dever de prestar contas Ž fundamento do Estado Democr‡tico de


Direito, uma vez que os agentes pœblicos administram recursos que n‹o
lhes pertencem, mas sim a toda a sociedade. Logo, todo servidor deve
prestar contas do patrim™nio que esteja administrando.
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de
comunicação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade
e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer
espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade,
religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes
dano moral;

Nesses dispositivos, demonstra-se a preocupa•‹o com o bom


atendimento aos usu‡rios dos servi•os pœblicos. Destaca-se, ainda, que o
servidor pœblico n‹o poder‡ agir com qualquer forma de preconceito.
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra
qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,
interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

Novamente observamos a preocupa•‹o com a hierarquia. Em regra, o


agente pœblico deve seguir as ordens de seus superiores. PorŽm, n‹o
dever‡ cumprir as ordens manifestamente ilegais nem dever‡ ceder a
press›es contr‡rias ao interesse pœblico, devendo, inclusive, denunci‡-las.
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da
vida e da segurança coletiva;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos
ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
A aus•ncia do servidor reflete negativamente no andamento do
servi•o. Portanto, Ž dever do agente ser ass’duo e frequente.
Vejamos as œltimas regras:
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato
contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais
adequados à sua organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do
exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação
pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas
de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez,
mantendo tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam
atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste
Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Vedações

O inc. XV encarrega-se de listar as condutas vedadas aos servidores


pœblicos, vejamos:
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para
obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que
deles dependam;

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração
a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu mister;

Perceba que o C—digo de ƒtica exige, atŽ mesmo, que a pessoa utilize
os avan•os tŽcnicos e cient’ficos que estiverem ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento de sua fun•‹o. Com isso, mantŽm-se o
servidor atualizado e permite que o servi•o ˆ sociedade seja prestado em
um n’vel de qualidade e efici•ncia satisfat—rios.
Vejamos outras veda•›es:
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses
de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados
administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para
influenciar outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços
públicos;

Observa-se, acima, que o servidor pœblico n‹o deve provocar o


recebimento de qualquer tipo de vantagem para cumprir sua miss‹o.
O C—digo tambŽm se preocupa com a•›es dos servidores utilizadas
para iludir as pessoas que necessitem dos servi•os pœblicos. Tal medida Ž
muito importante, uma vez que os servidores conhecem muito mais a
legisla•‹o e a realidade do servi•o pœblico do que os administrados. Assim,
poderiam se utilizar de meios ilegais para beneficiar a si ou a terceiros.
Vamos prosseguir com as veda•›es:
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço,
em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a
honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de
cunho duvidoso.

Comissão de ética

O art. 2¼ do Decreto 1.171/1994 determina que os —rg‹os e entidades


da Administra•‹o Pœblica Federal direta e indireta dever‹o implementar, em
atŽ sessenta dias, as provid•ncias necess‡rias ˆ plena vig•ncia do C—digo
de ƒtica, inclusive por meio da constitui•‹o da respectiva Comiss‹o de
ƒtica, integrada por tr•s servidores efetivos ou empregados titulares de
permanente.
Nessa linha, o inc. XVI do C—digo de ƒtica refor•a a necessidade de
instituir a Comiss‹o de ƒtica em todos os —rg‹os e entidades da
Administra•‹o Pœblica Federal direta, indireta aut‡rquica e fundacional, ou
em qualquer —rg‹o ou entidade que exer•a atribui•›es delegadas pelo poder
pœblico. A mencionada Comiss‹o ser‡ encarregada de orientar e aconselhar
sobre a Žtica profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com
o patrim™nio pœblico, competindo-lhe conhecer concretamente de
imputa•‹o ou de procedimento suscept’vel de censura.
A Comiss‹o de ƒtica tambŽm deve fornecer, aos organismos
encarregados da execu•‹o do quadro de carreira dos servidores, os
registros sobre sua conduta Žtica, para o efeito de instruir e
fundamentar promo•›es e para todos os demais procedimentos pr—prios da
carreira do servidor pœblico (XVIII).
Acrescenta-se, ainda, que a œnica penalidade que poder‡ ser aplicada
pela Comiss‹o de ƒtica Ž a pena de censura, sendo que sua fundamenta•‹o
constar‡ do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ci•ncia do faltoso.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Assim, Ž importante distinguir as penalidades administrativas previstas
no Estatuto dos Servidores da pena que poder‡ ser aplicada pela Comiss‹o
de ƒtica. As san•›es administrativas s‹o aplicadas pela autoridade
competente, nos termos da Lei 8.112/1990, observando-se as regras da
sindic‰ncia ou processo administrativo disciplinar. Nesse caso, a
Administra•‹o poder‡ aplicar ao servidor todas as penalidades constantes
no art. 127 da Lei 8.112/1990.
Por outro lado, a Comiss‹o de ƒtica Ž respons‡vel por apurar as
infra•›es contra o C—digo de ƒtica, podendo aplicar unicamente a pena de
censura.
Assim, a Comiss‹o de ƒtica n‹o poder‡ aplicar, por exemplo, as penas
de advert•ncia, suspens‹o e demiss‹o, que somente est‹o previstas no
Estatuto dos Servidores.

A Comiss‹o de ƒtica s— poder‡ aplicar a pena


de censura.

Vamos resolver algumas quest›es!

1. (Cespe – Admin/SUFRAMA/2014) Caso um servidor público, responsável


pelo atendimento ao público, permita que longas filas se formem em seu setor de
trabalho, em virtude de ele acessar constantemente redes sociais de comunicação
via telefone celular, tal conduta caracterizará falta ética.
Comentário: um dos deveres do servidor público, segundo o Código de Ética,
é o de exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento,
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na
prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim
de evitar dano moral ao usuário (XIV, “b”).
Gabarito: correto.

2. (Cespe – AnaTA/SUFRAMA/2014) A participação do servidor público em


cursos de aprimoramento que melhorem o desempenho das capacidades laborais
relacionadas às atribuições do cargo é obrigação do servidor, a fim de que
desempenhe com eficiência suas funções.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Comentário: a participação do servidor em movimentos e estudos que se
relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a
realização do bem comum, constitui um dos deveres relacionados no Decreto
(XIV, “o”).
Gabarito: correto.

3. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O Decreto n.º 1.171/1994 (Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal) impõe aos
servidores públicos o dever de, em suas atividades, privilegiar a perfeição em
detrimento da rapidez.
Comentário: já conversamos sobre isso. O servidor deve procurar a perfeição
no exercício de suas funções, sem prejuízo de atuar com rapidez e rendimento
(XIV, “b”).
Gabarito: errado.

4. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O servidor público pode omitir a verdade


sempre que isso for solicitado por pessoa interessada ou beneficiar a administração
pública.
Comentário: a nossa resposta encontra-se nas regras deontológicas. Lá,
temos que toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou
da Administração Pública (Capítulo I, VIII).
Gabarito: errado.

5. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma repartição onde há atendimento ao


público para fornecimento de certidões, a emissão de documentos foi interrompida
em virtude de problemas técnicos, quando ainda havia tempo razoável de
expediente de trabalho. Entretanto, um servidor público, sem buscar informações
junto aos profissionais técnicos, exigiu que todos os cidadãos se retirassem das
instalações do órgão e voltassem no dia seguinte, sem prestar qualquer informação
sobre os motivos da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o
servidor público cometeu infração ética, uma vez que compete a ele informar aos
usuários os motivos da paralisação do serviço, pois o aperfeiçoamento da
comunicação e do contato com o público é um dever ético-funcional.
Comentário: perfeito! O servidor deve tratar cuidadosamente os usuários dos
serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público
(Capítulo I, XIV, “e”). Desse modo, ao não informar o motivo para a interrupção
do serviço, o servidor cometeu ato contrário ao solicitado pelo Código de
Ética.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Gabarito: correto.

6. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma sociedade de economia mista que


desenvolve atividade de prevalente interesse do Estado, determinado empregado
falta ao trabalho frequentemente, sem justificativas. Nessa situação, a conduta do
empregado constitui falta apenas em relação à Consolidação das Leis do Trabalho
e ele não está sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo.
Comentário: outro dever do servidor. Segundo o inc. XIV, “l”, o servidor deve
ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca
danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.
Portanto, a conduta do empregado, além de ser enquadrada como falta na CLT
– como mencionado no enunciado – também caracteriza infração ao Código
de Ética.
Assim, o item está errado, pois contrariou o Código de Ética.
Gabarito: errado.

7. (Cespe – Cont/MTE/2014) A função pública, para todos os efeitos, deve ser


tida como exercício profissional, não se integrando à vida particular do servidor
público, o qual deve ser capaz de distinguir entre seus interesses privados e o bem
comum.
Comentário: pelas regras deontológicas (VI) temos:
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
Assim, podemos assinalar como errado o nosso gabarito.
Gabarito: errado.

8. (Cespe – Cont/MTE/2014) O servidor público deve ser assíduo e frequente


em seu serviço, posto que suas ausências ou atrasos causam prejuízos à ordem do
trabalho, o que repercute, negativamente, em todo o sistema no qual esteja inserido.
Comentário: agora ficou fácil, não é mesmo?
É a transcrição do inc. XIV, “l”, que tratamos há pouco. Para fixar:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca
danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.
Gabarito: correto.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
9. (Cespe – Cont/MTE/2014) No que tange aos princípios morais, o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal trata dos
primados da dignidade e da consciência como normas hierarquicamente superiores
aos primados da eficácia e do zelo, visto que estes representam princípios técnicos
de caráter secundário.
Comentário: a dignidade, a consciência, a eficácia e o zelo configuram
primados maiores que devem nortear o servidor público. Além disso,
podemos incluir nesse grupo de princípios o decoro.
Gabarito: errado.

10. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) Considere que Vagner, servidor do MTE, no


final de semana, quando não trabalhava, tenha feito circular mensagem de correio
eletrônico que caluniava Sílvia, colega de trabalho. Nessa situação, como a
mensagem não partiu do espaço de trabalho e foi feita fora do horário de serviço,
Vagner não cometeu atitude que fira o Código de Ética do MTE.
Comentário: sabemos que a função pública se integra à vida particular do
servidor (VI). Desse modo, mesmo que a atitude tomada por Vagner ocorra
fora do horário e ambiente de trabalho, as ações de sua vida privada refletem
também em sua vida profissional, e configuram atitude que fere o Código de
Ética. Ademais, é vedado ao servidor prejudicar deliberadamente a reputação
de outro servidor (XV, “b”).
Gabarito: errado.

11. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público tem o dever de demonstrar


integridade de caráter, escolhendo a melhor e mais vantajosa opção para o bem
comum quando estiver diante de uma diversidade de alternativas.
Comentário: aos poucos vamos conversando sobre todos os deveres dos
servidores.
Dessarte, o inc. XIV, “c”, infere ao ser servidor ser probo, reto, leal e justo,
demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum.
Gabarito: correto.

12. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público pode alterar o teor de


documentos que deva encaminhar para providências sempre que notar que a
modificação colabora para o melhor andamento do serviço.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Comentário: alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar
para providências é indicado como uma das vedações ao servidor, e está
presente no inc. XV, “h” do Decreto.
Gabarito: errado.

13. (Cespe – AA/ICMBio/2014) O servidor que é visto habitualmente


embriagado fora de seu horário de expediente, mas cumpre suas atividades com
esmero durante seu horário de trabalho não fere a ética do serviço público.
Comentário: apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente
é uma das vedações presentes no Decreto 1.171/1994, e corresponde à
conduta que fere a ética do serviço público.
Gabarito: errado.

14. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Suponha que um servidor utilize, às vezes, o


veículo da repartição para resolver problemas particulares. Isso constitui ilícito no
serviço público mesmo que a resolução desses problemas proporcione melhoria do
desempenho do servidor no exercício de suas funções.
Comentário: é vedado ao servidor retirar da repartição pública, sem estar
legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao
patrimônio público (XV, “l”). Logo, mesmo que a resolução desses problemas
proporcione melhoria do desempenho do servidor no exercício de suas
funções, conforme mencionado, isso constitui ilícito no serviço público.
Gabarito: correto.

15. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Considere que um servidor, ao atender um


usuário, tenha-o deixado esperando por muito tempo, fato que resultou na formação
de uma longa fila em seu setor. Nesse caso, como o servidor se prestou a buscar
informações benéficas para o usuário, primando pela precisão de seu trabalho,
acima da celeridade, ele não feriu o Código de Ética do Servidor Público do Poder
Executivo Federal.
Comentário: a atitude de procurar resolver o problema do usuário não
modifica o fato de que o servidor deixou de prestar o serviço com rapidez,
perfeição e rendimento. Essa atitude beneficia um usuário, mas acaba por
prejudicar os demais e, dessa maneira, vai contra o emanado pelo Decreto
1.171/1994.
Gabarito: errado.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
DELIBERAÇÃO 284/2009

A segunda parte de nossa aula reflete um complemento ao Decreto


1.171/1994. Tanto que a pr—pria Delibera•‹o 284/2009 inicia seu texto
informando que o C—digo de ƒtica da ANTT pretende servir como guia
orientador e estimulador do comportamento dos servidores, tanto no
relacionamento pessoal como no desenvolvimento da institui•‹o, em que
pese o servidor deva se orientar Ð tambŽm Ð pelo C—digo de ƒtica dos
Servidores Federais.
Para tanto, dever‹o seguir o entendimento do presente C—digo aqueles
que, por elei•‹o, nomea•‹o, designa•‹o, contrata•‹o, ou qualquer outra
forma de investidura ou v’nculo, mandato, cargo, emprego ou fun•‹o, por
for•a de qualquer ato jur’dico, prestem servi•os de natureza permanente,
tempor‡ria ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira (art. 2¼).
Entre as regras emanadas pela Delibera•‹o, os servidores da ANTT
dever‹o observar, em especial:
o a divulga•‹o dos princ’pios Žticos e orienta•‹o da sua aplica•‹o,
objetivando o relacionamento Žtico entre os servidores e com a
sociedade, assegurando a lisura e a transpar•ncia dos atos
praticados;
o a manuten•‹o do ambiente de trabalho em condi•›es favor‡veis ao
bom desempenho das atividades, atuando como fator estimulante
para a perman•ncia dos servidores;
o a prote•‹o da imagem e a reputa•‹o do servidor, evitando a
ocorr•ncia de situa•›es pass’veis de censura e gera•‹o de conflitos
envolvendo interesses da ANTT, de servidores e de particulares; e
o o estabelecimento de procedimentos a serem adotados em eventual
transgress‹o aos princ’pios Žticos, definidos no C—digo da ANTT e
demais normas que versem sobre o assunto.

Deveres Fundamentais

Semelhante ao que vimos h‡ pouco, a Delibera•‹o tambŽm traz uma


sŽrie de deveres impostos aos servidores da ANTT.
Vejamos cada um deles (art. 3¼):

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2

a) considerar, na qualidade de servidor, os objetivos, a filosofia, as diretrizes e a


missão institucional da ANTT e os princípios e regras deste Código;
b) executar as atividades com zelo, diligência e imparcialidade, atendendo aos
colegas, usuários, concessionários, permissionários e autorizatários, sem abdicar de
sua dignidade, prerrogativas e independência funcional;
c) declarar-se impedido ou incompatibilizado quando tiver que se manifestar
sobre qualquer matéria ou assunto submetido à sua apreciação, que possa gerar
conflitos de interesses;
d) emitir opiniões e sugerir medidas no exercício de suas atividades, somente
após certificar-se da fidedignidade das informações e da confiabilidade dos dados;
e) assegurar, quando investido de cargos ou funções de direção, as condições
mínimas para o desempenho ético-profissional;
f) preservar o sigilo de informações privilegiadas das quais tenha conhecimento;
g) zelar pelo cumprimento de leis, normas, regulamentos e por este Código de
Ética;
h) preservar a identidade institucional da Agência, não utilizando seu nome,
marcas e símbolos sem estar devidamente autorizado para isso;
i) zelar pela adequada utilização e conservação do patrimônio da ANTT;
j) representar, por intermédio da via hierárquica superior, contra ilegalidade,
omissão ou abuso de poder praticado por profissionais ou qualquer agente do setor
de transporte;
k) informar aos superiores, através de relatórios ou quando solicitado, sobre as
irregularidades constatadas em função dos trabalhos desenvolvidos;
l) portar sempre a credencial de identificação funcional, especialmente quando
na realização de trabalhos externos, de inspeção e fiscalização;
m) zelar por sua reputação pessoal e funcional, nos ambientes interno e externo
da ANTT;
n) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação
pertinente à sua área de atuação, buscando, permanentemente, a melhoria e o
aprimoramento do seu desempenho;
o) estimular, dentro da ANTT, a utilização de técnicas modernas, objetivando o
controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços;
p) colaborar com os cursos de formação profissional, sempre que convocado,
orientando e instruindo os futuros servidores da ANTT;

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
q) comunicar ao superior hierárquico a ocorrência de fatos de qualquer natureza
que venham dificultar a realização dos trabalhos na ANTT;
r) representar, por intermédio da via hierárquica, exigências ou ordens de
superiores que configurem atitudes ilícitas ou imorais; e
s) atender à convocação da Comissão de Ética da ANTT.

Ainda na linha dos deveres, o C—digo da ANTT menciona outros, dessa


vez em rela•‹o aos colegas de trabalho (art. 4¼):

a) não permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, interesses de


ordem pessoal ou discriminação de qualquer natureza interfiram na execução dos
trabalhos e no relacionamento com seus colegas, superiores ou subordinados
hierárquicos;
b) não pleitear, para si ou para outrem, emprego, cargo ou função que esteja
sendo ocupado por colega, bem como praticar outros atos de concorrência desleal;
c) tratar com urbanidade os colegas de trabalho, subordinados e superiores
hierárquicos;
d) transmitir aos demais servidores os assuntos de seu conhecimento
decorrentes de sua atuação e que devam ser da ciência de todos, visando que não
ocorra privilégio de informação; e
e) abster-se de divulgar, por quaisquer meios, críticas a colegas, superiores,
subordinados hierárquicos ou a instituição, evitando fazer referências prejudiciais ou
de qualquer modo desabonadoras.

Proibições

O art. 5¼, o mais longo de todo o C—digo de ƒtica da ANTT, traz a


enumera•‹o das condutas vedadas aos servidores da Ag•ncia.
S‹o elas:

a) utilizar-se do correio eletrônico da Agência para o envio, distribuição e


encaminhamento de e-mails que contenham correntes, spam, material obsceno,
político partidário, racista, preconceituoso, ofensivo que possam fomentar
desacordos ou constranger os servidores e seus colegas de trabalho ou pessoas
alheias à Administração Pública, devendo o servidor que vier a receber

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
correspondência que se enquadre em um dos casos acima, comunicar seu superior
para que medidas de controle sejam adotadas;
b) utilizar-se dos terminais de computadores da Agência, quando da utilização
da internet, para visitas a sites de conteúdo pornográfico, racista, preconceituoso,
ofensivo e ilegal;
c) utilizar-se dos serviços da internet em detrimento das atividades funcionais;
d) efetuar download de arquivos que possam conter vírus, usar programas não
licenciados e arquivos próprios para o desbloqueio ilegal de códigos de acesso de
programas;
e) sugerir, solicitar, provocar ou induzir divulgação de textos de publicidade que
resultem em propaganda pessoal de seu nome, méritos ou atividades, em
decorrência das atividades exercidas na ANTT;
f) ausentar-se do local de trabalho, mesmo que temporariamente, sem razão
fundamentada e sem notificação prévia ao seu superior hierárquico;
g) contribuir para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la, ou
praticar, no exercício da profissão, ato legalmente definido como crime ou
contravenção;
h) recusar-se à prestação de contas referentes a bens ou numerários que lhes
sejam confiados em razão do cargo, emprego, função ou profissão;
i) revelar sigilo profissional ou fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros;
j) manifestar-se em nome da ANTT para o público externo, sem autorização
prévia;
k) manifestar-se sobre qualquer matéria em tramitação na ANTT antes de sua
apreciação e decisão pela Diretoria;
l) utilizar-se do cargo ou função para obter, para si ou para outrem, qualquer
favorecimento;
m) solicitar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, em decorrência de
suas atividades, bem como influenciar outro servidor para o mesmo fim1;
n) aceitar presentes de qualquer natureza;

1
Será admitido como exceção a essa proibição, a aceitação de brindes sem valor comercial ou que sejam
distribuídos a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas
comemorativas, cujo valor não supere R$ 100,00 (cem reais).

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
o) alterar, subtrair ou contribuir para alterações não autorizadas de informações
ou documentos obtidos no exercício de suas atividades na ANTT;
p) retirar das dependências da ANTT, sem estar autorizado, processo,
documento, livro, material, ou bem pertencente à autarquia;
q) procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
concessionário, permissionário, autorizatário, usuário, ou pessoa física ou jurídica;
r) valer-se de sua posição hierárquica ou cargo que ocupe para invadir a
privacidade de outrem nas relações de trabalho, fazendo gestos, comentários ou
tomando atitudes que venham, de forma implícita ou explícita, a gerar
constrangimento ou desrespeito à individualidade;
s) indicar profissionais autônomos ou empresas prestadoras de serviços para
==1135db==

intermediar assuntos de interesse de quaisquer pessoas junto à ANTT;


t) exercer quaisquer atividades incompatíveis com sua função e horário de
trabalho na ANTT, excetuando os casos admitidos em lei; e
u) desviar servidor da ANTT para atendimento de interesse particular.

Comissão de Ética e do Processo de Apuração

Esse Ž o t—pico que fecha a nossa aula.


ƒ sabido que a exist•ncia de uma Comiss‹o de ƒtica tem a fun•‹o de
orientar e aconselhar sobre a Žtica profissional, no tratamento com as
pessoas e com o patrim™nio pœblico. Desse modo, compete ˆ Comiss‹o de
ƒtica da ANTT - CEANTT conhecer concretamente as situa•›es de imputa•‹o
ou de procedimento suscept’vel de censura Žtica (art. 6¼).

A CEANTT será composta por três membros titulares e igual número de suplentes, todos
servidores públicos ocupantes de cargo efetivo ou emprego do seu quadro permanente,
todos designados pelo Diretor-Geral.

A Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada ao Gabinete do


Diretor-Geral da ANTT, que terá como finalidade contribuir para a elaboração e o
cumprimento do plano de trabalho da gestão da ética e prover apoio técnico e material
necessário ao cumprimento das atribuições.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Com esse foco, a Comiss‹o dever‡ observar a pr‡tica de atos vedados,
a omiss‹o e o descumprimento dos deveres previstos no C—digo da ANTT,
pr‡ticas essas pass’veis de puni•‹o, qual seja a censura Žtica2 (arts. 9¼ e
10).
Finalmente, com base no art. 11 da Delibera•‹o, temos que a
representa•‹o ou denœncia poder‡ ser formalizada por qualquer ato que
revele o desejo de representar ou denunciar, e ser‡ dirigida ˆ CEANTT3,
devendo conter (i) descri•‹o da conduta, (ii) indica•‹o da autoria, caso seja
poss’vel e (iii) apresenta•‹o dos elementos de prova ou indica•‹o de onde
podem ser encontrados.
Visto isso, vamos treinar com mais algumas quest›es.

QUESTÕES EXTRAS

16. (Cespe – Administrador/SEDF/2017) Servidor público do DF apresentar-se


ao trabalho com vestimentas inadequadas ao exercício do cargo não constitui
vedação relativa a comportamento profissional e atitudes éticas no serviço.
Comentário: constitui sim. Apresentar-se ao trabalho com vestimentas
adequadas ao exercício da função está listado como um dever fundamental do
servidor, no inciso XIV, “p” do Decreto.
Gabarito: errado.

17. (Cespe – Assistente/FUB/2016) É dever fundamental do servidor comunicar


a seus superiores ato ou fato contrário ao interesse público.
Comentário: ao se deparar com um ato ou fato contrário ao interesse público, o
servidor tem o dever de comunicar imediatamente a seus superiores, exigindo
as providências cabíveis (inciso XIV, “m”).
Gabarito: correto.

18. (Cespe – Assistente/FUB/2016) Não são considerados servidores públicos,


para fins de apuração de comportamento ético pela Comissão de Ética, aqueles que
prestem serviços de natureza excepcional à administração, com ou sem remuneração.
Comentário: para fins de apuração do comprometimento ético, o Decreto
explica que entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei,

2
A apreciação e julgamento de infrações éticas obedecerão a procedimentos previstos em Regimento Interno
da Comissão (art. 10, parágrafo único).
3
Pode ser apresentada diretamente em sua sede ou encaminhada por via postal ou para o endereço eletrônico
comissao.etica@antt.gov.br.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que
ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado (XXIV). Está errada a afirmação, portanto.
Gabarito: errado.

19. (Cespe – Assistente/FUB/2016) O servidor não poderá omitir a verdade, ainda


que possa contrariar interesses de pessoa interessada ou da administração pública.
Comentário: o Decreto diz que toda pessoa tem direito à verdade. Assim, o
servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da
própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Diz ainda que nenhum
Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade
humana quanto mais a de uma Nação (VIII). Bonito, não é mesmo?
Gabarito: correto.

20. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Eduardo, servidor público em estágio probatório,


frequentemente se ausentava de seu local de trabalho sem justificativa e, quando
voltava, se apresentava nitidamente embriagado. Em razão desses fatos, a comissão
de ética, tendo apreciado a conduta do servidor, decidiu aplicar a ele a penalidade de
advertência. Eduardo foi, então, reprovado no estágio probatório e, por isso, foi
demitido, sem que a administração pública tenha observado o contraditório e a ampla
defesa. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A penalidade de advertência aplicada pela comissão de ética encontra-se prevista no
Código de Ética Profissional do Servidor Público.
Comentário: o Código de Ética não prevê a aplicação da penalidade de
advertência. A Comissão de Ética é responsável por apurar as infrações contra
o Código de Ética, podendo aplicar unicamente a pena de censura. Assim, não
poderá aplicar, por exemplo, as penas de advertência, suspensão e demissão,
que somente estão previstas no Estatuto dos Servidores.
Gabarito: errado.

21. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Eduardo, servidor público em estágio probatório,


frequentemente se ausentava de seu local de trabalho sem justificativa e, quando
voltava, se apresentava nitidamente embriagado. Em razão desses fatos, a comissão
de ética, tendo apreciado a conduta do servidor, decidiu aplicar a ele a penalidade de
advertência. Eduardo foi, então, reprovado no estágio probatório e, por isso, foi

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
demitido, sem que a administração pública tenha observado o contraditório e a ampla
defesa. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A conduta de Eduardo — que se ausentava do trabalho e, quando comparecia, estava
embriagado — violou deveres e vedações impostas ao servidor público pelo Código
de Ética Profissional do Servidor Público.
Comentário: dentre as vedações previstas no Código de Ética está a de
apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente (XV, “n”).
Assim, a conduta de Eduardo violou uma das vedações previstas no Decreto.
Gabarito: correto.

22. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Constitui grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos o atraso na prestação do serviço solicitado.
Comentário: encontramos essa previsão nas regras deontológicas (X). Assim,
quando o servidor público deixa qualquer pessoa à espera de solução que
compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas
filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
Gabarito: correto.

23. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) A ausência injustificada do servidor ao seu local


de trabalho não constitui fator de desmoralização do serviço público.
Comentário: o Código de Ética determina que toda ausência injustificada do
servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público,
o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas (XII).
Gabarito: errado.

24. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) O servidor deve sempre optar pela conduta legal,
mesmo que o resultado seja injusto ou desonesto.
Comentário: o Decreto 1.171/94 prevê que o servidor público não poderá jamais
desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente
entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto (II).
Gabarito: errado.

25. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) A remuneração do servidor público é custeada


pelos tributos pagos por todos, exceto aqueles pagos por ele próprio.
Comentário: a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos
direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como
elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como
consequência, em fator de legalidade.
Gabarito: errado.

26. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) A Comissão de Ética somente pode aplicar a


pena de censura ao servidor faltoso.
Comentário: essa é a única penalidade de competência da Comissão de Ética.
Assim dispõe o inciso XXII:
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e
sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.
Portanto, correta a afirmação.
Gabarito: correto.

27. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Permite-se que o servidor deixe de utilizar


avanços tecnológicos disponíveis para atendimento a seu ofício.
Comentário: na realidade, o Código de Ética lista dentre as vedações ao servidor
público a conduta de deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister. Assim, não é
permitido ao servidor deixar de utilizar dos avanços tecnológicos.
Gabarito: errado.

28. (Cespe – Técnico Administrativo/ANVISA/2016) José, servidor público


estável de órgão do Poder Executivo federal, durante o período de doze meses, faltou
intencionalmente ao serviço por cinquenta dias consecutivos, sem causa justificada.
A administração pública, mediante procedimento disciplinar sumário, enquadrou a
conduta de José como abandono de cargo. A respeito dessa situação hipotética,
julgue o item que se segue.
De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, a conduta de José é fator de desmoralização do serviço público.
Comentário: o Código prevê que toda ausência injustificada do servidor de seu
local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase
sempre conduz à desordem nas relações humanas (XII). Assim, a conduta de
José vai contra esse preceito, estando correta a afirmação.
Gabarito: correto.

29. (Cespe – Técnico Administrativo/ANVISA/2016) Carlos, formado em


medicina, foi contratado temporariamente pela União para atuar na rede de saúde do

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Rio de Janeiro, de modo a apoiar eventual crescimento da demanda em decorrência
dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Durante o expediente, ao atender um paciente que
fazia uma consulta de rotina, não emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem
capacitação prévia, resolveu operar, sozinho, um aparelho de ressonância magnética,
danificando-o e gerando um prejuízo de mais de um milhão de reais ao hospital. A
comissão de ética, ao analisar a conduta de Carlos, concluiu que ela seria passível de
punição com a penalidade de censura, mas deixou de aplicá-la por se tratar de
servidor temporário. Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A comissão de ética agiu em desacordo com o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, pois, na situação dada, o fato de
Carlos ser servidor temporário não o eximiria da observância do referido código, razão
por que a comissão deveria, sim, ter aplicado a penalidade descrita.
Comentário: para fins de apuração do comprometimento ético, o Código
determina que enquadra-se como servidor público todo aquele que, por força
de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal,
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor
onde prevaleça o interesse do Estado. Portanto, Carlos tinha sim o dever de
respeitar os preceitos do Código, e a Comissão deveria ter aplicado a pena de
censura no caso narrado.
Gabarito: correto.

30. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCE-PA/2016) Situação hipotética:


Servidor público da União que falta ao trabalho de forma recorrente ausentou-se do
serviço, nos últimos seis meses, por vinte dias, alternadamente, sem prestar
justificativas. Assertiva: Nessa situação, a atitude do servidor caracteriza desvio ético,
já que ser assíduo e frequente no serviço é dever fundamental do servidor público.
Comentário: é dever fundamental do servidor ser assíduo e frequente ao
serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado,
refletindo negativamente em todo o sistema (XIV, “l”). Ademais, vale lembrar
que, segundo o Código, toda ausência injustificada do servidor de seu local de
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre
conduz à desordem nas relações humanas (XII).
Gabarito: correto.

Mais uma aula para a conta.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
Em nossa pr—xima aula, vamos finalizar o t—pico de ƒtica.
Espero por voc•s! Bons estudos.
HERBERT ALMEIDA.
http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/

@profherbertalmeida
www.facebook.com/profherbertalmeida/
@profherbertalmeida

QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (Cespe – Admin/SUFRAMA/2014) Caso um servidor público, responsável


pelo atendimento ao público, permita que longas filas se formem em seu setor de
trabalho, em virtude de ele acessar constantemente redes sociais de comunicação via
telefone celular, tal conduta caracterizará falta ética.
2. (Cespe – AnaTA/SUFRAMA/2014) A participação do servidor público em
cursos de aprimoramento que melhorem o desempenho das capacidades laborais
relacionadas às atribuições do cargo é obrigação do servidor, a fim de que
desempenhe com eficiência suas funções.
3. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O Decreto n.º 1.171/1994 (Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal) impõe aos
servidores públicos o dever de, em suas atividades, privilegiar a perfeição em
detrimento da rapidez.
4. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O servidor público pode omitir a verdade
sempre que isso for solicitado por pessoa interessada ou beneficiar a administração
pública.
5. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma repartição onde há atendimento ao
público para fornecimento de certidões, a emissão de documentos foi interrompida em
virtude de problemas técnicos, quando ainda havia tempo razoável de expediente de
trabalho. Entretanto, um servidor público, sem buscar informações junto aos
profissionais técnicos, exigiu que todos os cidadãos se retirassem das instalações do
órgão e voltassem no dia seguinte, sem prestar qualquer informação sobre os motivos
da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o servidor público cometeu
infração ética, uma vez que compete a ele informar aos usuários os motivos da
paralisação do serviço, pois o aperfeiçoamento da comunicação e do contato com o
público é um dever ético-funcional.
6. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma sociedade de economia mista que
desenvolve atividade de prevalente interesse do Estado, determinado empregado falta

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
ao trabalho frequentemente, sem justificativas. Nessa situação, a conduta do
empregado constitui falta apenas em relação à Consolidação das Leis do Trabalho e
ele não está sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo.
7. (Cespe – Cont/MTE/2014) A função pública, para todos os efeitos, deve ser
tida como exercício profissional, não se integrando à vida particular do servidor
público, o qual deve ser capaz de distinguir entre seus interesses privados e o bem
comum.
8. (Cespe – Cont/MTE/2014) O servidor público deve ser assíduo e frequente em
seu serviço, posto que suas ausências ou atrasos causam prejuízos à ordem do
trabalho, o que repercute, negativamente, em todo o sistema no qual esteja inserido.
9. (Cespe – Cont/MTE/2014) No que tange aos princípios morais, o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal trata dos
primados da dignidade e da consciência como normas hierarquicamente superiores
aos primados da eficácia e do zelo, visto que estes representam princípios técnicos
de caráter secundário.
10. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) Considere que Vagner, servidor do MTE, no final
de semana, quando não trabalhava, tenha feito circular mensagem de correio
eletrônico que caluniava Sílvia, colega de trabalho. Nessa situação, como a
mensagem não partiu do espaço de trabalho e foi feita fora do horário de serviço,
Vagner não cometeu atitude que fira o Código de Ética do MTE.
11. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público tem o dever de demonstrar
integridade de caráter, escolhendo a melhor e mais vantajosa opção para o bem
comum quando estiver diante de uma diversidade de alternativas.
12. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público pode alterar o teor de
documentos que deva encaminhar para providências sempre que notar que a
modificação colabora para o melhor andamento do serviço.
13. (Cespe – AA/ICMBio/2014) O servidor que é visto habitualmente embriagado
fora de seu horário de expediente, mas cumpre suas atividades com esmero durante
seu horário de trabalho não fere a ética do serviço público.
14. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Suponha que um servidor utilize, às vezes, o
veículo da repartição para resolver problemas particulares. Isso constitui ilícito no
serviço público mesmo que a resolução desses problemas proporcione melhoria do
desempenho do servidor no exercício de suas funções.
15. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Considere que um servidor, ao atender um
usuário, tenha-o deixado esperando por muito tempo, fato que resultou na formação
de uma longa fila em seu setor. Nesse caso, como o servidor se prestou a buscar
informações benéficas para o usuário, primando pela precisão de seu trabalho, acima
da celeridade, ele não feriu o Código de Ética do Servidor Público do Poder Executivo
Federal.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
16. (Cespe – Administrador/SEDF/2017) Servidor público do DF apresentar-se
ao trabalho com vestimentas inadequadas ao exercício do cargo não constitui
vedação relativa a comportamento profissional e atitudes éticas no serviço.
17. (Cespe – Assistente/FUB/2016) É dever fundamental do servidor comunicar
a seus superiores ato ou fato contrário ao interesse público.
18. (Cespe – Assistente/FUB/2016) Não são considerados servidores públicos,
para fins de apuração de comportamento ético pela Comissão de Ética, aqueles que
prestem serviços de natureza excepcional à administração, com ou sem remuneração.
19. (Cespe – Assistente/FUB/2016) O servidor não poderá omitir a verdade, ainda
que possa contrariar interesses de pessoa interessada ou da administração pública.
20. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Eduardo, servidor público em estágio probatório,
frequentemente se ausentava de seu local de trabalho sem justificativa e, quando
voltava, se apresentava nitidamente embriagado. Em razão desses fatos, a comissão
de ética, tendo apreciado a conduta do servidor, decidiu aplicar a ele a penalidade de
advertência. Eduardo foi, então, reprovado no estágio probatório e, por isso, foi
demitido, sem que a administração pública tenha observado o contraditório e a ampla
defesa. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A penalidade de advertência aplicada pela comissão de ética encontra-se prevista no
Código de Ética Profissional do Servidor Público.
21. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Eduardo, servidor público em estágio probatório,
frequentemente se ausentava de seu local de trabalho sem justificativa e, quando
voltava, se apresentava nitidamente embriagado. Em razão desses fatos, a comissão
de ética, tendo apreciado a conduta do servidor, decidiu aplicar a ele a penalidade de
advertência. Eduardo foi, então, reprovado no estágio probatório e, por isso, foi
demitido, sem que a administração pública tenha observado o contraditório e a ampla
defesa. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A conduta de Eduardo — que se ausentava do trabalho e, quando comparecia, estava
embriagado — violou deveres e vedações impostas ao servidor público pelo Código
de Ética Profissional do Servidor Público.
22. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Constitui grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos o atraso na prestação do serviço solicitado.
23. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) A ausência injustificada do servidor ao seu local
de trabalho não constitui fator de desmoralização do serviço público.
24. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) O servidor deve sempre optar pela conduta
legal, mesmo que o resultado seja injusto ou desonesto.
25. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) A remuneração do servidor público é custeada
pelos tributos pagos por todos, exceto aqueles pagos por ele próprio.
26. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) A Comissão de Ética somente pode aplicar a
pena de censura ao servidor faltoso.

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2
27. (Cespe – Auxiliar/FUB/2016) Permite-se que o servidor deixe de utilizar
avanços tecnológicos disponíveis para atendimento a seu ofício.
28. (Cespe – Técnico Administrativo/ANVISA/2016) José, servidor público
estável de órgão do Poder Executivo federal, durante o período de doze meses, faltou
intencionalmente ao serviço por cinquenta dias consecutivos, sem causa justificada.
A administração pública, mediante procedimento disciplinar sumário, enquadrou a
conduta de José como abandono de cargo. A respeito dessa situação hipotética,
julgue o item que se segue.
De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, a conduta de José é fator de desmoralização do serviço público.
29. (Cespe – Técnico Administrativo/ANVISA/2016) Carlos, formado em
medicina, foi contratado temporariamente pela União para atuar na rede de saúde do
Rio de Janeiro, de modo a apoiar eventual crescimento da demanda em decorrência
dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Durante o expediente, ao atender um paciente que
fazia uma consulta de rotina, não emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem
capacitação prévia, resolveu operar, sozinho, um aparelho de ressonância magnética,
danificando-o e gerando um prejuízo de mais de um milhão de reais ao hospital. A
comissão de ética, ao analisar a conduta de Carlos, concluiu que ela seria passível de
punição com a penalidade de censura, mas deixou de aplicá-la por se tratar de
servidor temporário. Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A comissão de ética agiu em desacordo com o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, pois, na situação dada, o fato de
Carlos ser servidor temporário não o eximiria da observância do referido código, razão
por que a comissão deveria, sim, ter aplicado a penalidade descrita.
30. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCE-PA/2016) Situação hipotética:
Servidor público da União que falta ao trabalho de forma recorrente ausentou-se do
serviço, nos últimos seis meses, por vinte dias, alternadamente, sem prestar
justificativas. Assertiva: Nessa situação, a atitude do servidor caracteriza desvio ético,
já que ser assíduo e frequente no serviço é dever fundamental do servidor público.

GABARITO

1. C 11. C 21. C
2. C 12. E 22. C
3. E 13. E 23. E
4. E 14. C 24. E
5. C 15. E 25. E

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto


ƒtica no Servi•o Pœblico p/ ANTT
Especialista em Regula•‹o
Teoria e exerc’cios comentados
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 2

6. E 16. C 26. C
7. E 17. C 27. E
8. C 18. E 28. C
9. E 19. C 29. C
10. E 20. E 30. C

Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 29

84764058987 - Sigmar Massarotto

Vous aimerez peut-être aussi