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TESTES OBRAS UEL – 2018 Essa esfera gentil, mina excelente

PROF. MARCO ANTONIO MENDONÇA No cabelo o metal mais reluzente,


E na boca a mais fina pedraria:
Leia o texto a seguir (A Jesus Cristo Nosso Senhor) e
responda às questões 01 e 02: Gozai, gozai da flor da formosura,
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Antes que o frio da madura idade
Da vossa alta clemência me despido; Tronco deixe despido o que é verdura.
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado. Que passado o zênite* da mocidade,
Sem a noite encontrar da sepultura
Se basta a vos irar tanto um pecado, É cada dia ocaso da beldade.
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vocabulário: zênite: o ponto mais alto a que chega o sol;
Vos tem para o perdão lisonjeado. auge, apogeu.

Se uma ovelha perdida e já cobrada, Esse estilo retorcido manifesta-se no uso abusivo de
Glória tal e prazer tão repentino _________ em todas as estrofes; no desequilíbrio e na
Vos deu, como afirmais na sacra história, tensão das antíteses presentes nas estrofes ________ e no
preciosismo das metáforas como ocorre em "esfera gentil,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, mina excelente", referindo-se ___________, e em "a mais
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, fina pedraria", significando __________ .
Perder na vossa ovelha a vossa glória. Assinale a alternativa que completa corretamente as
lacunas.
01. Analise as afirmativas sobre o poema anterior de a) hipérboles - 1 e 2 - ao sol ardente - a fala de Maria
Gregório de Matos: b) hipérbatos - 2 e 4 - ao rosto de Maria - o sorriso de Maria
I. Ocorre no poema uma referência à parábola bíblica O c) hipérboles - 1 e 3 - ao olhar de Maria - os diamantes da
Bom Pastor. região
II. O paradoxo do poema está presente nas ideias de d) hipérbatos - 3 e 4 - ao astro solar - os dentes de Maria
pecado e perdão. e) hipérboles - 3 e 4 - às minas da região - as joias de Maria
III. O poema pertence à poesia sacra do poeta apelidado de
Boca do Inferno. 04. (PAS UEM 2016) Assinale o que for correto sobre o
Assinale a alternativa correta: poema abaixo e sobre a obra de seu autor, Gregório de
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. Matos.
b) Somente a afirmativa II está correta. A cada canto um grande conselheiro
c) Somente as afirmativas I e III estão corretas. Que nos quer governar cabana, e vinha;
d) Somente a afirmativa III está correta. Não sabem governar sua cozinha,
e) Todas as afirmativas estão corretas. E podem governar o mundo inteiro.

02. A partir da leitura do Soneto, assinale a alternativa Em cada porta um frequentado olheiro
CORRETA: Que a vida do vizinho, e da vizinha
a) O eu-lírico se afirma lisonjeado por pecar. Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha
b) O eu-lírico se propõe a perdoar a Jesus Cristo Nosso Para a levar à Praça e ao Terreiro.
Senhor.
c) O eu-lírico justifica seu pecado pela necessidade de Jesus Muitos mulatos desavergonhados,
de perdoar. trazidos pelos pés os homens nobres,
d) O eu-lírico se afirma como pastor, sendo Jesus a ovelha. Posta nas palmas toda a picardia.
e) O Senhor é a ovelha desgarrada a ser cobrada pelo
pastor divino. Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
03. O estilo cultista também exige exercício mental para a E eis aqui a cidade da Bahia.
compreensão do texto, como neste soneto de Gregório de
Matos dedicado a sua futura esposa, Maria dos Povos: Vocabulário: Vinha: plantação de videiras.
Discreta e formosíssima Maria, Espreita: vigia.
Enquanto estamos vendo claramente Esquadrinha: analisa.
Na vossa ardente vista o sol ardente, Picardia: malícia.
E na rosada face a aurora fria:
01) Representante mais importante do Arcadismo
Enquanto, pois - produz, enquanto cria brasileiro, Gregório de Matos escreveu o famoso “Sermão
do Bom Ladrão”, dando notícias do descobrimento da terra I - Percebe-se, na primeira estrofe, uma comparação entre
brasileira à coroa portuguesa. Nesse sermão, o autor o estado anterior do eu lírico e da cidade de Salvador, e o
também aconselha os poetas a cultivar o carpe diem momento atual. No estado anterior, o eu lírico vivia em
(aproveitar o momento) e a fugir da cidade (fugere urbem). abundância e a cidade era rica. No momento atual, o eu
02) Gregório de Matos escreveu poemas satíricos, líricos e lírico se encontra endividado e a cidade está pobre.
religiosos (sacros). Foi apelidado de “Boca do Inferno” II - A decadência da cidade, segundo o eu lírico, ocorre em
devido especialmente aos poemas satíricos. Nessas função dos negócios que nela são feitos e dos negociantes
composições, critica o clero, o colonizador português, os que nela atuam. Justifica sua opinião com o exemplo do
costumes da sociedade “baiana” de sua época, como comércio do açúcar, feito com os estrangeiros em troca de
ocorre no poema transcrito. drogas inúteis.
04) Gregório de Matos é autor também do poema Vila Rica, III - O eu lírico deseja que a cidade renuncie a tantos
cujo tema é a desilusão amorosa de Ceci, virgem índia da negócios que visam ao luxo, voltando à sisudez de um
tribo Tabajara. O pseudônimo barroco de Gregório era simples capote de algodão.
“Glauceste Satúrnio”. A opção CORRETA a respeito do texto é:
08) A temática do soneto desenvolve-se a partir de uma a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) I e III. e) I, II e III.
oposição entre espírito e matéria. O eu poético vivencia um
grande conflito. Para amenizar seu sofrimento, volta-se 06. (UEL) Sobre Amor de perdição, do escritor português
para a sociedade na tentativa de ser solidário com os seus Camilo Castelo Branco, assinale a alternativa INCORRETA:
semelhantes, como se pode inferir a partir dos versos “A a) Amor de perdição é uma novela ultra-romântica,
cada canto um grande conselheiro” *...+ “Que a vida do marcada pelo sentimento passional e pelo idealismo
vizinho e da vizinha”. amoroso, confirmando, assim, duas das principais
16) O ritmo desse soneto de Gregório de Matos é características do período, que foram o subjetivismo e a
estabelecido pela metrificação, pelas rimas e por outros luta individual do herói.
recursos da expressão poética. Entre eles se podem contar b) Narrada em terceira pessoa, a novela segue as
as aliterações – “cada canto”; “vida do vizinho, e da convenções tradicionais da narrativa de ficção, como a
vizinha”; “muitos mulatos”; “Posta nas palmas toda a seqüência temporal dos acontecimentos e a linearidade do
picardia”; “escuta, espreita e esquadrinha”. Nesta última enredo, apresentando também referências históricas e
sequência, como em “Para a levar à Praça”, constata-se biográficas.
também a assonância. c) O ultrarromantismo da novela é quebrado por
tendências realistas observadas no posicionamento da
05. Leia o soneto Triste Bahia de Gregório de Matos. personagem Mariana e na forma pouco subjetiva como a
Triste Bahia! ó quão dessemelhante realidade é tratada numa ficção documental.
Estás e estou do nosso antigo estado! d) Mariana é a principal agente de comunicação entre
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Simão e Teresa, figurando como personagem auxiliar que
Rica te vi eu já, tu a mi abundante. promove a união amorosa entre os dois adolescentes
apaixonados, embora não possa dela participar.
A ti trocou-te a máquina mercante, e) A personagem Mariana, encarnando o amor romântico,
Que em tua larga barra tem entrado, com pureza e resignação, e a personagem Teresa,
A mim foi-me trocando, e tem trocado, representando a mulher inacessível e idealizada,
Tanto negócio e tanto negociante. encontram na morte a plenitude do amor idealizado, nesta
novela da segunda fase romântica da literatura portuguesa.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda 07. (ENC-SP) Amor de perdição é uma obra tipicamente
Simples aceitas do sagaz Brichote romântica porque nela Camilo Castelo Branco valoriza:
a) o sentimento nativista, presentes na recusa de Simão e
Oh se quisera Deus que de repente Teresa em fugirem de Portugal, apesar de perseguidos pela
Um dia amanheceras tão sisuda justiça.
Que fora de algodão o teu capote. b) a natureza, como fonte de vida e inspiração, em que
Simão se refugia,no final da obra, quando não pode mais
empenhado: endividado. ter acesso a Teresa.
trocou-te: segundo José Wisnik tem o sentido de c) os valores espirituais do Cristianismo, a que Simão se
“comerciou contigo e te modificou”. apega quando é condenado ao degredo.
máquina mercante: navios comerciantes. d) o mundo das paixões, o excesso de sentimentos,
abelhuda: termo irônico para curiosidade vaidosa. evidentes no modo violento como Simão assassina Baltazar
simples: drogas, remédios. Coutinho.
brichote: estrangeiro, corruptela de british, inglês.
capote de algodão: indica a renúncia ao luxo. 08. Em Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco,
a) Simão ficou indeciso entre o amor de Mariana e o de
Teresa. V. Henriqueta também é responsabilizada pelos males da
b) Simão rejeitou a oportunidade que lhe foi oferecida para sociedade, por ser “namoradeira e interesseira”, razão pela
livrar-se do desterro. qual também é punida no final da comédia, quando é
c) a apresentação do pai e de suas origens justifica o obrigada a se casar com Azevedo.
orgulho que a família de Simão ostenta.
d) o autor revela grande respeito pelas instituições * “Menino novo, de raça negra ou mista”, segundo uma das
religiosas de seu tempo. acepções apresentadas no Dicionário Houaiss da Língua
e) Ritinha, irmã mais nova de Simão, abandonou a família Portuguesa.
para apoiá-lo em suas dificuldades. Estão corretas somente as afirmativas:
a) I, II, III e IV. b) I, III, IV e V. c) II, III, IV e V.
09. Assinale a alternativa INCORRETA sobre ‘Amor de d) I, III e V. e) III e IV e V.
Perdição’.
a) Os fatos se encadeiam até atingir o final feliz, 12. (CEFET PR/2009) Em relação à peça Demônio familiar,
característico da literatura romântica. assinale a INCORRETA:
b) Trata-se de uma novela passional narrada em terceira a) Pedro representa unicamente a intriga, sendo uma
pessoa. personagem muito perversa.
c) A base da narrativa se estabelece na relação amorosa b) Um dos intuitos de Pedro é ser cocheiro, representando
entre Simão Botelho e Teresa Albuquerque. a vontade do escravo de ser livre e exercer um trabalho
d) É uma espécie de Romeu e Julieta português, em que a assalariado.
relação amorosa de dois jovens é impedida por questões c) A escravidão é criticada na peça por um viés moral em
familiares. que se destaca o seu caráter deletério para a paz familiar.
e) Seus personagens principais são típicos heróis d) A personagem Azevedo é insatisfeita com o meio
românticos. nacional, representando parte da sociedade oitocentista
que desejava viver na Europa e não no Brasil.
10. (CEFET PR/2008) Em relação ao conto Demônio familiar, e) A peça enfatiza que a felicidade está associada ao
marque a alternativa correta. trabalho e à vida familiar e não à riqueza material.
a) Todas as personagens pertencem à elite escravocrata
oitocentista. 13. (CEFET PR/2009) Em relação à peça Demônio Familiar,
b) As classes muito pobres e miseráveis é que são o foco da de José de Alencar, marque a alternativa correta.
peça. a) É uma comédia desbragada, farsesca em que o leitor não
c) O trabalho feminino é destacado haja vista que a peça consegue conter o riso visto que as situações cômicas e
gira em torno da sociedade burguesa. ridículas são em demasia.
d) A elite, a classe média, a pobre, profissionais liberais e o b) É um drama em que o fim trágico ilumina a questão da
escravo doméstico são representados na peça. escravidão, uma vez que a abolição da escravatura não é
e) A escravaria das plantagens de café é o destaque na questionada.
peça. c) As cenas se passam em sua maioria na praça, na rua, na
feira, priorizando os espaços públicos em que a escravidão
11. (CEFET PR/2008) Considere as seguintes afirmações podia ser melhor representada.
sobre a peça “O Demônio Familiar”, de José de Alencar: d) A peça é composta de 4 (quatro) atos e todos ocorrem
I. É uma comédia tradicional, de cunho moralista, em que na casa de Eduardo, priorizando-se o ambiente familiar
se questiona, entre outros temas, a excessiva liberdade da visto que um dos temas tratados é a conservação da
“cria da casa” ou “moleque(*)” representado por Pedro, família.
que deflagra todo o conflito por sua ambição de se tornar e) A peça representa a família oligárquica oitocentista em
cocheiro. que o patriarca, Eduardo, mostra-se extremamente
II. Azevedo representa o mau brasileiro, que valoriza a autoritário, desvelando a seguinte realidade: “Pai
cultura europeia, especificamente a francesa, em despótico, mãe submissa, filhos aterrorizados”.
detrimento da brasileira, além de considerar a mulher
como “um traste de luxo, nada mais”. 14. (UFPR 2019) Considere o seguinte trecho do romance
III. Eduardo é o herói, modelo de caráter que soluciona Clara dos Anjos, de Lima Barreto:
todos os nós da peça ao revelar a verdade, conceder a “Por esse intrincado labirinto de ruas e bibocas é que
liberdade a Pedro e comprar a dívida de Vasconcelos, vive uma grande parte da população da cidade, a cuja
abrindo mão de sua pequena fortuna em prol da família, da existência o governo fecha os olhos, embora lhe cobre
“pobreza, trabalho e felicidade”. atrozes impostos, empregados em obras inúteis e
IV. O autor trata o tema da escravidão no âmbito do suntuárias noutros pontos do Rio de Janeiro.” (Clara dos
indivíduo, sem discutir a possibilidade de abolição: Anjos, p. 38.) Com base no trecho selecionado e na leitura
Eduardo, em uma atitude educativa, alforria Pedro para integral do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto,
que este passe a responder por seus atos. assinale a alternativa correta.
a) O narrador é imparcial ao descrever os cenários do pomar amor cantar.
subúrbio e de outros pontos da cidade, demonstrando Um homem vai devagar.
neutralidade na constatação das diferenças entre as Um cachorro vai devagar.
regiões. Um burro vai devagar.
b) O subúrbio é descrito ora de modo realista, ora de modo Devagar... as janelas olham.
idealizado, contribuindo para a construção de uma visão,
por vezes, romantizada da pobreza. Eta vida besta, meu Deus.
c) O narrador disseca com rigor quase sociológico os
problemas políticos da época, citando fatos e personagens 16. Considerando o poema de Drummond, aponte a
históricos reais que se misturam à narrativa. alternativa incorreta:
d) O romance apresenta o ambiente do subúrbio aliando a a) O sufixo diminutivo “inha” (variante “zinha”), presente
descrição pormenorizada do espaço físico à caracterização no título, assume conotação depreciativa no contexto do
dos personagens que o habitam. poema, expressando o enfado do eu lírico por sua origem
e) Os vários bairros e personagens que estão nos arredores interiorana.
da linha férrea do trem urbano são descritos como um b) O termo “qualquer” indica que o eu lírico fará referência
conjunto indiferenciado, como se cada bairro não tivesse a uma cidadezinha específica, que, entretanto, ele evita
sua característica própria. nomear.
c) O três versos iniciais sugerem uma relação harmônica
15. O trecho abaixo, extraído do romance Clara dos Anjos, entre a presença humana e os elementos naturais.
de Lima Barreto, descreve o caráter da personagem central, d) A menção a árvores frutíferas (bananeiras, laranjeiras,
apresentando traços que permitem prever sua trajetória. pomar) colabora para configurar um cenário típico de
“Não havia, em Clara, a representação, já não exata, mas cidades interioranas do Brasil.
aproximada, de sua individualidade social; e, e) No último verso, a interjeição “eta” e a expressão “meu
concomitantemente, nenhum desejo de elevar-se, de reagir Deus” assumem valor semelhante: ambas ressaltam o
contra essa representação. A filha do carteiro, sem ser incômodo do eu lírico diante do quadro descrito.
leviana, era, entretanto, de um poder reduzido de pensar,
que não lhe permitia meditar um instante sobre o destino, 17. A respeito das figuras de linguagem empregadas pelo
observar os fatos e tirar ilações e conclusões. A idade, o poeta na construção dos sentidos de sua mensagem, só não
sexo e a falsa educação que recebera tinham muita culpa estaria correto afirmar que:
nisso tudo; mas a sua falta de individualidade não corrigia a a) no título do poema, a cidadezinha mencionada pode ser
sua obliquada visão da vida. Para ela, a oposição que, em tomada em sentido ampliado, como ocorre com a
casa, se fazia a Cassi, era sem base. Ele tinha feito isto e metonímia (ou sinédoque) em que parte pode significar o
aquilo; mas – interrogava ela – quem diria que ele fizesse o todo.
mesmo em casa de seu pai?” (Clara dos Anjos, p. 50) b) na segunda estrofe, a seqüência dos sujeitos (“Um
Considerando a leitura integral do romance e esse trecho homem”, “Um cachorro”, “Um burro”) constitui evidente
específico, assinale a alternativa correta. gradação crescente, do menos lento ao mais lento.
a) Depois do diálogo de Clara com Dona Salustiana Jones é c) na segunda estrofe, a repetição do predicado “vai
que ela reconhece seu lugar social e o papel reservado à devagar” constitui uma anáfora, recurso empregado para
sua família. reforçar a noção de marasmo e rotina que fundamenta o
b) Dona Engrácia se equivocou em relação ao caráter de ponto de vista adotado pelo eu lírico.
Cassi Jones, que provou ser bem diferente do que ela d) na terceira estrofe, a inversão da ordem da oração
imaginava. constitui um hipérbato. O deslocamento do termo
c) Clara estava certa ao acreditar em Cassi, pois o “devagar”, seguido de reticências, para o início da frase
comportamento dele em relação a ela foi diferente do enfatiza a noção de que esse modo de agir se estende a
histórico anterior do rapaz. todos os atos praticados na cidade.
d) Cassi, ao se aproveitar das aulas de violão com seu e) na terceira estrofe, o termo “janelas” deve ser tomado
Joaquim para se aproximar de Clara, demonstrou seu em sentido figurado. Faz referência aos habitantes que, na
caráter duvidoso. falta de algo com que se ocupar, bisbilhotam a vida alheia
e) O casamento de Cassi com Clara é a primeira através das persianas e cortinas.
representação literária da teoria da harmonia racial
brasileira. 18. Leia os textos de Alguma poesia e em seguida assinale a
alternativa incorreta.
Texto para as questões 16 e 17 O poema a seguir, de Carlos Texto I - Sinal de apito
Drummond de Andrade (1902-1987), faz parte do livro Um silvo breve: Atenção, siga.
“Alguma Poesia”, publicado em 1930. Dois silvos breves: Pare.
CIDADEZINHA QUALQUER Um silvo breve à noite: Acenda a lanterna.
Casas entre bananeiras Um silvo longo: Diminua a marcha.
mulheres entre laranjeiras Um silvo longo e breve: Motoristas a postos.
( A esse sinal todos os motoristas história pessoal, visto que seu objetivo é falar sobre um
tomam lugar nos seus veículos para personagem de ficção (Macabéa).
movimentá-los imediatamente.) e) é um dos personagens do livro; entretanto, ao
apresentar-se não só como narrador, mas também como
Texto II - “O sobrevivente” criador da história, problematiza a essência da literatura de
“Impossível compor um poema a essa altura da evolução da ficção, que reside na recriação arbitrária do real.
humanidade.
Impossível escrever um poema – uma linha que seja de 20. (FUVEST) Identifique a afirmação correta sobre A hora
verdadeira poesia. da estrela , de Clarice Lispector:
O último trovador morreu em 1914. a) A força da temática social, centrada na miséria brasileira,
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais. afasta do livro as preocupações com a linguagem,
freqüentes em outros escritores da mesma geração.
Há máquinas terrivelmente complicadas para as b) Se o discurso do narrador critica principalmente a
necessidades mais simples. própria literatura, as falas de Macabéa exprimem
Se quer fumar um charuto aperte um botão. sobretudo as críticas da personagem às injustiças sociais.
Paletós abotoam-se por eletricidade. c) O narrador retarda bastante o início da narração da
Amor se faz pelo sem-fio. história de Macabéa, vinculando esse adiamento a um
Não precisa estômago para digestão. autoquestionamento radical.
d) Os sofrimentos da migrante nordestina são realçados, no
Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta muito livro, pelo contraste entre suas desventuras na cidade
para atingirmos um nível razoável de cultura. Mas grande e suas lembranças de uma infância pobre, mas
até lá, felizmente, estarei morto." vivida no aconchego familiar.
a) “Sinal de apito” constitui exemplo de poema-piada, em e) O estilo do livro é caracterizado, principalmente, pela
que a realidade é deturpada com finalidade humorística; oposição de duas variedades lingüísticas: linguagem culta,
sendo assim, o texto não pretende emitir crítica, mas literária, em contraste com um grande número de
apenas divertir. expressões regionais nordestinas.
b) Nos dois textos é possível observar a desilusão do poeta
em relação à modernidade, por meio da sátira à 21. (FUVEST) “Devo registrar aqui uma alegria. é que a
mecanização da vida. moça num aflitivo domingo sem farofa teve urna
c) Em “O sobrevivente”, além da ironia, transparece um inesperada felicidade que era inexplicável: no cais do porto
amargor mais profundo, já que a modernização equivale ao viu um arco-íris. Experimentando o leve êxtase, ambicionou
fim da poesia, impossível em tempo de brutalidade como a logo outro: queria ver, como uma vez em Maceió,
da guerra, indicada por meio da data “1914". espocarem mudos fogos de artifício. Ela quis mais porque é
d) No texto II, há uma diferenciação entre dois conceitos: mesmo uma verdade que quando se dá a mão, essa
modernidade e cultura. Sendo assim, o poema pode sugerir gentinha quer todo o resto, o zé-povinho sonha com fome
que as máquinas, a vida urbana e a guerra são de tudo. E quer mas sem direito algum, pois não é?”
manifestações de brutalidade, de barbárie, de (Clarice Lispector, A hora da estrela )
irracionalidade, ou seja, não representam a cultura. Considerando-se no contexto da obra o trecho sublinhado,
e) O automatismo que se verifica no texto I não se distingue é correto afirmar que, nele, o narrador:
radicalmente da monotonia previsível na “vida besta” da a) assume momentaneamente as convicções elitistas que,
cidade do interior, descrita pelo próprio Drummond em no entanto, procura ocultar no restante da narrativa.
“Cidadezinha qualquer”. b) reproduz, em estilo indireto livre, os pensamentos da
própria Macabéa diante dos fogos de artifício.
19. (FUVEST) Sobre o narrador de A hora da estrela, de c) hesita quanto ao modo correto de interpretar a reação
Clarice Lispector, pode-se afirmar que: de Macabéa frente ao espetáculo.
a) é do tipo observador, pois revela não ter conhecimento d) adota uma atitude panfletária, criticando diretamente as
sobre o que se passa no universo sentimental e psíquico da injustiças sociais e cobrando sua superação.
personagem (Macabéa). e) retoma uma frase feita, que expressa preconceito
b) é onisciente, pois assume o papel de criador de uma antipopular, desenvolvendo-a na direçao da ironia.
vida, sobre a qual detém todas as informações; o poder da
onisciência é, para ele, fonte de satisfação, pois Rodrigo S. 22. (FUVEST) “Ele se aproximou e com voz cantante de
percebe que os fatos dependem de seu arbítrio. nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
c) é do tipo observador, pois limita-se a descrever — E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
superficialmente as emoções de Macabéa, o que fica — Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes
evidente nas ocorrências enigmáticas do termo “explosão“, que ele mudasse de idéia.
apresentado sempre entre parênteses. — E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
d) constitui-se como um personagem, pois narra em — Macabéa.
primeira pessoa; não há, entretanto, referências à sua — Maca
— o quê? 24. Leia atentamente o trecho a seguir, retirado do livro O
— Bea, foi ela obrigada a completar. filho eterno, de Cristovão Tezza, p. 63 e marque A ÚNICA
— Me desculpe mas até parece doença, doença de pele. Eu ALTERNATIVA INCORRETA.
também acho esquisito mas minha mãe botou ele por “Escrever: fingir que não está acontecendo nada, e
promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, escrever. Refugiado nesse silêncio, ele voltava à literatura,
até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha à maneira de antigamente. Uma roda de amigos- o retorno
nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez a tribo- e ele lê em voz alta o capítulo quatro do Ensaio da
de ter um nome ninguém tem mas parece que deu certo. Paixão, que continua a escrever para esquecer o resto. Ler
Parou um instante etomando o fôlego perdido e em voz alta: um ritual que jamais repetiu na vida. Naquele
acrescentou desanimada e com pudor momento, ouvir a própria voz e rir de seus próprios
— pois como o senhor vê eu vinguei... pois é... achados, com a plateia exata, é um bálsamo. E ele escreve
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de de outras coisas, não de seu filho ou de sua vida- em
grande divida de honra. Eles não sabiam como se passeia. nenhum momento, ao longo de mais de vinte anos, a
Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de síndrome de Down entrará em seu texto. Esse é um
uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro problema seu, ele repete, não dos outros, e você terá que
canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com resolvê-lo sozinho.”(TEZZA, Cristovão. Rio de Janeiro:
medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao Record, 2009. p.63)
recém-namorado: a) O narrador em terceira pessoa é um recurso utilizado
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor? Da pelo autor que facilita o distanciamento e mantém o
segunda vez em que se encontraram caia uma chuva narrador afastado do sentimentalismo, já que o livro tem
fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se forte cunho autobiográfico;
darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de b) Ao narrar a história do filho com síndrome de Down,
Macabéa parecia lágrimas escorrendo.” (Clarice Lispector, A CristovãoTezza abandona a ficção para construir uma
hora da estrela) autobiografia, na qual todos os fatos narrados realmente
Neste excerto, as falas de Olímpico e Macabéa: aconteceram;
a) aproximam-se do cômico, mas, no âmbito do livro, c) O Filho Eterno é um romance muito premiado,
evidenciam a oposição cultural entre a mulher nordestina e reconhecido pela crítica, de modo geral, já como um
o homem do sul do País. clássico, embora tenha sido publicado há pouco tempo;
b) demonstram a incapacidade de expressão verbal das d) Embora a narrativa seja em terceira pessoa, o narrador,
personagem, reflexo da privação econômica de que são diversas vezes, parece penetrar na mente do personagem
vitimas. “pai”, aproximando-se da narração em primeira pessoa,
c) beiram às vezes o absurdo, mas, no contexto da obra, embora personagem e narrador nunca se confundam;
adquirem um sentido de humor e sátira social. e) O texto dialoga frequentemente com as várias artes e
d) registram, com sentimentalismo, o eterno conflito que também há várias referências a outras obras de Tezza,
opõe os princípios antagônicos do Bem e do Mal. como acontece no trecho selecionado
e) suprimem, por seu caráter ridículo, a percepção do
desamparo social e existencial das personagens. 25. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes
afirmações sobre o romance O filho eterno, de Cristóvão
Tezza.
23. Assinale a alternativa correta, sobre o romance O Filho
( ) O romance conta a trajetória do pai de um menino com
Eterno, de Cristóvão Tezza.
Síndrome de Down, em sua busca para aceitar e amar o
a) O pai de Felipe narra sua complexa relação com o filho
filho deficiente.
portador de deficiência e, ao mesmo tempo, repassa sua
( ) Diferentemente do que o pai escritor sempre planejara,
carreira de escritor e de professor.
o futebol, não a literatura, acaba por ser o elo entre pai e
b) O menino Felipe passa por um tratamento psicomotor
filho, ajudando, inclusive, Felipe a se alfabetizar.
que o deixa três anos afastado do pai, o qual só o encontra
( ) A maior frustração do pai reside no fato de Felipe ser
nos fins de semana.
filho único, e sua esposa não poder mais engravidar.
c) O menino Felipe passa os primeiros dez anos de vida
( ) O pai, frequentemente, envergonha-se porque Felipe
reduzido ao círculo familiar, uma vez que as creches e
não consegue manter uma conversa coerente com as
escolas não o recebem.
pessoas e não tem noção da passagem do tempo.
d) O pai de Felipe, o narrador da estória, engaja-se no
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de
tratamento do filho depois do episódio em que o menino se
cima para baixo, é
perdeu ao sair de casa.
a) F – V – V – F. b) F – V – F – V. c) V – F – V – F.
e) O menino Felipe demonstra serenidade e maturidade no
d) V – V – F – V. e) V – F – F – V.
episódio em que o pai, descontrolado, se envolve em uma
briga de trânsito.
26. Com base no fragmento, no romance de uma forma
geral e na autora, some o que for correto.
“Surpresa!, após uma infindável exposição de porta- pensei, senti... estava me aventurando pelo desconhecido,
retratos de todo tamanho, me deparei com uma tinha de estar alerta e atenta a tudo. Já não sou capaz de
inacreditável mesa com pilhinhas de livros, vários reproduzir, assim, detalhadamente, em sequência quase
exemplares de cada título, bordas amareladas mas as exata, os caminhos que percorri depois que me soltei de
lombadas jamais dobradas, fundo de estoque de uma uma vez, à deriva de corpo e alma. Esses já não eram
livraria falida?, de tudo o que eu gostaria de ler e, de certo, propriamente caminhos, eram sucessivos buracos, frestas,
por isso mesmo, não vendia, bem que a Elizete sempre me rachaduras na superfície da cidade pelas quais eu ia
disse que olhar minha estante dava desânimo, Só tem livro passando de mundo em mundo, ou era vagar por mundo
chato!, ao exato preço de 1,99, aliás, praticamente a única nenhum...
coisa na loja que só custava mesmo 1,99. Havia quase vinte Eu nem percebi, naquele dia, quando saí de casa atrás de
títulos, mas fiz minhas contas e decidi Não mais de dez, a um quase imaginário, um vago Cícero Araújo, que estava,
1,99 vezes dez, igual a 19,90 e ainda me resta o que pôr na verdade, correndo atrás de um coelho branco de olhos
neste estômago reclamão. Fui escolhendo, desescolhendo, vermelhos, colete e relógio, que ia me levar pra um buraco,
reescolhendo, em dúvida, em tentação, mas fiel ao limite outro mundo. Também, que importância tinha? Acho que
de dez volumes. Afinal, Depois eu volto, se for o caso, tinha eu teria ido de qualquer jeito, só para cair em algum
nos braços os dez que queria levar e procurei o caixa pra mundo, sair daquele estado de suspensão da minha vida
pagar. num entremundo, sem nem por um momento me
O caixa era longe, lá perto da porta, e antes de chegar a perguntar como nem pra onde havia de voltar.
ele eu já tinha levado alguns encontrões, esbarrado em Que engraçada é a cabeça da gente, não é, Barbie?, mas
prateleiras e me acocorado várias vezes pra recolher parte você não deve perceber que mistério é cabeça de gente,
do meu butim espalhado pelo chão. Cheguei finalmente ao você não é gente, sua pobre cabecinha oca. Afe, cansei.
caixa, abraçada com Julia Kristeva, Ishiguro, Moacyr Scliar, Agora acho que preciso parar de escrever, inventar um
Magris, Semprun, Baricco, Updike e por aí vai, não jantar. Não lhe ofereço pra não atrapalhar sua dieta e não
conseguia abrir a bolsa sem deixar tudo cair de novo, a estragar sua cinturinha tão incrível. Cansei de tanto andar
moça por trás do balcão esperando, enfastiada, sem fazer com esta caneta pelas suas linhas, desde muito pra lá da
nenhum gesto pra me ajudar, virei-lhe as costas, ancorei o Protásio até a Bento. Mas, “be a good girl”, fique quieta aí,
cotovelo no balcão, empacada, olhando vagamente à volta durma bem, que amanhã mesmo volto cedo pra fazer você
em busca de algum socorro, até dar com a vista numa subir comigo à Vila Maria Degolada. Fique tranquila: ali não
prateleira alta, inteiramente inacessível pra mim, onde se há mais o costume de degolarem Marias e nem sequer de
exibiam mochilinhas infantis com cabo e rodinhas e um jogar xadrez com peças vivas. Nem eu nem você somos
enorme cartaz, Oferta 19,90.” (REZENDE, Maria Valéria. Marias”. REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. I Ed.
Quarenta dias. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p. 168-69) Objetiva, Rio de Janeiro, 2014, p.102.
a) Da leitura da estrutura “Esses já não eram propriamente
01) No excerto é possível encontrar elementos que se caminhos, eram sucessivos buracos, frestas, rachaduras na
fazem presentes em todo o romance, o coloquialismo, os superfície da cidade pelas quais eu ia passando de mundo
neologismos e uma espécie de discurso indireto-livre, o que em mundo”, infere-se uma paráfrase de a Alice no País das
faz lembrar a escrita de Clarice Lispector. Maravilhas, Lewis Carroll, cuja protagonista também viveu
02) Através da loja e de Elizete, Alice (a narradora), no inusitados encontros e grandes descobertas por tocas e
fragmento, faz uma crítica sutil à falta de interesse das pequenas brechas.
pessoas pelos livros e pela leitura. b) A leitura do período “eu ia passando de mundo em
04) Situações inusitadas e com certo humor são recorrentes mundo” leva o leitor a inferir que a personagem/narradora
no romance de Maria Valéria Rezende. refere-se às favelas as quais ela percorreu durante a
08) Maria Valéria Rezende é uma escritora gaúcha muito incessante busca por Cícero Araújo.
premiada e aproveita para citar, em Quarenta dias, alguns c) Nos sintagmas “senti...” e “ou era vagar por mundo
conterrâneos seus, como Moacyr Scliar e Mario Quintana. nenhum...” os sinais de pontuação de reticências são
16) Quarenta dias é a estreia de Maria Valéria Rezende no usados para transmitir sentimentos e sensações típicas da
mundo literário; e iniciou com êxito, tendo em vista que linguagem falada, como hesitação, dúvida, surpresa,
conquistou, em 2015, o Prêmio Jabuti de melhor livro de suspense, tristeza, ironia.
ficção. d) Gradação consiste em organizar uma sequência de
32) A mochila comprada na loja de 1,99 será muito útil para palavras ou frases no sentido de intensificar
Alice, pois é nela que ficarão penduradas meias e roupas progressivamente uma determinada ideia dentro de uma
íntimas, a fim de secarem, após serem lavadas no chuveiro mesma ideia. Na gradação, a sequência de palavras pode ir
da rodoviária de Porto Alegre. se amenizando ou ir se exagerando. Assim na estrutura
linguística “eram sucessivos buracos, frestas, rachaduras”
27. Assinale a alternativa incorreta em relação à obra há gradação.
Quarenta dias, Maria Valéria Rezende, e ao texto abaixo. e) Embora a obra Quarenta dias esteja inserida na
“Veja só, Barbie, daqueles primeiros dias da minha contemporaneidade, a fuga da realidade da
quarentena parece que lembro cada detalhe do que vi, personagem/narradora, buscando compreender diversos
aspectos da alma humana, é narrada com uma linguagem 08) o projeto gráfico do livro Quarenta dias utiliza cartões
expressiva, imprecisa e vaga, assim o romance também de visitas e panfletos de propaganda na abertura dos
pontua características da escola Simbolista. capítulos para cumprir uma função de epígrafe visual e
reforçar o conteúdo textual,
28. A partir da leitura e interpretação da obra de Maria 16) insinua-se na obra de Maria Valéria Rezende uma
Valéria Rezende, Quarenta dias, é correto afirmar que: inquietação típica do mundo contemporâneo: Norinha
01) ao final de quarenta dias de peregrinação simbólica acredita que a maternidade não constituiria uma ameaça à
pela capital do Rio Grande do Sul, a protagonista da obra de sua carreira profissional se contasse com o auxílio da mãe
Maria Valéria Rezende, Alice, é agraciada com uma na criação do filho.
compreensão súbita e decide, ao término da narrativa, 32) na busca incansável por Cícero Araújo, imigrante
aceitar o compromisso de ser avó. paraibano, filho de Socorro, a protagonista de Quarenta
04) o conflito central do romance Quarenta dias é dias acaba redescobrindo os laços familiares que unem tão
instaurado quando Alice, uma professora aposentada, vê-se fortemente pais e filhos e reconcilia-se com Norinha, sua
presa a intensa chantagem emocional, por meio da qual é própria filha, encorajada pelos conselhos familiares da
infantilizada pela própria filha, de quem recebe o encargo catadora de lixo Lola.
obrigatório de ser avó.

GABARITO
01 – E
02 – C
03 – D
04 – 18
05 – E
06 – C
07 – D
08 – B
09 – A
10 – D
11 – A
12 – A
13 – D
14 – D
15 – A
16 – B
17 – B
18 – A
19 – E
20 – C
21 – E
22 – C
23 – A
24 – B
25 – D
26 – 39
27 – E
28 - 28

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