PROJETO ELÉTRICO

MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DA EXECUÇÃO DE UM

CUBÍCULO BLINDADO EM MÉDIA TENSÃO

IFRO – CAMPUS CACOAL

Engenheiro Eletricista
João Wallas Lima de Jesus
CREA: 8766 D/RO

DEZEMBRO/2018
Sumário
Eng.º Eletricista João Wallas Lima de Jesus ................................................................................ 1
DEZEMBRO/2018 ................................................................................................................................. 1
1.0 MEMORIAL DESCRITIVO ....................................................................................................... 3
1.1 Objetivo ........................................................................................................................................ 3
1.2 Prescrições Técnicas ............................................................................................................... 3
1.3 Carga Instalada .......................................................................................................................... 4
1.4 Cálculo da Demanda................................................................................................................. 4
1.5 Cubículo Blindado de Medição e Proteção em Média Tensão ........................ 5
1.6 Características de um Cubículo Blindado ................................................................. 6
1.7 Composição de um Cubículo Blindado ....................................................................... 7
1.8 Medição ........................................................................................................................................ 7
1.9 Proteção e Manobras ........................................................................................................... 7
1.10 Proteção Secundária (Relé Microprocessado) .................................................... 8
1.11 Recomendações Técnica ................................................................................................. 8
1.12 Testes e Ensaios .................................................................................................................10
1.13 Dados Técnicos do Cubículo ........................................................................................11
1.14 Ramal de Derivação .........................................................................................................11
1.15 Proteção em Média Tensão ..........................................................................................11
1.16 Malha de Aterramento ...................................................................................................11
1.17 Eletrodutos ...........................................................................................................................12
1.18 Medição ....................................................................................................................................12
1.19 Cálculo do Sistema de Proteção secundária .......................................................12
1.20 Lista de materiais .................................................................................................................17
2.0 ANEXOS .....................................................................................................................................17
2.1 Anotação de Responsabilidade Técnica .........................................................................17
2.2 Projeto Elétrico ........................................................................................................................17

2
1.0 MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO
1.1 Objetivo

OBJETO: Cubículo Blindado em Média Tensão

ASSUNTO: Instalações elétricas em média tensão.
LOCAL: BR 364, Km 228, Lote 02 no Município de Cacoal - RO.
PROPRIETÁRIO: IFRO – Campus Cacoal.
Unidade Consumidora (UC): 1246-7
FINALIDADE: Cubículo Blindado para proteção, seccionamento e medição no
atendimento em tensão primária de energia elétrica ao IFRO – Campus Cacoal.

1.2 Prescrições Técnicas

O presente memorial foi elaborado para orientar a execução de um Cubículo Blindado para
proteção, seccionamento e medição de um conjunto de transformadores de potência aéreo,
cuja potência total é de 712,5 kVA, atendida em tensão primária de 13,8 KV, com tensão
secundária 220/127 V, para atender as instalações do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Rondônia - Campus Avançado de Cacoal. Este memorial fornece as
diretrizes técnicas a serem seguidas no fornecimento de energia elétrica, em tensão
primária conforme especificações padronizadas pelo autor do projeto.
As instalações deverão ser executadas de acordo com o projeto e especificações de
memorial, obedecendo às determinações das seguintes normas em suas últimas revisões:
 ABNT – NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
 ABNT – NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão;
 ELETROBRAS – NDEE 01 – Fornecimento de Energia Elétrica em Média Tensão;
 ELETROBRAS – NDEE 02 – Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão
individual;
 NBR 6146 - Invólucros de Equipamentos Elétricos – Protecão;
 ET-03 – Especificação Técnica de Sistema de Proteção com Relé Microprocessado.

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Todos os materiais a serem utilizados nas instalações elétricas, devem atender os padrões
da CERON.

Para execução dos serviços de Instalações Elétricas a Executora deverá utilizar mão de obra
especializada, com profissionais habilitados e que satisfaçam as exigências do CREA/RO.

1.3 Carga Instalada

A finalidade deste projeto é para orientar a execução de um Cubículo Blindado para

proteção, seccionamento e medição de um conjunto de transformadores de potência aéreo,
cuja potência total é de 712,5 kVA. Logo, esse conjunto de transformadores aéreos é
composto por:

 Subestação aérea 150 KVA – 1 UND;

 Subestação aérea 225 KVA – 2 UND;

 Subestação aérea 112,5 KVA – 1 UND.

OBS.: Todas estas subestações citadas acima já estão instaladas pós medição.

Portanto, a carga instalada é a mesma calculada pelo último projeto desta unidade
consumidora (UC), segue logo abaixo o cálculo de carga instalada por cada subestação.

Potência Potência
Item Quantidade Subestação aérea Unitária Total
(KW) (KW)
1 1 Subestação aérea 225 kVA 154,83 154,83
2 1 Subestação aérea 225 kVA 128,65 128,65
3 1 Subestação aérea 150 kVA 98,13 98,13
4 1 Subestação aérea 112,5 kVA 72,56 72,56
TOTAL 454,17
*Fonte: Projeto de Instalações Elétricas, NDEE-01 e NDEE-02.

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1.4 Cálculo da Demanda

A demanda calculada será a mesma do projeto anterior desta unidade consumidora (UC),
segue logo abaixo o cálculo de demanda por cada subestação.

Carga Fator de Demanda

Item Quantidade Subestação aérea Instalada Potência Total
(KW) (fp) (KVA)
1 1 Subestação aérea 225 kVA 154,83 0,87 177,97
2 1 Subestação aérea 225 kVA 128,65 0,85 151,35
3 1 Subestação aérea 150 kVA 98,13 0,82 119,67
4 1 Subestação aérea 112,5 kVA 72,56 0,82 88,49
TOTAL 537,48
*Fonte: Tabelas NDEE-01 e NDEE-02.

Para atender a esta demanda, será utilizado um conjunto de transformadores que no total
somam 712,5 kVA, trifásico, com reserva de potência para cargas futuras de
aproximadamente 175,02 kVA.

1.5 Cubículo Blindado de Medição e Proteção em Média Tensão

Os cubículos blindados de média tensão são projetados de acordo com a norma NBR IEC 62271-
200:2007, que prevê as condições ideais de temperatura, grau de proteção e operação mecânica,
de modo a garantir a segurança dos operadores. É produzido em acordo com as necessidades dos
fabricantes dos dispositivos que realizam a proteção e manobra, o que oferece segurança ao
profissional que realiza a operação e manutenção. As entradas de serviço que utilizam cubículos
blindados convencionais, caracterizam-se pela obrigatoriedade de possuírem medição no lado da
média tensão, proteção geral por meio de um disjuntor com desligamento automático e
acionamento por relés secundários.
O cubículo deverá ser construído com rigidez mecânica suficiente para evitar riscos de danos no
seu manuseio normal e dispor de proteção contra penetração de água, poeira e objetos sólidos. As
partes sujeitas à corrosão devem ser protegidas, e, caso haja revestimento protetor, o mesmo deve
apresentar boa resistência a abrasivos, não permitindo danos por manuseio normal de operação.
Os suportes internos do cubículo deverão possuir regulagem vertical e horizontal, teto com

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inclinação e sistema de despressurização, ambos em chapa de mesma espessura mínima. Deverá
atender a classe de tensão de até 13,8 kV.
É fornecido em conjuntos compactos, totalmente testados e montados em fábrica e adequado a
distribuição de energia em Média Tensão para sistemas de configuração anel ou radial. Os painéis
deverão apresentar uma elevada segurança operacional, alto grau de confiabilidade e dimensões
reduzidas. Devem ser destinados a distribuição de energia em média tensão em subestações
abrigadas, para locais onde o espaço ocupado, segurança, confiabilidade e isenção de manutenção
sejam requeridos.
O cubículo deve ser capaz de suportar temperaturas elevadas sem apresentar deformações ao
longo da vida útil. A isolação elétrica deve ser compatível com o previsto nas normas aplicadas. O
módulo de medição deverá ser adequado para operar com temperatura ambiente entre –10°C até
60°C e umidade relativa de 0% até 95% sem condensação, caso o fabricante entenda que seja
necessário deve ser instalada resistências internas de aquecimento.

1.6 Características de um Cubículo Blindado

 Cubículo Blindado de Média Tensão inteiramente blindado em chapa de aço bitola mínima
14USG;
 Separações metálicas formando compartimentos independentes entre si;
 Portas frontais e traseiras dotadas de dobradiças internas e trincos;
 Grades de proteção confeccionadas com tela de proteção nos vãos de acesso interior;
 Tampas de despressurização contra arcos internos;
 Compartimentos superiores para equipamentos de baixa tensão;
 Estrutura do Cubículo Blindado de Média Tensão rigidamente fixado a rodapé em forma de
“U”;
 Barramentos em cobre eletrolítico dimensionado e pintado conforme normas ABNT;
 Isoladores em epóxi, garantindo total resistência a esforços mecânicos originados de corrente
de defeitos em toda a extensão dos barramentos;
 Sistema de aterramento completo;
 Dispositivos para lacres, dispostos de acordo com as normas da CERON.

6
1.7 Composição de um Cubículo Blindado

Este cubículo blindado é composto por três módulos, distribuídos em: Entrada, Medição e
Manobra/Proteção (conforme especificado no projeto). Nesta configuração, o transformador fica
fora dos cubículos.

1.8 Medição

Para fixação dos transformadores de medição (TC e TP) em cubículo blindado, são utilizados
suportes na estrutura lateral ou inferior do cubículo ou compartimento de medição. Quando a
medição for em média tensão, os circuitos do secundário dos TC’s e TP’s devem ter comprimento
de, no máximo, 8 metros. O eletroduto que acondiciona os condutores secundários dos TC’s e TP’s
deve ser em aço, do tipo pesado, zincado por imersão a quente, e instalado de forma aparente, não
é permitida a instalação deste eletroduto na forma embutida. Os cabos para interligação
secundária do sistema de medição deverão ser do tipo multipolar blindado, de cobre, sendo um
cabo para o circuito de potencial e outro cabo para o circuito de corrente. A blindagem do cabo e
os condutores não utilizados devem ser aterrados junto aos transformadores de medição. A caixa
de medição deverá ser instalada junto ao módulo, ou na parede mais próxima deste, podendo ficar
no máximo a 5 metros de distância, neste caso deve ser utilizado eletroduto aparente.

1.9 Proteção e Manobras

Para acionamento dos dispositivos de proteção, não é permitida a utilização dos transformadores
de medição. Quando houver mais de um transformador trifásico em poste, deve ser utilizada chave
seccionadora tripolar e disjuntor geral instalados na cabine de medição/proteção.
O TP tem o objetivo de fornecer energia para carregar as molas do disjuntor de MT, a fonte
capacitiva que alimenta o rele secundário. O TP estará interligado ao barramento após a chave
seccionadora geral, porem antes do disjuntor de MT. Os TC’s de proteção secundária serão do tipo
seco, encapsulados em epóxi, relação conforme estudo de seletividade e serão instalados antes da
entrada para o disjuntor de MT e da caixa do rele secundário. O secundário dos TC’s será

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interligado ao relé por meio de chave de aferição que tem a função de curto circuitar os
secundários dos mesmos quando não em uso.
O Disjuntor Geral de Media Tensão será com isolação a vácuo, para 350 A, 15 kV, 10 kA, montado
diretamente na estrutura do cubículo, em suporte apropriado. O carregamento das molas é
motorizado, portanto, sempre que o TP estiver energizado, as molas carregarão automaticamente.
Terá bobina de abertura em 115Vca, tensão vinda da fonte capacitiva e, na caixa do rele
secundário terão dois sinaleiros de status do disjuntor, (LEDs em 220V p/ não queimarem com
facilidade e botão de teste da fonte capacitiva) que indicarão se o disjuntor está aberto (verde) ou
fechado (vermelho), acionados pelos contatos auxiliares do disjuntor.

1.10 Proteção Secundária (Relé Microprocessado)

Em subestações com carga instalada superior à 300 kVA (caso típico das subestações ao tempo no
solo e abrigada), a proteção geral na média tensão deve ser realizada exclusivamente por meio de
um disjuntor acionado através de relés secundários com as funções 50 e 51, de fase e neutro, onde
é fornecido o neutro.
Os relés a serem fornecidos deverão ter isolação galvânica em todas as suas entradas e saídas,
para proteção contra danos e contra operações indevidas dos relés, causados por todos os tipos
de surtos existentes no ambiente das subestações. O relé de proteção deverá ser instalado na parte
frontal do cubículo, sendo em local de fácil manuseio e visualização. Os relés devem possuir porta
RS-232 e protocolo de comunicação tipo DNP-3 nível 2.

1.11 Recomendações Técnicas

Lista das principais recomendações técnicas:

 Os materiais de blindagens, estruturas e bases, devem ser tratados contra corrosão, devem
suportar intempéries, radiação solar, chuva, poeira e salinidade, com grau de proteção IP-65;
 Ao redor dos cubículos blindados, deve ser mantido espaço livre mínimo de circulação, no
entorno dos equipamentos e na altura, suficientes para facilitar a operação, manutenção e
remoção dos equipamentos;

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 Quando o cubículo blindado for instalado em área externa (ao tempo), o espaço deve ser de
no mínimo 0,50 m nas laterais e fundo, e 1,00 m na parte frontal, deve ser provida de
dispositivos de alívio de pressão e ventilação natural ou forçada;
 Todas as partes metálicas devem ser solidamente conectadas à malha de aterramento;
 O dimensionamento dos TP’s e TC’s, deve respeitar as distâncias mínimas para a parede
frontal e lateral do cubículo ou compartimento;
 Não podem ser utilizados equipamentos com líquidos isolantes inflamáveis ou não, no interior
de cubículos blindados;
 Os disjuntores para cubículos blindados devem ser do tipo à vácuo;
 O cubículo blindado deve ser sempre instalado sobre base de concreto, com cota positiva
mínima de 200mm;
 A espessura mínima de chapa de aço utilizada deve ser 12 USG (2,6 mm);
 Todas as partes metálicas do cubículo blindado, bem como suportes e carcaças dos
equipamentos, devem ser interligados através de cordoalhas e cabos devidamente aterrados;
 Todos os cubículos blindados devem possuir grades ou telas internas de proteção
devidamente aterradas;
 Os cubículos blindados devem ser providos de chave de aterramento com intertravamento
elétrico e mecânico com o disjuntor, impedindo um eventual fechamento da chave de
aterramento com o disjuntor inserido e na posição fechado ou uma eventual inserção e
fechamento do disjuntor com a chave de aterramento na posição fechada;
 A chave de aterramento deve ser projetada e instalada para o módulo de proteção, após a
chave seccionadora de manobra;
 As portas de acesso aos compartimentos dos equipamentos devem possuir cadeado ou
fechadura tipo mestra e no caso do compartimento dos TC’s e TP’s, adicionalmente,
dispositivo tipo lacre de no mínimo dois pontos;
 A caixa de medição deve ser parte integrante do cubículo blindado, onde seu visor deve ser
em vidro transparente;
 Visando evitar o contato permanente da agua proveniente das chuvas ao redor da base soleira
do cubículo, a mesma deve ser instalada sob uma base de concreto elevada (conforme
especificada no projeto), no mínimo em 50 (cinquenta) milímetros, em relação a calcada. Essa
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 base deve estar bem nivelada, para receber o cubículo, possibilitando a correta abertura das
portas;
 Para garantir a não penetração de agua no interior do cubículo, deve-se aplicar sistema de
vedação entre a base de concreto e a base soleira da mesma;
 Para a conexão dos cabos de MT ao cubículo, os mesmos devem ser equipados com terminais
muflas;
 As chaves seccionadoras de media tensão NUNCA podem ser manobradas em carga (sempre
deve ser aberto primeiro o disjuntor de proteção respectivo – MT);
 Visando bloquear a abertura das chaves seccionadoras em carga, são instalados
intertravamentos Kirk que IMPEDEM essa abertura sem antes desarmar o disjuntor de
proteção;
 Não será permitindo contato com as partes energizadas quando a porta estiver aberta, na tela
deverá conter placas de advertência contendo a frase "ALTA TENSÃO PERIGO DE MORTE"
(conforme consta no projeto), bem como nas portas externas e na sua cerca perimetral;
 A instalação deverá ser circundada por cerca construída com tela de gradil, com altura mínima
de 1,70 m, conforme os padrões construtivos de projeto. A cerca executada com tela deverá
ser de aço zincado com fio de diâmetro mínimo 3 mm, com malha máxima de 5 cm. Vale
ressaltar que toda a parte metálica deve ser aterrada conforme ao projeto;
 Deve ser instalada 2 Luminária do tipo tartaruga a prova de explosão com lâmpada LED, corpo
fabricado em liga de alumínio fundido copper free, resistente à corrosão, globo em vidro
borosilicato, proteção IP 65 em cada lateral do cubículo. As luminárias deverão ser instaladas
a uma altura máxima de 1,80 m do piso. O comando necessário para o funcionamento das
lâmpadas será feito através de 1 interruptor simples, com suporte e placa para 1 seção,
sobrepor em caixa condulete do tipo sobrepor 4x2”, localizado ao lado da porta principal.

1.12 Testes e Ensaios

Os relatórios de ensaio de tipo do painel de media tensão e do disjuntor a vácuo devem estar em
conformidade com requisitos mínimos de operação. O fornecedor deverá fornecer o painel com
todas as terminações fixas (muflas) de entrada / saída para o perfeito funcionamento do painel,
bem como parametrizar o relé de proteção conforme o estudo de seletividade a ser fornecido.
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Deve ser feito um comissionamento do cubículo. O cubículo deverá possuir resistência de
aquecimento em todas as colunas. O sistema deve ser pré-testado em fábrica (ensaios de rotina
de acordo com ABNT/IEC descritos abaixo). Os protocolos de ensaios de tipo, em concordância às
normas citadas, devem estar disponíveis, realizados em laboratórios europeus.

1.13 Dados Técnicos do Cubículo

Para atender a demanda estimada o cubículo abrigado terá as seguintes características:

 Número de fases: 3;
 Frequência: 60 Hz;
 Classificação conforme NBR IEC 62271-200;
 Atende integralmente NR10;
 Classe de tensão: 15kV;
 NBI: 95kV;
 Corrente nominal de operação: 350 A;
 Opção de uso ao tempo.

1.14 Ramal de Derivação

Conforme NDEE - 01, deverá ser implantado 1 (um) ramal de ligação subterrânea entre o
poste de derivação e a entrada do cubículo blindado, em regime de fornecimento em rede
primária de distribuição em tensão 13.8 kV, executado através de cabo de cobre com
isolação EPR 15 kV de 35 mm2 (conforme a Tabela 09 da NDEE – 01), derivando da rede da
CERON.

1.15 Proteção em Média Tensão

Conforme a Tabela 12 da NDEE - 01, o disjuntor de média tensão para proteger é de 350 A
(corrente nominal) e de 10 kA (Capacidade de interrupção simétrica mínima) no nível de
tensão a 13,8 kV. As características do TP de proteção (conforme a Tabela 13 da NDEE – 01)
são: Nível de isolamento 95kV; Classe de exatidão 0,6P150; Potência térmica nominal
600VA; Relação nominal 70:1. Chave fusível do Tipo C 100.

1.16 Malha de Aterramento

Os cabos deverão ser lançados a uma profundidade de 60 cm abaixo do piso definido da

subestação ou conforme indicação de projeto. A abertura para alojamento dos cabos da malha
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deverá ser contínua e uniforme. Nos pontos onde serão executadas as soldas, as aberturas das
cavas deverão ser suficientes para que o soldador prepare e execute a solda de maneira
confortável estando dentro da cava. O reaterro da cava deve ser compactado em camadas de 20
cm até que se obtenha o mesmo grau de compactação da plataforma do cubículo.
Por ocasião da execução do projeto da malha de aterramento ou quando for mais conveniente,
deverão ser executadas as derivações da malha para aterramento de estruturas, equipamentos,
painéis, cubículos externos e quadros elétricos. Estas derivações devem ser executadas conforme
projeto.
Ao serem cravadas as hastes de aço-cobre, deverá ser observado, com o máximo rigor, se o
revestimento de cobre não se desprende do núcleo de aço. Caso ocorra o desprendimento, a haste
deverá ser substituída.
Portanto, o aterramento será feito através de 12 hastes de cobre de 5/8” x 2400 mm, instaladas
em malha (vide projeto) e interligadas em cabo de cobre nu de 50 mm² através de soldas, o
espaçamento das hastes terá o seu comprimento, 3 m entre elas.

1.17 Eletrodutos

O eletroduto do ramal de derivação subterrâneo, assim como as curvas e conexões serão de PVC
Rígido anti-chama, seção circular ø3.

1.18 Medição

A medição será do tipo indireta, os TCs terão relação de corrente de 30-5 (Tabela 5 da NDEE-
01), os TPs terão relação de transformação de 70:1 (Tabela 6 da NDEE-01), conforme
Especificação Técnica: MPN-DC-01/ET-02, “CAIXAS METÁLICAS PARA MEDIÇÃO DE
CLIENTES DO GRUPO A E GRUPO B COM MEDIÇÃO INDIRETA”.

1.19 Cálculo do Sistema de Proteção secundária

Calculo para ajuste e parametrização do relé microprocessado com as funções 50 e 51, de

fase e neutro e dos respectivos TP’s e TC’s (Proteção) de acordo com a norma “ET-03 –
Especificação Técnica de Sistema de Proteção com Relé Microprocessado”.

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 DADOS FORNECIDOS PELA CONCESSIONÁRIA

NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO
Icc trifasico - (Icc3F) 8100 (A)
Icc bifasico - (Icc2F) 7000 (A)
Icc fase-terra - (IccFT) 5100 (A)
Icc fase-terra 40Ω -(IccFT40) 200 (A)
Icc fase-terra 100Ω -(IccFT100) 80 (A)
RELE DE SOBRECORRENTE DO 50/51
ALIMENTADOR (FASE) DA
CONCESSIONÁRIA Função
Fabricante ARTECHE
Tipo PL-300
RTC 800
Elemento Temporizado (tape) 3 (A)
Curva 0,3 (MI)
Elemento Instantâneo 18 (A)
RELE DE SOBRECORRENTE DO 50/51N
ALIMENTADOR (NEUTRO) DA
CONCESSIONÁRIA Função
Fabricante ARTECHE
Tipo PL-300
RTC 800
Elemento Temporizado (tape) 0,6 (A)
Curva 0,2 (MI)
Elemento Instantâneo 3,6 (A)

DADOS DE INSTALAÇÃO
Tensão de Fornecimento 13.800 (V)
Potência Total Instalada 712500 (VA)
Demanda Prevista 454170 (W)
Fator de Potência 0,92 (FP)

POTÊNCIA DOS TRANSFORMADORES

Transformador 1 225.000 (VA)
Transformador 2 225.000 (VA)
Transformador 3 150.000 (VA)
Transformador 4 112.500 (VA)

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 IMPEDÂNCIA DOS TRANSFORMADORES Z%
Transformador 1 4,5 (%)
Transformador 2 4,5 (%)
Transformador 3 3,5 (%)
Transformador 4 3,5 (%)

CÁLCULOS
IMPEDÂNCIA EQUIVALENTE DO SISTEMA DA CONCESSIONÁRIA:
Zcc = 13800 / √3 x 8100 = 0,98 Ω

IMPEDÂNCIA DOS TRANSFORMADORES:

Ztraf1= [13800 / 4,5]² / 225000 = 41,79 Ω
Ztraf2= [13800 / 4,5]² / 225000 = 41,79 Ω
Ztraf3= [13800 / 3,5]² / 150000 = 106,64 Ω
Ztraf4= [13800 / 3,5]² / 112500 = 138,19 Ω

CURTO-CIRCUITO NO SECUNDÁRIO DOS TRANSFORMADORES:

IccTra1= 13800 / √3 x (0,98 + 41,79) = 186,51 A
IccTra2= 13800 / √3 x (0,98 + 41,79) = 186,51 A
IccTra3= 13800 / √3 x (0,98 + 106,64) = 72,12 A
IccTra4= 13800 / √3 x (0,98 + 138,19) = 57,32 A

CORRENTE NOMINAL MÁXIMA (Trifásica) – In:

In = 712500 / √3 * 13800 = 29,84 A

CORRENTE DEMANDADA (Trifásica) - Idem:

Idem = 454170 / √3 * 13800 * 0,92 = 20,68 A

CORRENTE DE DESBALANÇO – Ides:

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Ides = 20,68 x 0,20 = 4,14 A

CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO – Imag:

Imag = 1/((1/8100)+(1,732*13800)/(712500*10)) = 297,35 A

PONTO ANSI:
I ansi-traf1 = 0,58 X 100/4,5*9,41 = 121,33 A
I ansi-traf2 = 0,58 X 100/4,5*9,41 = 121,33 A
I ansi-traf3 = 0,58 X 100/3,5*6,28 = 104,07 A
I ansi-traf4 = 0,58 X 100/3,5*4,71 = 78,05 A

CALCULO DO TC:
In = Icc3F / 20 = 405 A

ESPECIFICAÇÃO DO TC:
TC = Primário =450 e Secundário = 5
RTC = 450/5 = 90

Distância entre Relé e TC's = 10 m

Resistência Unitária do Cabo = 4,7 Ω/Km
Consumo do Rele = 0,2 VA
Corrente Nominal = 5 A
Z burden do TC = 1 Ω

IMPEDÂNCIA DO TC:
Ztc = 0,2 * 1 = 0,2 Ω

IMPEDÂNCIA DO CABO:

15
Zcabo = (4,7 * 10) / 1000 = 0,047 Ω

IMPEDÂNCIA DO RELÉ:
Zrelé = 0,2 / (5)² = 0,008 Ω

TENSÃO SECUNDÁRIA DO TC:

Vs = 8100 / 90 * (0,2 + 2 * 0,047 + 0,008) = 27,18 V

SENSOR DE FASE:
Temporizado= 20,68 * 1,2 /90 = 0,28
Instantâneo = (1,1 * 297,35) / 90 = 3,63

SENSOR DE NEUTRO:
Temporizado= (4,14 x 1,2) / 90 = 0,055
Instantâneo = < 80 / 90 = < 0,89

DEFINIÇÃO DOS RELÉS E AJUSTES

RELÉ DE SOBRECORRENTE – FASE:
Função 50/51
Fabricante PEXTRON
Tipo URPE-6104
RTC 90
Aj.Temporizado 0,28
Curva 0,2
Aj Instantâneo 3,63

RELÉ DE SOBRECORRENTE – NEUTRO:

Função 50/51
Fabricante PEXTRON
Tipo URPE-6104
RTC 90
Aj.Temporizado 0,055
Curva 0,2
Aj Instantâneo 0,89

16
1.20 Lista de materiais
Estrutura e componentes - Cubículo
Item Descrição Unidade Quantidade
01 Jogo de barramento elétrico de 350 A un 1
02 Chave seccionadora tripolar un 2
03 Mufla terminal interna/externa un 12
04 Disjuntor a vácuo, 350 A, 10 kA, comando motorizado, un 1
com bobinas de abertura e fechamento
05 Relé de proteção microprocessado multifuncional, com un 1
no mínimo as seguintes funções 50/51, 50N/51N
06 Detectores capacitivos de tensão un 3
07 Jogo de alavancas de manobra un 1
08 Nobreak de 1000VA com autonomia de 2 horas un 1
09 Flags mecânicos un 4
10 Invólucro de aço galvanizado un 1
11 Eletroduto de PVC Rígido 3” m 35
12 Transformadores de corrente (TC’s) un 5
13 Transformadores de potenciais (TP’s) un 3
14 Cabo de cobre nú 50 mm² m 80
15 Haste de aterramento 5/8” x 240 mm un 12
16 Base de concreto para alocação do cubículo un 1
17 Cabo de cobre isolação EPR 15 kV de 35 mm² m 120
18 Caixa de passagem enterrada 50x50x50cm un 4

2.0 ANEXOS
2.1 Anotação de Responsabilidade Técnica

2.2 Projeto Elétrico

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