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Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDATICA-PEDAGÓGICA
TURMA 2014/2015

Título: Estratégias de leitura para melhor compreender os descritores da Prova Brasil

Autor: Emilia Lujan

Área PDE: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Colégio Estadual Jardim Maracanã


Projeto e sua localização:

Município da escola: Toledo – Paraná

Núcleo Regional de Educação: Toledo – Paraná

Professor Orientador: Professora Dra. Carmen Teresinha


Baumgärtner

Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE

Resumo: Esta Unidade Didática tem como objetivo


trabalhar com estratégias de leitura para
uma melhor compreensão dos descritores
da Prova Brasil, atividades estas que serão
desenvolvidas com 9º ano do Ensino
Fundamental, do Colégio Estadual Jardim
Maracanã no Município de Toledo - Pr.
Entender o que lemos é algo muito
importante, nós educadores e escola,
devemos levar os educandos a associar a
leitura a atividades úteis e prazerosa a fim
de estimular o desejo de aproximação com
os textos, tendo a leitura como aliada. O ato
de ler também é entendido como uma das
formas mais eficazes de desenvolvimento
dos indivíduos. Dessa forma é necessário
que a Escola resgate o valor da leitura
como ato de prazer e requisito para
emancipação social do indivíduo. Sabe-se
também que, do habito de leitura dependem
outros fatores elos no processo de
educação sem a leitura o aluno fica com
dificuldade em pesquisar, resumir, analisar,
criticar, julgar, posicionar-se e resgatar a
ideia principal do texto. Por esses motivos
as estratégias de leitura são essenciais para
a compreensão e interpretação de textos, e
neste caso dos descritores da Prova Brasil,
fazendo que os alunos consigam melhores
resultados tanto na avaliação externa como
no dia-a-dia.

Palavras-chave: Leitura, estratégias, compreensão.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: 9º Ano do Ensino Fundamental.


1.1 APRESENTAÇÃO

A presente Unidade Didática tem por objetivo promover atividades de leitura por
meio de estratégias de ensino para possibilitar aos alunos do 9º ano do Ensino
Fundamental melhor compreensão leitora, principalmente relacionadas aos descritores da
Prova Brasil, foco deste trabalho.
A atividade de leitura é tida como meio de aquisição de informação em todas as
áreas do conhecimento. Assim o trabalho com estratégias de leitura pautado nas autoras
Kleiman e Solé será planejado e elaborado para auxiliar os alunos a ampliarem sua
cognição, armazenando as informações obtidas e interagindo quando possível.
A Prova Brasil, tem como foco avaliar a capacidade do aluno de ler e compreender
os sentidos dos textos, também possibilitando-lhe demonstrar seus conhecimentos
linguísticos, atribuindo sentido e função que determinado texto tem.
Assim de posse dos resultados da Prova Brasil 2011, percebe-se que os tópicos de
maiores acertos são aqueles em que as informações estão claramente explicitadas, nas
quais o aluno vai ao texto e retira a resposta, apenas passando o olhar sobre a sua
superfície. Desse modo, os resultados evidenciam que o aluno é capaz de decodificar os
textos constantes no instrumento de avaliação em larga escala anteriormente
mencionado.
Por outro lado, quando precisa recorrer a seu conhecimento para atribuir sentido a
determinada palavra ou expressão, o índice de erro aumenta consideravelmente. Isso
denuncia um descompasso entre os conhecimentos de mundo dos alunos e os
conhecimentos requeridos no ato da leitura.
Diante dessas constatações, este trabalho está voltado a desenvolver atividades de
leituras que visem sanar tais dificuldades, melhorando assim a compreensão leitora.
1.2 INTRODUÇÃO

Leitura é a ação de ler algo. A palavra deriva do latim lectura, com significado de
“eleição, escolha, leitura”. Também se designa por leitura a obra ou texto que se lê. A
leitura é a forma como se interpreta um conjunto de informações ou um determinado
acontecimento. É uma interpretação pessoal, todavia pautado por determinações sociais.
Podemos ler um gesto, um olhar, um sorriso, um mapa, uma obra de arte, nuvens
carregadas no céu etc. Lemos até mesmo no silêncio. Mas embora a leitura tenha uma
dimensão pessoal, individual, o ato de ler é realizado por um leitor que é ao mesmo tempo
produtor e produtor de sentidos. O gesto de leitura de um texto é mediado sempre por
outros textos, já lidos, vistos, ouvidos, sentidos. Portanto, trata-se de uma ação de diálogo
entre as vozes do texto que está sendo lido, com as vozes de outros textos de circulação
social.
É fundamental reconhecer o sentido das coisas que chegam até nós,
principalmente por meio do olhar, da compreensão e da interpretação dos múltiplos signos
que enxergamos, tudo vem até nós por meio da leitura, um ato socioindividual na
construção de significados num contexto que se configura mediante a interação
autor/texto/leitor situados num dado contexto histórico-social.
A leitura é uma atividade que depende da participação do leitor e exige mais que
conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores. O leitor precisa mobilizar
uma série de conhecimentos, tanto de ordem linguística, quanto de ordem cognitivo-
discursiva, com a finalidade de levantar hipóteses, preencher as lacunas que o texto
possa apresentar, enfim, participar de forma ativa da construção de sentido do texto.
Deste modo, autor e leitor devem ser vistos como estrategistas na interação com o texto,
em que o primeiro procura atingir um dado propósito de dizer, e em que o segundo
precisa, num gesto cooperativo, acionar conhecimentos disponíveis no seu repertório de
leituras para produzir sentidos.
Esse posicionamento adotado no presente trabalho está de acordo com o contido
nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs) da Língua Portuguesa do Estado
do Paraná (PARANÁ, 2008). Segundo as DCEs, a leitura é um ato dialógico, portanto de
teor discursivo, pois representa um momento de encontro entre pelo menos duas vozes, a
do autor e a do leitor. Esse fator caracteriza uma primeira dialogia. Entretanto, tanto o
autor, quanto o leitor não estão participando do diálogo pela primeira vez, ambos já
leram/dialogaram com outros textos em outros momentos. Cada um tem um papel ativo
no processo da leitura, colocando todas suas experiências e conhecimentos, efetivando
assim a compreensão do que lê.
Na perspectiva cognitiva recorremos à seguinte definição geral de leitura:

A leitura é basicamente um processo de representação. Como esse


processo envolve o sentido da visão, ler é, na sua essência, olhar para
uma coisa e ver outra. A leitura não se dá por acesso direto à realidade,
mas por intermediação de outros elementos da realidade. Nessa
triangulação da leitura o elemento intermediário funciona como um
espelho; mostra um segmento do mundo que normalmente nada tem a ver
com a sua própria consistência física. Ler é portanto reconhecer o mundo
através de espelhos. Como esses espelhos oferecem imagens
fragmentadas do mundo, a verdadeira leitura soe possível quando se
tem um conhecimento prévio desse mundo. (LEFFA, 1999, p. 10).

Diante disso, ler é dar significados às coisas, e a origem deste significado não está
somente no texto, nem no leitor, tampouco no autor. Os significados são de natureza
social. Portanto, é no mundo vivido que se buscam referências para a leitura. Por essa
razão, um mesmo texto pode ser lido de modo diferente por cada leitor, tendo em vista as
experiências por ele vividas, seja na leitura da palavra, seja na leitura de mundo. Os
sentidos produzidos na interação do leitor com o texto têm como baliza os seus
conhecimentos prévios.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais:
jornalísticas, artísticas, científicas, cotidianas, midiáticas, literárias, publicitárias, e ainda
nesse processo é preciso considerar os textos não-verbais.
No entanto, uma vez que ler é familiarizar-se com textos, a todo o momento vivido
nos deparamos com algum tipo de texto, seja ele verbal ou não, e devemos nos
posicionar como co-autor. Para isso cabe ao professor compartilhar experiências de
interação entre o texto e o leitor, como sujeito capaz de refletir sobre o que leu, emitir juízo
e ampliar seus horizontes em relação ao texto lido, percebendo todos os elementos
presentes, seja como mediador ou como mero leitor.
Observa-se também nas DCEs que uma leitura aprofundada pode levar o aluno a
enxergar os implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz,
podendo, assim, posicionar-se diante do que lê. Sabemos também que cada tipologia
textual tem uma intenção, e que não podemos esquecer que cada texto atende a um
determinado objetivo e finalidade, portanto devemos ler e analisar cada um dentro de sua
especificidade, sendo que para cada gênero discursivo devemos dar um encaminhamento
diferente, planejar as atividades que queremos com objetivos claramente definidos e
estratégias diferenciadas, pois não lemos todos os textos com a mesma intencionalidade
e do mesmo jeito.
Assim, de acordo com Antunes (2003, p. 77), é preciso ter em mente que o grau de
familiaridade do leitor com o conteúdo veiculado pelo texto interfere no modo de realizar a
leitura. O professor como mediador entre texto e leitor deve propiciar estratégias que
visem a reflexão, para que o leitor consiga extrair informações importantes ao momento,
construindo assim sentidos múltiplos para o texto, fazendo as inferências.
Já para Kleiman (1999, p. 13) “a compreensão de um texto é um processo que se
caracteriza pela utilização do conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já
sabe, o conhecimento adquirido ao longo da vida.” Podemos inferir aí que duas pessoas
com conhecimento de mundo diferentes lendo o mesmo texto, chegarão a interpretações
diferentes, pois o leitor interage com o conhecimento que carrega.
Com base no exposto, entende-se que no âmbito escolar os objetivos em relação a
leitura devem estar claramente definidos, visando-se a formação de um leitor proficiente.
Essa necessidade é reforçada a partir das considerações feitas por Kleiman (1999)
quanto a leitura na escola. Segundo a autora:

o contexto escolar não favorece a delineação de objetivos específicos em


relação a essa atividade. Nele a atividade de leitura é difusa e confusa,
muitas vezes se constituindo apenas em pretexto para cópias, resumos,
análise sintática, e outras tarefas de ensino da língua. Assim, encontramos
o paradoxo que, enquanto fora da escola o estudante é perfeitamente
capaz de planejar as ações que o levarão a um objetivo pré-determinado
(por exemplo, elogiar alguém para conseguir um favor), quando se trata da
leitura, de interação a distância através do texto, na maioria das vezes
esse estudante começa a ler sem ter ideia de onde chegar, e, portanto, a
questão de como irá chegar lá (isto é das estratégias de leitura) nem se
quer se põe. (KLEIMAN, 1999, p. 30).

Mesmo sem ter realizado um estudo rigoroso, nota-se hoje que a leitura na escola
em que atuo difere um pouco do quadro esboçado por Kleiman, em 1999. Claro que
ainda acontecem situações semelhantes a estas de se ler sem objetivos. Todavia
percebe-se o esforço dos professores quanto ao estabelecimento de objetivos claros para
o ato de ler, sabendo-se de onde partir e aonde se quer chegar. Não se pode negar,
porém, que no ambiente escolar, mais especificamente na disciplina de Língua
Portuguesa, ainda está presente a pratica da leitura com o objetivo de focalizar estudos
gramaticais.
Contribuindo para o ensino de uma leitura produtiva, com o estabelecimento de
objetivos claros e bem definidos para as atividades de sala de aula, Solé (1998) afirma
que é preciso:
discutir com os alunos os objetivos da leitura; trabalhar com materiais de
dificuldade moderada que representam desafios, mas não tarefas pesadas
para o aluno; proporciona e ajuda a ativar os conhecimentos prévios;
ensinar-lhes a inferir, a fazer conjeturas, a se arriscar e a buscar verificação
para suas hipóteses; explicar as crianças o podem fazer quando se
deparam com problemas no texto. (SOLÉ, 1998, p.130).

Esses Pontos são importantes para o desenvolvimento de estratégias de leitura,


principalmente no que diz respeito ao trabalho com os Descritores da Prova Brasil. Assim,
entendemos que a leitura precisa ser aprendida e ensinada, o leitor deve aprender a
decodificar e a usar estratégias que o levam à compreensão do que lê. Solé (1998)
esclarece que as estratégias têm como finalidade ajudar o leitor na escolha de outros
meios quando se deparam com dificuldades na leitura, e acrescenta:

Nas situações de ensino/aprendizagem que se articulam em torno das


estratégias como processos de construção conjunta, nos quais se
estabelece uma prática guiada através da qual o professor proporciona aos
alunos os “andaimes” necessários para que possam dominar
progressivamente essas estratégias e utilizá-las depois da retirada das
ajudas iniciais. (SOLÉ, 1998, p.76).

Nas palavras de Solé percebe-se a importância que atribui ao papel do professor,


principalmente no que se refere a apresentar estratégias que auxiliarão na aprendizagem
e ajudarão o aluno a atuar com autonomia em suas atividades de leitura.
Muitas vezes os alunos veem a leitura como uma atividade natural, que não precisa
da intervenção do professor para ser realizada. No entanto, a leitura é um processo de
construção lento que requer intervenção educativa, respeitosa e ajustada (SOLÉ, 1980).
Assim, é necessário que na escola sejam utilizadas diferentes estratégias de leitura
com objetivos definidos, buscando efetivar o processo de compreensão, por parte dos
alunos no que se refere aos descritores da prova Brasil. Destaca-se que embora neste
trabalho são focalizados aspectos relacionados à Prova Brasil, como parâmetro para
elaboração de leitura, não significa que com isso o trabalho se esgote, nem tampouco
que representa a totalidade de estratégias.
A Prova Brasil é uma avaliação desenvolvida pelo INEP/MEC, nas áreas de Língua
Portuguesa e Matemática. Foi criada em 2005, objetivando avaliar a qualidade do ensino.
É uma avaliação para os 5ºs e 9ºs ano do Ensino Fundamental Público das Redes
Estaduais, Municipais e Federais da área urbana do país. Participam escolas com no
mínimo 20 alunos, matriculados na série avaliada (BRASIL, 2008).
A prova de Língua Portuguesa avalia apenas habilidades de leitura, divididas em
cinco blocos de conteúdos: procedimentos de leitura; implicação do suporte, do gênero
e/ou do enunciador na compreensão do texto; relação entre textos; coerência e coesão no
processamento do texto; relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido e
variação linguística. Os descritores contemplados na referida avaliação para o 9º ano são
os que constam a seguir, (a letra D significa “descritor”, e é seguida de um numero
conforme o contido nas Instruções do Sistema de Avaliação da Educação Básica):

Procedimentos de Leitura

D1 Localizar informações explícitas em um texto


D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
D4 Inferir uma informação implícita em um texto
D6 Identificar o tema de um texto
D14 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

Nos descritores que envolvem os procedimentos de leitura, o educando deverá


localizar as informações do texto, tanto as explicitas quanto as implícitas, identificando as
ideias presentes no texto e as que estão nas entrelinhas, exigindo um conhecimento de
mundo e outras leituras.
Na compreensão do texto, é tarefa do educando, a partir da leitura, distinguir os
fatos de opiniões, trabalhando ainda a capacidade de articular as informações
apresentadas no texto.
Após termos visto o bloco de conteúdo procedimentos de leitura, veremos a seguir
implicação do suporte, do gênero e/ou do enunciado na compreensão do texto, que dá
sequência aos descritores da Prova Brasil.

Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto

D5 Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos,


foto etc.)
D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

No que se refere a este grupo de descritores, o aluno terá que conhecer os


diversos gêneros textuais, veiculados nos meios de comunicação. O educando deverá ter
a habilidade de reconhecer as relações entre os recursos verbais e não verbais, para
tanto é importante saber os recursos típicos de cada gênero, a familiaridade com o
gênero, suas características, a esfera em que circula e, em especial, sua finalidade. Para
que isso aconteça, depende do conhecimento de mundo do educando e a partir da
compreensão dos itens acima, poderemos entender a relação entre texto posto a seguir.

Relação entre textos

D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos


que tratam do mesmo tema em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido.
D21 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato
ou ao mesmo tema.

Ao ler os textos, os educandos deverão ter em mente os conteúdos globais dos


textos para poder compará-los, isso requer que o educando tenha uma postura crítica e
reflexiva ao reconhecer as diferentes ideias sobre o tema, pois estes podem expressar
sentidos diferentes, em se tratando do mesmo assunto.
Tudo tem sua relação e importância se levando em conta a coerência e coesão no
processamento do texto relacionada a seguir.

Coerência e coesão no processamento do texto

D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou


substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
D7 Identificar a tese de um texto
D8 Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la
D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto
D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa
D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto
D15 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios etc.

Aqui se mostram os elementos que constituem a textualidade, elementos esses


que constroem a articulação entre as diversas partes do texto: a coerência e a coesão. A
habilidade aqui requerida deve ser exercitada com base na leitura de textos de vários
gêneros e de diferentes graus de complexidade.
A coerência é a lógica entre as ideias expostas no texto. Para tanto é importante
que a ideia apresentada se relacione ao texto como um todo, dando sequência e
progressão.
É preciso que as mesmas estejam bem relacionadas e interligadas por meio de
conectivos adequados (pronome, conjunção, preposição), pois esses conectivos
promovem o sentido de um texto.
Assim usar recurso e efeitos de sentido poderá deixar os nossos textos mais
coesos, para poderemos perceber essa relação entre suas partes.

Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados


D17 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
notações
D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra
ou expressão.
D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos
e/ou morfossintáticos

Os usos de recursos expressivos podem nos levar a uma leitura mais aprofundada
do texto e auxiliar-nos na construção de novos significados. Conhecer diferentes gêneros
textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de estratégias de antecipação de
informações que levam à construção de significados.
Os recursos linguísticos utilizados nos textos, como caixa alta, negrito, itálico,
sinais de pontuação, podem expressar sentidos variados de acordo com o gênero textual
apresentado.
Contudo teremos que verificar também a variação linguística, relacionada abaixo,
pois poderá nos auxiliar na compreensão do que lemos.

Variação linguística

D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um


texto
Esse tópico refere-se às diferenças de falares que se manifestam por meio de
palavras, pois nosso sistema linguístico não é único, tem vários eixos de diferenciação:
estilísticos, regional, cultural, etário, entre outros. Com domínio dessas habilidades o
educando poderá identificar quem fala no texto e a quem se destina.
Assim, a percepção da variação linguística é essencial para a conscientização
linguística do educando, permitindo que ele construa uma postura não-preconceituosa em
relação a usos linguísticos diferentes dos seus. Tendo explicitado as bases teóricas deste
projeto, bem como os descritores da Prova Brasil na sequência apresenta-se a Unidade
Didática que será realizada durante o Projeto de Intervenção na Escola que tem como
objetivo contribuir com a formação de alunos proficientes em leitura.
2. DESENVOLVIMENTO

Esta Unidade Didática será desenvolvida com os alunos do 9º ano do Ensino


Fundamental do Colégio Estadual Jardim Maracanã, tem como objetivo desenvolver
estratégias de leitura para melhor compreensão das atividades referentes a Prova Brasil.
Para tanto a primeira atividade prevista é a apresentação do projeto aos alunos, em
seguida farei a aplicação de um simulado da Prova Brasil de 2011, como sondagem e
verificação do grau de compreensão dos alunos. A atividade de sondagem esta postada
no link a seguir www.henrique-iijima.wix.com/pdemilialujan, após trabalharei os descritores
aplicando estratégias de leitura, prevendo o antes o durante e o depois, e também como
parâmetro de verificação, serão aplicadas as atividades elaboradas para analisar se
realmente houve melhora na compreensão da leitura e interpretação.
De acordo Solé (1998), a leitura não é natural, automática muito menos simples.
Ela requer interação entre um leitor e um texto, em que aquele deve utilizar determinadas
estratégias para tornar a leitura mais eficiente, conforme os objetivos pretendidos pelo
leitor. Para isso a autora propõe que sejam ensinadas estratégias de leitura com a
finalidade de ajudar o leitor na escolha de novos caminhos quando se deparar com
dificuldades na leitura.
Para Solé as estratégias são divididas em três etapas: “antes”, “durante” e
“depois”, sem que necessariamente seja seguida esta ordem, as mesmas deverão se
adequar as necessidades dos alunos.
A primeira etapa a ser descrita é o “antes”, nessa etapa é importante:
- Que o professor seja modelo de leitor para os seus alunos;
- Faça um levantamento dos conhecimentos prévios de leitura de seus alunos,
estimule a curiosidade, apresentar títulos ou texto e pedir se já leram;
- Explorar os elementos como: capa, título, prefácio, exame de imagens;
- Incentivar a antecipação do tema ou ideia principal;
- Ter claro o objetivo de cada leitura: se é ler por prazer, ler para adquirir
informações, ler para seguir instruções etc.;
- Formular hipótese sobre o que tratará o texto.
Depois de todo esse trabalho os alunos iniciarão a leitura propriamente dita, onde
acontecerá o que corresponde a segunda etapa a ser descrita, o “durante”.
Nesse processo o professor(a) pode utilizar várias formas, das quais serão
abordadas algumas a seguir:
- Leitura silenciosa, nesta atividade o aluno tem a oportunidade de familiarizar-se
com as palavras e com o assunto do texto, coloca em prática o que aprendeu, prevê,
interpreta, levanta hipóteses;
- Leitura partilhada, professor e alunos leem o texto por partes, fazendo pausas
para discutir e resumir o que leram, podendo enriquecer a leitura com o relato de cada um
dos leitores;
- Leitura dirigida, o professor conduz a leitura com perguntas aos alunos podendo
prever o ponto de leitura que se encontram.
A etapa do “depois” da leitura, favorece a aprendizagem de forma mais ampla.
Acredita-se que nessa etapa os alunos tenham condições de identificar tanto o explícito
quanto o que está implícito em um texto:
- Localizar a ideia principal;
- Atualizar os conhecimentos;
- Encontrar o tema do parágrafo e identificar suas ideias principais;
- Identificar uma frase resumo do texto;
- Elaborar perguntas referentes ao texto para situar o aluno em relação ao texto de
diferentes maneiras.
Na realização deste trabalho de Intervenção Pedagógica, por meio da presente
Unidade Didática, as estratégias de leitura anteriormente mencionadas serão
desenvolvidas por meios de atividades com os descritores da Prova Brasil, objetivando
que os alunos consigam:
- Descobrir tema e assunto;
- Relacionar texto e contexto;
- Encontrar a ideia principal e os argumentos ligados a ela;
- Comparar textos;
- Perceber o sentido construído pela pontuação, recursos gráficos entre outros;
- Perceber a intertextualidade;
- Identificar as vozes presentes no discurso;
- Observar as ideologias presentes no texto;
- Refletir sobre o conteúdo.

Os exemplos a seguir serão desenvolvidos utilizando as três etapas O “antes”, o


“durante” e o “depois” da leitura.
TÓPICO 1 – Exemplo de atividade utilizando estratégias de leitura para os descritores:
D1, D3, D4 e D14 que envolvem os procedimentos de leitura.

D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

O disfarce dos bichos


Você já tentou pegar um galhinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se
isso aconteceu é porque o graveto era um inseto conhecido como "bicho-pau". Ele é tão
parecido com o galhinho, que pode ser confundido com o graveto.
Existem lagartas que se parecem com raminhos de plantas. E há grilos que imitam folhas.
Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que estão. Eles fazem
isso para se defender dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento.
Esses truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação.
O cientista inglês Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou
11 anos na selva amazônica estudando os animais.
Fonte: http://www.espacoprofessor.com/2012/11/d1-localizar-informacoes-explicitas-
em.html. Acesso em: 28 set. 2012 às 22:07 horas.

a) Leia o texto e comente com o que se parece um galhinho seco citado no mesmo?

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.


A oposição acusou nesta segunda-feira a presidente Dilma Rousseff de atropelar o
Congresso Nacional ao propor a realização de plebiscito sobre a reforma política. Com
críticas ao discurso de Dilma sobre os protestos que se espalham pelo país, os
presidentes do PSDB, DEM e MD (Mobilização Democrática) avaliam que a presidente
não deu respostas suficientes aos brasileiros que protestam por melhores condições de
vida.
"É uma competência exclusiva do Congresso convocar plebiscito. Para desviar
atenção, ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não
responde aos anseios da população", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves
(MG).
Em reunião com governadores e prefeitos, Dilma sugeriu hoje a realização de
plebiscito para ouvir os brasileiros sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte
exclusiva para discutir a reforma política. Como as consultas populares são de
competência do Congresso, caberá ao Legislativo viabilizar a proposta da presidente.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1300661-oposicao-acusa-dilma-de-
atropelar-o-congresso-ao-propor-plebiscito-da-reforma-politica.shtml. Acesso em: 19 set.
2014 às 19:35 horas.

a) Depois de ler o texto indique em que sentido foi usada a palavra atropelar?

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

Fonte: http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.html.
Acesso em: 18 nov. 2014 às 21:45 horas.

a) Essa propaganda do dicionário Aurélio, nos fazer lembrar de um ditado popular que
diz ser o dicionário “o pai dos burros”. No entanto, o que está implícito na
mensagem é outro ditado popular, percebido quando se reler o texto. Quais ideias
esse slogan pode estar sugerindo?
D6 – Identificar o tema de um texto.

Fonte:www.google.com.br/search?q=charges&espv=2&biw=1366&bih=667&tbm=isch&tbo
=u&source=univ&sa=X&ei=O0hiVOqSLYeogwTFy4D4BA&ved=0CDEQsAQ. Acesso em:
10 nov. 2014 às 10:07 horas.

Primeiro solicitar aos alunos que observem a charge para posteriormente


responder as questões propostas. Indagar se já presenciaram situação semelhante a
esta. Momento de levantar hipóteses.
Após observação e levantamento de hipótese responder as questões.
a) Qual o tema do texto?
b) o que está acontecendo no texto?
c) o que o personagem quis dizer com “PASSA POR CIMA!!!”?

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

A raposa e as uvas
Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor, sua
atenção foi capturada por um cacho de uvas.
“Que delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu precisava para adoçar a minha
boca”. E, de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.
Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: “Aposto que estas uvas
estão verdes.”
Esta fábula ensina que algumas pessoas quando não conseguem o que querem,
culpam as circunstâncias.
Fonte: http://www.espacoprofessor.com/2012/11/d-11-distinguir-um-fato-da-opiniao.html.
Acesso em: 03 out. 2014 às 20:43 horas.

a) Depois de uma leitura minuciosa da fábula aponte qual parte do texto exprime uma
opinião.
TÓPICO 2 – Implicação do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do
texto. Descritores D5 e D12.
D5 Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos,
foto etc.).
D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

Fonte:https://www.google.com.br/searchq=propagandas+antigas&espv=2&biw=1366&bih=
667&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa. Acesso em: 11 nov. 2014 às 15:17 horas.

a) Que tipo de texto é esse?


b) Qual sua finalidade?
c) Quem é o personagem principal do texto?
d) Que produto está sendo divulgado?
e) Por que foram utilizadas letras maiores em algumas palavras?
TÓPICO 3 – Relação entre texto. Descritores D20 e D21.
D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos
que tratam do mesmo tema em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido.
D21 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato
ou ao mesmo tema.
Para realizar as atividades do tópico 3, serão utilizados dois textos: Desmatamento
e Poluição do ar e a charge da Gazeta de Notícias.

Texto I
Desmatamento e Poluição do ar
O mundo atual enfrenta uma série de problemas de caráter ambiental, os principais
são o desmatamento de florestas naturais e a poluição do ar, que provoca a emissão de
CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera.

O desmatamento de florestas consiste na retirada da cobertura vegetal existente,


que pode ocorrer por meio do corte de árvores ou mesmo por queimadas, essa prática
coloca em risco importantes ecossistemas, como as florestas equatoriais e tropicais em
partes distintas do planeta, sobretudo na Amazônia, Congo e sudeste asiático, além de
comprometer a existência de coberturas vegetais mais restritas, como as florestas boreais
(taiga e coníferas).

Nos últimos trinta anos, todas as florestas citadas sofreram uma exploração muito
intensa, isso para satisfazer os interesses econômicos das sociedades capitalistas e dos
seus altos índices de consumo.

A queimada não é o único fator de emissão de CO2, outro agente poluidor é a


queima de combustíveis fósseis (carvão mineral e petróleo), o processo de combustão
ocorrida nos veículos automotores gera esse gás, que também é emitido pelas
termoelétricas e indústrias siderúrgicas.

A classe científica considera a emissão de CO2 o principal agente causador do


fenômeno do efeito estufa e aquecimento global, pois esse gás fixa-se na atmosfera,
impedindo que ocorra a irradiação dos raios solares.

Para tentar diminuir a emissão de dióxido de carbono foi criado o Protocolo de


Kyoto, que visa à implantação de metas de redução, principalmente, para os países
desenvolvidos, no entanto, o maior emissor, Estados Unidos, nega-se a assinar tal
protocolo. Apesar disso, a maioria dos países que compõe o G-8 (Grupo dos oito países
mais ricos e industrializados do mundo) já aderiu a esse acordo.

Por Eduardo de Freitas (Graduado em Geografia)

Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/desmatamento-poluicao-ar.htm. Acesso em:


11 nov. 2014 às 16:03 horas.

Texto II

Fonte:
www.google.com.br/search?q=charges&espv=2&biw=1366&bih=667&tbm=isch&tbo=u&so
urce=univ&sa=X&ei=O0hiVOqSLYeogwTFy4D4BA&ved=0CDEQsAQ. Acesso em: 10
nov. 2014 às 10:20 horas.

a) O titulo do texto pode nos dar ideia do tema tratado no mesmo?


b) O desenho pode nos antever sobre o assunto?
c) O que retrata a ilustração do segundo texto?
d) Como está a fisionomia da árvore na ilustração?
e) Do que tratam os dois textos?
f) Os autores têm a mesma opinião?
g) O que defende o texto 1 e o que defende o texto 2?
TÓPICO 4 – Coerência e coesão no processamento do texto. DescritoresD2, D7, D8, D9,
D10, D11 e D15.
D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou
substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
Leia o texto.
DICAS
Quando comprar cenouras, se puder, compre-as em rama.
Assim você não só poderá verificar a frescura das mesmas, pelo estado da rama,
como ainda poderá usar uma parte dela para misturar na sopa. Dá um ótimo sabor e
acrescenta cor ao purê.

Fonte: http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.html.
Acesso em: 18 nov. 2014 às 20:40 horas.

a) A expressão “uma parte dela” se refere a quê?

D7 Identificar a tese de um texto


D8 Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la

O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a


começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja
conversável, e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O
adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio
adolescente e suas condições internas, que determinarão suas necessidades e a própria
escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que a Mariazinha se encante com o
jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais,
como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também influenciarão o
seu namoro. Um relacionamento em que um dos parceiros vem de um lar em crise, é, de
saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as
dores e frustrações.
Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas
crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com a outra pessoa,
senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de
exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim
que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.
Fonte: http://professorneilton.blogspot.com.br/2013/07/testos-com-os-descritores-da-
prova.html. Acesso em: 11 nov. 2014 às 16:00 horas.

a) Qual é a tese defendida?


b) Que argumentos o autor usa para defender a tese apresentada?

D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.


Leia o texto e diga qual é a ideia principal apresentada no texto.
Indicador inédito avalia risco de morte para adolescentes em 267 cidades do País
O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) foi desenvolvido para medir o
impacto da violência nesse grupo social, monitorar o fenômeno e avaliar a aplicação de
políticas públicas.
Brasília, 21 de julho – Foi divulgado, nesta terça-feira (21/7), o Índice de Homicídios
na Adolescência (IHA), que apresenta o risco sofrido por adolescentes, entre 12 e 18
anos, de ser vítimas de assassinato nas grandes cidades brasileiras. Segundo a análise,
os homicídios representam 46% de todas as causas de mortes dos cidadãos brasileiros
nesse faixa etária.
O IHA foi desenvolvido no âmbito do Programa Redução da Violência Letal contra
Adolescentes e Jovens, uma iniciativa coordenada pelo Observatório de Favelas e
realizada em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) e o
Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-
Uerj).
Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/media_15479.htm. Acesso em: 29 out. 2014 às 22:20
horas.

D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa


Leia com atenção o texto abaixo.
UMA FÁBULA
Um caracol queria transformar-se em águia. Saiu de sua concha, tratou de lançar-se ao ar
muitas vezes, e a cada vez fracassou. Então decidiu voltar para sua concha. Mas já não
cabia, pois havia começado a lhe crescer asas. (Frenk-Westheing, Mariana)

Fonte: http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.html.
Acesso em: 17 nov. 2014 às 21:30 horas.
a) Que elementos encontramos nesse texto que podemos dizer que ele é um texto
narrativo?

D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto

Leia abaixo:
A PONTE DAS SETE CRUZES
Havia em um certo lugar afastado da cidade uma ponte que todos diziam assombrada
por ter morrido nela, em um acidente de trânsito, sete pessoas. Muitos viajantes
diziam já ter encontrado por lá visagem das pessoas que morreram. Severino era
morador de uma vila próxima e costumava andar à noite a procura de festas pela
redondeza da vila.
_ Home, num passe pela ponte depois da meia noite que é assombrada.
Recomendavam-lhe os mais velhos.
_ Oxente! Que assombrado que nada, home – respondia sempre ele com ares de
destemido.
Uma certa noite, porém, ao voltar já altas horas de um forró, Severino avistou de longe
uma mulher de longo vestido branco encostada na mureta de proteção da ponte
olhando o rio embaixo. Seus cabelos eram lisos e grandes, e o vento os faziam voar.
– Oxente, mas olha só se num é uma mulé, se num me arranjei na festa isso vai ser é
agora! – pensou ele e caminhou sedutor até onde estava a mulher.
_ Boa noite, minha senhora! Disse tirando o chapéu da cabeça e o encostando no
peito.
A mulher respondeu com uma voz arrastada sem tirar os olhos da direção que estava
e lhe estendeu mecanicamente a mão. Ao segurar a mão que lhe era estendida,
Severino sentiu um arrepio que subiu dos pés até o último cabelo da cabeça.
_ Oxi!, mas que mão gelada você tem!? Disse ele com admiração.
A mulher lhe respondeu:
_ Não era assim no tempo em que eu era viva. E desapareceu como o vento.
Ao chegar em casa, quase sem voz, Severino foi primeiro trocar as roupas que
estavam molhadas.

Fonte: http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.htm.l
Acesso em: 19 nov. 2014 às 18:20 horas.

a) Qual foi a causa de Severino ter ficado quase sem voz?


D15 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios etc.

Leia abaixo um trecho da canção “A loirinha, o Playboy e o Negão”, sucesso


popular da cantora Kelly Key. Preste bastante atenção ao efeito de sentido causado pelo
uso da conjunção coordenativa adversativa mas.

“Por isso eu fiz essa canção pensando do meu jeito


Por playboy ouvir e rever seus conceitos
Ele é escuro sim!
Um tremendo negão
Mas não lhe falta educação e respeito

Geral estava olhando


A loirinha e o negão
Juntinhos de mãos dadas
Zoando no calçadão”

Fonte: http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.html.
Acesso em: 19 nov. 2014 às 19:00 horas.

a) O que pode se entender pelo uso da conjunção mas no texto?


TÓPICO 5 – Relação entre recursos expressivos e efeitos de sentido. D16, D17, D18 e
D19.
D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

Fonte: http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.html.
Acesso em: 19 nov. 2014 às 19:25 horas.

a) Para conseguir o efeito de humor o chargista usou na fala do aluno a palavra “vivo”.
Com que sentido essa palavra foi usada pelo aluno? Foi o mesmo sentido usado pela
professora?

D17 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras


notações
Leia o trecho abaixo do conto “Vazio”. Observe que os pronomes usados para se
referir a personagem masculina estão todos escritos com iniciais maiúsculas.

“Não sei, não, mas Ele começou a se habituar e a gostar dessa rotina. Batia cada vez
mais. Nem precisava de motivo. Bastava um descuido e lá vinha Ele, mão erguida, raiva
no rosto, babando feito um cão raivoso. Quando me surpreendia diante de uma vitrine,
alheia, perdida, entregue aos meus sonhos de consumo, sonhando com tudo aquilo que
via, era pior ainda. Incontrolável. Eu nem resistia. Apanhava e pronto. Resistir acabava
sendo uma grande bobagem. Servia somente para irritá-Lo ainda mais”.
Fonte: https://drive.google.com/file/d/0B163fVjiMxYHUlpOV1lOVFlQZkk/edit Acesso em:
16 nov. 2014 às 20:45 horas.

a) O que demonstra o uso proposital dessa inicial maiúscula?


D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra
ou expressão.

“A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios,


pais e orientadores vocacionais acabam recomendando ‘fazer o que se gosta’, um
conselho confuso e equivocado”.
Fonte: http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.html.
Acesso em: 20 out. 2014 às 22:10 horas.

a) No fragmento de texto acima, o autor escolheu a palavra “calvário” para se


referir à escolha de uma profissão que todo jovem deve fazer. Qual é a ideia
que a escolha dessa palavra transmite?

D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos


e/ou morfossintáticos

Verbos

A professora pergunta para a Mariazinha:


-Mariazinha, me dê um exemplo de verbo.
- Bicicreta! - respondeu a menina.
- Não se diz "bicicreta", e sim "bicicleta". Além disso, bicicleta não é verbo. Pedro, diga
você um verbo.
- Prástico! - disse o garoto.
- É "plástico", não "prástico". E também não é verbo. Laura, é sua vez: me dê um exemplo
correto de verbo - pediu a professora.
- Hospedar! - respondeu Laura.
- Muito bem! - disse a professora. Agora, forme uma frase com este verbo.
- Os pedar da bicicreta é de prástico!
Fonte: http://soumaisenem.com.br/portugues/aspectos-semanticos/humor-x-ironia.
Acesso em: 18 out. 2014 às 21:18 horas.

a) A palavra hospedar teve o mesmo sentido para a professora e para Laura? Ambas
entenderam da mesma forma?
b) Qual foi o sentido que Laura disse?
c) Qual foi o sentido que a professora entendeu?
d) Os alunos que participaram da atividade entendiam o que era verbo?
e) Laura acertou a resposta com intenção de acertar?
f) Que trocas de letras esses alunos demonstraram ter?
g) Depois que Laura formulou a frase será que a professora ainda achou correta a
resposta sobre o verbo hospedar?
h) Que frase confirma que Laura não disse um verbo?
TÓPICO 6 – Variação Linguística. D13.
D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um
texto.

Fonte:http://professorarozelia.blogspot.com.br/2011/03/textos-para-trabalharvariacao.html.
Acesso em: 12 nov. 2014 às 15:38 horas.

a) O que podemos supor do autor do texto? Como será ele?


b) Que tipo de pessoa demonstra ter esse modo de falar?
c) Que tipo de texto contêm essa estrutura?

Após a aplicação das atividades acima, utilizando as estratégias de leitura com


atividades exemplos, para finalizar a Implementação na Escola será aplicada novas
atividades para verificação da aprendizagem, contidas no seguinte site: www.henrique-
iijima.wix.com/pdemilialujan.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 29 Ed.
São Paulo: Cortez, 1994.

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

KLEIMAN, Angela. Texto & leitor: Aspectos cognitivos da leitura. 6. Ed. São Paulo:
Pontes, 1999.

______. Oficina de texto: teoria & prática. São Paulo: Pontes, 1993. Disponível em:
<http://portal.inep.gov.br/web/saeb/29>. Acesso em: 07/07/2014.

LEFFA, Vilson J. Perspectivas no estudo da leitura; Texto, leitor e interação social. In:
LEFFA, Vilson J. ; PEREIRA, Aracy, E. (Orgs.) O ensino da leitura e produção textual:
alternativas de renovação. Pelotas: Educat, 1999.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba,


Paraná, 2008.

SAEP- Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná. Acesso em:


<http://www.saep.caedufjf.net/resultados/resultados-anteriores/resultados-por-escola/>.
Acesso em: 07/07/2014.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Portal dia a dia educação. Disponível em:


<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/saep/portugues/saep_port_9ef/ind
ex_por9.html>. Acesso em: 29/07/2014.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6 ed: Porto alegre: ArtMed, 1998.

Sites:
www.henrique-iijima.wix.com/pdemilialujan

http://www.espacoprofessor.com/2012/11/d1-localizar-informacoes-explicitas-em.html.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1300661-oposicao-acusa-dilma-de-atropelar-
o-congresso-ao-propor-plebiscito-da-reforma-politica.shtml.

http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2012/01/simulado-para-prova-brasil.html.

www.google.com.br/search?q=charges&espv=2&biw=1366&bih=667&tbm=isch&tbo=u&so
urce=univ&sa=X&ei=O0hiVOqSLYeogwTFy4D4BA&ved=0CDEQsAQ.
http://professorneilton.blogspot.com.br/2013/07/testos-com-os-descritores-da-prova.html.

http://www.unicef.org/brazil/pt/media_15479.htm

https://drive.google.com/file/d/0B163fVjiMxYHUlpOV1lOVFlQZkk/edit

http://soumaisenem.com.br/portugues/aspectos-semanticos/humor-x-ironia.

http://professorarozelia.blogspot.com.br/2011/03/textos-para-trabalharvariacao.html

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