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Departamento de Trânsito do Estado do Pará

DETRAN-PA
Agente de Educação de Trânsito
EDITAL No 01/SEAD-DETRAN/PA, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2018
NB050-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Departamento de Trânsito do Estado do Pará – DETRAN-PA

Cargo: Agente de Educação de Trânsito

(Baseado no EDITAL No 01/SEAD-DETRAN/PA, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2018)

• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico e Matemático
• Legislação Aplicada aos Servidores do DETRAN-PA
• Ética e Qualidade no Serviço Público
• Noções de Microinformática
• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Ana Luiza Cesário
Thais Regis

Produção Editorial
Leandro Filho

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

1 Compreensão e intelecção de textos. ......................................................................................................................................................... 01


2 Tipologia textual. ................................................................................................................................................................................................. 05
3 Ortografia. .............................................................................................................................................................................................................. 09
4 Acentuação gráfica. ............................................................................................................................................................................................ 12
5 Emprego do sinal indicativo de crase. ......................................................................................................................................................... 15
6 Formação, classe e emprego de palavras. ................................................................................................................................................. 17
7 Sintaxe da oração e do período. .................................................................................................................................................................... 51
8 Pontuação. .............................................................................................................................................................................................................. 66
9 Concordância nominal e verbal. .................................................................................................................................................................... 68
10 Colocação pronominal. ................................................................................................................................................................................... 75
11 Regência nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................... 75
12 Equivalência e transformação de estruturas. .......................................................................................................................................... 78
13 Paralelismo sintático. ....................................................................................................................................................................................... 78
14 Relações de sinonímia e antonímia............................................................................................................................................................. 85

Raciocínio Lógico e Matemático

1 Operações, propriedades e aplicações (soma, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação)................. 01


2 Princípios de contagem e probabilidade. .................................................................................................................................................. 11
3 Arranjos e permutações..................................................................................................................................................................................... 11
4 Combinações.......................................................................................................................................................................................................... 11
5 Conjuntos numéricos (números naturais, inteiros, racionais e reais) e operações com conjuntos. .................................... 18
6 Razões e proporções (grandezas diretamente proporcionais, grandezas inversamente proporcionais, porcentagem,
regras de três simples e compostas). .............................................................................................................................................................. 18
7 Equações e inequações. .................................................................................................................................................................................... 27
8 Sistemas de medidas. ......................................................................................................................................................................................... 33
9 Volumes. .................................................................................................................................................................................................................. 33
10 Compreensão de estruturas lógicas. ......................................................................................................................................................... 37
11 Lógica de argumentação (analogias, inferências, deduções e conclusões). .............................................................................. 55
12 Diagramas lógicos.............................................................................................................................................................................................. 59

Legislação Aplicada aos Servidores do DETRAN-PA

1 Lei n° 7.594, de 28 de dezembro de 2011 - Reorganização do DETRAN/PA, e suas alterações. ......................................... 01


2 Lei Estadual nº. 5.810/1994 e suas alterações – dispõe sobre o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da
Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado do Pará................................................................... 05

Ética e Qualidade no Serviço Público

1 Ética. .......................................................................................................................................................................................................................... 01
1.1 Ética e moral. ................................................................................................................................................................................................ 01
1.2 Os valores, a ética e a lei. ......................................................................................................................................................................... 01
1.3 Conduta ética. .............................................................................................................................................................................................. 01
1.4 Ética profissional. ........................................................................................................................................................................................ 01
1.5 Ética e responsabilidade social. ............................................................................................................................................................. 01
2 Qualidade no atendimento ao público. ...................................................................................................................................................... 07
2.1 Comunicabilidade, apresentação, atenção, cortesia, interesse, presteza, eficiência, tolerância, discrição, conduta e
objetividade. ........................................................................................................................................................................................................ 07
2.2 Comunicação e relações públicas. ....................................................................................................................................................... 07
SUMÁRIO

3 Gestão da qualidade. ......................................................................................................................................................................................... 21


3.1 Qualidade em prestação de serviços: as dimensões da qualidade pessoal e profissional. ........................................... 21
3.2 Fatores determinantes da qualidade.................................................................................................................................................... 21
3.3 Normatização técnica e qualidade. ..................................................................................................................................................... 21
4 Trabalho em equipe. ........................................................................................................................................................................................... 42
4.1 Personalidade e relacionamento. ......................................................................................................................................................... 42
4.2 Eficácia no comportamento interpessoal. ......................................................................................................................................... 42
4.3 Comportamento receptivo e defensivo, empatia e compreensão mútua. .......................................................................... 42
4.4 Relação entre clientes e fornecedores internos............................................................................................................................... 42

Noções de Microinformática

1 Aplicativos e procedimentos de internet e intranet. ............................................................................................................................. 01


2 Programas de navegação: Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares. .............................. 01
3 Sítios de busca e pesquisa na internet. ....................................................................................................................................................... 01
4 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ....................................... 07
5 Segurança da informação: procedimentos de segurança. .................................................................................................................. 09
6 Aplicativos para segurança (antivírus, firewall e antispyware). .......................................................................................................... 12
7 Procedimentos de backup................................................................................................................................................................................. 13

Conhecimentos Específicos

Código de Trânsito Brasileiro e atualizações: Lei n.º 9.503 de 23 de setembro de 1997 ............................................................ 01
Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito............................................................................................................................................. 45
Nº 432/2013 - Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fis-
calização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência......................................... 45
No 607/2016 - Estabelece o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito – RENAEST e dá outras providên-
cias.................................................................................................................................................................................................................................. 47
No 711/2017 - Estabelece conteúdo mínimo do Manual Básico de Segurança no Trânsito..................................................... 48
Política Nacional de Trânsito ............................................................................................................................................................................... 49
DENATRAN responde Motociclistas ................................................................................................................................................................. 55
Tópicos das áreas de transporte, trânsito, mobilidade urbana e meio ambiente: infraestrutura, modos de transporte, o
custo do transporte e os problemas do trânsito e do transporte......................................................................................................... 56
Lei n.o 12.587, de 03 de janeiro de 2012........................................................................................................................................................ 60
LÍNGUA PORTUGUESA

1 Compreensão e intelecção de textos. ......................................................................................................................................................... 01


2 Tipologia textual. ................................................................................................................................................................................................. 05
3 Ortografia. .............................................................................................................................................................................................................. 09
4 Acentuação gráfica. ............................................................................................................................................................................................ 12
5 Emprego do sinal indicativo de crase. ......................................................................................................................................................... 15
6 Formação, classe e emprego de palavras. ................................................................................................................................................. 17
7 Sintaxe da oração e do período. .................................................................................................................................................................... 51
8 Pontuação. .............................................................................................................................................................................................................. 66
9 Concordância nominal e verbal. .................................................................................................................................................................... 68
10 Colocação pronominal. ................................................................................................................................................................................... 75
11 Regência nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................... 75
12 Equivalência e transformação de estruturas. .......................................................................................................................................... 78
13 Paralelismo sintático. ....................................................................................................................................................................................... 78
14 Relações de sinonímia e antonímia............................................................................................................................................................. 85
LÍNGUA PORTUGUESA

não possa ser captado pela razão humana - que as sereias


1 COMPREENSÃO E INTELECÇÃO DE TEXTOS. haviam silenciado e se opôs a elas e aos deuses usando como
escudo o jogo de aparências acima descrito.
(KAFKA, Franz. O silêncio das sereias. In. http://
almanaque.folha.uol.com.br/kafka2.htm)
Leia o texto abaixo de Franz Kafka, O silêncio das sereias: O que nos diz Franz Kafka a respeito do silêncio das
sereias? Por que o silêncio seria mais mortal do que o seu
Prova de que até meios insuficientes - infantis mesmo canto?
podem servir à salvação: Ler um texto é muito mais do que decodificar um
Para se defender da sereias, Ulisses tapou o ouvidos código, entender seu vocabulário. Isso porque o conjunto
com cera e se fez amarrar ao mastro. Naturalmente - e de palavras que compõem um texto são organizados de
desde sempre - todos os viajantes poderiam ter feito coisa modo a produzir uma mensagem. Há várias formas de
semelhante, exceto aqueles a quem as sereias já atraíam se ler um texto. Iniciamos primeiramente pela camada
à distância; mas era sabido no mundo inteiro que isso não mais superficial, que é justamente o início da “tradução”
podia ajudar em nada. O canto das sereias penetrava tudo do vocabulário apresentado. Compreendidas as palavras,
e a paixão dos seduzidos teria rebentado mais que cadeias ainda nesse primeiro momento, verificamos qual tipo de
e mastro. Ulisses porém não pensou nisso, embora talvez texto se trata: matéria de jornal, conto, poema. Entretanto,
tivesse ouvido coisas a esse respeito. Confiou plenamente no ainda assim não lemos esse conjunto de palavras em sua
punhado de cera e no molho de correntes e, com alegria plenitude, isso porque ler é, antes de mais nada, interpretar.
inocente, foi ao encontro das sereias levando seus pequenos A palavra interpretação significa, literalmente, explicar
recursos. algo para si e para o outro. E explicar, outra palavra
As sereias entretanto têm uma arma ainda mais terrível importante numa leitura, consiste em desdobrar algo que
que o canto: o seu silêncio. Apesar de não ter acontecido estava dobrado. Assim sendo, podemos entender que ler
isso, é imaginável que alguém tenha escapado ao seu canto; um texto é interpretá-lo, e para tanto se faz necessário
mas do seu silêncio certamente não. Contra o sentimento desdobrar suas camadas, suas palavras, até fazê-las suas,
de ter vencido com as próprias forças e contra a altivez daí para assim chegar a uma camada mais profunda do que a
resultante - que tudo arrasta consigo - não há na terra o que inicial – a da mera “tradução” das palavras.
resista. Um texto é sempre escrito por alguém. Um autor,
E de fato, quando Ulisses chegou, as poderosas cantoras quando lança as palavras num papel, faz na intenção de
não cantaram, seja porque julgavam que só o silêncio poderia passar uma mensagem específica para o leitor. Muitas
conseguir alguma coisa desse adversário, seja porque o ar de vezes temos dificuldades em captar qual a mensagem
felicidade no rosto de Ulisses - que não pensava em outra ele está tentando nos dizer. Entretanto, algo é sempre
coisa a não ser em cera e correntes - as fez esquecer de todo importante lembrar: textos são feitos de palavras, e todas
e qualquer canto. as ferramentas para se entender o texto estão no próprio
Ulisses no entanto - se é que se pode exprimir assim - texto, no modo como o autor organizou as palavras entre
não ouviu o seu silêncio, acreditou que elas cantavam e que si.
só ele estava protegido contra o perigo de escutá-las. Por Tudo isso pode ser resumido numa simples frase: texto
um instante, viu os movimentos dos pescoços, a respiração é uma composição estruturada em camadas de sentido.
funda, os olhos cheios de lágrimas, as bocas semiabertas, Da mesma forma que para conhecer uma casa é preciso
mas achou que tudo isso estava relacionado com as árias adentrá-la e entender sua estrutura, compreender um texto
que soavam inaudíveis em torno dele. Logo, porém, tudo é decompô-lo, camada a camada, desde o conhecimento
deslizou do seu olhar dirigido para a distância, as sereias da autoria até o sentido final. Isso requer uma atitude ativa
literalmente desapareceram diante da sua determinação, e do leitor, e não meramente passiva.
quando ele estava no ponto mais próximo delas, já não as Você já se perguntou por que em concursos públicos e
levava em conta. vestibulares é sempre exigida interpretação textual? Pense.
Mas elas - mais belas do que nunca - esticaram o corpo Não basta apenas conhecer as regras gramaticais de uma
e se contorceram, deixaram o cabelo horripilante voar livre língua, também é importante entender os sentidos que essa
no vento e distenderam as garras sobre os rochedos. Já língua pode expressar. Se não conseguimos interpretar um
não queriam seduzir, desejavam apenas capturar, o mais texto, como conseguiremos interpretar o mundo em que
longamente possível, o brilho do grande par de olhos de vivemos?
Ulisses. Assim sendo, ler o texto se faz da mesma forma que se
Se as sereias tivessem consciência, teriam sido então lê o mundo: a partir de suas peculiaridades, ultrapassando
aniquiladas. Mas permaneceram assim e só Ulisses escapou a camada mais ingênua da vida e do texto, entendo as
delas. entrelinhas da mensagem, ou seja, o que está subentendido.
De resto, chegou até nós mais um apêndice. Diz-se Quando falamos de leitura, falamos antes de níveis de
que Ulisses era tão astucioso, uma raposa tão ladina, que leitura, pois é a partir desse processo que alcançamos uma
mesmo a deusa do destino não conseguia devassar seu interpretação efetiva. Vejamos:
íntimo. Talvez ele tivesse realmente percebido - embora isso

1
LÍNGUA PORTUGUESA

1 – Níveis de leitura 2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual?


a) Primeiro Nível – é o mais superficial e consiste em Utilizando as palavras do autor: As sereias entretanto
iniciar o aprendizado dos significados das palavras. É o têm uma arma ainda mais terrível que o canto: o seu silêncio
próprio ato de decodificação de uma língua. Nesse nível
ainda não é possível realizar a interpretação de um texto, 3) A frase representa a ideia centra, qual é essa ideia?
já que não se possui ainda familiaridade com os sentidos O autor parece nos dizer que o silêncio é mais mortal
de uma palavra. que a própria fala, ou seja, pode ferir mais.
b) Segundo Nível – é o contato mais familiar com um
texto, através do conhecimento de qual gênero se trata 4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do
(notícia, conto, poema), do seu autor e dos benefícios que texto?
essa leitura poderia trazer. Imagine você uma livraria. Há a) Muitos já escaparam do canto das sereias, nunca do
vários exemplares para escolher. Então você analisa o título seu silêncio;
do livro, o autor, lê rapidamente a contracapa e também b) Quando o herói Ulisses passa pelas sereias, elas não
um trecho do livro. O segundo nível da leitura diz respeito cantam, precisam de uma arma maior;
a essa primeira familiarização com um texto. c) Ulisses foi mais astuto que as sereias – frente o
silêncio mortal que elas lançavam, ele o ignorou, usando a
c) Terceiro Nível – é o momento da leitura mesma arma do inimigo para enfrentá-lo.
propriamente dita. O primeiro passo é entender em
qual gênero se encontram as palavras. Se forem textos 5) Quais as palavras mais recorrentes no texto?
de ficção (como conto, romance) devemos nos atentar Silêncio, canto, sereias, Ulisses, herói, astucioso.
às falas e ações das personagens. Caso se trate de uma Assim sendo, o texto que inicialmente parecia
crônica ou texto de opinião, é importante prestar atenção enigmático, após as respostas das perguntas sugeridas,
no vocabulário utilizado pelo autor, pois nestes gêneros as parece mais claro. Ou seja, Franz Kafka se utiliza da ficção
palavras são escolhidas minuciosamente a fim de explicitar para nos dizer que a indiferença é uma arma mais mortal
um determinado sentido. Quando se tratar de um poema, que o próprio enfrentamento.
também é importante analisar o vocabulário do poeta,
lembrando-se que na poesia a mensagem sempre diz mais Analisemos agora um poema, um dos mais conhecidos
do que parece dizer. da literatura brasileira, No meio do caminho, de Carlos
No momento de interpretar um texto, geralmente Drummond de Andrade:
ultrapassamos o terceiro nível da leitura, chegando ao
quarto e quinto, quando precisamos reler o material em No Meio do Caminho – Carlos Drummond de
questão, centrando-se em partes específicas. Frente as Andrade
perguntas de interpretação, cuidado com as opções No meio do caminho tinha uma pedra
muito generalizadoras, estas tentam confundir o leitor, já tinha uma pedra no meio do caminho
que representam apenas leituras superficiais do assunto. tinha uma pedra
Por isso mesmo, sempre muita atenção no momento da no meio do caminho tinha uma pedra.
leitura, para que não caia nas famosas “pegadinhas” dos Nunca me esquecerei desse acontecimento
avaliadores. na vida de minhas retinas tão fatigadas.
2) Ideia central Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Um texto sempre apresenta uma ideia central e, muitas tinha uma pedra
vezes, na primeira leitura não a captamos. Assim, algumas tinha uma pedra no meio do caminho
estratégias são válidas para atingir esse propósito. no meio do caminho tinha uma pedra
(ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do
1) Qual o gênero textual? caminho. In. http://www.revistabula.com/391-os-dez-
2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual? melhores-poemas-de-carlos-drummond-de-andrade/)
3) A frase representa a ideia central, qual é essa ideia?
4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do A mensagem parece simples, mas se trata de um
texto? poema. Quando precisamos interpretar esse tipo de
5) Quais as palavras mais recorrentes nesse texto? gênero, é essencial perceber que as palavras dizem mais do
que o senso comum, por isso se faz importante interpretá-
Caso você consiga responder essas perguntas las com cuidado. Vamos às perguntas sugeridas:
certamente você terá as ferramentas necessárias para
interpretar o texto. 1) Qual o gênero textual?
Utilizemos como exemplo o texto de Franz Kafka citada Poema
anteriormente. Leia o texto novamente. Agora responda as
questões: 2) O texto poderia ser resumido numa frase, qual?
Tinha uma pedra no meio do caminho
1) Qual o gênero textual?
Trata-se de um conto, ou seja, um texto de ficção. 3) A frase representa a ideia central, qual é essa ideia?

2
LÍNGUA PORTUGUESA

Pedra no caminho é uma frase de sentido popular que Assinale a alternativa correta sobre esse fragmento
significa dificuldade. O poeta parece usar uma frase banal de D. Casmurro, de Machado de Assis:
num poema para indicar que pedra é muito mais do que
pedra, é uma dificuldade. a) é de caráter narrativo;
4) Como o autor desenvolve essa ideia ao longo do b) é de caráter reflexivo;
texto? c) evita-se a linguagem figurada;
Através da repetição da frase “tinha uma pedra no d) é de caráter descritivo;
meio caminho”. Escrito diversas vezes, soa como uma lição e) não há metalinguagem.
a ser aprendida.
3. “Tão barato que não conseguimos nem contratar
5) Quais as palavras mais recorrentes nesse texto? uma holandesa de olhos azuis para este anúncio.”
Pedra, meio, caminho No texto, a orientação semântica introduzida pelo
Quando realizamos essas perguntas, paramos para termo nem estabelece uma relação de:
refletir sobre a mensagem do texto em questão. E mais, a) exclusão;
quando precisamos interpretar um texto, após a leitura b) negação;
inicial, é necessário ler detalhadamente cada parte (seja c) adição;
parágrafo, estrofe) e assim construir passo a passo o d) intensidade;
“desdobramento” do texto. e) alternância.

3) Dicas importantes para uma interpretação de Texto para a questão 4.


texto – Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Faça uma leitura inicial, a fim de se familiarizar com o – Esquece.
vocabulário e o conteúdo; – Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o
- Não interrompa a leitura caso encontre palavras certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Mo
desconhecidas, tente inicialmente fazer uma leitura geral; diga. Ensines-lo-me, vamos.
– Depende.
- Faça uma nova leitura, tentando captar as entrelinhas
– Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se
do texto, ou seja, a intenção do autor ao escrever esse
o soubesses, mas não sabes-o.
material;
– Está bem. Está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Lembre-se que no texto não estão as suas ideias,
(L. F. Veríssimo, Jornal do Brasil, 30/12/94)
e sim as do autor, por isso cuidado para não interpretar
segundo o seu ponto de vista;
4. O texto tem por finalidade:
- Nas questões interpretativas, atente para as a) satirizar a preocupação com o uso e a colocação das
alternativas generalizadoras, as que apresentam palavras formas pronominais átonas;
como sempre, nunca, certamente, todo, tudo, geralmente b) ilustrar ludicamente várias possibilidades de
tentem confundir aquele que realiza uma leitura mais combinação de formas pronominais;
superficial; c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordância
- Das alternativas propostas, haverá uma completamente de pessoa gramatical;
sem sentido (para captar o leitor mais desatento) e duas d) exemplificar a diversidade de tratamentos que é
mais convincentes. Para escolher a correta, procure no comum na fala corrente.
texto indícios que a fundamente. e) valorizar a criatividade na aplicação das regras de
Exercícios uso das formas pronominais.

1. De acordo com o ditado popular “invejoso nunca 5. Bem cuidado como é, o livro apresenta alguns
medrou, nem quem perto dele morou”, defeitos. Começando com “O livro apresenta alguns
a) o invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus defeitos”, o sentido da frase não será alterado se continuar
vizinhos; com:
b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos a) desde que bem cuidado;
empobrecem; b) contanto que bem cuidado;
c) o invejoso não cresce e não permite o crescimento c) à medida que é bem cuidado;
dos vizinhos; d) tanto que é bem cuidado;
d) o temor atinge o invejoso e também seus vizinhos; e) ainda que bem cuidado.
e) o invejoso não provoca medo em seus vizinhos. Texto para as questões 6 e 7.

2. Leia e responda: “Eu considerei a glória de um pavão ostentando o


“O destino não é só dramaturgo, é também o seu esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei
próprio contra-regra, isto é, designa a entrada dos lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não
personagens em cena, dá-lhes as cartas e outros objetos, e existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há
executa dentro os sinais correspondentes ao diálogo, uma são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta,
trovoada, um carro, um tiro.” como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

3
LÍNGUA PORTUGUESA

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir e) termo erudito empregado para criar um efeito
o máximo de matizes com um mínimo de elementos. cômico.
De água e luz ele faz seu esplendor, seu grande 9. “– Mas se eu inventei, como é que não existe?”
mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o Segundo se deduz da fala espantada do amigo do
amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende narrador, a língua, para ele, era um código aberto:
e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso
recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me popular;
faz magnífico.” b) a ser enriquecido pela criação de gírias;
(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas) c) pronto para incorporar estrangeirismos;
d) que se amplia graças à tradução de termos científicos;
6. Nas três “considerações” do texto, o cronista e) a ser enriquecido com contribuições pessoais.
preserva, como elemento comum, a idéia de que a sensação
de esplendor: Texto para as questões 10 e 11.
a) ocorre de maneira súbita, acidental e efêmera; “A triste verdade é que passei as férias no calçadão
b) é uma reação mecânica dos nossos sentidos do Leblon, nos intervalos do novo livro que venho
estimulados; penosamente perpetrando. Estou ficando cobra em
c) decorre da predisposição de quem está apaixonado; calçadão, embora deva confessar que o meu momento
d) projeta-se além dos limites físicos do que a motivou; calçadônido mais alegre é quando, já no caminho de volta,
e) resulta da imaginação com que alguém vê a si vislumbro o letreiro do hotel que marca a esquina da rua
mesmo. onde finalmente terminarei o programa-saúde do dia. Sou,
digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a gente
7. Atente para as seguintes afirmações: fica igual a carro usado, é a suspensão, é a embreagem, é o
I - O esplendor do pavão e o da obra de arte implicam radiador, é o contraplano do rolabrequim, é o contrafarto do
algum grau de ilusão. mesocárdio epidítico, a falta da serotorpina folimolecular,
II - O ser que ama sente refletir em si mesmo um é o que mecânicos e médicos disseram. Aí, para conseguir
atributo do ser amado. ir segurando a barra, vou acatando os conselhos. Andar
III - O aparente despojamento da obra de arte oculta é bom para mim, digo sem muita convicção a meus
os recursos complexos de sua elaboração. entediados botões, é bom para todos.”
De acordo com o que o texto permite deduzir, apenas: (João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 6/8/95)
a) as afirmações I e III estão corretas;
b) as afirmações I e II estão corretas; 10. No período que se inicia em “Depois dos 50...”, o
c) as afirmações II e III estão corretas; uso de termos (já existentes ou inventados) referentes a
d) a afirmação I está correta; áreas diversas tem como resultado:
e) a afirmação II está correta. a) um tom de melancolia, pela aproximação entre um
carro usado e um homem doente;
Texto para as questões 8 e 9. b) um efeito de ironia, pelo uso paralelo de termos da
medicina e da mecânica;
“Em nossa última conversa, dizia-me o grande c) uma certa confusão no espírito do leitor, devido à
amigo que não esperava viver muito tempo, por ser um apresentação de termos novos e desconhecidos;
“cardisplicente”. d) a invenção de uma metalinguagem, pelo uso de
– O quê? termos médicos em lugar de expressões corriqueiras;
– Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio e) a criação de uma metáfora existencial, pela oposição
coração. entre o ser humano e objetos.
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário. 11. Na frase “Aí, para conseguir ir segurando a barra,
– “Cardisplicente” não existe, você inventou – triunfei. vou acatando os conselhos...”. Aí será corretamente
– Mas seu eu inventei, como é que não existe? – substituído, de acordo com seu sentido no texto, por:
espantou-se o meu amigo. a) Nesse lugar
Semanas depois deixou em saudades fundas b) Nesse instante
companheiros, parentes e bem-amadas. Homens de bom c) Contudo
coração não deveriam ser cardisplicentes.” d) Em conseqüência
e) Ao contrário
8. Conforme sugere o texto, “cardisplicente” é:
a) um jogo fonético curioso, mas arbitrário; 12. A prosopopéia, figura que se observa no verso
b) palavra técnica constante de dicionários “Sinto o canto da noite na boca do vento”, ocorre em:
especializados; a) “A vida é uma ópera e uma grande ópera.”
c) um neologismo desprovido de indícios de b) “Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de
significação; ‘Tormentório’, os portugueses apelidaram-no de ‘Boa
d) uma criação de palavra pelo processo de composição; Esperança’.”

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) “Uma talhada de melancia, com seus alegres Gabarito


caroços.”
d) “Oh! eu quero viver, beber perfumes, Na flor silvestre, 01. C
que embalsama os ares.” 02. B 
e) “A felicidade é como a pluma...” 03. B
04. A
13. 05. E
Folha: De todos os ditados envolvendo o seu nome, 06. C
qual o que mais lhe agrada? 07. D
Satã: O diabo ri por último. 08. C
Folha: Riu por último. 09. E
Satã: Se é por último, o verbo não pode vir no passado. 10. B
(O Inimigo Cósmico, Folha de S. Paulo, 3/9/95) 11. C
12. C
Rejeitando a correção ao ditado, Satã mostra ter usado 13. E
o presente do indicativo com o mesmo valor que tem em: 14. E
a) Romário recebe a bola e chuta. Gooool! 15. B
b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e dá o brado de
independência.
c) Todo dia ela fez tudo sempre igual.
d) O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos catetos.
e) Uma manhã destas, Jacinto, apareço no 202 para 2 TIPOLOGIA TEXTUAL.
almoçar contigo.

14. Reflita sobre o diálogo abaixo:


Texto, tecelagem ou modo de estruturar as palavras,
X – Seu juízo melhorou?
é um artefato usado para a comunicação. Antes de seu
Y – Bom... é o que diz nosso psiquiatra.
advento havia apenas a oralidade como ferramenta de
Em Y:
transmissão e, aqui, o modo mais eficiente de lembrar o
(1) Bom não se classifica como adjetivo.
(2) é e diz estão conjugados no mesmo tempo. que deveria ser emitido era a narração em versos, já que era
(3) o é pronome demonstrativo. mais fácil memorizar através dos ritmos proporcionados.
(4) psiquiatra é o núcleo do sujeito. Com o texto, já não era mais indispensável a presença
daquele que criava as ideias, pois a textualidade por si só
Somando-se os números à esquerda das declarações já era uma presença material. E, assim, o verso da oralidade
corretas com referência a Y, o resultado é: foi sendo substituído pela linha reta da prosa. Quando a
a) 6 escrita foi popularizada, rapidamente foi se diversificando
b) 7 o modo de usá-la, através dos gêneros textuais e literários,
c) 8 modos externos de se apresentar uma linguagem. Além
d) 9 dos gêneros, há uma forma interna de organizar a grafia,
e) 10 seja mais livre, impessoal ou argumentativa, e aqui estamos
falando dos tipos textuais, modos de organização
15. “(...) a gíria desceu o morro e já ganhou rótulo de interna de um texto. Nesse sentido, frente à variedade
linguagem urbana. A gíria é hoje o segundo idioma do infinita de gêneros textuais, há apenas cinco tipos de
brasileiro. Todas as classes sociais a utilizam.” textos: a narração, a descrição, a dissertação e a injunção.
(Rodrigues, Kanne. Língua Solta. O Povo. Fortaleza,
30/12/93. Caderno B, p. 6) 1. O texto narrativo
Assinale a letra em que não se emprega o fenômeno A narrativa é um texto cujo fim é relatar acontecimentos,
lingüístico tratado no texto. reais ou fictícios, dentro de um espaço e tempo específicos,
a) A linguagem tida como padrão, galera, é a das vividos por personagens e estruturado por meio de uma
classes sociais de maior prestígio econômico e cultural voz narrativa.
b) Gíria não é linguagem só de marginal, como pensam É através da figura do narrador que os fatos são
alguns indivíduos desinformados. organizados e sua presença é fundamental. Seja num relato
c) Apesar de efêmera e descartável, a gíria é um barato ficcional ou verídico, no texto narrativo somos apresentados
que enriquece o idioma. aos conflitos e aventuras de seres que representam a
d) “A gíria enriquece tanto a linguagem como o poder realidade – as personagens – e geralmente tal tipo de
de interação entre as comunidades. Sacou?!” texto é marcado por diálogos, fluxos de pensamentos,
e) O economista começou a falar em indexação, emoções. Diríamos, ainda, que é na narração nossa única
quando rolava um papo super cabeça sobre babados mil. possibilidade de adentrarmos nos pensamentos de alguém,
(Exercícios retirados de http://soldosana.blogspot.com. pois pelo enredo apresentado pelo narrador temos acesso
br/2012/03/simulado-portugues-iii-20-questoes-com.html) total ao que as personagens pensam.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A semente da narração está na epopeia clássica, e maletas. Durante um dia ou dois estivemos ocupados
gênero em que um aedo – narrador clássico – entretinha com a arrumação dos nossos objetos pessoais. Feito isso,
multidões ao transmitir as aventuras dos grandes heróis. começamos, pouco a pouco, a nos adaptar ao nosso novo
Sua passagem à escrita transformou o verso em prosa, ambiente.
entretanto, sua função de prender a atenção do leitor/
ouvinte é a mesma. Antes do cinema e posterior ao teatro, (DOYLE, Arthur Conan. Um estudo em vermelho.
o gênero narrativo contém em suas páginas dramas e In.http://www.kbook.com.br/livraria/wp-content/files_mf/
embates existenciais diversificados nos diversos gêneros umestudoemvermelho.pdf)
que o utilizam: narrativa história, conto, novela, romance,
diários. - Narrador Onisciente: considerado o narrador mais
comum, transmite a história em terceira pessoa e não se
1. 1. Elementos estruturais constitui em personagem no enredo. Sabe de todos os
a) Narrador fatos e sentimentos vividos pelas personagens, geralmente
narra a história utilizando tempo passado.
Também chamado de foco narrativo, o narrador é a voz
que relata a história. Temos acesso aos acontecimentos por Ex.:
meio do ponto de vista do narrador, que pode se apresentar
das seguintes formas: NA PLANÍCIE avermelhada os juazeiros alargavam duas
manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro,
- Narrador Protagonista: aquele que conta a história estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam
em primeira pessoa, geralmente o relato de sua vida. Aqui pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do
assume duas funções, a de narrador e a de personagem rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas
principal. que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros
apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.
Ex.: Arrastaram-se para lá, devagar, Sinha Vitória com o filho
mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça,
Não compreendo o que vi. E nem mesmo sei se vi, já que Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada
meus olhos terminaram não se diferenciando da coisa vista. numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira
Só por um inesperado tremor de linhas, só por uma anomalia no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam
na continuidade ininterrupta de minha civilização, é que por atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se.
um átimo experimentei a vivificadora morte. A fina morte O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.
que me fez manusear o proibido tecido da vida. É proibido
dizer o nome da vida. E eu quase o disse. Quase não me pude (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. In. http://www.
desembaraçar de seu tecido, o que seria a destruição dentro lettere.uniroma1.it/sites/default/files/528/GRACILIANO-
de mim de minha época. Talvez o que me tenha acontecido RAMOS-Vidas-secas-livro-completo.pdf)
seja uma compreensão - e que, para eu ser verdadeira, tenho
que continuar a não estar à altura dela, tenho que continuar b) Personagem
a não entendê-la. Toda compreensão súbita se parece muito
com uma aguda incompreensão. Do latim persona (máscara teatral), a personagem na
narrativa é o ser que viverá os acontecimentos organizados
(LISPECTOR, Clarice. Paixão segundo G.H In. pela voz do narrador. O encanto da personagem está em
http://www.carlaportugues.com.br/site/wp-content/ seu caráter verossimilhante, sua aproximação com a vida, e
uploads/2013/04/apaixaosegundogh.pdf) por isso é tão comum nos identificarmos com ela na leitura
- Narrador Testemunha: o narrador relata os de um texto. Há as personagens que sofrem ao longo da
acontecimentos em primeira pessoa, mas não é o história, aquelas que nos fazem repensar sobre questões
protagonista, é um personagem secundário que como ética e comportamento, aquelas que cometem os
testemunha os fatos vividos pelos protagonistas. crimes os quais condenamos. E, mais, somente na narrativa
podemos ter acesso a seus pensamentos, já que na vida
Ex.: real nunca poderemos, de fato, saber verdadeiramente o
que o outro pensa.
Encontramo-nos no dia seguinte, conforme o combinado, Devido a sua complexidade, há os seguintes tipos de
e fomos ver o apartamento no número 221-B da Baker Street, personagens:
que consistia em dois confortáveis quartos de dormir e uma
espaçosa sala de estar, alegremente mobiliada e iluminada - Protagonista: é a personagem mais desenvolvida em
por duas amplas janelas. Ele preenchia tão bem as nossas uma narrativa e sua experiência é o foco a ser apresentado.
necessidades e seu preço era tão módico, dividido por dois,
que imediatamente o alugamos e recebemos a chave, Nessa - Coadjuvante: personagem secundário, ainda que
mesma tarde mandei vir do hotel as minhas coisas, e na auxilie no desenvolvimento do enredo. Geralmente possui
manhã seguinte Sherlock chegou com as suas várias caixas complexidade limitada pelo espaço ocupado na narrativa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Antagonista: personagem que traz conflito à história, 2. O texto descritivo


opondo-se às ações desenvolvidas pelo protagonista, pois
possuem objetivos contrário. É o famoso “vilão” da história. Descrição é um texto que tem como foco a apresentação
das características de uma pessoa, objeto, lugar, em
c) Tempo situação estática, sem interferência do tempo. Da mesma
forma que um pintor desenha com tinta as características
O tempo é uma categoria essencial na narrativa, pois de uma paisagem, o escritor desenha com palavras as
situa as personagens dentro de um espaço temporal mesmas características. O objetivo de uma descrição é
determinado. Numa narrativa o tempo pode surgir: fazer com que o leitor visualize mentalmente o que está
sendo descrito, como se estivesse frente ao objeto. Veja o
- Histórico ou cronológico: baseado no ritmo do exemplo extraído de O Guarani, de José de Alencar:
calendário, esse é o tempo físico e objetivo, cuja função é
organizar temporalmente as ações das personagens. No ano da graça de 1604, o lugar que acabamos de
descrever estava deserto e inculto; a cidade do Rio de Janeiro
Ex.: tinha-se fundado havia menos de meio século, e a civilização
não tivera tempo de penetrar o interior.
Mais um inverno passara e agora chegava a primavera. Entretanto, via-se à margem direita do rio uma casa
Lúcio acordou tarde demais, percebeu que já devia passar da larga e espaçosa, construída sobre uma eminência, e
uma da tarde. protegida de todos os lados por uma muralha de rocha
cortada a pique. A esplanada, sobre que estava assentado o
- Psicológico ou metafísico: não mantém nenhuma edifício, formava um semicírculo irregular que teria quando
relação com o tempo objetivo, centra-se na descrição muito cinquenta braças quadradas; do lado do norte havia
interna das ações, por isso também é considerado tempo uma espécie de escada de lajedo feita metade pela natureza
interior, o dos sentimentos e dos pensamentos. e metade pela arte.
Descendo dois ou três dos largos degraus de pedra da
Ex.:
escada, encontrava-se uma ponte de madeira solidamente
construída sobre uma fenda larga e profunda que se abria
Impossível não sentir saudade. As lembranças surgem
na rocha. Continuando a descer, chegava-se à beira do rio,
desavisadas, sem pedir permissão. Mais uma vez sua imagem
que se curvava em seio gracioso, sombreado pelas grandes
vem com seu sorriso frouxo, aquele sorriso que não valeria
um copo d´água. Por mais que eu saiba de tudo o que viera gameleiras e angelins que cresciam ao longo das margens.
depois: as lágrimas, a humilhação, o abandono, ainda sonho
encontrá-lo no meio da rua e lhe dizer “olá, como vai”. (ALENCAR, José de. O Guarani. In. http://www.
educacional.com.br/classicos/obras/O_guarani.pdf)
d) Espaço
Como podemos perceber no exemplo acima, a
É o lugar físico onde as personagens são situadas. Em descrição capta as impressões de modo a representar o
algumas narrativas o espaço é uma categoria privilegiada descrito como numa fotografia. O tempo cronológico não
por meio de extensas descrições, que podem ser naturais é importante aqui, pois a descrição sempre trata de um ser
ou artificiais. No período romântico, os romances eram em um momento congelado do tempo.
iniciados com belíssimas descrições da natureza, já no
período moderno as cidades com seu caos estrutural Características da descrição:
passaram a ser alvo das lentes dos autores.
- Paisagem verbal;
e) Enredo - Presença de substantivos e adjetivos;
- Utilização de enumeração e comparação;
É o próprio desenrolar dos acontecimentos. Divide-se - Verbos flexionados no presente ou no pretérito;
em: - Advérbios ou locuções adverbiais localizadores;
- Pronomes demonstrativos.
- Apresentação: início da narrativa em que são
apresentadas as personagens e algumas circunstâncias da Tipos de descrição:
história.
- Descrição subjetiva: descrição realizada a partir do
- Complicação: quando os fatos apresentados são ponto de vista das personagens, através de suas impressões
atravessados por algum conflito, foco central da história. subjetivas.

- Clímax: momento da narrativa em que o conflito Ex.:


chega a seu momento mais crítico.
Isabel abriu o armário e, por fim, encarou o vestido
- Desfecho: final da narrativa, quando o conflito é branco. As pérolas irregulares surgiam agora como olhos
solucionado. terríveis a mirar o seu fracasso, o véu, outrora símbolo de

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LÍNGUA PORTUGUESA

pureza e castidade, silenciava o grito mudo de uma noiva Estrutura do Texto Dissertativo:
abandonada. Toda essa renda, pensava Isabel, toda a
humilhação contida em cada bordado. - Introdução: apresentação do tema, que pode ser
exposto por meio de uma contextualização histórica. É
- Descrição objetiva: descrição realizada de forma mais uma das partes mais importantes de uma dissertação,
concreta, apresenta maior compromisso com a realidade, pois é o momento de gerar interesse no leitor no tocante
deixando de lado impressões subjetivas. ao assunto tratado. Já que uma dissertação pressupõe
problematização de um tema, pode-se na introdução
Ex.: adiantar alguns aspectos que serão tratados ao longo do
desenvolvimento.
Entrou um homem no recinto. Cabelos negros, tez clara,
nariz afilado, lábios cheios. Um pouco baixo, um pouco Ex.:
gordo, tinha a testa proeminente e as orelhas finas.
A cidade e as serras: entre a natureza e a civilização
Importante lembrar que a descrição pode ocorrer
tanto em textos ficcionais (romances, contos, novelas) Desde a origem do conceito de homem e de civilização,
como também em textos não-ficcionais (jornais, textos o ser humano tenta superar suas limitações físicas em
científicos, etc…). direção à produção de utensílios que mantivessem sua
sobrevivência. A partir da pedra lascada, da descoberta do
3) Texto dissertativo fogo e da invenção da linguagem, o homem vai marcando
sua passagem da natureza à cultura. Podemos dizer que é
O texto dissertativo é o texto que pretende descrever um processo que marca a própria história da vida. Entretanto,
e analisar, de maneira impessoal e objetiva, um tema quando se supera totalmente os vínculos com a natureza, o
específico obedecendo à seguinte estrutura: introdução, que resta? Parece ser essa questão que Eça de Queiros tenta
desenvolvimento e introdução. Muito utilizado na esfera responder em seu livro póstumo A cidade e as Serras (1901).
acadêmica e científica, a dissertação visa um olhar analítico Afinal, pode o homem abandonar totalmente seu estado de
sobre qualquer questão e não envolve enredo nem natureza? Qual o limite do excesso de cultura?
personagens como requer uma narrativa. Pelo contrário, a
maior característica desse tipo de texto é a impessoalidade, No exemplo citado acima a relação entre natureza e
ou seja, o olhar formal daquele que tece as considerações. cultura na literatura é apresentada enquanto um problema
Por exemplo, uma aluna do curso de Biologia decide na introdução. Esse procedimento é importante para
apresentar como trabalho de conclusão de curso uma destacar a validade do tema tratado, além de sugerir
dissertação sobre a reprodução das plantas. Certamente questões pertinentes que serão desenvolvidas. Percebe-se
não apresentará como resultado final uma narrativa ficcional também a contextualização histórica do problema, o que
sobre o assunto. Antes, fará leituras e pesquisa, buscará demonstra saber formal sobre o assunto.
evidências concretas, realizará experimentos científicos. E o - Desenvolvimento: as questões apresentadas
texto ideal para a apresentação dos dados é o dissertativo, superficialmente na introdução serão desdobradas no
cuja estrutura – introdução, desenvolvimento e conclusão desenvolvimento. Esse é momento de demonstrar saber
– dará conta de todos os passos do processo. Assim sendo, histórico e filosófico sobre o tema, sem demonstrar
o produto final, desprovido de subjetividade, poderá ser subjetividade nas considerações. Um mecanismo
creditado como um trabalho objetivo, sem interferências importante no desenvolvimento de uma dissertação é o
pessoais do seu autor. que se denomina de elementos de coesão, conectivos (tais
Da mesma forma, se é pedido a um aluno escrever como, entretanto, portanto, contudo, além disso, além do
uma dissertação sobre a Revolução Francesa, terá ele de mais…) que criam uma relação lógica entre as frases do
obedecer à estrutura exigida pela tipologia textual. Não texto. Há várias formas de se estruturar o desenvolvimento,
poderá escrever em primeira pessoa do singular, nem mas o mais efetivo é organizá-lo por meio do raciocínio
apresentar considerações subjetivas a respeito do assunto. lógico – causa e consequência, assim, o autor consegue
Além do mais, terá de analisar o tema, apresentá-lo ao criar uma reflexão objetiva traçando o início do problema
leitor de forma clara, desenvolver aspectos pertinentes e e sua eventual consequência. Por ser um texto de caráter
lógicos do assunto, inserir problematicidade aos fatos e, acadêmico, é importante demonstrar saber formal através
por fim, concluir sua análise de modo a esclarecer a ideia da intertextualidade, menção ou citação de autoridades do
central defendida a cada linha. assunto.
Muitas pessoas têm receio sobre esse tipo textual,
considerado difícil. Entretanto, é importante esclarecer que Ex.:
é um dos gêneros de mais fácil aprendizado, uma vez que
não exige criatividade, somente obediência à estrutura. Muitos sociólogos vão em direção ao mito do Prometeu,
E por que tal estrutura é tão específica? Justamente para aquele que roubou o fogo da inteligência dos deuses a
unificar o modo de realizar análises científicas e formais em fim de ofertá-lo ao homem e manter sua sobrevivência.
uma esfera acadêmica. Aliás, como superar as auguras do clima e da fome sem a

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LÍNGUA PORTUGUESA

civilização e suas descobertas? O homem existiria ainda Receita de panqueca


sem sua tecnologia? Justamente a primeira parte da história
ocidental, narrada por José Fernandes, parte desse ponto de 1) Bata todos os ingredientes líquidos e o sal no
vista. O narrador a cada página vai descrevendo a admiração liquidificador.
pelas conquistas da humanidade. Seja no projeto de ler 2) Quando estiver homogêneo, acrescente a farinha aos
uma infinita enciclopédia ou na dependência dos artefatos poucos e bata mais.
da civilização, o príncipe da Grã-Ventura deposita nesses 3) Pegue uma concha da mistura e despeje em uma
valores sua teoria máxima: Suma Felicidade: Suma Ciência frigideira média em fogo médio. Espalhe virando a frigideira
X Suma Potência. Pode-se considerar essa personagem um para que fique uma massa fina.
perfeito representante de uma linha humanística que busca 4) Quando um lado estiver dourado, vire e doure o
a felicidade através da produção de próteses tecnológicas: só outro. Sirva com qualquer molho e recheio.
possui valor o que está fora do homem. (http://gshow.globo.com/receitas-gshow/receita/massa-
de-panqueca-facil-51008c054d3885489100004e.html)
- Conclusão: momento das considerações finais,
aqui o autor retoma o tema tratado ao longo do texto e No exemplo acima percebemos os verbos flexionados
deve apresentar uma síntese das ideias apresentadas. no modo imperativo, apresentando uma linguagem direta
Importante iniciar a conclusão com uma frase que aponta e simples. Outro exemplo de texto injuntivo muito comum
para esse momento (Portanto, Enfim, Em virtude dos fatos é a bula de remédios, cuja função é também orientar seu
mencionados, Dado o exposto) a fim de preparar o leitor leitor a realizar corretamente o procedimento.
para o encerramento da análise. Muitos linguistas diferenciam o texto injuntivo do
prescritivo, devido o caráter coercitivo do segundo.
Ex.: Enquanto os textos injuntivos apenas orientam, tal
como vemos em bulas e receitas, os textos prescritivos
Diante das questões tratadas anteriormente, pode-se asseguram uma obrigação no respeito aos procedimentos
apresentados, como em editais de concursos e contratos.
afirmar que A cidade e as serras representa justamente um
acerto de contas do homem com sua história. Se Prometeu
realmente roubou o fogo dos deuses para salvar o humano,
mal sabia ele que o homem usaria essa oferta para destruir
a si mesmo. A civilização é essencial à manutenção da vida,
entretanto, sem o diálogo com a natureza a vida se esvai 3 ORTOGRAFIA.
em reações automáticas e robóticas frente ao tempo. Deve
ser por isso que o livro se finda com a modernização das
serras. Se não podemos nos desligar da cultura, que não Ortografia (do latim ortho – correto e grafos – grafia)
abandonemos nossa essência elementar: a natureza. significa a escrita correta das palavras de uma língua.
Tal denominação pressupõe regras específicas para a
O texto dissertativo-argumentativo linguagem escrita que, muitas vezes, confunde o falante
devido a uma série de regras e exemplos.
Modalidade comum em concursos públicos e Quado falamos de linguagem verbal devemos
vestibulares, o texto dissertativo-argumentativo tem como entender que há a língua oral, aquela que aprendemos
característica a estrutura e a impessoalidade da dissertação desde o nascimento e vamos absorvendo de modo natural;
e a defesa do ponto de vista da argumentação. Ou seja, e a língua escrita, que é a passagem para outro mecanismo
a exigência de textos assim classificados é defender uma de comunicação. Através da alfabetização se aprende a
ideia, de maneira impessoal, através de uma estrutura transformar os sons (fonemas) que emitimos em letras e
caracterizada por uma introdução, um desenvolvimento e assim as primeiras palavras começam a ser escritas.
uma conclusão. Desde a origem da grafia se testemunham modos
distintos de escrever um vocábulo e a ortografia surgiu
4) O texto injuntivo/instrucional com a função de organizar e apresentar uma forma
correta, já que a unificação gráfica é fundamental para a
Injunção significa ordem, instrução. O texto injuntivo manutenção de uma língua. Imagine se cada região de
tem por finalidade, assim, orientar o leitor na concretização um país escrevesse de modo diferente, as pessoas não se
de uma ação, indicando procedimentos para realizar uma entenderiam com clareza.
ação, tal como a montagem de um objeto ou a receita de Escrever é transformar o som que falamos em letras e tal
um bolo. processo pode confundir numa língua como o português,
A linguagem apresentada nesses textos deve ser que possui várias letras diferentes para um mesmo som
simples e objetiva. E já que a injunção pressupõe instrução, (como é o caso do som [ze] que pode ser representado por
os verbos costumam estar no modo imperativo (faça, abra, “s”, “z” e “x”).
leia…). Veja um exemplo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Orientações Ortográficas - Depois de ditongo: ameixa, caixa, peixe


- Em palavras de origem indígena ou africada: xingar, xará.
1) Uso do H:
A letra “h” é usada: Grafia com “x” Grafia com “ch”
- No início de palavras: homem, humildade, Cheque – nota equiva-
humano, habilidade, hábil, hesitar, humor, história, hostil, Xeque – lance do xadrez
lente ao dinheiro
heterogêneo, hipócrita, hegemonia.
Taxar – pôr taxa Tachar – rotular
- Em dígrafos “ch”, “lh”, “nh”: flecha, ninho, alho,
fachada, chalé, alheio. Chá - bebida Xá – soberano persa
- Palavras compostas: super-homem, mini-hotel, Inexorável Chuchu
sobre-humano, hiper-humano. Êxito Chofer
- Ao fim de algumas interjeições: Ah! Uh! Oh! Exausto Chacina
Êxodo Chalé
2) Uso do S/Z Xícara Cheio
Xenófobo Chamego
Usamos o “s” nos seguintes casos:
- Depois de ditongos: coisa, maisena. Xereta Chope
- Sufixos “ês”, “esa”, “isa” indicando profissão, origem Xerocópia Chute
ou título: portuguesa, francês, poetisa.
- Sufixos “oso”, “osa” indicando qualidade, quantidade 4) Uso do G/J
ou circunstância: gostosos, feioso, bondoso, oleoso.
- Na conjugação dos verbos querer e pôr: puseram, Usamos o “J” nos seguintes casos:
quiseram. - Palavras oriundas do indígena ou da língua africana:
- Entre vogais, emitindo o som de [ze]: casa, asa, pajé, jerimum, canjica, jabá, jiló.
casamento. - Conjugação do verbo viajar no modo subjuntivo: que
eu viaje, eles viajem.
Utiliza-se o “z” em:
Utiliza-se o “g” em:
- Sufixo “izar”, formador de verbos: contabilizar,
- Substantivos terminados em “-gem”: ferrugem,
concretizar, batizar.
lavagem, serragem, coragem, vagem.
- Em substantivos abstratos criados a partir de adjetivos:
- Palavras terminadas em “-ágio”, “-égio”, “-ígio”,
sensato – sensatez, belo- beleza, magro – magreza, grande
“-ógio”, “-úgio”: refúgio, litígio, relógio, adágio, vestígio.
– grandeza.

Grafia com “g” Grafia com “j”


Grafia com “s” Grafa com “z”
Tigela Jiboia
Catequese Coalizão
Agiotagem Canjica
Gás Bazar
Abranger Jiripoca
Análise Verniz
Crise Cicatriz
Apogeu Jiló
Curiosidade Azeite
Gênese Jipe
Decisão Buzina Gerigonça Sujidade
Hesitar Azedo Gim Jeito
Desejo Zebra Gengibre Jiripoca
Colisão Proeza Gíria Laje
Usuário Cuscuz Angélico Traje
Cortesia Xadrez 5) Emprego do S/SC/SS/SC/XC/XS com som de [sse]
Besouro Giz
Querosene Surdez Emprega-se o “s”:
Obséquio Cicatrizar - Em substantivos derivados de verbos terminar em
“-andir”, “-ender”, “-verter” e “-pelir”:
3) Uso do X/CH Expandir – Expansão
Pretender – Pretensão
Usa-se o “x” nos seguintes casos: Suspender – Suspensão
- Depois da sílaba -me: mexer, mexicano, mexerico. Perverter – Perversão
- Depois da sílaba -en: enxada, enxame. Exceção: o
verbo “encher” e seus derivados se escreve com “ch” - Emprega o “ç”:
enchente, encharcar . - Em substantivos que derivam dos verbos terminados
em “ter” e “torcer”:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ater- Atenção c) princesa - baixeza - burguesa;


Torcer – Torção d) freguesa - beleza - dureza;
Manter – Manutenção e) certeza - camponesa - japonesa.
Contorcer – Contorção
 05. (UNIMEP-SP) Assinale a alternativa que contém
Emprega-se o “SC”: o período cujas palavras estão grafadas corretamente:
a) Ele quiz analisar a pesquisa que eu realizei.
- Em palavras de origem erudita: b) Ele quiz analizar a pesquisa que eu realizei.
Imprescindível, plebiscito, miscível, miscigenação, c) Ele quis analisar a pesquisa que eu realizei.
transcender, ascensorista, ascensão, fascículo, fascínio. d) Ele quis analizar a pesquiza que eu realisei.
Usa-se o “sç”: e) Ele quis analisar a pesquiza que eu realizei.
- Em algum verbos quando conjugados: 06. (UM-SP) Aponte a alternativa correta:
Nascer – nasço a) exceção, excesso, espontâneo, espectador
Crescer – cresço b) excessão, excesso, espontâneo, espectador
c) exceção, exceço, expontâneo, expectador
Utiliza-se o “ss”: d) excessão, excesso, espontâneo, expectador
- Em substantivos originados de verbos terminados em e) exceção, exceço, expontâneo, expectador
“-gredir”, “cutir”, “ceder”, “mitir”:
Agredir – agressão 07. (Univ. Alfenas-MG) Assinale a alternativa em
Discutir – discussão que todas as palavras estão grafadas corretamente.
Progredir – progressão a) disenteria, páteo, siquer, goela
Ceder – cessão b) capoeira, empecilho, jabuticaba, destilar
Exceder – excesso c) boliçoso, bueiro, possue, crânio
d) borburinho, candieiro, bulir, privilégio
Usa-se o “xc” e o “xs”: e) habitue, abutoe, quase, constróe
- Em dígrafos que apresentam o mesmo som que [sse]:
Excedente, Excelente, Exceção. (Exercícios retirados de http://www.
gramaticaparaconcursos.com/2013/06/respostas-de-
ortografia-exercicios.html)
Exercícios Gabarito

01. (ITA-SP) Dadas as palavras: 1) reaver, 2) 1–d


inabilitado, 3) habilidade, constatamos que está (estão) 2–a
devidamente grafada(s) 3–d
a) apenas a palavra nº 1  4–a
b) apenas a palavra nº 2 5–c
c) apenas a palavra nº 3 6–a
d) todas as palavras 7–b
e) nenhuma das palavras
USO DO HÍFEN
02. (CESCEA) Marque a única opção em que todas Hífen é um sinal gráfico cuja função principal é união de
as palavras estejam completas com x. mais de um radical, ou seja, criação de palavras compostas.
a) en__oval, __ingar, cai__eiro, en__ugar, __ícara Parece simples o seu uso, mas após a reforma ortográfica
b) pu__ar, a__atar, en__ovia, in__ado, a__icalhar surgiram muitas dúvidas a respeito do emprego deste sinal.
c) pi__e, dei__ar, en__ugar, __adrez, bai__o
d) __u__u, amei__a, cartu__o, deslei__ada, trou__a Vejamos os casos em que o uso de hífen é obrigatório:
e) pe__incha, co__a, broche, en__ada, en__arcado a) Como elemento de ligação entre pronomes
oblíquos e verbos:
03. (F. São Marcos-SP) Assinale a alternativa cujas Vou visitá-la mais tarde.
palavras estão todas corretamente grafadas: Vendi-o porque não o usava mais.
a) pajé, xadrês, flecha, misto, aconchego
b) abolição, tribo, pretensão, obsecado, cansaço b) A fim de realizar separação de sílabas:
c) gorjeta, sargeta, picina, florescer, consiliar Escola – es-co-la
d) xadrez, ficha, mexerico, enxame, enxurrada Aluno – a-lu-no
e) pajé, xadrês, flexa, mecherico, enxame
c) Em substantivos compostos: há uma espécie
04. (NCE-RJ/UFRJ) O item abaixo que apresenta de formação de palavras chamada de “formação por
palavra erradamente grafada é: justaposição”, em que a partir de duas palavras se cria uma
a) alteza - duqueza - baroneza; terceira com significado distinto, sem que com essa junção
b) riqueza - dureza - fineza; provoque perda fonética:

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LÍNGUA PORTUGUESA

guardar – significado 1
chuva – significado 2 4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
guarda-chuva – significado 3

contar – significado 1
gota – significado 2 ACENTUAÇÃO GRÁFICA
conta-gotas – significado 3
As palavras podem conter uma ou mais sílabas.
d) Em formação composta de palavras que indicam E ao pronunciá-las, temos a tendência em proferi-las
espécies vegetais e zoológicas: intensificando uma sílaba frente as outras. Por exemplo,
erva-mate, couve-flor, formiga-grande quando alguém fala a palavra “casa”, pronunciará com
mais força uma das sílabas, no caso [ka]. Por que fazemos
e) Em palavras compostas cujo primeiro termo é isso? Simplesmente porque a oralidade não é um sistema
numeral: de uma única entonação. Tal como a música, precisamos
Primeiro-ministro, quarta-feira, segundo-tenente destacar partes de sons para manter a atenção do ouvinte.
Imagine se falássemos todas as palavras utilizando uma
g) Nomes de lugares compostos por mais de única modulação?
um radical, se iniciados por “grã”, “grão”, verbos ou Esta sílaba que entoamos com maior ênfase a
estejam ligados por artigo. chamamos de sílaba tônica, já que é nela que recai a
Passa-Vinte, Grã- Bretanha, Trás-os-Montes tonicidade, o som que mais se destaca ao pronunciar uma
palavra. A gramática também nomeia esse acento tônico
O USO DO HÍFE E O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO como prosódico, pois está ligado à emissão dos sons na
Com a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa fala. Todas as palavras com mais de uma sílaba possuem
houve algumas modificações no tocante ao uso do hífen. uma – e somente uma – sílaba tônica, como podemos
Atentemos às regras que permaneceram: verificar nesses exemplos: úmido, ideia, cadeira, jacaré.
Importante destacar que o acento tônico é um
Usa-se hífen em fenômeno fonético, pois referente à fala. Entretanto,
a) quando o segundo termo iniciar com a letra “h”: quando passamos a linguagem para outro registro, o
Super-homem
da escrita, muitas vezes há a necessidade de enfatizar
Pré-história
tal acento na própria grafia, já que pode surgir erro de
b) quando a primeira palavra terminar com a
tonicidade. Na origem da grafia, muitas palavras que não
MESMA LETRA que inicia a segunda:
eram do uso comum dos falantes passaram a receber o
Anti-inflacionário
acento gráfico a fim de reforçar textualmente o modo de
contra-ataca
pronunciá-las. Assim sendo, há palavras que não recebem
sub-bibliotecário
acento gráfico, como porta, cortina, urubu, e outras que
inter-regional
sim, como tônico, amável, paralelepípedo.
c) quando a primeira palavra terminar com a letra Se em uma palavra há uma sílaba mais forte, como
“b” e a segunda iniciar com “r”: chamamos as pronunciadas com menos intensidade? A
Sub-reino gramática denomina sílabas átonas as mais fracas, que
ab-rogar podem ser pretônicas ou postônicas dependendo de sua
posição frente a sílaba tônica.
d) depois de pré-, pós e pró: Em uma palavra com mais de uma sílaba, portanto,
Pré-natal haverá sempre uma com maior destaque fonético, a sílaba
Pós-parto tônica. Entretanto, a ênfase em uma sílaba possui também
e) circum, pan, após as letras “h”, “m”, “n”: regras impostas pela própria fala. Por maior que seja um
circum-navegação vocábulo, há apenas três modos de emitir tonicidade:
ênfase na última sílaba (oxítona), penúltima (paroxítona)
f) Com os prefixos “além”, “aquém”, “recém” e ou antepenúltima (proparoxítona):
“sem”:
recém-casados - OXÍTONAS: palavras que apresentam a última sílaba
além-mar tônica, tais como jacaré, também, amor, rapaz.

g) Com o advérbio “mal” antes de vogal, h ou L: - PAROXÍTONAS: Paroxítona significa literalmente,


Mal-humorado “ao lado da oxítona”, e são as palavras que possuem a
Mal-estar penúltima sílaba tônica, como táxi, caráter, heroico, porta.
Mal-limpo Vale destacar que a língua portuguesa é basicamente
paroxítona, devido à maior quantidade de palavras com
essa característica.

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LÍNGUA PORTUGUESA

-PROPAROXÍTONAS: fenômeno menos comum, são Correto Errado


as palavras que apresentam a antepenúltima sílaba tônica. rubrica rúbrica
Alguns exemplos de proparoxítonas: exército, pêndulo,
quilômetro. recorde récorde
libido líbido
A Língua Portuguesa também apresenta palavras com pudico púdico
uma única sílaba, as quais chamamos de monossílabos. filantropo filântropo
Estes são pronunciados com menor ou maior ênfase e, por
isso, podem ser átonos ou tônicos: PROPAROXÍTONAS
Por se tratar de um fenômeno mais raro de
- Monossílabos átonos: sãos os enunciados com entonação das palavras, temos a tendência de pronunciar
menor intensidade e, por serem constituídos por uma erroneamente as palavras com a antepenúltima sílaba
única sílaba, são dependentes foneticamente da palavra a tônica. Por isso mesmo todas as proparoxítonas devem ser
qual se apoiam, tornando-se praticamente uma sílaba da acentuadas para evitar esse equívoco.
mesma. As preposições, conjunções, artigos e pronomes Exemplos:
oblíquos átonos integram esse grupo. Vejamos as palavras xícara, úmido, colocávamos, término, lógico.
“amá-lo”. O pronome oblíquo “lo” é átono e é acoplado Obs. Caso a vogal tônica for fechada ou nasal usa-se o
foneticamente á palavra amar. acento circunflexo:
côncavo, estômago, sonâmbulo.
- Monossílabos tônicos: proferidos com maior ênfase,
possuem independência fonética: má, mim, eu, tu, mar, céu. ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS:
Acentuam-se os monossílabos terminados em:
Vejamos agora as regras de acentuação gráfica: a) a, as: má, já, lá, cá, pás
b) e, es: crê, vês, pé
1) OXÍTONAS: c) o, os: nós, nós, dó, pô-lo

Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS E A NOVA


ORTOGRAFIA
- a, e, o – seguidos ou não de “s”: sofás, crachás,
jacarés, filé, purê, dominó, cipós, metrô…. Segundo o Novo Acordo Ortográfico do Português,
não são mais acentuados ditongos abertos em palavras
- ditongo nasal -ém, -éns: mantém, ninguém, paroxítonas:
parabéns, amém…
Como era Como é agora
- ditongos abertos -ói, -éu, -éi, seguindo ou não de heróico heroico
“s”: herói, troféu, fiéis.
idéia ideia
PAROXÍTONAS: jibóia jiboia
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: apóia apoia
- r: ímpar, cadáver paranóico paranoico
- l : réptil, têxtil
- n: éden, hífen
- x – xérox, tórax ACENTUAÇÃO DOS HIATOS
- ps – bíceps, fórceps Chamamos de hiato o encontro de duas vogais em
- ã, ãs, ão, ãos – órgão, órfã, órgãos uma palavra que, no entanto, não fazem parte da mesma
- um, uns, om, ons – álbum, fóruns, prótons sílaba. A maior parte dos hiatos não são acentuados, mas
- us – vírus, bônus alguns levam acento para evitar erros de pronúncia.
- i, is, júri, tênis Acentuam-se as vogais “i” e “u” que formam hiato com
- ei, eis – jóquei, jóquei a sílaba anterior:

cafeína
As paroxítonas e os erros de prosódia balaústre
Algumas palavras são acentuadas ou pronunciadas de saúde
maneira equivocada, não respeitando sua tonicidade. É o saída
que chamamos de erros de entonação ou de prosódia, e que saúva
geralmente transformam paroxítonas em proparoxítonas:
No entanto, há uma exceção. Não são acentuados os
hiatos seguidos por dígrafo “nh”, tal como rainha, moinho,
ruim, amendoim, ainda.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Também evitamos acentuação em hiatos que não 2. (BB) Opção correta: 


formam sílaba com letra diferente de “s”, como em juiz, a) eclípse 
cair, sair, contribuiu. b) juíz
Segundo o Novo Acordo Ortográfico do Português, c) agôsto
não são mais acentuados os hiatos que vêm após ditongos: d) saída
baiuca, feiura, bocaiuva. Também os “ôos” e “êes” não e) intúito  
levam mais acento: enjoo, voo, creem, veem.
3. (BB) “Alem do trem, voces tem onibus, taxis e
EMPREGO do TIL aviões”. 
O til [~] é um sinal e não um acento. No Português o til a) 5 acentos
aparece sobre as vogais “a” e “o” para indicar nasalização, b) 4 acentos  
som que sai pela boca e nariz. Tal sinal não se sobrepõe em c) 3 acentos 
sílabas tônicas somente, podendo também estar em sílabas d) 2 acentos
pretônicas ou átonas: Exemplos: órgão, órfã, balõezinhos… e) 1 acento 

O ACENTO DIFERENCIAL 4. (BB) Monossílabo tônico: 


Como o próprio nome diz, o acento diferencial tem a) o 
como função marcar uma diferença. Há muitas palavras no b) lhe 
português que são homógrafas, ou seja, que possuem a c) e 
mesma grafia e, por isso, é necessário um sinal distintivo d) luz
para que não surjam equívocos. Vejamos: e) com 
a) Pôde – Pretérito perfeito do indicativo
Pode – Presente do indicativo 5. (BB) Leva acento: 
a) pêso 
b) pôde 
b) Pôr – Verbo
c) êste
Por – preposição
d) tôda
e) cêdo 
É facultativo o uso do acento diferencial para distinguir
as palavras forma e fôrma. Imagine a frase: qual a forma da
6. (BB) Não leva acento: 
fôrma de torta que você comprou?
a) atrai-la 
b) supo-la 
O Novo Acordo Ortográfico do Português aboliu alguns
c) conduzi-la 
acentos diferenciais, tais como em pelo (preposição) e pêlo d) vende-la 
(substantivo), pára (verbos) e para (preposição): e) revista-la 
O pelo do gato está crescendo muito.
Vá pelo caminho mais curto. 7. (UF-PR) Assinale a alternativa em que todos os
Ele para para pensar. vocábulos são acentuados por serem oxítonos: 
a) paletó, avô, pajé, café, jiló 
TREMA b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis 
O trema, sinal de dois pontos usado sobre a letra “u”, c) você, capilé, Paraná, lápis, régua 
era utilizado para marcar a pronúncia da vogal em palavras d) amém, amável, filó, porém, além 
marcadas pelo encontro vocálico, tais como “lingüiça” e e) caí, aí, ímã, ipê, abricó 
“freqüentar”. Entretanto, segundo a Nova Ortografia, não
se deve mais usar essa marcação. A partir de agora as (Exercícios retirados de http://professorricardoandrade.
palavras são assim grafadas: blogspot.com.br/2010/08/80-questoes-de-acentuacao-
Frequentar, linguiça, linguística, bilíngue, cinquenta, grafica.html)
aguentar.
GABARITO
Exercícios 1–b
2–d
1. (EPCAR) Assinale a série em que todos os 3–a
vocábulos devem receber acento gráfico:  4–d
a) Troia, item, Venus  5–b
b) hifen, estrategia, albuns  6–c
c) apoio (subst.), reune, faisca  7-a
d) nivel, orgão, tupi 
e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu 

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LÍNGUA PORTUGUESA

d) Entre substantivos que se repetem:


5 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE Nos confrontamos cara a cara.
CRASE. Frente a frente nos debatemos.

e) Diante de substantivos no plural:


A homenagem foi concedida a pessoas de honra.
CRASE O convite foi enviado a funcionários de longa data.

Vejamos as frases: f) Antes de pronomes pessoais, demonstrativos,


indefinidos , de tratamento e relativos:
Enviei a Vossa Excelência os convites.
Comprei uma casa.
Isso não interessa a ninguém.
Preciso de você.
g) Frente a nomes femininos consagrados:
Percebemos que na primeira frase o verbo “comprar” A crítica fazia referência a Maria Madalena.
não exige preposição, ao contrário de “precisar”. Há, assim,
verbos que regem preposição e outros não. Além do mais, h) Antes da palavra “casa” se não estiver
alguns verbos exigem preposição “a”, no sentido de “para”: especificada:
Com pressa ele retornou a casa.
Vou a Brasília. (para Brasília)
Vou à casa de Joana (para a casa de Joana). i) Em frente a palavra terra quando esta significar
“terra firme”:
Por que no segundo exemplo temos uma preposição Após o naufrágio, voltou a terra.
marcada pelo acento grave? Como podemos visualizar,
se o “a” preposição chocar com o artigo feminino “a”, a No sentido de planeta Terra ocorre crase – O foguete
forma correta seria “vou a a casa de Joana”. Para evitar tal retornou à Terra.
repetição sem sentido, há o fenômeno chamado crase, que
significa fusão, contração de duas vogais idênticas. - Quando usar crase:
Se crase é a fusão da preposição “a” e o artigo “a” só
pode ocorrer frente a palavras femininas REGRA GERAL: Haverá crase quando o termo
antecedente exigir a preposição “a” e o consequente
Sempre surgem dúvidas de quando usar o acento de o artigo “a”
crase nas orações. Por isso mesmo, vamos aprender seus
principais usos e também quando não usar.
Comprei a blusa – (o termo antecedente “comprei” não
- Quando não usar crase: exige a preposição “a”. Aqui só temos o artigo feminino “a”)
Vou a Pernambuco – (o termo consequente não exige
a) diante de palavras masculinas: isso é certo. Uma o artigo feminino, só há aqui a preposição “a” regida pelo
vez que crase é fusão de uma preposição e um artigo verbo “ir”)
feminino, não poderá anteceder palavras masculinas que
exigem o artigo “o”. Agora:
Ela veio a pé. (pé – palavra masculina)
Passeei pela fazenda a cavalo (cavalo – palavra Fui à cidade.
masculina)
Neste caso o verbo “ir” exigiu a preposição “a” e o
substantivo “cidade” atraiu o artigo feminino “a”. Aqui
b) antes de verbos: já que o artigo feminino possui
temos um exemplo clássico de crase.
como função determinar um substantivo, não faria sentido
crase em frente a verbos, classe que não exige determinação
Sempre ocorre crase em :
de artigos.
Ela começou a cantar quando ele chegou (cantar – a) Indicação de horas:
verbo no infinitivo) Cheguei no evento às cinco horas da tarde.
c) frente a nomes de cidades: b) Expressões “à moda de”, “à maneira de”:
Vou a Roma nas férias. Fiz uma janta à (moda de) Fogaça.
Ele quis ir a Paris, mas não pôde. Quis um cenário à (maneira de) Salvador Dali.

Entretanto, caso especifiquemos a cidade com alguma c) Expressões adverbiais femininas:


qualificação utilizaremos o sinal de crase. O avião desceu em terra firme à noite. (tempo)
Vou à Roma de Fellini. Fizeram o trabalho às pressas. (modo).
O seu sonho é ir à Paris de Victor Hugo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

USO FACULTATIVO DE CRASE Vou à Bahia.


1) Diante de nomes próprios femininos: Volto da Bahia.
Enviei um bilhete a Lúcia.
Enviei um bilhete à Lúcia. Vou a São Paulo.
Volto de São Paulo.
2) Antes de pronomes femininos possessivos:
Dedicou o trabalho a sua avó. Vou à França.
(Sua vó gostou da homenagem) Volto da França.

Dedicou o trabalho à sua avó. Vou a Salvador.


(A sua vó gostou da homenagem) Volto de Salvador.

3) Após a preposição ATÉ: Exercícios


Viajei até a cidade.
Fui a pé até à cidade. 01. Assinale a alternativa em que o uso da crase é
obrigatório:
a) Um rapazito de paletó entrou na rua e foi perguntar
CASOS ESPECIAIS DE CRASE à Machona pela Nhá Rita. (Aluísio Azevedo)
1) Crase com pronomes demonstrativos “aquele”, b) José Cândido não tinha nem a cor nem o título
“aquela”, “aquilo”: convenientes à sua filha. (R. Braga)
c) Mas o peru se adiantava até à beira da mata. (G.
Vejamos as frases abaixou: Rosa)
d) Todos, às vezes, precisam ficar bêbados, e por isso
Aquele rapaz foi escolhido para o cargo. bebem. (R. Braga)
Fiz referência à carta de João. e) (…) evitei acompanhar Dr. Siqueira em suas visitas
vespertinas à nossa bem amada. (J. Amado)
No primeiro caso aquele rapaz não vem depois de
02. Qual das alternativas completa corretamente os
nenhum verbo ou nome que exija a preposição “a”. No
espaços vazios?
segundo exemplo há crase porque quem faz referência “a”
I. E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de
algo. E agora:
verdade o apito de um trem igual ____ que ouvira em
Limoeiro. (J. Lins do Rego)
Fiz referência àquele rapaz. II. Habituara-se ______ boa vida, tendo de um tudo,
regalada. (J. Amado)
Ainda que seja palavra masculina, o pronome III. Depois do meu telegrama (lembram: o telegrama
demonstrativo aquele inicia-se com a vogal “a” e para em que recusei duzentos mil-réis ___ (pirata), a “Gazeta”
evitar repetição de sons como em “Fiz referência a aquele entrou a difamar-me. (G. Ramos)
rapaz” utiliza-se acento de crase. IV. Os adultos são gente crescida que vive sempre
dizendo pra gente fazer isso e não fazer _____.
Mais alguns exemplos: (Millôr Fernandes)
Enviamos a carta àqueles alunos. a) àquele, aquela, aquele, aquilo
Falei àquela professora. b) àquele, àquela, aquele, aquilo
c) àquele, àquela, aquele, àquilo
d) àquele, àquela, àquele, aquilo
2) Antes das expressões qual e quais: e) aquele, àquela, aquele, aquilo
Haverá crase caso o correspondente masculino for “ao 03.  (CESCEM) Sentou-se ___ máquina e pôs-se ___
qual”, “aos quais”: reescrever uma ___ uma as páginas do relatório.
Esta é a blusa à qual me referi. a) a / a / à
Aqueles são os sapatos aos quais me referi. b) a / à / à
c) à / a / a
3) Frente a topônimos (nomes de lugares) d) à / à / à
Atente às frases abaixo: e) à / à / a
Vou à Bahia.
Vou a São Paulo. 04. (FASP) Assinale a alternativa com erro de crase:
a) Você já esteve em Roma? Eu irei à Roma logo.
Por que há crase no primeiro exemplo e não no b) Refiro-me à Roma antiga, na qual viveu César.
segundo? c) Fui à Lisboa de meus avós, pois gosto da Lisboa de
Ainda que pareça complexo, é muito simples não errar meus avós.
nesses casos: é só substituir o verbo “ir” pelo verbo “voltar”, d) Já não agrada ir a Brasília. A gasolina…
se exigir a preposição “da” é sinal de que ocorrerá crase: e) nenhuma das alternativas está errada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

05. (ESAN) Das frases abaixo, apenas uma está correta, c) contração da preposição a e do artigo feminino a (à)
quanto à crase. Assinale-a: d) verbo haver indicando tempo (há)
a) Devemos aliar a teoria à prática. e) artigo feminino (a)
b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Puseram-se à discutir em voz alta. (Exercícios retirados de http://www.coladaweb.com/
d) Dia à dia, a empresa foi crescendo. exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/crase)
e) Ele parecia entregue à tristes cogitações.

06.  (ABC – MED.) Nas alternativas que seguem, há Gabarito


três frases, que podem estar corretas ou não. Leia-as
atentamente e marque a resposta certa: 1–D
2–D
I.   O seu egoísmo só era comparável à sua feiura. 3–C
II.  Não pôde entregar-se às suas ilusões. 4–A
III. Quem se vir em apuros, deve recorrer à justiça. 5–A
a) Apenas a frase I está correta. 6–E
b) Apenas a frase II está correta. 7–E
c) Apenas as frases I e II estão corretas. 8–A
d) Apenas as frases II e III estão corretas. 9–D
e) As três frases estão corretas. 10 - E

07. (FUND. LUSÍADA) Assinale a alternativa que


completa corretamente o período: ____ noite estava clara
e os namorados foram _____ praia ver a chegada dos 6 FORMAÇÃO, CLASSE E EMPREGO DE
pescadores que voltavam ____ terra. PALAVRAS.
a) Á / à / à
b) A / à / à
c) A / a / à
d) À / a / à ADJETIVO
e) A / à / a
Na origem das palavras, pode-se dizer que o homem
08. (ITA) Analisando as sentenças: primeiramente sentiu a necessidade de nomear os
I.   A vista disso, devemos tomar sérias medidas. objetos a sua volta e suas próprias ações. Então surgiram
II.  Não fale tal coisa as outras. os substantivos e os verbos. Entretanto, os seres foram
III. Dia a dia a empresa foi crescendo. apresentando características diversas e, apesar de fazerem
IV. Não ligo aquilo que me disse. parte de um mesmo grupo, eram diferentes porque
Podemos deduzir que: possuíam qualidades diferentes. Por exemplo, há no grupo
a) Apenas a sentença III não tem crase. das flores: as belas e as feias, as cheirosas, as vermelhas e as
b) As sentenças III e IV não têm crase. azuis. Como distingui-las? A partir dessa questão surgiram
c) Todas as sentenças têm crase. os adjetivos, essa classe de palavras que tem como função
d) Nenhuma sentença tem crase. qualificar os seres.
e) Apenas a sentença IV não tem crase. Adjetivos são as palavras que designam qualidades,
provisórias ou permanentes, qualificando e particularizando
09.  (ABC – MED.) A alternativa em que o acento os seres. São satélites de um substantivo expresso ou
indicativo de crase não procede é: subtendido, com o qual concordam em gênero e número.
a) Tais informações são iguais às que recebi ontem.
b) Perdi uma caneta semelhante à sua. Exemplos:
c) A construção da casa obedece às especificações da A casa está perfeita.
Prefeitura. Os carros foram considerados adequados para a
d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de competição.
uma só vez. Aquela mulher é lindíssima.
e) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.   Nos exemplos acima percebemos o adjetivo enquanto
uma palavra referente ao substantivo, concordando com
10. (FUVEST) Indique a forma que não será utilizada suas variações de gênero (masculino e feminino / singular
para completar a frase seguinte: e plural).
“Maria pediu ____ psicóloga que ____ ajudasse ____
resolver o problema que ___ muito ____ afligia.”
a) preposição (a)
b) pronome pessoal feminino (a)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Vejamos uma lista de adjetivos:

belo
feio
frio
quente
azul
verde
inteligente
ignorante
rápido
devagar
gracioso
desajeitado
mau
bom
triste
feliz
- Adjetivos Gentílicos:
Também chamados de adjetivos pátrios, os adjetivos gentílicos designam a origem de um indivíduo de acordo com seu
local de residência ou nascimento. Vejamos os adjetivos gentílicos referentes aos estados brasileiros:

Acre = acreano Manaus = manauense


Alagoas = alagoano Marajó = marajoara
Amapá = amapaense Maranhão = maranhense
Amazonas = amazonense ou baré Mato Grosso = mato-grossense
Aracaju = aracajuano ou aracajuense Mato Grosso do Sul = mato-grossense do sul
Bahia = baiano Natal = natalense ou papa-jerimum
Belém = belenense Niterói = niteroiense
Belo Horizonte = belo-horizontino Nova Iguaçu = iguaçuano
Boa Vista = boa-vistense Pará = paraense
Bragança = bragantino Paraíba = paraibano
Brasil = brasileiro Paraná = paranaense
Brasília = brasiliense Pernambuco = pernambucano
Cabo Frio = cabo-friense Petrópolis = petropolitano
Campinas = campineiro ou campinense Piauí = piauiense
Campos = campista Porto Alegre = porto- alegrense
Campos do Jordão = jordanense Porto Velho = porto-velhense
Cananeia = cananeu Recife = recifense
Ceará = cearense Ribeirão Preto = riberopretano
Cuiabá = cuiabano Rio Branco = branquense
Dois Córregos ( SP ) = duocorreguense Rio de Janeiro ( cidade ) = carioca
Espírito Santo = espírito-santense ou capixaba Rio de Janeiro ( estado ) = fluminense
Fernando de Noronha = noronhense Rio Grande do Norte = rio-grandense do norte
Florianópolis = florianopolitano Rio Grande do Norte = potiguar
Fortaleza = fortalezense Rio Grande do Sul = gaúcho
Foz do Iguaçu = iguaçuense Rondônia = rondoniano ou rondoniense
Goiânia = goianiense Salvador = salvadorense ou soteropolitano
Goiás = goiano Santa Catarina = catarinense ou barriga verde
Guarulhos = guarulhense Santarém = santarense
Ilhéus = ilheense São Luís = são-luisense
Jabuticabal = jabuticabense São Paulo ( cidade ) = paulistano
Jacareí = jacariense São Paulo ( estado ) = paulista

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LÍNGUA PORTUGUESA

Jaú = jauense São Vicente = vicentino


João Pessoa = pessoense Sergipe = sergipano
Juiz de Fora = forense Sertãozinho = sertanesino
Lajes = lajiano Teresina = teresinense
Leme = lemense Três Corações = tricordiano
Macapá = macapaense Vitória = vitoriense
Maceió = maceioense Xavantes = xavantino

(Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/adjetivos-gentilicos-e-patrios)

Classificação dos adjetivos


Antes de qualquer classificação gramatical, adjetivos possuem uma classificação semântica, ou seja, segundo sua
amplitude de qualificação de um ser. Por isso mesmo, eles se distinguem em:
a) adjetivos explicativos: apresentam característica intrínseca ao próprio ser.
Exemplo. Todo homem é mortal.
b) adjetivos restritivos: limitam as características do ser, exprimindo qualidades não essenciais.
Exemplo: Quando cheguei em casa a flor já estava murcha.

CLASSIFICAÇÕES MORFOLÓGICAS DO ADJETIVO


- I. SEGUNDO SUA ESTRUTURA
Quanto ao seu processo de formação, os adjetivos dividem-se em:

ADJETIVO SIMPLES Formado por um único radical Bonito, esperto, carioca, engraçado
ADJETIVO COMPOSTO Formado por mais de um radical Franco-brasileiro, verde-oliva, amarelo-canário
ADJETIVO PRIMITIVO O que dá origem a outros adjetivos Bela, bom, feliz
Derivados de substantivos, verbos ou de
ADJETIVO DERIVADO Inteligentíssimo, ciumenta, bondoso
outros adjetivos

II. QUANTO À SUA FLEXÃO


a) Gênero
Por ser palavra satélite do substantivo, o adjetivo varia seguindo as flexões apresentadas pelo nome. Nesse aspecto, os
adjetivos se dividem em:

- Biformes: apresentam flexão de gênero, variando em feminino e masculino


A bela moça.
O belo moço.
A tranquila professora.
O tranquilo professor.

- Uniformes: possuem uma única forma para o masculino e feminino.


A moça feliz.
O aluno feliz.
A competente funcionária.
O competente funcionário.

Caso o adjetivo seja composto, manterá seu caráter uniforme.


O problema político-social invade o Brasil.
A solução político-social é uma utopia.

b) Número: Os adjetivos apresentam variação de número seguindo as flexões numéricas dos substantivos.
O carro novo.
Os carros novos.
O homem feliz.
As mulheres felizes.
A boa mãe.
Os bons pais.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Entretanto, há palavras usadas como adjetivo que são Atenção: há o chamado grau comparativo de
originalmente substantivos. Vejamos o exemplo: superioridade irregular, o qual faz uso de formas
O vinho estava muito agradável. (vinho = substantivo) sintéticas:
Comprei um paletó vinho. (vinho =adjetivo) - (mais grande) : maior – João é maior do que Pedro
- (menos grande): menor – Pedro é menor que João
Nesses casos, os adjetivos não sofrem flexão de - (mais bom): melhor – A professora de Química é
número: melhor que a de Filosofia.
Paletó vinho. - (menos bom): pior – A professora de Filosofia é pior
Paletós vinho. do que a Química.
Tartaruga ninja
Tartarugas ninja. Grau superlativo
Comício monstro. No grau superlativo a qualidade atribuída a um ou
Comícios monstro. mais seres é realizada em escala bem mais elevada.

Número dos adjetivos compostos: a) Grau superlativo relativo: é a realizada a


Chamamos de adjetivos compostos aqueles formados caracterização de um ser em maior ou menor grau que
por mais de um radical, ligados normalmente por hífen. os demais seres.
A regra geral nos diz que devemos flexionar somente o
segundo vocábulo, deixando o primeiro no masculino e no - Grau superlativo relativo de superioridade: utiliza-se a
singular. expressão “o mais” (adjetivo).
A clínica médico-veterinária. Ex.: Catarina é a aluna mais aplicada da turma.
Os cidadãos franco-brasileiros. Sérgio é o mais rápido na pista.

No entanto, quando o segundo termo se tratar de - Grau superlativo de inferioridade: utiliza-se a


um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto expressão “o menos” (adjetivo).
permanecerá invariável. Ex.: O funcionário é o menos interessado da equipe.
A parede verde-mar Vivian é a professora menos irritada da escola.
As paredes verde-mar.
b) Grau superlativo absoluto: qualifica um ou mais
IMPORTANTE! sere , entretanto, sem comparação, em grau muito elevado.
Os adjetivos azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta
e qualquer outro iniciado por “cor-de...” são sempre - Grau superlativo absoluto analítico: a atribuição de
invariáveis. grau se dá através dessa soma: palavra intensificadora
Já os adjetivos surdo-mudo e pele-vermelha terão (muito, bastante…) + adjetivo.
ambos elementos flexionados. Ex.: A comida está muito saborosa.
O clima está extremamente quente.
c) Grau
Além das variações de gênero e número, os adjetivos - Grau superlativo absoluto sintético: construído por
podem variar de grau, a fim de indicar a intensidade da meio de uma única palavra cuja estrutura é a seguinte:
qualidade referida. Há dois graus possíveis: o comparativo Adjetivo + Sufixo (-íssimo, -imo, ílimo, -érrimo):
e o superlativo. Ex.: João é divertido – João é divertidíssimo.
Maria é elegante. - Maria é elegantérrima
Grau Comparativo:
No grau comparativo, uma mesma qualidade é Quanto ao grau superlativo absoluto sintético, há o
atribuída a mais de um ser ou quando mais de uma que chamamos de sintéticos eruditos, formas ligadas à raiz
qualidade é destinada a um único ser. histórica da palavra. Vejamos alguns:
São tão inteligente quanto você. - Grau comparativo
de igualdade Adjetivo Superlativo absoluto sintético
Neste grau utilizamos termos como “quanto”, “como”,
acre acérrimo
“quão”.
João é mais inteligente que José. - Grau comparativo agradável agradabilíssimo
de superioridade. alto altíssimo, supremo ou sumo
Aqui são usadas as expressões “mais (adjetivo) que”/ amável amabilíssimo
“mais (adjetivo) do que”. amargo amaríssimo
José é menos inteligente do que João. - Grau amigo amicíssimo
comparativo de inferioridade. antigo antiquíssimo
No grau comparativo de inferioridade são utilizadas as
áspero aspérrimo
expressões “menos (adjetivo) que” / “menos (adjetivo) do
que”. atroz atrocíssimo

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LÍNGUA PORTUGUESA

benéfico beneficentíssimo de guerra bélico


benévolo benevolentíssimo de hoje hodierno
bom boníssimo de ilha insular
célebre celebérrimo de intestino celíaco ou entérico
cruel crudelíssimo de lago lacustre
difícil dificílimo de lebre leporino
doce dulcíssimo ou docíssimo de lobo lupino
fácil facílimo de lua lunar ou selênico
feliz felicíssimo de madeira lígneo
humilde humílimo ou humildíssimo de marfim ebóreo ou ebúrneo
de pato anserino
Locução adjetiva de pombo columbino
Chamamos de locução adjetiva o conjunto de duas ou
de prata argênteo ou argírico
mais palavras que apresentam a função de adjetivo.
de quadril ciático
Observe a lista abaixo: de vaca vacum
De baço Esplênico
Locução Adjetiva Adjetivo correspondente
Exercícios
de abdômen abdominal
de abelha apícola 1. Assinale a alternativa em que o adjetivo que
De abutre vulturino qualifica o substantivo seja explicativo:
de águia aquilino a) dia chuvoso;
de alma anímico b) água morna;
De aluno Discente c) moça bonita;
De anjo Angelical d) fogo quente;
e) lua cheia.
De ano Anual
De aranha Aracnídeo 2. Assinale a alternativa que contém o grupo de
De astro Sideral adjetivos gentílicos, relativos a “Japão”, “Três Corações” e
de bispo episcopal “Moscou”:
de boca bucal, oral a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita;
de bode hircino b) Nipônico,Tricordiano, Soviético;
de boi bovino c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita;
d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita;
de bronze brônzeo ou êneo e) Oriental, Tricardíaco, Soviético.
de cabra caprino
de cão canino 3. Ainda sobre os adjetivos gentílicos, diz-se que quem
de carneiro arietino nasce em “Lima”, “Buenos Aires” e “Jerusalém” é:
de cavalo equino, cavalar ou hípico a) Limalho-Portenho-Jerusalense;
de chumbo plúmbeo b) Limenho-Bonaerense-Hierosolimita;
c) Límio-Portenho-Jerusalita;
de chuva pluvial ou chuvoso
d) Limenho-Bonaerense-Jerusalita;
de cidade urbano e) Limeiro-Bonaerense-Judeu;
de cinza cinéreo
de criança infantil ou pueril 4.No trecho “os jovens estão mais ágeis que seus pais”,
de cobre cúprico temos:
de coelho cunicular a) um superlativo relativo de superioridade;
de dedo digital b) um comparativo de superioridade;
c) um superlativo absoluto;
de diamante diamantino ou adamantino
d) um comparativo de igualdade.
de enxofre sulfúrico e) um superlativo analítico de ágil.
de esmeralda esmeraldino
de fábrica fabril 5. Relacione a 1ª coluna à 2ª:
de frente dianteiro 1 - água de chuva ( ) Fluvial
de fogo ígneo 2 - olho de gato ( ) Angelical
de gesso gípseo 3 - água de rio ( ) Felino

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LÍNGUA PORTUGUESA

4 - Cara-de-anjo ( ) Pluvial Gabarito:


Assim temos:
a) 1 – 4 – 2 – 3; 1. D
b) 3 – 2 – 1 – 4; 2. D
c) 3 – 1 – 2 – 4; 3. B
d) 3 – 4 – 2 – 1; 4. B
e) 4 – 3 – 1 – 2. 5. D
6. A
6. Nas orações “Esse livro é melhor que aquele” e “Este 7. C
livro é mais lindo que aquele”, Há os graus comparativos: 8. A
a) de superioridade, respectivamente sintético e 9. B
analítico; 10. E
b) de superioridade, ambos analíticos;
ADVÉRBIOS
c) de superioridade, ambos sintéticos;
Leia as frases abaixo:
d) relativos;
a) João cantou na festa.
e) superlativos. b) João cantou muito bem na festa.
7. Selecione a alternativa que completa corretamente Percebemos que ainda que se trate da mesma
as lacunas da frase apresentada: informação (João cantou em uma festa), no segundo
“Os acidentados foram encaminhados a diferentes exemplo os termos destacados apresentam uma
clínicas ____________________” . circunstância que modifica o modo do verbo. Além de
a) médicas-cirúrgicas; cantar, João cantou muito bem.
b) médica-cirúrgicas; Há outras formas desse processo, vejamos:
c) médico-cirúrgicas; Ontem recebi flores de meu amado.
d) médicos-cirúrgicas; Aqui também há uma modificação de circunstância
e) médica-cirúrgicos. referente ao verbo “receber”. Através da palavra “ontem”,
temporalizamos a ação, inserindo-a em um determinado
8. Sabe-se que a posição do adjetivo, em relação ao contexto. Justamente essa é a função da classe gramatical
substantivo, pode ou não mudar o sentido do enunciado. chamada advérbios.
Assim, nas frases “Ele é um homem pobre” e “Ele é um
pobre homem”. Advérbios são palavras invariáveis que modificam
a) 1ª fala de um sem recursos materiais; a 2ª fala de um e inserem circunstância aos verbos, adjetivos e a outros
homem infeliz; advérbios.
b) a 1ª fala de um homem infeliz; a 2ª fala de um Quando falamos em circunstância tratamos dos
homem sem recursos materiais; diferentes contextos em que se pode modificar um verbo,
c) em ambos os casos, o homem é apenas infeliz, sem um adjetivo ou outro advérbio. Por isso o advérbio possui
fazer referência a questões materiais; uma extensa classificação.
d) em ambos os casos o homem é apenas desprovido
de recursos; CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS:
a) Advérbios de modo: modo de ação do verbo –
e) o homem é infeliz e desprovido de recursos materiais,
bem, mal, melhor, pior, depressa, devagar, rapidamente e
em ambas.
todos os adjetivos femininos terminados em -mente.
9.O item em que a locução adjetiva não corresponde
O carro corria depressa.
ao adjetivo dado é: Joana estava mal na festa.
a) hibernal - de inverno; Por que Maria anda tão devagar?
b) filatélico - de folhas; O aluno leu lindamente o poema.
c) discente - de alunos;
d) docente - de professor; b) Advérbios de lugar: localizam a ação do verbo –
e) onírico - de sonho. aqui, lá, acolá, longe, fora, dentro, perto, acima, abaixo.
Aqui neva muito.
10. Assinale a alternativa em que todos os adjetivos A professora mora longe da escola.
têm uma só forma para os dois gêneros: Você vive perto de seus familiares?
a) andaluz, hindu, comum;
b) europeu, cortês, feliz; c) Advérbios de intensidade: intensificam ou
c) fofo, incolor, cru; minimizam a ação do verbo, do adjetivo ou outro
d) superior, agrícola, namorador; advérbio – muito, pouco, menos, mais, bastante, tão, todo,
e) exemplar, fácil, simples. completamente.
Maria é a mais bela da sala.
(Exercícios retirados de http://www.portuguesconcurso. Trabalhei muito no fim de semana.
com/2009/07/adjetivos-exercicios-com-gabarito.html) Cantou muito bem na festa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

d) Advérbios de afirmação: confirmam a ação do para satisfazer a essa demanda que um novo tipo de
verbo – sim, positivamente, certamente, efetivamente. profissional surgiu: o professor de português especializado
Certamente farei a avaliação. em adestrar funcionários de empresas. Antigamente, os
Sim, amo muito você. cursos dados no escritório eram de gramática básica e se
destinavam principalmente a secretárias. De uns tempos
e) Advérbios de negação: negam a ação do verbo – para cá, eles passaram a atender primordialmente gente
nunca, não, jamais, nada de nível superior. Em geral, os professores que atuam em
O funcionário não concluiu o relatório. firmas são acadêmicos que fazem esse tipo de trabalho
Nunca o deixarei. esporadicamente para ganhar um dinheiro extra. “É
fascinante, porque deixamos de viver a teoria para enfrentar
f) Advérbios de dúvida: não confirmam ação do a língua do mundo real”, diz Antônio Suárez Abreu, livre-
verbo – talvez, possivelmente. docente pela Universidade de São Paulo (…)
Talvez viaje nas férias. (JOÃO GABRIEL DE LIMA. Falar e escrever, eis a questão.
Possivelmente ela virá nos visitar. Veja, 7/11/2001, n. 1725)
O adjetivo “principal” (em a principal dificuldade é
g) Advérbios de tempo: temporalizam a ação do com clareza) permite inferir que a clareza é apenas um
verbo – agora, cedo, já, tarde, depois, antes, sempre, elemento dentro de um conjunto de dificuldades, talvez o
ontem, hoje, amanhã. mais significativo. Semelhante inferência pode ser realizada
Amanhã voltarei ao trabalho. pelos advérbios:
Acordei cedo neste fim de semana, a) avidamente, principalmente, primordialmente.
b) sobretudo, avidamente, principalmente.
h) Advérbios interrogativos: inserem perguntas cujas c) avidamente, antigamente, principalmente.
respostas serão advérbios – onde (lugar), como (modo), d) sobretudo, principalmente, primordialmente.
por que (causa), quando (tempo). e) principalmente, primordialmente, esporadicamente.  
Onde você mora?
2. Observe as palavras:
Quando você vem me visitar?
I. Hoje.
II. Aqui.
LOCUÇÃO ADVERBIAL
III. Rapidamente.
Já que o advérbio é a classe que insere circunstância
IV. Bastante.
a um verbo, haverá situações que outras classes exercerão
V. Com certeza.
a mesma função, geralmente através da construção
preposição + substantivo. Classificam-se, respectivamente, como:
Chamamos de locução de adverbial o conjunto de a) advérbios de tempo, lugar, modo, intensidade e
palavras que exercem a mesma função semântica de um afirmação.
advérbio. Vejamos alguns exemplos: b) advérbios de modo, tempo, intensidade, afirmação
a) Tempo: à noite, à tarde, às vezes, de dia, de manhã, e negação.
de vem em quando, em breve. c) advérbios de dúvida, tempo, lugar, modo e
b) Lugar: à direita, à esquerda, ao lado, de cima, de intensidade.
fora, de dentro, embaixo, em cima. d) advérbios de tempo, lugar, modo, afirmação e
c) Modo: às pressas, à vontade, às claras, em geral, em dúvida.
silêncio, em vão. e) advérbios de dúvida, afirmação, lugar, modo e
d) Afirmação: Com certeza, de fato, na verdade, sem intensidade.
dúvida.
e) Negação: De modo algum, de forma alguma, de 3. Entende-se por advérbio:
maneira nenhuma. a) Unidade que significa ação ou processo, podendo
expressar o modo, o tempo, a pessoa e o número.
EXERCÍCIOS b) Expressão modificadora do verbo, denota uma
circunstância de lugar, tempo, modo, intensidade, condição,
1. (ITA-2003) A questão a seguir refere-se ao texto entre outras, e desempenha, sintaticamente, a função de
abaixo. adjunto adverbial.
(…) As angústias dos brasileiros em relação ao português c) Classe de palavras responsável por delimitar ou
são de duas ordens. Para uma parte da população, a que não qualificar o substantivo.
teve acesso a uma boa escola e, mesmo assim, conseguiu d) Classe que designa os nomes dos objetos, pode ser
galgar posições, o problema é sobretudo com a gramática. dividida em próprios e comuns.
É esse o público que consome avidamente os fascículos e e) Palavra anteposta aos substantivos com reduzido
livros do professor Pasquale, em que as regras básicas do valor semântico.
idioma são apresentadas de forma clara e bem-humorada. (Exercícios retirados de http://exercicios.
Para o segmento que teve oportunidade de estudar em mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-gramatica/
bons colégios, a principal  dificuldade é com clareza. É exercicios-sobre-adverbio.htm)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Gabarito: d) Após os pronomes TODO/TODA, a fim de indicar


totalidade: Toda a cidade será reconstruída.
1d Vale destacar que sem esse artigo o mesmo pronome
2a denota “qualquer um”. Ex.: Todo homem é mortal.
3b Também é utilizado o artigo definido nas seguintes
ARTIGO situações:
Chamamos de artigo as palavras que se antepõem
ao substantivo, indicando seu gênero e número, além e) Frente as estações do ano: A primavera está quase
de determiná-lo ou generalizá-lo. São classificados em chegando. Ele não gosta do Outono.
definidos e indefinidos:
f) Antecedendo o adjetivo no grau superlativo
a) Artigos definidos: o, a, os, as. Possuem a função relativo: João comprou os mais belos livros para Maria.
de satélite do substantivo, determinando-o e inserindo-o
num contexto já conhecido pelo leitor ou ouvinte, indicado g) Em frente a palavra “outro”, determinando-o:
familiaridade. João tem duas alunas: Maria e Lúcia. Maria é aplicada e a
Exemplos: outra nem tanto.
A discussão a respeito do cenário político atual ainda
persiste. h) Com expressões de medida: A maçã custa cinco
O funcionário da empresa foi contratado para sanar a reais o quilo.
crise.
Nos exemplos acima, além de informar o gênero Não utilizamos o artigo definido nos seguintes
(feminino/masculino) e número (singular/plural), o artigo contextos:
determina o nome, pressupondo um conhecimento
anterior. a) antes de meses do ano:
Março chegou com muita chuva.
b) Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas. Denotam
serem indefinidos, não identificáveis através do discurso. b) antes de pronomes de tratamento iniciados por
Além do mais, uma das funções desse tipo de artigo é pronomes possessivos
inserir o substantivo como um simples representante de Vossa Senhoria não entendeu a questão.
determinado grupo:
Uma mulher foi encontrada dentro de um trem c) antes de expressões que indicam matéria de
abandonado. estudo:
Contratou-se mais um funcionário na empresa. Vou estudar Matemática para a avaliação.
Já nas frases acima, apesar das informações de gênero
e número, o artigo não denota familiaridade do substantivo Importante!
acompanhado, inserindo-o numa relação de indistinção. Em algumas construções o uso do artigo definido é
facultativo, tais como em:
Utilizamos o artigo definido nas seguintes situações:
a) Com nomes próprios ligados a lugares: O Brasil é * Antes dos pronomes possessivos seu, sua: O seu
um país lindo. carro foi consertado.
A Bahia é minha terra natal. A sua sala está linda!
Atenção!
Dentre essa regra dos lugares e nomes próprios, há * Antes de nomes próprios de pessoas: Maria saiu /
alguns que atraem e outros que repelem o artigo. A Maria saiu.
Nomes de lugares que repelem artigo definido: Vale ressaltar que neste caso, o artigo definido denota
Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, São Paulo, Paris familiaridade com a pessoa mencionada.

b) Também utiliza-se o artigo definido frente a


nomes de cidades, quando qualificadas:
A mágica Páris ainda encanta a muitos.
A histórica Roma possui ainda seus enigmas.

c) Após a expressão “ambos”: Ambas as alunas foram


advertidas na escola.
Foram entrevistados ambos os políticos.
c) Determinando numeral na construção formada
por TODO + Numeral + Substantivo: Todas as quinze
alunas foram ouvidas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formas combinadas do artigo definido


É possível um artigo contrair-se a uma preposição, quando ocupa função de complemento ou adjunto:

Artigo
Preposições o a os aas
a ao às aos às
de do das dos das
em no na nos nas
por pelo pela pelos pelas

USO DOS ARTIGOS INDEFINIDOS


Neste caso, é sempre usado para marcar aproximação, sem informação exata, tal como em:
a) aproximação numérica: Devo ter economizado uns cinquenta reais.
b) indicando pares de objetos: Comprei umas botas confortáveis.
c) referir-se ao autor no lugar da obra: Meu sonho é ver um Picasso de perto.
d) em comparações: João é um Lord.

Formas combinadas do artigo indefinido


O artigo indefinido por unir-se às preposições em e de. Vejamos:

num numa nuns numas


dum duma duns dumas

Além do mais, o artigo tem função substantivadora, ou seja, transforma em substantivo qualquer classe gramatical que
anteceder.
Ele quer viver. (verbo)
Eu não sei o que é o viver (substantivo).

Exercícios

1. (ITA) Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:


a) Estes são os candidatos que lhe falei.
b) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
c) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
d) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
e) Muito é a procura; pouca é a oferta.

2. (Uberlândia) Em uma destas frases, o artigo definido está empregado erradamente. Em qual? a) A velha Roma
está sendo modernizada.
b) A “Paraíba” é uma bela fragata.
c) Não reconheço agora a Lisboa de meu tempo.
d) O gato escaldado tem medo de água fria.
e) O Havre é um porto de muito movimento.

(Exercícios retirados de https://cursinhodapoliusp.files.wordpress.com/2012/05/lista-de-exercc3adcios-pron-art-e-


num.pdf)

Gabarito

1. b
2-d
SUBSTANTIVO

Substantivos são as palavras que dão nomes aos seres, sentimentos, lugares, qualidades, lugares etc…Devido a essa
função de nomeação, afirma-se que os substantivos são núcleo de um sintagma nominal, cujos satélites são os adjetivos,
artigos, numerais e pronomes. Ou seja, o substantivo determina a variação de gênero e número dessas outras classes
gramaticais:
Ex. [A minha bela filha] foi promovida. - (como o substantivo está no singular, as outras classes que o circundam
também estão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

[As minhas belas filhas] foram promovidas. (aqui as Batalhão: grupo de soldados
classes satélites concordam em gênero e número com o Caravana: grupo de viajantes
substantivo). Cavalgada: grupo de cavaleiros
Chamamos a parte entre colchetes de sintagma Comunidade: grupo de cidadãos
nominal, uma vez que é o nome (o substantivo) o núcleo Corja ou Choldra: grupo de malandros
com a informação semântica predominante. Chusma: grupo de gente
Os substantivos são uma classe variável em gênero, Concílio: grupo de bispos
número e grau. Conclave: grupo de cardeais reunidos para eleger o
papa
1) Tipos de Substantivos Congresso: grupo de parlamentares
Por ser uma classe tão ampla, divide-se os substantivos Corpo docente: grupo de professores
em: comum, próprio, simples, composto, primitivo, Elenco: grupo de atores, artistas
derivado, concreto, abstrato e coletivo. Exército: grupo de soldados
Falange: grupo de soldados ou anjos
a) Substantivo Comum: designam os seres integrantes Família: grupo dos parentes
da mesma espécie de modo genérico. Farândola: grupo de mendigos
Ex.: gente, trabalhador, aluno, funcionário, pedra. Horda: grupo de bandidos invasores
Junta: grupo de médicos, credores, examinadores
b) Substantivo Próprio: iniciados por letra maiúscula, Júri: grupo de jurados
são os substantivos que particularizam os seres de uma Legião: grupo de soldados, anjos ou demônios
mesma espécie. Malta: grupo de malfeitores
Ex.: Paulo, Brasil, Jorge Amado, Vidas Secas. Multidão: grupo grande de pessoas
Orquestra: grupo de instrumentistas
c) Substantivo simples: aquele que possui um único Plateia: grupo de espectadores
radical. Plêiade: grupo de artistas correlacionados
População ou Povo: grupo de pessoas de uma
Ex.: chuva, guarda, moleque, cabeça
determinada região
Prelatura: grupo de bispos
d) Substantivo composto: o substantivo que possui
Prole: grupo de filhos
mais de um radical, formado por duas ou mais palavras.
Quadrilha: grupo de bandidos ou grupo de dança
Ex.: guarda-chuva, quebra-cabeça, guarda-roupa.
coletiva das festas juninas
Tertúlia: grupo de parentes ou amigos
e) Substantivo primitivo: aquele que não deriva de Time: grupo de jogadores
outras palavras, mas que pode dar origem a outras. Tripulação: grupo de marinheiros ou aviadores
Ex.: pedra, flor, casa, mesa. Tropa: grupo de soldados
Turma: grupo de alunos de uma mesma classe
e) Substantivo derivado: substantivos que derivam de
outras palavras. 2) Gênero dos substantivos
Ex.: pedreiro (pedra), floricultura (flor), casamento (casa). Os substantivos variam de gênero (masculino e
feminino) e podem ser:
f) Substantivo concreto: designa seres com existência
concreta, independente, real. a) biformes: apresentam duas formas, uma para o
Ex.: casa, martelo, cadeira, cavalo. masculino e outra para o feminino.
Ex.: menino/menina, garoto/garota, aluno/aluna,
g) Substantivo abstrato: substantivo que nomeia professor/professora.
sentimentos, ações, emoções, qualidades. Esse tipo de
substantivo depende de “alguém” que os sinta ou possua b) uniformes: apenas uma forma especifica os dois
para existir, não podem existir de maneira independente. gêneros. Os substantivos uniformes podem ser:
Ex.: amor, ódio, saudade, alegria, beleza, amizade, beijo. - epicenos: denomina animais e determina um único
gênero.
Obs.: Palavras como “fada”, “Deus’, “anjo” são Ex.: borboleta, barata, cobra-macho, cobra-fêmea.
substantivos concretos, pois não se tratam de sentimentos
abstratos. - comum de dois gêneros: palavra invariável cujo
gênero é indicado através da presença do artigo que o
h) Substantivo coletivo: aquele que designa um antecede.
conjunto de seres. Ex.: o repórter/a repórter, o pianista/a pianista, o
Assembleia: grupo de pessoas jornalista/a jornalista.
Banca: grupo de examinadores - sobrecomuns: apresenta um único gênero, mas se
Banda: grupo de instrumentistas refere ao masculino e ao feminino.
Bando: grupo de desordeiros Ex.: testemunha, verdugo, algoz, criança.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Importante: substantivos de gênero incerto Funil – funis


Civil – civis
Alguns substantivos mudam de significado frente o Canil – canis
artigo que o antecede. Além disso, são comuns alguns
erros no tocante à indicação de gênero de determinados Substantivos paroxítonos terminados por – il: substitui-
nomes. Vejamos: se “il” por “eis”:
Ex.: Ágil – ágeis
Substantivos de gênero masculino Difícil – difíceis
O dó, Fóssil – fósseis
O herpes, Projétil – projéteis
O eclipse,
O pernoite, e) Substantivos terminados em -s:
O champanha, - Quando oxítonos formam plural com o acréscimo de “es”:
O proclama Ex.:Ananás – ananases
O grama (peso) Revés – reveses
O cabeça (chefe) Revés – reveses
O capital (dinheiro)
O cólera (raiva) - Quando paroxítonos ou proparoxítonos são
invariáveis:
Substantivos do gênero feminino Ex.: Lápis
A cal, Ônibus
A libido, Pires
A faringe, Atlas
A pane,
A grama (capim)
f) Alteração de vogal tônica: alguns substantivos
A cabeça (parte da cabeça)
alteram o timbre quando flexionados no plural.
A capital (centro administrativo)
Ex.: Esforço – EsfOrços
A cólera (doença)
Jogos – JOgos
Imposto – ImpOstos
3) Número dos substantivos
Reforço – RefOrços
Os substantivos variam de número (singular e plural) e
apresentam as seguintes regras de flexão: Tijolo – TijOlos

a) regra geral: acrescenta-se “s” ao fim da palavra. g) Substantivos terminados em -ão:


Ex.: casa/casas, aluno/alunos, gato/gatos. - Em sua grande maioria se substitui “ão” por “ões”:
Ex.: Ladrão – ladrões
b) substantivos terminados em -m: substitui-se tal Vilão – vilões
letra por “-ns” Eleição – eleições
Ex.: Álbum – álbuns Verão – verões
Personagem – personagens Lição – lições
Som – sons Missão – missões

c) substantivos terminados em -r, -z e -n: acrescenta- - Poucas palavras substituem “ão” por “ães”:
se “es”: Ex.: Alemão – alemães
Ex.:Cartaz – cartazes Capitão – capitães
Algoz – algozes Charlatão – charlatães
Caráter – caracteres Capelão – capelães
Feitor – feitores Catalão – catalães
Abdômen – Abdômenes - Todas as paroxítonas e algumas oxítonas acrescentam
d) substantivos terminados em – l: apenas o “s”:
Substantivos terminados em -al, -el, -ol, ul – substitui- Ex.:Acórdão – Acórdãos
se o “l”, por “is”: Cidadão – cidadãos
Ex.: Anzol – anzóis Cortesão – cortesãos
Capinzal – capinzais Benção – bençãos
Móvel - móveis Órfão – órfãos
Tribunal – tribunais Órgão – órgãos
Substantivos oxítonos terminados em -il: substitui-se Sótão – sótãos
o “l” por “s”: h) Substantivos compostos separados por hífen :
Ex.: Fuzil – fuzis - palavra variável + palavra variável: ambos vão para
Barril – barris o plural.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: guarda-florestal – guardas-florestais b) angústia – sorriso – luz – ausência – esperança


couve-flor – couves-flores –inimizade;
segunda-feira – segundas-feiras c) inimigo – luz – esperança – espaço – tempo;
mão-boba – mãos-bobas d) angústia – saudade – ausência – esperança –
inimizade;
- Verbo ou advérbio + substantivo ou adjetivo: apenas e) espaço – olhos – luz – lábios – ausência – esperança.
a segunda palavra vai para o plural.
5. Assinale a alternativa em que todos os substantivos
Ex.: Guarda-chuva – guarda-chuvas são masculinos:
Sempre-viva – sempre-vivas a) enigma – idioma – cal;
Beija-flor – beija-flores b) pianista – presidente – planta;
c) champanha – dó(pena) – telefonema;
- Palavras repetidas ou onomatopaicas: apenas o d) estudante – cal – alface;
e) edema – diabete – alface.
segundo elemento vai para o plural.
Ex.: Teco-teco – teco-tecos
6. Sabendo-se que há substantivos que no masculino
Pingue-pongue – pingue-pongues têm um significado; e no feminino têm outro, diferente.
Marque a alternativa em que há um substantivo que não
- Palavras unidas por preposição: apenas o primeiro corresponde ao seu significado:
elemento vai para o plural.
Ex.: Estrela-do-mar – estrelas-do-mar a) O capital = dinheiro;
A capital = cidade principal;
- Substantivo + elemento especificador: chamamos de
elemento especificador o substantivo que denota a função b) O grama = unidade de medida;
específica do primeiro do substantivo do. Aqui apenas o A grama = vegetação rasteira;
primeiro elemento vai para o plural:
Ex.: Caneta-tinteiro – canetas-tinteiro c) O rádio = aparelho transmissor;
Navio-escola – navios-escola A rádio = estação geradora;
Pombo-correio- pombos-correio.
d) O cabeça = o chefe;
Exercícios A cabeça = parte do corpo;

1.  Numa das seguintes frases, há uma flexão de plural e) A cura = o médico.


grafada erradamente: O cura = ato de curar.
a) os escrivães serão beneficiados por esta lei.
b) o número mais importante é o dos anõezinhos. 7. Marque a alternativa em que haja somente
c) faltam os hifens nesta relação de palavras. substantivos sobrecomuns:
d) Fulano e Beltrano são dois grandes caráteres. a) pianista – estudante – criança;
e) os répteis são animais ovíparos. b) dentista – borboleta – comentarista;
c) crocodilo – sabiá – testemunha;
d) vítima – cadáver – testemunha;
2. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da
e) criança – desportista – cônjuge.
mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
a) vulcão, abaixo-assinado;
8. Aponte a seqüência de substantivos que, sendo
b) irmão, salário-família; originalmente diminutivos ou aumentativos, perderam
c) questão, manga-rosa; essa acepção e se constituem em formas normais,
d) bênção, papel-moeda; independentes do termo derivante:
e) razão, guarda-chuva. a) pratinho – papelinho – livreco – barraca;
b) tampinha – cigarrilha – estantezinha – elefantão;
3. Assinale a alternativa em que está correta a formação c) cartão – flautim – lingüeta – cavalete;
do plural: d) chapelão – bocarra – cidrinho – portão;
a) cadáver – cadáveis; e) palhacinho – narigão – beiçola – boquinha.
b) gavião – gaviães;
c) fuzil – fuzíveis; 9. Dados os substantivos “caroço”, “imposto”, “coco”
d) mal – maus; e “ovo”, conclui-se que, indo para o plural a vogal tônica
e) atlas – os atlas. soará aberta em:
a) apenas na palavra nº 1;
4. Indique a alternativa em que todos os substantivos b) apenas na palavra nº 2;
são abstratos: c) apenas na palavra nº 3;
a) tempo – angústia – saudade – ausência – esperança– d) em todas as palavras;
imagem; e) N.D.A.

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LÍNGUA PORTUGUESA

10. Marque a alternativa que apresenta os femininos de alhaz facalhaz


“Monge”, “Duque”, “Papa” e “Profeta”: aço filmaço
a) monja – duqueza – papisa – profetisa;
b) freira – duqueza – papiza – profetisa; orra cabeçorra
c) freira – duquesa – papisa – profetisa;
No tocante ao grau analítico aumentativo, é função de
d) monja – duquesa – papiza – profetiza;
alguns adjetivos dar ideia de aumento:
e) monja – duquesa – papisa – profetisa.
grande
imenso
(Exercícios retirados de http://www.portuguesconcurso.
enorme
com/2009/07/substantivo-exercicios-com-gabarito.html)
gigante
gigantesco
GABARITO:
descomunal
grandíssimo
1. D
colossal
2. C
3. E
Já no grau diminutivo sintético, temos os seguintes
4. D
sufixos:
5. C
6. E
7. D Sufixo Exemplos
8. C ilha cartilha
9. E inho carrinho
10. E eto libreto
eta saleta
GRAU DOS SUBSTANTIVOS – AUMENTATIVO E
DIMINUTIVO ebre casebre
Substantivos são palavras que nomeiam os seres. E acho riacho
como estes são múltiplos, com características diversas, ote filhote
o substantivo precisa ser uma classe variável, alternando im espadachim
sua forma conforme gênero e número. E uma vez que os ejo lugarejo
seres também possuem tamanhos distintos, uma variante eco, eca Jornaleco, soneca
possível do substantivo é o grau, podendo ser aumentativo
ou diminutivo. No grau analítico diminutivo dispomos dos seguintes
Há duas formas de realizar o grau aumentativo e o adjetivos:
diminutivo: através do processo sintético (unindo ao radical pequeno
da palavra um sufixo correspondente ao aumentativo ou reduzido
diminutivo) e o analítico (a partir da união de um adjetivo minúsculo
que denota aumento ou diminuição). Vejamos: pequenino
Grau normal: casa miúdo
Grau analítico aumentativo: casa grande
Grau analítico diminutivo: casa pequena EXERCÍCIOS
Grau sintético aumentativo: casarão
Grau sintético diminutivo: casinha 1. Assinale a alternativa em que o substantivo em
destaque está flexionado no grau aumentativo ou
Quando tratamos do grau sintético aumentativo, diminutivo.
alguns sufixos são usados para essa função: a)  O médico disse-me que o problema era o coração.
b)  Atendi o vendedor no portão.
Sufixo Exemplos c) O riacho é límpido.
aça barcaça d) O ferrão do marimbondo é sua defesa.
alha muralha e) Muitas cartilhas escolares foram encontradas no lixo.
alhão grandalhão
2. O plural diminutivo de “mulher” e “cão” é:
ão carrão
a)  mulherzinhas  e cãozinhos.
zarrão homenzarrão b)  mulherezinhas , cãezinhos.
eirão vozeirão c) mulherezinhas e cãosinhos.
uça dentuça d)  mulheresinhas e cãezinhos.
aréu povaréu e)  mulhersinhas e cãesinhos.
astro poetastro

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LÍNGUA PORTUGUESA

(Exercícios retirados de http://saladelinguaportuguesablog.blogspot.com.br/2014/05/exercicios-sobre-substantivo-com.


html)

Gabarito

1–C
2-B
INTERJEIÇÃO

A linguagem é um sistema de comunicação. E quando nos comunicamos com o outro, muitas vezes as palavras e seus
significados são insuficientes, no tocante à expressão das emoções. Aí surgem as interjeições, palavras invariáveis que
não constituem parte essencial numa frase, mas têm como função exprimir sentimentos, emoções, reações do falante.
Geralmente estão em frases exclamativas.

Exemplos:
Ah! Uh-uh! Ui! (encontros vocálicos)
Nossa! Jesus! (palavras)
Meu pai amado! Que pena! (locuções interjetivas= conjunto de palavras com função de interjeição)

Classificação das interjeições e locuções interjetivas


a) De alegria: Viva! Opa!
b) De advertência: Atenção! Cuidado!
c) De estímulo: Força! Ânimo!
e) De surpresa: Caramba! Vixe!
f) De dor: Ai! Ui!
g) De alívio: Ufa!
h) De desejo: Tomara! Oxalá!
i) De medo: Credo! Cruzes!
j) De concordância: Claro! Tá!
k) De desaprovação: Francamente! Xi!
l) De cumprimento: Alô!Olá!
m) De socorro: Socorro! Ajuda!
n) De afastamento: Sai! Xô!

NUMERAL
Numeral é a classe gramatical que indica a quantidade de seres, assim como seu ordenamento em uma determinada
série. É considerado um satélite do substantivo dentro de um sintagma nominal já que determina o número dos nomes e
sua ordem em um enunciado. Veja os exemplos:
a) Encontrei dois gatos no acampamento.
b) É para ingerir um terço da medicação.
c) Joana ficou em terceiro lugar no concurso.

Classificação dos numerais


Os numerais são classificados em cardinais, ordinais, multiplicativos, fracionários e coletivos.
a) Numerais cardinais: apresentam a quantidade dos seres em geral.
Ex.: um, dois, três, dez, vinte, cem, mil.

b) Numerais ordinais: indicam a ordem, posição de determinado ser.


Ex.: primeiro, segundo, terceiro, quinto, décimo, vigésimo.

c) Numerais multiplicativos: determinam a quantidade de vezes que um elemento foi multiplicado, fazendo referência
a um aumento proporcional desse elemento.
Ex.: triplo, quádruplo, cêntuplo.

d) Numerais fracionários: indicam a segmentação, divisão de um elemento através de frações.


Ex.: um terço, um quinto, dois terços, dois vinte avos.

e) Numerais coletivos: referem-se, no singular, a um conjunto de seres, apresentando um número exato dos mesmos.
Ex.: uma dúzia, uma dezena, um cento.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Veja o quadro explicativo:

Números Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários Coletivos


1 um primeiro
duo, dueto,
2 dois segundo duplo ou dobro meio ou metade
dupla
3 três terceiro triplo ou tríplice terço trio
4 quatro quarto quádruplo quarto quarteto
5 cinco quinto quíntuplo quinto quinteto
6 seis sexto sêxtuplo sexto sexteto
7 sete sétimo séptuplo sétimo
8 oito oitavo óctuplo oitavo
9 nove nono nónuplo nono novena
dezena, dé-
10 dez décimo décuplo décimo
cada
undécimo ou décimo undécimo ou onze
11 onze undécuplo
primeiro avos
duodécimo ou décimo duodécimo ou
12 doze duodécuplo dúzia
segundo doze avos
13 treze décimo terceiro treze avos
14 catorze décimo quarto catorze avos
15 quinze décimo quinto quinze avos
dezesseis
16 décimo sexto dezesseis avos
(dezasseis)
dezessete
17 décimo sétimo dezassete avos
(dezessete)
18 dezoito décimo oitavo dezoito avos
dezenove
19 décimo nono dezenove avos
(dezanove)
20 vinte vigésimo vinte avos
21 vinte e um vigésimo primeiro vinte e um avos
30 trinta trigésimo trinta avos
40 quarenta quadragésimo quarenta avos
50 cinquenta quinquagésimo cinquenta avos
60 sessenta sexagésimo sessenta avos
70 setenta septuagésimo setenta avos
80 oitenta octogésimo oitenta avos
90 noventa nonagésimo noventa avos
100 cem centésimo cêntuplo centésimo centena, cento
200 duzentos ducentésimo duzentos avos
300 trezentos tricentésimo trezentos avos
400 quatrocentos quadrigentésimo quatrocentos avos
500 quinhentos quingentésimo quinhentos avos
600 seiscentos seiscentésimo seiscentos avos
700 setecentos septigentésimo setecentos avos

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LÍNGUA PORTUGUESA

Números Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários Coletivos


800 oitocentos octigentésimo oitocentos avos
900 novecentos nongentésimo novecentos avos
1 000 mil milésimo milésimo milhar
10 000 dez mil dez milésimos dez mil avos
100 000 cem mil cem milésimos cem mil avos
1 000 000 um milhão milionésimo milionésimo
um bilhão
1 000 000 000 bilhonésimo bilhonésimo
(mil milhões)
1 000 000 000 um trilhão trilhonésimo (bilioné- trilionésimo (bilio-
000 (um bilhão) simo) nésimo)

Flexão dos numerais


Por ser uma classe gramatical do substantivo, o numeral pode apresentar variação de gênero e número, a fim de
estabelecer concordância.

a) Variação dos numerais cardinais: os cardinais apresentam pouca variação de gênero, limitando-se aos seguintes
casos: um, uma, dois, duas, e centenas a partir de duzentos, duzentas, trezentos, trezentas etc… Quanto à variação de
número, verificamos os casos de milhão, milhões, bilhão, bilhões, trilhão, trilhões.
b) Variação dos numerais ordinais: apresentam variação de gênero e número. Ex.: primeiro, primeira, primeiros,
primeiras, segundo, segunda, segundos, segundas…

c) Variação dos numerais multiplicativos: são invariáveis quando não se tratar de adjetivos, qualificando um
substantivo.
Ex.: João tem o duplo do salário de Maria. (numeral invariável)
Maria tem dupla função na empresa. (adjetivo variável).

d) Variação dos numerais fracionários: podem apresentar variação de gênero e número, variação esta condicionada
pelo cardinal que anteceder o fracionário.
Ex.: Comprei um quarto do terreno.
Comprei dois quartos do lote.

Foi vendido um terço do prédio.


Foi vendida uma terça parte da empresa.

e) Variação dos numerais coletivos: variam apenas em número. Ex.: uma dúzia, duas dúzias, um cento, dois centos.

Exercícios

1) Identifique se o termo destacado é numeral ou artigo indefinido.


a) Você só tem uma vida. Cuide bem dela.
b) Ele não fala uma palavra de chinês!
c) Aqueles invasores podem representar uma ameaça para os índios.
d) A decomposição desse material pode demorar um século.

2) Alguns substantivos ou adjetivos podem ser empregados para indicar quantidades numéricas. Identifique essas
palavras em cada texto e escreva  seu significado.
a) Após uma década de perseguição, Maomé e seus seguidores migraram para Medina, a cerca de 300 quilômetros
de Meca. O profeta veio a governar  a cidade e, vários anos depois, ele e um pequeno exército de fiéis retornaram a Meca.
(National Geographic)
b) Há pouco mais de um século, os imigrantes trouxeram agitação para a  cidade de São Paulo. Sua grande riqueza é a
sua diversidade cultural,  constituída de mais de 70 grupos étnicos e nacionais. (Folha de S. Paulo)
c) Numa vaquejada que houve na fazenda vieram todos os vaqueiros  daquelas bandas. Meu pai matou meia dúzia de
vacas e abriu pipas de vinho  branco para quem quisesse beber. Nunca se tinha dado festa igual.(Graciliano Ramos)
d) A educação indígena diferenciada e bilíngue no Acre ainda tem um longo  caminho a percorrer. A maior parte dos
professores só leciona do 1º ao 5º  ano, mas já há um grupo ensinando do 6º ao 9º ano.(O Estado de S. Paulo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

 e) Durante o Festival Toonik Tyme, os inuits, habitantes Observe:


do ártico canadense,  revivem seus costumes milenares. I. “Essa atitude de certo modo religiosa de ‘um’ homem
3) (UFPI) Aponte a alternativa em que os  numerais engajado no trabalho...”
estão bem empregados. II. “Pedro comprou ‘um’ jornal”
a) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.                      III. “Maria mora no apartamento ‘um’.”
b) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo. IV. “Quantos namorados você tem?” ‘Um’.
c) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo
primeiro.            A palavra “um” nas frases acima é, no plano morfológico,
d)Antes do artigo dez vem o artigo nono. respectivamente:
e) O artigo vigésimo  segundo foi revogado. a) artigo indefinido em I e numeral em II, III e IV.
b) artigo indefinido em I e II e numeral em III e IV.
4) (Unitau) c) artigo indefinido em I e III e numeral em II e IV.
“Vivemos numa época de tamanha insegurança d) artigo indefinido em I, II, III e IV.
externa e interna, e de tamanha carência de objetivos e) artigo indefinido em III e IV e numeral em I e II.
firmes, que a simples confissão de nossas convicções
pode ser importante, mesmo que essas convicções, como (Exercíciosretiradosdehttp://tudodeconcursosevestibulares.
todo julgamento de valor, não possam ser provadas por blogspot.com.br/2013/01/numeral-classificacao-e-flexao.html)
deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar Gabarito
a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente, 1 - Numeral, Artigo, Artigo, Numeral
nossos esforços para compreender o universo cognoscível 2. década(dez anos), século(cem anos), meia dúzia(seis),
através do pensamento lógico construtivo - como um bilíngue( duas línguas), milenares(mil anos).
objeto autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da 3-D
verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, 4-B
de caráter prático, por exemplo? Essa questão não pode
ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá PREPOSIÇÃO
considerável influência sobre nosso pensamento e nosso Preposição é a classe invariável cuja função é ligar dois
julgamento moral, desde que se origine numa convicção termos entre si, subordinando um ao outro, criando uma
profunda e inabalável Permitam-me fazer uma confissão: relação de sentido.
para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção Chamamos de regente o termo que antecede a
e compreensão é um dos objetivos independentes sem os preposição e regido o que a sucede
quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude
consciente e positiva ante a vida. Ex.:
Na própria essência de nosso esforço para 1) Esta é uma casa de barro.
compreender o fato de, por um lado, tentar englobar a Termo regente: casa
grande e complexa variedade das experiências humanas, Termo regido: barro
e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a economia
nas hipóteses básicas. A crença de que esses dois objetivos 2) Voltou para casa a pé
podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo Termo regente: casa
de nosso conhecimento científico, uma questão de fé. Sem Termo regido: pé
essa fé eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável
acerca do valor independente do conhecimento. Podemos perceber nos exemplos acima que, além de
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem unir dois termos entre si, as preposições “de” e “a” também
engajado no trabalho científico tem influência sobre toda criam uma relação de sentido entre as palavras interligadas.
sua personalidade. Além do conhecimento proveniente da No primeiro, “de barro” informa o material do qual é feita a
experiência acumulada, e além das regras do pensamento casa e, no segundo, o instrumento da caminhada.
lógico, não existe, em princípio, nenhuma autoridade cujas As preposições são dividades em essenciais e acidentais.
confissões e declarações possam ser consideradas “Verdade As preposições essenciais (aquelas que somente
“ pelo cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma funcionam como preposição) são:
pessoa que devota todo seu esforço a objetivos materiais A – ante – até- após- com- contra- de- desde – em –
se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente entre – para – perante - - por – sem – sob – sobre - trás
individualista, que, a princípio, só tem fé em seu próprio
julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o Já as acidentais consistem em palavras advindas
individualismo intelectual e a sede de conhecimento de outras classes gramaticais que podem atuar como
científico apareceram simultaneamente na história e preposições:
permaneceram inseparáveis desde então. “ Como – conforme – consoante – exceto – mediante –
(Einstein, in: “O Pensamento Vivo de Einstein”, p. 13 salvo – segundo – senão
e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)

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LÍNGUA PORTUGUESA

EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES Tempo Dias após dia


Considerando que as preposições unem termos entre
Instrumento Cortou a linha com a tesoura
si, criando uma relação de sentido, elas podem se unir a
outras classes gramaticais, tais como artigo e pronome, a Especialidade Ela é formada em Medicina
fim de promover esse elo significativo. Neste caso, haverá Oposição Ele é contra a reforma
os processos que chamamos de contração e combinação. Finalidade O livro é para educar-se
Combinação
Chamamos de combinação a união da preposição a Locução Prepositiva
outra classe gramatical, sem perda fonética ou estrutural. É a união de duas ou mais palavras com a função de
Ou seja, a união mantém a estrutura das duas classes preposição.
unidas. A despeito de
A fim de
Preposição Classe gramatical Combinação
Através de
a O (artigo) ao
a Os (artigo) aos
Perto de
a Onde (pronome) aonde Ao encontro de
Antes de
Contração Acerca de
Aqui a união da preposição com outra classe gramatical Embaixo de
garante perda fonética e transformação da estrutura das
Em cima de
classes unidas.
De acordo com
Preposição Classe Gramatical Contração EXERCÍCIOS
a a à
de o do
01. Indique a alternativa correta quanto ao valor
de a da
semântico das preposições nas frases abaixo.
por a pela
a) Morreu de pneumonia. (doença)
por o pelo
b) Falava de política. (modo)
em aquele naquele
c) Morava numa casa de madeira. (matéria)
em aquela naquela
d) Veio de ônibus. (companhia)
de entre dentre
de um dum e) Ele chegou de Lisboa. (nacionalidade)
de uma duma
em um num 02. (Ufac) “O que desejava... Ah! Esquecia-se. Agora
em uma numa se descordava da viagem que tinha feito pelo sertão, a
em o no cair de fome.” (Graciliano Ramos). A alternativa em que a
em a na preposição de expressa a mesma ideia que possui em “...a
cair de fome” é:
Preposição antecedendo o sujeito do verbo a) De tanto gritar, sua voz ficou rouca.
Não é correto realizar a contração da preposição “de” b) De grão em grão, a galinha enche o papo.
com o artigo que determina o sujeito de um verbo: c) De noite todos os gatos são pardos.
Está na hora de a menina começar a estudar (e não “da d) Chegaram cedo de Cruzeiro do Sul.
menina começar a estudar”) e) Trazia no bolso uma caneta de prata.

Valores semânticos da preposição 03. (Fameca-SP) As relações expressas pelas


preposições estão corretas na sequência:
Lugar Está em Brasília I. Saí com ela.
Origem Veio do Sul II. Ficaram sem um tostão.
Causa Morreu de fome III. Esconderam o lápis de Maria.
Assunto O livro é sobre política IV. Ela prefere viajar de navio.
Meio Veio de avião V. Estudou para passar.
a) falta; companhia; posse; meio; fim
Posse O livro é do João
b) companhia; falta; posse; fim; meio
Matéria A mesa é de madeira
c) companhia; posse; falta; meio; fim
Companhia Vim com Pedro d) companhia; falta; meio; posse; fim
Ausência Estou sem ânimo e) companhia; falta; posse; meio; fim
Modo Fique à vontade

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LÍNGUA PORTUGUESA

04.  (UFPA) No trecho: “(O Rio) não se industrializou, a) Flexão de número:


deixou explodir a questão social, fermentada por mais Singular (um sujeito)
de dois milhões de favelados, e inchou, à exaustão, Plural (mais de um sujeito)
uma máquina administrativa que não funciona...”, a
preposição a (que está contraída com o artigo a) traduz b) Flexão de pessoa:
uma relação de:  1º pessoa (emissor: eu, nós)
a) fim 2º pessoa (receptor: tu, vós)
b) causa 3º pessoa (assunto: ele, ela, eles, elas)
c) concessão
d) limite c) Flexão de modo:
e) modo Indicativo
Subjuntivo
05  (INATEL) Assinale a alternativa em que a norma Imperativo
culta não aceita a contração da preposição de: d) Flexão de tempo
a) Aos prantos, despedi-me dela. Pretéritos
b) Está na hora da criança dormir. Presente
c) Falava das colegas em público. Futuro
d) Retirei os livros das prateleiras para limpá-los.
e) O local da chacina estava interditado. e) Flexão de voz
Voz ativa
06. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que a Voz passiva
preposição com traduz uma relação de instrumento: Voz reflexiva
a) “Teria sorte nos outros lugares, com gente estranha.”
b) “Com o meu avô cada vez mais perto de mim, o 2) A estrutura do verbo
Santa Rosa seria um inferno.”
Radical CANT – VEND – PART
c) “Não fumava, e nenhum livro com força de me
Vogal Temática: A – E – I
prender.”
Desinências – R – MOS – S
d) “Trancava-me no quarto fugindo do aperreio,
matando-as com jornais.”
Chamamos de tema a união do radical com a vogal
e) “Andavam por cima do papel estendido com outras
temática, que possui a função de apresentar a conjugação
já pregadas no breu.”
do verbo.
(Exercícios retirados de http://www. - Verbos de 1º conjugação: (vogal temática a) – cantar,
gramaticaparaconcursos.com/2014/05/preposicoes- amar, sonhar, falar
exercicios.html) - Verbos de 2º conjugação: (vogal temática e) – comer,
vender, escreve
Gabarito - Verbos de 3º conjugação: (vogal temática i) – partir,
sorrir, exibir
1–c
2–a Observação: verbos como por, compor são considerados
3–e de 2º conjugação devido a sua forma arcaica poer.
4–e A conjugação verbal influencia a flexão dos verbos.
5–b Vejamos:
6–c
1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Cant-o Vend-o Part-o
VERBO Cant-a-s Vend-e-s Part-es
Verbo é a classe gramatical que indica ações, estados, Cant-a Vend-e Part-e
emoções e fenômenos climáticos. Cant-a-mos Vend-e-mos Part-i-mos
Ex.: Cant-a-is Vend-e-is Part-is
a) O médico operou o doente. (ação) Cant-a-m Vend-e-m Part-em
b) Rodrigo está doente. (estado)
c) Maria permanece chorosa. (estado, emoção) 3) Modos verbais
d) Chove muito em Brasília. (fenômeno climático) Indicam o modo com o qual o falante se posiciona
frente a ação verbal. Por isso os modos são:
1) As flexões do verbo a) Indicativo: indica certeza, ação certa
O verbo é uma classe complexa, pois apresenta uma b) Subjuntivo: hipótese, dúvida
série de variações e flexões. Pode variar em número, c) Imperativo: ordem, pedido.
pessoa, tempo, modo e voz:

35
LÍNGUA PORTUGUESA

4) Tempos verbais
Os tempos verbais se referem ao tempo em que a ação foi realizada. Surgem nos modos indicativo e subjuntivo.
O modo indicativo, por indicar ação certa, é o que mais apresenta flexões de tempo:
- Presente do Indicativo: o verbo é conjugado no tempo presente em que a ação é feita
- Pretérito Perfeito do Indicativo: ação já foi finalizada em tempo passado.
- Pretérito mais que perfeito do Indicativo – ação foi feita em tempo remoto
- Pretérito Imperfeito do Indicativo – ação tida como hábito no tempo passado
- Futuro do Presente: ação que será realizada no futuro
- Futuro do Pretérito: ação condicionada por outra ação verbal.

Vejamos os diversos tempos verbais nos verbos das três conjugações:

- Presente do Indicativo
1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Cant-o Vend-o Part-o
Cant-a-s Vend-e-s Part-es
Cant-a Vend-e Part-e
Cant-a-mos Vend-e-mos Part-i-mos
Cant-a-is Vend-e-is Part-is
Cant-a-m Vend-e-m Part-em

- Pretérito Perfeito do Indicativo


1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Cant-ei Vend-i Part-i
Cant-a-ste Vend-e-ste Part-i -ste
Cant-ou Vend-e -u Part-i-u
Cant-a-mos Vend-e-mos Part-i-mos
Cant-a-stes Vend-e-stes Part-i -stes
Cant-a-ra-m Vend-e - ram Part-i-ram

- Pretérito mais que perfeito do Indicativo


1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Cant-a- ra Vend-e- ra Part-i- ra
Cant-a-ra -s Vend-e-ra -s Part-i -ra -s
Cant-a -ra Vend-e - ra Part-i -ra
Cant-á- ra -mos Vend-e-ra -mos Part-i-ra -mos
Cant-a- re-is Vend-e-re -is Part-i-re -is
Cant-a- ra -m Vend-e-ra-m Part-i-ra -m

- Pretérito Imperfeito do Indicativo


1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Cant-a -va Vend-ia Part-ia
Cant-a-va-s Vend-ia-s Part-ia-s
Cant-a -va Vend-ia Part-ia
Cant-á-va- mos Vend-ía-mos Part-ía-mos
Cant-á-ve -is Vend-íe-is Part-íe-is
Cant-a-va -m Vend-ia-m Part-ia-m

36
LÍNGUA PORTUGUESA

- Futuro do Presente do Indicativo


1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Cant-a -re-i Vend-e -re-i Part-i -re- i
Cant-a-rá-s Vend-e-rá-s Part-i -rá -s
Cant-a - rá Vend-e-rá Part-i -rá
Cant-á-re- mos Vend-e -re-mos Part-i -re -mos
Cant-a-re-is Vend-e -re -is Part-i – re -is
Cant-a-rão Vend-e- rão Part-i -rão

- Futuro do pretérito do Indicativo


1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Cant-a -ria Vend-e -ria Part-i -ria
Cant-a-ria -s Vend-e-ria -s Part-i -ria -s
Cant-a - ria Vend-e-ria Part-i -ria
Cant-a-ría - mos Vend-e -ría -mos Part-i -ría -mos
Cant-a-ríe-is Vend-e -ríe -is Part-i – ríe -is
Cant-a-ria- m Vend-e- ria -m Part-i -ria-m

5) O Modo Subjuntivo
É o que apresenta a ação verbal enquanto hipótese, dúvida. Apresenta três tempos, o presente do subjuntivo, o
imperfeito do subjuntivo e o futuro do subjuntivo.
a) Presente do subjuntivo
Indica hipótese e sua construção se dá através da substituição da vogal temática pela vogal de subjuntivo. Em verbos
de primeira conjugação se substitui a vogal temática “a” por “e”, nos verbos de segunda e terceira conjugação se substitui
as vogais “e” e “i” por “a”:

1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação


Que eu cant-e Que eu vend-a Que eu part-a
Que tu cant-e- s Que tu vend-a -s Que tu part-a -s
Que ele cant-e Que ele vend-a Que ele part-a
Que nós cant-e- mos Que nós vend-a -mos Que nós part-a -mos
Que vós cant-e-is Que vós vend-a-is Que vós part-a -is
Que eles cant-e- m Que eles vend-a -m Que eles part-a-m

b) Imperfeito do Subjuntivo
1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
se eu cant-a-sse se eu vend-e-sse se eu part-i-sse
se tu cant-a-sse- s se tu vend-e-sse -s se tu part-i-sse -s
se ele cant-a-sse se ele vend-e-sse se ele part-i-sse
se nós cant-á-sse- mos se nós vend-ê-sse -mos se nós part-í-sse -mos
se vós cant-á-sse-is se vós vend-ê-sse-is se vós part-í-sse -is
se eles cant-a-sse- m se eles vend-e-sse -m se eles part-i-sse-m

c) Futuro do Subjuntivo
1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
quando eu cant-a-r quando eu vend-e-r quando eu part-i-r
quando tu cant-a-re- s quando tu vend-e-re -s quando tu part-i-re -s
quando ele cant-a-r quando ele vend-e-r quando ele part-i-r
quando nós cant-a-r- mos quando nós vend-e-r -mos quando nós part-i-r -mos
quando vós cant-a-rdes quando vós vend-e-rdes quando vós part-i-rdes
quando eles cant-a-re- m quando eles vend-e-re -m quando eles part-i-re-m

37
LÍNGUA PORTUGUESA

6) Modo Imperativo
O modo imperativo está ligado à ideia de ordem e pedido. Aqui temos o Modo Imperativo Afirmativo e o Imperativo
Negativo. A construção do Imperativo Afirmativo se dá reaproveitando desinências do modo indicativo e subjuntivo. Além
do mais, vale lembrar que este modo não é flexionado na 1º pessoa do singular.
2º pessoa do singular (tu) – presente do indicativo sem o “s”
3º pessoa do singular (você) – presente do subjuntivo
1º pessoa do plural (nós) – presente do subjuntivo
2º pessoal do plural (vós) – presente do indicativo sem o “s”
3º pessoa do plural (vocês) – presente do subjuntivo

Observação: por ser ordem direta não usamos o ele, eles, e sim o você (s), que possui a mesma flexão.

Imperativo Afirmativo
1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação
Canta tu Vende tu Parte tu
Cante você Venda você Parta você
Cantemos nós Vendamos nós Partamos nós
Cantai vós Vendei vós Parti vós
Cantem vocês Vendam vocês Partam vocês

Imperativo Negativo
No Imperativo Negativo usamos a mesma flexão do presente do subjuntivo

1º conjugação 2º conjugação 3º conjugação


Não cantes tu Não vendas tu Não partas tu
Não cante você Não venda você Não parta você
Não cantemos nós Não vendamos nós Não partamos nós
Não canteis vós Não vendais vós Não partais vós
Não cantem vocês Não vendam vocês Não partam vocês

7) Formas Nominais dos Verbos


Nas formas nominais dos verbos não temos flexão de modo e tempo. Podem exercer a função de verbo ou nome:
a) Infinitivo: cantar, amar, vender, partir, sorrir
b) Gerúndio: cantando, vendendo, partindo, amando, comendo
c) Particípio: vendido, comprado, amado, partido

8) Classificação dos Verbos:


a) Regulares: Verbos que apresentam flexões regulares, usando as desinências tradicionais. Ex.: cantar, amar, comer,
vender, partir
b) Irregulares: Verbos que apresentam flexões próprias, não utilizando as desinências regulares. Ex.: trazer, ir, fazer,
dar, poder

Presente do Indicativo
Trazer Fazer Poder
Trago Faço Posso
Trazes Fazes Podes
Traz Faz Pode
Trazemos Fazemos Podemos
Trazeis Fazeis Podeis
Trazem Fazem Podem

Pretérito Perfeito
Trazer Fazer Poder
Trouxe Fiz Pude
Trouxeste Fizeste Pudeste

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LÍNGUA PORTUGUESA

Trouxe Fez Pôde


Trouxemos Fizemos Pudemos
Trouxestes Fizestes Pudestes
Trouxeram Fizeram Puderam

Pretérito mais que perfeito


Trazer Fazer Poder
Trouxera Fizera Pudera
Trouxeras Fizeras Puderas
Trouxera Fizera Pudera
Trouxéramos Fizéramos Pudéramos
Trouxéreis Fizéreis Pudéreis
Trouxeram Fizeram Puderam

Pretérito Imperfeito
Trazer Fazer Poder
Trazia Fazia Podia
Trazias Fazias Podias
Trazia Fazia Podia
Trazíamos Fazíamos Podíamos
Trazíeis Fazíeis Podíeis
Traziam Faziam Podiam

Futuro do Presente
Trazer Fazer Poder
Trarei Farei Poderei
Trarás Farás Poderás
Trará Fará Poderá
Traremos Faremos Poderemos
Trareis Fareis Podereis
Trarão Farão Poderão

c) Principais: em uma locução verbal (conjunto de dois verbos) são os verbos que apresentam a informação principal
referente à ação. Ex.: comprar, amar, vender...

d) Auxiliares: em uma locução verbal, são os verbos com pouco força semântica que apresentam informação gramatical
de tempo e pessoa. Ex.: ser, ir, estar…

Ser
Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que perfeito do
Indicativo
Sou Fui Fora
És Foste Foras
É Foi Fora
Somos Fomos Fôramos
Sois Fostes Fôreis
São Foram Foram

Pretérito Imperfeito do Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo


Indicativo
Era Serei Seria
Eras Serás Serias

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LÍNGUA PORTUGUESA

Era Será Seria


Éramos Seremos Seríamos
Éreis Sereis Seríeis
Eram Serão Serão

Presente do Subjuntivo Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo


Que eu seja Se eu fosse Quando eu for
Que tu sejas Se tu fosses Quando tu fores
Que ele seja Se ele fosse Quando ele for
Que nós sejamos Se nós fôssemos Quando nós formos
Que vós sejais Se vós fôsseis Quando vós fordes
Que eles sejam Se eles fossem Quando eles forem
Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo
Sê tu Não sejas tu
Seja você Não seja você
Sejamos nós Não sejamos nós
Sede vós Não sejais vós
Sejam vocês Não sejam vocês
Estar
Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que perfeito do
Indicativo
Estou Estive Estivera
Estás Estiveste Estiveras
Está Esteve Estivera
Estamos Estivemos Estivéramos
Estais Estivestes Estivéreis
Estão Estiveram Estiveram

Pretérito Imperfeito do Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo


Indicativo
Estava Estarei Estaria
Estavas Estarás Estarias
Estava Estará Estaria
Estávamos Estaremos Estaríamos
Estáveis Estareis Estaríeis
Estavam Estarão Estariam

Presente do Subjuntivo Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo


Que eu esteja Se eu estivesse Quando eu estiver
Que tu estejas Se tu estivesses Quando tu estiveres
Que ele esteja Se ele estivesse Que ele estiver
Que nós estejamos Se nós estivéssemos Quando nós estivermos
Que vós estejais Se vós estivésseis Quando vós estiverdes
Que eles estejam Se eles estiveram Quando eles estiverem

Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo


Está tu Não estejas tu
Esteja você Não esteja você
Estejamos nós Não estejamos nós
Estai vós Não estejais vós
Estejam vocês Não estejam vocês

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LÍNGUA PORTUGUESA

e) Anômalos: verbos que, quando conjugados, apresentam radicais distintos do radical primitivo.
Ex.: Eu sou, Eu era, Eu Fui…

Ir
Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que perfeito do
Indicativo
Vou Fui Fora
Vais Foste Foras
Vai Foi Fora
Vamos Fomos Fôramos
Ides Fostes Fôreis
Vão Foram Foram

Pretérito Imperfeito do ndicativo Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo


Ia Irei Iria
Ias Irás Irias
Ia Irá Iria
Íamos Iremos Iríamos
Íeis Ireis Iríeis
Iam Irão Iriam

Presente do Subjuntivo Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo


Que eu vá Se eu fosse Quando eu for
Que tu vás Se tu fosses Quando tu fores
Que ele vá Se ele fosse Quando ele for
Que nós vamos Se nós fôssemos Quando nós formos
Que vós vades Se vós fôsseis Quando vós fordes
Que eles vão Se eles fossem Quando eles foram

Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo


Vai tu Não vás tu
Vá você Não vá você
Vamos nós Não vamos nós
Ide vós Não vades vós
Vão vocês Não vão vocês

f) Defectivos: verbos que não apresentam conjugação completa, em algumas pessoas verbais. Ex,: Polir, banir
Polir – Presente do Indicativo Banir – Presente do Indicativo
x x
x x
x x
Polimos banimos
Polis banis
x c

g) Abundantes: verbos que apresentam duas formas equivalentes no particípio, uma regular e um
irregular. Ex.: Aceitar = aceito, aceitado

Verbos abundantes da 1.ª conjugação


Verbo aceitar: aceitado (regular) e aceito (irregular)
Verbo entregar: entregado (regular) e entregue (irregular)
Verbo ganhar: ganhado (regular) e ganho (irregular)
Verbo matar: matado (regular) e morto (irregular)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Verbo pagar: pagado (regular) e pago (irregular) Eu vou comprar esta casa. - Já neste caso temos a
Verbo pegar: pegado (regular) e pego (irregular) presença de dois verbos: um auxiliar: “vou”, o qual contém
Verbo salvar: salvado (regular) e salvo (irregular) a informação de tempo e pessoa, e “comprar” que possui a
informação semântica.
Verbos abundantes da 2.ª conjugação Em uma locução verbal sempre verificamos dois verbos:
Verbo acender: acendido (regular) e aceso (irregular) um auxiliar + um principal. Veja outros exemplos:
Verbo eleger: elegido (regular) e eleito (irregular)
Verbo envolver: envolvido (regular) e envolto (irregular) a) Ainda estou estudando para a avaliação.
Verbo morrer: morrido (regular) e morto (irregular) Estou – verbo auxiliar
Verbo prender: prendido (regular) e preso (irregular) Estudando – verbo principal
Verbo revolver: revolvido (regular) e revolto (irregular) b) João veio chorando.
Verbo suspender: suspendido (regular) e suspenso Veio – verbo auxiliar
(irregular) Chorando – verbo principal
Verbos abundantes da 3.ª conjugação c) Pode acontecer mais disso.
Verbo expelir: expelido (regular) e expulso (irregular) Pode – Verbo auxiliar
Verbo : exprimir exprimido (regular) e expresso Acontecer – verbo principal
(irregular)
Verbo extinguir: extinguido (regular) e extinto Exercícios
(irregular)
Verbo frigir: frigido (regular) e frito (irregular) 01.  (MED – SANTOS) Assinale a frase inteiramente
Verbo imprimir: imprimido (regular) e impresso correta:
(irregular) a) Se você requisesse e seu advogado intervisse, talvez
Verbo incluir: incluído (regular) e incluso (irregular) reavesse todos os seus bens.
Verbo submergir: submergido (regular) e submerso b) Se você requeresse e seu advogado interviesse,
(irregular) talvez reouvesse todos os seus bens.
c)  Se você requizesse e seu advogado intervesse, talvez
h) Verbos Intransitivos: verbos que não necessitam reaveria todos os seus bens.
de complemento. Ex.: viajar, dormir, morrer, nascer. d) Se você requisesse e seu advogado intervesse, talvez
i) Verbos Transitivo Diretos: Verbos que necessitam reaveria todos os seus bens.
de complemento, mas sem a necessidade de preposição. e) Se você requeresse e seu advogado intervisse, talvez
Ex.: Comprar, vender, falar reouvesse todos os seus bens.
j) Verbos Transitivos Indiretos: Verbos que se ligam
ao complemento com o auxílio de preposição. Ex.: precisar 02. (MED – SANTOS) A forma que pode estar no futuro
(de), necessitar (de) do subjuntivo é:
k) Verbos de Ligação: verbos com pouca força a) Quando virdes a realidade dos fatos…
semântica que ligam o sujeito a seu predicativo (qualidade). b) Se irmos diretamente ao assunto…
Ex.: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, andar… c) Quando vos verdes em idênticas situações…
l) Verbos unipessoais: verbos que apresentam uma d) Se susterdes a palavra…
única pessoa verbal. Ex.: Latir, miar, coaxar. e) Se vós imposerdes a vossa idéia…
m) Verbos impessoais: verbos que não possuem
sujeito. São eles os que indicam fenômenos climáticos 03. (UFF) Assinale a frase em que há um erro de
(chover, nevar), haver (no sentido de existir), fazer conjugação verbal:
(indicando tempo decorrido). Assim sendo permanecem a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.
na 3º pessoa do singular. b) Ele interviu na questão.
n) Verbos pronominais: verbos que exigem pronome. c) Eles foram pegos de surpresa.
Ex.: queixar-se, arrepender-se. d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.
e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo.
Locução Verbal
Chamamos de locução o conjunto de palavras que 04. (UFF) Assinale a série em que estão devidamente
exercem a função de uma única. No caso de locução verbal, classificadas as formas verbais destacadas:
é quando dois verbos cumprem a função que poderia ser “Ao chegar da fazenda, espero que já tenha terminado
exercida por um só verbo. a festa”.
a) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do subjuntivo
Ex.: b) infinitivo, presente do subjuntivo
Eu comprarei esta casa. - Aqui verificamos um único c) futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo
verbo, cujo radical nos dá a informação temporal e as d) infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo
desinências informações gramaticais (pessoa, tempo e e) infinitivo, pretérito perfeito do subjuntivo
número).

42
LÍNGUA PORTUGUESA

05.  (ENG – MACK) Só muito mais tarde vim, a saber, * Pronomes adjetivos: são os que acompanham o
que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ nome, exercendo a função-satélite de adjunto adnominal.
ninguém que ______________. Ex.: Minha casa está à venda.
a) detera; houve; os ajudasse;
b) detivera; houve; os ajudasse; Os pronomes são uma classe variável, em gênero e
c) detera; teve; ajudasse eles; número e se dividem em:
d) detivera; houve; ajudasse eles; a) Pronomes Pessoais;
e) detivera; teve; os ajudasse. b) Pronomes Indefinidos;
06.  (FEB) “Ele ___________ o carro a tempo, mas não c) Pronomes Demonstrativos;
____________ a irritação e ___________ – se com o outro d) Pronomes Interrogativos;
motorista”. e) Pronomes Relativos;
a) freou – conteve – desaveio f) Pronomes Possessivos;
b) freiou – conteu – desaveu g) Pronomes de Tratamento.
c) freou – conteve – desaviu
d) freiou – conteve – desaveio PRONOMES PESSOAIS
e) N. D. A. Pronomes pessoais são os que substituem as pessoas
07. (FEB) Assinale a alternativa que completa do discurso (emissor, receptor, assunto) e se dividem em:
adequadamente as lacunas: a) Pronomes pessoais do caso reto: substituem o
“Visto que a democratização do ensino é uma nome e exercem a função de sujeito do verbo (ou seja,
necessidade, a escola pública ___________ de ser realmente determina a flexão verbal).
apoiada e defendida, embora muitos _______________ pois Ex.: Nós compramos muitos presentes.
abaixamento de nível”. b) Pronomes pessoais do caso oblíquo: substituem o
a) tenha – contestem – haveria substantivo e complementam o verbo (não determinando,
b) tem – contestam – há assim, a flexão verbal).
c) tem – contestam – haveria Ex.: Você encontrou Maria nas últimas semanas? Faz
d) tem – contestem – haveria tempo que não a vejo.
e) N.D.A. Atente à tabela abaixo para entender melhor sobre os
pronomes pessoais.
08.  Se ele _________, não ___________ de rogado,
___________ que não os receberei. Pessoas P r o n o m e s Pronomes pessoais do
a) vir – te faças – diz-lhe verbais pessoais do caso oblíquo
b) vier – te faz – diz-lhe
caso reto
c) vir – te faça – dizer-lhe
d) vier – te faças – dize-lhe 1º pessoa do Eu Me, mim, comigo
e) ier – te faças – diga-lhe singular
2º pessoa do Tu Te, ti, contigo
(Exercícios retirados de http://www.coladaweb.com/ singular
exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/ 3º pessoa do Ele, Ela O, a, lhe, se, si, consigo
verbos) singular
1º pessoa do Nós Nos, conosco
Gabarito
plural
1–b
2–a 2º pessoa do Vós Vos, convosco
3–b plural
4–e 3º pessoa do Eles, Elas Os,as, lhes, se, si consigo
5–b plural
6–a
7–d Uso dos pronomes pessoais
8–d Os pronomes pessoais do caso reto não podem exercer
a função de complemento verbal:
PRONOMES Ex.: Esse presente é para eu? (INCORRETO)
Pronomes são as palavras que acompanham o nome
(substantivo) ou o substituem. Devido a essa dupla função Essa é uma atribuição típica do pronome oblíquo:
são classificados em: Ex.: Esse presente é para mim?

* Pronomes substantivos: são os que substituem o Além do mais, vale lembrar que somente os
nome, exercendo a função de sujeito ou complemento verbal pronomes oblíquos podem ser precedidos por
Ex.: Joana adora fazer compras. Ela está sempre nas preposição:
principais lojas da cidade. Ex.: Esta festa é para ti.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Entretanto, o pronome reto pode surgir precedido por preposição quando cumprir sua função de sujeito do
verbo. Compare as duas frases:
a) Ele pediu um favor para mim.
b) Ele pediu para eu comprar o presente.

Na frase (a) o pronome é oblíquo pois completa um verbo, já na (b) está antecedendo um verbo, na função de sujeito.

Pronomes oblíquos e a transitividade verbal


Afirmou-se aqui que os pronomes oblíquos cumprem a função de completar o verbo. Entretanto, há verbos que
são transitivos indiretos, ou, seja, que exigem preposição antes do complemento. Assim sendo, vale destacar que alguns
pronomes oblíquos substituirão complementos de verbos transitivos diretos (sem preposição) e outros, transitivos indiretos
(com preposição):

Pronomes que substituem objetos diretos (completam verbo sem preposição): o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na,
nos, nas.
Ex.: Comprei o carro. Comprei-o.
Encontraram a menina desaparecida. Encontraram-na.

Pronomes que substituem objetos indiretos (completam verbo com preposição): lhe, te.
Ex.: Enviei ao professor os documentos. Enviei-lhe os documentos.

PRONOMES POSSESSIVOS
São os que indicam a ideia de posse, informando a pessoa verbal do possuidor.

Pessoa verbal Pronome possessivo


Eu meu, minha (singular); meus, minhas (plural)
Tu teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
Ele, Ela seu, sua (singular); seus, suas (plural)
Nós nosso, nossa (singular); nosso, nossas (plural)
Vós vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
Eles, Elas seu, sua (singular); seus, suas (plural)

PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Como indica a denominação, os pronomes demonstrativos têm por função indicar ou localizar algum termo do discurso.
Podem ser variáreis (esse, essa, este, aquela) ou invariáveis (isso, aquilo). Vejamos o quadro.

Conforme localização da pessoa verbal Pronome demonstrativo correspondente


Este (s) – Este carro é novo.

Próximo do emissor (eu, nós) Esta (s)– Esta caneta está ruim.

Isto – Isto é um cachimbo.


Esse (s) – Esse carro é seu?

Próximo do receptor com quem se fala (tu, você) Essa (s)– Bonita essa sua blusa.

Isso – O que é isso que você tem em mãos?


Aquele (s)– Aquele cartaz chama a atenção de todos.

Longe do emissor e do receptor Aquela (s) – Você conhece aquela moça?

Aquilo – O que é aquilo?

PRONOMES DE TRATAMENTO
São pronomes usados em situações formais, indicando conduta respeitosa.

Pronome de Tratamento Abreviatura Emprego


Você V./VV  Usado em situações informais.
Utilizado com pessoas mais velhas, ou
Senhor (es) e Senhora (s) Sr, Sr.ª (singular) e Srs., Srª.s. (plural)
como forma de respeito

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pessoas com alta autoridade, como


Vossa Excelência V. Ex.ª/V. Ex.ªs por exemplo: Presidente da República,
Senadores, Deputados.
Vossa Magnificência V. Mag.ª/V. Mag.ªs Reitores das Universidades.
Vossa Senhoria V. S.ª/V. S.ªs Em correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade VM/VVMM Reis e Rainhas
Vossa Alteza V.A.(singular) e V.V.A. A. (plural) Príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade V.S. Utilizado para o Papa
Vossa Eminência V. Ex.ª/V. Em.ªs Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima V. Rev.m.ª/V. Rev.m.ªs Sacerdotes e religiosos em geral.

PRONOMES INDEFINIDOS
Como o próprio nome indica, os pronomes indefinidos sãos aqueles que substituem ou acompanham um substantivo a
partir de uma ideia de indefinição, imprecisão. São empregados na 3º pessoa do discurso. Podem ser variáveis ou invariáveis.

Pronomes Indefinidos Variáveis Pronomes Indefinidos Invariáveis


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns,
nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca,
poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros,
outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária, vários, várias, quem, alguém, ninguém, tudo, nada,
tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, outrem, algo, cada.
qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas.

Pronomes Relativos
Os pronomes relativos são os que substituem um substantivo já mencionado anteriormente em um enunciado.

Ex.: João é o homem que foi contratado pela empresa. (o pronome “que” faz referência a João)
Suzana foi a comissária a qual tranquilizou minha mãe. (“a qual” substituiu Suzana).

Pronomes relativos variáveis Pronomes relativos invariáveis


o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas,
quem, que, onde
quanto, quanta, quantos, quantas.

Exemplos com pronomes relativos:


a) Essa é a professora de quem falamos tanto.
b) Ele cumpriu tudo quanto prometera.
c) Essa é a casa onde moro,
d) Aqueles foram os alunos os quais viajaram para Madri.

Pronome relativo CUJO

O pronome cujo é variável de gênero (cujo, cuja) e de número (cujos, cujas) e substitui um termo dando uma ideia de
posse.
Ex.: Ela é mãe da aluna. A mãe foi conversar com a diretora.
Ela é a aluna cuja mãe foi conversar com a diretora.

Importante!

Não é correto inserir artigo após o pronome relativo “cujo”.

Ex.: Aquelas são as alunas cujos os trabalhos foram premiados. INCORRETO


Aquelas são as alunas cujos trabalhos foram premiados. CORRETO.

PRONOMES INTERROGATIVOS
São empregados em frases interrogativas cujas respostas se referem a substantivos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: O que você comprou? Comprei meias. (o d) Estamos nos sentido desolados: temos prevenido-o
pronome interrogativo “o que” terá como resposta um várias vezes e ele não nos escuta.
substantivo - “meias”) e) O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: - Fostes
incumbido de difícil missão, mas cumpriste-la com denodo
Pronomes Interrogati- Pronomes Interrogativos e eficiência.
vos Variáveis Invariáveis
7. (FTU) A frase em que a colocação do pronome átono
qual, quais, quanto, quan-
quem, que. está em desacordo com as normas vigentes no português
tos, quanta, quantas.
padrão do Brasil é:
Exercícios a) A ferrovia integrar-se-á nos demais sistemas viários.
b) A ferrovia deveria-se integrar nos demais sistemas
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta o emprego viários.
correto do pronome, de acordo com a norma culta: c) A ferrovia não tem se integrado nos demais sistemas
a) O diretor mandou eu entrar na sala. viários.
b) Preciso falar consigo o mais rápido possível. d) A ferrovia estaria integrando-se nos demais sistemas
c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei. viários.
d) Ele só sabe elogiar a si mesmo. e) A ferrovia não consegue integrar-se nos demais
e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles. sistemas viários.

2. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no 8. (FFCL-SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa correta:
emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da a) A solução agradou-lhe. 
língua: b) Eles diriam-se injuriados. 
a) Ele entregou um texto para mim corrigir. c) Ninguém conhece-me bem.
b) Para mim, a leitura está fácil. d) Darei-te o que quiseres.
c) Isto é para eu fazer agora. e) Quem contou-te isso?
d) Não saia sem mim.
e) Entre mim e ele há uma grande diferença. 9. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que
contraria a norma culta:
3. (U-UBERLÂNDIA) Assinale o tratamento dado ao a) Ter-me-ão elogiado. 
reitor de uma Universidade: b) Tinha-se lembrado. 
a) Vossa Senhoria  c) Teria-me lembrado.
b) Vossa Santidade  d) Temo-nos esquecido.
c) Vossa Excelência e) Tenho-me alegrado.
d) Vossa Magnificência
e) Vossa Paternidade 10. (MACK) A colocação do pronome oblíquo está
4. (BB) Colocação incorreta: incorreta em:
a) Preciso que venhas ver-me.  a) Para não aborrecê-lo, tive de sair.
b) Procure não desapontá-lo.  b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda.
c) O certo é fazê-los sair. c) Não me submeterei aos seus caprichos.
d) Sempre negaram-me tudo. d) Ele me olhou algum tempo comovido.
e) As espécies se atraem. e) Não a vi quando entrou.

5. (EPCAR) Imagine o pronome entre parênteses no 11. (MACK) Assinale a alternativa que apresenta erro de
lugar devido e aponte onde não deve haver próclise: colocação pronominal:
a) Não entristeças. (te) a) Você não devia calar-se.
b) Deus favoreça. (o) b) Não lhe darei qualquer informação.
c) Espero que faças justiça. (se) c) O filho não o atendeu.
d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se) d) Se apresentar-lhe os pêsames, faço-o discretamente.
e) Ninguém faça de rogado. (se) e) Ninguém quer aconselhá-lo.

6. (TTN) Assinale a frase em que a colocação do 12. (EPCAR) O que é pronome interrogativo na frase:
pronome pessoal oblíquo não obedece às normas do a) Os que chegaram atrasados farão a prova?
português padrão: b) Se não precisas de nós, que vieste fazer aqui?
a) Essas vitórias pouco importam; alcançaram-nas os c) Quem pode afiançar que seja ele o criminoso?
que tinham mais dinheiro. d) Teria sido o livro que me prometeste?
b) Entregaram-me a encomenda ontem, resta agora a e) Conseguirias tudo que desejas?
vocês oferecerem-na ao chefe.
c) Ele me evitava constantemente!... Ter-lhe-iam falado 13. (TFT-MA) “O individualismo não a alcança.” A colocação
a meu respeito? do pronome átono está em desacordo com a norma culta da
língua, na seguinte alteração da passagem acima:

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) O individualismo não a consegue alcançar. 20. (CARLOS CHAGAS) “Se é para ....... dizer o que
b) O individualismo não está alcançando-a. penso, creio que a escolha se dará entre ....... .”
c) O individualismo não a teria alcançado. a) mim, eu e tu 
d) O individualismo não tem alcançado-a. b) mim, mim e ti 
e) O individualismo não pode alcançá-la. c) eu, mim e ti
d) eu, mim e tu
14. (SANTA CASA) Há um erro de colocação pronominal em: e) eu, eu e ti
a) “Sempre a quis como namorada.” 21. (MACK) A única frase em que há erro no emprego
b) “Os soldados não lhe obedeceram as ordens.” do pronome oblíquo é:
c) “Todos me disseram o mesmo.” a) Eu o conheço muito bem.
d) “Recusei a idéia que apresentaram-me.” b) Devemos preveni-lo do perigo.
e) “Quando a cumprimentaram, ela desmaiou.” c) Faltava-lhe experiência.
d) A mãe amava-a muito.
15. (BB) Pronome empregado incorretamente: e) Farei tudo para livrar-lhe desta situação.
a) Nada existe entre eu e você.
b) Deixaram-me fazer o serviço. 22. (BRÁS CUBAS) “Alguém, antes que Pedro o fizesse,
c) Fez tudo para eu viajar. teve vontade de falar o que foi dito.” Os pronomes
d) Hoje, Maria irá sem mim. assinalados dispõem-se nesta ordem:
e) Meus conselhos fizeram-no refletir. a) de tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo
b) indefinido, relativo, pessoal, relativo
16. (UC-MG) Encontramos pronome indefinido em: c) demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido
a) “Muitas horas depois, ela ainda permanecia d) indefinido, relativo, demonstrativo, relativo
esperando o resultado.” e) indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo
b) “Foram amargos aqueles minutos, desde que
resolveu abandoná-las.” 23. (PUC) Na frase: “Chegou Pedro, Maria e o seu filho
c) “A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa dela”, o pronome possessivo está reforçado para:
participação foi ativa.” a) ênfase 
d) “Havia necessidade de que tais idéias ficassem b) elegância e estilo 
sepultadas.” c) figura de harmonia
e) “Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar d) clareza
da festa.” e) n.d.a

17. (SANTA CASA) Do lugar onde ......., ....... um belo 24. (FUVEST) Assinale a alternativa onde o pronome
panorama, em que o céu ...... com a terra. pessoal está empregado corretamente:
a) se encontravam - divisava-se - se ligava a) Este é um problema para mim resolver.
b) se encontravam - divisava-se - ligava-se b) Entre eu e tu não há mais nada.
c) se encontravam - se divisava - ligava-se c) A questão deve ser resolvida por eu e você.
d) encontravam-se - divisava-se - se ligava d) Para mim, viajar de avião é um suplício.
e) encontravam-se - se divisava - se ligava e) Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava.

18. (UF-RJ) Numa das frases, está usado indevidamente 25. (FMU) Suponha que você deseje dirigir-se a
um pronome de tratamento. Assinale-a: personalidades eminentes, cujos títulos são: papa, juiz,
a) Os Reitores das Universidades recebem o título de cardeal, reitor e coronel. Assinale a alternativa que
Vossa Magnificência. contém a abreviatura certa da “expressão de tratamento”
b) Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu correspondente ao título enumerado:
à reunião. a) Papa ............... V. Sa 
c) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que b) Juiz ................. V. Ema 
conclua a sua oração. c) Cardeal ........... V.M.
d) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade. d) Reitor ............... V. Maga
e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se e) Coronel ............ V. A.
recusou a ouvir as minhas explicações.
26. (FGV) Assinale o item em que há erro quanto ao
19. (UF-MA) Identifique a oração em que a palavra emprego dos pronomes se, si ou consigo:
certo é pronome indefinido: a) Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou
a) Certo perdeste o juízo. para si.
b) Certo rapaz te procurou. b) Ele só cuidava de si.
c) Escolheste o rapaz certo. c) Quando V. Sa vier, traga consigo a informação pedida.
d) Marque o conceito certo. d) Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.
e) Não deixe o certo pelo errado. e) Espere um momento, pois tenho de falar consigo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

27. (PUC) Assinale a alternativa que preencha d) Não o realizaria, entretanto, se a árvore não se
corretamente as lacunas da frase ao lado: “............................ mantivesse verde sob a neve.
da terra natal, ....................... para as antigas sensações e) n.d.a
adormecidas.” 34. (CARLOS CHAGAS) Os projetos que .......... estão em
a) Nos lembrando - despertamos-nos ordem; ........... ainda hoje, conforme .......... .
b) Nos lembrando - despertamo-nos a) enviaram-me, devolvê-los-ei, lhes prometi
c) Lembrando-nos - despertamos-nos b) enviaram-me, os devolverei, lhes prometi
d) Nos lembrando - nos despertamos c) enviaram-me, os devolverei, prometi-lhes
e) Lembrando-nos - despertamo-nos d) me enviaram, os devolverei, prometi-lhes
e) me enviaram, devolvê-los-ei, lhes prometi
28. (FATEC) Indique em que alternativa os pronomes
estão bem empregados: 35. (CARLOS CHAGAS) Quando .......... as provas, ..........
a) Deixou ele sair. imediatamente.
b) Mandou-lhe ficar de guarda. a) lhes entregarem, corrijam-as
c) Permitiu-lhe, a ele, fazer a ronda. b) lhes entregarem, corrijam
d) Procuram-o por toda a parte. c) lhes entregarem, corrijam-nas
e) n.d.a d) entregarem-lhes, corrijam-as
e) entregarem-lhes, as corrijam
29. (FATEC) Assinale o mau emprego do pronome:
a) Aquela não era casa para mim, comprá-la com que 36. (CARLOS CHAGAS) Quem .......... estragado que ..........
dinheiro? de ........ .
b) Entre eu e ela nada ficou acertado. a) o trouxe - encarregue-se - consertá-lo
c) Estava falando com nós dois. b) o trouxe - se encarregue - consertá-lo
d) Aquela viagem, quem não a faria? c) trouxe-o - se encarregue - o consertar
e) Viram-no mas não o chamaram. d) trouxe-o - se encarregue - consertá-lo
e) trouxe-o - encarregue-se - o consertar
30. (SANTA CASA) Os técnicos .......... bem para os jogos, mas,
.......... contra nova derrota, pediam que treinasse ainda mais. 37. (BRÁS CUBAS) Apontar a sentença que deverá ser
a) o haviam preparado - se tentando precaver corrigida:
b) haviam preparado-o - se tentando precaver a) Poderá resolver-se o caso imediatamente.
c) haviam preparado-o - tentando precaver-se b) Sabes o que se deverá dizer ao professor?
d) haviam-no preparado - se tentando precaver c) Poder-se-á resolver o caso imediatamente.
e) haviam-no preparado - tentando precaver-se d) Sabe o que deverá dizer-se ao professor?
31. (SANTA CASA) Nas frases abaixo: e) Poderá-se resolver o caso imediatamente.
1. Os miúdos corriam barulhentos, me pedindo
dinheiro. 38. (FMU) Assinale a única alternativa em que haja erro
2. Dizia ele cousas engraçadas, coçando-se todo. no emprego dos pronomes:
3. Ficarei no lugar onde encontro-me. Tem sombra. a) Vossa Excelência e seus convidados.
4. Quando me vi sozinho, tremi de medo. b) Mandou-me embora mais cedo.
A ênclise e a próclise foram corretamente empregadas: c) Vou estar consigo amanhã.
a) nas orações I e II  d) Vós e vossa família estais convidados para a festa.
b) nas orações III e IV  e) Deixei-o encarregado da turma.
c) nas orações I e III
d) nas orações II e IV 39. (UF-SC) Observe os períodos abaixo:
e) em todas as orações 1. Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.
2. Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.
32. (SANTA CASA) Devemos .......... da tempestade. 3. Nada chegava a impressioná-lo na juventude.
a) resguardar-mo-nos  4. Dar-lhe-emos novas oportunidades.
b) resguardar-nos  5. Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.
c) resguardarmos-nos a) Estão corretas I, II, III 
d) resguardarmo-nos b) Estão corretas II, III, V 
e) resguardar-mos c) Estão corretas III, IV, V
d) Estão corretas II, III, IV
33. (FAAP) Assinale a alternativa em que a colocação e) Estão corretas I, III, IV
pronominal não corresponde ao que preceitua a gramática:
a) Há muitas estrelas que nos atraem a atenção. 40. (SÃO JUDAS) Assinale a alternativa errada quanto à
b) Jamais dar-te-ia tanta explicação, se não fosses colocação pronominal:
pessoa de tanto merecimento. a) Apesar de se contrariarem não me fariam mudar de
c) A este compete, em se tratando do corpo da Pátria, idéia.
revigorá-lo com o sangue do trabalho. b) Que Deus te acompanhe por toda a parte.

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) Isso não me admira: eu também contrariei-me com 11 - D   33 - B   


o caso. 12 - B   34 - E   
d) Conforme foi decidido espero que todos se 13 - D   35 - C   
compenetrem de seu dever. 14 - D   36 - B   
e) n.d.a 15 - A   37 - E   
41. (FECAP) Assinale a frase gramaticalmente correta: 16 - A   38 - C   
a) Quando recebe-o em minha casa, fico feliz. 17 - A   39 - D   
b) Tudo fez-se como você mandou. 18 - D   40 - C   
c) Por este processo, teriam-se obtido melhores 19 - B   41 - D   
resultados. 20 - C   42 - D   
d) Em se tratando disto, podemos contar com ele. 21 - E   43 - A   
e) Me levantei assim que você saiu. 22 - E   44 - A   

42. (UNB) Assinale a melhor resposta - O resultado das COLOCAÇÃO PRONOMINAL


combinações: “põe + o”, “reténs + as”, “deduz + a”, é: Quando iniciamos o estudo dos pronomes, atentamos
a) pões-lo, reténs-la, dedu-la  que há os pronomes pessoais do caso reto e os pessoais
b) põe-no, retém-nas, dedu-la  do caso oblíquo. O que diferencia um do outro é a posição
c) pões-lo, retém-las, deduz-la frente ao verbo: enquanto os retos (eu, tu, ele, nós, vós,
d) põe-no, retém-las, dedu-la eles) ocupam a posição de sujeito, os oblíquos exercem
e) põe-lo, retém-las, dedu-la a função de complemento e podem estar dispostos antes
(PRÓCLISE), no meio (MESÓCLISE) e depois do verbo
43. (UM-SP) Ninguém atinge a perfeição alicerçado (ÊNCLISE).
na busca de valores materiais, nem mesmo os que A colocação pronominal se refere ao estudo da
consideram tal atitude um privilégio dado pela existência. disposição dos pronomes em relação ao verbo.
Os pronomes destacados no período acima classificam-se, Primeiramente vejamos os pronomes envolvidos
respectivamente, como: nessas regras de colocação:
a) indefinido - demonstrativo - relativo - demonstrativo
b) indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido
Pronome
c) de tratamento - demonstrativo - indefinido - Pronome
oblíquo
demonstrativo Pronome pessoa pessoal do
átono
d) de tratamento - pessoal oblíquo - indefinido - caso reto
correspondente
demonstrativo
e) demonstrativo - demonstrativo - relativo - 1° pessoa do singular eu me
demonstrativo 2° pessoa do singular tu te
3° pessoa do singular ele o, a, lhe
44. (UEPG-PR) “Toda pessoa deve responder pelos 1° pessoa do plural nós nos
compromissos assumidos.” A palavra destacada é:
2° pessoa do plural vós vos
a) pronome adjetivo indefinido
b) pronome substantivo indefinido 3° pessoa do plural eles as, as, lhes
c) pronome adjetivo demonstrativo
1) PRÓCLISE: quando o pronome oblíquo antecede o
d) pronome substantivo demonstrativo
verbo em posição sintática.
e) nenhuma das alternativas acima é correta
Eu a vi ontem.
Ninguém me concedeu vantagens.
(Exercícios retirados de http://www.mundovestibular.
Usa-se o pronome em posição proclítica nas seguintes
com.br/articles/9073/1/Exercicios-de-Pronomes/
situações:
Paacutegina1.html)
a) Com advérbios e expressões negativas:
Gabarito
Nada o assustou.
Ninguém o viu ontem.
1 - D     23 - D   
Nunca o abandonarei.
2 - A     24 - D   
Aqui se encontra paz.
3 - D     25 - D   
Talvez a ame para sempre.
4 - D     26 - E   
5 - D     27 - E   
b) Com conjunções subordinativas: (que, se,
6 - D     28 - C   
quando, embora, logo, que)
7 - B     29 - B   
É importante que a trate bem.
8 - A     30 - E   
Não sei se o amo.
9 - C     31 - D   
Não retornei a ligação, embora a amasse demais.
10 - B   32 - B   

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) Com pronomes relativos, indefinidos e EXERCÍCIOS


demonstrativos:
Isso lhe trouxe muita sorte. 1. (OMEC) Assinale a frase em que há pronome
A professora que me encontrou se chamava Maria. enclítico:
Tudo o encantava. a) Far-me-ás um favor?
b) Nada te direi a respeito.
d) Em frases exclamativas: c) Convido-te para a festa.
Deus o guarde! d) Não me fales mais nisso.
Macacos me mordam! e) Dir-se-ia uma incoerência.

e) Com palavras proparoxítonas: 2. (MACKENZIE) Assinale a alternativa que apresenta


Nós o compreendíamos. erro de colocação pronominal:
a) Você não devia calar-se.
f) com verbos no gerúndio antecedidos pela b) Não lhe darei qualquer informação.
preposição EM: c) O filho não o entendeu.
Em se tratando de educação, ele é uma referência. d) Se apresentar-lhe os pêsames, faça-o discretamente.
e) Ninguém quer aconselhá-lo.
g) com palavras interrogativas:
Quando o encontrarei novamente? 3. (MED. SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa
Quem a magoou desse jeito? em que todos os pronomes pessoais estão colocados
corretamente, segundo o uso clássico da língua
2) MESÓCLISE: quando o pronome oblíquo é colocado portuguesa:
entre o radical do verbo e as desinências. Só é usado em a) Eu o vi, não lhe falei, darei-te o livro.
duas situações: b) Eu o vi, falei-lhe, nada lhe direi.
a) Na forma verbal futuro do presente: c) Nada dir-lhe-ei, não o estimo, Deus ajude-nos.
Falar-te-ei verdades. d) Deus nos ajude! Não quero te ofender, mas vai-te
Comprar-lhe-á um carro. embora.
Procurar-me-ão sem descanso. e) Me dá o livro, que eu te devolvo assim que o ler.

b) Na forma verbal futuro do pretérito: 4.Em que alternativa NÃO há erro na colocação do
Falar-te-ia verdades. pronome?
Comprar-lhe-ia um carro. a) Preciso vê-lo, me disse o rapaz.
Procurar-me-iam sem descanso. b) Este é um trabalho que absorve-se muito.
3) ÊNCLISE: Quando o pronome se encontra depois do c) Far-se-á tudo para que se salvem.
verbo. É na ênclise a localização natural do complemento, d) Não arrepender-se-ia de haver dito a verdade.
seguindo a sequência sujeito verbo complemento. e) Em pondo-se o sol os pássaros debandam.
Empregamos a ênclise nas seguintes situações: 5. O pronome pessoal oblíquo átono está bem
colocado em um só dos períodos. Qual? 
a) Períodos iniciados por verbos: (Não é correto a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele,
iniciar frase com pronome oblíquo) afetadamente .
Convidaram-me para a festa. b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos
Avistou-o de longe. apresentem-se na hora conveniente
Encontraram-na triste. c) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em
conta mais tarde.
b) Imperativo afirmativo: d) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui
Distribua-os agora. não envolver-me. 
Cale-se já.
(Exercícios retirados de http://helenaconectada.
c) Orações reduzidas de infinitivo: blogspot.com.br/2011/09/colocacao-pronominal-
Quero amar-te para sempre. exercicios.html)
Desejo beijá-lo assim que chegar.
Gabarito
d) Verbos no gerúndio NÃO antecedidos pela
preposição “em” ou por expressões negativas: 1c
Ele vive enganando-se. 2d
3b
4c
5a

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LÍNGUA PORTUGUESA

Maria saiu. (1 verbo – 1 oração)


7 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO. Ainda que tenha estudado, não fui bem na prova. (2
verbos – 2 orações)
Amanhã vou comprar seu presente. (1 locução verbal
O QUE É SINTAXE? – 1 oração)
Inicialmente, quando estudamos as palavras, fazemos
de maneira isolada, a partir de cada classe gramatical 3. PERÍODO
separadamente. É o que se chama de morfologia. Podemos dizer que o período une a frase e oração,
Entretanto, as palavras só existem e são úteis se estão em já que é um enunciado de sentido completo que gira em
conjunto num enunciado e, então, temos a sintaxe, que é torno de um ou mais verbos.
justamente o estudo das palavras segundo sua ordem de Atente aos exemplos:
apresentação numa frase.
a) Fogo!
INTRODUÇÃO À ANÁLISE SINTÁTICA: FRASE. Aqui se trata apenas de uma frase, já que não presença
ORAÇÃO. PERÍODO. de verbo.

1. FRASE b) Maria foi às compras.


Iniciando o estudo das palavras numa relação de Aqui temos uma frase (já que é completa) e também
ordenamento e de sentido o primeiro tópico a ser um período, uma vez que notamos a presença de um verbo
entendido é o conceito de frase. (portanto, de uma oração).
Frase é todo enunciado de sentido completo,
possuindo ou não um verbo. A função básica da frase é IMPORTANTE!
expressar uma informação e possui como característica UM PERÍODO É SEMPRE CONSTITUÍDO POR UMA
estrutural ser finalizada pelo ponto final, de exclamação ou OU MAIS ORAÇÕES, POIS A PRESENÇA DO VERBO É
de interrogação. Vejamos os exemplos: FUNDAMENTAL.

a) Maria foi à festa. (frase verbal declarativa) Caso o período possua apenas uma oração, chamamos
b) Fogo! (frase nominal, sem verbos) de período simples ou oração absoluta. E se possuir mais
c) Que menina bonita! (frase exclamativa) de um verbo é definida como período composto.
d) Quem? Eu? (frase interrogativa) SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES
e) Saia já daí! (frase imperativa)
Chamamos de período simples o enunciado formado
Ainda que apenas na primeira e na última frase por uma oração absoluta, ou seja, um único verbo:
visualizemos a presença de um verbo, todos os exemplos a) Compre aquela blusa, por favor!
citados acima se tratam de frase, pois cumprem a função b) Choveu muito ontem.
de enviar uma mensagem de sentido completo. c) Precisa-se de operários.
d) A menina ganhou a boneca.
2. ORAÇÃO
Oração é um enunciado que gira em torno de um Em todos os exemplos citados percebemos a presença
verbo. Não é necessário ter sentido completo e finalizar no de um único verbo e essa é justamente a condição de um
ponto final, mas deve ter sentido, que pode ser completado período simples: ser formado por uma única oração que,
por outra oração. por ser única, chamamos de absoluta.
Veja os exemplos: Já que possui um único verbo, o período simples é
menos complexo que o período composto. Assim seu
a) Maria foi à festa. estudo se dedica às palavras (as quais chamamos de
b) Maria disse que iria à festa. “termos”) que o constituem. A análise do período simples
se dedica aos seguintes aspectos:
No primeiro exemplo, temos uma frase e também
uma oração já que notamos a presença de um verbo na a) Termos essenciais da oração
construção do sentido completo. Já na frase b) temos - Sujeito
uma frase (Maria disse que foi à festa) já que tem sentido - Predicado
completo e ela é constituída por duas orações: 1 – Maria
disse; 2 – que iria à festa. Importante atentar que a segunda b) Termos integrantes da oração
oração completa o sentido da primeira. - Objeto Direto
- Objeto Indireto
Geralmente contamos o número de orações num - Complemento Nominal
enunciado segundo o número de verbos. No entanto, vale - Predicativo do Sujeito
lembrar que quando houver uma locução verbal teremos a - Agente da Passiva
presença de uma única oração:

51
LÍNGUA PORTUGUESA

c) Termos Acessórios da oração b) Predicado: é tudo o que se diz sobre o sujeito,


- Adjunto Adnominal possuindo como número um verbo.
- Adjunto Adverbial Atente ao exemplo:
- Aposto
João viajou no último feriado.
Exercícios João = sujeito da oração. Além de ser o assunto do
1.   Assinale as alternativas que não apresentam enunciado, é o elemento que exigirá a flexão do verbo (3º
uma frase: pessoa do singular)
a) Que golaço!                                              viajou no último feriado = predicado, informação a
b) Vocês assistiram à transmissão do jogo pela tevê? respeito do sujeito (João), iniciado por um verbo.
c) Em vez de nadar, preferiram jogar bola.,
d) O futebol povo paixão pelo tem brasileiro. Os termos essenciais da oração possuem classificações
e) Correram para a garagem e entraram no carro.  
específicas. Vejamos uma a uma:
f) O sobre verde era gramado céu.
g) Clara passeava com as crianças no jardim.          
- TIPOS DE SUJEITO
h) Mão Luisinho trêmula.
a) Sujeito simples: composto por um único núcleo,
2. Assinale com um X as frases nominais: mesmo estando no plural.
a) Que medo!                      
b) Ele chutou a porta.                           Ex.:
c) Coitadinho do garoto!
d) O povo odeia os governantes corruptos.            (1) Maria esqueceu de pagar o presente.
e) Transmitirei o recado a sua namorada. (2) Os lindos filhos de Maria começaram a escola
f) Coragem, companheiro!       ontem.
g) Que voz estranha! 
h) A lanterna produzia boa claridade. Tanto no primeiro exemplo quanto no segundo
i) Luisinho, não!       percebemos que o verbo é condicionado por um único
j) As risadas não eram normais.           núcleo: Maria (1); filhos (2).
k) Que alívio! b) Sujeito composto: caracterizado pela presença de
3) Assinale com um X as frases verbais (orações): mais de um núcleo, geralmente unido pela conjunção e:
a) Quanta gente hoje!          
b) Apresse-se, garota!                 Ex.:
c) O filme foi bom. (1) Maria e Antônio são refugiados.
d) Não aguento essa poluição!    (2) O aluno estrangeiro e a professora brasileira
e) Partiremos daqui a pouco.   f) Sempre juntos, sempre participaram da mostra cultural.
amigos.
g) Seu colega telefonou.   c) Sujeito oculto: quando o sujeito não está presente
h) Na praia, grande descontração.       na oração, mas é facilmente compreendido pela flexão
i) Deus te guarde! verbal ou contexto.
j) Que ideia absurda!           Ex.:
k) As ovelhas são mansas e pacientes.
(1) Saí de casa. (eu saí)
  (Exercícios retirados de https://pt.scribd.com/
doc/215584825/EXERCICIOS-FRASE-E-ORACAO-docx) (2) Saímos de casa (nós saímos)
(3) Saíste de casa. (Tu saíste)
Gabarito
João não pretende sair de casa. Está cansado. (Na
1 – d, f, h segunda oração percebemos, pelo contexto, que o “estar
2 – a, c, f, g, i, k cansado” se refere a João, mencionado na primeira frase.
3 – b, d, e, g, i, k
d) Sujeito indeterminado: quando não é possível
identificar o sujeito, marcado por verbos na 3º pessoa do
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO plural,
Termos essenciais da oração são os que constroem a
estrutura básica do período. Para que qualquer enunciado (1) Roubaram a proprietária da loja.
oracional tenha sentido, é fundamental um agente que (2) Encontraram a menina.
condicione a flexão verbal e o verbo propriamente dito. Por
isso, os termos essenciais são:
a) Sujeito: termo da oração sobre o qual se declara
algo e interage com o verbo definindo sua flexão de
número e pessoa;

52
LÍNGUA PORTUGUESA

Também há a presença de sujeito indeterminado em c) “coisas distintas”


verbos na 3º pessoal do singular mais a partícula se , d) “ser amável e ser egoísta”
a qual chamamos de índice de indeterminação do e) n.d.a
sujeito.
3) Na oração: “Reprovaram alguns autores esta
Ex.: história”, qual é o núcleo do sujeito?
a) história
Precisa-se de vendedores. b) alguns autores
Vive-se bem em Florianópolis. c) reprovaram
d) autores
e) Sujeito inexistente: falamos em sujeito inexistente e) n.d.a
quando a oração contiver apenas predicado. Há casos em
que o predicado é marcado por verbos impessoais (que 4) “Em 1949 reuniram-se em Perúgia, Itália, a
não têm sujeito e, por isso, não variam em flexão de pessoa convite da quase totalidade dos cineastas italianos,
e número): seus colegas de diversas partes do mundo.” O núcleo do
sujeito de “reuniram-se” é:
- Verbos que indicam fenômenos climáticos: chover, a) cineastas
ventar, escurecer, nevar, amanhecer, anoitecer… b) convite
Ex.: c) colegas
Nevou muito no sul. d) totalidade
Sempre chove nessa época do ano. e) se

- Verbo haver no sentido de existir: 5) Aponte a alternativa em que ocorre sujeito


Ex.: indeterminado:
Houve muitos protestos na última semana. a) Na prova, havia, pelo menos, quatro questões difíceis.
Há pessoas no recinto. b) Revelou-se a necessidade de auxílio aos
desabrigados.
c) Aconteceram, naquela casa, fenômenos inexplicáveis.
- Verbo haver e fazer indicando tempo: d) Come-se bem naquele restaurante.
Faz vinte anos que não o vejo. e) Resolvemos não apoiar o candidato.
Não o vejo há anos. 6) Qual a alternativa em que há sujeito
indeterminado?
- Verbo fazer indicando fenômeno da natureza: a) Comecei a estudar muito tarde para o exame.
Ex.: b) Em rico estojo de veludo, jazia uma flauta de prata.
Faz frio nesse período do ano. c) Soubesse que o proprietário estava doente.
d) Houve muitos feridos no desastre.
- Verbo ser indicando tempo ou distância: e) Julgaram-no incapaz de exercer o cargo.
Ex.:
São seis horas. 7) Assinale a frase em que há sujeito indeterminado:
São doze metros de comprimento. a) Compram-se jornais velhos.
b) Confia-se em suas palavras
c) Chama-se José o sacerdote.
Exercícios d) Choveu muito.
1) Em relação ao trecho: “Pregada em larga tábua de e) É noite.
pita, via-se formosa e grande borboleta, com asas meio
abertas, como que disposta a tomar voo”, podemos 8) Aponte a alternativa em que a palavra se é índice
afirmar que o sujeito principal da oração é: de indeterminação do sujeito:
a) simples, tendo por núcleo implícito alguém. a) Resolver-se-ão os exercícios.
b) composto, tendo por núcleos formosa e grande. b) Não se reprovarão estes alunos.
c) simples, tendo por núcleo asas. c) Trabalha-se com afinco naquela empresa.
d) indeterminado, tendo por índice de indeterminação d) Vendem-se relógios.
do sujeito a partícula se. e) Plastificam-se documentos.
e) simples, tendo por núcleo borboleta.

2) No período: “Ser amável e ser egoísta são coisas


distintas”, o sujeito é: 9) Nas orações: “Considera-se a pesquisa reveladora”
a) indeterminável e “Fala-se muito na pesquisa sobre os jovens”, temos,
b)”ser amável” respectivamente:
a) sujeito paciente e sujeito agente

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LÍNGUA PORTUGUESA

b) sujeito paciente e sujeito indeterminado 4 -c


c) sujeito agente e sujeito agente 5 -d
d) sujeito indeterminado e sujeito indeterminado 6 -e
e) sujeito indeterminado e sujeito paciente 7 -b
8 -c
10) Aponte a alternativa em que ocorre sujeito 9 -b
inexistente: 10 -d
a) Alguém chegou atrasado à reunião. 11 -e
b) Telefonaram para você. 12 -e
c) Existiam, pelo menos, cinquenta candidatos. 13- d
d) Deve fazer dez anos que ele desapareceu 14 -a
e) Consertou-se o relógio.

11) Qual a oração sem sujeito? - TIPOS DE PREDICADO


a) Falaram mal de você. A) Predicado Nominal: quando na oração o nome
b) Ninguém se apresentou. (substantivo, adjetivo) oferece mais informação semântica
c) Precisa-se de professores. do que o verbo. Para identificar esse tipo de predicado
d) A noite estava agradável. basta apenas reconhecer na oração um verbo de ligação
e) Vai haver um campeonato. entre o sujeito e o complemento.

12) Assinale a oração sem sujeito: Ex.:


a) Convidaram-me para a festa. Maria é bonita.
b) Diz-me muita coisa errada. João permanece quieto.
c) O dia está quente. Pedro continua triste.
d) Alguém se enganou.
e) Vai fazer bom tempo amanhã. Nos exemplos acima percebemos que o verbo cumpre
a função de ligar o sujeito à característica a ele referida.
13) Em todas as alternativas, o termo sublinhado Chamamos de predicativo do sujeito a referência que
exerce a função de sujeito, exceto em: sucede o verbo de ligação.
a)  Quem sabe de que será capaz a mulher de teu
sobrinho? b) Predicado Verbal: quando o verbo apresenta
b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de a informação essencial sobre o sujeito, e aqui os verbos
edifícios. precisam indicar ação:
c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram Ex.:
à piscina. Pedro comprou uma casa na zona sul.
d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de João sempre corre aos domingos.
solteiro. Letícia canta no coral da cidade.
e) É preciso que haja muita compreensão para com
os amigos c) Predicado Verbo-Nominal: quando a oração
apresenta um verbo de ação e um predicativo do sujeito.
14) Há crianças sem carinho.
      Disseram-me a verdade. Ex.:
      Construíram-se represas. Pedro comprou a casa apressado.
João falou à Maria desolado.
Os sujeitos das orações acima são, respectivamente:
a) inexistente, indeterminado, simples Percebemos que nos exemplos acima temos verbos de
b) indeterminado, implícito, indeterminado ação (com forte carga semântica) e predicativos (apressado
c) simples, indeterminado, indeterminado e desolado) que também se referem ao sujeito.
d) inexistente, inexistente, simples
e) indeterminado, simples, inexistente Vale lembrar que verbos com dupla transitividade:
transitivos diretos e indiretos também integram predicado
(Exercícios retirados de http://www. verbo-nominal.
gramaticaparaconcursos.com/2013/11/sujeito-exercicios. Enviei uma carta para Pedro.
html?m=1)

Gabarito
1-e
2 -d
3 -d

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LÍNGUA PORTUGUESA

Verbos transitivos são os que se ligam ao a) O predicado é verbal em I e II.


complemento sem o auxílio de preposição: b) O predicado é nominal em I e II.
c) O predicado é verbo-nominal em I e II.
Ex.: Comprei uma casa
d) O predicado é verbal em I e nominal em II.
Encontrei a chave e) O predicado é nominal em I e verbal em II.

Verbos transitivos indiretos são os que se ligam ao 06. Assinale a alternativa em que apareça predicado
complemento com o auxílio de preposição. verbo-nominal.
Ex.: Preciso de você a) A chuva permanecia calma.
Fui à Bahia b) A tempestade assustou os habitantes da vila.
c) Paulo ficou satisfeito.
Verbos transitivos diretos e indiretos (bitransitivos) d) Os meninos saíram do cinema calados.
e) Os alunos estavam preocupados.
são os que para terem seu sentido completo
necessitam da presença de um complemento 07. Observe a oração abaixo e assinale a alternativa
iniciado por artigo e outro por preposição: CORRETA:
“A inspiração é fugaz, violenta.”
Enviei uma carta para Pedro Podemos afirmar que o predicado é:
a) Verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem
seguido de dois predicativos.
Exercícios b) Nominal, porque o verbo é de ligação.
c) Verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuídas
01. Assinale a alternativa em que aparece predicado duas características ao sujeito.
verbo-nominal: d) Nominal, porque o verbo tem significação completa
a) “Nesse samba te proclamo majestade do universo.” e apresenta adjuntos adnominais e dois predicativos.
b) O homem doou os agasalhos aos necessitados. e) Verbo-nominal porque apresenta um predicativo
c) Após o toque permaneceram na sala os alunos. seguido do objeto direto.
d) “Brasil és no teu berço dourado o índio civilizado.” 08. Sobre o exemplo: “A lua brilhou alegre no céu”,
e) “Lutar com palavras é a luta mais vã.” afirmamos:
I. O verbo brilhar é intransitivo.
02. Onde há predicado verbo-nominal? II. O verbo brilhar é transitivo direto.
a) Devolva os documentos ao diretor. III. O verbo brilhar é transitivo indireto.
b) Renata ficou feliz. IV. O predicado é nominal.
c) Ela confia em você. V. O predicado é verbal.
d) A notícia deixou-o preocupado. VI. O predicado é verbo-nominal.
e) Os viajantes partiram ontem.
a) Estão corretas I e VI.
03. O professor entrou apressado. Os grifos indicam: b) Estão corretas I e V.
a) predicado nominal. c) Estão corretas II e V.
b) predicado verbo-nominal. d) Está correta apenas IV.
c) predicado verbal. e) Estão corretas III e VI.
d) objeto direto.
e) objeto indireto
09. Ocorre predicado verbo-nominal em:
a) A tua resposta não é verdadeira.
04. Identifique a alternativa errada em relação à
b) O cão vadio virou a lata de lixo.
classificação dos predicados das orações a seguir:
c) Viraram moda os jogos eletrônicos.
a) Todos nós consideramos a sua atitude infantil
d) Todos permaneçam em seus lugares.
(predicado verbo-nominal)
b) A multidão caminhava pela estrada poeirenta. e) Pensativo e triste vinha o rapaz.
(predicado verbo-nominal)
c) A criançada continua emocionada. (predicado 10. Indique a alternativa em que o predicado é verbo-
nominal) nominal:
d) A criançada continua no jardim. (predicado nominal). a) O soldado foi encontrado morto.
b) Aquele homem tornou-se milionário.
e) Demitiram o secretário da instituição. (predicado
c) Hoje é dia 20 de novembro.
verbal)
d) Alguns jogadores estão contundidos.
e) Os alunos parecem desinteressados.
05. Analise as orações e assinale a alternativa correta:
I. Paulo está adoentado.
11. Assinale uma das alternativas em que aparece um
II. Paulo está no hospital.
predicado
verbo-nominal:

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LÍNGUA PORTUGUESA

 a) Os viajantes chegaram cedo ao destino. Gabarito


b) Demitiram o secretário da instituição.
c) Nomearam as novas ruas da cidade. 1A - 2D - 3B - 4D - 5E - 6D - 7 B - 8A - 9E - 10A - 11D
d) Compareceram todos atrasados à reunião. - 12A - 13A - 14B - 15C
e) Estava irritado com as brincadeiras.
TERMOS INTEGRANDES DA ORAÇÃO
12. Assinale a alternativa correta em relação à São os termos que “integram” a oração, completando
classificação dos predicados das orações abaixo: o seu sentido. Sem sua presença a frase permanece
I- Saíram ele e ela. incompleta. Vejamos os diversos tipos:
II- Sua terra está completamente mudada.
III- Achei calma a aluna. a) Objeto Direto: completa o verbo transitivo direto,
sem o auxílio de preposição.
Olhei o quadro.
a) I predicado verbal; II - predicado nominal; III -
Vendi a casa de praia.
predicado verbo-nominal.
b) I predicado nominal; II predicado verbo-nominal; III
b) Objeto Indireto: completa verbo transitivo indireto,
predicado verbal. com o auxílio de preposição.
c) I predicado verbo-nominal; II predicado verbal; III Preciso de amor.
predicado nominal. Necessito de tempo.
d) I predicado verbo-nominal; II predicado nominal; III
predicado verbal. c) Complemento Verbal: completa o sentido de um
e) I predicado nominal; II - predicado verbal; III - substantivo abstrato ou adjetivo.
predicado verbo-nominal. Tenho medo de avião.
Ela é favorável à reforma política.
13. Assinale a alternativa correta em relação à Nos exemplos acima, o substantivo abstrato “medo” e
classificação dos predicados das orações abaixo: o adjetivo “favorável” ficariam incompletos e sem sentido
I- Olhei a aluna na janela. sem a presença dos complementos nominal.
II- Aqui se trabalha.
III- Ninguém saiu hoje satisfeito. d) Agente da Passiva: complemento preposicionado
a) I predicado verbal; II - predicado verbal; III - predicado que representa o agente de ação de um verbo que está na
verbo-nominal. voz passiva.
b) I - predicado nominal; II predicado verbal; III Eu comprei um carro. (Aqui o verbo está na voz ativa. O
predicado verbo-nominal. agente da ação do verbo coincide com o sujeito da oração.)
c) I predicado verbo-nominal; II predicado verbal; III O carro foi comprado por João. (percebemos que
predicado nominal. neste caso o agente da ação de comprar não é o sujeito
d) I predicado verbo-nominal; II predicado nominal; III da oração – que aqui é “o carro”, mas sim João, classificado
predicado verbal. aqui como agente da passiva.
e) I - predicado nominal; II - predicado verbal; III -
predicado verbo-nominal. Exercícios

01 - A análise sintática é definida pela relação que se


14. Aponte a frase de sujeito simples e predicado
estabelece entre palavras ou grupos de palavras dentro
verbo-nominal.
de um contexto. Relacione a 2ª coluna de acordo com
a) A jovem passeava tranquilamente.
a 1ª, observando a correta classificação dos termos
b) Mariana fez o concurso esperançosa. destacados. A seguir, assinale a alternativa CORRETA:
c) Existem grandes possibilidades. 1. Objeto direto
d) Paulo e Marcelo estudam animados. 2. Objeto indireto
e) Os cientistas retomaram da gruta às pressas. 3. Complemento nominal
4. Agente da passiva
15. Assinale a alternativa em que há uma oração com ( ) “ A fome pode determinar a supressão de uma
predicado delas.”
verbo-nominal: ( ) “ A destruição não atinge  o princípio universal e
a) O mar estava calmo naquela manhã. comum.”
b) Nenhum navio partiu ontem. ( ) “ Uma das tribos será exterminada pela outra.”
c) Achei esse sujeito muito antipático. ( ) ... e necessitam de mais alimento.
d) O homem ficou furioso com a brincadeira. a) 3, 1, 4, 2
e) Ele terminou o trabalho ontem à tarde. b) 1, 2, 3, 4
(Exercícios retirados de http://solinguagem.blogspot. c) 2, 4, 1, 3
com.br/2012/02/exercicios-de-predicado.html) d) 4, 3, 2, 1
e) 3, 4, 1, 3

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. Em: Tinha grande amor à humanidade / As ruas 09. Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que
foram lavadas pela chuva / Ele é rico em virtudes. Os termos contém objeto direto preposicionado:
destacados são, respectivamente: a) “Desesperado, deixou o cravo, pegou do papel
a) complemento nominal, agente da passiva, escrito e rasgou–o”.
complemento nominal b) Não desconfiei do candidato e corrigi o trabalho por
b) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto inteiro.
c) complemento nominal, objeto indireto, complemento c) Poucos jornais se referiram ao episódio.
nominal d) O jovem de hoje também necessita de espiritualidade.
d) objeto indireto, complemento nominal, agente da e) Pela estrada ia passando um comboio de caminhões–
passiva  tanques.
e) objeto direto, objeto indireto, complemento nominal
10. Assinale a frase que contém agente da passiva:
03. Assinale o item em que a função não corresponde a) Fiquei ouvindo aquilo por longo tempo.
ao termo em destaque: b) Dei cinco reais pelo cachorrinho.
a) Comer demais é prejudicial à saúde. (complemento c) As colheitas foram levadas pela chuva.
nominal) d) Sempre saía a esmo pelos caminhos.
b) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto) e) Agrada–me por todas as formas.
c) Ele foi cercado de amigos sinceros. (agente da
passiva) (Exercícios retirados de http://odemartins.blogspot.com.
d) Não tens interesse pelos estudos. (complemento br/2014/04/termos-integrantes-da-oracao-exercicio.html)
nominal)
e) Ele tinha receio de tudo a sua volta.. (objeto indireto) GABARITO : 1A - 2A - 3E - 4B - 5B - 6A - 7B - 8B -
9A - 10C
04. Em todas as alternativas abaixo, há objeto direto
preposicionado, exceto em:
a) Acho que ela não consegue amar a ninguém.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
b) Dedicou–se a estudos matemático.
São termos que são dispensáveis na oração, mas
c) Para sair com a turma o diretor escolheu a nós.
acrescentam informação ou circunstância referente ao
d) Ofenderam a mim e não a ele.
substantivo ou ao verbo, enriquecendo seu sentido. São
e) O professor elogiou a todos.
considerados termos acessórios:
05. O agente da passiva foi corretamente destacado
em todas as opções, exceto em: a) Adjunto Adnominal
a) O presídio tinha sido cercado pelos soldados. b) Adjunto Adverbial
b) Ela é a única responsável pela festa. c) Aposto
c) O time foi derrotado pelo campeão da cidade.
d) O mestre foi homenageado pelos alunos. a) Adjunto Adnominal: como a própria denominação
e) A casa foi destruída pela inundação. adianta, o adjunto adnominal é o termo que acompanha o
06. Assinale a frase em que o objeto direto é pleonástico: nome (o substantivo) na função de satélite, concordando
a) A borboleta negra, encontrei–a à noite. com ele em gênero e número. Podem ser adjuntos
b) Eu a sacudi de novo. adnominais as classes gramaticais: artigo, pronomes,
c) Fiquei a olhar o cadáver com simpatia. numerais, adjetivos ou locuções adjetivas.
d) Um golpe de toalha rematou a aventura. Ex.:
e) Vi dali o retrato de meu pai.
A linda professora publicou seu livro.
07. “A recordação da cena persegue–me até hoje”. Os
termos em destaque são: Substantivos: professora/ livro
a) objeto indireto – objeto indireto; Adjuntos adnominais: A/linda/seu
b) complemento nominal – objeto direto;
c) complemento nominal – objeto indireto; A casa da Maria foi vendida.
d) objeto indireto – objeto direto; Substantivo: Maria
e) agente da passiva – objeto indireto. Adjuntos Adnominais: A/da Maria

08. Dentre as opções abaixo assinale aquela em que há


objeto direto preposicionado:
a) Passou aos filhos a herança recebida dos pais;
b) Amou a seu pai, com a mais plena grandeza da alma;
c) Amou sua mulher como se fosse a única;
d) Naquele tempo era muito fácil viajar para os infernos;
e) Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutuarem
nos céus de agosto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Qual a diferença entre complemento Nominal 2. Aponte a alternativa em que há adjunto adverbial
e Adjunto Adverbial? de causa.
a) Compro os livros com o dinheiro.
b) O poço secou com o calor.
O complemento nominal é um termo integrante c) Estou sem amigos.
e sua presença garante o sentido da frase: d) Vou ao Rio.
e) Pedro é efetivamente bom.
Tenho necessidade (de que?) de amor.
3. Nos trechos:
Já o adjunto adnominal auxilia na produção
“Marciano subiu ao forro da igreja e acabou com elas a pau.”
de sentido, mas pode ser descartado pois não
“Não posso ver o mostrador assim às escuras.”
causa prejuízo ao entendimento do enunciado.
As expressões destacadas dão, respectivamente,
Os meus três lindos filhos de criação já se ideia de:
formaram. (Qual é a informação básica? Filhos
se formaram a) modo, especificação
b) lugar, modo
b) Adjunto Adverbial: termos que inserem uma c) instrumento, modo
informação de circunstância a verbo. Como nos diz a d) instrumento, origem
denominação, são os advérbios ou locuções adverbiais  e) origem, modo
presentes na oração.
Comi muito hoje. 4. Na oração: “José de Alencar, romancista brasileiro,
nasceu no Ceará”, o termo destacado exerce a função
Verbo: comi sintática de:
Adjunto Adverbial de intensidade: muito a) aposto
Adjunto adverbial de tempo: hoje b) vocativo
c) predicativo do objeto
Vejamos as circunstâncias possíveis de um adjunto
d) complemento nominal
adverbial:
e) n.d.a. 
- circunstância de tempo: Ontem li o livro.
- circunstância de modo: Cantou bem. 5. Na oração: “Cláudia, uma mulher simplesmente
- Circunstância de lugar: Vivo perto daqui. notável, é a melhor mãe que uma criança poderia ter”,
- Circunstância de intensidade: Chorou bastante. o termo destacado exerce a função sintática de:
- Circunstância de modo: Morreu de sede. a) complemento nominal
- Circunstância de companhia: Viajei com Pedro. b) aposto explicativo
- Circunstância de instrumento: Cortou com a faca. c) vocativo
d) aposto especificativo
3) Aposto: termo que possui a função de explicar, e) ajunto adnominal 
esclarecer um termo previamente citado, apresentado na
oração entre vírgulas. 6. Dê a função sintática do termo destacado
Ex: em: “Não digo nada de minha tia materna,Dona
Emerenciana”.
João saiu às pressas. a) sujeito
João, irmão de Maria, saiu às pressas. b) adjunto adverbial
c) objeto direto
Roma é cidade eterna. d) vocativo
Roma, que é capital de Itália, é a cidade eterna. e) objeto indireto

(Exercícios retirados de http://www.


Exercícios gramaticaparaconcursos.com/2013/12/termos-acessorios-
1. Na oração “Você ficará tuberculoso,  de da-oracao-exercicios.html)
tuberculose morrerá”, as palavras destacadas são,
respectivamente:  Gabarito
a) adjunto adverbial de modo, adjunto adverbial de
1 -c
causa
2 -b
b) objeto direto, objeto indireto
3-c
c) predicativo do sujeito, adjunto adverbial
4 -a
d) ambas predicativos 5 -b
e) n.d.a. 6 -d

58
LÍNGUA PORTUGUESA

SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO a) O ciclista acordou tarde e comeu.


PERÍODO COMPOSTO b) O ciclista acordou tarde, mas comeu.
Período composto é o enunciado de sentido completo c) O ciclista acordou tarde, logo comeu.
que gira em torno de dois ou mais verbos. d) O ciclista acordou tarde porque comeu.
Ex.:
1) O funcionário chegou e assinou o documento. Nos exemplos acima percebe-se que as conjunções
2) Maria disse que não iria à festa. em destaque não apenas liga as duas orações, cria um
sentido específico entre elas. Por isso mesmo, a gramática
Nos exemplos acima verificamos a relação entre as estabelece uma classificação específica a partir da relação
duas orações. Entretanto, percebemos que, no exemplo de sentido criado pelas conjunções.
1 a segunda oração não completa o sentido do verbo da
primeira, ambos os segmentos são independentes. Já na CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS
frase 2 a segunda oração possui a função de completar o SINDÉTICAS
sentido do verbo dizer. a) Oração coordenada sindética aditiva: estabelece
Por isso mesmo, afirma-se que há períodos em que uma relação de adição entre as orações, a partir das
as orações estão unidas num enunciado em situação de conjunções coordenativas aditivas e, nem ...nem, não só...
independência (exemplo 1). Denominamos esse período como também, não só…mas também etc...
de período composto por coordenação. Além disso, há Ex.
casos em que as duas orações não podem ser separadas, A economia cresceu e progrediu.
pois uma completa a outra (exemplo 2), e isso se trata de A economia não só cresceu mas também progrediu.
um período composto por subordinação. Nem estudou nem descansou.
Ex.:
3) Penso, logo existo. b) Oração coordenada sindética adversativa:
Trata-se de um período composto por coordenação transmite uma ideia de contradição e oposição, através
já que é possível transformar as duas orações em frases das conjunções coordenativas adversativas mas, porém,
independentes: entretanto, contudo, todavia etc…
Penso. Logo existo. Ex.:
Fui dormir tarde, mas consegui acordar cedo.
4) Perguntei se ele me amava. Gosto muito de você, porém preciso deixá-lo.
Vemos aqui um caso de período composto por c) Oração coordenada sindética alternativa:
subordinação, pois se separarmos as orações tornando-as
estabelece uma relação de alternância com a oração anterior.
períodos simples, o enunciado perderá o sentido:
São usadas as conjunções coordenativas alternativas ou...
ou…, já...já, quer...quer, ora...ora.
Perguntei. Se você me amava.
Ex.:
Ou durmo, ou estudo.
Cada um desses períodos apresenta características e
Ora durmo, ora estudo.
manifestações distintas.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO d) Oração coordenada sindética conclusiva: cria uma
Denomina-se período composto por coordenação relação de conclusão com a oração anterior, oferecendo
o enunciado de sentido completo composto por duas a ideia de resultado. São utilizadas as conjunções
ou mais orações coordenadas, ou seja, independentes. coordenativas conclusivas pois, logo, portanto, por
Nesses casos não há uma oração que se sobreponha à conseguinte, consequentemente.
outra e, por isso mesmo, não há uma oração principal, Penso, logo existo.
ambas são. Estudo, por conseguinte obterei o resultado almejado.
Por serem autônomas, as orações coordenadas podem
ser unidas apenas por vírgulas e aí são denominadas de e) Oração coordenada explicativa: estabelece uma
assindéticas, já que não apresentam nenhuma palavra de ideia de explicação com a oração anterior, esclarecendo-a.
conexão entre si, como no exemplo: São usadas as conjunções coordenativas porque, isto é, ou
seja, a saber.
Vi, vim, venci. Ex.:
Viajei logo, porque tinha pressa.
Ainda que sejam independentes, as orações Fiquei muito triste, uma vez que ele descumpriu o
coordenadas podem ser unidas também a partir de um trato combinado.
elemento conectivo, recebendo a denominação de orações
coordenadas sindéticas. A classe gramatical que cumpre
essa função de conectá-las é a conjunção. Esta não apenas
une as orações, estabelece entre elas uma relação de
sentido. Vejamos:

59
LÍNGUA PORTUGUESA

IMPORTANTE Gabarito 1.b – 2.d – 3.a – 4.b – 5.b

Excetuando as orações coordenadas sindéticas


aditivas, todas as demais exigem o uso de vírgula PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
antes da conjunção coordenativa: Denomina-se período composto por subordinação o
período integrado por duas ou mais orações em que se
Trabalhou muito, mas não concluiu a tarefa. verifica entre elas uma relação de dependência semântica
Ou esqueça, ou lute. e sintática. Ou seja, caso se retire uma das orações o
Está batalhando, pois ambiciona progredir. enunciado perde o sentido.
Ela chegara atrasada, porque houve greve na linha Ex.:
do metrô. Perguntei se ele viria.
Chorou tanto que não conseguiu abrir os olhos.
Exercícios
Quando falamos em orações subordinadas se
1.A oração “Não se verificou, todavia, uma entende a presença de uma oração principal e uma
transplantação integral de gosto e de estilo” tem valor: oração subordinada que completará a mensagem da
a) conclusivo primeira.
b) adversativo As orações subordinadas dividem-se em:
c) concessivo a) Orações Subordinadas Substantivas: completam a
d) explicativo oração principal exercendo a função de substantivo;
e) alternativo b) Orações Subordinadas Adjetivas: completam a
oração principal exercendo a função de adjetivo;
2. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A c) Orações Subordinadas Adverbiais: completam a
oração em destaque é: oração principal exercendo a função de advérbio.
a) coordenada explicativa I – ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
b) coordenada adversativa
c) coordenada aditiva Como dito acima, são as que integram a oração
d) coordenada conclusiva principal exercendo a função de substantivo.
e) coordenada alternativa
Como assim?
3. No verso, “Tenta chorar e os olhos sente enxutos”, o
Atente ao exemplo abaixo:
conectivo oracional indica:
a) junção de ideias, logo é conjunção aditiva
b) disjunção de ideias, logo é conj. Alternativa  a) Falei verdades a João.
c) contraste de ideias, logo é conj. Adversativa  b) Trabalho é fundamental.
d) oposição de ideias, logo é conj. Concessiva c) Trabalho é fundamental.
e) sequência de ideias, logo é conj. Conclusiva. 
Nos períodos simples acima percebemos que as
4. Fez isso ______ não conseguiu o resultado. palavras destacadas exercem a função de substantivo e
___A_________________B_______________ podem ser substituídas por isso.
Qual das alternativas abaixo preenche a lacuna,
indicando que B é um fato anterior a A? a) Falei isso a João.
a) entretanto b) Trabalho é isso.
b) pois c) Isso é trabalho.
c) porém
d) enquanto Realizando uma análise sintática, classificamos os
e) e.  termos destacados como objeto direto (a), predicativo do
sujeito (b) e sujeito (c).
5.”Deus não fala comigo, e eu sei que Ele me escuta.” Mas o ser humano pode produzir frase mais complexas,
O conectivo “e” pode ser substituído, sem contrariar o constituídas por períodos compostos por mais de um verbo,
sentido, por: e os mesmos exemplos citados anteriormente podem ser
a) ou. assim reescritos:
b) no entanto
c) porém a) Falei que não me casaria a João.
d) porquanto b) Trabalho é agir com responsabilidade.
e) nem
c) É importante trabalhar.
(Exercícios retirados de http://questoesconcursos.
O que foi feito? Substituímos os substantivos dos
blogspot.com.br/2011/04/questoes-de-oracoes-
enunciados por verbos equivalentes e construímos orações
coordenadas-para.html)
subordinadas substantivas.

60
LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação das orações subordinadas substantivas Orações Substantivas Objetivas Diretas Reduzidas:
a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva:
quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da Podem integrar/completar o verbo transitivo direto
oração principal. da oração principal orações subordinadas marcadas pelo
Ex.: verbo reduzido de infinitivo:

1) Sua participação foi importante. (sujeito) Ex.:


Foi importante sua participação. (sujeito)
Mandei-a nadar um pouco.
Foi importante que você tenha participado da Ouvi João chorar o dia inteiro.
reunião. (oração subordinada substantiva subjetiva).
Por isso mesmo, chamamos de orações desenvolvidas
2) A leitura é fundamental. (sujeito)
as caracterizadas por verbos flexionados e reduzidas com
É fundamental a leitura. (sujeito)
verbos apresentados no infinitivo.
É fundamental que você leia. (oração subordinada
substantiva subjetiva) c) Orações Subordinadas Substantivas Objetivas
Indiretas: exercem a função de objeto indireto,
- Estrutura das orações subordinadas substantivas completando verbos transitivos indiretos.
subjetivas: Ex.:
Minha aluna necessita (de) que seus pais a auxiliem.
* Verbos de ligação mais predicativo: A coordenação insiste em que os pais auxiliem a
aluna.
É importante – É fundamental – É essencial –
Foi imprescindível – Permanece preocupante – Está Nos exemplos acima percebe-se que tanto o verbo
comprovado necessitar quanto o insistir são verbos transitivos indiretos,
exigindo como complemento oração ou palavra antecedido
Ex.: por preposição.
É fundamental que as crianças estudem

* Expressões iniciadas por verbos na voz passiva: d) Oração Subordinada Completiva Nominal: exerce
a função de completar o sentido de um NOME, geralmente
Sabe-se – Conta-se – Percebe-se – Soube-se – É sabido um substantivo abstrato ou adjetivo.
– Comenta-se – Foi comprado – Foi anunciado
Ex.:
Ex.:
Conta-se que muitos alunos não realizaram a prova. Senti receio de que ele viesse alterado.
Tive medo de o avião atrasar por mais tempo.
* Verbos como: cumprir – convir – importar – Ela foi favorável a que João participasse do projeto.
acontecer – ocorrer
e) Oração Subordinada Substantiva Predicativa:
Ex.:
cumpre a função de predicativo do sujeito, qualificando o
Convém que você estude mais.
sujeito enquanto “completa” um verbo de ligação.
b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: Ex.:
exerce a função de objeto direto, completando verbo
transitivo direto. Minha preocupação é que ele não chegue a tempo.
O fundamental é que ela se recuperou bem.
Ex.:
f) Oração Subordinada Substantiva Apositiva:
Maria não sabe que João viajou. exerce a função de aposto, esclarecendo algum termo da
O deputado perguntou se todos já haviam chegado. oração principal.
Chamamos de conjunção integrante a
Ex.:
conjunção que a qual inicia a subordinada Meu desejo era esse: que ele não voltasse mais.
substantiva objetiva direta. Isso porque a ela Sempre apresentou essa desconfiança: que Joana não
cabe a atribuição de iniciar o complemento estava cumprindo o contrato.
verbal.

Peço que você saia.

61
LÍNGUA PORTUGUESA

Exercícios 7. (UFPR) Julieta ficou à janela na esperança de que


Romeu voltasse. A oração em destaque é:
1. (UNAMA) No seguinte grupo de orações a) subordinada substantiva subjetiva.
destacadas: b) subordinada substantiva completiva nominal.
c) subordinada substantiva predicativa.
1. É bom que você venha. d) subordinada adverbial causal.
2. Não esqueças que és falível. e) subordinada adjetiva explicativa.

Temos orações subordinadas, respectivamente: 8. (PUCCAMP-SP) Assinale o período em que a


a) objetiva direta, subjetiva. oração destacada é substantiva apositiva:
b) subjetiva, objetiva direta. a) Não me disseram onde moravas.
c) objetiva direta, adverbial temporal. b) A rua onde moras é muito movimentada.
c) Só me interessa saber uma coisa: onde moras.
d) subjetiva, predicativa.
d) Morarei onde moras.
e) predicativa, objetiva direta.
e) n.d.a.
2. (UFBA) Em todos os períodos a oração
9. (MACK-SP) No período: «Sabe-se que Jacó propôs
subordinada funciona como sujeito da oração principal, a Labão que lhe desse todos os filhos das cabras...», a
exceto em: alternativa que contém a análise correta das orações,
a) É claro que eles virão. na sequência em que vêm no período é:
b) Acontece que ela mentiu. a) principal; subordinada substantiva subjetiva;
c) Sabe-se que é um golpe. subordinada substantiva objetiva direta.
d) O certo é que tudo morre. b) coordenada sindética aditiva; subordinada
e) Agora parece que é dia. substantiva objetiva direta; subordinada substantiva
apositiva.
3. (FMU-SP) No seguinte período: «Aí eu tive o c) absoluta; subordinada substantiva objetiva direta;
fervor de que ele carecesse de minha proteção, toda a subordinada substantiva objetiva direta. d) principal;
vida», a expressão destacada é: subordinada substantiva subjetiva; subordinada substantiva
a) oração subordinada substantiva apositiva. objetiva indireta.
b) oração subordinada substantiva objetiva indireta. e) coordenada assindética; subordinada substantiva
c) oração subordinada substantiva completiva nominal. subjetiva; subordinada substantiva objetiva direta.
d) oração subordinada substantiva predicativa.
10. (PUCCAMP-SP) «Se ele confessou não sei.» A
4. (UFPR) Qual o período em que há oração oração destacada é:
subordinada substantiva predicativa? a) subordinada adverbial temporal.
a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares. b) subordinada substantiva objetiva direta.
b) Sou favorável a que o aprovem. c) subordinada substantiva objetiva indireta.
c) Desejo-te isto: que sejas feliz. d) subordinada substantiva subjetiva.
d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades e) subordinada substantiva predicativa
do vestibular.
e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo. (Exercícios retirados de https://ocondedemontecristo.
files.wordpress.com/2011/03/un25.pdf)
5. (UFPR) Reconheça a oração subordinada
substantiva subjetiva:
Gabarito 1 - b 4 - a 7 - b 10 - b 13 - 11 2 - d 5 - d 8 - c
a) Veja se está tudo em ordem.
11 - d
b) Perguntou quem era.
II – ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
c) Que ele não compareceu, souberam.
d) É necessário que tenhamos paciência. São as orações que equivalem a adjetivos, na função
e) n.d.a. de qualificar ou esclarecer um termo da oração principal.
Vejamos:
6. (UEM-PR) «Parecia que o morro se tinha
distanciado muito.» No período acima, a oração a) Encontrei aquele menino bonito. (adjetivo)
subordinada é: b) Encontrei aquele menino que é bonito. (oração
a) substantiva objetiva direta. subordinada adjetiva)
b) substantiva subjetiva.
c) adjetiva explicativa. Nos exemplos acima percebemos como a oração
d) substantiva predicativa destaca em (b) equivale ao adjetivo do exemplo anterior.
e) adverbial consecutiva.

62
LÍNGUA PORTUGUESA

Vale destacar que as orações subordinadas Diferenças entre as conjunções integrantes e


adjetivas, por exercerem a função de adjetivo, pronomes relativos: o caso da palavra “QUE”
cumprem também a atribuição de adjunto
adnominal. Vimos que a palavra “que” pode ser
uma conjunção integrante nas orações
Essas orações são iniciadas por pronomes subordinadas substantivas e pronome relativo
relativos: que, o qual, a qual, as quais, os quais nas subordinadas adjetivas. Como entender a
Ex.: diferença?
Vi o jogador que vive em Madri. É fácil: o “que” conjunção integrante completa
Vi o jogador o qual vive em Madri verbos transitivos e o “que” pronome relativo
sucede um nome (e não um verbo) cumprindo
a função de iniciar a qualificação do mesmo.
Classificação das orações subordinadas adjetivas

Pensemos no adjetivo. Enquanto classe gramatical Exercícios


qualificadora, pode especificar uma qualidade referente ao
substantivo ou simplesmente apresentar ou esclarecer uma 1)  Quanto à classificação das orações subordinadas
característica geral: adjetivas abaixo, a correta opção é:
Ex.: Os pais que cuidam dos seus filhos merecem aplausos. 
a) Maria é a aluna sueca. (Aqui o adjetivo restringe o Esta equipe, cujo técnico não incentiva seus
substantivo, reduzindo-o a grupo dos estudantes suecos). atletas, sempre perde.
b) Todo homem é mortal. ( Já aqui o adjetivo apenas A casa, onde mora, parece abandonada.
explica uma qualidade geral). A) restritiva, restritiva, explicativa
B) explicativa, explicativa, explicativa
Da mesma forma, as orações subordinadas adjetivas C) explicativa, restritiva, explicativa
podem reduzir o campo semântico ou simplesmente D) restritiva, explicativa, explicativa.
esclarecê-lo e daí vem sua classificação:
a) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: orações 2) Identifique a alternativa que se encontra uma oração
que cumprem a função de particularizar e restringir um subordinada adjetiva restritiva.
termo da oração principal. A) Sei que ainda não disse tudo.
B) Este é o apartamento que comprei.
Ex.: C) Ela chegou, lavou as mãos e saiu.
Encontrei o repórter que vive em Tóquio. D) Assim que chegou, dormiu.
Admiro os alunos que estudam Português.
Foi entrevistada a atriz que recebeu o Oscar. 3) Identifique a alternativa que se encontra uma oração
subordinada adjetiva explicativa.
Nos exemplos acima todas as orações destacadas são A) Eram músicas que contagiavam.
adjetivas restritivas, já que qualificam o nome reduzindo B) Os homens, que são seres racionais, merecem nosso
seu campo semântico. diálogo.
C) A televisão apresenta cenas que agridem.
b) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: ao D) Viajaram a lugares por onde nunca sonharam passar.
contrário da anterior, não apresenta qualificação restritiva,
apenas explica uma ideia na função de esclarecer um termo (Exercícios retirados de http://provasdeportugues.
já citado. Essa oração costuma aparecer entre vírgulas. blogspot.com.br/2014/06/atividades-de-oracoes-
Ex.: subordinadas_25.html)
Lilian, que é economista, prevê a continuação da
inflação. Gabarito
O Ramadã, que é o período de jejum dos muçulmanos, 1 -D
inicia na próxima segunda. 2 -B
3–B

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LÍNGUA PORTUGUESA

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Ex.:


a) Ele estuda tanto como sua irmã. (estuda)
Chamamos de orações subordinadas adverbiais b) João treina tal como Pedro estuda.
aquelas que se acoplam à oração principal denotando Percebemos na frase a) que quando o verbo de comparação
uma circunstância, função típica dos advérbios. Quando é o mesmo da oração principal, ele pode estar oculto.
desenvolvidas, são sempre introduzidas por conjunções
subordinativas adverbiais e classificadas segundo as 6) Oração subordinada adverbial final: Exprime
circunstâncias que exprimem. finalidade referente à ação do verbo da oração principal,
Ex.: precedida pelas conjunções subordinativas para que, a fim
a) Saiu para trabalhar à noite. (o termo destacado de que, que, porque etc…
é uma locução adverbial de tempo, já que oferece uma Ex.:
circunstância ao verbo “trabalhar”) a) Os jogadores treinaram muito para que pudessem
b) Saiu para trabalhar quando anoiteceu. (a locução vencer o campeonato.
adverbial foi substituída por uma oração, que exerce a b) Os alunos se prepararam muito para que
mesma função, apresenta uma circunstância temporal). conseguissem aprovar o projeto.

As orações subordinadas adverbiais dividem-se 7) Oração subordinada adverbial proporcional:


em: causais, consecutivas, concessivas, conformativas, expressa a ideia de proporção junto ao verbo apresentado na
comparativas, finais, proporcionais, condicionais e oração principal, iniciada pelas conjunções subordinativas
temporais. Vejamos cada uma delas: à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais,
quanto mais..tanto menos etc…
1) Oração subordinada adverbial causal: expressa Ex.:
a ideia de causa, iniciada pelas conjunções subordinativas a) Quanto mais se trabalha, mais se engrandece.
porque, como, uma vez que, visto que, posto que etc… b) À medida que envelheço, mais bela fico.
Ex.:
8) Oração subordinada adverbial condicional:
a) Como estava chovendo, o aluno não foi treinar.
apresenta uma condição para que se efetive a ação expressa
b) A escola não realizou o concurso, visto que não
pelo verbo da oração principal, precedida pelas conjunções
havia o material necessário.
subordinativas se, caso, desde que, contanto que etc…
Ex.:
2) Oração subordinada adverbial consecutiva: indica
a) Caso Maria compareça, faremos a reunião.
a ideia de consequência, precedida pelas conjunções b) Assinaremos o contrato se o presidente concorde
subordinativas que, de sorte que, de modo que etc… com os termos.
Ex.:
a) Estudou tanto que gabaritou a prova. i) Oração subordinada adverbial temporal: indica
b) Estava tão nervosa de modo que não conseguiu uma circunstância de tempo à oração principal, iniciada
chegar até o fim da prova. pelas conjunções subordinativas quando, enquanto, logo
que, assim que, depois que etc…
3) Oração subordinada adverbial concessiva: Ex.:
expressa uma circunstância contrária a apresentada na a) Quando chegou, iniciou os procedimentos.
oração principal, iniciada pelas conjunções subordinativas b) Realizou a entrevista assim que o convidado
embora, ainda que, conquanto que etc… apareceu.
Ex.:
a) Embora estivesse chovendo, foi correr na avenida.
b) Conquanto Maria estivesse atrasada, conseguiu IMPORTANTE! ORAÇÕES SUBORDINADAS
realizar a prova. ADVERBIAIS EM SUA FORMA REDUZIDA

4) Oração subordinada adverbial conformativa: Orações reduzidas são aquelas que apresentam verbos
indica conformidade com a informação expressa na oração reduzidos de infinitivo, sem flexão, ou no gerúndio
principal, precedida pelas conjunções subordinativas Algumas subordinadas adverbiais podem apresentar
conforme, consoante, como, segundo etc… verbos com essa característica:
Ex.:
a) Conforme informou a previsão do tempo, choveu a) Subordinadas adverbiais finais: Estou batalhando
bastante no sul do Brasil. para você ter um futuro melhor.
b) Segundo dissera o professor, a prova fora adiada b) Subordinadas adverbiais condicionais: Se você
em tempo. chegar em tempo, poderemos estudar.
c) Subordinadas adverbiais temporais: Acordando
5) Oração subordinada adverbial comparativa: tem amanhã, ligue para sua mãe.
como função estabelecer uma comparação com a oração d) Subordinadas adverbiais consecutivas: Não
principal, iniciada pelas conjunções subordinativas como, conseguiu ler o discurso sem gaguejar.
que, tanto como, tal como, do que etc…

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exercícios 6. (UFE-PA) No trecho “Cecília ... viu do lado oposto


do rochedo Peri, que a olhava com uma admiração
1.  (MACK) “Na ‘Partida Monção’, não há uma ardente”, a oração grifada expressa uma
atitude inventada. Há reconstituição de uma cena como a) causa
ela devia ter sido na realidade.” A oração “como ela b) lugar
devia ter sido na realidade” é: c) oposição
a) adverbial conformativa d) explicação
b) adverbial proporcional e) condição
c) adjetiva
d) adverbial causal 7.  (UF SANTA MARIA-RS) Leia, com atenção, os
e) adverbial consecutiva períodos abaixo:
Caso haja justiça social, haverá paz.
2.  (FUVEST) No período: “Era tal a serenidade da Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não
tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante, fornece uma reprodução fiel da realidade.
dobrando a finados.”, a segunda oração é: Como todas aquelas pessoas estavam concentradas,
a) subordinada adverbial causal não se escutou um único ruído.
b) subordinada adverbial consecutiva Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente,
c) subordinada adverbial concessiva as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas:
d) subordinada adverbial comparativa a) tempo, concessão, comparação
e) subordinada adverbial subjetiva b) tempo, causa, concessão
c) condição, consequência, comparação
3. (PUC) Assinale a alternativa em que a subordinada d) condição, concessão, causa
não traduza idéia de consequência, comparação, e) concessão, causa, conformidade
concessão e causa:
a. Porquanto, não fosse um ancião convencional,
8.  (UNIMEP) I - Mário estudou muito e foi
enterrou-se de sobrecasaca e polainas.
reprovado! II - Mário estudou muito e foi aprovado. Em
b. Desde que era um ancião convencional, enterrou-se
I e II, a conjunção “e” tem, respectivamente, valor:
de sobrecasaca e polainas.
a) aditivo e conclusivo
c. Ele era um ancião tão convencional que se enterrou
b) adversativo e aditivo
de sobrecasaca e polainas.
c) aditivo e aditivo
d. Ele era um ancião mais convencional do que o que
d) adversativo e conclusivo
se enterrou de sobrecasaca e polainas.
e) concessivo e causal
e. Ele era um ancião convencional, na medida em que
se enterrou de sobrecasaca e polaina.      
      9. (UC-MG) A classificação da oração grifada está
4.  (FUVEST) Na frase “Entrando na faculdade, correta em todas as opções, exceto em:
procurarei emprego.”, a oração subordinada indica a. Ela sabia que ele estava fazendo o certo - subordinada
idéia de:  substantiva objetiva indireta
a) concessão b. Era a primeira vez que ficava assim tão perto de uma
b) lugar mulher - subordinada substantiva subjetiva
c) oposição c.  Mas não estava neles modificar um namoro  que
d) consequência nascera difícil, cercado, travado - subordinada adjetiva
e) condição d. O momento foi tão intenso que ele teve medo -
subordinada adverbial consecutiva
5. (EFOA-MG) “Quando vejo certos colegas mostrando e. Solta, que você está me machucando - coordenada
com orgulho aquela rodela imbecil no pescoço ...” O período sindética explicativa
que apresenta uma oração com a mesma classificação da     
destacada na citação acima é: 10.  (FUVEST) No período: “Ainda que fosse bom
a) “Mal o sol fugia, começavam as toadas das cantigas.” jogador, não ganharia a partida”, a oração destacada
b) “Caso o encontre, dê-lhe o recado.” encerra idéia de:
c) “Dado que a polícia venha, prenderemos o assassino.” a) causa        b) condição       c ) concessão       d)
d) “Uma vez que cheguem os reforços, atacaremos a proporção       e) fim
praça.”     
e) “Contar-lhe-ei o caso, conquanto você guarde 11.  (PUC) No período: “Apesar  disso a palestra
segredo.” de Seu Ribeiro e D. Glória é bastante clara”, a palavra
grifada veicula uma idéia de: 
a) concessão        b) condição        c) comparação      d)
modo     e) consequência

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LÍNGUA PORTUGUESA

12. (CESGRANRIO) Assinale o período em que Assim que cheguei, comi, bebi o vinho, dormi um
ocorre a mesma relação significativa indicada pelos pouco.
termos destacados em: “A atividade científica é tão
natural quanto qualquer outra atividade econômica.” b) Separar um aposto:
a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi Maria, irmã de João, viajou ao Canadá.
promovido.              
b) Quanto mais estuda, menos aprende. c) Isolar um vocativo:
c) Tenho tudo quanto quero.                                                                   Maria, entre agora!
d) Sabia a lição tão bem como eu.
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram d) Para marcar elipse verbal:
logo. João comprou duas camisas, eu, três.

(Exercícios retirados de http://soslportuguesa. e) Para indicar expressões explicativas:


blogspot.com.br/2011/06/questoes-sobre-oracoes- Algumas pessoas estão ficando misantropas, ou seja,
subordinadas_24.html) isolando-se em si mesmas.

Gabarito: 1-a, 2-b, 3-e, 4-e, 5-a, 6-d, 7-d, 8-b, 9-b, f) Para separar topônimos frente a datas e
10-c, 11-a, 12-d endereços:
Florianópolis, 25 de maio de 2017.

g) Para separar orações coordenadas sem conjunção


ou simplesmente palavras:
8 PONTUAÇÃO. Ontem comprei roupas, sapatos, brincos e uma bolsa.
Eu viajei, dormi, descansei.

h) isolar orações subordinadas adjetivas explicativas:


REGRAS DE PONTUAÇÃO João, que esteve aqui ontem, é irmão de Pedro.
IMPORTANTE! NÃO SE USA VÍRGULA NOS
Na língua falada, quando estamos conversando SEGUINTES CASOS:
com alguém, é comum utilizarmos pausas para marcar
a entonação do discurso. Respiramos, damos um ritmo a) Entre o sujeito e o verbo de uma oração:
coerente na locução pois nenhum falante se comunica em João, comprou um carro. (INCORRETO)
compasso acelerado. Entretanto, quando se faz a passagem João comprou um carro. (CORRETO)
da oralidade para a escrita há um problema essencial: como
marcar ritmos e pausas entre as frases se agora não temos b) Entre o verbo e seus complementos:
mais como instrumento a voz e o silêncio? João comprou, um carro. (INCORRETO)
João comprou um carro. (CORRETO)
Na língua escrita utilizamos os sinais de pontuação
entre as orações como recurso para estabelecer c) Entre o complemento nominal e o nome
completado, ou entre satélites do substantivo (numeral,
pausas e inflexões de voz na leitura.
pronome, adjetivo e artigo):
Veja os exemplos abaixo: Tenho medo, de altura. (INCORRETO).
a) Presenteei minha sobrinha, não meu filho, Tenho medo de altura (CORRETO)
b) Presenteei, minha sobrinha não, meu filho. Meus três, lindos, carros foram fotografados pela
revista (INCORRETO)
As frases acima, ainda que possuam as mesmas Meus três lindos carros foram fotografados pela revista.
palavras, mudam de sentido somente pelo uso das vírgulas. (CORRETO)
Por isso, é muito importante sabermos utilizar os sinais de
pontuação para que não cometamos erros de ambiguidade d) Antes de etc…
ou duplo sentido. A expressão etc é uma abreviatura de um termo em
latim et cetera, que significa e outras coisas. Já que está
1. USO DA VÍRGULA aglutinado a conjunção e não se utiliza vírgula.
Vi filmes franceses, persas etc…
A vírgula é um sinal que indica pausa entre orações ou
palavras elencadas. Apresenta a seguintes funções:
2) PONTO E VÍRGULA
a) separar termos de mesma função sintática dentro A função básica deste sinal é separar termos
de uma oração: enumerados:
Ex.:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Alguns pontos básicos da pesquisa é: 6) PONTO DE INTERROGAÇÃO


- conceito de sujeito grego; O ponto de interrogação possui uma função específica:
- humanismo renascentista; marcar mudança de entonação de voz frente a uma
- o drama barroco; pergunta. Usamos em perguntas diretas:
- cidadão pós-revolução francesa. Ex.:
Afinal, como você conseguiu chegar até aqui?
Outra função é separar orações de sentido oposto ou Além desse comum uso, também se costuma utilizar
num período em que as orações coordenadas já tiverem para marcar surpresa ou indignação:
exigido vírgula: Como assim?
O quê? Você não fez a prova?
Alguns homens são bons; outros, maus. (SENTIDO
OPOSTO) 7) RETICÊNCIAS
Muitos estudantes aprendem, leem, estudam; às vezes
São usadas para marcar retirada de um trecho ou
também cansam.
mesmo para dar ideia de continuidade:
Segundo Foucault: “a liberdade é um sintoma moderno,
3) DOIS PONTOS:
quiçá um conceito, além de mecanismo ideológico….”
Utilizamos dois pontos:
Vimos muitas coisas no museu: esculturas, pinturas,
a) quando apresentamos uma citação ou fala: instalações…
Como diria Hamlet: “Ser ou não ser, eis a questão”.
8) ASPAS
b) quando se apresenta expressão enumerativa: Utiliza-se para indicar fala de alguém, expressões
Desejo os seguintes itens: macarrão, ovos, queijo e estrangeiras, conceitos e ironia:
carne. Ex.:
E nos perguntou Freud: “O que quer uma mulher?”
c) para completar aposto resumitivo: (fala de alguém)
Comer, rezar, amar: todos esses verbos me apetecem. A expressão “soledad” é um termo espanhol e indica a
ideia de solidão. (expressão estrangeira)
Ainda não entendi o conceito de “devir” de Deleuze.
(conceito)
4) PONTO DE EXCLAMAÇÃO: Dizem que ele é um moço “bem-educado”. (ironia)
Utilizado em interjeições ou frases de grande
expressividade:
Olá! 9) PARÊNTESES
Como você está linda! Sua função básica é inserir uma explicação de algum
Socorro! termo enunciado anteriormente:
Podemos utilizar mais de um ponto de exclamação Ex.:Ainda que todos saibam o conceito de “devir”
para realçar emoção ou surpresa: (transformação, mudança, vir-a-ser), poucos aplicam na
Amo tanto a vida!!!! vida prática.
Além do mais, utiliza-se após sinal de interrogação
para marcar expressividade ou surpresa em uma pergunta: 10) TRAVESSÃO
Por que você é tão difícil?!
Comumente vemos o travessão para indicar diálogos
em um texto:
5) PONTO FINAL
Ex.:
Pode-se afirmar que o ponto final é uma pausa
- Você não me ama?
mais prolongada, que encerra uma relação lógica entre
elementos numa frase. Utilizamos nos seguintes casos: - Sim, amo mais que tudo.

a) encerrar definitivamente um enunciado: Mas também é usado após a fala para introduzir
Muitas pessoas amam; outras odeiam, entretanto, isso comentário do narrador.
faz parte da natureza humana. Ex.:
- Você não me ama? - perguntou Maria, insegura.
b) separar parágrafos: - Sim, mais que tudo. - respondeu João tranquilamente.
A crise financeira brasileira parece não ter data para
acabar. No entanto, muitos brasileiros estão fazendo das Também é usado com a mesma função da vírgula ou
próprias dificuldades ferramenta para mudar de vida. parênteses:
O segredo dos dias de hoje é a audácia: feliz daquele Machado é o maior escritor realista – já nos diziam
que arrisca mais. nossos professores.

67
LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS Gabarito:
1. B
1. Assinale a opção em que a supressão das vírgulas 2. C
alteraria o sentido do anunciado: 3. D
a) os países menos desenvolvidos vêm buscando, 4. D
ultimamente, soluções para seus problemas no acervo 5. C
cultural dos mais avançados;
b) alguns pesquisadores,que se encontram
comprometidos com as culturas dos países avançados,
acabam se tornando menos criativos; 9 CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.
c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão modelo
presente do processo de desenvolvimento tecnológico;
d) a atividade científica, nos países desenvolvidos, é tão
natural quanto qualquer outra atividade econômica; CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
e) por duas razões diferentes podem surgir, da Quando estudamos as palavras, inicialmente analisamos
interação de uma comunidade com outra, mecanismos de sua estrutura e características isoladamente. No entanto,
dependência. quando as palavras entram em relação entre si, precisam
estabelecer uma relação lógica. Além do mais, é essencial
2. Assinale a opção em que está corretamente indicada que haja, entre os vocábulos que estejam se referindo ao
a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as mesmo ente, concordância de gênero e número, pois não
lacunas da frase abaixo: é correto afirmar que cinco carros VELHO foram VENDIDO.
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas A sintaxe nos oferece regras de concordância nominal
devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica e verbal para evitar erros como o citado no exemplo acima.
que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que
CONCORDÂNCIA NOMINAL
possa ter.
Consiste na concordância entre o substantivo e seus
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
respectivos determinantes e qualificadores (que chamamos
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
de satélites): adjetivo, pronome, artigo e numeral.
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
1) Regra geral:
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
O substantivo determina o gênero e número de seus
3. Assinale o exemplo em que há emprego incorreto satélites.
da vírgula: Ex.:
a) como está chovendo, transferi o passeio;
b) não sabia, por que todos lhe viravam o rosto; Minha mãe, minhas duas irmãs, estas três lindas
c) ele, caso queira, poderá vir hoje; primas, todas elas vêm à festa.
d) não sabia, por que não estudou;
e) o livro, comprei-o por conselho do professor. Mãe – Substantivo, impõe seu gênero e número a seu
satélite
4. Assinale o trecho sem erro de pontuação: Minha – pronome, satélite, concorda com o substantivo
a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que nos
informe a situação econômica da firma em questão; Irmãs – Substantivo feminino flexionado no plural
b) cientificamo-lo de que na marcha do processo de Minhas – pronome, satélite, concorda em gênero e
restituição de suas contribuições, verificou-se a ausência da número
declaração de beneficiários; Duas – numeral, satélite, concorda em gênero
c) o Instituto de Previdência do Estado, vem solicitar de
V.Sa. o preenchimento da declaração; Primas – Substantivo, núcleo, feminino e plural
d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preenchimento, Estas – pronome, concorda com o substantivo
o formulário em anexo; Três - satélite
e) estamos remetendo em anexo, o formulário. Lindas – adjetivo, satélite, concorda em gênero e
número com o substantivo
5. Assinale as frases em que as vírgulas estão incorretas:
a) ora ríamos, ora chorávamos; 2) Quando um determinante (satélite) se refere a
b) amigos sinceros, já não os tinha; mais de um substantivo
c) a parede da casa, era branquinha branquinha;
d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do caso; a) se estiver depois dos substantivos, o satélite
e) João, o advogado, comprou, ontem, uma casa. concorda com o substantivo mais próximo (e aqui será
(Exercícios retirados de http://www.portuguesconcurso. classificado como adjunto adnominal); ou concordará com
com/2009/07/pontuacao-exercicios.html) todos os substantivos (na função de predicativo):

68
LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: É proibida a entrada de pedestres.


É necessária a água no mundo.
Ganhei uma calça e camisa importada. (concordância É boa a água com gás.
com o mais próximo)
Ganhei uma calça e camisa importados (concordância 5) O verbo no particípio sempre concorda com o
com todos os substantivos, utilizando o gênero e número substantivo:
predominante)
Foram comprados os ternos.
Comprei quadros e tela artística. (concordância com o Foram compradas as camisas.
mais próximo)
Comprei quadro e tela artísticos (concordância com 6) Meio
todos os substantivos)
a) Só não é flexionado quando se tratar de um advérbio,
b) se surgir antes dos substantivos, concorda com o já que este é uma classe invariável.
mais próximo apenas. Caso os nomes sejam substantivos
próprios, concordará com todos eles. Ex.:
Ex.: Comi meia maçã. (numeral)
Cheguei em casa meio dia e meia. (numeral)
Meu pai e tios vieram mais cedo. Meias verdades não me interessam. (adjetivo)
Ganhei nova camisa e sapatos. Bebi meia garrafa de vinho. (numeral)
Ele chegou em péssimo momento e hora. Estou meio envergonhada. (advérbio)
Os exemplares João e Maria.
7) Anexo, incluso, apenso, junto
c) caso o determinante ocupar a função de predicativo
do sujeito, teremos as seguintes construções:
Concordam com o substantivo a que se referem:
A aluna e o irmãos eram aplicados.
Ex.:
Eram aplicados a aluna e o irmão.
Era aplicada a aluna e o irmão.
Seguem anexos os relatórios.
Era aplicado o irmão e a aluna.
Vieram anexas as planilhas.
3) quando um substantivo for determinado por Seguem inclusas as despesas.
mais de um satélite:
Exceção: caso anexo vier precedido da preposição em
a) caso esteja no plural o substantivo determinado, seus ele se mantém no singular.
satélites permanecem no singular, sem o auxílio de artigo,
Ex.:
Ex.:
Segue em anexo os relatórios
Estou estudando as línguas francesa e italiana.
8) A olhos vistos, pseudo, menos
b) se o substantivo está no singular deve-se usar o
artigo, como auxílio à determinação. Sempre se mantêm invariáveis.

Estou estudando a língua francesa e a italiana. Ex.:


Cresceu a olhos vistos.
4) É preciso, é bom, é necessário, é proibido Tratam-se de pseudomédicos.
Ela é menos agradável do que sua irmã.
a) Ficam no masculino e singular caso o substantivo
não esteja determinado por artigo. 9) TAL QUAL

Ex.: Tal concorda com o termo precedente (ou


imediatamente posposto a ele) e qual com o termo
É proibido entrada de pedestres. subsequente.
É necessário água no mundo.
É bom água com gás. Ex.:

b) Caso o substantivo vier precedido por determinante Tal mãe quais filhas.
haverá concordância em gênero e número: Ele é belo tal quais os irmãos.

69
LÍNGUA PORTUGUESA

10) Muito/ bastante Exercícios

a) Quando determinarem um substantivo (e portanto, 1) O adjetivo não está corretamente empregado na


tratarem-se de pronomes) variam em número: concordância em: 
a) Eis teu romance: fantástico enredo e personagens,
Ex.: mas estilo pobre e imaturo.
Comprei bastantes camisas. b) No porto vimos com espanto as esquadras inglesas
Vi muitos filmes. e soviéticas unidas.
c) Precisa-se de moça e rapaz devidamente habilitados.
b) Quando expressarem circunstância ao verbo (função d) Fiel aos deveres paternal e fraternal, ambos
típica dos advérbios) permanecem invariáveis. silenciavam.
e) A flor e o fruto saboroso não existem.
Ex.:
Comemos muito na festa. 2) Assinale a frase incorreta considerando que o
Corri bastante. adjetivo em função de predicativo deve concordar no
plural: 
11) GRAMA a) O caipira e sua mulher ficam desconfiados.
b) Tenho o réu e seu comparsa como mentiroso.
Caso represente unidade de massa permanece no c) Lúcio e Vera caminhavam amuados, lado a lado.
singular. d) Tenho por mentirosos o réu e seu cúmplice.
Ex: e) Julguei-os capacitados, o aluno e a aluna.
Comprou um grama de ouro.
3) Quanto à concordância nominal, preencha as
12) Numerais lacunas das frases:
(I) Era talvez meio-dia e .......................quando fora preso.
(II) Decepção é ..............................para fortalecer o
Se antecede o substantivo é ordinal (primeiro,
sentimento patriótico.
segundo); quando posposto é cardinal (um, dois)
(III) Apesar da superpopulação do alojamento, havia
acomodações.............................para os homens.
Ex.:
(IV) Os documentos dos candidatos
seguiram............................ às fichas de inscrição.
Li somente a primeira página do relatório.
(V) As fisionomias dos homens eram as mais desoladas
Li somente a página um do relatório. ................................naquele cortejo.
13) POSSÍVEL a) meia - bom - bastantes - anexos - possíveis
b) meio - bom - bastantes - anexo - possíveis
Unido a expressões como “o mais”, “o menos”, “o c) meia - boa - bastante - anexo - possível
melhor”, “o pior” concorda com o artigo. d) meio - boa - bastante - anexos - possível
e) meia - bom - bastantes - anexo – possível
Ex.:
4) Observando a concordância nominal nas frases:
Vi obras o mais belas possível. (I) É necessário compreensão.
Vi obras as mais belas possíveis. (II) A compreensão é necessária.
(III) Compreensão é necessário.
14) Obrigado, mesmo, próprio (IV) Para quem a compreensão é necessário?
Verificamos que: 
Ex:
a) apenas a I e a IV estão erradas
Concordam com o substantivo determinado. b) apenas a II e a III estão erradas
c) apenas a IV está errada
Muito obrigada, disse Maria. d) apenas a II está certa
Ela mesma fez a tarefa. e) todas estão certas
Isso são questões próprias do sistema.
5) Quanto ............................. interferências ...............
................. , melhor .............................a) menas, existirem,
serão
b) menas, existirem, será
c) menas, existir, será
d) menos, existir, serão
e) menos, existirem, será

70
LÍNGUA PORTUGUESA

6) Qual alternativa preenche as lacunas abaixo 11) Ocorre erro de concordância nominal na


corretamente? alternativa:
Segue _____ uma cópia do soneto composto pela ______ a) No livro de registros faltava a folha duzentos.
-poetisa, no qual a autora tenta imitar o grande Bilac, b) É necessária segurança para se viver bem.
usando as ______ imagens. c) A janela estava meio aberta.
d) Eu e você estamos quites.
a) anexo, pseudo, mesmas (Exercícios retirados de http://portuguesvestibular.
b) anexa, pseuda, mesmas blogspot.com.br/2012/10/exercicios-de-concordancia-
c) anexa, pseudo, mesma nominal.html)
d) anexa, pseudo, mesmas
e) anexo, pseuda, mesmas
Gabarito: 1) D   2) B   3) A   4) C  5) E  6) D  7) C   8) A 
7) (Uelondrina 1997) - Assinale a letra correspondente 9) B   10) A   11) B  
à alternativa que preenche corretamente as lacunas da
frase apresentada.
As delegações .......... que .......... participar dos jogos CONCORDÂNCIA VERBAL
chegarão amanhã. 
Chamamos de concordância verbal quando o verbo se
a) latinas-americanas - vêem    flexiona para concordar com o sujeito.
b) latinas-americanas - vem        
c) latino-americanas - vêm  1) Regra geral
d) latinos-americanas - vêm                 O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito.
e) latinos-americanas – vem Ex.:
Eu comprei um carro. (verbo está na 1º pessoa do
8) (Ita 1997) - Assinale a opção que completa singular para concordar com o sujeito “eu”).
corretamente as lacunas do texto a seguir: Eles compraram um carro. (o verbo está na 3º pessoa
“Todas as amigas estavam _______________ ansiosas do plural para concordar com o sujeito “eles”).
_______________ ler os jornais, pois foram informadas
de que as críticas foram ______________ indulgentes 2) Sujeito coletivo: o verbo fica no singular.
______________ rapaz, o qual, embora tivesse mais aptidão Ex.:
_______________ ciências exatas, demonstrava uma certa A população veio em massa ao protesto.
propensão _______________ arte.”
Caso esteja especificado por um adjunto adnominal
 a) meio - para - bastante - para com o - para - para a  (que está no plural) também pode ir para o plural.
b) muito - em - bastante - com o - nas - em
c) bastante - por - meias - ao - a - à Ex.:
d) meias - para - muito - pelo - em - por A multidão de ciclistas vieram à festa.
e) bem - por - meio - para o - pelas – na A multidão de ciclistas veio à festa.

9) (Mackenzie) - 3) Partitivos: metade, a maior parte, maioria: o


 I - Não te molestaram, portanto cale a boca. verbo pode permanecer no singular ou plural
II - Foi encontrado há seis anos atrás. Ex.:
III - Vimos, agora, trazer-lhe nosso apoio. Metade das mães veio à homenagem.
IV - Os homens de bem, nada reclamaram. Metade das mães vieram à homenagem.
V - Permitiu-se a alguns luxos. A maior parte dos eleitores veio à urna.
Quanto à correção gramatical das frases anteriores, A maior parte dos eleitores vieram à urna.
afirma-se que:
a) todas estão corretas, com exceção da III.  4) Pronome de Tratamento: o verbo é flexionado
b) todas estão incorretas, com exceção da III.  apenas na 3º pessoa.
c) todas estão corretas, com exceção da II.  Ex.:
d) todas estão incorretas, com exceção da V.  Vossa Senhoria assinou o contrato?
e) todas estão corretas, com exceção da V.  Vossas Senhorias assinaram o contrato?

10) Indique a frase sem concordância nominal: 5) Pronome relativo “que”: já que este pronome tem
a) Já é meio-dia e meia. como função substituir um substantivo ou outro pronome,
b) Bastante alunos estranham este plural. o verbo concorda com o termo ao qual ele se refere.
c) Os alimentos estão meio caros. Ex.:
d) Paguei caro aquelas coisas raras. Fomos nós que compramos a casa.
Foi ele que fez a planilha.

71
LÍNGUA PORTUGUESA

6) Pronome relativo “quem”: geralmente fica na 3º 15) Um e outro, nem um nem outro: nessas
pessoa do singular, mas pode concordar com termo ao expressões o verbo pode tanto ir para o plural quanto
qual ele se refere. permanecer no singular.
Ex.: Ex.:
Fomos nós quem comprou a casa. Um e outro veio ao evento.
Fomos nós quem compramos a casa. Nem um nem outro vieram ao evento.

7) Algum de nós, poucos de vós, quantos de, quais 16) Quando o sujeito composto estiver ligado por
de…: o verbo pode concordar com o pronome interrogativo “ou”:
ou com o pessoal.
Ex.: Ex.:
Caso o verbo der a ideia de exclusão fica no singular, e
Poucos de vós me visitarão. no plural no sentido de inclusão.
Poucos de vós me visitareis.
Eu ou você vencerá a competição. (exclusão)
Eu ou você somos essenciais ao projeto (inclusão)
8) Quando o sujeito só surge no plural: caso não vier
antecedido por artigo, fica no singular. 17) Verbos impessoais: permanecem no singular, já
Ex.: que são verbos sem sujeito.
Estados Unidos é um país poderoso.
Os Estados Unidos são um país poderoso. Haver, no sentido de existir:
9) Mais de um, menos de, cerca de…: concorda com Ex.:
o numeral.
Houve muitos acidentes na pista ontem.
Ex.:
Mais de um cidadão veio ao evento.
Fazer, indicando tempo passado
Menos de trinta pessoas vieram ao evento.
Cerca de vinte pessoas saíram mais cedo.
Ex.:
10) A maioria, a maior parte, grande parte: O mais Faz muitos anos que não o vejo
comum é usar o verbo no singular, em concordância lógica.
Mas também pode ser usado no plural. 18) Sujeito expresso e infinitivo pessoal
Ex.:
A maioria das adolescentes usa muito o celular. a) Permanece no infinitivo se o sujeito estiver
A maioria das adolescentes usam muito o celular. representado por pronome oblíquo átono:
Ex.:
11) Quando os núcleos do sujeito estão compostos Apreciei-o cantar.
por pessoas gramaticais diferentes: o verbo permanece
no plural, obedecendo à seguinte ordem de prioridade: (1º, b) quando o infinitivo pessoal integrar uma locução
2º e 3º pessoa). verbal: não é flexionado, no caso de ser o verbo principal
Ex.: da locução
Tu e João comprastes muitos presentes. Ex: Acabei de comprar o livro de geografia.
Eu e tu nos tornamos amigos.

12) Sujeito composto constituído por sinônimos: o Exercícios


verbo fica no singular ou no plural.
Ex.: 01. Analise as frases abaixo:
Felicidade e alegria faz bem à saúde.
Felicidade e alegria fazem bem à saúde. I – Ela tomou atitudes o mais sensatas possível.
II – Era meio-dia e meio quando um e outro estudante
13) Sujeito resumido por “tudo”, “nada”, “ninguém”: esforçado viram caros livros na livraria.
o verbo fica no singular III – É necessário, sob qualquer aspecto, a atenção de
Ex.: todos os alunos.
Luxo, riqueza, sucesso: nada disso me envaidece. IV – Comprei livros e frutas maduras.
V – Havia ali sapatos e camisas importados.
14) Núcleos do sujeito em relação de gradação: o VI – Os militares vigiam alertas, pois chegam a eles
verbo pode concordar com o mais próximo ou ir para o meias notícias de que o primeiro e segundo batalhões
plural. pretendem mesmo entrar em greve.
Ex.:
A areia, a casa, o edifício impressionou a todos. Julgue os itens com base nas frases analisadas e
A areia, a casa, o edifício impressionaram a todos. assinale a alternativa correta:

72
LÍNGUA PORTUGUESA

A. A frase I está incorreta e há duas possibilidades de E) Foram eles quem pediu ao professor uma prova
corrigi-la. mais difícil.
B. Há apenas duas frases incorretas entre todas. 06. Assinale a alternativa incorreta quanto à
C. A frase IV, por apresentar substantivo masculino, concordância verbal:
poderia ter o adjetivo também no masculino. A) Soavam seis horas no relógio da matriz quando eles
D. Há apenas um erro de concordância na frase II. chegaram.
E. Em virtude de o substantivo estar determinado, na B) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários,
frase III, deveria ser usado “necessária”. ninguém foi demitido.
C) José chegou ileso ao seu destino, embora houvesse
02. Levando em consideração as regras de muitas ciladas em seu caminho.
concordância nominal, assinale a alternativa correta: D) O advogado referiu-se aos artigos 37 e 38 que
A. Quando a senhora terminou de abrir as malas, já era ampara sua petição.
meio-dia e meio, mas tinha ainda menos fome. E) Nestes tempos, precisa-se de políticos íntegros.
B. A própria sogra presenciou a abertura das malas;
sim, ela mesmo! 07. Observe a concordância verbal nas frases a
C. Anexo àquela carta, destinada ao pai da moça que seguir e assinale a alternativa correta:
fora atropelada, foram enviadas as joias. I- Qual de nós contaremos a verdade?
D. Ao final da tarde, a senhora mostrava-se meio II- Boa parte dos funcionários recebeu aumento salarial.
cansada, tal quais suas pobres filhas. III- No relógio da escola bateu dez horas, foi quando os
E. O delegado fizera bastante ameaças, dizendo que as alunos saíram para o recreio.
mentiras custariam caras aos suspeitos. IV- Não devem haver muitas áreas verdes neste bairro.

03. Assinale a alternativa correta quanto à A) Somente a frase I está correta.


concordância verbal. B) Somente a frase II está correta.
A) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos C) As frases I e II estão corretas.
para tanto D) As frases II e III estão corretas.
B) Foi então que começaram a chegar um pessoal E) As frases III e IV estão corretas.
estranho.
C) Outras razões, certamente, deve haver para ele ter 08. De acordo com as regras de concordância verbal
desistido. do padrão escrito culto, assinale a alternativa incorreta.
D) Não haviam exceções neste caso, mas houveram em A) A maioria dos brasileiros já viveu situações violentas
outros. no cotidiano.
E) Basta-lhe dois ou três dias para resolver isso. B) Sem dúvida, deve haver formas de combater
pacificamente a violência.
04.  “ De repente da calma fez-se o vento / Que C) No artigo em análise, tratam-se de questões
dos olhos desfez a última chama / E da paixão fez-se o referentes à origem histórica da violência.
pressentimento / E do momento imóvel fez-se o drama.”   D) Faz séculos que se verificam situações de opressão
na sociedade brasileira.
(Vinícius de Morais) E) Sempre se ouvirão pessoas bradando contra o
comodismo.
Com a palavra VENTO no plural, reescreveríamos,
obrigatoriamente, os versos iniciais da seguinte forma: 09. Apenas uma alternativa preenche corretamente
A) De repente da calma fizeram-se os ventos / Que dos os espaços das sentenças abaixo. Assinale-a:
olhos desfizeram a última chama   “Aquelas mulheres olhavam _______ porque queriam
B) De repente da calma fez-se os ventos / Que dos aproveitar a liquidação e comprar ________ vestidos
olhos desfizeram a última chama _________”.  
C) De repente da calma fizeram-se os ventos / Que dos A. alertas, bastantes, bege.
olhos desfez a última chama B. alerta, bastante, beges.
D) De repente da calma fez-se os ventos / Que dos C. alerta, bastantes, bege.
olhos desfez a última chama D. alertas, bastante, beges.
E) De repente da calma fazem-se os ventos / Que dos E. alerta, bastantes, beges.
olhos desfaz a última chama
10. A frase em que a concordância nominal está
05. Só não está correta a concordância verbal na correta é:
alternativa: A) A vasta plantação e a casa grande pintadas há pouco
A) Os alunos parecia gostarem do assunto da prova. tempo eram os sinais da prosperidade familiar.
B) Em tempos antigos havia mais homens machistas B) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão
do que hoje. onde se encontravam as vítimas do acidente.
C) Pede-se que todos permaneçam em seus lugares. C) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que
D) Nestas salas já se assistiram a grandes eventos. ele cultivava em sua chácara.

73
LÍNGUA PORTUGUESA

D) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a A) Não devem existir estudos científicos / podem haver
perna e o braço direitos, mas estava totalmente lúcido. diversas explicações.
E) Esses livro e caderno não são meus, mas poderá ser B) Não devem haver estudos científicos / pode existir
necessário para a pesquisa que estou fazendo. diversas explicações.
11. Assinale a alternativa errada: C) Não há estudos científicos / existe diversas
A) O escritor e o mestre alemães admiravam o belo explicações.
quadro. D) Não existem estudos científicos / pode haver
B) Estudaram o idioma francês e o espanhol. diversas explicações.
C) Os deputados e o ministro alagoanos votaram E) Não pode existir estudos científicos / deve haver
contra o projeto. diversas explicações.
D) Os argumentos e as opiniões expostos não
agradaram à plateia. 17.  A frase em que a concordância verbal NÃO
E) Considero fácil as questões e testes propostos na respeita a norma culta é:
prova. A) Não bastam, para entendermos o século XXI,
referências às conquistas tecnológicas e científicas. 
12.  Assinale a alternativa correta quanto à B) Foram herdados do passado muitos traços dos
concordância verbal. comportamentos atuais, inclusive o que permitiu, neste
A) Queria voltar a estudar, mas faltavam-lhe recursos.  século, a perseguição aos judeus. 
B) Foi então que começaram a chegar um pessoal C) Quanto mais separados os saberes, mais se
estranho.  fortalecerão, com toda certeza, os que estão no poder. 
C) Devem haver outras razões para ele ter desistido.  D) Colocam-se em questão, neste século, aspectos
D) Não haviam exceções neste caso.  importantes acerca da sobrevivência do planeta. 
E) Basta-lhe dois ou três dias para resolver isso.  E) Decorre do bem-estar (de que ninguém mais quer
abrir mão) vários dos problemas que hoje atingem a
13. A alternativa que contém forma verbal
humanidade.
INADEQUADA à norma culta é: A) Já faz dois meses que
não nos vemos. 
18. A opção em que há erro de concordância verbal,
B) Tratam-se de assuntos triviais, pensem em coisas
segundo as normas da língua culta, é:
sérias! 
A) Descobriram-se muitos inventos novos na última
C) Choveu três dias sem parar um minuto. 
década.
D) Nessa cidade, faz frio e calor no mesmo dia. 
E) Pelo que nos consta, deveriam existir duas páginas B) É preciso que se realizem esforços para se atingir um
ilegíveis.  plano de desenvolvimento integrado.
C) Foi necessário que se estendesse as providências até
14. A única frase em que NÃO há erro de alcançar os menos favorecidos.
concordância verbal é: D) Nada se poderia realizar sem que se tomassem
A) É da maioria dos estudantes que depende, pelo que novas medidas.
nos falaram os professores, as alterações do calendário E) Desenvolveu-se o novo projeto de que todos
escolar. estavam necessitados.
B) Acredito que deve haver, ao que tudo indica,
acomodações para mais de um terço dos convidados.  19. Indique a alternativa em que há erro:
C) Se tiver de ser decidido, no último instante, as A) Os fatos falam por si sós.
questões ainda não discutidas, não me responsabilizo mais B) A casa estava meio desleixada.
pelo projeto.  C) Os livros estão custando cada vez mais caros.
D) Houvesse sido mais explícitos com relação às D) Seus apartes eram sempre os mais pertinentes
normas gerais, os coordenadores de programa teriam possíveis.
evitado alguns abusos.  E) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.
E) Será que não foi suficiente, neste tempo todo, as
provas de fidelidade que lhes demos?                                                          (Exercícios retirados de http://solinguagem.blogspot.com.
15. Assinale a alternativa ERRADA: br/2016/05/lista-de-exercicios-concordancia-verbal.html)
A) Nas festividades havia muitos convidados.
B) Precisa-se de doadores de sangue.
C) Assistiam-se a bons espetáculos naquele teatro. GABARITO: 1E - 2D - 3C - 4A - 5D - 6D - 7B - 8C - 9C -
D) Buscam-se novas saídas para a crise econômica. 10D - 11E - 12A - 13B - 14B - 15C - 16D - 17E - 18C - 19C.
E) Foram eles quem pediu por esta reviravolta.

16. Assinale a alternativa em que a nova redação


das frases abaixo está de acordo com a norma culta.
“Não existe estudo científico” / “Há diversas
explicações”.

74
LÍNGUA PORTUGUESA

VTI: almejar, desejar


10 COLOCAÇÃO PRONOMINAL. Ex.: Aspiro à vaga de assessora.

Visar:
VTD: olhar ou dar visto
“Prezado Candidato. o tópico acima foi abordado na Ex.: A funcionária visou com atenção os requerentes.
íntegra em: Classes de palavras;”
VTI: almejar, desejar
Ex.: Todos visam ao sucesso da empresa.

11 REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL. Assistir:


VTD: ajudar, prestar auxílio
Ex.: O médico assistiu os doentes.

SINTAXE DE REGÊNCIA VTI: ver


Ex.: As crianças assistiram ao jogo no domingo.
Regência é uma relação de subordinação entre
palavras. Algumas, para fazerem sentido, necessitam do Querer:
auxílio de preposições para encadearem perfeitamente VTD: desejar
a ordem dos termos em uma oração. Ou seja, quando Ex.: Querem muito o jogo novo.
falamos de subordinação entre palavras, subentendemos
um termo regente (verbo ou nome) que exigirá ou não a VTI: ter afeição, carinho
presença de um conectivo (termo regido) para se ligar a Ex.: Ela quer muito a seu pai.
seu complemento.
Esquecer/lembrar:
1. REGÊNCIA VERBAL VTD: quando não pronominais
É a relação de dependência que se estabelece entre Ex.: Meu filho esqueceu a chave de casa.
o verbo e seus complementos. Quando o assunto é
complemento verbal, vale lembrar o conceito de verbo VTI: quando pronominais
transitivo, justamente aquele “transita”, que necessita Ex.: Meu filho se esqueceu da chave de casa.
de complemento para efeito de sentido. Dentre essa
categoria, há duas formas de o verbo transitivo se ligar a Pagar/Perdoar:
seu integrante: VTD: quando o complemento se tratar de coisa.
Ex.:Perdoou a dívida.
a) Forma direta: quando o verbo não necessita de Pagou a conta da loja.
preposição, e por isso o denominamos de verbo transitivo
direto: VTI: quando o complemento se tratar de pessoa.
Ex.: Ex.: A mãe perdoou ao filho.
O relator denunciou o empresário. Pagamos ao gerente.
Compramos presentes para todos.
Obedecer:
b) Forma indireta: há verbos mais fracos VTI: sempre exige a preposição a
gramaticalmente e, por isso, necessitam um “elemento Ex.: O aluno obedeceu ao professor.
extra” para completar seu sentido. Esse elemento de O aluno obedeceu às regras.
ligação chamamos de preposição, termo responsável pela
união do verbo a seu complemento de forma indireta. Por Responder:
isso chamamos tal categoria de verbo transitivo indireto: VTI: quando houver apenas um complemento.
Ex.: Ex.: Respondi às questões da prova.
Preciso de mais tempo. OBS.: Quando possuir mais de um objeto teremos a
Aspiro ao cargo de coordenador. seguinte forma:
Respondi as questões ao professor.
O estudo de regência visa, sobretudo, esclarecer quais
verbos e em quais sentidos exigem a presença ou não Implicar:
de preposição. Além do mais, há verbos que mudam de VTD: acarretar
significado frente a presença da preposição. Ex.:A situação implica reflexões.

Aspirar: VTI: sentir antipatia


VTD: sorver, respirar: Ex.: João implica com o cunhado.
Ex.: A garota aspirou o ar do campo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Namorar: a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. 


VTD: sempre transitivo direto b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. 
Ex.: Minha filha está namorando João c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei,
João. 
Preferir: d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. /
Verbo com dupla transitividade: alguém prefere uma Desejou-..... felicidades. 
coisa (objeto direto) a outra (objeto indireto): e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de
Ex.: Preferem maçã à uva. tolo. 
Informar, comunicar, avisar:
4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos
Verbos com dupla transitividade devem ser seguidos pela mesma preposição: 
a) ávido / bom / inconsequente 
a) Informa-se algo a alguém b) indigno / odioso / perito 
Ex.: Ele informou a fuga aos policiais. c) leal / limpo / oneroso 
d) orgulhoso / rico / sedento 
b) Informa-se alguém de algo e) oposto / pálido / sábio
Ex.: Ele informou os policiais da fuga 5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está
usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe. 
Enviar: a) Não lhe agrada semelhante providência? 
Verbo com dupla transitividade: envia-se algo a b) A resposta do professor não o satisfez. 
alguém c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. 
Ex.: O estagiário enviou o documento aos interessados d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema
dedicação. 
Morar, residir, situar-se: e) Vou visitar-lhe na próxima semana. 
VTI: sempre regem a preposição “em”
6. (BB) Regência imprópria: 
a) Não o via desde o ano passado. 
Ex.: Minha professora mora em Brasília.
b) Fomos à cidade pela manhã. 
c) Informou ao cliente que o aviso chegara. 
Ir, voltar, chegar:
d) Respondeu à carta no mesmo dia. 
Solicitam a preposição “a”, “de” e “para”:
e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago. 
Ex.: Vou a Roma
Vou para Roma. 7. (BB) Alternativa correta: 
Vou de Roma a Veneza. a) Precisei de que fosses comigo. 
b) Avisei-lhe da mudança de horário. 
c) Imcumbiu-me para realizar o negócio. 
Exercícios d) Recusei-me em fazer os exames. 
e) Convenceu-se nos erros cometidos. 
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência
verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:  8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável.  seria regido de preposição na opção: 
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do a) O cargo ....... aspiro depende de concurso. 
corte de cana.  b) Eis a razão ....... não compareci. 
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.  c) Rui é o orador ....... mais admiro. 
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.  d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. 
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao e) Ali está o abrigo ....... necessitamos. 
lucro pretendido. 
9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles
2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes ....... o diretor se referia. 
relativos, regidos ou não de preposição, que completam a) de que - que 
corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, ....... b) a cujos - cujos 
donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém c) por que – que 
conhecia o traficante ....... o fazendeiro negociava.  d) cujos - cujo 
a) nos quais / que  e) a que - a que
b) cujos / com quem 
c) que / cujo  10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta
d) de cujos / com quem e) cujos / de quem  faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de
noite, no silêncio. 
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se A alternativa que completa corretamente as lacunas da
completam corretamente com o pronome lhe:  frase acima é: 

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) as quais / de cujo 
b) a que / no qual 
c) de que / o qual 
d) às quais / cujo 
e) que / em cujo 

(Exercícios retirados de http://professorricardoandrade.blogspot.com.br/2010/08/100-questoes-de-regencia.html)

Gabarito

1 - D 2 -D 3 – C 4 – D 5 - E 6 - E 7 - A 8 - E 9 - E 10 – D

REGÊNCIA NOMINAL
É a relação de subordinação entre um nome (termo regente) e seus complementos. Há termos nominais que apresentam
uma relação indireta com seus complementos, através da preposição.
Ex.: Tenho horror a avião.
Ela está muito orgulhosa do filho.

O estudo da regência nominal abrange as diversas formas de um nome ligar-se a seus complementos. Vejamos a tabela
explicativa.

Regência dos substantivos

Medo de Obediência a Horror a


Doutor em Impaciência com Bacharel em
Respeito a, com, para com, por Capacidade para Atentado a, contra
Dúvida acerca de, em, sobre Admiração a, por Ojeriza a, por
Aversão a, para, por Cuidado com Proeminência sobre

Regência dos adjetivos

Vazio de Suspeito de Sito em


Insensível a Liberal com Natural de
Descontente com Diferente de Desejoso de
Contrário a Indeciso em Sensível a
Relacionado com Relativo a Hábil em
Habituado a Idêntico a Impróprio para
Semelhante a Satisfeito com, de, em, por Contíguo a
Contemporâneo a, de Compatível com Capaz de, para
Hábil em Próximo a Relacionado com
Benéfico a Grato a, por Ávido de
Relacionado com Propício a Prestes a
Prejudicial a Preferível a Fanático por
Favorável a Generoso com Fácil de
Análogo a Ansioso de, por, para Passível de
Essencial a, para Alheio a, de Escasso de
Paralelo a Agradável a Equivalente a
Regência dos Advérbios

Perto de Longe de

Exercícios

1) (Cescea) As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, respectivamente, as preposições:


a) a – em – de – para.

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LÍNGUA PORTUGUESA

b) de – a – de. 9) (CTFMG) A regência nominal está conforme a norma


c) por – de – com. culta em:
d) de – com – para com. a) O filho tornou-se um profissional apto para exercer
e) com – a – a. ao cargo de diretor.
b) A estrangeira mostrava muita devoção a pesquisa
2) (TJ – SP) Indique onde há erro de regência nominal: do HIV, naquele hospital.
a) Ele é muito apegado em bens materiais. c) A população simpatizava-se com as propostas
b) Estamos fartos de tantas promessas. apresentadas pelo Governo.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja. d) O homem deve obediência aos princípios harmônicos
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento. que a natureza lhe oferece.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.
3)  Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser 10) (TJ – SP) Indique onde há erro de regência nominal:
seguidos pela mesma preposição:  a) Ele é muito apegado em bens materiais.
a) ávido, bom, inconsequente 
b) Estamos fartos de tantas promessas.
b) indigno, odioso, perito 
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
c) leal, limpo, oneroso 
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.
d) orgulhoso, rico, sedento 
e) oposto, pálido, sábio e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.

4) As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso (Exercícios retirados de http://


regem, respectivamente, as preposições: tudodeconcursosevestibulares.blogspot.com.br/2013/01/
a) a – em – de – para. regencia-nominal-regras.html)
b) de – a – de.
c) por – de – com. Gabarito
d) de – com – para com.
e) com – a – a. 1) C   2) A    3) D   4) C   5) A    6) A  
7) à, à, de, a, com    8) C   19) D   10) A
5)  Indique onde há erro de regência nominal:
a) Ele é muito apegado em bens materiais.
b) Estamos fartos de tantas promessas.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja. 12 EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento. ESTRUTURAS.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável. 13 PARALELISMO SINTÁTICO.
6) Diante das orações que seguem, analise-as e indique
aquela que não se adéqua ao uso da preposição “a”:
a) Estou ávido * boas notícias. I - REESCRITA DE TEXTOS/EQUIVALÊNCIA DE ES-
b) Esta canção é agradável * alma. TRUTURAS
c) O respeito é essencial * boa convivência.
d) Mostraram-se indiferentes * tudo. ‘A equivalência e transformação de estruturas consis-
e) O filme é proibido * menores de dezoito anos. te em saber mudar uma sentença ou parte dela de modo
a que fique gramaticalmente correta. Um exemplo muito
7) Tendo em vista  a relação de dependência
comum em provas de concursos é o enunciado trazer uma
manifestada entre um nome (termo regente) e seu
frase no singular, por exemplo, e pedir que o aluno passe a
respectivo complemento (termo regido), reescreva as
orações a seguir, atribuindo-lhes a devida preposição. frase para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é o
a) O fumo é prejudicial * saúde. enunciado dar a frase em um tempo verbal, e pedir que o
b) Financiamentos imobiliários tornaram-se acessíveis aluno a passe para outro tempo. Ou ainda a reescritura de
* população. trechos, mantendo a correção semântica e sintática.
c) Seu projeto é passível * reformulações. Para se chegar neste objetivo é fundamental o estudo
d) Esteja atento * tudo que acontece por aqui. das seguintes matérias:
e) Suas ideias são compatíveis * as minhas. • flexões dos substantivos, adjetivos (gênero,
número, grau e pessoa).
8) Dentre as frases abaixo, uma apenas apresenta a • Processos de coordenação e subordinação
regência nominal correta. Assinale-a: • Colocação pronominal
a) Ele não é digno a ser seu amigo. • Paralelismo sintático e semântico
b) Baseado laudos médicos, concedeu-lhe a licença. (Extraído de http://centraldefavoritos.com.br/2017/02/20/
c) A atitude do Juiz é isenta de qualquer restrição. equivalencia-e-transformacao-de-estruturas/)
d) Ele se diz especialista para com computadores
eletrônicos. 1 - Flexões dos substantivos, adjetivos e pronomes
e) O sol é indispensável da saúde. (gênero, número, grau e pessoa)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Flexões do substantivo irmão —»irmãos decisão -» decisões verão —> ve-


O substantivo é uma palavra variável, isto é, uma pala- rões/verãos corrimão —> corrimões/corrimãos
vra que admite alteração de forma. As variações – flexões júnior —»juniores caráter -» caracteres
– do substantivo podem indicar mudanças de três tipos: troféu —> troféus
•  Gênero: masculino – feminino tonel —> tonéis
•  Número: singular – plural mal —> males
•  Grau: aumentativo – diminutivo cantil —> cantis
réptil —»répteis
cônsul —> cônsules
Plural dos substantivos compostos
Quando o substantivo composto não tem hífen, seu
plural é feito normalmente, como se fosse um substantivo
simples.
Exemplos: pontapé -> pontapés; girassol —> girassóis
No caso de substantivos compostos que têm hífen,
o plural segue algumas regras específicas, que veremos
a seguir. Se o segundo elemento indica finalidade ou se-
melhança do primeiro, pode-se aplicar tanto a regra geral
como flexionar apenas o primeiro.
Exemplos: peixes-bois (pela regra geral) ou peixe-boi
Grau do substantivo
A flexão de grau do substantivo indica as variações no
tamanho do ser. Além do grau normal (livro, barco etc.), o
substantivo pode se apresentar no grau aumentativo ou no
grau diminutivo.
Esses dois graus são expressos por meio de dois dife-
Gênero do substantivo rentes processos, conforme mostram os quadros:
Quanto ao gênero, o substantivo pode ser masculino
ou feminino. É masculino todo substantivo ao qual pode- peixes-boi (flexão apenas do primeiro elemento); na-
mos antepor o artigo o(s) e é feminino todo substantivo ao vios-escolas (pela regra geral) ou navios-escola (flexão
qual podemos antepor o artigo a(s). apenas do primeiro elemento)
Exemplos: Nesse processo, juntam-se ao substantivo certos su-
(o) gato    (os) problemas    (a) música   (as) trevas fixos aumentativos ou diminutivos. Exemplos: livro + inho
masculino    masculino      feminino     feminino -»livrinho panela + ao —> panelão. Ocorre pelo empre-
A flexão masculino/feminino go das palavras grande ou pequeno (ou outra de sentido
A maioria dos substantivos fazem o feminino por meio equivalente) junto com o substantivo.
de uma mudança ou acréscimo na terminação do mascu- Exemplos: barco pequeno rua enorme. O peixe-boi é
lino. Assim: um animal dócil e se alimenta de vegetais.
•   gato —> gata;               • mestre —> mestra;
•   freguês —> freguesa;     • vilão —> vilã. b.  Elementos ligados por preposição (de, a, em etc.) —
Existem, no entanto, muitos substantivos que têm for-
só o primeiro vai para o plural. Exemplo: pé de moleque ->
mas distintas para o masculino e o feminino. Veja alguns
pés de moleque
exemplos:
•   ator —> atriz
c.  Compostos em que aparece verbo.
•   ladrão —»ladra
•   herói —> heroína •   Verbo + outra palavra — o verbo fica no singular.
•   padre —> madre Exemplo: guarda-chuva -> guarda-chuvas
•   réu —> ré • verbo (no singular)
•   embaixador —> embaixatriz •   Verbos repetidos — plural nos dois ou só no se-
gundo elemento. Exemplo: corre-corre —» corres-corres
Número do substantivo ou corre-corres
Número é a flexão do substantivo que exprime a quan- •   Verbos contrários — os dois continuam no singular.
tidade de seres que ele nomeia. As regras de flexão para Exemplo: o ganha-perde —> os ganha-perde
indicar mais de um ser, ou seja, o plural, são bastante va-
riadas, pois dependem principalmente da terminação do d.  Compostos formados por onomatopeia — só o se-
substantivo no singular. Veja alguns exemplos: gundo elemento no plural. Exemplos: tico-tico —> tico-ti-
cos; bem-te-vi —> bem-te-vis

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conceitos complementares sobre o grau dos subs- b.  Todo adjetivo com nome de cor + substantivo fica
tantivos sempre no singular. Exemplos: toalhas verde-piscina; corti-
a.  Além de indicarem aumento ou diminuição no ta- nas amarelo-ouro.
manho dos seres, o aumentativo e o diminutivo sintéticos
também podem exprimir: Grau do adjetivo
•   Carinho, ternura, admiração. Exemplos: Filhão. sua Existem dois graus: o comparativo e o superlativo.
avozinha chegou. Assisti a um jogaço de vôlei. Ele comprou
um carrão. Grau comparativo
•   Ironia, desprezo. Exemplos: Ele escreveu outro livre- Relaciona duas características de um mesmo ser ou
co. Todos riam de seu narigão. Eles moravam nesta ruela. uma mesma característica de dois seres, estabelecendo
b.  Existem certos substantivos que, apesar de apre- uma comparação. Há três formas de grau comparativo: su-
sentarem sufixos aumentativos ou diminutivos, não expres- perioridade, igualdade, inferioridade.
sam ideia de aumento ou diminuição. Exemplo: “Eu bato o
portão sem fazer alarde”. Nesse verso, portão não significa •   superlativo absoluto — quando a característica ex-
“porta grande”. Outros exemplos: cartão, papelão, fogão, pressa pelo adjetivo é atribuída a um único ser, isolada-
caldeirão, cavalete. mente.
•   superlativo relativo — quando a característica é atri-
Flexões do adjetivo buí da a um ser, associando-o a outros seres que também
Vimos, no volume anterior, que o adjetivo é uma pa- apresentam essa característica.
lavra que sempre se associa ao substantivo. Assim, por O quadro a seguir sistematiza, para consulta, as possí-
exemplo: Tempos modernos. veis formações do superlativo:

Concordância do adjetivo com mais de um substantivo Superlativo absoluto


Quando o adjetivo caracteriza dois (ou mais) substan- Analítico — palavra intensificadora + [adjetivo] Exem-
tivos, a flexão depende da posição dele em relação ao con- plo: A festa foi muito divertida. Sintético — [adjetivo] + su-
junto de substantivos. Veja os casos mais importantes: fixo (-ílimo, -érrimo,-íssimo)
• Adjetivo depois dos substantivos: Em sequências do Exemplo: A festa foi divertidíssima.
tipo substantivo + substantivo + … + adjetivo, existem
duas opções para a concordância do Superlativo relativo
adjetivo: la opção — concordar apenas com o último • De superioridade — o/a mais + [adjetivo] + de/den-
substantivo; 2a opção — concordar, no plural, com o con- tre Exemplo: Este teatro é o mais antigo da cidade.
junto de substantivos. • De inferioridade — o/a menos + [adjetivo] + de/den-
tre Exemplo: Carlos é o menos esforçado do grupo.
Gênero e número do adjetivo
O adjetivo varia em gênero e número para estabelecer Grau comparativo
concordância com o gênero e com o número do substanti- Superioridade: mais [adjetivo] que 1. A prova foi mais
vo por ele caracterizado. Observe, nesse segundo exemplo, longa que difícil. 2. o jogo foi mais emocionante que a luta.
que o adjetivo, ao concordar com o conjunto, foi para o Igualdade: tão [adjetivo] quanto/como. 1 . A prova
masculino (extremos] porque um dos substantivos é mas- foi tão longa quanto difícil. 2. o jogo foi tão emocionante
culino (frio). quanto a luta.
• Adjetivo antes dos substantivos Inferioridade: menos [adjetivo] que. 1 . A prova foi me-
Em sequências do tipo adjetivo + substantivo + subs- nos longa que difícil. 2. 0 jogo foi menos emocionante que
tantivo + …, o adjetivo concorda, necessariamente, só com a luta.
o primeiro substantivo da série. (Extraído de https://www.resumoescolar.com.br/portu-
Exemplos: Visitamos antigos castelos e cidades. Visita- gues/gramatica/flexoes-de-substantivos-e-flexoes-de-ad-
mos antigas cidades e castelos. jetivos/)
Plural dos adjetivos compostos
O plural dos adjetivos compostos segue uma regra 2. Processos de coordenação e subordinação
bem simples: Apenas o último elemento vai para o plural Antes de falarmos sobre período simples e composto,
desde que ele, sozinho, seja adjetivo. precisamos relembrar alguns conceitos:
Frase: mensagem com sentido, podendo ter apenas
Veja este exemplo: adjetivo composto:despesa médi- uma palavra - Silêncio!;
co-hospitalar -»despesas médico-hospitalares Oração: enunciado que exprime uma ação - Andem
depressa!;
Particularidades Período: frase com uma ou mais orações. Veja as dife-
a.  Três adjetivos não seguem essa regra geral. renças entre os períodos:
•     azul-marinho e azul-celeste são invariáveis. Exem- Período Simples: também chamado de oração abso-
plo: roupas azul-marinho; camisas azul-celeste. luta, contém apenas uma oração:
•     surdo-mudo tem plural nos dois elementos. Exem- • O tempo é o senhor da razão.
plo: crianças surdas-mudas

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LÍNGUA PORTUGUESA

Período Composto: contém a partir de duas orações: Predicativas: exercem papel de predicativo do sujeito.


• Hoje eu trabalhei, estudei e malhei. • O importante / é que você voltou - oração subor-
• Falei seus pecados a todos para saberem quem dinada substantiva predicativo
você é. Completivas Nominais: função de complemento no-
O período composto pode ser coordenação, subordi- minal do substantivo, ou de adjetivo da oração principal.
nação e por coordenação. Este período também pode ser • Sou favorável / a ideia de jantarmos fora.
composto por coordenação e subordinação simultanea- Apositivas: têm função de aposto.
mente. Confira as diferenças entre os períodos compostos. • Só desejo uma coisa / que tenha muita saúde.
Período composto por coordenação Orações Subordinadas Adjetivas
Constituído a partir de duas orações, cuja relação é
Exerce papel de adjetivo de um termo na oração princi-
apenas em relação ao sentido.
• Andem depressa e entrem pela esquerda. pal. Sua introdução é pelos pronomes que (e flexões), cujo,
• Ela denunciou mas ele negou a versão. onde e quem. As orações subordinadas adjetivas podem ser:
Os períodos compostos por coordenação podem ser Restritivas: determinam o sentido da oração principal.
assindéticas e sindéticas. Geralmente, não estão entre vírgulas.
Oração coordenada assindética • Há músicas / que me emocionam.
Livre de conjunções e costumeiramente separada por Explicativas: trazem informações acessórias a oração
vírgulas. principal. Elas não comprometem o sentido caso retiradas
• Cheguei, tomei banho, fui dormir. e são separadas por vírgulas.
• O homem / que são seres racionais / cometem
Oração coordenada sindética
atos insanos.
É introduzida por conjunções.
• Ele estuda demasiadamente mas não tem bom Orações subordinadas adverbiais
rendimento. Exercem função de advérbio do verbo da oração prin-
As orações coordenadas sindéticas podem ser: cipal. Podem ser:
• Aditivas: transmitem ideia de soma – Ele não veio Causais: expressam causa e motivo
nem deu satisfações. • Chegou cansada / visto que seu trabalho fora
• Conjunções principais: mas também, e, nem. difícil.
• Adversativas: fazem oposição a primeira mensa- Principais Conectivos: que, porque, já, visto que, pois e
gem – Tomou o medicamento mas não melhorou como nas orações antes da principal.
• Conjunções principais: mas, contudo, porém, to- Consecutivas: definem consequência
davia, no entanto, entretanto.
• Ela era tão bonita / que ganhou o concurso.
• Alternativas: ideia de escolha, alternância ou ex-
clusão – Ora estuda ora viaja. / Ou frequenta às aulas ou Principais Conectivos: que antes de tão, tal, tanto e ta-
perderá a bolsa. manho.
• Conjunções principais: ou, ora...ora, ou...ou, já..já, Condicionais: expressam condição
quer..quer, seja..seja. • Caso chova / não irei à festa.
• Conclusivas: dão uma conclusão – Ela não estu- Principais Conectivos : se, sem que (=se não), caso,
dou, logo não foi aprovada. desde que, contanto que.
• Conjunções principais: logo, portanto, então e Concessivas: demonstram concessão e contrariedade.
pois (após verbo). • Embora tenha estudado / não foi aprovado.
• Explicativas: explicam ou justificam a oração an- Principais Conectivos: ainda que, embora, se bem que,
terior – O ponto está cheio pois o ônibus está demorando. mesmo que, conquanto
• Conjunções principais: porque, que e pois (antes
do verbo) Conformativas: demonstram conformidade.
• O depósito foi feito / conforme combinado. 
Período composto por subordinação Principais Conectivos : como, conforme, segundo, con-
Formado por uma oração principal e uma ou mais ora- soante
ções subordinadas, dependente a primeira. Os períodos Comparativas: fazem comparação.
compostos por subordinação podem ser: • Sou tão capaz / como qualquer outra pessoa.
Principais Conectivos : que, como, do que, que nem,
Orações Subordinadas Substantivas feito.
Subjetivas: sujeito do verbo da oração principal. Finais: expressam finalidade.
• Foi declarado / que Maria será a nova redatora- • Chamei-o / para que resolvesse a situação.
-chefe.
Principais Conectivos : a fim de que, para que.
Objetiva Direta: objeto direto do verbo da oração
principal. Proporcionais: expressam proporção
• Ela acredita / que sua irmã é inocente. • Quanto mais se explicava / mais mentia
Objetiva Indireta: objeto indireto do verbo da oração Principais Conectivos: à medida que, à proporção que,
principal. quanto mais...tanto mais, quanto menos...tanto mesmo.
• Eu preciso / que todos entregue os relatórios Temporais: dão ideia de tempo
em 10 dias. • Telefone / quando puder.

81
LÍNGUA PORTUGUESA

Principais Conectivos: enquanto, logo que, quando, an- Uso da Ênclise


tes que, desde que, depois que.  Quando o uso da Próclise e da Mesóclise não for pos-
(Extraído de https://www.gabarite.com.br/dica-con- sível, usa-se a Ênclise. A colocação de pronome depois do
curso/229-periodo-simples-e-composto-por-coordena- verbo é atraída pelas seguintes situações:
cao-e-subordinacao) 1. Verbo no imperativo afirmativo.
Exemplos:
3. Colocação pronominal • Depois de terminar, chamem-nos.
A Colocação Pronominal respeita aos três tipos de po- • Para começar, joguem-lhes a bola!
sição que os pronomes átonos me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, 2. Verbo no infinitivo impessoal.
as, lhes podem ocupar na oração: Exemplos:
• Próclise - o pronome é colocado antes do verbo. • Gostaria de pentear-te a minha maneira.
• Mesóclise - o pronome é colocado no meio do • O seu maior sonho é casar-se.
verbo. 3. Verbo inicia a oração.
• Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo. Exemplos:
Embora existam regras, a colocação dos pronomes • Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.
está pendente de fatores como por exemplo, o ritmo, a • Acordei e surpreendi-me com o café da manhã.
ênfase e o estilo. 4. Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quan-
do regido pela preposição em deve ser usada a Próclise).
Uso da Próclise Exemplos:
1.  Orações  negativas, que contenham palavras tais • Vive a vida encantando-me com as suas surpresas.
como não, ninguém, nunca. • Faço sempre bolos diferentes experimentando-
Exemplos: -lhes ingredientes novos.
• Não o quero aqui.
• Nunca o vi assim. Com Locução Verbal
2. Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos. Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo
Exemplos: o pronome.
• Foi ela que o fez. Agora, vejamos como ocorre a colocação do prono-
• Alguns lhes deram maus conselhos. me nas locuções verbais. Lembrando que as regras citadas
• Isso me lembra algo. para os verbos na forma simples devem ser seguidas.
3. Verbos antecedidos por advérbios ou expressões 1. Usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois
adverbiais, exceto quando haja vírgula depois do advér- do verbo principal nas locuções verbais em que o verbo
bio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o principal está no infinitivo ou no gerúndio.
pronome. Exemplos:
Exemplos: • Devo explicar-te o que se passou
• Ontem me disseram que havia greve hoje. • Devo-lhe explicar o que se passou.
• Agora, descansa-se. 2. Caso não haja palavra que atraia a Próclise, usa-se a
4.  Orações exclamativas e orações que exprimam Ênclise depois do verbo auxiliar em que o verbo principal
desejo de que algo aconteça. está no particípio.
Exemplos: Exemplos:
• Deus nos dê forças. • Foi-lhe explicado como deveria agir.
• Oxalá me dês a boa notícia. • Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido mal
5. Orações com conjunções subordinativas. criado.
Exemplos: Pronome Se e Suas Funções
• Embora se sentisse melhor, saiu. O pronome “se” pode ter a função de objeto direto
• Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo. ou, por vezes, de objeto indireto em orações em cuja voz
6. Verbo no gerúndio regido da preposição em. verbal é reflexiva.
Exemplos: Exemplos:
• Em se tratando de confusão, ele está presente. • Queimou-se quando estava preparando o jantar.
• Em se decidindo pelo churrasco, eu trato da carne. • Animou-se para ir à festa.
7. Orações interrogativas. O pronome “se” também pode ter a função de sujeito
Exemplos: indeterminado.
• Quando te deram a notícia? Exemplos:
• Quem te presenteou? • Procura-se cãozinho.
• Alugam-se casas.
Uso da Mesóclise O pronome “se” pode, ainda, ter a função de simples-
A Mesóclise é possível apenas com verbos do Futuro mente realçar o discurso.
do Presente ou do Futuro do Pretérito. Se houver palavra Exemplos:
atrativa, todavia, dá-se preferência ao uso da Próclise. • Lá se vai a minha chance de ganhar na loto.
Exemplos: • Foi-se embora sem dizer nada.
• Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (Extraído de https://www.todamateria.com.br/coloca-
• Orgulhar-me-ia dos meus alunos. cao-pronominal/)

82
LÍNGUA PORTUGUESA

4. Paralelismo Sintático e Paralelismo Semântico - A violência não só aumentou nos grandes centros
recursos que compõem o estilo textual urbanos, mas também no interior. 
Notadamente, a construção textual é concebida como
um procedimento dotado de grande complexidade, haja Percebemos que tal construção confere-nos a ideia de
vista que o fato de as ideias emergirem com uma certa fa- adição em comparar ambas as situações em que a violência
cilidade não significa transpô-las para o papel sem a devi- se manifesta. 
da ordenação. Tal complexidade nos remete à noção das
competências inerentes ao emissor diante da elaboração Quanto mais... (tanto) mais: 
do discurso, dada a necessidade de este se perfazer pela
clareza e precisão.  Atualmente, quanto mais se aperfeiçoa o profissio-
nalismo, mais chances tem de se progredir. 
Infere-se, portanto, que as competências estão rela-
cionadas aos conhecimentos que o usuário tem dos fatos Ao nos atermos à noção de progressão, podemos
linguísticos, aplicando-os de acordo com o objetivo pre- identificar a construção paralelística. 
tendido pela enunciação. De modo mais claro, ressaltamos
a importância da estrutura discursiva se pautar pela pon- Seja... Seja; Quer... Quer; Ora... Ora:
tuação, concordância, coerência, coesão e demais requisi-
tos necessários à objetividade retratada pela mensagem.  A cordialidade é uma virtude aplicável em quais-
quer circunstâncias, seja no ambiente familiar, seja no
Atendo-nos de forma específica aos inúmeros aspectos trabalho. 
que norteiam os já citados fatos linguísticos, ressaltamos Confere-se a aplicabilidade do recurso mediante a
determinados recursos cuja função se atribui por conferi- ideia de alternância. 
rem estilo à construção textual – o paralelismo sintático e
semântico. Caracterizam-se pelas relações de semelhança Tanto... Quanto:
existente entre palavras e expressões que se efetivam tanto
de ordem morfológica (quando pertencem à mesma classe As exigências burocráticas são as mesmas, tanto
gramatical), sintática (quando há semelhança entre frases para os veteranos, quanto para os calouros. 
ou orações) e semântica (quando há correspondência de
sentido entre os termos).  Mediante a ideia de adição, acrescida àquela de equi-
Casos recorrentes se manifestam no momento da escri- valência, constata-se a estrutura paralelística. 
ta indicando que houve a quebra destes recursos, tornan-
do-se imperceptíveis aos olhos de quem a produz, inter- Não... E não/nem:
ferindo de forma negativa na textualidade como um todo.
Como podemos conferir por meio dos seguintes casos:  Não poderemos contar com o auxílio de ninguém,
nem dos alunos, nem dos funcionários da secretaria. 
Durante as quartas-de-final, o time do Brasil vai en-
frentar a Holanda.  Recurso este empregado quando se quer atribuir uma
Constatamos a falta de paralelismo semântico, ao ana- sequência negativa. 
lisarmos que o time brasileiro não enfrentará o país, e sim
a seleção que o representa. Reestruturando a oração, ob- Por um lado... Por outro: 
teríamos:
Se por um lado, a desistência da viagem implicou
Durante as quartas-de-final, o time do Brasil vai en- economia, por outro, desagradou aos filhos que esta-
frentar a seleção da Holanda.  vam no período de férias. 
Se eles comparecessem à reunião, ficaremos muito O paralelismo efetivou-se em virtude da referência a
agradecidos. aspectos negativos e positivos relacionados a um determi-
Eis que estamos diante de um corriqueiro procedimen- nado fato. 
to linguístico, embora considerado incorreto, sobretudo,
pela incoerência conferida pelos tempos verbais (compa- Tempos verbais: 
recessem/ficaremos). O contrário acontece se disséssemos: 
Se a maioria colaborasse, haveria mais organização. 
Se eles comparecessem à reunião, ficaríamos muito
agradecidos.  Como dito anteriormente, houve a concordância de
Ambos relacionados à mesma ideia, denotando uma sentido proferida pelos verbos e seus respectivos tempos.
incerteza quanto à ação.  (Extraído de https://portugues.uol.com.br/redacao/
Ampliando a noção sobre a correta utilização destes paralelismo-sintatico-paralelismo-semantico---recursos-
recursos, analisemos alguns casos em que eles se aplicam:  -que-compoem-estilo-textual--.html)

não só... mas (como) também:

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LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS e) As fotos as quais mostram lagos recém-formados


pela água derretida das geleiras, em razão do aquecimento
1. SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉC- global que vem provocando o degelo, os sinais estão re-
NICO ADMINISTRATIVO – RH gistrados nelas.

2. TRT 9ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA


ADMINISTRATIVA

(Adaptado de Fernando Reinach. Disponível em http://


www.estadao.com.br/noticias/impresso,facebook-e-indu
cao-ao-voto-,939893,0.htm)

(Adaptado de Carolina Melo. Veja, 7 de novembro de A substituição do segmento grifado por um pronome,
2012, p. 121-122) com os necessários ajustes, foi realizada corretamente em:
O aquecimento global tem provocado o degelo. a) influenciam comportamentos e crenças = influen-
Os sinais do degelo estão registrados em fotos. ciam-lhes.
As fotos mostram lagos recém-formados pela água b) moldaram o pensamento e as ações das civilizações
derretida das geleiras. antigas e das nações modernas = moldaram-os.
As informações acima estão reproduzidas em um único c) alteram crenças e comportamentos humanos = al-
período, sem repetições desnecessárias, com lógica, clare- teram-nos.
za e correção, em: d) trocar ideias = trocar-nas.
a) O aquecimento global tem provocado o degelo, e) homogeneizar crenças = lhes homogeneizar.
cujos sinais estão registrados em fotos, que mostram lagos
recém-formados pela água derretida das geleiras. 3. TRT 9ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA
b) O degelo provocado devido o aquecimento global, ADMINISTRATIVA
onde os sinais estão registrados em fotos mostrando lagos
recém-formados pela água derretida das geleiras.
c) Com o aquecimento global provocando o degelo,
nos quais estão os sinais desse derretimento registrados
em fotos dos lagos recém-formados pela água derretida.
d) Os sinais do degelo estão registrados em fotos que,
por causa do aquecimento global que as derrete, mostran-
do lagos recém-formados pela água derretida das geleiras.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Gabarito
1-a
2-c
3- c

(Extraído de http://www.mapadaprova.com.br/ques-
toes/de/portugues/correcao-e-reescrita-de-textos#)

14 RELAÇÕES DE SINONÍMIA E ANTONÍMIA.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS – SEMÂNTICA

As palavras, na origem da linguagem humana, surgiram


para se referir às coisas que preenchem o mundo. Para
cada ser havia uma expressão correspondente, pois este
é o princípio da comunicação, fazer referência aos objetos
através das palavras. Entretanto, já que o ser humano
possui criatividade em todos os seus atos, no processo de
evolução da língua foram criadas mais de uma palavra para
se referir ao mesmo ser. Além disso, outras expressões, por
serem pouco usadas, podem nos confundir, remetendo
a um sentido contrário do que pensávamos. Todas essas
questões fazem parte da área da gramática chamada
Semântica, a qual busca investigar o significado das
palavras.

Nesse sentido, a semântica apresenta como foco


alguns tópicos de estudo:

a) Sinonímia e Antonímia
b) Homonímia e Paronímia
c) Polissemia e Monossemia
(Adaptado de André Dick. Paulo Leminski e a flor au- d) Denotação e Conotação
sente. www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=4027, e) Hiperonímia e Hiponímia
06/06/2009)
a) Sinonímia e Antonímia
Associado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista,
no entanto, seu tom de melancolia era patente tanto nos Quando as palavras apresentam significados
poemas quanto nos textos em prosa. semelhantes afirmamos que elas são sinônimas, já
que apresentam relação de sinonímia. Vejamos alguns
Outra redação para a frase acima, em que se preservam
sinônimos:
a clareza e a correção, é:
a) Seu tom de melancolia era do mesmo modo patente 1) prosperidade: sucesso, bonança, ventura, fortuna
nos poemas como nos textos em prosa, embora ser asso- 2) casa: vivenda, morada, lar, moradia, domicílio
ciado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista. 3) acesso: admissão, ingresso, entrada
b) Era associado à diversão tropicalista ou pós-tropi- 4) prestação: pagamento, conta, amortização
calista, contudo fosse patente seu tom de melancolia, hora 5) misantropo: antissocial, impopular, solitário,
nos poemas, hora nos textos em prosa. reservado
c) Conquanto associado à diversão tropicalista ou pós- 6) inexorável: rígido, firme, implacável
tropicalista, seu tom de melancolia era patente não apenas 7) égide: abrigo, suporte, defesa, resguardo
nos poemas como nos textos em prosa. 8) vicissitude: inconstância, instabilidade, mutabilidade
d) Associado à diversão tropicalista ou pós-tropicalista, 9) ímpio: descrente, incrédulo, impiedoso
ainda que seu tom de melancolia fosse patente não menos 10) bélico: guerreiro, belicoso, combatente
nos poemas que nos textos em prosa.
e) Todavia, associado à diversão tropicalista ou pós- Quando os vocábulos indicam sentidos opostos
tropicalista, seu tom de melancolia era patente, sejam nos consideramo-nos antônimos, pois está numa relação de
poemas, sejam nos textos em prosa. antonímia:

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LÍNGUA PORTUGUESA

1. livre: cativo, refém, acorrentado * Homônimas Homógrafas: apresentam grafia


2. tristeza: alegria, felicidade, contentamento idêntica, mas pronúncia distinta.
3) beleza: fealdade, feiura Colher - verbo
4) quente: frio, gelado Colher - utensílio
5) aprovação: negação, desaprovação
6) forte: fraco, frágil, medroso Almoço - alimentação
7) pobreza: fortuna, riqueza, abastança Almoço – verbo, 1º pessoa do singular
8) esforçado: preguiçoso, pusilânime, fraco Choro – pranto, ato de chorar
b) Homonímia e Paronímia Choro – verbo, 1º pessoa do singular
Muitas palavras apresentam mesma grafia ou mesmo Paronímia
som. Vejamos:
- Fui ao concerto ontem. (espetáculo) Palavras que apresentam grafias parecidas, mas com
- Levei o carro ao conserto. (reparo) sentidos diferentes. Geralmente nos confundem devido a
essa semelhança. Vejamos:
- A colher está sobre o prato. (utensílio)
- Se eu colher a flor ela morrerá. (verbo) absolver (perdoar, ino-
absorver (aspirar, sorver)
centar)
À princípio podemos imaginar que a semelhança
gráfica ou fonética indica uma equiparação semântica, mas apóstrofe (figura de lin-
apóstrofo (sinal gráfico)
se observarmos os exemplos citados acima percebemos guagem)
que é um equívoco. aprender (tomar conhe- apreender (capturar, assi-
Palavras homônimas são aquelas que apresentam cimento) milar)
grafia ou som semelhantes, mas com significados distintos. arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
Elas são divididas em:
assunção (elevação a um
ascensão (subida)
cargo)
* Homônimas Perfeitas: apresentam grafia e som
idênticos, mas significados distintos: bebedor (aquele que bebedouro (local onde se
cedo (verbo ceder) bebe) bebe)
cedo (advérbio de tempo) cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
rio (curso de água)
rio (verbo rir) diferir (distinguir-se, di-
deferir (atender)
vergir)
* Homônimas Homófonas: apresentam som delatar (denunciar) dilatar (alargar)
semelhante, mas grafias distintas. descrição (ato de des-
Conserto - reparo discrição (reserva, prudência)
crever)
Concerto - espetáculo
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
Acender – colocar fogo despensa (local onde se
dispensa (ato de dispensar)
Ascender - subir guardam mantimentos)
docente (relativo a pro-
discente (relativo a alunos)
Laço - nó fessores)
Lasso - frouxo emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
Insipiente - ignorante iminência (qualidade do
eminência (elevado)
Incipiente - principiante que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
Espiar - observar estada (permanência estadia (permanência tem-
Expiar - sofrer em um lugar) porária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
Incerto - impreciso
Inserto - inserido fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
Russo – da Rússia inflação (alta dos preços) infração (violação)
Ruço - pardo
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
Estático - imóvel mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
Extático – em êxtase

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LÍNGUA PORTUGUESA

precedente (que vem procedente (proveniente; c) eminente / iminente


antes) que tem fundamento) d) inflação / infração
e) cavaleiro / cavalheiro
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente) 6)  (FMPA- MG)  Assinale o item em que a palavra
soar (produzir som) suar (transpirar) destacada está incorretamente aplicada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito) b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
sustar (suspender) suster (sustentar) c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal) d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
7) Levando em consideração o contexto atribuído
(http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/
pelos enunciados, empregue corretamente um dos termos
seman7.php) propostos pelas alternativas entre parênteses.
a) O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o
Exercícios ___________ no adversário. (cheque/xeque)
b) O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-
1) Assinale a alternativa correta, considerando que à se de todos e seguiu viagem. (cela/sela)
direita de cada palavra há um sinônimo. c) No presídio, todos os ocupantes foram trocados de
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar _____________. (cela/sela)
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) d) O filme a que assisti pertence à ______ das dez.
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar (seção/sessão/cessão)
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação 8)  Em “o prefeito deferiu o requerimento do
contribuinte”, o termo grifado poderia perfeitamente ser
2) Indique a letra na qual as palavras completam, substituído por:
corretamente, os espaços das frases abaixo. a) apreciou;
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ b) arquivou;
os sons com nitidez. c) despachou favoravelmente;
Hoje são muitos os governos que passaram a combater d) invalidou;
o ______ de entorpecentes com rigor. e) despachou negativamente.
O diretor do presídio ______ pesado castigo aos
prisioneiros revoltosos. 9)  Leia as frases abaixo:
a) discriminar - tráfico - infligiu
b) discriminar - tráfico - infringiu 1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
c) descriminar - tráfego - infringiu 2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em
d) descriminar - tráfego - infligiu Marte.
e) descriminar - tráfico - infringiu 3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas
de humor.
3) No ______ do violoncelista ______ havia muitas 4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
pessoas, pois era uma ______ beneficente.
a) conserto - eminente - sessão Escolha a alternativa que oferece a seqüência correta
b) concerto - iminente - seção de vocábulos para as lacunas existentes:
c) conserto - iminente - seção a) concerto – há – a – cessões – há;
d) concerto - eminente - sessão b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a;
4) Indique o item em que o antônimo da palavra ou d) concerto – a – há – sessões – há;
expressão em destaque está corretamente apontado. e) conserto – há – a – sessões – a .
a) duradouro sucesso - efêmero
b) fama em ascendência - excelsa 10) Indique a alternativa que contém a seqüência
c) elegante região - carente necessária para completar as lacunas abaixo:
d) sala lotada - desabitada “A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande
_______ na humanidade e a deixa _______com relação ao
5) A palavra tráfico não dever ser confundida com futuro da vida na terra.”
tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir o par de a) espectativa – tensão – exitante;
vocábulos é exemplo de homonímia e não de paronímia? b) espectativa – tenção – hesitante;
a) estrato / extrato c) expectativa – tensão – hesitante;
b) flagrante / fragrante d) expectativa – tensão – hezitante;
e) espectativa – tenção – exitante.

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LÍNGUA PORTUGUESA

11) Complete as lacunas, com a expressão necessária, Apesar da criatividade inerente à atividade humana,
que consta nos parênteses: muitas expressões permanecem monossêmicas,
É necessário ________ (cegar-segar) os galhos salientes principalmente as ligadas à conteúdo mais objetivo e
do _______ (bucho-buxo), de modo a que se possa fazer formal:
_____ (xá-chá) com as folhas mais novas.”
a) segar – buxo – chá; Ex.: décimo, salário, monossílabo, hospedagem.
b) segar – bucho – xá;
c) cegar – buxo – xá; Entretanto, qualquer palavra, por mais objetiva que
d) cegar – bucha – chá; seja, quando usada por um poeta num poema, tem sem
e) segar – bucha – xá. sentido automaticamente modificado. Atente a este poema
12) Marque a alternativa que se completa corretamente da poetisa carioca Ana Cristina César:
com o segundo elemento do parênteses:
a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de “Tenho ciúmes desde cigarro que você fuma. Tão
algumas ________ (tachas-taxas); distraidamente.”
b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos
(imergiu-emergiu); Podemos interpretar literalmente todas as expressões
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta contidas nesse poema e acreditar nas palavras da autora.
(cerrou-serrou); Ou, como se trata de um poema, podemos desconfiar
d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava- de suas palavras e entender “cigarro”, “ciúmes” ou
espiava); “distraidamente” de maneira mais criativa.
e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-
senso). Polissemia

13) (AGENTE DE TRÂNSITO - CESGRANRIO - 2005) Polissemia é um fenômeno comum a qualquer


Marque a opção em que a palavra entre parênteses palavra, pois ao longo de sua história uma expressão vai
é INACEITÁVEL para completar a frase. adquirindo sentidos diferentes. Quando um vocábulo pode
(A) O _______________ às vezes pode parecer monótono. ser interpretado de formas múltiplas, denominamos tão
(quotidiano) ocorrência de polissemia. Veja um exemplo:
(B) O _______________ desta divisão está errado. (cociente)
(C) No trânsito todos têm uma _______________ de 1) Comprei uma cabeça de alho.
responsabilidade. (quota) 2) Ele é o cabeça da equipe.
(D) Já dirige há _______________ anos. (cinqüenta) 3) Cortei a cabeça no treino.
(E) Enguiçamos a _______________ quilômetros do posto 4) José tem cabeça boa para matemática.
de gasolina (douze)
Se “cabeça” se referia apenas a uma parte do corpo
(Exercícios retirados de http:// humano, no processo de socialização e comunicação
tudodeconcursosevestibulares.blogspot.com.br/2013/01/ adquiriu sentidos diferentes. É essencial entendermos tal
paronimos-homonimos-questoes-vestibular.html) distinção semântica, já que estas ocorrências fazem parte
também do que chamamos interpretação de texto e de
mundo. Vejamos algumas:
Gabarito:
João é cabo da marinha. (posto militar)
1) A   2) A   3) D   4) A   5) A   6) C  7) a) xeque   b) sela  c) Quebrou o cabo da vassoura.
cela  d) sessão   8) C    9) D   10) C
11) A    12) D    13) E Sente-se! O banco é confortável. (assento)
Vou sacar o dinheiro no Banco do Brasil. (instituição
financeira)
c) Polissemia e Monossemia
A manga está muito doce. (fruta)
Palavras são criadas pelo homem para realizar a Sua manga está rasgada. (parte da roupa)
comunicação, e a própria palavra “comunicação” implica
a noção de comunidade. Inicialmente uma palavra pode Meu pé está inchado. (parte do corpo)
referir-se a um único ser, entretanto, a língua é tão viva O pé do sofá está rachado (parte de um móvel, base)
quão vivo é o homem e, por isso mesmo, o vocábulo pode Iremos a uma peça semana que vem. (espetáculo
acabar remetendo a sentidos diversos, dependendo dos teatral)
usos e das situações. Falta uma peça neste brinquedo (parte)
À princípio, todas as palavras são monossêmicas, ou João é uma peça! (figura)
seja, possuem um único sema, significado. Com o hábito,
muitas delas vão tomando outros significados e podem se Luciano não come muito frango (carne animal)
tornar polissêmicas, com vários sentidos distintos. O gol do empate foi um frango do goleiro. (falha)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Esse brinquedo precisa de pilha (bateria) Linguagem Conotativa


Até a divulgação do resultado Maria estará numa pilha
de nervos. (soma) Muitas vezes a objetividade da linguagem denotativa
Para que essa pilha de livros sobre o sofá? (montante) não é suficiente para o que se deseja expressar. Isso porque
em momentos de emoção e subjetividade, o emissor não
d) Denotação e conotação procurar filtrar sua mensagem a fim de torná-la mais
impessoal. Quando a linguagem privilegia um modo
Continuando o estudo a respeito da significação das pessoal de envio, seleciona um vocabulário próprio, a
palavras, outro ponto importante é a direção pela qual partir de metáforas e usos individuais de certos vocábulos.
a mensagem é enviada. Pode-se enviar todo tipo de Chamamos de linguagem conotativa esse modo de
mensagem, as mais sérias e formais; e as mais emotivas e expressão mais poético, criativo e subjetivo da linguagem:
pessoais. Ex.:
Quando selecionamos o tipo de mensagem que “Ainda me lembro da primeira vez em que te vi,
desejamos enviar, automaticamente haverá uma escolha naquele momento eu tive a certeza de você era mesmo o
de vocabulário que irá garantir a intenção deseja. Por isso Amor da minha vida! Desde aquele dia não consegui tirar
mesmo, no tocante a esse envio, a semântica divide a você do meu pensamento, mesmo sem saber quem você
linguagem em duas direções: a linguagem denotativa e a era, sabia que seria minha (meu). Eu me apaixonei por você,
conotativa. desde o primeiro momento em que te vi!  Eu quase não
acreditei quando ouvi você dizer sim, quando você aceitou
Linguagem denotativa ser minha namorada, minha! Foi um momento mágico! E
ainda é mágico poder estar com você todos os dias, poder
A linguagem denotativa está ligada à mensagem te abraçar, te tocar, sentir teu cheiro, provar do teu sabor,
mais clara e objetiva, sem riscos de ambiguidade ou beijar você. Como é mágico poder te amar! Saber que você
problemas de interpretação. Seu foco é uma comunicação é minha, que os teus carinhos são meus, que teus melhores
impessoal, de modo a não cometer prejuízo de sentido.
beijos são para mim e saber que o seu amor é só meu!
Usamos esse tipo de linguagem em situações mais formais
Eu nem poderia imaginar que a nossa história seria assim,
ou informativas, como também nos textos jornalísticos e
repleta de amor e felicidade! Eu nem poderia imaginar que
científicos. Atente ao exemplo abaixo:
eu saberia amar desta maneira, com todo o meu ser. E esse
amor é teu, somente teu. Eu Te Amo Muito meu Amor.
“Após  antecipar o pagamento do último lote das
Você é tudo pra mim!”
contas inativas do FGTS para quem nasceu em dezembro,
a  Caixa Econômica Federal vai abrir todas as agências
no dia 10 de julho, segunda-feira, 2 horas antes para (http://www.amor.com.br/cartas-de-amor.html)
pagamento exclusivo do benefício. Nas regiões em que os
bancos abrem às 9h, as agências da Caixa abrirão às 8h e Nas cartas de amor, mensagens pessoais, diálogos
terão o horário de atendimento prorrogado em 1 hora. entre próximos testemunhamos em grande parte a
presença da linguagem conotativa. Esta é a mais humana
SAIBA MAIS SOBRE OS SAQUES DAS CONTAS das linguagens e, por isso, mesmo, pode dar origem à
INATIVAS ambiguidade e interpretações equivocadas.

Além disso, cerca de 2 mil agências da Caixa abrirão e) Hiperônimos e Hipônimos


no sábado (8), entre 9h e 15h – clique aqui para ver
a lista de agências. As agências selecionadas terão Quanto tratamos da significação das palavras, é
atendimento exclusivo para realizar pagamento de contas importante recordar que cada termo não está independente,
vinculadas  FGTS, solucionar dúvidas, promover acertos pelo contrário, faz parte de um grupo semântico. Isso
de cadastro dos trabalhadores e emitir senha do Cartão porque os vocábulos, por mais que representem um ser,
Cidadão. também integram uma categoria maior. Por exemplo,
Prevista inicialmente para começar no dia 14, a quinta temos a palavra “gato”, a qual se refere a um determinado
e última fase foi antecipada para o próximo sábado, dia 8. animal. Entretanto, além disso, podemos realocar tal
Assim, em vez de apenas 18 dias para conseguir sacar o expressão dentro de uma categoria mais abrangente, a dos
dinheiro, os beneficiários nascidos em dezembro terão 24 “mamíferos”. Podemos concluir, assim, que um aspecto
dias para fazer os saques.” importante dentro do estudo significativo da linguagem é
a diferença entre os hiperônimos e hipônimos, termos que
(http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/ se referem a grupos semânticos gerais ou mais específicos.
apos-antecipar-pagamento-de-ultimo-lote-do-fgts-
inativo-caixa-vai-abrir-agencias-mais-cedo.ghtml) Hiperônimos: palavras que indicam grupos semânticos
genéricos, de maior abordagem, aqueles que atraem
Percebemos que o texto acima apresenta uma subcategorias. Vejamos:
linguagem clara, chegando mais diretamente a todo tipo
de leitor, evitando interpretações equivocadas. Mamíferos é hiperônimo de gato e cachorro

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LÍNGUA PORTUGUESA

Frutos é hiperônimo de maçã e banana 6. Assinale a alternativa que possa substituir, pela
Alimento é hiperônimo de salada e feijoada ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem
Legume é hiperônimo de chuchu e beterraba alterar o significado delas: “Em primeiro lugar, observemos
Doença é hiperônimo de resfriado e anemia o avô. Igualmente, lancemos um olhar para a avó. Também
Animais é hiperônimo de gato e pato o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos.
Conseqüentemente a filha também será morena e alta.”
Hipônimos: palavras que constituem esse grupo maior a) primeiramente, ademais, além disso, em suma
chamado hiperônimo, seu raio de significação é mais b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente
restrito e específico, já que se refere a seres particulares: c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto
d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro
Margarida é hipônimo de flor lado, por conseguinte
Gato é hipônimo de felino e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com
Lagartixa é hipônimo de réptil efeito
Homem é hipônimo de mamífero
Alicate é hipônimo de ferramenta 7. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos
Sabiá é hipônimo de ave. erros do passado.
a) eminente, deflagração, incidiram
b) iminente, deflagração, reincidiram
Exercícios c) eminente, conflagração, reincidiram
d) preste, conflaglação, incidiram
1. Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se e) prestes, flagração, recindiram
esclarecerem os .......
a) escusas - a fim - mal-entendidos 8. Indique a alternativa correta:
b) excusas - afim - mal-entendidos a) O ladrão foi apanhado em flagrante.
c) excusas - a fim - malentendidos
b) Ponto é a intercessão de duas linhas.
d) excusas - afim - malentendidos
c) As despesas de mudança serão vultuosas.
e) escusas - afim - mal-entendidos
d) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões.
e) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido por
2. Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao
todos nós.
título de eleitor.
a) extrangeiro - naturalizar
9. “A solidão é um retiro de ......., mas ninguém vive
b) estrangeiro - naturalisar
c) extranjeiro - naturalizar sempre em trégua, .......só, ....... o preguiçoso, eternamente
d) estrangeiro - naturalizar em repouso.”
e) estranjeiro - naturalisar a) descanço, tampouco, exceto
b) descanso, tãopouco, exceto
3. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão c) descanço, tão pouco, esceto
corretamente grafadas: d) descanso, tampouco, exceto
a) quiseram, essência, impecílio e) descanso, tão pouco, esceto
b) pretencioso, aspectos, sossego
c) assessores, exceção, incansável 10. “Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do
d) excessivo, expontâneo, obseção mestre diante da.......... demonstrada pelo político.”
e) obsecado, reinvidicação, repercussão a) seção - fragrante - incipiência
b) sessão - flagrante - insipiência
4. O orador “ratificou” o que afirmara. O termo destacado c) sessão - fragrante - incipiência
pode ser substituído sem prejuízo de sentido por: d) cessão - flagrante - incipiência
a) negou e) seção - flagrante - insipiência
b) corrigiu
c) frisou 11. Em “Repare bem o braço que ninguém sabe de
d) confirmou onde circunda o busto da moça e a quer levar para um
e) enfatizou lugar esconso.” A palavra sublinhada só não pode conotar
a ideia de:
5. “A ............... de uma guerra nuclear provoca uma a) um lugar de volúpia
grande .............. na humanidade e a deixa ............... quanto b) um lugar escondido, suspeito
ao futuro.” c) um lugar desconhecido, misterioso
a) espectativa - tensão - exitante d) um lugar escolhido, eleito
b) espectativa - tenção - hesitante e) um lugar escuro, recôndito
c) expectativa - tensão - hesitante
d) expectativa - tenção - hezitante
e) espectativa - tenção - exitante

90
LÍNGUA PORTUGUESA

12. Considerando-se a relação Veneza (cidade) 5.C


- gaturamo (pássaro) como modelo, as palavras que 6.D
sucessivamente completariam a relação: Califórnia- pretos 7.B
- morrer - Gioconda - cem mil réis, seriam: 8.A
a) estado, raça, ação, escultura, dinheiro 9.D
b) país, povo, fato, escultura, valor 10.B
c) província, etnia, acontecimento, literatura, moeda 11.D
d) estado, raça, acontecimento, pintura, valor 12.D
e) território, gente, ação, música, moeda 13.E
14.D
13. Há palavras escritas de modo INCORRETO na
alternativa:
(A) Investimentos maciços em educação, saúde e
reforma agrária constituíram a fórmula utilizada por países
mais atrasados do que o Brasil, para reduzir os índices de
pobreza.
(B) O problema da miséria no Brasil apresenta
componentes bem mais perversos do que a simples
escassez de recursos, que caracteriza o problema em
outros países, como no continente africano.
(C) Os recursos gastos na área social acabam sendo
insuficientes, como por exemplo, a parcela mínima
destinada ao saneamento básico, importante para
aumentar a expectativa de vida da população.
(D) A desnutrição, resultado da falta de ingestão
de proteínas e de outras substâncias, degenera em má-
formação do sistema neurológico, com danos irreversíveis,
na maioria das vezes.
(E) Vários estudos afirmam que a taxa de miséria
só baixará quando houver crecimento da economia,
assossiado a um modelo mais justo de distribuição de
renda para a população.

14. Está correta a grafia de todas as palavras da frase:


(A) Ao ascender à condição de um grande sistema
de mercados, a economia mundial propisciou o poder
hegemônico dos grandes conglomerados financeiros.
(B) Se os grandes centros econômicos não se
emiscuíssem decisivamente nas economias nacionais,
talvez estas lograssem alcançar um índice expressivo de
desenvolvimento.
(C) Os economistas podem discentir quanto às
soluções para o nosso desenvolvimento, mas reconhecem
que o imperialismo econômico é um fator crucial para
nosso atraso.
(D) A necessidade de sincronizar o ritmo de nossa
economia com o da expansão da economia global constitui
uma das exigências mais difíceis de serem atendidas.
(E) Não fosse a dicotomia das direções econômicas com
que nos deparamos, o Brasil talvez não se firmasse numa
posição de maior relevância entre os países emerjentes.
(Exercícios retirados de http://www.portuguesconcurso.
com/2009/08/semantica-exercicios-com-gabarito.html)

GABARITO
1.A
2.D
3.C
4.D

91
LÍNGUA PORTUGUESA

ANOTAÇÕES

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92
LÍNGUA PORTUGUESA

ANOTAÇÕES

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93
LÍNGUA PORTUGUESA

ANOTAÇÕES

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94
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

1 Operações, propriedades e aplicações (soma, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação)................. 01


2 Princípios de contagem e probabilidade. .................................................................................................................................................. 11
3 Arranjos e permutações..................................................................................................................................................................................... 11
4 Combinações.......................................................................................................................................................................................................... 11
5 Conjuntos numéricos (números naturais, inteiros, racionais e reais) e operações com conjuntos. .................................... 18
6 Razões e proporções (grandezas diretamente proporcionais, grandezas inversamente proporcionais, porcentagem,
regras de três simples e compostas). .............................................................................................................................................................. 18
7 Equações e inequações. .................................................................................................................................................................................... 27
8 Sistemas de medidas. ......................................................................................................................................................................................... 33
9 Volumes. .................................................................................................................................................................................................................. 33
10 Compreensão de estruturas lógicas. ......................................................................................................................................................... 37
11 Lógica de argumentação (analogias, inferências, deduções e conclusões). .............................................................................. 55
12 Diagramas lógicos.............................................................................................................................................................................................. 59
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Exemplo 3
1 OPERAÇÕES, PROPRIEDADES E 25-(50-30)+4x5
APLICAÇÕES (SOMA, SUBTRAÇÃO, 25-20+20=25
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO E
Números Inteiros
RADICIAÇÃO).
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Números Naturais naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Os números naturais são o modelo matemático neces- Subconjuntos do conjunto :
sário para efetuar uma contagem. 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Começando por zero e acrescentando sempre uma Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
Z+={0, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor 3) Conjunto dos números inteiros não positivos
a) O sucessor de 0 é 1. Z-={...-3, -2, -1}
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20.
Números Racionais
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Chama-se de número racional a todo número que
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros quais-
quer, com b≠0
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um São exemplos de números racionais:
antecessor (número que vem antes do número dado). -12/51
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente -3
de zero. -(-3)
a) O antecessor do número m é m-1. -2,333...
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55. As dízimas periódicas podem ser representadas por
d) O antecessor de 10 é 9. fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Expressões Numéricas
Representação Decimal das Frações
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: decimais

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so- vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem em
que aparecerem e os parênteses são resolvidos primeiro.

Exemplo 1

10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23

Exemplo 2
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-
gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23 ser número racional
4 + 23 OBS: período da dízima são os números que se repe-
27 tem, se não repetir não é dízima periódica e assim números
irracionais, que trataremos mais a frente.

1
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Números Irracionais
Identificação de números irracionais

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
Representação Fracionária dos Números Decimais - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irra-
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar cional é sempre um número irracional.
com o denominador seguido de zeros. - A diferença de dois números irracionais, pode ser um
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma número racional.
casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim -Os números irracionais não podem ser expressos na
por diante. forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

- O quociente de dois números irracionais, pode ser


um número racional.

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

- O produto de dois números irracionais, pode ser um


número racional.

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en- Exemplo: . = = 7 é um número racional.


tão como podemos transformar em fração?
Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um nú-
Exemplo 1 mero natural, se não inteira, é irracional.

Transforme a dízima 0, 333... .em fração Números Reais


Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízi-
ma dada de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplica-
mos por 10.

10x=3,333...

E então subtraímos:

10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de


período. Fonte: www.estudokids.com.br
Exemplo 2
Representação na reta
Seja a dízima 1,1212...

Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99

2
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

INTERVALOS LIMITADOS
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou
iguais a e menores do que b ou iguais a b.
Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}

Potenciação
Intervalo:[a,b]
Multiplicação de fatores iguais
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b}
2³=2.2.2=8
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
nores que b.
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores


que a ou iguais a a e menores do que b.
2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio
número.
Intervalo:{a,b[
Conjunto {x∈R|a≤x<b}
Intervalo fechado à direita – números reais maiores que
a e menores ou iguais a b.
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par,
resulta em um número positivo.
Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x∈R|a<x≤b}

INTERVALOS IIMITADOS
4) Todo número negativo, elevado ao expoente ím-
par, resulta em um número negativo.
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números
reais menores ou iguais a b.

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos pas-


Intervalo:]-∞,b]
sar o sinal para positivo e inverter o número que está na
Conjunto:{x∈R|x≤b}
base. 
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números
reais menores que b.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
valor do expoente, o resultado será igual a zero. 
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais
maiores ou iguais a a.

Propriedades
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
mesma base, repete-se a base e  soma os expoentes.
Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais
maiores que a.

3
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes-


ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes.

Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “ti-


ra-se” um e multiplica.
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul-
tiplica-se os expoentes.
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56 Observe: 1 1
1
3.5 = (3.5) = 3 .5 = 3. 5
2 2 2

De modo geral, se
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores eleva-
então:
dos a um expoente, podemos elevar cada um a esse mes-
mo expoente.
(4.3)²=4².3² n
a.b = n a .n b
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente,
podemos elevar separados. O radical de índice inteiro e positivo de um produto
indicado é igual ao produto dos radicais de mesmo índice
dos fatores do radicando.

Raiz quadrada de frações ordinárias


Radiciação 1 1
Radiciação é a operação inversa a potenciação 2  2 2 22 2
=  = 1 =
3 3 3
Observe: 32

De modo geral,

a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
se

então:
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna- a na
-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em n =
números primos. Veja:  b nb

O radical de índice inteiro e positivo de um quociente


indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.

4
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Raiz quadrada números decimais

2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Operações

Devemos multiplicar de forma que obtenha uma dife-


rença de quadrados no denominador:
Operações

Multiplicação

QUESTÕES
Exemplo
01. (Prefeitura de Salvador /BA - Técnico de Nível
Superior II - Direito – FGV/2017) Em um concurso, há
150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior
Divisão e nível médio.
Sabe-se que:
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
Exemplo • dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
lheres.

O número de candidatos homens de nível médio é


(A) 42.
Adição e subtração (B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda,
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual ga-
nharia o competidor que obtivesse o menor tempo final.
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi:
Caso tenha: (A) José
(B) Isabella
(C) Maria Eduarda
(D) Raoni
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária -
Racionalização de Denominadores MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
(A) 0,2222...
Normalmente não se apresentam números irracionais (B) 0,6666...
com radicais no denominador. Ao processo que leva à eli- (C) 0,1616...
minação dos radicais do denominador chama-se racionali- (D) 0,8888...
zação do denominador.
1º Caso:Denominador composto por uma só parcela 04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
NESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível,
então o dividendo é

5
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(A) 131.
(B) 121.
(C) 120.
(D) 110.
(E) 101. (A) 1.
(B) 2.
05. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) As expres- (C) 4.
sões numéricas abaixo apresentam resultados que seguem (D) 8.
um padrão específico: (E) 16.

1ª expressão: 1 x 9 + 2 08. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-


GO/2017)
2ª expressão: 12 x 9 + 3
Qual o resultado de ?
3ª expressão: 123 x 9 + 4
(A) 3
... (B) 3/2
(C) 5
7ª expressão: █ x 9 + ▲ (D) 5/2

Seguindo esse padrão e colocando os números ade- 09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª sor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
expressão será
Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1 111 111. (A) 1;
(B) 11 111. (B) 2;
(C) 1 111. (C) 3;
(D) 111 111. (D) 4;
(E) 11 111 111. (E) 6.

06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Durante um 10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi-
treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio sor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de deter-
comercial informou que, nos cinquenta anos de existência minada empresa tem o mesmo número de mulheres e de
do prédio, nunca houve um incêndio, mas existiram muitas homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens
situações de risco, felizmente controladas a tempo. Segun- dessa equipe saíram para um atendimento externo.
do ele, 1/13 dessas situações deveu-se a ações criminosas,
enquanto as demais situações haviam sido geradas por di- Desses que foram para o atendimento externo, a fração
ferentes tipos de displicência. Dentre as situações de risco de mulheres é
geradas por displicência, (A) 3/4;
(B) 8/9;
− 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inade- (C) 5/7;
quadamente; (D) 8/13;
− 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas; (E) 9/17.
− 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e
− as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
RESPOSTAS
De acordo com esses dados, ao longo da existência
desse prédio comercial, a fração do total de situações de 01.Resposta: B.
risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor- 150-82=68 mulheres
responde à Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
(A) 3/20. são de nível médio.
(B) 1/4. Portanto, há 37 homens de nível superior.
(C) 13/60. 82-37=45 homens de nível médio.
(D) 1/5.
(E) 1/60. 02. Resposta: D.
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni- vencedor.
co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assinale a
alternativa que apresenta o valor da expressão 03. Resposta: B.

6
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração 10. Resposta: E.


Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
X=0,4444....
10x=4,444...
9x=4

Dos homens que saíram:

04. Resposta: A. Saíram no total


Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131

05. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111

06. Resposta: D.
Múltiplos

Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos


o primeiro pelo segundo, o resto é zero.
Gerado por descuidos ao cozinhar: Exemplo

O conjunto de múltiplos de um número natural não-


Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- -nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o
1/13) número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

Divisores

07.Resposta: C. Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é


divisor de 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
Observações:

- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.


- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos
múltiplos.
08. Resposta: D. - O zero é múltiplo de qualquer número natural.

Máximo Divisor Comum


O máximo divisor comum de dois ou mais números
naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns desses
números.
09. Resposta: C. Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, deve-
2-2(1-2N)=12 mos seguir as etapas:
2-2+4N=12 • Decompor o número em fatores primos
4N=12 • Tomar o fatores comuns com o menor expoente
N=3 • Multiplicar os fatores entre si.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Exemplo:

O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível
m.d.c E são os fatores que temos iguais:25=32

Exemplo2
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
Mínimo Múltiplo Comum No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- três companhias aéreas. Os aviões da companhia A chegam
meros é o menor número, diferente de zero. a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos e da
Para calcular devemos seguir as etapas: companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às 7 ho-
• Decompor os números em fatores primos ras, chegaram aviões das três companhias ao mesmo tem-
• Multiplicar os fatores entre si po, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia, às
(A) 16h 30min.
Exemplo: (B) 17h 30min.
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas.

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos. Resposta: E.


Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a
divisão com algum dos números, não é necessário que os
dois sejam divisíveis ao mesmo tempo. Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido,
continua aparecendo. 1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11
Assim, o mmc
Então será depois de 11horas que se encontrarão
7+11=18h
Exemplo

O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16


m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di- QUESTÕES
mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio
entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de 01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU-
modo que tenham a maior dimensão possível. NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há uma
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, devem
medir ser repartidos em pacotes iguais, todos com a mesma
(A) mais de 30 cm. quantidade de bombons. Com os bombons dessa caixa,
(B) menos de 15 cm. podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, ou com 7 uni-
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm. dades cada um, e, nesses casos, não faltará nem sobrará
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm. nenhum bombom. Nessas condições, o menor valor que
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm. pode ser atribuído a n é
(A) 280.
Resposta: A. (B) 265.

8
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(C) 245. 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrati-


(D) 230. vo – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C.
(E) 210. na matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que
M.D.C. significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual
02. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017) o valor do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36
Considerando A o MDC (maior divisor comum) entre os nú- e 72?
meros 24 e 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre (A) 8
os números 12 e 20, então o valor de 2A + 3B é igual a: (B) 6
(A) 72 (C) 4
(B) 156 (D) 2
(C) 144
(D) 204 07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve comer participantes em grupos formados somente por homens
a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
3 horas. Considerando que todos foram alimentados às 8 nham o mesmo número de integrantes.
horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o fun- Neste caso, o número máximo de integrantes em um
cionário encarregado deverá servir a alimentação a todos grupo é:
concomitantemente às: (A) 10.
(A) 8 horas de segunda-feira. (B) 15.
(B) 14 horas de segunda-feira. (C) 20.
(C) 10 horas de terça-feira. (D) 30.
(D) 20 horas de terça-feira. (E) 40.
(E) 9 horas de quarta-feira.
08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório –
tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de ferro,
torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
uma com 1,40 metros de comprimento e outra com 2,45
ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em barras
o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço tenha a
maior medida possível. Nessas circunstâncias, o total de possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
ferro, é: de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
(A) 9 número total de grupos formados foi
(B) 11 (A) 8.
(C) 12 (B) 12.
(D) 13 (C) 13.
(D) 15.
05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU- (E) 18.
NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu
fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas 09. (PREF. DE JAMBEIRO – Agente Administrativo –
registradoras foi programada para acender uma luz, em JOTA CONSULTORIA/2016) O MMC(120, 125, 130) é:
intervalos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a (A) 39000
cada 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3, (B) 38000
a luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma (C) 37000
caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com (D) 36000
um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando (E) 35000
as 3 luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era
de 5%. Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia, 10. (MPE/SP – Analista Técnico Científico – VU-
as luzes das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então NESP/2016) Pretende-se dividir um grupo de 216 pessoas,
é verdade que o número máximo de premiações de 5% sendo 126 com formação na área de exatas e 90 com for-
de desconto que esse mercado poderia ter dado aos seus mação na área de humanas, em grupos menores contendo,
clientes, das 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia, obrigatoriamente, elementos de cada uma dessas áreas, de
seria igual a modo que: (1) o número de grupos seja o maior possível;
(A) 8. (2) cada grupo tenha o mesmo número x de pessoas com
(B) 10. formação na área de exatas e o mesmo número y de pes-
(C) 21. soas com formação na área de humanas; e (3) cada uma
(D) 27. das 216 pessoas participe de um único grupo. Nessas con-
(E) 33. dições, e sabendo-se que no grupo não há pessoa com

9
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

ambas as formações, é correto afirmar que, em cada novo 140/35=4


grupo, a diferença entre os números de pessoas com for- 245/35=7
mação em exatas e em humanas, nessa ordem, será igual a Portanto, serão 11 pedaços.
(A) 1
(B) 2 05. Resposta: D.
(C) 3
(D) 4
(E) 5

RESPOSTAS

01. Resposta: E.
Mmc(15, 30, 45)=90 minutos
Ou seja, a cada 1h30 minutos tem premiações.
Das 9 ate as 21h30min=12h30 minutos

9 vezes no total, pois as 9 horas acendeu.


Como são 3 premiações: 9x3=27

Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210 06. Resposta: C.

02. Resposta: E.

Mmc(6,8)=24
Para o cálculo do mdc, devemos multiplicar os comuns:
MDC(24,60)=2²⋅3=12

Mdc(30, 36, 72) =2x3=6


Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60 Portanto: 24/6=4
2A+3B=24+180=204
07. Resposta: E.
03. Resposta: D.
Mmc(3, 4, 5)=60
60/24=2 dias e 12horas
Como foi no domingo às 8h d amanhã, a próxima ali-
mentação será na terça às 20h.

04. Resposta: B.
MDC(120,160)=8x5=40
Mdc=5⋅7=35

10
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

08. Resposta:B.
2 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E
PROBABILIDADE.
3 ARRANJOS E PERMUTAÇÕES.
4 COMBINAÇÕES.

Análise Combinatória
MDC(84,96)=2²x3=12
A Análise Combinatória é a área da Matemática que
09. Resposta: A. trata dos problemas de contagem.

Princípio Fundamental da Contagem

Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrên-


cia de um evento composto de duas ou mais etapas.
Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a
decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o número
de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.

Exemplo

Mmc(120, 125, 130)=2³.3.5³.13=39000

10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum)

O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(cal-


ças). 3(blusas)=6 maneiras

Fatorial

É comum nos problemas de contagem, calcularmos o


Mdc(90, 125)=2.3²=18 produto de uma multiplicação cujos fatores são números
naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas
90/18 = 5 grupos de humanas
A diferença é de 7-5=2
Arranjo Simples
- eles são múltiplos de 2, pois terminam com números
pares. Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a
E são múltiplos de 3, lembrando que para ser múltiplo p, toda sequência de p elementos distintos de E.
de 3, basta somar os números e ser múltiplo de 3.
36=3+6=9
90=9+0=9
162=1+6+2=9

11
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Exemplo Temos 3P, 2A, 2L e 3 E


Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números
de 2 algarismos distintos podemos formar?

Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distin-
tos, podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada
subconjunto com i elementos é chamado combinação sim-
ples.

Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Solução

Observe que os números obtidos diferem entre si:


Pela ordem dos elementos: 56 e 65
Pelos elementos componentes: 56 e 67
Cada número assim obtido é denominado arranjo sim- Números Binomiais
ples dos 3 elementos tomados 2 a 2. O número de combinações de n elementos, tomados
p a p, também é representado pelo número binomial .
Indica-se

Binomiais Complementares
Permutação Simples Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma
Chama-se permutação simples dos n elementos, qual- dos denominadores é igual ao numerador são iguais:
quer agrupamento(sequência) de n elementos distintos de E.
O número de permutações simples de n elementos é
indicado por Pn.

Relação de Stifel

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO?
Solução
A palavra tem 8 letras, portanto: Triângulo de Pascal

Permutação com elementos repetidos


De modo geral, o número de permutações de n ob-
jetos, dos quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3 são
iguais a C etc.

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?
Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Per-
mutações. Como temos uma letra repetida, esse número
será menor.

12
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

03. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros


diferentes estão distribuídos em uma estante de vidro,
conforme a figura abaixo:

Binômio de Newton
Denomina-se binômio de Newton todo binômio da
forma , com n∈N. Vamos desenvolver alguns bi- Considerando-se essa mesma forma de distribuição,
nômios: de quantas maneiras distintas esses livros podem ser orga-
nizados na estante?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras
(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

04. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação


Observe que os coeficientes dos termos formam o – UTFPR/2017) Em um carro que possui 5 assentos, irão
triângulo de Pascal. viajar 4 passageiros e 1 motorista. Assinale a alternativa
que indica de quantas maneiras distintas os 4 passageiros
podem ocupar os assentos do carro.
(A) 13.
(B) 26.
(C) 17.
(D) 20.
(E) 24.
Questões
05. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação –
01. (UFES - Assistente em Administração – UTFPR/2017) A senha criada para acessar um site da inter-
UFES/2017) Uma determinada família é composta por net é formada por 5 dígitos. Trata-se de uma senha alfanu-
pai, por mãe e por seis filhos. Eles possuem um automó- mérica. André tem algumas informações sobre os números
vel de oito lugares, sendo que dois lugares estão em dois e letras que a compõem conforme a figura.
bancos dianteiros, um do motorista e o outro do carona, e
os demais lugares em dois bancos traseiros. Eles viajarão
no automóvel, e o pai e a mãe necessariamente ocuparão
um dos dois bancos dianteiros. O número de maneiras de
dispor os membros da família nos lugares do automóvel é
igual a:

(A) 1440 Sabendo que nesta senha as vogais não se repetem e


(B) 1480 também não se repetem os números ímpares, assinale a
(C) 1520 alternativa que indica o número máximo de possibilidades
(D) 1560 que existem para a composição da senha.
(E) 1600 (A) 3125.
(B) 1200.
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) To- (C) 1600.
mando os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, quantos números (D) 1500.
pares de 4 algarismos distintos podem ser formados? (E) 625.

(A) 120. 06. (CELG/GT/GO – Analista de Gestão – CSUF-


(B) 210. GO/2017) Uma empresa de limpeza conta com dez faxi-
(C) 360. neiras em seu quadro. Para atender três eventos em dias
(D) 630. diferentes, a empresa deve formar três equipes distintas,
(E) 840. com seis faxineiras em cada uma delas. De quantas manei-
ras a empresa pode montar essas equipes?

13
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(A) 210 04. Resposta: E.


(B) 630 P4=4!= 4⋅3⋅2⋅1=24
(C) 15.120
(D) 9.129.120 05. Resposta: B.
Vogais: a, e, i, o, u
07. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/ Números ímpares: 1,3,5,7,9
IAUPE – 2017) No carro de João, tem vaga apenas para
3 dos seus 8 colegas. De quantas formas diferentes, João
pode escolher os colegas aos quais dá carona?
(A) 56
(B) 84
(C) 126 5⋅5⋅4⋅4⋅3=1200
(D) 210
(E) 120 06. Resposta: D.

08. (UPE – Técnico em Administração – UPENET/


IAUPE – 2017) Num grupo de 15 homens e 9 mulheres,
quantos são os modos diferentes de formar uma comissão Como para os três dias têm que ser diferentes:
composta por 2 homens e 3 mulheres? __ __ __
(A) 4725 210⋅209⋅208=9129120
(B) 12600
(C) 3780 07. Resposta: A.
(D) 13600
(E) 8820

09. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Um


torneio de futebol de várzea reunirá 50 equipes e cada
equipe jogará apenas uma vez com cada uma das outras. 08. Resposta: E.
Esse torneio terá a seguinte quantidade de jogos:
(A) 320.
(B) 460.
(C) 620.
(D) 1.225.
(E) 2.450.

10. (IFAP – Engenheiro de Segurança do Trabalho 09. Resposta: D.


– FUNIVERSA/2016) Considerando-se que uma sala de
aula tenha trinta alunos, incluindo Roberto e Tatiana, e que
a comissão para organizar a festa de formatura deva ser
composta por cinco desses alunos, incluindo Roberto e Ta-
tiana, a quantidade de maneiras distintas de se formar essa 10. Resposta: D.
comissão será igual a:
(A) 3.272. Roberto Tatiana __ ___ ___
(B) 3.274.
(C) 3.276. São 30 alunos, mas vamos tirar Roberto e Tatiana que
(D) 3.278. terão que fazer parte da comissão.
(E) 3.280. 30-2=28

Respostas

01. Resposta: A.
P2⋅P6=2!⋅6!=2⋅720=1440
Experimento Aleatório
02. Resposta: C.
__ ___ __ __ Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im-
6⋅ 5⋅ 4⋅ 3=360 previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado.
03. Resposta: E.
P6=6!=6⋅5⋅4⋅3⋅2⋅1=720

14
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Espaço Amostral Note que


Num experimento aleatório, o conjunto de todos os
resultados possíveis é chamado espaço amostral, que se
indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face volta- Exemplo
da para cima, tem-se: Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas
E={1,2,3,4,5,6} coloridas. Sabe-se que a probabilidade de ter sido retira-
No lançamento de uma moeda, observando a face vol- da uma bola vermelha é Calcular a probabilidade de ter
tada para cima: sido retirada uma bola que não seja vermelha.
E={Ca,Co}
Solução
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que são complementares.
E={1,2,3,4,5,6}
Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento {5}:
Ocorrer um número par, tem-se {2,4,6}.

Exemplo Adição de probabilidades


Considere o seguinte experimento: registrar as faces Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E,
voltadas para cima em três lançamentos de uma moeda. finito e não vazio. Tem-se:

a) Quantos elementos tem o espaço amostral?


b) Descreva o espaço amostral. Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de
Solução se obter um número par ou menor que 5, na face superior?
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lan-
çamento, há duas possibilidades. Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
2x2x2=8 Sejam os eventos
b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(- A={2,4,6} n(A)=3
C,R,R),(R,R,R)} B={1,2,3,4} n(B)=4

Probabilidade
Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.

Probabilidade Condicional
Eventos complementares É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A ocorreu o evento B, definido por:
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}

15
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Eventos Simultâneos (D) 0,7


Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espa- (E) 0,8
ço amostral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por: 06. (PREF. DE PIRAUBA/MG – Assistente Social –
MSCONCURSOS/2017) A probabilidade de qualquer uma
das 3 crianças de um grupo soletrar, individualmente, a
palavra PIRAÚBA de forma correta é 70%. Qual a probabili-
Questões dade das três crianças soletrarem essa palavra de maneira
errada?
01. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Em (A) 2,7%
cada um de dois dados cúbicos idênticos, as faces são nu- (B) 9%
meradas de 1 a 6. Lançando os dois dados simultaneamen- (C) 30%
te, cuja ocorrência de cada face é igualmente provável, a (D) 35,7%
probabilidade de que o produto dos números obtidos seja
um número ímpar é de: 07. (UFTM – Tecnólogo – UFTM/2016) Lançam-se si-
(A) 1/4. multaneamente dois dados não viciados, a probabilidade
(B) 1/3. de que a soma dos resultados obtidos seja nove é:
(C) 1/2. (A) 1/36
(D) 2/3. (B) 2/36
(E) 3/4. (C) 3/36
(D) 4/36
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
- MSCONCURSOS/2017) A uma excursão, foram 48 pes- 08. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
soas, entre homens e mulheres. Numa escolha ao acaso, a AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, es-
probabilidade de se sortear um homem é de 5/12 . Quan- condia seu dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um
tas mulheres foram à excursão? carro velho fora de uso, que mantinha no fundo de sua
casa. Certo dia, o empresário se gabava de sua inteligência
(A) 20
ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto um
(B) 24
ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha
(C) 28
tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um
(D) 32
dos pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a pro-
babilidade de ele ter roubado o pneu certo?
03. (UPE – Técnico em Administração – UPE-
(A) 0,20.
NET/2017) Qual a probabilidade de, lançados simulta- (B) 0,23.
neamente dois dados honestos, a soma dos resultados ser (C) 0,25.
igual ou maior que 10? (D) 0,27.
(A) 1/18 (E) 0,30.
(B) 1/36
(C) 1/6 09. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Em
(D) 1/12 uma urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Re-
(E) ¼ tiram-se aleatoriamente, em sequência e sem reposição,
duas bolas da urna.
04. (UPE – Técnico em Administração – UPE-
NET/2017) Uma pesquisa feita com 200 frequentadores A probabilidade de que o número da segunda bola re-
de um parque, em que 50 não praticavam corrida nem ca- tirada da urna seja par é:
minhada, 30 faziam caminhada e corrida, e 80 exercitavam (A) 1/2;
corrida, qual a probabilidade de encontrar no parque um (B) 3/7;
entrevistado que pratique apenas caminhada? (C) 4/7;
(A) 7/20 (D) 7/15;
(B) 1/2 (E) 8/15.
(C)1/4
(D) 3/20 10. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016)
(E) 1/5 Lançando uma moeda não viciada por três vezes consecu-
tivas e anotando seus resultados, a probabilidade de que a
05. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – face voltada para cima tenha apresentado ao menos uma
IBFC/2017) A probabilidade de se sortear um número cara e ao menos uma coroa é:
múltiplo de 5 de uma urna que contém 40 bolas numera- (A) 0,66.
das de 1 a 40, é: (B) 0,75.
(A) 0,2 (C) 0,80.
(B) 0,4 (D) 0,98.
(C) 0,6 (E) 0,50.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Respostas 08. Resposta: C.


A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o
01. Resposta: A. dinheiro está em 1.
Para o produto ser ímpar, a única possibilidade, é que 1/4=0,25
os dois dados tenham ímpar: 09. Resposta: D.
Temos duas possibilidades
As bolas serem par/par ou ímpar/par
Ser par/par:

02. Resposta: C. Os números pares são: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14


Como para homens é de 5/12, a probabilidade de es-
colher uma mulher é de 7/12

Ímpar/par:

Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15


12x=336
X=28

03. Resposta: C.
P=6x6=36 A probabilida de é par/par OU ímpar/par
Pra ser maior ou igual a 10:
4+6
5+5
5+6
6+4
6+5 10. Resposta: B.
6+6 São seis possibilidades:
Cara, coroa, cara

04. Resposta: A.
Praticam apenas corrida: 80-30=50 Cara, coroa, coroa
Apenas caminhada:x
X+50+30+50=200
70
P=70/200=7/20
Cara, cara, coroa
05. Resposta: A.
M5={5,10,15,20,25,30,35,40}
P=8/40=1/5=0.2

06. Resposta:A. Coroa, cara, cara


A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
__ __ __
0,3⋅0,3⋅0,3=0,027=2,7%

07. Resposta: D. Coroa, coroa, cara


Para dar 9, temos 4 possibilidades Coroa, cara, coroa
3+6
6+3
4+5
5+4

P=4/36

17
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3


5 CONJUNTOS NUMÉRICOS esteja em proporção com 4/6.
(NÚMEROS NATURAIS,
INTEIROS, RACIONAIS E REAIS) E Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS.

“Prezado Candidato, o tópico acima foi abordado .


na íntegra em: 1 Operações, propriedades e aplicações
(soma, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e Segunda propriedade das proporções
radiciação).” Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença
dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou para
o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos
dois últimos termos está para o terceiro, ou para o quarto
6 RAZÕES E PROPORÇÕES (GRANDEZAS termo. Então temos:
DIRETAMENTE PROPORCIONAIS,
GRANDEZAS INVERSAMENTE
PROPORCIONAIS, PORCENTAGEM, REGRAS    
DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS).
  ou     

Razão

Chama-se de razão entre dois números racionais a e Ou


b, com b 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a
para b por a/b  ou a : b. 
Exemplo: 
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25
moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e o      ou   
número de moças. (lembrando que razão é divisão) 

  

Terceira propriedade das proporções


Proporção Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença
dos antecedentes está para a soma ou a diferença dos con-
Proporção é a igualdade entre duas razões. A propor- sequentes, assim como cada antecedente está para o seu
ção entre A/B e C/D é a igualdade: respectivo consequente. Temos então:

    

Propriedade fundamental das proporções  ou    


Numa proporção:
 
Ou

Os números A e D são denominados extremos enquan-


to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o     
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:  ou  
AxD=BxC
   
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:

18
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Grandezas Diretamente Proporcionais A solução segue das propriedades das proporções:

Duas grandezas variáveis dependentes são diretamen-


te proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª
grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes
da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto: Exemplo
Quanto mais.....mais.... Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria.
Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ga-
Exemplo nhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada
Distância percorrida e combustível gasto um, se o combinado entre os dois foi de dividirem o prê-
mio de forma diretamente proporcional?
Distância(km) Combustível(litros)
13 1
26 2
39 3
52 4

Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?


Diretamente proporcionais Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.
Se eu dobro a distância, dobra o combustível
Inversamente Proporcionais
Grandezas Inversamente Proporcionais Para decompor um número M em n partes X1, X2, ...,
Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decom-
Duas grandezas variáveis dependentes são inversa- por este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente
mente proporcionais quando a razão entre os valores da proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn.
1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores A montagem do sistema com n equações e n incógni-
correspondentes da 2ª. tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso
Quanto mais....menos...

Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:

cuja solução segue das propriedades das proporções:


Velocidade (m/s) Tempo (s)
5 200
8 125
10 100 QUESTÕES
16 62,5
01. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-
20 50
TO AOCP/2017) João e Marcos resolveram iniciar uma so-
ciedade para fabricação e venda de cachorro quente. João
Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo??
iniciou com um capital de R$ 30,00 e Marcos colaborou
Inversamente proporcional
com R$ 70,00. No primeiro final de semana de trabalho, a
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela me-
arrecadação foi de R$ 240,00 bruto e ambos reinvestiram
tade.
R$ 100,00 do bruto na sociedade, restando a eles R$ 140,00
de lucro. De acordo com o que cada um investiu inicial-
Diretamente Proporcionais
mente, qual é o valor que João e Marcos devem receber
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn di-
desse lucro, respectivamente?
retamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
(A) 30 e 110 reais.
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas
(B) 40 e 100 reais.
X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.
(C) 42 e 98 reais.
(D) 50 e 90 reais.
(E) 70 e 70 reais.

19
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Em uma 06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
empresa, trabalham oito funcionários, na mesma função, NESP/2017) Sabe-se que 16 caixas K, todas iguais, ou 40
mas com cargas horárias diferentes: um deles trabalha 32 caixas Q, todas também iguais, preenchem totalmente cer-
horas semanais, um trabalha 24 horas semanais, um tra- to compartimento, inicialmente vazio. Também é possível
balha 20 horas semanais, três trabalham 16 horas sema- preencher totalmente esse mesmo compartimento com-
nais e, por fim, dois deles trabalham 12 horas semanais. pletamente vazio utilizando 4 caixas K mais certa quantida-
No final do ano, a empresa distribuirá um bônus total de de de caixas Q. Nessas condições, é correto afirmar que o
R$ 74.000,00 entre esses oito funcionários, de forma que número de caixas Q utilizadas será igual a
a parte de cada um seja diretamente proporcional à sua (A) 10.
carga horária semanal. (B) 28.
Dessa forma, nessa equipe de funcionários, a diferença (C) 18.
entre o maior e o menor bônus individual será, em R$, de (D) 22.
(A) 10.000,00. (E) 30.
(B) 8.000,00.
(C) 20.000,00. 07. (IPRESB/SP – Agente Previdenciário – VU-
(D) 12.000,00. NESP/2017) A tabela, onde alguns valores estão substituí-
(E) 6.000,00. dos por letras, mostra os valores, em milhares de reais, que
eram devidos por uma empresa a cada um dos três forne-
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- cedores relacionados, e os respectivos valores que foram
NESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas entrevis- pagos a cada um deles.
tas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi
composta da seguinte maneira: Fornecedor A B C
Valor pago 22,5 X 37,5
– 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;
– 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados Valor devido Y 40 z
da Região Sudeste.
Sabe-se que os valores pagos foram diretamente pro-
Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o nú- porcionais a cada valor devido, na razão de 3 para 4. Nes-
mero de entrevistas realizadas em São Paulo e o número sas condições, é correto afirmar que o valor total devido a
total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de esses três fornecedores era, antes dos pagamentos efetua-
(A) 8 para 5. dos, igual a
(B) 5 para 8. (A) R$ 90.000,00.
(C) 5 para 7. (B) R$ 96.500,00.
(D) 3 para 5. (C) R$ 108.000,00.
(E) 3 para 8. (D) R$ 112.500,00.
(E) R$ 120.000,00.
04. (UNIRV/60 – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-
GO/2017) Em relação à prova de matemática de um con- 08. (DPE/RS - Analista - FCC/2017) A razão entre as
curso, Paula acertou 32 das 48 questões da prova. A razão alturas de dois irmãos era 3/4 e, nessa ocasião, a altura
entre o número de questões que ela errou para o total de do irmão mais alto era 1,40 m. Hoje, esse irmão mais alto
questões da prova é de cresceu 10 cm. Para que a razão entre a altura do irmão
(A) 2/3 mais baixo e a altura do mais alto seja hoje, igual a 4/5 , é
necessário que o irmão mais baixo tenha crescido, nesse
(B) 1/2
tempo, o equivalente a
(C) 1/3
(A) 13,5 cm.
(D) 3/2
(B) 10,0 cm.
(C) 12,5 cm.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
(D) 14,8 cm.
GO/2017) José, pai de Alfredo, Bernardo e Caetano, de 2, 5
(E) 15,0 cm.
e 8 anos, respectivamente, pretende dividir entre os filhos a
quantia de R$ 240,00, em partes diretamente proporcionais 09. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
às suas idades. Considerando o intento do genitor, é possí- NESP/2017) O transporte de 1980 caixas iguais foi total-
vel afirmar que cada filho vai receber, em ordem crescente mente repartido entre dois veículos, A e B, na razão direta
de idades, os seguintes valores: das suas respectivas capacidades de carga, em toneladas.
(A) R$ 30,00, R$ 60,00 e R$150,00. Sabe-se que A tem capacidade para transportar 2,2 t, en-
(B) R$ 42,00, R$ 58,00 e R$ 140,00. quanto B tem capacidade para transportar somente 1,8 t.
(C) R$ 27,00, R$ 31,00 e R$ 190,00. Nessas condições, é correto afirmar que a diferença entre
(D) R$ 28,00, R$ 84,00 e R$ 128,00. o número de caixas carregadas em A e o número de caixas
(E) R$ 32,00, R$ 80,00 e R$ 128,00. carregadas em B foi igual a

20
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(A) 304.
(B) 286.
(C) 224.
(D) 216.
(E) 198. Q=30 caixas

10. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016) 07. Resposta: E.


Paulo vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente pro-
porcionais às idades de seus três filhos com idades de 4, 6
e 8 anos respectivamente. Desse modo, o total distribuído
aos dois filhos com maior idade é igual a:
(A) R$2.500,00 Y=90/3=30
(B) R$3.500,00
(C) R$ 1.000,00
(D) R$3.200,00
X=120/4=30

RESPOSTAS

01. Resposta: C.
30k+70k=140 Z=150/3=50
100k=140
K=1,4 Portanto o total devido é de: 30+40+50=120000
30⋅1,4=42
70⋅1,4=98 08. Resposta: E.

02. Resposta: A.
Vamos dividir o prêmio pelas horas somadas
32+24+20+3⋅16+2⋅12=148
74000/148=500 X=1,05
O maior prêmio foi para quem fez 32 horas semanais Se o irmão mais alto cresceu 10cm, está com 1,50
32⋅500=16000
12⋅500=6000
A diferença é: 16000-6000=10000

03. Resposta:B. X=1,20


2500+1500=4000 entrevistas
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm

09. Resposta: E.
04. Resposta: C. 2,2k+1,8k=1980
Se Paula acertou 32, errou 16. 4k=1980
K=495
2,2x495=1089
1980-1089=891
1089-891=198
05. Resposta: E.
2k+5k+8k=240 10. Resposta: B.
15k=240
K=16
Alfredo: 2⋅16=32
Bernardo: 5⋅16=80
Caetano: 8⋅16=128 A+B+C=4500
4p+6p+8p=4500
06. Resposta: E. 18p=4500
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 P=250
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q, B=6p=6x250=1500
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K C=8p=8x250=2000
1500+2000=3500

21
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Regra de três simples Observe que:


Aumentando o número de horas de trabalho, pode-
Regra de três simples é um processo prático para re- mos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação
solver problemas que envolvam quatro valores dos quais é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o
valor a partir dos três já conhecidos. número de caminhões. Portanto a relação é diretamente
proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igua-
Passos utilizados numa regra de três simples: lar a razão que contém o termo x com o produto das outras
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da razões de acordo com o sentido das setas.
mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou in- Horas --------caminhões-----------volume
versamente proporcionais. 8↑----------------20↓----------------------160↓
3º) Montar a proporção e resolver a equação. 5↑------------------x↓----------------------125↓
Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de
400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:
quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade
utilizada fosse de 480km/h?
Horas --------caminhões-----------volume
Solução: montando a tabela: 5----------------20----------------------160
8------------------x----------------------125
1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400-----------------3
480---------------- x

2) Identificação do tipo de relação:


Logo, serão necessários 25 caminhões
Velocidade----------tempo
400↓-----------------3↑
480↓---------------- x↑
QUESTÕES
Obs.: como as setas estão invertidas temos que inver-
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
ter os números mantendo a primeira coluna e invertendo a
segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina-
e o que está em baixo na segunda coluna vai para cima das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba-
Velocidade----------tempo lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra-
400↓-----------------X↓ tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3
480↓---------------- 3↓ dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que
trabalhar para realizar a tarefa é
480x=1200 (A) 6.
X=25 (B) 7.
(C) 8.
Regra de três composta (D) 9.
Regra de três composta é utilizada em problemas com (E) 10.
mais de duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais. 02. (SEPOG – Analista em Tecnologia da Informação
Exemplos: e Comunicação – FGV/2017) Uma máquina copiadora A
faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mes-
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de mo tempo.
areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
para descarregar 125m³? A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
Solução: montando a tabela, colocando em cada co- (B) 46 minutos.
luna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as (C) 48 minutos.
grandezas de espécies diferentes que se correspondem: (D) 50 minutos.
(E) 52 minutos.
Horas --------caminhões-----------volume
8↑----------------20↓----------------------160↑ 03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária
5↑------------------x↓----------------------125↑ - MSCONCURSOS/2017) Para a construção de uma ro-
dovia, 12 operários trabalham 8 horas por dia durante 14
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aque- dias e completam exatamente a metade da obra. Porém, a
la onde está o x. rodovia precisa ser terminada daqui a exatamente 8 dias, e

22
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

então a empresa contrata mais 6 operários de mesma capa- 08. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) A va-
cidade dos primeiros. Juntos, eles deverão trabalhar quantas zão de uma torneira é de 50 litros a cada 3 minutos. O tem-
horas por dia para terminar o trabalho no tempo correto? po necessário para essa torneira encher completamente
(A) 6h 8 min um reservatório retangular, cujas medidas internas são 1,5
(B) 6h 50min metros de comprimento, 1,2 metros de largura e 70 centí-
(C) 9h 20 min metros de profundidade é de:
(D) 9h 33min (A) 1h 16min 00s
(B) 1h 15min 36s
04. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- (C) 1h 45min 16s
NESP/2017 ) Um restaurante “por quilo” apresenta seus (D) 1h 50min 05s
preços de acordo com a tabela: (E) 1h55min 42s

09. (CRMV/SC – Assistente Administrativo – IE-


SES/2017) Trabalhando durante 6 dias, 5 operários produ-
zem 600 peças. Determine quantas peças serão produzidas
por sete operários trabalhando por 8 dias:
Rodolfo almoçou nesse restaurante na última sexta-fei- (A) 1120 peças
ra. Se a quantidade de alimentos que consumiu nesse al- (B) 952 peças
moço custou R$ 21,00, então está correto afirmar que essa (C) 875 peças
quantidade é, em gramas, igual a (D) 1250 peças
(A) 375. 10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
(B) 380. NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6
(C) 420. funcionários, todos com a mesma capacidade de produção,
(D) 425.
trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20
(E) 450.
funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais,
deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
05. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
(A) 48.
NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi totalmente
(B) 50.
embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada saco. Se fos-
(C) 46.
sem colocados apenas 30 kg em cada saco, o número de
sacos necessários para embalar todo o carregamento seria (D) 54.
igual a (E) 52.
(A) 420.
(B) 375. RESPOSTAS
(C) 370.
(D) 345. 01. Resposta: C.
(E) 320. ↑Apostilas ↑ horas dias↓
300------------------5--------------4
360-----------------x----------------3
06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV-
GO/2017) Quarenta e oito funcionários de uma certa em- ↑Apostilas ↑ horas dias↑
presa, trabalhando 12 horas por dia, produzem 480 bolsas 300------------------5--------------3
por semana. Quantos funcionários a mais, trabalhando 15 360-----------------x----------------4
horas por dia, podem assegurar uma produção de 1200
bolsas por semana?
(A) 48
(B) 96
(C) 102 900x=7200
(D) 144 X=8

07. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- 02. Resposta: D.


GO/2017) Durante 90 dias, 12 operários constroem uma Como a máquina A faz 20% a mais:
loja. Qual o número mínimo de operários necessários para Em 1 hora a máquina A faz 120 cópias.
fazer outra loja igual em 60 dias? 120------60 minutos
(A) 8 operários. 10-------x
(B) 18 operários. X=50 minutos
(C) 14 operários.
(D) 22 operários. 03. Resposta: C.
(E) 25 operários ↑Operário ↓horas dias↑

23
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

12--------------8------------14 08. Resposta: B.


18----------------x------------8 V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
Quanto mais horas, menos operários 50litros-----3 min
Quanto mais horas, menos dias 1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min

8⋅18x=14⋅12⋅8 09. Resposta: A.


X=9,33h ↑Dias ↑ operários peças↑
9 horas e 1/3 da hora 6-------------5---------------600
1/3 de hora é equivalente a 20 minutos 8--------------7---------------x
9horas e 20 minutos

04. Resposta:C.
12,50------250
21----------x 30x=33600
X=5250/12,5=420 gramas X=1120

10. Resposta: D.
05. Resposta: E.
Sacos kg Como o exercício pede em minutos, vamos transfor-
240----40 mar 3 horas em minutos
x----30
3x60=180 minutos
Quanto mais sacos, menos areia foi colocada(inversa- ↑Funcionários minutos↓
mente) 6------------180
20-------------x
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois
quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
30x=9600 ↑Funcionários minutos↑
X=320 6------------x
06. Resposta: A. 20-------------180
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓ 20x=6.180
48------------------------12-----------480 20x=1040
x-----------------------------15----------1200 X=54 minutos
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas Porcentagem

Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100,


seu símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que
X=96 funcionários a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas,
Precisam de mais 48 funcionários em máquinas de calcular, etc.
Os acréscimos e os descontos é importante saber por-
07. Resposta: B. que ajuda muito na resolução do exercício.
Operários dias
12-----------90 Acréscimo
x--------------60 Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-
Quanto mais operários, menos dias (inversamente pro- minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
porcional) plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
por diante. Veja a tabela abaixo:

Fator de
60x=1080 Acréscimo ou Lucro
Multiplicação
X=18 10% 1,10

24
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67 Resposta: C.
 
Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:  QUESTÕES

01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária


- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que
Desconto custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação,
No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli- com um desconto de 40%. Marta queria comprar essa te-
cação será: levisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na for- vendedor propôs que ela desse um cheque para 15 dias,
ma decimal) pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquida-
Veja a tabela abaixo: ção. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de:
(A) R$1120,00
(B) R$1056,00
Fator de (C) R$960,00
Desconto (D) R$864,00
Multiplicação
10% 0,90
25% 0,75 02. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) A equipe de
34% 0,66 segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmen-
60% 0,40 te cerca de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio
nas cercanias desse prédio, identificando os criminosos e
90% 0,10
os encaminhando às autoridades competentes. Após uma
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:  reestruturação dos procedimentos de segurança, a mes-
ma equipe conseguiu aumentar o percentual de resolução
mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de
Chamamos de lucro em uma transação comercial de 63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação,
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o a equipe de segurança aumentou sua eficácia no combate
ao dano ao patrimônio em
preço de custo.
(A) 35%.
Lucro=preço de venda -preço de custo
(B) 28%.
(C) 63%.
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem
(D) 41%.
de duas formas:
(E) 80%.

03. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Três ir-


mãos, André, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia he-
rança constituída pelas seguintes joias: um bracelete de
ouro, um colar de pérolas e um par de brincos de diamante.
A tia especificou em testamento que as joias não deveriam
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala ser vendidas antes da partilha e que cada um deveria ficar
de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está com uma delas, mas não especificou qual deveria ser dada
com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe, a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um
o menor valor possível para x é igual a recebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam
(A) 8. que as joias tinham valores diferentes entre si e, além disso,
(B) 15. tinham diferentes opiniões sobre seus valores. Então, deci-
(C) 10. diram fazer a partilha do seguinte modo:
(D) 6.
(E) 12. − Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um
deveria escrever em um papel três porcentagens, indican-
Resolução do sua avaliação sobre o valor de cada joia com relação ao
45------100% valor total da herança.
X-------60% − A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas
X=27 avaliações.
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles
O menor número de meninas possíveis para ter gripe recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da
é se todos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 herança toda ou mais.
meninas estão.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
joias foi a seguinte: correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
2018 é, em milhões de reais, igual a
(A) 200.
(B) 203.
(C) 195.
(D) 190.
(E) 198.
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clari-
ce recebessem, respectivamente, 08. (CRM/MG – Técnico em Informática- FUN-
(A) o bracelete, os brincos e o colar. DEP/2017) Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom
(B) os brincos, o colar e o bracelete. Preço:
(C) o colar, o bracelete e os brincos. Aproveite a Promoção!
(D) o bracelete, o colar e os brincos. Forno Micro-ondas
(E) o colar, os brincos e o bracelete. De R$ 720,00
Por apenas R$ 504,00
04. (UTFPR – Técnico de Tecnologia da Informação
– UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas Nessa oferta, o desconto é de:
foi alterado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser (A) 70%.
2/ 3 do comprimento original e sua largura foi reduzida e (B) 50%.
passou a ser 3/ 4 da largura original. (C) 30%.
Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo (D) 10%.
original, a área do novo retângulo:
(A) foi aumentada em 50%. 09 (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Consi-
(B) foi reduzida em 50%.
dere que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$
(C) aumentou em 25%.
8,60 e passou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento
(D) diminuiu 25%.
no preço dessa caixa de bombom foi de:
(E) foi reduzida a 15%.
(A) 30%.
(B) 25%.
05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-
(C) 20%.
GO/2017) Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma
editora um lote de apostilas para concursos, cujo valor uni- (D) 15%
tário original é de R$ 60,00. Por ter cadastro no referido
estabelecimento, ele recebeu 30% de desconto na compra. 10. (ANP – Técnico em Regulação de Petróleo e De-
Para revender os materiais, Paulo decidiu acrescentar 30% rivados – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava
sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas condi- vazio e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de
ções, qual será o lucro obtido por unidade? 12 tanques menores, idênticos e cheios.
(A) R$ 4,20. Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50%
(B) R$ 5,46. maior do que a sua capacidade original, o grande tanque
(C) R$ 10,70. seria cheio, sem excessos, após receber todo o conteúdo de
(D) R$ 12,60. (A) 4 tanques menores
(E) R$ 18,00. (B) 6 tanques menores
(C) 7 tanques menores
06. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE- (D) 8 tanques menores
GO/2017) Joana foi fazer compras. Encontrou um vestido (E) 10 tanques menores
de R$ 150,00 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria
um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana pa-
gou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou? RESPOSTAS
(A) R$ 120,00 reais
(B) R$ 112,50 reais 01. Resposta:B.
(C) R$ 127,50 reais Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do produto.
(D) R$ 97,50 reais 1600⋅0,6=960
(E) R$ 90 reais Como vai pagar 10% a mais:
960⋅1,1=1056
07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU- 02. Resposta: E.
NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão 63/35=1,80
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o Portanto teve um aumento de 80%.
primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin- 03. Resposta: D.
te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior Clarice obviamente recebeu o brinco.

26
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou


acima de 30% e André recebeu o bracelete. 7 EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES.

04. Resposta: B.
A=b⋅h
Equação 1º grau
Equação é toda sentença matemática aberta represen-
tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
Portanto foi reduzida em 50% que representam números desconhecidos.
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
05. Resposta: D. chamados coeficientes, com a≠0.
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numé-
valor: rico de x que, substituindo no 1º membro da equação, tor-
60⋅0,7=42 na-se igual ao 2º membro.
Ele revendeu por:
42⋅1,3=54,60 Nada mais é que pensarmos em uma balança.
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60

06. Resposta: D.
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
150⋅0,65=97,50

07. Resposta: C.
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180
milhões e é 10% inferior, no segundo trimestre temos uma
previsão de
180-----90%
x---------100
x=200
A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a
200+180=380 milhões para o primeiro semestre
equação também.
380----95
No exemplo temos:
x----100
3x+300
x=400 milhões
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio?
Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
3x+300=x+1500
780/4trimestres=195 milhões
Quando passamos de um lado para o outro invertemos
08. Resposta: C.
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200
X=600
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%.
Exemplo
OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
errar conforme a pergunta feita.
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao do-
bro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e Pierre.
09. Resposta: B.
Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui a dez
8,6(1+x)=10,75
anos, a idade de Pierre será a metade da idade que Pedro
8,6+8,6x=10,75
tem hoje.
8,6x=10,75-8,6
8,6x=2,15
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje é:
X=0,25=25%
(A) 72;
10. Resposta: D.
(B) 69;
50% maior quer dizer que ficou 1,5
(C) 66;
Quantidade de tanque: x
(D) 63;
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tanques
(E) 60.
1,5x=12
Resolução
X=8

27
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

A ideia de resolver as equações é literalmente colocar Exemplo


na linguagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da
idade que Pedro tem hoje.” , portanto não há solução real.

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da


soma das idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa

Lembrando que:
Pi=Pa+3

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada
real de um número negativo.

Se , há duas soluções iguais:


Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Se , há soluções reais diferentes:
Soma das idades: 10+13+46=69

Resposta: B.

Equação 2º grau Relações entre Coeficientes e Raízes


A equação do segundo grau é representada pela fór- Dada as duas raízes:
mula geral:

Onde a, b e c são números reais,


Soma das Raízes
Discussão das Raízes

1.
1.
Produto das Raízes

Se for negativo, não há solução no conjunto dos


números reais. Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci-
das as raízes
Se for positivo, a equação tem duas soluções:
Podemos escrever a equação da seguinte maneira:

x²-Sx+P=0

28
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Exemplo No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplicação


Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a parte
da incógnita positiva, invertemos o sinal representativo da
Solução desigualdade.
S=x1+x2=-2+7=5
P=x1.x2=-2.7=-14 Exemplo 1
Então a equação é: x²-5x-14=0 4x + 12 > 2x – 2
4x – 2x > – 2 – 12
Exemplo 2x > – 14
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A x > –14/2
soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando x>–7
somamos os quadrados dessas idades, obtemos 1000. A
mais velha das duas tem: Inequação-Produto
(A) 24 anos
(B) 26 anos Quando se trata de inequações-produto, teremos uma
(C) 31 anos desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun-
(D) 33 anos ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo
da desigualdade em cada função e obter a resposta final
Resolução realizando a intersecção do conjunto resposta das funções.
A+J=44 Exemplo
A²+J²=1000
A=44-J a)(-x+2)(2x-3)<0
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0
Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64

Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
Substituindo em A atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
A=44-26=18 nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
Ou A=44-18=26 que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.
Resposta: B. O método de resolução se assemelha muito à resolu-
ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
Inequação analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
Uma inequação é uma sentença matemática expressa dessas funções.
por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação Exemplo
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de desi- Resolva a inequação a seguir:
gualdade. Veja os sinais de desigualdade:

>: maior 
<: menor x-2≠0
≥: maior ou igual  x≠2
≤: menor ou igual 

O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da


equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
tes em cada membro, realizando as operações indicadas.

29
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Portanto: 

S = { x   R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c≤0
ax²+bx+c≠0
Sistema de Inequação do 1º Grau
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por Exemplo
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas.  Resolvendo Inequações
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º grau: Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.

Vamos achar a solução de cada inequação. 

4x + 4 ≤ 0 
4x ≤ - 4 
x ≤ - 4 : 4 
x ≤ - 1 

S1 = {x   R | x ≤ - 1} 

Fazendo o cálculo da segunda inequação temos: 


x + 1 ≤ 0 
x ≤ - 1 

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual. 

S2 = { x   R | x ≤ - 1} 
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação
S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
temos: 
S = S1 ∩ S2
QUESTÕES

01. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária -


MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um nú-
mero natural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes
esse número. Qual é esse número?
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5

30
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- salário líquido recebido nesse mês para pagamento do alu-
NESP/2017) Um carro parte da cidade A em direção à ci- guel, e que poupou 2/5 do que restou. Se Juliano ficou, ain-
dade B pela rodovia que liga as duas cidades, percorre 1/3 da, com R$ 1.620,00 para outros gastos, então o seu salário
do percurso total e para no ponto P. Outro carro parte da bruto do mês de setembro foi igual a
cidade B em direção à cidade A pela mesma rodovia, per- (A) R$ 6.330,00.
corre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a soma (B) R$ 5.625,00.
das distâncias percorridas por ambos os carros até os pon- (C) R$ 5.550,00.
tos em que pararam é igual a 28 km, então a distância entre (D) R$ 5.125,00.
os pontos P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, igual a (E) R$ 4.500,00.
(A) 26.
(B) 24. 8. (SESAU/RO – Técnico em Informática – FUN-
(C) 20. RIO/2017) Daqui a 24 anos, Jovelino terá o triplo de sua ida-
(D) 18. de atual. Daqui a cinco anos, Jovelino terá a seguinte idade:
(E) 16. (A) 12.
(B) 14.
03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- (C) 16.
NESP/2017) Nelson e Oto foram juntos a uma loja de ma- (D) 17.
teriais para construção. Nelson comprou somente 10 uni- (E) 18.
dades iguais do produto P, todas de mesmo preço. Já Oto
comprou 7 unidades iguais do mesmo produto P, e gastou 09. (PREF. DE FAZENDA RIO GRANDE/PR – Profes-
mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se os valo- sor – PUC/2017) A equação 8x² – 28x + 12 = 0 possui raí-
res totais das compras de ambos foram exatamente iguais, zes iguais a x1 e x2. Qual o valor do produto x1 . x2?
então o preço unitário do produto P foi igual a (A) 1/2 .
(A) R$ 225,00. (B) 3.
(B) R$ 200,00. (C) 3/2 .
(C) R$ 175,00. (D) 12.
(D) R$ 150,00. (E) 28.
(E) R$ 125,00.
10 (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Adminis-
04. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni- tração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar
co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Considere para João qual era a sua idade atual, recebi a seguinte res-
a equação dada por 2x² + 12x + 3 = -7. Assinale a alternati- posta:
va que apresenta a soma das duas soluções dessa equação. - O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, di-
(A) 0. minuída do quíntuplo da minha idade há três anos atrás
(B) 1. representa a minha idade atual.
(C) -1. A soma dos algarismos do número que representa, em
(D) 6. anos, a idade atual de João, corresponde a:
(E) -6. (A) 6
(B) 7
05. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- (C) 10
GO/2017) Num estacionamento encontram-se 18 motos, (D) 14
15 triciclos e alguns carros. Se Pedrinho contou um total de
269 rodas, quantos carros tem no estacionamento?
(A) 45 RESPOSTAS
(B) 47
(C) 50 01. Resposta: B.
(D) 52 2x²+3=7x
2x²-7x+3=0
06. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIRV- ∆=49-24=25
GO/2017) O valor de m para que a equação (2m -1) x² - 6x
+ 3 = 0 tenha duas raízes reais iguais é
(A) 3
(B) 2
(C) −1
(D) −6
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.
07. (IPRESB - Agente Previdenciário – VUNESP/2017)
Em setembro, o salário líquido de Juliano correspondeu a
4/5 do seu salário bruto. Sabe-se que ele destinou 2/5 do

31
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

02. Resposta: C. Salario fração


y---------------1
4500---------4/5

Mmc(3,4)=12

4x+3x=336
7x=336
X=48 08. Resposta: D.
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km Idade atual: x
48-28=20 km entre P e Q. X+24=3x
2x=24
03. Resposta:B. X=12
Sendo x o valor do material P Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
10x=7x+600
3x=600 09. Resposta: C.
X=200 ∆=(-28)²-4.8.12
∆=784-384
04. Resposta: E. ∆=400
2x²+12x+10=0
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64

10. Resposta: C.
Atual:x
A soma das duas é -1-5=-6 5(x+8)-5(x-3)=x
5x+40-5x+15=x
05. Resposta:B. X=55
Vamos fazer a conta de rodas: Soma: 5+5=10
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269
4x=269-36-45
4x=188
X=47

06. Resposta: B
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0
36-24m+12=0
-24m=-48
M=2

07. Resposta: B.
Salário liquido: x

10x+6x+40500=25x
9x=40500
X=4500

32
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

8 SISTEMAS DE MEDIDAS.
9 VOLUMES.

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

    Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação

1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. 

Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação

1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.

Volume

Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.
Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam 3
m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

33
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos. 
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo

A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).


É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades

Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo

Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou
30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?

Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem
que ser na mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h 6 minutos 25segundos

34
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação 02. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
inversa. NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma
clínica. Ela saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h
Subtração 15 min. Se ela ficou durante uma hora e meia na clínica,
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as então o tempo gasto no trânsito, no trajeto de ida e volta,
16h 6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minu- foi igual a
tos. Quanto tempo ficou fora? (A) 1/2h.
(B) 3/4h.
(C) 1h.
(D) 1h 15min.
(E) 1 1/2h.

03. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-


NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 li-
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da tros de suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produ-
mesma forma que conta de subtração. ção diária é distribuída em caixinhas P, que recebem 300
1hora=60 minutos mililitros de suco cada uma. Nessas condições, é correto
afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma quan-
tidade de caixinhas P igual a
(A) 25000.
(B) 24500.
(C) 23000.
(D) 22000.
Multiplicação (E) 20500.
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas
04. (UNIRV/GO – Auxiliar de Laboratório – UNIR-
demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?
VGO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400
litros de uma substância líquida em recipientes de 72 cm3
cada um. Sabe-se que cada recipiente, depois de cheio,
tem 80 gramas. A quantidade de toneladas que representa
todos os recipientes cheios com essa substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
Divisão (D) 16000

05. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPE-


GO/2017) João estuda à noite e sua aula começa às
18h40min. Cada aula tem duração de 45 minutos, e o in-
5h 20 minutos :2 tervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há
5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o
término das aulas de João se dá às:
1h 20 minutos, transformamos para minutos (A) 22h30min
:60+20=80minutos (B) 22h40min
(C) 22h50min
QUESTÕES (D) 23h
(E) Nenhuma das anteriores
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá-
rios- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote 06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo-
de 100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km
imprime 5000 folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20 em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
minutos de funcionamento, a máquina A quebra e o servi- 1h20min.
ço restante passa a ser feito pela máquina B, que imprime
4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com
levará para imprimir o restante do lote de folhetos é a época em que era jovem, Arquimedes precisa de mais:
(A) 14 horas e 10 minutos. (A) 10 minutos;
(B) 14 horas e 05 minutos. (B) 7 minutos;
(C) 13 horas e 45 minutos. (C) 5 minutos;
(D) 13 horas e 30 minutos. (D) 3 minutos;
(E) 13 horas e 20 minutos. (E) 2 minutos.

35
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000
FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um ho- 4500-------48
rário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem 75000------x
trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho a uma X=3600000/4500=800 minutos
velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito 800/60=13,33h
intenso e gastou 48min. 13 horas e 1/3 hora
13h e 20 minutos
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(A) 36;
(B) 40;
(C) 48;
(D) 50;
(E) 60.
02. Resposta: C.
08. (EMDEC - Assistente Administrativo Jr – Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida
IBFC/2016) Carlos almoçou em certo dia no horário das e volta demorou 1 hora.
12:45 às 13:12. O total de segundos que representa o tem-
po que Carlos almoçou nesse dia é: 03. Resposta:A.
(A) 1840 4500/3=1500 litros para as caixinhas
(B) 1620 1500litros=1500000ml
(C) 1780 1500000/300=5000 caixinhas por dia
(D) 2120 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias

09. (ANP – Técnico Administrativo – CESGRAN- 04. Resposta:A.


14400litros=14400000 ml
RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de
abastecimento com 36.000 litros de gasolina em seu re-
servatório. Parte dessa gasolina é transferida para dois tan-
ques de armazenamento, enchendo-os completamente.
Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 m3, e esta-
200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas
vam, inicialmente, vazios.
Após a transferência, quantos litros de gasolina resta-
05. Resposta: B.
ram no caminhão-tanque? 5⋅45=225 minutos de aula
(A) 35.722,00 225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
(B) 8.200,00 de intervalo=4horas
(C) 3.577,20 18:40+4h=22h:40
(D) 357,72
(E) 332,20 06. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos
10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45 15km-------105
m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem 40 1--------------x
cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas cordas em X=7 minutos
pedaços de 40 cm de comprimento e assim conseguiu obter
(A) 6 pedaços. 1h20min=60+20=80min
(B) 8 pedaços.
(C) 9 pedaços. 8km----80
(D) 5 pedaços. 1-------x
(E) 7 pedaços. X=10minutos

A diferença é de 3 minutos
RESPOSTAS
07. Resposta: B.
01. Resposta: E. V------80min
3h 20 minutos-200 minutos V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
5000-----40 mente)
x----------200
x=1000000/40=25000

36
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

80v=48V+960 Agora, vamos pensar em uma outra frase:


32V=960 O dobro de 1 é 2?
V=30km/h Sim, correto?
Correto. Mas é uma proposição?
30km----60 min Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos
x-----------80 declarar se é falso ou verdadeiro.

Bruno, vá estudar.
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto, não
60x=2400 é proposição.
X=40km
Passei!
08 Resposta: B. Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos
12:45 até 13:12 são 27 minutos de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque
27x60=1620 segundos é uma sentença exclamativa.
Vamos ver alguns princípios da lógica:
09. Resposta: B.
1m³=1000litros
I. Princípio da não Contradição: uma proposição não
36000/1000=36 m³
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
10.Resposta: E.
“ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se
1,7m=170cm
sempre um desses casos e nunca um terceiro caso.
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25 Valor Lógico das Proposições
4+3=7 Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição a
verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se
a proposição é falsa (F).

Exemplo
10 COMPREENSÃO DE ESTRUTURAS p: Thiago é nutricionista.
V(p)= V essa é a simbologia para indicar que o valor
LÓGICAS.
lógico de p é verdadeira, ou
V(p)= F

Proposição Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-


Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
que exprimem um pensamento de sentido completo. lógico falso.

Nossa professora, bela definição! Classificação


Não entendi nada!
Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que posição como parte integrante de si mesma. São geral-
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
também no sentido lógico. E depois da letra colocamos “:”
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda- Exemplo:
deira ou falsa. p: Marcelo é engenheiro
q: Ricardo é estudante
Exemplos:
(A) A Terra é azul. Proposição composta: combinação de duas ou mais
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
uma proposição. las P, Q, R, S,...
(B) >2
Exemplo:
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico falso. P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.
Todas elas exprimem um fato.

37
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Se quisermos indicar quais proposições simples fazem - Disjunção


parte da proposição composta:

P(p,q)

Se pensarmos em gramática, teremos uma proposição p: Vitor gosta de estudar.


composta quando tiver mais de um verbo e proposição q: Vitor gosta de trabalhar
simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que para
ser proposição, temos que conseguir definir o valor lógico. p∨q: Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de traba-
lhar.
Conectivos
Agora vamos entrar no assunto mais interessante: o - Disjunção Exclusiva
que liga as proposições.
Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co- Extensa: Ou...ou...
nectivos vem a parte prática. Símbolo: ∨
Definição p: Vitor gosta de estudar.
Palavras que se usam para formar novas proposições, q: Vitor gosta de trabalhar
a partir de outras.
p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra-
Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma balhar.
coisa?
Sim, vão conectar as proposições, mas cada conetivo -Condicional
terá um nome, vamos ver? Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne-
cessária
-Negação
Símbolo: →

Exemplos
p→q: Se chove, então faz frio.
p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
Exemplo
p: Lívia é estudante. p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
~p: Lívia não é estudante. p→q: É necessário que faça frio para que chova.
p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.
q: Pedro é loiro.
¬q: É falso que Pedro é loiro. -Bicondicional
Extenso: se, e somente se, ...
r: Érica lê muitos livros. Símbolo:↔
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros.
p: Lucas vai ao cinema
s: Cecilia é dentista. q: Danilo vai ao cinema.
¬s: É mentira que Cecilia é dentista.
p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai
-Conjunção ao cinema.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
mática – São Paulo: Nobel – 2002.

Nossa, são muitas formas de se escrever com a con- QUESTÕES


junção.
Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais: “e”, 01. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
“mas”, “porém” FCM/2017) Considere que os valores lógicos de p e q são
V e F, respectivamente, e avalie as proposições abaixo.
Exemplos I- p → ~(p ∨ ~q) é verdadeiro
p: Vinícius é professor. II- ~p → ~p ∧ q é verdadeiro
q: Camila é médica. III- p → q é falso
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica. IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q é falso
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. Está correto apenas o que se afirma em:

38
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(A) I e III. (C) Jorge Amado não foi um grande escritor baiano.
(B) I, II e III. (D) Queimem os seus livros.
(C) I e IV.
(D) II e III. 05. (EBSERH – Médico – IBFC/2017) Sabe-se que p,
(E) III e IV. q e r são proposições compostas e o valor lógico das pro-
posições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico
02. (TERRACAP – Técnico Administrativo – QUA- da proposição r na proposição composta {[q v (q ^ ~p)] v r}
DRIX/2017) Sabendo-se que uma proposição da forma cujo valor lógico é verdade, é:
“P→Q” — que se lê “Se P, então Q”, em que P e Q são
proposições lógicas — é Falsa quando P é Verdadeira e Q é (A) falso
Falsa, e é Verdadeira nos demais casos, assinale a alternati- (B) inconclusivo
va que apresenta a única proposição Falsa. (C) verdade e falso
(D) depende do valor lógico de p
(E) verdade
(A) Se 4 é um número par, então 42 + 1 é um número
primo.
06. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS-
(B) Se 2 é ímpar, então 22 é par. CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é clas-
(C) Se 7 × 7 é primo, então 7 é primo. sificada como uma proposição simples?
(D) Se 3 é um divisor de 8, então 8 é um divisor de 15.
(E) Se 25 é um quadrado perfeito, então 5 > 7. (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
(B) Ele é goleiro do Bangu.
03. (IFBAIANO – Assistente Social – FCM/2017) (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
Segundo reportagem divulgada pela Globo, no dia (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
17/05/2017, menos de 40% dos brasileiros dizem praticar
esporte ou atividade física, segundo dados da Pesquisa Na- 07.(EBSERH – Assistente Administrativo –
cional por Amostra de Domicílios (Pnad)/2015. Além disso, IBFC/2017) Assinale a alternativa incorreta com relação
concluiu-se que o número de praticantes de esporte ou de aos conectivos lógicos:
atividade física cresce quanto maior é a escolaridade. (A) Se os valores lógicos de duas proposições forem
(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/me- falsos, então a conjunção entre elas têm valor lógico falso.
nos-de-40-dos-brasileiros-dizem-praticar-esporte-ou-ati- (B) Se os valores lógicos de duas proposições forem
vidade-fisica-futebol-e-caminhada-lideram-praticas.ghtml. falsos, então a disjunção entre elas têm valor lógico falso.
Acesso em: 23 abr. 2017). (C) Se os valores lógicos de duas proposições forem
Com base nessa informação, considere as proposições falsos, então o condicional entre elas têm valor lógico ver-
p e q abaixo: dadeiro.
(D) Se os valores lógicos de duas proposições forem fal-
p: Menos de 40% dos brasileiros dizem praticar esporte sos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico falso.
ou atividade física (E) Se os valores lógicos de duas proposições forem
q: O número de praticantes de esporte ou de atividade falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
física cresce quanto maior é a escolaridade verdadeiro.

08. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de


Considerando as proposições p e q como verdadeiras,
direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou
avalie as afirmações feitas a partir delas.
sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu-
mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e
I- p ∧ q é verdadeiro as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu
II- ~p ∨ ~q é falso vocabulário particular constava, por exemplo:
III- p ∨ q é falso
IV- ~p ∧ q é verdadeiro P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
Está correto apenas o que se afirma em: R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
são no regime fechado.
(A) I e II. S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
(B) II e III.
(C) III e IV. Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não re-
(D) I, II e III. cordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
(E) II, III e IV. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue
o item que se segue.
04. (UFSBA - Administrador – UFMT /2017) Assinale A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B,
a alternativa que NÃO apresenta uma proposição. não será necessariamente encarcerado nem poderá pagar
fiança” pode ser corretamente simbolizada na forma (P∧-
(A) Jorge Amado nasceu em Itabuna-BA. Q)→((~R)∨(~S)).
(B) Antônio é produtor de cacau. ( )Certo ( )Errado

39
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

09. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Administrador - (D) F→F


PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere-se a seguinte V
proposição: “Se chove, então Mariana não vai ao deserto”.
Com base nela é logicamente correto afirmar que: (E) V→F
(A) Chover é condição necessária e suficiente para Ma- F
riana ir ao deserto.
(B) Mariana não ir ao deserto é condição suficiente 03. Resposta: A.
para chover. p∧q é verdadeiro
(C) Mariana ir ao deserto é condição suficiente para ~p∨~q
chover. F∨F
(D) Não chover é condição necessária para Mariana ir F
ao deserto. p∨q
V∨V
10. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi- V
nistração – PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere-
-se a seguinte proposição: ~p∧q
F∧V
P: João é alto ou José está doente. F
O conectivo utilizado na proposição composta P cha- 04. Resposta: D.
ma-se: As frases que você não consegue colocar valor lógico
(A) disjunção (V ou F) não são proposições.
(B) conjunção Sentenças abertas, frases interrogativas, exclamativas,
(C) condicional imperativas
(D) bicondicional
05. Resposta: E.
Sabemos que p e q são falsas.
RESPOSTAS
q∧~p =F
q∨( q∧~p)
01. Resposta: D.
F∨F
I- p → ~(p ∨ ~q)
(V) →~(V∨V) F
V→F Como a proposição é verdadeira, R deve ser verdadeira
F para a disjunção ser verdadeira.

II- ~p → ~p ∧ q 06. Resposta: D.


F→F∧V A única que conseguimos colocar um valor lógico.
F→F A C é uma proposição composta.
V
07. Resposta: D.
III- p → q Observe que as alternativas D e E são contraditórias,
V→F portanto uma delas é falsa.
F Se as duas proposições têm o mesmo valor lógico, a
bicondicional é verdadeira.
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q
~(F∨F) →V∧V 08. Resposta: Errado.
V→V “...encarcerado nem poderá pagar fiança”.
→V “Nem” é uma conjunção(∧)

09. Resposta: D.
02. Resposta:.E. Não pode chover para Mariana ir ao deserto.
Vamos fazer por alternativa:
(A) V→V 10. Resposta: A.
V O conectivo ou chama-se disjunção e também é repre-
sentado simbolicamente por ∨
(B) F→V
V Tabela-verdade
Com a tabela-verdade, conseguimos definir o valor
(C)V→V lógico de proposições compostas facilmente, analisando
V cada coluna.

40
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Se tivermos uma proposição p, ela pode ter V(p)=V ou p q p ∧q


V(p)=F V V V
p V F F
V F V F
F F F
F
-Disjunção
Quando temos duas proposições, não basta colocar só
VF, será mais que duas linhas. Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o co-
p q nectivo “ou”.
V V Eu comprei bala ou chocolate.
V F Eu comprei bala e também comprei o chocolate, está
F V certo pois poderia ser um dos dois ou os dois.
F F Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma
forma se eu comprei apenas chocolate.
Observe, a primeira proposição ficou VVFF Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará
E a segunda intercalou VFVF. certo.
Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 possi-
bilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver um p q p ∨q
padrão para se tornar mais fácil!
V V V
As possibilidades serão 2n,
Onde: V F V
n=número de proposições F V V
F F F
p q r
V V V -Disjunção Exclusiva
V F V Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei
V V F chocolate OU comprei bala.
V F F Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mesmo
tempo.
F V V
p q p∨q
F F V V V F
F V F V F V
F F F F V V
F F F
A primeira proposição, será metade verdadeira e me-
tade falsa. -Condicional
A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF.
E a terceira VVFFVVFF. Se chove, então faz frio.
Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
operadores lógicos? Se choveu, e fez frio
Estamos dentro da possibilidade.(V)
-Negação
Choveu e não fez frio
p ~p Não está dentro do que disse. (F)
V F
F V Não choveu e fez frio..
Ahh tudo bem, porque pode fazer frio se não chover,
Se estamos negando uma coisa, ela terá valor lógico certo?(V)
oposto, faz sentido, não?
- Conjunção Não choveu, e não fez frio
Ora, se não choveu, não precisa fazer frio. (V)
Eu comprei bala e chocolate, só vou me contentar se eu
p q p →q
tiver as duas coisas, certo?
Se eu tiver só bala não ficarei feliz, e nem se tiver só V V V
chocolate. V F F
E muito menos se eu não tiver nenhum dos dois. F V V
F F V

41
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

-Bicondicional Veremos outros exemplos

Ficarei em casa, se e somente se, chover. Exemplo 1

Estou em casa e está chovendo. Vamos pensar nas proposições


A ideia era exatamente essa. (V) P: João é estudante
Q: Mateus é professor
Estou em casa, mas não está chovendo. Se João é estudante, então João é estudante ou Ma-
Você não fez certo, era só pra ficar em casa se chovesse. (F) teus é professor.
Em simbologia: p→p∨q
Eu sai e está chovendo.
Aiaiai não era pra sair se está chovendo. (F) P Q p∨q p→p∨q
Não estou em casa e não está chovendo.
V V V V
Sem chuva, você pode sair, ta? (V)
V F V V
F V V V
p q p ↔q
F F F V
V V V
V F F A coluna inteira da proposição composta deu verda-
F V F deiro, então é uma tautologia.
F F V
Exemplo 2
Tentei deixar de uma forma mais simples, para enten- Com as mesmas proposições anteriores:
der a tabela verdade de cada conectivo, pois sei que será João é estudante ou não é verdade que João é estu-
difícil para decorar, mas se você lembrar das frases, talvez dante e Mateus é professor.
fique mais fácil. Bons estudos! Vamos às questões! p∨~(p∧q)
Tautologia
P Q p∧q ~(p∧q) p∨~(p∧q)
Definição: Chama-se tautologia, toda proposição com- V V V F V
posta que terá a coluna inteira de valor lógico V. V F F V V
Podemos ter proposições SIMPLES que são falsas e se a F V F V V
coluna da proposição composta for verdadeira é tautologia. F F F V V
Vamos ver alguns exemplos.
Novamente, coluna deu inteira com valor lógico verda-
A proposição ~(p∧p) é tautologia, pelo Princípio da deiro, é tautologia.
não contradição. Está lembrado?
Exemplo 3
Princípio da não Contradição: uma proposição não Se João é estudante ou não é estudante, então Mateus
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo. é professor.

P ~p p∧~p ~(p∧~p) P Q ~p p∨~p p∨~p→q


V F F V V V F V V
F V F V V F F V F
F V V V V
A proposição p∨ ~p é tautológica, pelo princípio do F F V V F
Terceiro excluído.
Deu pelo menos uma falsa e agora?
Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição “ou” é Não é tautologia.
verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre um desses
casos e nunca um terceiro caso.
Referências
P ~p p∨~p
V F V ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
F V V mática – São Paulo: Nobel – 2002.

Esses são os exemplos mais simples, mas normalmente


conseguiremos resolver as questões com base na tabela QUESTÕES
verdade, por isso insisto que a tabela verdade dos opera-
dores, têm que estar na “ponta da língua”, quase como a 01. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere as
tabuada da matemática. seguintes proposições:

42
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

I) p ∧ ~p São iguais, então ~~p⇔p


II) p → ~p
III) p ∨ ~p Regra de Clavius
IV) p →~q ~p→p⇔p

Assinale a alternativa correta. p ~p ~p→p


(A) Somente I e II são tautologias.
(B) Somente II é tautologia. V F V
(C) Somente III é tautologia. F V F
(D) Somente III e a IV são tautologias.
(E) Somente a IV é tautologia.
Regra de Absorção
02 (FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA/DF – Ad- p→p∧q⇔p→q
ministração – IADES/2017) Assinale a alternativa que apre-
senta uma tautologia.
p q p∧q p→p∧q p→q
(A) p∨(q∨~p)
(B) (q→p) →(p→q) V V V V V
(C) p→(p→q∧~q) V F F F F
(D) p∨~q→(p→~q)
(E) p∨q→p∧q F V F V V
F F F V V

RESPOSTAS Condicional

01. Resposta: C. Gostaria da sua atenção aqui, pois as condicionais são


as mais pedidas nos concursos
P ou a própria negação é tautologia. A condicional p→q e a disjunção ~p∨q, têm tabelas-
-verdades idênticas
02. Resposta: A.
p ~p q p∧q p→q ~p∨q
Antes de entrar em desespero que tenha que fazer to-
das as tabela verdade, vamos analisar: V F V V V V
Provavelmente terá uma alternativa que tenha uma V F F F F F
proposição com conectivo de disjunção e a negação: p∨~p
Logo na alternativa A, percebemos que temos algo pa- F V V F V V
recido. F V F F V V
Para confirmar, podemos fazer a tabela verdade
Exemplo
p: Coelho gosta de cenoura
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS q: Coelho é herbívoro.

Diz-se que uma proposição P(p,q,r..) é logicamente p→q: Se coelho gosta de cenoura, então coelho é her-
equivalente ou equivalente a uma proposição Q(p,r,s..) se as bívoro.
tabelas-verdade dessas duas proposições são IDÊNTICAS. ~p∨q: Coelha não gosta de cenoura ou coelho é her-
Para indicar que são equivalentes, usaremos a seguinte bívoro
notação:
P(p,q,r..) ⇔ Q(p,r,s..) A condicional ~p→~q é equivalente a disjunção p∨~q

Essa parte de equivalência é um pouco mais chatinha, p q ~p ~q ~p→~q p∨~q


mas conforme estudamos, vou falando algumas dicas.
V V F F V V
Regra da Dupla negação V F F V V V
~~p⇔p
F V V F F F
F F V V V V
p ~p ~~p
V F V Equivalência fundamentais (Propriedades Funda-
F V F mentais): a equivalência lógica entre as proposições goza
das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.

43
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

1 – Simetria (equivalência por simetria) b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)


a) p ∧ q ⇔ q ∧ p
q∧ p ∨ (q p ∨ p (p ∨ q) ∧
p q r
p q p∧q q∧p r ∧ r) q ∨r (p ∨ r)
V V V V V V V V V V V V
V F F F V V F F V V V V
F V F F V F V F V V V V
F F F F V F F F V V V V
F V V V V V V V
b) p ∨ q ⇔ q ∨ p
F V F F F V F F
p q p∨q q∨ p F F V F F F V F
V V V V F F F F F F F F
V F V V 2 - Associação (equivalência pela associativa)
F V V V a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
F F F F
q p ∧ (q p (p ∧ q) ∧ (p
p q r p∧q
c) p ∨ q ⇔ q p ∧r ∧ r) ∧r ∧ r)
V V V V V V V V
p q p∨q q∨p V V F F F V F F
V V F F V F V F F F V F
V F V V V F F F F F F F
F V V V F V V V F F F F
F F F F F V F F F F F F
F F V F F F F F
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
F F F F F F F F
p q p↔q q↔p
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
V V V V
V F F F q p p
p ∨ (q (p ∨ q) ∨
F V F F p q r ∨ ∨ ∨
∨ r) (p ∨ r)
r q r
F F V V V V V V V V V V
V V F V V V V V
Equivalências notáveis: V F V V V V V V
V F F F V V V V
1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)
F V V V V V V V
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
F V F V V V F V
F F V V V F V V
q p ∧ (q p∧ (p ∧ q) ∨ (p F F F F F F F F
p q r p∧r
∨r ∨ r) q ∧ r)
V V V V V V V V 3 – Idempotência
V V F V V V F V
a) p ⇔ (p ∧ p)
V F V V V F V V Para ficar mais fácil o entendimento, vamos fazer duas
V F F F F F F F colunas com p:
F V V V F F F F
p p p∧p
F V F V F F F F
V V V
F F V V F F F F F F F
F F F F F F F F

44
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

b) p ⇔ (p ∨ p) b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q)

p p p ∨p p↔ ~q → ~p → (~q → ~p) ∧
p q ~q ~p
V V V q ~p ~q (~p → ~q)
F F F V V V F F V V V
V F F V F F V F
4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se ou-
F V F F V V F F
tra condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se
e negando-se as proposições simples que as compõem. F F V V V V V V

Da mesma forma que vimos na condicional mais acima, c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)


temos outros modos de definir a equivalência da condicio-
nal que são de igual importância p
p∧ ~p ∧ (p ∧ q) ∨ (~p
p q ↔ ~p ~q
1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p) q
q ~q ∧ ~q)

V V V V F F F V
p q ~p ~q p→q ~q → ~p
V F F F F V F F
V V F F V V
F V F F V F F F
V F F V F F
F F V F V V V V
F V V F V V
F F V V V V 6 - Pela exportação-importação

2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p) [(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]

p q ~p ~p → q ~q ~q → p p q r p∧q (p ∧ q) → r q→r p → (q → r)
V V F V F V
V V V V V V V
V F F V V V
F V V V F V V V F V F F F
F F V F V F V F V F V V V
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p) V F F F V V V
F V V F V V V
p q ~q p → ~q ~p q → ~p F V F F V F V
V V F F F F F F V F V V V
V F V V F V F F F F V V V
F V F V V V
Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)
F F V V V V
Chama-se proposições associadas a p → q as três pro-
5 - Pela bicondicional posições condicionadas que contêm p e q:
– Proposições recíprocas: p → q: q → p
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição – Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p
p q p↔q p→q q→p (p → q) ∧ (q → p)
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições:
V V V V V V
V F F F V F
p→ q→ ~p → ~q →
F V F V F F p q ~p ~q
q p ~q ~p
F F V V V V V V F F V V V V
V F F V F V V F
F V V F V F F V
F F V V V V V V

45
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Observamos ainda que a condicional p → q e a sua 05. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Conside-
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO re como verdadeira a seguinte sentença: “Se todas as flores
EQUIVALENTES. são vermelhas, então o jardim é bonito”.
É correto concluir que:
(A) se todas as flores não são vermelhas, então o jardim
QUESTÕES não é bonito;
(B) se uma flor é amarela, então o jardim não é bonito;
01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VU- (C) se o jardim é bonito, então todas as flores são ver-
NESP/2017) Uma afirmação equivalente para “Se estou melhas;
feliz, então passei no concurso” é: (D) se o jardim não é bonito, então todas as flores não
(A) Se passei no concurso, então estou feliz. são vermelhas;
(B) Se não passei no concurso, então não estou feliz. (E) se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor
(C) Não passei no concurso e não estou feliz. não é vermelha.
(D) Estou feliz e passei no concurso.
(E) Passei no concurso e não estou feliz. 06. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017)
Uma proposição equivalente a Se há fumaça, há fogo, é:
02. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere a (A) Se não há fumaça, não há fogo.
frase: (B) Se há fumaça, não há fogo.
Se Marco treina, então ele vence a competição. (C) Se não há fogo, não há fumaça.
A frase equivalente a ela é: (D) Se há fogo, há fumaça.
(A) Se Marco não treina, então vence a competição.
(B) Se Marco não treina, então não vence a competição. 07. (DPE/RR – Técnico em Informática – INAZ DO
(C) Marco treina ou não vence a competição. PARÁ/2017) Diz-se que duas preposições são equivalen-
(D) Marco treina se e somente se vence a competição. tes entre si quando elas possuem o mesmo valor lógico. A
(E) Marco não treina ou vence a competição. sentença logicamente equivalente a: “ Se Maria é médica,
então Victor é professor” é:
03. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES- (A) Se Victor não é professor então Maria não é médica
PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho- (B) Se Maria não é médica então Victor não é professor
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o (C) Se Victor é professor, Maria é médica
próximo item. (D) Se Maria é médica ou Victor é professor
Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P (E) Se Maria é médica ou Victor não é professor
é equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”.
( ) Certo 08. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador –
( ) Errado PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma proposição lo-
gicamente equivalente a “se eu não posso pagar um táxi,
04. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário – então vou de ônibus” é a seguinte:
FGV/2017) Considere a sentença: “Se Pedro é torcedor do (A) se eu não vou de ônibus, então posso pagar um táxi
Avaí e Marcela não é torcedora do Figueirense, então Joana (B) se eu posso pagar um táxi, então não vou de ônibus
é torcedora da Chapecoense”. (C) se eu vou de ônibus, então não posso pagar um táxi
Uma sentença logicamente equivalente à sentença (D) se eu não vou de ônibus, então não posso pagar
dada é: um táxi
(A) Se Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha- 09. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi-
pecoense. nistração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma pro-
(B) Se Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torce- posição logicamente equivalente a “todo ato desonesto é
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha- passível de punição” é a seguinte:
pecoense. (A) todo ato passível de punição é desonesto.
(C) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce- (B) todo ato não passível de punição é desonesto.
dora do Figueirense ou Joana é torcedora da Chapecoense. (C) se um ato não é passível de punição, então não é
(D) Se Joana não é torcedora da Chapecoense, então desonesto.
Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torcedora do (D) se um ato não é desonesto, então não é passível
Figueirense. de punição.
(E) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce-
dora do Figueirense e Joana é torcedora da Chapecoense.

46
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

10. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) Conside- 07. Resposta: A.


re a sentença: “Se gosto de capivara, então gosto de javali”. Nega as duas e troca de lado.
Se Victor não é professor, então Maria não é medica.
Uma sentença logicamente equivalente à sentença
dada é: 08. Resposta: A.
Temos p→q e a equivalência pode ser ~q→~p
(A) Se não gosto de capivara, então não gosto de javali. ~p∨q
(B) Gosto de capivara e gosto de javali. Nesse caso, como temos apenas condicional nas alter-
(C) Não gosto de capivara ou gosto de javali. nativas.
(D) Gosto de capivara ou não gosto de javali. Nega as duas e troca
(E) Gosto de capivara e não gosto de javali. p: não posso pagar um táxi
q: vou de ônibus
~p: Posso pagar um táxi
RESPOSTAS ~q: Não vou de ônibus
Se não vou de ônibus, então posso pagar um táxi
01. Resposta: B.
p→q⇔~q→~p 09. Resposta: C.
p: Estou feliz Vamos pensar da seguinte maneira:
q: passei no concurso Se todo ato é desonesto, então é passível de punição
A equivalência ficaria: Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou
Se não passei no concurso, então não estou feliz. “~p∨q”
Nesse caso, as alternativas nos mostram condicional.
02. Resposta: E. Se um ato não é passível de punição, então não é de-
Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou sonesto.
“~p∨q”
P: Marcos treina 10. Resposta: C.
Q: ele vence a competição Lembra da tabela da teoria??
Marcos não treina ou ele vence a competição
p q p→q ~p ~p∨q
03. Resposta: Certo.
Uma dica é que normalmente quando tem vírgula é V V V F V
condicional, não é regra, mas acontece quando você não V F F F F
acha o conectivo.
F V V V V
04. Resposta: C. F F V V V
Temos p→q e a equivalência pode ser: “~q→~p” ou
“~p∨q” Então
~p: Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce- p: Gosto de capivara
dora do Figueirense q: Gosto de javali
~q→~p: Se Joana não é torcedora da Chapecoense,
então Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora Temos p→q e a equivalência pode ser ~q→~p, mas não
do Figueirense temos essa opção.
~p∨q: Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é Portanto, deve ser ~p∨q
torcedora do Figueirense ou Joana é torcedora da Chape- Não gosto de capivara ou gosto de javali.
coense.
Referências
05. Resposta: E. ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemá-
Equivalência: p→q⇔~q→~p tica – São Paulo: Nobel – 2002.
Para negar Todos: CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de
Pelo menos faz o contrário, ou seja, no nosso caso, Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro:
pelo menos uma flor não é vermelha Elsevier, 2013.
~p: Pelo menos uma flor não é vermelha
Se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor
não é vermelha. LEIS DE MORGAN

06. Resposta: C. Negação de uma proposição composta


Nega as duas e troca de lado. Definição: Quando se nega uma proposição composta
Se não há fogo, então não há fumaça. primitiva, gera-se outra proposição também composta e
equivalente à negação de sua primitiva.

47
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Ou seja, muitas vezes para os exercícios teremos que saber qual a equivalência da negação para compor uma frase,
por exemplo.

Negação de uma conjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo conjunção pelo conectivo disjunção.
~(p ∧ q) ⇔ (~p ∨ ~q)
p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p ∨ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo-disjunção pelo conectivo-conjunção.
~(p ∨ q) ⇔ (~p ∧ ~q)

p q ~p ~q p∨q ~(p ∨ q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

Resumindo as negações, quando é conjunção nega as duas e troca por “ou”


Quando for disjunção, nega tudo e troca por “e”.

Negação de uma disjunção exclusiva


~(p ∨ q) ⇔ (p ↔ q)

p q p∨q ~( p∨q) p↔q


V V F V V
V F V F F
F V V F F
F F F V V

Negação de uma condicional


Famoso MANE
Mantém a primeira e nega a segunda.
~(p → q) ⇔ (p ∧ ~q)

p q p→q ~q ~(p → q) p ∧ ~q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F V
F F V V F F

Negação de uma bicondicional


~(p ↔ q) = ~[(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

~[(p → q) ∧ [(p ∧ ~q) ∨


P Q p↔q p→q q→p p → q) ∧ (q → p)] p ∧ ~q q ∧ ~p
(q → p)] (q ∧ ~p)]
V V V V V V F F F F

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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

V F F F V F V V F V
F V F V F F V F V V
F F V V V V F F F F

Dupla negação (Teoria da Involução)


De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)

P ~P ~ (~p)
V F V
F V F

b) De uma condicional: Definição: A dupla negação de uma condicional dá-se da seguinte forma: nega-se a 1ª parte da
condicional, troca-se o conectivo-condicional pela disjunção e mantém-se a 2a parte.
Demonstração: Seja a proposição primitiva: p → q nega-se pela 1a vez: ~(p → q) ⇔ p ∧ ~q nega-se pela 2a vez: ~(p
∧ ~q) ⇔ ~p ∨ q
Conclusão: Ao negarmos uma proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente
à sua proposição primitiva. Logo, p → q ⇔ ~p ∨ q

QUESTÕES

01. (CORREIOS – Engenheiro de Segurança do Trabalho Júnior – IADES/2017) Qual é a negação da proposição
“Engenheiros gostam de biológicas e médicos gostam de exatas.”?
(A) Engenheiros não gostam de biológicas ou médicos não gostam de exatas.
(B) Engenheiros não gostam de biológicas e médicos gostam de exatas.
(C) Engenheiros não gostam de biológicas ou médicos gostam de exatas.
(D) Engenheiros gostam de biológicas ou médicos não gostam de exatas.
(E) Engenheiros não gostam de biológicas e médicos não gostam de exatas.

02. (ARTES - Agente de Fiscalização à Regulação de Transporte - Tecnologia de Informação - FCC/2017) A afirma-
ção que corresponde à negação lógica da frase ‘Vendedores falam muito e nenhum estudioso fala alto’ é:
(A) ‘Nenhum vendedor fala muito e todos os estudiosos falam alto’.
(B) ‘Vendedores não falam muito e todos os estudiosos falam alto’.
(C) ‘Se os vendedores não falam muito, então os estudiosos não falam alto’.
(D) ‘Pelo menos um vendedor não fala muito ou todo estudioso fala alto’.
(E) ‘Vendedores não falam muito ou pelo menos um estudioso fala alto’

03. (IGP/RS – Perito Criminal 0 FUNDATEC/2017) A negação da proposição “Todos os homens são afetuosos” é:
(A) Toda criança é afetuosa.
(B) Nenhum homem é afetuoso.
(C) Todos os homens carecem de afeto.
(D) Pelo menos um homem não é afetuoso.
(E) Todas as mulheres não são afetuosas.
04. (TRT – Analista Judiciário – FCC/2017) Uma afirmação que corresponda à negação lógica da afirmação: todos os
programas foram limpos e nenhum vírus permaneceu, é:
(A) Se pelo menos um programa não foi limpo, então algum vírus não permaneceu.
(B) Existe um programa que não foi limpo ou pelo menos um vírus permaneceu.
(C) Nenhum programa foi limpo e todos os vírus permaneceram.
(D) Alguns programas foram limpos ou algum vírus não permaneceu.
(E) Se algum vírus permaneceu, então nenhum programa foi limpos.

05. (TRF 1ª REGIÃO – cargos de nível superior – CESPE/2017) Em uma reunião de colegiado, após a aprovação de
uma matéria polêmica pelo placar de 6 votos a favor e 5 contra, um dos 11 presentes fez a seguinte afirmação: “Basta um
de nós mudar de ideia e a decisão será totalmente modificada.”
Considerando a situação apresentada e a proposição correspondente à afirmação feita, julgue o próximo item.
A negação da proposição pode ser corretamente expressa por “Basta um de nós não mudar de ideia ou a decisão não
será totalmente modificada”.
( ) Certo ( ) Errado

49
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

06. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES- (A) Sou descendente de italiano e, não gosto de macar-
PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho- rão ou não gosto de parmesão.
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue (B) Se não sou descendente de italiano, então não gos-
o próximo item. to de macarrão e não gosto de parmesão.
A negação da proposição P pode ser expressa por (C) Se gosto de macarrão e gosto de parmesão, então
“Quem não pode mais, não chora menos” não sou descendente de italiano.
(D) Não sou descendente de italiano e, gosto de ma-
( ) Certo ( ) Errado carrão e não gosto de parmesão.
(E) Se não gosto de macarrão e não gosto de parme-
07. (CFF – Analista de Sistema – INAZ DO PARÁ/2017) são, então não sou descendente de italiano.
Dizer que não é verdade que “Todas as farmácias estão
abertas” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) “Toda farmácia está aberta”. RESPOSTAS
(B) “Nenhuma farmácia está aberta”.
(C) “Todas as farmácias não estão abertas”. 01. Resposta: A.
(D) “Alguma farmácia não está aberta”. Nega as duas e muda o conectivo para ou
(E) “Alguma farmácia está aberta”. |Engenheiros não gostam de biológicas OU médicos
não gostam de exatas.
08. (TRT 7ª REGIÃO – Conhecimentos básicos cargos
1, 2, 7 e 8 – CESPE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P 02. Resposta: E.
A empresa alegou ter pago suas obrigações previden- Nega as duas e coloca ou.
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga- Vendedores não falam muito
mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo Para negar nenhum, devemos colocar pelo menos e a
ex-empregado. afirmativa
Proposição Q: A empresa alegou ter pago suas obriga-
Pelo menos um estudioso fala muito.
ções previdenciárias, mas não apresentou os comprovan-
tes de pagamento.
OBS: Se fosse Todos a negação seria pelo menos 1 es-
A proposição Q, anteriormente apresentada, está pre-
tudioso não fala muito.
sente na proposição P do texto CB1A5AAA.
03. Resposta: D.
A negação da proposição Q pode ser expressa por:
(A) A empresa não alegou ter pago suas obrigações Para negar todos, colocamos pelo menos um...
previdenciárias ou apresentou os comprovantes de paga- E negamos a frase.
mento. Pelo menos um homem não é afetuoso.
(B) A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
denciárias ou não apresentou os comprovantes de paga- 04. Resposta:B.
mento. Negação de Todos: Pelo menos um (existe um, alguns)
(C)A empresa alegou ter pago suas obrigações previ- e a negação:
denciárias e apresentou os comprovantes de pagamento. Pelo menos um programa não foi limpo.
(D) A empresa não alegou ter pago suas obrigações Negação de nenhum : pelo menos um e a afirmação.
previdenciárias nem apresentou os comprovantes de pa- Pelo menos um vírus permaneceu.
gamento. Ou
Alguns vírus permaneceram.
09. (DPE/RS – Analista – FCC/2017) Considere a afir-
mação: 05. Resposta: Errado.
Ontem trovejou e não choveu. CUIDADO!
Uma afirmação que corresponde à negação lógica des- O basta traz sentido de condicional.
ta afirmação é Se um de nós mudar de ideia, então a decisão será
(A) se ontem não trovejou, então não choveu. totalmente modificada.
(B) ontem trovejou e choveu. Portanto, mantém a primeira e nega a segunda (MANÈ)
(C) ontem não trovejou ou não choveu. Basta um de nós mudar de ideia e a decisão não será
(D) ontem não trovejou ou choveu. totalmente modificada.
(E) se ontem choveu, então trovejou.
06. Resposta: Errado.
10. (DPE/RS – Analista – FCC/2017) Considere a afir- Negação de uma condicional: mantém a primeira e
mação: nega a segunda.
Se sou descendente de italiano, então gosto de macar-
rão e gosto de parmesão. 07. Resposta: D.
Uma afirmação que corresponde à negação lógica des- Para negar todos: pelo menos uma, alguma, existe uma
ta afirmação é Alguma farmácia não está aberta.

50
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

08. Resposta: A. -Incremento em Progressão


Nega as duas e troca por “e” por “ou” 1 2 4 7
A empresa não alegou ter pago suas obrigações previ-
denciárias ou apresentou os comprovantes de pagamento. Observe que estamos somando 1 a mais para cada nú-
mero.
09. Resposta: D. 1=1=2
Negação de ontem trovejou: ontem não trovejou 2+2=4
Negação de não choveu: choveu 4+3=7
Ontem não trovejou ou choveu.
-Série de Fibonacci
10. Resposta: A. 1 1 2 3 5 8 13
Negação de condicional: mantém a primeira e nega a Cada termo é igual à soma dos dois anteriores.
segunda.
Negação de conjunção: nega as duas e troca “e” por “ou” -Números Primos
Vamos fazer primeiro a negação da conjunção: gosto 2 3 5 7 11 13 17
de macarrão e gosto de parmesão. Naturais que possuem apenas dois divisores naturais.
Não gosto de macarrão ou não gosto de parmesão.
-Quadrados Perfeitos
Sou descendente de italiano e não gosto de macarrão 1 4 9 16 25 36 49
ou não gosto de parmesão. Números naturais cujas raízes são naturais.
Exemplo 1
SEQUËNCIA LÓGICA
(UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Considere a
As sequências lógicas aparecem com frequências nas sequência numérica a seguir:
provas de concurso. São vários tipos: números, letras, figu- 3, 6, 3, 3, 2, 5/3, 11/9. . .
ras, baralhos, dominós e como é um assunto muito abran-
Sabendo-se que essa sequência obedece uma regra de
gente, e pode ser pedido de qualquer forma, o que ajudará
formação a partir do terceiro termo, então o denominador
nos estudos serão as práticas de exercícios e algumas dicas
do próximo termo da sequência é:
que darei. Em cada exemplo, darei algumas dicas para toda
(A) 9.
vez que você visualizar esse tipo de questão já ajude a ana-
(B) 11.
lisar que tipo será. Vamos lá?
(C) 26.
(D) 27.
Sequência de Números
Pode ser feita por soma, subtração, divisão, multipli- Resolução
cação. Quando há uma sequência que não parece progressão
Mas lembre-se, se estamos falando de SEQUÊNCIA, ela aritmética ou geométrica, devemos “apelar” para soma os
vai seguir um padrão, basta você achar esse padrão, alguns dois anteriores, soma 1, e assim por diante.
serão mais difíceis, outro beeem fácil e não se assuste se No caso se somarmos os dois primeiros para dar o ter-
achar rápido, não terá uma “PEGADINHA”, será isso e ponto. ceiro: 3+6=9
Vamos ver alguns tipos de sequências: Para dar 3, devemos dividir por 3: 9/3=3
Vamos ver se ficará certo com o restante
-Progressão Aritmética 6+3=9
2 5 8 11 9/3=3
3+2=5
Progressão aritmética sempre terá a mesma razão. 5/3
No nosso exemplo, a razão é 3, pois para cada número Opa...parece que deu certo
seguinte, temos que somar 3. Então:

-Progressão Geométrica
9 18 36 72

E agora para essa nova sequência?


Se somarmos 9, não teremos uma sequência, então
não é soma.
O próximo que tentamos é a multiplicação,9x2=18 Resposta: D.
18x2=36
36x2=72 Sequência de Letras
Opa, deu certo? Sobre a sequência de Letras, fica um pouco mais difícil
Progressão geométrica de razão 2. de falar, pois podem ser de vários tipos.

51
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Às vezes temos que substituir por números, outras ana- G=3


lisar o padrão de como aparecem. Vamos ver uns exemplos? E=4
G=5
Exemplo 1 B=0
(AGERIO – Analista de Desenvolvimento – FDC/2015)
Considerando a sequência de vocábulos: 2016/6=336 resta 0
galo - pato - carneiro - X - cobra – jacaré 2017/6=336 resta 1
Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equiva-
A alternativa lógica que substitui X é: lente a última letra

(A) boi E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira


(B) siri letra.
(C) sapo
(D) besouro Sequência de Figuras
(E) gaivota Do mesmo modo que a sequência de letras, é um tema
Resolução abrangente, pois a banca pode pedir a figura que convém.
Primeiro tentamos número de sílabas ou letras.
Letras já não deu certo. (FACEPE – Assistente em Gestão de Ciência e Tecno-
logia – UPENET/2015) Assinale a alternativa que contém a
Galo=4 próxima figura da sequência.
Pato=4
Carneiro=8
Cobra=4
Jacaré=6
Não tem um padrão

Número de sílabas (A)


Está dividido em 2 e 3 e sem padrões

Começadas com as letras dos meses?não...


Difícil... (B)
São animais, então:

Galo e pato são aves


Cobra e jacaré são répteis
O carneiro é mamífero, se estão aos pares, devemos (C)
procurar outro mamífero que no caso é o boi

Resposta: A.
(D)
Exemplo 2
(IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Esta-
tísticas – FGV/2016) Considere a sequência infinita

IBGEGBIBGEGBIBGEG... (E)
A 2016ª e a 2017ª letras dessa sequência são, respec-
tivamente:
(A) BG;
(B) GE;
Resposta: B.
(C) EG;
Primeiro risco vai na parte de baixo, depois do lado
(D) GB;
E depois 2 riscos e assim por diante.
(E) BI.
Então nossa figura terá que ter 3 riscos, mas a B ou D?
Resposta: E. É a B, pois o risco de cima, tem que ser o maior de
todos.
É uma sequência com 6
Cada letra equivale a sequência
I=1
B=2

52
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

QUESTÕES 04. (SESAU/RO – Enfermeiro – FUNRIO/2017) Ob-


serve a sequência: 43, 46, 50, 55, 61, ...
01. ( TRE/RJ - Técnico Judiciário - Operação de
Computadores – CONSULPLAN/2017) Os termos de uma O próximo termo é o:
determinada sequência foram sucessivamente obtidos se- (A) 65.
guindo um determinado padrão: (B) 66.
(C) 67.
(5, 9, 17, 33, 65, 129...) (D) 68.
(E) 69.
O décimo segundo termo da sequência anterior é um
número 05. (TRT 24ª REGIÃO – Analista Judiciário –
(A) menor que 8.000. FCC/2017) Na sequência 1A3E; 5I7O; 9U11A; 13E15I;
(B) maior que 10.000. 17O19U; 21A23E; . . ., o 12° termo é formado por algaris-
(C) compreendido entre 8.100 e 9.000. mos e pelas letras
(D) compreendido entre 9.000 e 10.000. (A) EI.
02. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU- (B) UA.
TO AOCP/2017) Uma máquina foi programada para dis- (C) OA.
tribuir senhas para atendimento em uma agência bancária (D) IO.
alternando algarismos e letras do alfabeto latino, no qual (E) AE.
estão inclusas as letras K, W e Y, sendo a primeira senha
o número 2, a segunda a letra A, e sucessivamente na se- 06. (EBSERH – Assistente Administrativo –
guinte forma: (2; A; 5; B; 8; C; ...). Com base nas informações IBFC/2017) Considerando a sequência de figuras @, % , &,
mencionadas, é correto afirmar que a 51ª e a 52ª senhas, # , @, %, &, #,..., podemos dizer que a figura que estará na
respectivamente, são: 117ª posição será:
(A) 69 e Z. (A) @
(B) 90 e Y. (B) %
(C) T e 88. (C) &
(D) 77 e Z. (D) #
(E) Y e 100. (E) $

03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na 07. (IF/PE – Técnico em Eletrotécnica – IFPE/0217)
figura abaixo, encontram-se representadas três etapas da Considere a seguinte sequência de figuras formadas por
construção de uma sequência elaborada a partir de um círculos:
triângulo equilátero.

Continuando a sequência de maneira a manter o mes-


mo padrão geométrico, o número de círculos da Figura 18 é:
(A) 334.
(B) 314.
(C) 342.
Na etapa 1, marcam-se os pontos médios dos lados (D) 324.
do triângulo equilátero e retira-se o triângulo com vértices (E) 316.
nesses pontos médios, obtendo-se os triângulos pretos. Na
etapa 2, marcam-se os pontos médios dos lados dos triân- 08. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) Para
gulos pretos obtidos na etapa 1 e retiram-se os triângulos passar o tempo, um candidato do concurso escreveu a si-
com vértices nesses pontos médios, obtendo-se um novo gla CODEBA por sucessivas vezes, uma após a outra, for-
conjunto de triângulos pretos. A etapa 3 e as seguintes mando a sequência:
mantêm esse padrão de construção. C O D E B A C O D E B A C O D E B A C O D ...

Mantido o padrão de construção acima descrito, o nú- A 500ª letra que esse candidato escreveu foi:
mero de triângulos pretos existentes na etapa 7 é
(A) 729. (A) O
(B) 1.024. (B) D
(C) 2.187. (C) E
(D) 4.096. (D) B
(E) 6.561. (E) A

53
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- 05. Resposta: D.


NESP/2016) A sequência ((3, 5); (3, 3, 3); (5; 5); (3, 3, 5); A partir do 5º termo começa a repetir as letras, por-
...) tem como termos sequências contendo apenas os nú- tanto:
meros 3 ou 5. Dentro da lógica de formação da sequência, 12/5=2 e resta 2
cada termo, que também é uma sequência, deve ter o me- Assim, será igual ao segundo termo, IO.
nor número de elementos possível. Dessa forma, o número
de elementos contidos no décimo oitavo termo é igual a: 06. Resposta: A.
(A) 5. 117/4=29 e resta 1
(B) 4. Portanto, é igual a figura 1 @
(C) 6.
(D) 7. 07. Resposta: D.
(E) 8. Figura 1:1
Figura 2:4
Figura 3:9
10. (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) A se-
Figura 4:16
quência numérica (99; 103; 96; 100; 93; 97; ...) possui deter-
O número de círculos é o quadrado da posição
minada lógica em sua formação. O número corresponden- Figura 18: 18²=324
te ao décimo elemento dessa sequência é:
08. Resposta: A.
(A) 91 É uma sequência com 6 letras:
(B) 88. 500/6=83 e resta 2
(C) 87 C=1
(D) 84 O=2
D=3
E=4
RESPOSTAS B=5
A=0
01. Resposta: C.
Os termos tem uma sequência começando por 2²+1 Como restaram 2, então será igual a O.
Portanto, para sabermos o 12º termo, fazemos
213+1=8193 09. Resposta: A.
Vamos somar os números:
02. Resposta: D. 3+5=8
A 51ª senha segue a sequência ímpar que são: (2, 5, 3+3+3=9
8,...) 5+5=10
51/2=25 e somamos 1, para saber qual posição ocupa- 3+3+5=11
rá na sequência. Portanto será a 26 Observe que
A26=a1+25r os termos formam uma PA de razão 1.
A26=2+25⋅3 a18=?
A26=2+75=77 a18=a1+17r
a18=8+17
a18=25
A 52ª senha ocupará a posição 26 também, mas na se-
quência par, ou seja, a 26ª letra do alfabeto que é a letra Z.
Para dar 25, com o menor número de elementos possí-
veis, devemos ter (5,5,5,5,5)
03 Resposta:C
É uma PG de razão 3 e o a1 também é 3. 10. Resposta: A.
A princípio, queremos ver a sequência com os termos
seguidos mesmo, o que seria:
99+4=103
103-7=96
04. Resposta: D. 96+4=100
Observe que de 43 para 46 são 3 100-7=93
50-46=4 Alternando essa sequência, mas se conseguirmos vi-
55-50=5 sualizar uma outra maneira, ficará mais fácil.
61-55=6
Portanto, o próximo será somando 7 Observe que os termos ímpares (a1,a3,a5...)formam
61+7=68 uma PA de razão r=-3

Os termos pares (a2,a4,a6..) formam uma PA de razão


também r=-3

54
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Como a10 é par, devemos tomar como base a sequên- (B) Pedro e Carlos são inocentes e Antônio e João são
cia par, mas para isso, vamos lembrar que se estamos tra- culpados.
tando apenas dela, a10=a5 (C) Pedro e João são inocentes e Antônio e Carlos são
Pois, devemos transformar o a2 em a1 e assim por culpados.
diante. (D) Antônio e Carlos são inocentes e Pedro e João são
A5=a1+4r culpados.
A5=103-12 (E) Antônio, Carlos e Pedro são inocentes e João é cul-
A5=31 pado.

Resposta: E.
Vamos começar de baixo pra cima.

11 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO Ou João é culpado ou Antônio é culpado.


(ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E Se Antônio é inocente então Carlos é inocente
CONCLUSÕES). João é culpado se e somente se Pedro é inocente
Ora, Pedro é inocente
(V)

Argumentos Sabendo que Pedro é inocente,


João é culpado se e somente se Pedro é inocente
Um argumento é um conjunto finito de premissas (pro- João é culpado, pois a bicondicional só é verdadeira se
posições ), sendo uma delas a consequência das demais. ambas forem verdadeiras ou ambas falsas.
Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou
consequência lógica das demais, é chamada conclusão. Um João é culpado se e somente se Pedro é inocente
(V) (V)
argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q
Ora, Pedro é inocente
(V)
OBSERVAÇÃO: A fórmula argumentativa P1 ∧ P2 ∧ ...
∧ Pn → Q, também poderá ser representada pela seguinte
Sabendo que João é culpado, vamos analisar a primeira
forma:
premissa
Ou João é culpado ou Antônio é culpado.
Então, Antônio é inocente, pois a disjunção exclusiva só
é verdadeira se apenas uma das proposições for.

Se Antônio é inocente então Carlos é inocente


Argumentos válidos Carlos é inocente, pois sendo a primeira verdadeira, a
condicional só será verdadeira se a segunda proposição
Um argumento é válido quando a conclusão é verda- também for.
deira (V), sempre que as premissas forem todas verdadeiras
Então, temos:
(V). Dizemos, também, que um argumento é válido quando
Pedro é inocente, João é culpado, Antônio é inocente
a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades
e Carlos é inocente.
de suas premissas.

Argumentos inválidos
Questões
Um argumento é dito inválido (ou falácia, ou ilegítimo 01. (PREF. DE SALVADOR – Técnico de Nível Supe-
ou mal construído), quando as verdades das premissas são rior – FGV/2017) Carlos fez quatro afirmações verdadeiras
insuficientes para sustentar a verdade da conclusão. Caso a sobre algumas de suas atividades diárias:
conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas ▪ De manhã, ou visto calça, ou visto bermuda.
pelas verdades de suas premissas, tem-se como conclusão ▪ Almoço, ou vou à academia.
uma contradição (F). ▪ Vou ao restaurante, ou não almoço.
Métodos para testar a validade dos argumentos ▪ Visto bermuda, ou não vou à academia.
(IFBA – Administrador – FUNRIO/2016) Ou João é cul-
pado ou Antônio é culpado. Se Antônio é inocente então Certo dia, Carlos vestiu uma calça pela manhã.
Carlos é inocente. João é culpado se e somente se Pedro é
inocente. Ora, Pedro é inocente. Logo: É correto concluir que Carlos:

(A) Pedro e Antônio são inocentes e Carlos e João são (A) almoçou e foi à academia.
culpados. (B) foi ao restaurante e não foi à academia.

55
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(C) não foi à academia e não almoçou. 05. (COPERGAS/PE – Auxiliar Administrativo –
(D) almoçou e não foi ao restaurante. FCC/2016) Considere verdadeiras as afirmações a seguir:
(E) não foi à academia e não almoçou.
I. Laura é economista ou João é contador.
02. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário- II. Se Dinorá é programadora, então João não é con-
FGV/2017) Sabe-se que: tador.
III. Beatriz é digitadora ou Roberto é engenheiro.
• Se X é vermelho, então Y não é verde. IV. Roberto é engenheiro e Laura não é economista.
• Se X não é vermelho, então Z não é azul.
• Se Y é verde, então Z é azul. A partir dessas informações é possível concluir, corre-
tamente, que :
Logo, deduz-se que:
(A) Beatriz é digitadora.
(A) X é vermelho;
(B) João é contador.
(B) X não é vermelho;
(C) Dinorá é programadora.
(C) Y é verde;
(D) Y não é verde; (D) Beatriz não é digitadora.
(E) Z não é azul. (E) João não é contador.

03. (PC/AC – Agente de Polícia Civil – IBADE/2017) 06. (MPE/RJ – Analista do Ministério Público –
Sabe-se que se Zeca comprou um apontador de lápis azul, FGV/2016) Sobre as atividades fora de casa no domingo,
então João gosta de suco de laranja. Se João gosta de suco Carlos segue fielmente as seguintes regras:
de laranja, então Emílio vai ao cinema. Considerando que
Emílio não foi ao cinema, pode-se afirmar que: - Ando ou corro.
- Tenho companhia ou não ando.
(A) Zeca não comprou um apontador de lápis azul. - Calço tênis ou não corro.
(B) Emílio não comprou um apontador de lápis azul. Domingo passado Carlos saiu de casa de sandálias.
(C) Zeca não gosta de suco de laranja. É correto concluir que, nesse dia, Carlos:
(D) João não comprou um apontador de lápis azul.
(E) Zeca não foi ao cinema. (A) correu e andou;
(B) não correu e não andou;
04. (UFSBA – Administrador – UFMT/2017) São da- (C) andou e não teve companhia;
dos os seguintes argumentos: (D) teve companhia e andou;
ARGUMENTO 1 (E) não correu e não teve companhia.
P1: Iracema não gosta de acarajé ou Iracema não é so- 07. (PREF. DE SÃO PAULO – Assistente de Gestão de
teropolitana. Políticas Públicas – CESPE/2016) As proposições seguin-
P2: Iracema é soteropolitana. tes constituem as premissas de um argumento.
C:
• Bianca não é professora.
ARGUMENTO 2
• Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é
P1: Se Aurélia não é ilheense, então Aurélia não é pro-
professora.
dutora de cacau.
P2: Aurélia não é ilheense. • Se Ana não trabalha na área de informática, então
C: Paulo é técnico de contabilidade.
• Carlos é especialista em recursos humanos, ou Ana
ARGUMENTO 3 não trabalha na área de informática, ou Bianca é professora.
P1: Lucíola é bailarina ou Lucíola é turista.
P2: Lucíola não é bailarina. Assinale a opção correspondente à conclusão que tor-
C: na esse argumento um argumento válido.

ARGUMENTO 4 (A) Carlos não é especialista em recursos humanos e


P1: Se Cecília é baiana, então Cecília gosta de vatapá. Paulo não é técnico de contabilidade.
P2: Cecília não gosta de vatapá. (B) Ana não trabalha na área de informática e Paulo é
C: técnico de contabilidade.
(C) Carlos é especialista em recursos humanos e Ana
Pode-se inferir que trabalha na área de informática.
(A) Lucíola é turista. (D) Bianca não é professora e Paulo é técnico de con-
(B) Cecília é baiana. tabilidade.
(C) Aurélia é produtora de cacau. (E) Paulo não é técnico de contabilidade e Ana não tra-
(D) Iracema gosta de acarajé. balha na área de informática.

56
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

08. (PREF. DE SÃO GONÇALO – Analista de Contabi- 02. Resposta: D.


lidade – BIORIO/2016) Se Ana gosta de Beto, então Beto Vamos tentar fazendo que X é vermelho para ver se
ama Carla. Se Beto ama Carla, então Débora não ama Luiz. todos vão ter valor lógico correto.
Se Débora não ama Luiz, então Luiz briga com Débora. Mas
Luiz não briga com Débora. Assim: • Se X é vermelho, então Y não é verde.
V V
(A) Ana gosta de Beto e Beto ama Carla. • Se Y é verde, então Z é azul.
(B) Débora não ama Luiz e Ana não gosta de Beto. F F/V
(C) Débora ama Luiz e Ana gosta de Beto. • Se X não é vermelho, então Z não é azul.
(D) Ana não gosta de Beto e Beto não ama Carla. F F/V
(E) Débora não ama Luiz e Ana gosta de Beto.
Se x não é vermelho:
09. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador – • Se X é vermelho, então Y não é verde.
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Considerem-se verda- F V
deiras as seguintes proposições: • Se Y é verde, então Z é azul.
F F
P1: André não gosta de chuchu ou Bruno gosta de be-
terraba. • Se X não é vermelho, então Z não é azul.
P2: Se Bruno gosta de beterraba, então Carlos não gos- V V
ta de jiló.
P3: Carlos gosta de jiló e Daniel não gosta de cenoura. 03. Resposta: A.
Considerando que Emílio não foi ao cinema:
Assim, uma conclusão necessariamente verdadeira é a
seguinte: Se João gosta de suco de laranja, então Emílio vai ao
cinema.
(A) André não gosta de chuchu se, e somente se, Daniel F F
gosta de cenoura. Zeca comprou um apontador de lápis azul, então João
(B) Se André não gosta de chuchu, então Daniel gosta gosta de suco de laranja.
de cenoura. F F
(C) Ou André gosta de chuchu ou Daniel não gosta de
cenoura. 04. Resposta: A.
(D) André gosta de chuchu ou Daniel gosta de cenoura. Vamos analisar por alternativa, pois fica mais fácil que
analisar cada argumento.
10. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) OBS: Como a alternativa certa é a A, analisarei todas as
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. alternativas, para mostrar o porquê de ser essa a correta.

• Quando chove, Maria não vai ao cinema. (A) Lucíola é turista.


• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. Eu acho mais fácil fazer sempre com as premissas ver-
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. dadeiras.
• Quando Fernando está estudando, não chove. ARGUMENTO 3
• Durante a noite, faz frio. P1: Lucíola é bailarina ou Lucíola é turista.
F V
Tendo como referência as proposições apresentadas, P2: Lucíola não é bailarina.(V)
julgue o item subsecutivo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estu- (B) Cecília é baiana
dando. P1: Se Cecília é baiana, então Cecília gosta de vatapá.
certo errado V F
P2: Cecília não gosta de vatapá.
Respostas
Mas se Cecília não gosta de vatapá a P2 seria incorreta,
01. Resposta: B. por isso não é essa alternativa.
▪ De manhã, ou visto calça, ou visto bermuda.
▪ Almoço, ou vou à academia. (C) Aurélia é produtora de cacau
V f P1: Se Aurélia não é ilheense, então Aurélia não é pro-
▪ Vou ao restaurante, ou não almoço. dutora de cacau.
V F F F
▪ Visto bermuda, ou não vou à academia. P2: Aurélia não é ilheense.
F V Aurélia seria ilheense.

57
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(D) Iracema gosta de acarajé. Portanto:


P1: Iracema não gosta de acarajé ou Iracema não é so- Carlos gosta de jiló.
teropolitana. Daniel não gosta de cenoura.
F V P2: Se Bruno gosta de beterraba, então Carlos não gos-
P2: Iracema é soteropolitana.(F) ta de jiló.
Também entrou em contradição. Carlos não gosta de jiló. (F)
e par a condicional ser verdadeira a primeira também
05. Resposta: B. deve ser falsa.
Começamos sempre pela conjunção.
Bruno gosta de beterraba. (F)
IV. Roberto é engenheiro e Laura não é economista.
V V
P1: André não gosta de chuchu ou Bruno gosta de be-
I. Laura é economista ou João é contador. terraba.
F V A segunda é falsa, e para a disjunção ser verdadeira, a
primeira é verdadeira.
II. Se Dinorá é programadora, então João não é contador. André não gosta de chuchu. (V).
F F Vamos enumerar as verdadeiras:
1- Carlos gosta de jiló.
III. Beatriz é digitadora ou Roberto é engenheiro. 2-Daniel não gosta de cenoura.
V/F V 3-Bruno não gosta de beterraba
06. Resposta: D. 4-André não gosta de chuchu
- Calço tênis ou não corro. (A) na bicondicional, as duas deveriam ser verdadeiras,
F V ou as duas falsas
(B) como a primeira proposição é verdadeira, a segun-
- Ando ou corro. da também deveria ser.
V F (D) Como a primeira é falsa, a segunda deveria ser ver-
- Tenho companhia ou não ando. dadeira.
V F
Resumindo: ele calçou sandálias, andou e teve com-
10.Resposta: Errado
panhia.

07. Resposta: C. • Durante a noite, faz frio.


• Bianca não é professora.(V) V
• Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é
professora. • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
F F F F
• Se Ana não trabalha na área de informática, então
Paulo é técnico de contabilidade. • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
F F V V
• Carlos é especialista em recursos humanos,
V • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
ou Ana não trabalha na área de informática, ou Bianca F F
é professora.
F F • Quando Fernando está estudando, não chove.
V/F V
08. Resposta: D. Portanto, Se Maria foi ao cinema, então Fernando es-
Sabendo que Luiz não briga com Débora tava estudando.
Se Débora não ama Luiz, então Luiz briga com Débora.
Não tem como ser julgado.
F F
. Se Beto ama Carla, então Débora não ama Luiz
F F
Se Ana gosta de Beto, então Beto ama Carla.
F V

09 Resposta: C.
Vamos começar pela P3, pois é uma conjunção, assim
é mais fácil definirmos o valor lógico de cada proposição.
Para a conjunção ser verdadeira, as duas proposições
devem ser verdadeiras.

58
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Frase: Nenhum cachorro é gato. (sim, eu sei. Frase ex-


12 DIAGRAMAS LÓGICOS. trema, mas assim é bom para entendermos..hehe)

Todo A é B é necessariamente falsa.


Todo cachorro é gato, faz sentido? Nenhum, não é?
As questões de Diagramas lógicos envolvem as pro-
posições categóricas (todo, algum, nenhum), cuja solução Algum A é B é necessariamente falsa.
requer que desenhemos figuras, os chamados diagramas. Algum cachorro é gato, ainda não faz sentido.

Definição das proposições Algum A não é B necessariamente verdadeira.


Algum cachorro não é gato, ah sim espero que todos
Todo A é B. não sejam mas, se já está dizendo algum vou concordar.

O conjunto A está contido no conjunto B, assim todo Algum A é B.


elemento de A também é elemento de B.
Quer dizer que há pelo menos 1 elemento de A em
Podemos representar de duas maneiras: comum com o conjunto B.

Temos 4 representações possíveis:

a) os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-


tos em comum.

Quando “todo A é B” é verdadeira, vamos ver como


ficam os valores lógicos das outras?
Pensemos nessa frase: Toda criança é linda.

Nenhum A é B é necessariamente falsa. b) Todos os elementos de A estão em B.


Nenhuma criança é linda, mas eu não acabei de falar
que TODA criança é linda? Por isso é falsa.

Algum A é B é necessariamente verdadeira


Alguma Criança é linda, sim, se todas são 1, 2, 3...são
lindas.

Algum A não é B necessariamente falsa, pois A está


contido em B.
Alguma criança não é linda, bem como já vimos impos- c) Todos os elementos de B estão em A.
sível, pois todas são.

Nenhum A é B.

A e B não terão elementos em comum.

d) O conjunto A é igual ao conjunto B.

Quando “nenhum A é B” é verdadeira, vamos ver como


ficam os valores lógicos das outras?

59
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Quando “algum A é B” é verdadeira, vamos ver como Nenhum A é B é indeterminada (contradição com as
ficam os valores lógicos das outras? figuras a e b)
Frase: Algum copo é de vidro. Nenhum copo é de vidro, algum não é, mas não sei se
todos não são de vidro.
Nenhum A é B é necessariamente falsa
Nenhum copo é de vidro, com frase fica mais fácil né? Todo A é B , é necessariamente falsa
Porque assim, conseguimos ver que é falsa, pois acabei de Todo copo é de vidro, mas eu disse que algum copo
falar que algum copo é de vidro, ou seja, tenho pelo menos não era.
1 copo de vidro.
Algum A é B é indeterminada
Todo A é B , não conseguimos determinar, podendo ser Algum copo é de vidro, não consigo determinar se tem
verdadeira ou falsa (podemos analisar também os diagra- algum de vidro ou não.
mas mostrados nas figuras a e c)
Quantificadores são elementos que, quando associa-
Todo copo é de vidro.
dos às sentenças abertas, permitem que as mesmas sejam
Pode ser que sim, ou não.
avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, passam a ser
Algum A não é B não conseguimos determinar, poden- qualificadas como sentenças fechadas.
do ser verdadeira ou falsa(contradiz com as figuras b e d)
Algum copo não é de vidro, como não sabemos se to- O quantificador universal
dos os copos são de vidros, pode ser verdadeira. O quantificador universal, usado para transformar sen-
tenças (proposições) abertas em proposições fechadas, é
Algum A não é B. indicado pelo símbolo “∀”, que se lê: “qualquer que seja”,
O conjunto A tem pelo menos um elemento que não “para todo”, “para cada”.
pertence ao conjunto B.
Exemplo:
Aqui teremos 3 modos de representar: (∀x)(x + 2 = 6)
Lê-se: “Qualquer que seja x, temos que x + 2 = 6” (falsa).
a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen- É falso, pois não podemos colocar qualquer x para a
tos em comum afirmação ser verdadeira.

O quantificador existencial
O quantificador existencial é indicado pelo símbolo “∃”
que se lê: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe um”.

Exemplos:
(∃x)(x + 5 = 9)
Lê-se: “Existe um número x, tal que x + 5 = 9” (verda-
deira).
b) Todos os elementos de B estão em A. Nesse caso, existe um número, ahh tudo bem...claro que
existe algum número que essa afirmação será verdadeira.

Ok?? Sem maiores problemas, certo?

Representação de uma proposição quantificada


(∀x)(x ∈ N)(x + 3 > 15)
Quantificador: ∀
c) Não há elementos em comum entre os dois conjuntos Condição de existência da variável: x ∈ N .
Predicado: x + 3 > 15.

(∃x)[(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)]
Quantificador: ∃
Condição de existência da variável: não há.
Predicado: “(x + 1 = 4) ∧ (7 + x = 10)”.

Negações de proposições quantificadas ou funcionais


Seja uma sentença (∀x)(A(x)).
Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver Negação: (∃x)(~A(x))
como ficam os valores lógicos das outras? Exemplo
Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior
(∀x)(2x-1=3)
Frase: Algum copo não é de vidro.
Negação: (∃x)(2x-1≠3)

60
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Seja uma sentença (∃x)(Q(x)). 04. (COPERGAS/PE - Analista Tecnologia da Infor-


Negação: (∀x)(~Q(x)). mação
(∃x)(2x-1=3) - FCC/2016) É verdade que todo engenheiro sabe ma-
Negação: (∀x)(2x-1≠3) temática. É verdade que há pessoas que sabem matemática
e não são engenheiros. É verdade que existem administra-
Questões dores que sabem matemática. A partir dessas afirmações é
possível concluir corretamente que:
01. (UFES - Assistente em Administração –
UFES/2017) Em um determinado grupo de pessoas: (A) qualquer engenheiro é administrador.
(B) todos os administradores sabem matemática.
• todas as pessoas que praticam futebol também pra- (C) alguns engenheiros não sabem matemática.
ticam natação, (D) o administrador que sabe matemática é engenheiro.
• algumas pessoas que praticam tênis também prati- (E) o administrador que é engenheiro sabe matemática.
cam futebol,
• algumas pessoas que praticam tênis não praticam 05. (CRECI 1ª REGIÃO/RJ – Advogado – MSCON-
natação. CURSOS/2016) Considere como verdadeiras as duas pre-
missas seguintes:
É CORRETO afirmar que no grupo
I – Nenhum professor é veterinário;
(A) todas as pessoas que praticam natação também II – Alguns agrônomos são veterinários.
praticam tênis.
(B) todas as pessoas que praticam futebol também pra- A partir dessas premissas, é correto afirmar que, neces-
ticam tênis. sariamente:
(C) algumas pessoas que praticam natação não prati- (A) Nenhum professor é agrônomo.
cam futebol. (B) Alguns agrônomos não são professores.
(C) Alguns professores são agrônomos.
(D) algumas pessoas que praticam natação não prati-
(D) Alguns agrônomos são professores.
cam tênis.
(E) algumas pessoas que praticam tênis não praticam
06. (EMSERH - Auxiliar Administrativo – FUN-
futebol. CAB/2016) Considere que as seguintes afirmações são
verdadeiras:
02. (TRT - 20ª REGIÃO /SE - Técnico Judiciário –
FCC/2016) que todo técnico sabe digitar. Alguns desses “Algum maranhense é pescador.”
técnicos sabem atender ao público externo e outros desses “Todo maranhense é trabalhador.”
técnicos não sabem atender ao público externo. A partir
dessas afirmações é correto concluir que: Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que:
(A) os técnicos que sabem atender ao público externo (A) Algum maranhense pescador não é trabalhador
não sabem digitar. (B) Algum maranhense não pescar não é trabalhador
(B) os técnicos que não sabem atender ao público ex- (C) Todo maranhense trabalhadoré pescador
terno não sabem digitar. (D) Algum maranhense trabalhador é pescador
(C) qualquer pessoa que sabe digitar também sabe (E) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
atender ao público externo.
(D) os técnicos que não sabem atender ao público ex- 07. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Assistente Ad-
terno sabem digitar. ministrativo – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2015) Em certa
(E) os técnicos que sabem digitar não atendem ao pú- comunidade, é verdade que:
blico externo.
- todo professor de matemática possui grau de mestre;
03. (COPERGAS – Auxiliar Administrativo – - algumas pessoas que possuem grau de mestre gos-
FCC/2016) É verdade que existem programadores que não tam de empadão de camarão;
gostam de computadores. A partir dessa afirmação é cor- - algumas pessoas que gostam de empadão de cama-
reto concluir que: rão não possuem grau de mestre.

(A) qualquer pessoa que não gosta de computadores é Uma conclusão necessariamente verdadeira é:
um programador.
(B) todas as pessoas que gostam de computadores não (A) algum professor de matemática gosta de empadão
são programadores. de camarão.
(C) dentre aqueles que não gostam de computadores, (B) nenhum professor de matemática gosta de empa-
alguns são programadores. dão de camarão.
(D) para ser programador é necessário gostar de com- (C) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
putador. gosta de matemática.
(E) qualquer pessoa que gosta de computador será um (D) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
bom programador. não é professor de matemática.

61
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Respostas

01. Resposta: E.

06. Resposta: D.

02. Resposta: D.
Podemos excluir as alternativas que falam que não sa-
bem digitar, pois todos os técnicos sabem digitar.

07. Resposta: D.

03. Resposta: C.

Podemos ter esses dois modelos de diagramas:

(A) não está claro se os mestres que gostam de empa-


dão são professores ou não.
(B) podemos ter o primeiro diagrama
(C) pode ser o segundo diagrama.

Referências:
04. Resposta: E. Carvalho, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série Pro-
vas e Concursos, 2010.

05. Resposta: B.
Alguns agrônomos são veterinários e podem ser só
agrônomos.

62
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

1 Lei n° 7.594, de 28 de dezembro de 2011 - Reorganização do DETRAN/PA, e suas alterações. ......................................... 01


2 Lei Estadual nº. 5.810/1994 e suas alterações – dispõe sobre o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da
Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado do Pará................................................................... 05
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

VII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruí-


LEI N° 7.594, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011 - dos produzidos pelos veículos automotores ou pela sua
REORGANIZAÇÃO DO DETRAN/PA, E SUAS carga, além de dar apoio às ações específicas dos órgãos
ambientais locais, quando solicitado;
ALTERAÇÕES. VIII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos so-
bre acidentes de trânsito e suas causas;
IX - arrecadar valores provenientes de estada e remo-
ção de veículos e objetos;
LEI ORDINÁRIA Nº 7.594, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011 
X - articular-se com os demais órgãos do Sistema Na-
Dispõe sobre a reorganização do Departamento de
cional de Trânsito no Estado, sob coordenação do respec-
Trânsito do Estado do Pará - DETRAN, e dá outras provi-
tivo CETRAN;
dências.
XI - emitir Autorização Especial de Trânsito - AET;
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ
Parágrafo único. No exercício de sua missão, o Departa-
estatui e eu sanciono a seguinte Lei:
mento de Trânsito do Estado do Pará - DETRAN/PA, poderá
celebrar convênios com órgãos executivos de trânsito dos
CAPÍTULO I
municípios integrados ao Sistema Nacional de Trânsito no
DA ORGANIZAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE
Estado do Pará, com vistas ao fornecimento de dados ca-
TRÂNSITO DO
dastrais dos veículos registrados e dos condutores habilita-
ESTADO DO PARÁ
dos, para fins de imposição e notificação de penalidades e
SEÇÃO I
de arrecadação de multas nas áreas de suas competências.
DA NATUREZA E FINALIDADE
CAPÍTULO II
Art. 1° O Departamento de Trânsito do Estado do Pará
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
- DETRAN/PA, órgão executivo de trânsito e executivo ro-
doviário do Sistema Nacional de Trânsito nos termos dos
Art. 3º A estrutura básica do Departamento de Trânsito
arts. 8º, 21 e 22 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997,
do Estado do Pará - DETRAN possui a seguinte composição:
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, criado
I - Conselho de Administração - CONADM;
pela Lei n° 4.444, de 20 de dezembro de 1972, integrante
II - Gabinete do Diretor-Geral;
do Sistema de Segurança Pública do Estado do 
III - Procuradoria Jurídica;
Pará, autarquia com personalidade jurídica de direito
IV - Corregedoria;
público, dotada de autonomia administrativa, financeira e
V - Ouvidoria;
patrimonial, vinculada a Secretaria de Estado de Seguran-
VI - Núcleos;
ça Pública e Defesa Social, tendo por missão institucional
VII - Diretorias;
assegurar a execução da Política Nacional de Trânsito no
VIII - Coordenadorias;
âmbito de sua jurisdição, de forma articulada e integrada,
IX - Gerências;
zelando pelo cumprimento da Lei com vistas à garantia de
X - Postos Avançados.
um trânsito em condições seguras para todos com a pro-
§ 1º A organização, as competências das unidades ad-
moção, valorização e preservação da vida.
ministrativas, as atribuições dos cargos e as responsabilida-
des dos dirigentes e servidores serão regulamentados no
SEÇÃO II
Regimento a ser aprovado por Decreto do Chefe do Poder
DAS FUNÇÕES BÁSICAS
Executivo.
§ 2º O Departamento de Trânsito do Estado do Pará
Art. 2° São funções básicas do Departamento de Trân-
- DETRAN/PA será dirigido pelo Diretor-Geral, nomeado
sito do Estado do Pará:
pelo Governador do Estado, que o representará ativa e pas-
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
sivamente em juízo ou administrativamente, por si próprio,
trânsito, no âmbito de suas atribuições;
por delegação ou por procuração, e as demais atribuições
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de forma-
serão definidas em regimento interno, aprovado pelo Con-
ção e  reciclagem de condutores, expedir permissão para
selho de Administração e homologado pelo Governador
dirigir, expedir e cassar licença de aprendizagem, autori-
do Estado.
zação para conduzir ciclomotores e Carteira Nacional de
§ 3º São atribuições básicas do Diretor-Geral do DE-
Habilitação;
TRAN/PA:
III - vistoriar, registrar, emplacar, selar a placa e licen-
I - representar o DETRAN/PA, ou fazer-se representar
ciar  veículos, expedindo o Certificado de Registro de Veí-
ativa ou passivamente em juízo ou administrativamente,
culos - CRV  e Certificado de Registro e Licenciamento de
em órgão de deliberação coletiva, em grupos de trabalho,
Veículos - CRLV;
em comissões e em discussões nacionais ou internacionais
IV - estabelecer, em conjunto com a Polícia Militar, as
de interesse das atividades de trânsito;
diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
II - exercer as funções político-institucionais e de coor-
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar
as penalidades por infrações e medidas administrativas cabí- denação geral da administração;
veis previstas nos arts. 21 e 22 do CTB nas áreas urbana e rural; III - propor ao Conselho de Administração os planos e
VI - supervisionar o controle de aprendizagem para programas anuais ou plurianuais de trabalho, a proposta
orçamentária e a  programação financeira de desembolso
conduzir veículos automotores;
do DETRAN/PA;

1
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

IV - praticar os atos de gestão orçamentária, financeira à defesa judicial e extrajudicial, além do assessoramen-


e patrimonial; to consultivo em todos os assuntos de interesse do DE-
V - expedir atos administrativos de caráter normativo TRAN/PA.
sobre assuntos de sua competência;
VI - aprovar acordos, ajustes, convênios e contratos SEÇÃO III
para a realização de estudos, pesquisas, serviços, compras DA CORREGEDORIA
e obras de interesse exclusivo do DETRAN/PA, assim como
ratificar  os atos de dispensa e os de reconhecimento de
situação de inexigibilidade de licitação. Art. 7º À Corregedoria, diretamente subordinada ao
Diretor-Geral, compete realizar correições permanentes ou
CAPÍTULO III extraordinárias, bem como apurar as irregularidades e fa-
DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO zer recomendações ao Diretor-Geral.

Art. 4º O Conselho de Administração do DETRAN/ SEÇÃO IV


PA, unidade administrativa de deliberação colegiada, tem DA OUVIDORIA
por finalidade deliberar sobre as diretrizes, as normas e as
ações de competência da Autarquia.
§ 1º O Conselho de Administração do DETRAN/PA é Art. 8º À Ouvidoria, diretamente subordinada ao Dire-
composto de nove membros, nomeados por ato do Chefe tor-Geral, compete receber sugestões de aprimoramento,
do Poder Executivo, representado pelo: críticas, reclamações, denúncias, elogios e pedidos de in-
a) Diretor-Geral do DETRAN/PA; formações sobre as atividades do DETRAN/PA.
b) Procurador-Chefe;
c) Diretor Administrativo e Financeiro; SEÇÃO V
d) Diretor Técnico e Operacional; DO NÚCLEO DE PLANEJAMENTO
e) Diretor de Habilitação de Condutores e Registro de
Veículos;
Art. 9º Ao Núcleo de Planejamento, diretamente su-
f) Diretor de Tecnologia e Informática;
g) Coordenador do Núcleo das CIRETRANS/DETRAN/PA; bordinado ao Diretor-Geral, compete elaborar, coordenar,
h) dois servidores do DETRAN/PA. acompanhar e avaliar o planejamento anual do DETRAN/
§ 2º As competências e o funcionamento do CONADM PA, observando as diretrizes estabelecidas nos programas,
serão definidos no regimento interno da Autarquia, homo- planos e ações do Governo do Estado e no Planejamento
logado por ato do Chefe do Poder Executivo Estadual. Plurianual.
§ 3º A Presidência do CONADM, será exercida pelo Di-
retor-Geral do DETRAN. SEÇÃO VI
§ 4º O mandato dos membros do CONADM é de dois DO NÚCLEO DE SEGURANÇA ORGÂNICA
anos, admitida recondução.
§ 5º A presença nas reuniões do Conselho de Admi-
nistração do DETRAN/PA é considerada atividade pública Art. 10. Ao Núcleo de Segurança Orgânica, diretamen-
relevante e não importará no pagamento de jetons ou te subordinado ao Diretor-Geral, compete planejar, orga-
qualquer outro tipo de remuneração por participação em nizar e coordenar a implementação dos serviços de inteli-
reunião. gência e de segurança patrimonial, estratégica e gerencial
§ 6º Os membros do Conselho de Administração, re- do DETRAN/PA.
presentantes dos servidores do DETRAN/PA, serão indica-
dos pelo sindicato dos servidores do DETRAN. SEÇÃO VII
DA DIRETORIA TÉCNICA OPERACIONAL
CAPÍTULO IV
DAS COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES BÁSICAS
SEÇÃO I Art. 11. À Diretoria Técnica Operacional, diretamente
DO GABINETE DO DIRETOR-GERAL subordinada ao Diretor-Geral, compete planejar, coorde-
nar, acompanhar e avaliar as atividades de engenharia de
Art. 5º Ao Gabinete do Diretor-Geral, diretamente su- trânsito, educação e fiscalização de vias e dos serviços cre-
bordinado ao Diretor-Geral, compete supervisionar e exe- denciados e autorizados nos termos da legislação vigente,
cutar as atividades administrativas e de apoio direto, ime- no âmbito estadual.
diato e pessoal ao Diretor-Geral.
SEÇÃO VIII
SEÇÃO II DA DIRETORIA DE HABILITAÇÃO DE CONDUTORES
PROCURADORIA JURÍDICA E REGISTRO DE VEÍCULOS

Art. 6º À Procuradoria Jurídica, diretamente subordinada Art. 12. À Diretoria de Habilitação de Condutores e
ao Diretor-Geral, compete coordenar, acompanhar, contro- Registro de Veículos, diretamente subordinada ao Diretor-
lar e supervisionar a execução das atividades relacionadas -Geral, compete planejar, coordenar, executar, controlar,

2
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

fiscalizar e avaliar as atividades de registro e cadastramen- Art. 18. As Ciretrans “B” são unidades administrativas su-
to de habilitação de condutores e de veículos, de acordo bordinadas diretamente ao Coordenador das Ciretrans, com-
com o estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro e le- petindo-lhes o planejamento, controle, registro e licencia-
gislação complementar. mento de veículos, habilitação de condutores, de acordo com
o Código de Trânsito Brasileiro e o disposto nesta Lei, den-
SEÇÃO IX tro de suas respectivas circunscrições administrativas.
DA DIRETORIA DE TECNOLOGIA E INFORMÁTICA
CAPÍTULO VI
Art. 13. À Diretoria de Tecnologia e Informática, dire- DO QUADRO DE PESSOAL
tamente subordinada ao Diretor-Geral compete planejar, SEÇÃO I
coordenar, executar, acompanhar e avaliar as atividades
relativas à tecnologia da informação, de administração de Art. 19. O Quadro de Pessoal do DETRAN/PA, regido
dados, de banco de dados e de redes; desenvolvimento pela Lei nº 5.810, de 24 de janeiro de 1994, é composto de: 
e manutenção de sistemas; suporte a software básico; as- I - Quadro Permanente, constituído de: efetivo;
sistência técnica e atendimento de campo ao usuário, no b) em comissão.
âmbito do DETRAN/PA. II - Quadro Suplementar, constituído dos cargos de
provimento efetivo, que não se ajustarem à nova sistemá-
SEÇÃO X tica prevista nos Anexos I e II desta Lei e das funções de
DA DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA caráter permanente.
Parágrafo único. Compete ao Diretor-Geral a nomea-
Art. 14. À Diretoria Administrativa e Financeira, dire- ção e a exoneração de servidores para o quadro perma-
tamente subordinada ao Diretor Geral, compete planejar, nente de pessoal e para os cargos de provimento em co-
controlar e executar as atividades relativas a finanças, orça- missão do DETRAN/PA.
mento, pessoal, material, patrimônio, serviços gerais, trans-
porte, gestão dos contratos e tramitação de documentos e SEÇÃO II
processos no âmbito interno do DETRAN/PA. DO QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO

SEÇÃO XI Art. 20. O ingresso nos cargos públicos de provimento


DO NÚCLEO DAS CIRCUNSCRIÇÕES REGIONAIS DE efetivo de que trata esta Lei far-se-á no padrão inicial e
TRÂNSITO – CIRETRANS na forma do disposto na Constituição Federal e na Lei nº
5.810, de 24 de janeiro de 1994.
Art. 15. Ao Núcleo das Ciretrans, diretamente subor- Art. 21. Para o provimento do cargo de Agente de Fis-
dinado ao Diretor-Geral, compete planejar, coordenar, calização Trânsito, o concurso público constituirá em duas
controlar e supervisionar a execução das atividades das CI- fases, com subfases:
RETRANS e realizar a articulação direta com as Diretorias I - Primeira fase realizar-se-á com as seguintes subfases:
e demais unidades do DETRAN/PA. a) Provas de conhecimentos gerais e específicos;
b) Avaliação médica e psicológica, adequada ao exercí-
CAPÍTULO V cio das atividades inerentes ao cargo;
DAS CIRCUNSCRIÇÕES REGIONAIS DE TRÂNSITO c) Certidão Negativa da Vara de Execução Criminal.
– CIRETRANS II - Segunda fase: realizar-se-á com as seguintes sub-
fases:
Art. 16. As Circunscrições Regionais de Trânsito – Ci- a) Teste de capacidade física, compatível com as atri-
retrans são unidades administrativas sediadas nos Municí- buições do cargo;
pios, com competência para desenvolver ações de planeja- b) Curso de Formação realizado em estabelecimento
mento, controle, execução, fiscalização e avaliação das ati- oficial de ensino voltado para a área de atuação, que aten-
vidades relacionadas ao cadastro de veículos, ao processo da os requisitos mínimos de formação e treinamento para
de habilitação de condutores, operação, fiscalização enge- o exercício da função, com carga horária mínima de tre-
nharia e educação de trânsito, no âmbito de sua circunscri- zentas horas/aula, distribuídas em aulas técnicas e práticas.
ção, previstas no Código de Trânsito Brasileiro e nesta Lei. § 1º As duas fases do concurso serão eliminatórias
Parágrafo único. As Circunscrições Regionais de Trânsi- e classificatórias.
to serão classificadas nas categorias “A” e ‘B”, cujas implan- § 2º A avaliação psicológica será realizada através de
tações deverão ser aprovadas pelo CONADM e homologa- critérios objetivos e envolverá o emprego de técnicas e
das por ato do Chefe do Poder Executivo. instrumentos psicológicos validados pelo Conselho Fede-
Art. 17. As Ciretrans “A” são unidades administrati- ral de Psicologia - CFP,  que serão definidos em edital de
vas subordinadas diretamente ao Coordenador das Cire- concurso.
trans, competindo-lhes o planejamento, controle, opera- § 3º O candidato somente prossegue para a fase se-
ções, fiscalização e educação de trânsito, registro e licen- guinte do certame se for aprovado na primeira fase.
ciamento de veículos, habilitação de condutores, enge- § 4º Concluída a primeira fase do concurso, observada
nharia de trânsito, de acordo com o Código de Trânsito a ordem de classificação dentro do número de vagas esti-
Brasileiro e o disposto nesta Lei, dentro de suas respectivas puladas no edital, o candidato aprovado será matriculado
circunscrições administrativas. no curso de formação.

3
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

§ 5º O candidato matriculado no curso, na forma do SEÇÃO III


parágrafo anterior, não criará vínculo com o DETRAN/PA. DO QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM
Art. 22. A nomeação será de acordo com a ordem de COMISSÃO
classificação no  cargo ofertado para o Município/Região
do Estado, de acordo com as vagas estipuladas em edital. Art. 31. O Quadro Geral dos Cargos de Provimento em
Art. 23. O Quadro Geral dos Cargos de Provimento Efe- Comissão, cuja denominação, quantidade, Código e Pa-
tivo, cuja denominação, quantidade e vencimento – base é drão, é o constante no Anexo IV desta Lei.
o constante no Anexo I desta Lei. Art. 32. Ficam extintos no quadro de pessoal do DE-
Parágrafo único. As atribuições e os requisitos gerais TRAN os cargos de provimento em comissão, relacionados
dos cargos de provimento efetivo constam do Anexo II no Anexo V desta Lei, criados pela Lei nº 6.064, de 25 de
desta Lei. julho de 1997.
Art. 24. Ficam criados no Quadro de Pessoal Efetivo do Art. 33. Ficam criados os cargos de provimento em co-
missão na forma do Anexo VI desta Lei, passando a integrar
DETRAN, doze vagas para o cargo de Analista de Trânsito
o Anexo IV desta Lei.
de provimento efetivo, distribuídas em: três para gradua-
Art. 34. Ficam alteradas nos termos do Anexo VII desta
ção de Estatística e sete para a graduação de Pedagogia,
Lei, as denominações dos cargos de provimento em co-
uma para a graduação em Licenciatura em Artes Visuais e missão, que passam a integrar o Anexo IV da presente Lei.
uma para a graduação de Licenciatura Plena em Teatro, que Art. 35. Fica mantido no Anexo IV desta Lei os demais
passam a integrar o total de cargos efetivos de que trata o cargos criados na Lei nº 6.064, de 25 de julho de 1997.
Anexo I desta Lei.
Art. 25. Ficam criadas, no Quadro de Pessoal Efetivo do CAPÍTULO X
DETRAN, vinte vagas para o cargo de Agente de Fiscaliza- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
ção de Trânsito e vinte e cinco vagas para o cargo de Visto-
riador, que passam a integrar o total de cargos efetivos de Art. 36. Os cargos de Técnico em Gestão de Infra Es-
que trata o Anexo I desta Lei. trutura de Trânsito, Técnico em Administração e Finanças
Art. 26. Ficam criadas no Quadro de Pessoal Efetivo e de Agente de Trânsito, passam a denominar-se, respecti-
do DETRAN,  vinte sete vagas para o cargo de Analista vamente, Analista de Trânsito, Analista de Administração e
de Administração e  Finanças distribuídas em: oito para a Finanças e Agente de Fiscalização de Trânsito.
graduação de Administração, quatro para a graduação em Art. 37. Do total de quinhentos e quarenta cargos de As-
Ciências Contábeis, três para a graduação em Ciências Eco- sistente Administrativo do Quadro de Pessoal, quatrocentos
nômicas, três vagas para a graduação de Psicologia, três e quarenta vagas passam a denominar-se de Assistente de
para a graduação de Ciências Sociais, três para a graduação Trânsito,  ficando o restante das cem vagas não ocupadas
de Pedagogia e três para a graduação de Serviço Social, com a mesma terminologia de Assistente Administrativo.
que passam a integrar o total de cargos efetivos de que Art. 38. Fica alterado o requisito de escolaridade do
trata o Anexo I desta Lei. cargo de motorista para o de ensino médio.
Art. 27. Ficam criadas no Quadro de Pessoal Efetivo do Art. 39. Fica extinto o cargo de provimento efetivo Téc-
DETRAN, duas vagas para o cargo de Analista de Sistema, nico em Telefonia, criado pela Lei nº 7.283 de 1º de julho
três vagas para o cargo de Analista de Suporte Técnico, dez de 2009, que alterou a Lei nº 6.064, de 25 de julho de 1997.
vagas para o cargo de Assistente Administrativo, quaren- Art. 40. Ficam extintas no Quadro de Pessoal Efetivo
do DETRAN, oito vagas do cargo de provimento efetivo de
ta e cinco vagas para o cargo de Auxiliar Administrativo e
Analista de Trânsito, na seguinte forma: quatro na gradua-
cinquenta e cinco vagas para o cargo de Auxiliar Opera-
ção de Psicologia e quatro na graduação de Serviço Social.
cional, que passam a integrar o total de cargos efetivos de
Art. 41. Ficam extintas no Quadro de Pessoal Efetivo do
que trata o Anexo I desta Lei. DETRAN uma vaga do cargo de Médico Perito Examinador,
Art. 28. Fica criado o cargo de provimento efetivo de uma vaga do cargo de Psicólogo Perito Examinador, dez
Técnico em Eletrônica, cuja denominação, quantidade, ven- vagas do cargo de Agente de Educação de Trânsito e cinco
cimento – base e atribuições e requisitos, são os constantes vagas de Eletricista.
nos Anexos I e II desta Lei. Art. 42. Fica extinta no Quadro de Pessoal Efetivo do
Art. 29. A Gratificação de Trânsito devida aos servido- DETRAN, uma vaga do cargo de Analista em Administração
res integrantes do quadro de pessoal do DETRAN é de na- e Finanças na graduação de Biblioteconomia.
tureza permanente, incidindo o desconto previdenciário, Art. 43. O cargo de provimento efetivo redistribuído
com valor nominal, de acordo com o Anexo III desta Lei, e ao DETRAN/PA, até a data da publicação desta Lei, cujas
reajustável no mesmo índice de reajuste aplicado aos ser- atribuições e requisitos são iguais ou correlatos ao dos car-
vidores públicos do Poder Executivo Estadual. gos de que trata o Anexo I, passam a integrar a sistemática
Parágrafo único. O servidor cedido a outros órgãos não prevista nesta Lei, com a alteração de sua nomenclatura
fará jus à gratificação de que trata este artigo, exceto para ao cargo a ele correspondente, deixando de ter vinculação
órgão e/ou entidade que compõe o Sistema Nacional de com a estrutura de cargos do órgão de origem.
Trânsito, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro. Art. 44. O servidor ocupante dos cargos de provi-
Art. 30. Os servidores do DETRAN, não farão jus ao mento efetivo, integrantes do Quadro de Pessoal do DE-
abono salarial ora praticado pela Administração. TRAN, cujos cargos não atendem às exigências previstas
no Anexo I da presente Lei, bem como as funções de ca-
ráter permanente da estrutura atual da Autarquia e os

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

servidores redistribuídos para o DETRAN, cujos cargos e IV - grupo ocupacional é o conjunto de categorias fun-
funções não sejam iguais e correlatos, passam a integrar cionais da mesma natureza, escalonadas segundo a escolari-
o quadro suplementar, fazendo jus, de acordo com a es- dade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade;
colaridade do cargo ou da função exercida, ao vencimento Parágrafo único. Os cargos públicos serão acessíveis
constante no  Anexo VIII desta Lei, bem como, no que cou- aos brasileiros que preencham os requisitos do art. 17,
ber, os direitos e vantagens previstos nesta Lei. desta lei.
Art. 45. O servidor ocupante de função de caráter per- Art. 3° É vedado cometer ao servidor atribuições e res-
manente do quadro suplementar do DETRAN/PA, cujas ponsabilidades diversas das inerentes ao seu cargo, exceto
atribuições são iguais ou correlatas aos dos cargos de pro- participação assentida em órgão colegiado e em comis-
vimento efetivos de que trata o Anexo I, fará jus ao venci- sões legais.
mento inicial do cargo correspondente e, no que couber, Art. 4° Os cargos referentes a profissões regulamenta-
terá os direitos e vantagens previstos nesta Lei. das serão providos unicamente por quem satisfizer os re-
Art. 46. O provimento de cargos efetivos e comissiona- quisitos legais respectivos.
dos está condicionado aos limites da Lei de Responsabili-  
dade Fiscal - LRF e à capacidade orçamentária e financeira TÍTULO II
da Autarquia. DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO, DA CARREIRA E
Art. 47. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica- DA VACÂNCIA
ção, revogando-se o art. 23 da Lei nº 6.064, de 1997. CAPÍTULO I - DO PROVIMENTO
PALÁCIO DO GOVERNO, 28 de dezembro de 2011.  
SIMÃO JATENE Art. 5° Os cargos públicos serão providos por:
Governador do Estado I - nomeação;
Anexos:http://www.ioe.pa.gov.br:8080/dia- II - promoção;
rios/2011/12/29.12.caderno.02.pdf III - reintegração;
IV - transferência;
V - reversão;
LEI ESTADUAL Nº. 5.810/1994 E SUAS VI - aproveitamento;
ALTERAÇÕES – DISPÕE SOBRE O REGIME VII - readaptação;
JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS VIII - recondução.
CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, DAS
AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS CAPÍTULO II - DA NOMEAÇÃO
DO ESTADO DO PARÁ. SEÇÃO I - DAS FORMAS DE NOMEAÇÃO

Art. 6° A nomeação será feita:


I - em caráter efetivo, quando exigida a prévia habilita-
LEI ORDINÁRIA Nº 5.810, DE 28 DE JANEIRO DE 1994  ção em concurso público, para essa forma de provimento;
Dispõe sobre o Regime Jurídico Único dos Servidores II - em comissão, para cargo de livre nomeação e exo-
Públicos Civis da Administração Direta, das Autarquias e neração, declarado em lei.
das Fundações Públicas do Estado do Pará. Parágrafo único. A designação para o exercício de fun-
A Assembleia Legislativa do Estado do Pará estatui e eu ção gratificada recairá, exclusivamente, em servidor efetivo.
sanciono a seguinte lei: Art. 7° Compete aos Poderes Executivo, Legislativo e
  Judiciário, ao Ministério Público e aos Tribunais de Contas
TÍTULO I na área de sua competência, prover, por ato singular, os
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES cargos públicos.
  Art. 8° O ato de provimento conterá, necessariamente,
Art. 1° Esta lei institui o Regime Jurídico Único e define os as seguintes indicações, sob pena de nulidade e responsa-
direitos, deveres, garantias e vantagens dos Servidores Públi- bilidade de quem der a posse:
cos Civis do Estado, das Autarquias e das Fundações Públicas. I - modalidade de provimento e nome completo do in-
Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se aos teressado;
servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, II - denominação de cargo e forma de nomeação;
III - fundamento legal.
do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.  
Art. 2° Para os fins desta lei: SEÇÃO II
I - servidor é a pessoa legalmente investida em cargo DO CONCURSO
público;  
II - cargo público é o criado por lei, com denominação Art. 9° A investidura em cargo de provimento efetivo
própria, quantitativo e vencimento certos, com o conjunto depende de aprovação prévia em concurso público de pro-
de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura vas ou de provas e títulos, observado o disposto no art. 4°.
organizacional que devem ser cometidas a um servidor; desta lei.
III - categoria funcional é o conjunto de cargos da mes- Art. 10. A aprovação em concurso público gera o direito
ma natureza de trabalho; à nomeação, respeitada a ordem de classificação dos can-
didatos habilitados.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

§ 1° Terá preferência para a ordem de classificação o Parágrafo único. Às pessoas portadoras de deficiência é
candidato já pertencente ao serviço público estadual e, per- assegurado o direito de inscrever-se em concurso público
sistindo a igualdade, aquele que contar com maior tempo para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatí-
de serviço público ao Estado veis com a deficiência de que são portadoras, às quais serão
§ 2° Se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao reservadas até 20% (vinte por cento), das vagas oferecidas
serviço público do Estado, decidir-se-á em favor do mais idoso. no concurso.
Art. 11. A instrumentação e execução dos concursos se-  
rão centralizadas na Secretaria de Estado de Administração,
SEÇÃO III
no âmbito do Poder Executivo, e nos órgãos competentes
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, e DA POSSE
dos Tribunais de Contas.  
§ 1° O conteúdo programático, para preenchimento de Art. 16. Posse é o ato de investidura em cargo público
cargo técnico de nível superior poderá ser elaborado pelo ou função gratificada.
órgão solicitante do concurso. Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de pro-
§ 2° O concurso público será realizado, preferencial- moção e reintegração.
mente, na sede do Município, ou na região onde o cargo Art. 17. São requisitos cumulativos para a posse em car-
será provido. go público:
§ 3° Fica assegurada a fiscalização do concurso público, I - ser brasileiro, nos termos da Constituição;
em todas as suas fases, pelas entidades sindicais represen- II - ter completado 18 (dezoito) anos;
tativas de servidores públicos. III - estar em pleno exercício dos direitos políticos;
Art. 12. As provas serão avaliadas na escala de zero a
IV - ser julgado apto em inspeção de saúde realizada
dez pontos, e aos títulos, quando afins, serão atribuídos, no
máximo, cinco pontos. em órgão médico oficial do Estado do Pará;
Parágrafo único. As provas de título, quando constantes V - possuir a escolaridade exigida para o exercício do
do Edital, terão caráter meramente classificatório. cargo;
Art. 13. O Edital do concurso disciplinará os requisitos VI - declarar expressamente o exercício ou não de car-
para a inscrição, o processo de realização, os critérios de clas- go, emprego ou função pública nos órgãos e entidades da
sificação, o número de vagas, os recursos e a homologação. Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para
Art. 14. Na realização dos concursos, serão adotadas as fins de verificação do acúmulo de cargos. (NR)
seguintes normas gerais: VII - a quitação com as obrigações eleitorais e militares;
I - não se publicará Edital, na vigência do prazo de va- VIII - não haver sofrido sanção impeditiva do exercício
lidade de concurso anterior, para o mesmo cargo, se ainda de cargo público.
houver candidato aprovado e não convocado para a inves- Art. 18. A compatibilidade das pessoas portadoras de
tidura, ou enquanto houver servidor de igual categoria em deficiência, de que trata o art. 15, parágrafo único, será de-
disponibilidade;
clarada por junta especial, constituída por médicos especia-
II - poderão inscrever-se candidatos até 69 anos de idade;
III - Os concursos terão a validade de até dois anos, lizados na área da deficiência diagnosticada.
a contar da publicação da homologação do resultado, no Parágrafo único. Caso o candidato seja considerado
Diário Oficial, prorrogável expressamente uma única vez inapto para o exercício do cargo, perde o direito à nomea-
por igual período. (NR) ção. (NR)
IV - Comprovação, no ato da posse, dos requisitos pre- Art. 19. São competentes para dar posse:
vistos no edital. (NR) I - No Poder Executivo:
V - participação de um representante do Sindicato dos a) o Governador, aos nomeados para cargos de Direção
Trabalhadores ou de Conselho Regional de Classe das cate- ou Assessoramento que lhe sejam diretamente subordinados;
gorias afins na comissão organizadora do concurso público b) os Secretários de Estado e dirigentes de Autarquias
ou processo seletivo. (NR) e Fundações, ou a quem seja delegada competência, aos
§ 1º Será publicada lista geral de classificação contendo nomeados para os respectivos órgãos, inclusive, colegiados;
todos os candidatos aprovados e, paralela e concomitante- II - No Poder Legislativo, no Poder Judiciário, no Minis-
mente, lista própria para os candidatos que concorreram às tério Público e nos Tribunais de Contas, conforme dispuser
vagas reservadas aos deficientes. (NR) a legislação específica de cada Poder ou órgão.
§ 2º Os candidatos com deficiência aprovados e incluí- Art. 20. O ato de posse será transcrito em livro especial,
dos na lista reservada aos deficientes serão chamados e assinado pela autoridade competente e pelo servidor em-
convocados alternadamente a cada convocação de um dos possado.
candidatos chamados da lista geral até preenchimento do Parágrafo único. Em casos especiais, a critério da auto-
percentual reservado às pessoas com deficiência no edital ridade competente, a posse poderá ser tomada por procu-
do concurso. (NR) ração específica.
§ 3º Equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade Art. 21. A autoridade que der posse verificará, sob pena
entre as atribuições do cargo e a deficiência do candidato de responsabilidade, se foram observados os requisitos le-
durante o estágio probatório.(NR) gais para a investidura no cargo ou função.
Art. 15. A administração proporcionará aos portadores Art. 22. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias,
de deficiência, condições para a participação em concurso contados da publicação do ato de provimento no Diário
de provas ou de provas e títulos. Oficial do Estado.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

§ 1º O prazo para a posse poderá ser prorrogado por de Contas, diplomado para o exercício de mandato eletivo
mais quinze dias, em existindo necessidade comprovada federal, estadual ou municipal, aplica-se o disposto no Títu-
para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme lo III, Capítulo V, Seção VII, desta lei.
juízo da Administração. (NR) Art. 31. O servidor no exercício de cargo de provimento
§ 2° O prazo do servidor em férias, licença, ou afastado efetivo, mediante a sua concordância poderá ser colocado
por qualquer outro motivo legal, será contado do término à disposição de qualquer órgão da administração direta ou
do impedimento. indireta, da União, do Estado, do Distrito Federal e dos Mu-
§ 3° Se a posse não se concretizar dentro do prazo, o nicípios, com ou sem ônus para o Estado do Pará, desde
ato de provimento será tornado sem efeito. que observada a reciprocidade.
§ 4° No ato da posse, o servidor apresentará declaração  
de bens e valores que constituam seu patrimônio, e decla- SEÇÃO V
ração quanto ao exercício, ou não, de outro cargo, emprego DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
ou função pública.
 
Art. 22-A. Ao interessado é permitida a renúncia da
Art. 32. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado
posse, no prazo legal, sendo-lhe garantida a última colo-
cação dentre os classificados no correspondente concurso para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
público. (NR) probatório por período de três anos, durante os quais a sua
  aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o de-
SEÇÃO IV sempenho do cargo, observados os seguintes fatores: (NR)
DO EXERCÍCIO I - assiduidade;
  II - disciplina;
Art. 23. Exercício é o efetivo desempenho das atribui- III - capacidade de iniciativa;
ções e responsabilidade do cargo. IV - produtividade;
Art. 24. Compete ao titular do órgão para onde for no- V - responsabilidade;
meado o servidor, dar-lhe o exercício. § 1° Quatro meses antes do findo período do estágio
Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo probatório, será submetida à homologação da autoridade
de quinze dias, contados: (NR) competente a avaliação do desempenho do servidor, reali-
I - da data da posse, no caso de nomeação; zada de acordo com o que dispuser a lei ou regulamento do
II - da data da publicação oficial do ato, nos demais sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apura-
casos. ção dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.
§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais § 2° O servidor não aprovado no estágio probatório
quinze dias, em existindo necessidade comprovada para o será exonerado, observado o devido processo legal.
preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo § 3º O disposto no “caput” deste artigo não se aplica aos
da Administração. (NR) servidores que já tenham entrado em exercício na data de
§ 2° Será exonerado o servidor empossado que não en- publicação desta Lei, que se sujeitam ao regime anterior.(NR)
trar em exercício nos prazos previstos neste artigo. Art. 33. O término do estágio probatório importa no
Art. 26. O servidor poderá ausentar-se do Estado, para reconhecimento da estabilidade de ofício.
estudo, ou missão de qualquer natureza, com ou sem ven- Art. 34. O servidor estável aprovado em outro concurso
cimento, mediante prévia autorização ou designação do ti- público fica sujeito a estágio probatório no novo cargo.
tular do órgão em que servir.
Parágrafo único. Ficará dispensado do estágio probató-
Art. 27. O servidor autorizado a afastar-se para estudo
rio o servidor que tiver exercido o mesmo cargo público em
em área do interesse do serviço público, fora do Estado do
Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequente- que já tenha sido avaliado. (NR)
mente, prestar serviço, por igual período, ao Estado.  
Art. 28. O afastamento do servidor para participação em
congressos e outros eventos culturais, esportivos, técnicos e CAPÍTULO III
científicos será estabelecido em regulamento. DA PROMOÇÃO
Art. 29. O servidor preso em flagrante, pronunciado  
por crime comum, denunciado por crime administrativo, ou Art. 35. A promoção é a progressão funcional do ser-
vidor estável a uma posição que lhe assegure maior venci-
condenado por crime inafiançável, será afastado do exercí-
mento base, dentro da mesma categoria funcional, obede-
cio do cargo, até sentença final transitada em julgado.
cidos os critérios de antiguidade e merecimento, alterna-
§ 1º Durante o afastamento, o servidor perceberá dois damente.
terços da remuneração, excluídas as vantagens devidas em Art. 36. A promoção por antiguidade dar-se-á pela pro-
razão do efetivo exercício do cargo, tendo direito à diferen- gressão à referência imediatamente superior, observado o
ça, se absolvido. (NR) interstício de 2 (dois) anos de efetivo exercício.
§ 2º Em caso de condenação criminal, transitada em jul- Art. 37. A promoção por merecimento dar-se-á pela
gado, não determinante da demissão, continuará o servidor progressão à referência imediatamente superior, mediante
afastado até o cumprimento total da pena, com direito a a avaliação do desempenho a cada interstício de 2 (dois)
um terço do vencimento ou remuneração, excluídas as van- anos de efetivo exercício.
tagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo. (NR) Parágrafo único. No critério de merecimento será obe-
Art. 30. Ao servidor da administração direta, das Au- decido o que dispuser a lei do sistema de carreira, consi-
tarquias e das Fundações Públicas ou dos Poderes Legis- derando-se, em especial, na avaliação do desempenho, os
lativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

cursos de capacitação profissional realizados, e assegurada, I - para cargos que tenham candidatos aprovados em
no processo, a plena participação das entidades de classe concurso, com prazo de validade não esgotado;
dos servidores. II - para órgãos da administração indireta ou fundacio-
Art. 38. O servidor que não estiver no exercício do car- nal cujo regime jurídico não seja o estatutário;
go, ressalvadas as hipóteses consideradas como de efetivo III - do servidor em estágio probatório.
exercício, não concorrerá à promoção. Art. 48. A transferência dos membros da Magistratura,
§ 1° Não poderá ser promovido o servidor que se en- Ministério Público, Magistério e da Polícia Civil, será defini-
contre cumprindo o estágio probatório. da no âmbito de cada Poder, por regime próprio.
§ 2° O servidor, em exercício de mandato eletivo, so- Art. 49. A remoção é a movimentação do servidor ocu-
mente terá direito à promoção por antiguidade na forma pante de cargo de provimento efetivo, para outro cargo de
da Constituição, obedecidas as exigências legais e regula- igual denominação e forma de provimento, no mesmo Po-
mentares. der e no mesmo órgão em que é lotado.
Art. 39. No âmbito de cada Poder ou órgão, o setor Parágrafo único. A remoção, a pedido ou ex-officio, do
competente de pessoal processará as promoções que serão servidor estável, poderá ser feita: (NR)
efetivadas por atos específicos no prazo de 60 (sessenta) I - de uma para outra unidade administrativa da mes-
dias, contados da data de abertura da vaga. ma Secretaria, Autarquia, Fundação ou órgão análogo dos
Parágrafo único. O critério adotado para promoção de- Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos
verá constar obrigatoriamente do ato que a determinar. Tribunais de Contas.
  II - de um para outro setor, na mesma unidade admi-
CAPÍTULO IV nistrativa.
DA REINTEGRAÇÃO Art. 50. A redistribuição é o deslocamento do servidor,
  com o respectivo cargo ou função, para o quadro de outro
Art. 40. Reintegração é o reingresso do servidor na ad- órgão ou entidade do mesmo Poder, sempre no interesse
ministração pública, em decorrência de decisão administra- da Administração. (NR)
tiva definitiva ou sentença judicial transitada em julgado, § 1° A redistribuição será sempre ex-officio, ouvidos os
com ressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento. respectivos órgãos ou entidades interessados na movimen-
§ 1° A reintegração será feita no cargo anteriormente tação. (NR)
ocupado e, se este houver sido transformado, no cargo re- § 2° A redistribuição dar-se-á exclusivamente para o
sultante. ajustamento do quadro de pessoal às necessidades dos
§ 2° Encontrando-se regularmente provido o cargo, o serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou
seu ocupante será deslocado para cargo equivalente, ou, se criação de órgão ou entidade. (NR)
ocupava outro cargo, a este será reconduzido, sem direito § 3° Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os
à indenização. servidores estáveis que não puderam ser redistribuídos, na
§ 3° Se o cargo houver sido extinto, a reintegração dar- forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade até
-se-á em cargo equivalente, respeitada a habilitação pro- seu aproveitamento.(NR)
fissional, ou, não sendo possível, ficará o reintegrado em  
disponibilidade no cargo que exercia. CAPÍTULO VI
Art. 41. O ato de reintegração será expedido no prazo DA REVERSÃO
máximo de 30 (trinta) dias do pedido, reportando-se sem-  
pre à decisão administrativa definitiva ou à sentença judi- Art. 51. Reversão é o retorno à atividade de servidor apo-
cial, transitada em julgado. sentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, fo-
Art. 42. O servidor reintegrado será submetido à inspe- rem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria.
ção de saúde na instituição pública competente e aposen- § 1° A reversão, ex-officio ou a pedido, dar-se-á no
tado, quando incapaz. mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
CAPÍTULO V § 2° A reversão, a pedido, dependerá da existência de
DA TRANSFERÊNCIA, DA REMOÇÃO E DA REDIS- cargo vago.
TRIBUIÇÃO (NR) § 3° Não poderá reverter o aposentado que já tiver al-
  cançado o limite da idade para aposentadoria compulsória.
Art. 43. Transferência é a movimentação do servidor Art. 52. Será tornada sem efeito a reversão ex-officio, e
ocupante de cargo de provimento efetivo, para outro cargo cassada a aposentadoria do servidor que não tomar posse
de igual denominação e provimento, de outro órgão, mas e entrar no exercício do cargo.
no mesmo Poder. Capítulo VII - Do Aproveitamento
Art. 44. Caberá a transferência: Art. 53. O aproveitamento é o reingresso, no serviço pú-
I - a pedido do servidor; blico, do servidor em disponibilidade, em cargo de natureza
e padrão de vencimento correspondente ao que ocupava.
II - por permuta, a requerimento de ambos os servido-
Art. 54. O aproveitamento será obrigatório quando:
res interessados.
I - restabelecido o cargo de cuja extinção decorreu a
Art. 45. A transferência será processada atendendo a disponibilidade;
conveniência do servidor desde que no órgão pretendido II - deva ser provido cargo anteriormente declarado
exista cargo vago, de igual denominação. desnecessário.
Art. 46. O servidor transferido somente poderá renovar Art. 55. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cas-
o pedido, após decorridos 2 (dois) anos de efetivo exercício sada a disponibilidade de servidor que, aproveitado, não to-
no cargo. mar posse e não entrar em exercício dentro do prazo legal.
Art. 47. Não será concedida a transferência:

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

CAPÍTULO VIII TÍTULO III


DA READAPTAÇÃO DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
Art. 56. Readaptação é a forma de provimento, em car- DA DURAÇÃO DO TRABALHO
go mais compatível, pelo servidor que tenha sofrido limi-
tação, em sua capacidade física ou mental, verificada em Art. 63. A duração da jornada diária de trabalho será
inspeção médica oficial. de 6 (seis) horas ininterruptas, salvo as jornadas especiais
§ 1° A readaptação ex-officio ou a pedido, será efetiva- estabelecidas em lei.
da em cargo vago, de atribuições afins, respeitada a habili- § 1° Nas atividades de atendimento público que exijam
tação exigida. jornada superior, serão adotados turnos de revezamento.
§ 2° A readaptação não acarretará diminuição ou au- § 2° A duração normal da jornada, em caso de com-
mento da remuneração. provada necessidade, poderá ser antecipada ou prorrogada
§ 3° Ressalvada a incapacidade definitiva para o serviço pela administração.
público, quando será aposentado, é direito do servidor re- Art. 64. A frequência será apurada diariamente:
novar pedido de readaptação. I - pelo ponto de entrada e saída;
  II - pela forma determinada quanto aos servidores cujas
CAPÍTULO IX atividades sejam permanentemente exercidas externamen-
DA RECONDUÇÃO te, ou que, por sua natureza, não possam ser mensuradas
  por unidade de tempo.
Art. 57. Recondução é o retorno do servidor estável ao Art. 65. Na antecipação ou prorrogação da duração da
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: jornada de trabalho, será também remunerado o trabalho
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro suplementar, na forma prevista neste Estatuto.
cargo; Art. 66. O servidor ocupante de cargo comissionado,
II - reintegração do anterior ocupante. independentemente de jornada de trabalho, atenderá às
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de convocações decorrentes da necessidade do serviço de in-
origem, o servidor será aproveitado em outro, observado teresse da Administração.
o que dispõe a presente lei nos casos de disponibilidade e  
aproveitamento. CAPÍTULO II
  DA ESTABILIDADE
CAPÍTULO X  
DA VACÂNCIA Art. 67. O servidor habilitado em concurso público e
  empossado em cargo de provimento efetivo, adquirirá es-
Art. 58. A vacância do cargo decorrerá de: tabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de
I - exoneração; efetivo exercício.
II - demissão; Art. 68. O servidor estável só perderá o cargo em virtu-
III - promoção; de de sentença judicial transitada em julgado, ou de pro-
IV - aposentadoria; cesso administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada
V - readaptação; ampla defesa.
VI - falecimento; Art. 69. É vedada a exoneração, a suspensão ou a de-
VII - transferência; missão de servidor sindicalizado, a partir do registro da
VIII - destituição. candidatura a cargo de direção ou representação sindical
Parágrafo único. A vaga ocorrerá na data: e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
I - do falecimento; mandato, salvo se cometer falta grave, devidamente apura-
II - da publicação do decreto que exonerar, demitir, da em processo administrativo.
promover, aposentar, readaptar, transferir, destituir e da  
posse em outro cargo inacumulável. CAPÍTULO III
Art. 59. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedi- DO TEMPO DE SERVIÇO
do do servidor ou de ofício.  
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: Art. 70. Considera-se como tempo de serviço público o
I - quando não satisfeitas as condições do estágio pro- exclusivamente prestado à União, Estados, Distrito Federal,
batório; Municípios, Autarquias e Fundações instituídas ou mantidas
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar pelo Poder Público.
em exercício no prazo legal. § 1° Constitui tempo de serviço público, para todos
Art. 60. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á: os efeitos legais, salvo para estabilidade, o anteriormente
I - a juízo da autoridade competente; prestado pelo servidor, qualquer que tenha sido a forma de
II - a pedido do próprio servidor. admissão ou de pagamento.
Art. 61. A vacância de função gratificada dar-se-á por § 2° Para efeito de aposentadoria e disponibilidade é
dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição. assegurada, ainda, a contagem do tempo de contribuição
Art. 62. Na vacância do cargo de titular de Autarquia financeira dos sistemas previdenciários, segundo os crité-
ou Fundação Pública, poderá o mesmo ser provido com a rios estabelecidos em lei.
Art. 71. A apuração do tempo de serviço será feita em dias.
nomeação temporária, ressalvado no ato de provimento o
§ 1° O número de dias será convertido em anos, conside-
disposto no art. 92, XX da Constituição do Estado.
rados sempre como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
 

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

§ 2° Para efeito de aposentadoria, feita a conversão, os Art. 75. As férias serão de:
dias restantes, até 182, não serão computados, arredondan- I - 30 (trinta) dias consecutivos, anualmente;
do-se para um ano quando excederem a esse número. II - 20 (vinte) dias consecutivos, semestralmente, para
Art. 72. Considera-se como de efetivo exercício, para os servidores que operem, direta e permanentemente, com
todos os fins, o afastamento decorrente de: Raios X ou substâncias radioativas.
I - férias; Art. 76. Durante as férias, o servidor terá direito a todas
II - casamento, até 8 (oito) dias; as vantagens do exercício do cargo.
III - falecimento do cônjuge, companheira ou compa- § 1° As férias serão remuneradas com um terço a mais
nheiro, pai, mãe, filhos e irmãos, até 8 (oito) dias; (NR) do que a remuneração normal, pagas antecipadamente, in-
IV - serviços obrigatórios por lei; dependente de solicitação.
V - desempenho de cargo ou emprego em órgão da § 2° (VETADO)
administração direta ou indireta de Municípios, Estados, § 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em co-
Distrito Federal e União, quando colocado regularmente à missão, perceberá indenização relativa ao período das férias
disposição; a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um
VI - missão oficial de qualquer natureza, ainda que sem doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior
vencimento, durante o tempo da autorização ou designação; a quatorze dias.(NR)
VII - estudo, em área do interesse do serviço público, § 4º A indenização será calculada com base na remune-
durante o período da autorização; ração do mês em que ocorrer a exoneração. (NR)
VIII - processo administrativo, se declarado inocente;  
IX - desempenho de mandato eletivo, exceto para pro- CAPÍTULO V
moção por merecimento; DAS LICENÇAS
X - participação em congressos ou outros eventos cul- SEÇÃO I
turais, esportivos, técnicos, científicos ou sindicais, durante DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
o período autorizado.  
XI - licença-prêmio; Art. 77. O servidor terá direito à licença:
XII - licença maternidade com a duração de cento e oi- I - para tratamento de saúde;
tenta dias; (NR) II - por motivo de doença em pessoa da família;
XIII - licença-paternidade; III - maternidade;
XIV - licença para tratamento de saúde; IV - paternidade;
XV - licença por motivo de doença em pessoa da fa- V - para o serviço militar e outras obrigações previstas
mília; em lei;
XVI - faltas abonadas, no máximo de 3 (três) ao mês; VI - para tratar de interesse particular;
XVII - doação de sangue, 1 (um) dia; VII - para atividade política ou classista, na forma da lei;
XVIII - desempenho de mandato classista. VIII - por motivo de afastamento do cônjuge ou com-
§ 1° Será contado em dobro o tempo de serviço presta- panheiro;
do às Forças Armadas em operações de guerra. IX - a título de prêmio por assiduidade.
§ 2° As férias e a licença-prêmio serão contadas em do- § 1° As licenças previstas nos incisos I e II dependerão
bro para efeito de aposentadoria a partir da expressa re- de inspeção médica, realizada pelo órgão competente.
núncia do servidor. § 2° Ao servidor ocupante de cargo em comissão não se-
Art. 73. É vedada a contagem acumulada de tempo de rão concedidas as licenças previstas nos incisos VI, VII e VIII.
serviço simultaneamente prestado em mais de um cargo, § 3° A licença - da mesma espécie - concedida dentro
emprego ou função. 60 (sessenta) dias, do término da anterior, será considerada
Parágrafo único. Em regime de acumulação legal, o Es- como prorrogação.
tado não contará o tempo de serviço do outro cargo ou § 4° Expirada a licença, o servidor assumirá o cargo no
emprego, para o reconhecimento de vantagem pecuniária. primeiro dia útil subsequente.
  § 5° O servidor não poderá permanecer em licença da
CAPÍTULO IV mesma espécie por período superior a 24 (vinte e quatro)
DAS FÉRIAS meses, salvo os casos previstos nos incisos V, VII e VIII.
  Art. 78. A licença poderá ser prorrogada de ofício ou
Art. 74. O servidor, após cada 12 (doze) meses de exer- mediante solicitação.
cício adquire direito a férias anuais, de 30 (trinta) dias con- § 1° O pedido de prorrogação deverá ser apresentado
secutivos. pelo menos 8 (oito) dias antes de findo o prazo.
§ 1° É vedado levar, à conta das férias, qualquer falta § 2° O disposto neste artigo não se aplica às licenças
ao serviço. previstas no art. 77, incisos III, IV, VI e IX.
§ 2° As férias somente são interrompidas por motivo de Art. 79. É vedado o exercício de atividade remunerada
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, durante o período das licenças previstas nos incisos I e II
serviço militar ou eleitoral, ou por motivo de superior inte- do art. 77.
resse público; podendo ser acumuladas, pelo prazo máximo Art. 80.O servidor notificado que se recusar a submeter-
-se à inspeção médica, quando julgada necessária, terá sua
de dois anos consecutivos.
licença cancelada automaticamente.
§ 3° O disposto neste artigo se estende aos Secretários
 
de Estado. (NR)

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

SEÇÃO II SEÇÃO IV
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DAS LICENÇAS MATERNIDADE E PATERNIDADE
   
Art. 81. A licença para tratamento de saúde será concedi- Art. 88. Será concedida licença à servidora gestante, por
da a pedido ou de ofício, com base em inspeção médica, rea- cento e oitenta dias consecutivos, sem prejuízo de remune-
lizada pelo órgão competente, sem prejuízo da remuneração. ração.(NR)
Parágrafo único. Sempre que necessário, a inspeção § 1° A licença poderá ter início no primeiro dia do nono
médica será realizada na residência do servidor ou no esta- mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
belecimento hospitalar onde se encontrar internado. § 2° No caso de nascimento prematuro, a licença terá
Art. 82. A licença superior a 60 (sessenta) dias só po- início a partir do parto.
derá ser concedida mediante inspeção realizada por junta § 3° No caso de aborto, atestado por médico oficial, a ser-
médica oficial. vidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.
§ 1° Em casos excepcionais, a prova da doença poderá § 4º O benefício previsto no caput deste artigo alcan-
ser feita por atestado médico particular se, a juízo da ad- çará a servidora que já se encontre no gozo da referida li-
ministração, for inconveniente ou impossível a ida da junta cença. (NR)
médica à localidade de residência do servidor. Art. 89. Para amamentar o próprio filho, até a idade de
§ 2° Nos casos referidos no § anterior, o atestado só 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a
produzirá efeito depois de homologado pelo serviço médi- jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá
co oficial do Estado. ser parcelada em 2 (dois) períodos de meia hora.
§ 3° Verificando-se, a qualquer tempo, ter ocorrido má- Art. 90. À servidora que adotar ou obtiver a guarda ju-
-fé na expedição do atestado ou do laudo, a administração dicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos
promoverá a punição dos responsáveis. 90 (noventa) dias de licença remunerada.
Art. 83. Findo o prazo da licença, o servidor será sub- Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial
metido à nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que
trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.
Art. 91. Ao servidor será concedida licença-paternidade
Art. 84. O atestado e o laudo da junta médica não se
de 10 (dez) dias consecutivos, mediante a apresentação do
referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se
registro civil, retroagindo esta à data do nascimento.
tratar de lesões produzidas por acidente em serviço e doen-
 
ça profissional. SEÇÃO V
  DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR E OUTRAS
SEÇÃO III OBRIGATÓRIAS POR LEI
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA  
DA FAMÍLIA Art. 92. O servidor será licenciado, quando:
  a) convocado para o serviço militar na forma e condi-
Art. 85. Poderá ser concedida licença ao servidor por ções estabelecidas em lei;
motivo de doença do cônjuge, companheiro ou compa- b) requisitado pela Justiça Eleitoral;
nheira, padrasto ou madrasta; ascendente, descendente, c) sorteado para o trabalho do Júri;
enteado, menor sob guarda, tutela ou adoção, e colateral d) em outras hipóteses previstas em legislação federal
consanguíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante específica;
comprovação médica. Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor
Parágrafo único. Nas hipóteses de tutela, guarda e ado- terá até 30 (trinta) dias, sem remuneração, para reassumir o
ção, deverá o servidor instruir o pedido com documento exercício do cargo.
legal comprobatório de tal condição.  
Art. 86. A licença para tratamento de saúde em pessoa SEÇÃO VI
da família será concedida: DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES
I - com remuneração integral, no primeiro mês; PARTICULARES
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, quando ex-  
ceder de 1 (um) até 6 (seis) meses; Art. 93. A critério da administração, poderá ser conce-
III - com 1/3 (um terço) da remuneração quando exce- dida ao servidor estável, licença para o trato de assuntos
der a 6 (seis) meses até 12 (doze) meses; particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos,
IV - sem remuneração, a partir do 12°. (décimo segun- sem remuneração.
do) e até o 24°. (vigésimo quarto) mês. § 1° A licença poderá ser interrompida, a qualquer tem-
Parágrafo único. O órgão oficial poderá opinar pela po, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
concessão da licença pelo prazo máximo de 30 (trinta) dias, § 2° Não se concederá nova licença antes de decorrido
renováveis por períodos iguais e sucessivos, até o limite de 2 (dois) anos do término da anterior.
 
2 (dois) anos.
SEÇÃO VII
Art. 87. Nos mesmos parâmetros do artigo anterior será
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA OU
concedida licença para o pai, a mãe, ou responsável legal de CLASSISTA
excepcional em tratamento.  
  Art. 94. O servidor terá direito à licença para atividade po-
lítica, obedecido o disposto na legislação federal específica.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

Parágrafo único. Ao servidor investido em mandato ele- II - convertida, obrigatoriamente, em remuneração


tivo aplicam-se as seguintes disposições: adicional, na aposentadoria ou falecimento, sempre que a
I - tratando-se de mandato federal ou estadual ficará fração de tempo for igual ou superior a 1/3 (um terço) do
afastado do cargo ou função; período exigido para o gozo da licença-prêmio.
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do Parágrafo único. Decorridos 30 (trinta) dias do pedido
cargo ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remu- de licença, não havendo manifestação expressa do Poder
neração; Público, é permitido ao servidor iniciar o gozo de sua licença.
III - investido no mandato de Vereador: Art. 100. Para os efeitos da assiduidade, não se conside-
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as ram interrupção do exercício os afastamentos enumerados
vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do no art. 72.
cargo eletivo;  
b) não havendo compatibilidade de horários, será afas- CAPÍTULO VI
tado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remu- DO DIREITO DE PETIÇÃO
neração.  
Art. 95. É assegurado ao servidor o direito à licença para Art. 101. É assegurado ao servidor:
desempenho de mandato em confederação, federação, sin- I - o direito de petição em defesa de direitos ou contra
dicato representativo da categoria, associação de classe de ilegalidade ou abuso de poder;
âmbito local e/ou nacional, sem prejuízo de remuneração II - a obtenção de certidões em defesa de direitos e
do cargo efetivo. (NR) esclarecimento de situações de interesse pessoal.
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores Art. 102. O direito de peticionar abrange o requerimen-
eleitos para cargos de direção ou representação nas referi- to, a reconsideração e o recurso.
das entidades, até o máximo de quatro por entidade consti- Parágrafo único. Em qualquer das hipóteses, o prazo
tuída em conformidade com o art. 5º, inciso LXX, alínea “b”, para decidir será de 30 (trinta) dias; não havendo a auto-
da Constituição Federal. (NR) ridade competente, prolatado a decisão, considerar-se-á
§ 2º A licença terá duração igual ao mandato, podendo como indeferida a petição.
ser prorrogada, no caso de reeleição, por uma única vez. (NR) Art. 103. O requerimento será dirigido à autoridade
§ 3º O período de licença de que trata este artigo será competente para decidir sobre ele e encaminhá-lo à que
contado para todos os efeitos legais, exceto para a promo- estiver imediatamente subordinado o requerente.
ção por merecimento. (NR) Art. 104. Cabe pedido de reconsideração à autoridade
  que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão,
SEÇÃO VIII não podendo ser renovado.
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE Art. 105. Caberá recurso:
  I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
Art. 96. Ao servidor estável, será concedida licença sem II - das decisões sobre os recursos sucessivamente in-
remuneração, quando o cônjuge ou companheiro, servidor terpostos.
civil ou militar: § 1° O recurso será dirigido à autoridade imediatamen-
I - assumir mandato conquistado em eleição majoritária te superior à que tiver expedido o ato ou proferido a de-
ou proporcional para exercício de cargo em local diverso do cisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais
da lotação do acompanhante; autoridades.
II - for designado para servir fora do Estado ou no ex-
terior. § 2° O recurso será encaminhado por intermédio da
Art. 97. A licença será concedida pelo prazo da duração autoridade à que estiver imediatamente subordinado o re-
do mandato, ou nos demais casos por prazo indeterminado. querente.
§ 1° A licença será instruída com a prova da eleição, Art. 106. O prazo para interposição de pedido de re-
posse ou designação. consideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar
§ 2° Na hipótese do deslocamento de que trata este da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
artigo, o servidor poderá ser lotado, provisoriamente, em recorrida.
repartição da Administração Estadual direta, autárquica ou Art. 107. O recurso quando tempestivo terá efeito sus-
fundacional, desde que para o exercício de atividade com- pensivo e interrompe a prescrição.
patível com o seu cargo.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de
 
SEÇÃO IX reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroa-
DA LICENÇA-PRÊMIO girão à data do ato impugnado.
  Art. 108. O direito de requerer prescreve:
Art. 98. Após cada triênio ininterrupto de exercício, o I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e
servidor fará jus à licença de 60 (sessenta) dias, sem prejuízo de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que
da remuneração e outras vantagens. afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das re-
Art. 99. A licença será: lações funcionais;
I - a requerimento do servidor: II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
a) gozada integralmente, ou em duas parcelas de 30 quando outro prazo por fixado em lei.
(trinta) dias;
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da
b) convertida integralmente em tempo de serviço, con-
tado em dobro; data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência
c) (VETADO) pelo interessado, quando o ato não for publicado.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

Art. 109. Para o exercício do direito de petição, é asse- § 1° As vantagens definidas neste artigo são extensivas
gurada vista do processo ou documento, na repartição, ao ao servidor que, à época da aposentadoria, contar ou per-
servidor ou a procurador por ele constituído. fizer 10 (dez) anos consecutivos ou não, em cargos de co-
Parágrafo único. Os prazos contam-se continuamente missão ou função gratificada, mesmo que, ao aposentar-se,
a partir da publicação ou ciência do ato, excluído o dia do se ache fora do exercício do cargo ou da função gratificada.
começo e incluindo o do vencimento. § 2° Quando mais de um cargo ou função tenha sido
  exercido, serão atribuídos os proventos de maior padrão
Capítulo VII desde que lhe corresponda o exercício mínimo de 2 (dois)
Da Aposentadoria anos consecutivos; ou padrão imediatamente inferior, se
  menor o lapso de tempo desses exercícios
Art. 110. O servidor será aposentado: § 3° A aplicação do disposto neste artigo exclui as van-
I - por invalidez permanente, com proventos integrais, tagens previstas no artigo anterior, bem como os adicionais
quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profis- pelo exercício de cargo de direção ou assessoramento, res-
sional, ou doença grave ou incurável especificada em lei, e salvado o direito de opção.
proporcionais nos demais casos; Art. 115. Os proventos da aposentadoria serão revistos,
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se mo-
com proventos proporcionais ao tempo de serviço; dificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo,
III - voluntariamente: também, estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e vantagens posteriormente concedidos aos servidores em
aos 30 (trinta), se mulher, com proventos integrais; atividade, inclusive quando decorrentes da transformação
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a apo-
do magistério, se professor, e aos 25 (vinte e cinco) anos, se sentadoria, independente de requerimento.
professora, com proventos integrais;  
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 Capítulo VIII
(vinte e cinco) anos, se mulher, com proventos proporcio- Dos Direitos e Vantagens Financeiras
nais a esse tempo; Seção I
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e Do Vencimento e da Remuneração
aos 60 (sessenta), se mulher, com proventos proporcionais  
ao tempo de serviço. Art. 116. O vencimento é a retribuição pecuniária mensal
§ 1° No caso do exercício de atividades consideradas devida ao servidor, correspondente ao padrão fixado em lei.
penosas, insalubres ou perigosas, o disposto no inciso III, Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de
a e c obedecerá ao que dispuser lei complementar federal. vencimento, importância inferior ao salário mínimo.
§ 2° A aposentadoria em cargos ou empregos temporá- Art. 117. A revisão geral dos vencimentos dos servido-
rios observará o disposto na lei federal. res civis será feita, pelo menos, nos meses de abril e outu-
Art. 111. A aposentadoria compulsória será automática bro, com vigência a partir desses meses.
e o servidor afastar-se-á do serviço ativo no dia imediato Parágrafo único. Abonos e antecipação, à conta da revi-
àquele em que atingir a idade-limite, e o ato que a declarar são, ficam condicionados ao limite de despesas, definido na
terá vigência a partir da data em que o servidor tiver com- Lei de Diretrizes Orçamentárias.
pletado 70 (setenta) anos de idade. Art. 118. Remuneração é o vencimento acrescido das
Art. 112. A aposentadoria voluntária ou por invalidez demais vantagens de caráter permanente, atribuídas ao ser-
vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato. vidor pelo exercício do cargo público.
§ 1° A aposentadoria por invalidez será precedida de Parágrafo único. As indenizações, auxílios e demais van-
licença para tratamento de saúde, por período não exce- tagens, ou gratificações de caráter eventual não integram a
dente a 24 (vinte e quatro) meses. remuneração.
§ 2° Expirado o período de licença e não estando em Art. 119. Proventos são rendimentos atribuídos ao ser-
condições de reassumir o cargo, ou de ser readaptado, o vidor em razão da aposentadoria ou disponibilidade.
servidor será aposentado. Art. 120. O vencimento, a remuneração e os proventos
§ 3° O lapso de tempo compreendido entre o término não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos
da licença para tratamento de saúde e a publicação do ato casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
da aposentadoria será considerado como de prorrogação Art. 121. A remuneração do servidor não excederá, no
da licença. âmbito do respectivo Poder, os valores percebidos como
§ 4° Nos casos de aposentadoria voluntária ao servidor remuneração, em espécie, a qualquer título, pelos Deputa-
que a requerer, fica assegurado o direito de não compare- dos Estaduais, Secretários de Estado e Desembargadores.
cer ao trabalho a partir do 91°. (nonagésimo primeiro) dia § 1° Entre o maior e o menor vencimento, a relação de
subsequente ao do protocolo do requerimento da aposen- valores será de um para vinte.
tadoria, sem prejuízo da percepção de sua remuneração, § 2° No Ministério Público, o limite máximo é o valor
caso não seja antes cientificado do indeferimento. percebido como remuneração, em espécie, a qualquer títu-
Art. 113. (VETADO) lo, pelos Procuradores de Justiça.
Art. 114. Será aposentado, com os proventos corres- § 3° Os acréscimos pecuniários, percebidos pelo servi-
dor público, não serão computados nem acumulados, para
pondentes à remuneração do cargo em comissão ou da
fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo
função gratificada, o servidor que o tenha exercido por 5
título ou idêntico fundamento.
(cinco) anos consecutivos.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

Art. 122. R E V O G A D O Art. 128. Ao servidor serão concedidos adicionais:


Art. 123. O 13° (décimo terceiro) salário será pago com base I - pelo exercício do trabalho em condições penosas,
na remuneração ou proventos integrais do mês de dezembro. insalubres ou perigosas;
§ 1° O 13° (décimo terceiro) salário corresponderá a um II - pelo exercício de cargo em comissão ou função gra-
doze avos por mês de serviço, e a fração igual ou superior a tificada;
15 (quinze) dias será considerada como mês integral. III - por tempo de serviço.
§ 2° Na exoneração e na demissão, o 13° (décimo ter- Art. 129. O adicional pelo exercício de atividades peno-
ceiro) salário será pago no mês dessas ocorrências. sas, insalubres ou perigosas será devido na forma prevista
Art. 124. O servidor perderá: em lei federal.
I - no caso de ausência e impontualidade: Parágrafo único. Os adicionais de insalubridade, pericu-
a) o vencimento ou remuneração do dia, quando não losidade, ou pelo exercício em condições penosas são ina-
comparecer ao serviço; cumuláveis e o seu pagamento cessará com a eliminação
das causas geradoras, não se incorporando ao vencimento,
b) (VETADO)
sob nenhum fundamento.
II - metade da remuneração na hipótese de suspensão
Art. 130. (REVOGADO)
disciplinar convertida em multa; § 1° (REVOGADO)
III - o vencimento, a remuneração, ou parte deles, nos § 2° (REVOGADO)
demais casos previstos nesta lei. § 3° (REVOGADO)
Parágrafo único. As faltas ao serviço, em razão de cau- § 4° (REVOGADO)
sa relevante, poderão ser abonadas pelo titular do órgão, Art. 131. O adicional por tempo de serviço será devido
quando requerido abono no dia útil subsequente, obedeci- por triênios de efetivo exercício, até o máximo de 12 (doze).
do o disposto no art. 72, inciso XVI. § 1° Os adicionais serão calculados sobre a remunera-
Art. 125. As reposições devidas e as indenizações por ção do cargo, nas seguintes proporções:
prejuízos que o servidor causar, poderão ser descontadas I - aos três anos, 5%;
em parcelas mensais monetariamente corrigidas, não exce- II - aos seis anos, 5% - 10%;
dentes à décima parte da remuneração ou provento. III - aos nove anos, 5% - 15%;
Parágrafo único. A faculdade de reposição ou indeniza- IV - aos doze anos, 5% - 20%;
ção parceladas não se estende ao servidor exonerado, de- V - aos quinze anos, 5% - 25%;
mitido ou licenciado sem vencimento. VI - aos dezoito anos, 5% - 30%;
Art. 126. As consignações em folha de pagamento, para VII - aos vinte e um anos, 5% - 35%;
efeito de desconto, não poderão, as facultativas, exceder VIII - aos vinte e quatro anos, 5% - 40%;
a 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração. (NR) IX - aos vinte e sete anos, 5% - 45%;
Parágrafo único. A consignação em folha, servirá, unica- X - aos trinta anos, 5% - 50%;
mente, como garantia de: XI - aos trinta e três anos, 5% - 55%;
I - débito à Fazenda Pública; XII - após trinta e quatro anos, 5% - 60%.
II - contribuições para as associações ou sindicatos re- § 2° O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em
presentantes das categorias de servidores públicos estaduais; que completar o triênio, independente de solicitação.
III - dívidas para cônjuge, ascendente ou descendente,  
em cumprimento de decisão judicial; SEÇÃO IV
IV - contribuições para aquisição de casa própria, nego- DAS GRATIFICAÇÕES
ciada através de órgão oficial;  
V - empréstimos contraídos junto ao órgão previden- Art. 132. Ao servidor serão concedidas gratificações:
ciário do Estado do Pará; I - pela prestação de serviço extraordinário;
VI - autorização do servidor a favor de terceiros, a cri- II - a título de representação;
tério da administração, com a reposição de custos definida III - pela participação em órgão colegiado;
em regulamento. IV - pela elaboração de trabalho técnico, científico ou
de utilidade para o serviço público;
 
V - pelo regime especial de trabalho;
SEÇÃO II
VI - pela participação em comissão, ou grupo especial
DAS VANTAGENS
de trabalho;
  VII - pela escolaridade;
Art. 127. Além do vencimento, o servidor poderá perce- VIII - pela docência, em atividade de treinamento;
ber as seguintes vantagens: IX - pela produtividade;
I - adicionais; X - pela interiorização;
II - gratificações; XI - pelo exercício de atividade na área de educação
III - diárias; especial;
IV - ajuda de custo; XII - Pelo exercício da função.
V - salário-família; Parágrafo único. Os casos considerados como de efe-
VI - indenizações; tivo exercício pelo art. 72, excetuados os incisos V, IX e XVI
VII - outras vantagens e concessões previstas em lei. não implicam a perda das gratificações previstas neste arti-
Parágrafo único. Excetuados os casos expressamente go, salvo a do inciso I.
previstos neste artigo, o servidor não poderá perceber, a Art. 133. O serviço extraordinário será pago com acrés-
qualquer título ou forma de pagamento, nenhuma outra cimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora nor-
vantagem financeira. mal de trabalho.
Seção III - Dos Adicionais

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

§ 1° Somente será permitido serviço extraordinário para formal designação ou autorização, será arbitrada previa-
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado mente, não podendo exceder ao vencimento ou remune-
o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada ração do servidor.
§ 2° Será considerado serviço extraordinário aquele que § 1° O percentual da gratificação será fixado, conside-
exceder, por antecipação ou prorrogação, à jornada normal rando-se a duração da atividade e o vencimento ou remu-
diária de trabalho. neração do servidor, sendo idêntico para todos os mem-
§ 3° A prestação de serviço extraordinário não poderá bros quando se tratar de comissão ou grupo de trabalho.
exceder ao limite de 60 (sessenta) horas mensais, salvo para § 2° O pagamento da gratificação cessará na data da
os servidores integrantes de categorias funcionais com ho- conclusão do trabalho, e esta não será incorporada à remu-
rário diferenciados em legislação própria. neração, sob nenhuma hipótese.
Art. 134. O serviço noturno, prestado em horário com- § 3° Não havendo concluído o trabalho no prazo fixado
preendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5(cinco) ou prorrogado, o servidor fica obrigado a ressarcir mensal-
horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% mente, no mesmo percentual recebido, o valor da gratifica-
(vinte e cinco por cento) computando-se cada hora como ção de que trata este artigo.
52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta segundos). § 4° Esta gratificação não substitui nem impede o reco-
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordi- nhecimento do direito autoral, quando a atribuição não for
nário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a inerente ao cargo.
gratificação prevista no artigo anterior. Art. 140. A gratificação de escolaridade, calculada sobre
Art. 135. A gratificação de representação será atribuída o vencimento, será devida nas seguintes proporções:
aos servidores ocupantes de cargos comissionados de Dire- I - (VETADO)
ção e Assessoramento Superior. II - (VETADO)
Parágrafo único. A gratificação de representação inci- III - na quantia correspondente a 80% (oitenta por cen-
dirá sobre o padrão do cargo, nos seguintes percentuais: to), ao titular de cargo para cujo exercício a lei exija habi-
a) GEP-DAS.6 - 100% (cem por cento); litação correspondente à conclusão do grau universitário.
b) GEP-DAS.5 - 95% (noventa e cinco por cento);
Art. 141. A gratificação pela docência, em atividade de
c) GEP-DAS.4 - 90% (noventa por cento);
treinamento, será atribuída ao servidor, no regime hora-aula,
d) GEP-DAS.3 - 85% (oitenta e cinco por cento);
desde que esta atividade não seja inerente ao exercício do car-
e) GEP-DAS.2 - 80% (oitenta por cento);
go e seja desempenhada fora da jornada normal de trabalho.
f) GEP-DAS.1 - 80% (oitenta por cento).
Art. 142. A gratificação de produtividade destina-se a es-
Art. 136. A gratificação pela participação em órgão co-
timular as atividades dos servidores ocupantes de cargos nas
legiado será fixada através de regulamento. áreas de tributação, arrecadação e fiscalização fazendária,
Art. 137. A gratificação por regime especial de trabalho extensiva aos servidores de apoio técnico operacional e ad-
é a retribuição pecuniária mensal destinada aos ocupantes ministrativo da Secretaria de Estado da Fazenda, observados
dos cargos que, por sua natureza, exijam a prestação do os critérios, prazos e percentuais previstos em regulamento.
serviço em tempo integral ou de dedicação exclusiva. Art. 143. A gratificação de interiorização é devida aos
§ 1° As gratificações devidas aos funcionários convoca- servidores que, tendo domicílio na região metropolitana
dos para prestarem serviço em regime de tempo integral ou de Belém, sejam lotados, transferidos, ou removidos para
de dedicação exclusiva obedecerão escala variável, fixada em outros Municípios, enquanto perdurar essa lotação ou mo-
regulamento, respeitados os seguintes limites percentuais: vimentação.
a) pelo tempo integral, a gratificação variará entre 20% Parágrafo único. A gratificação de interiorização será
(vinte por cento) e 70% (setenta por cento) do vencimento calculada sobre o valor do vencimento, não podendo ex-
atribuído ao cargo; ceder-lhe e será proporcional ao grau de dificuldade de
b) pela dedicação exclusiva, a gratificação variará entre acesso ao Município, observados os percentuais fixados em
50% (cinquenta por cento) e 100% (cem por cento) do ven- regulamento.
cimento atribuído ao cargo. Art. 144. A gratificação de função será devida por en-
§ 2° A concessão da gratificação por regime especial cargo de chefia e outros que a lei determinar.
de trabalho, de que trata este artigo, dependerá, em cada  
caso, de ato expresso das autoridades referidas no art. 19 SEÇÃO V
da presente lei. DAS DIÁRIAS
Art. 138. As gratificações por prestação de serviço ex-  
traordinário e por regime especial de trabalho excluem-se Art. 145. Ao servidor que, em missão oficial ou de es-
mutuamente. tudos, afastar-se temporariamente da sede em que seja lo-
§ 1° Ao servidor sujeito ao regime de dedicação exclusi- tado, serão concedidas, além do transporte, diárias a título
de indenização das despesas de alimentação, hospedagem
va é vedado o exercício de outro cargo ou emprego
e locomoção urbana.
§ 2° A gratificação, em regime de tempo integral, não
§ 1° A diária será concedida por dia de afastamento,
se coaduna com a mesma vantagem percebida em outro sendo devida pela metade, quando o deslocamento não
cargo, de qualquer esfera administrativa, exercido cumula- exigir pernoite fora da sede.
tivamente no serviço público. § 2° As diárias serão pagas antecipadamente e isentam
Art. 139. A gratificação pela participação em comissão o servidor da posterior prestação de contas.
ou grupo especial de trabalho e pela elaboração ou exe- Art. 146. No arbitramento das diárias será considerado
cução de trabalho técnico ou científico, em decorrência de o local para o qual foi deslocado o funcionário.

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Art. 147. Não caberá a concessão de diárias, quando o III - um dos cônjuges já perceba esse direito.
deslocamento do servidor constituir exigência permanente Art. 159. (REVOGADO)
do cargo. § 1° (REVOGADO)
Art. 148. O servidor que não se afastar da sede, por § 2° (REVOGADO)
qualquer motivo, fica obrigado a restituir integralmente o § 3° (REVOGADO)
valor das diárias e custos de transporte recebidos, no prazo  
de 5 (cinco) dias. CAPÍTULO IX
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à OUTRAS VANTAGENS E CONCESSÕES
sede, no prazo menor do que o previsto para o seu afasta-  
mento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo Art. 160. Além das demais vantagens previstas nesta lei,
previsto no caput deste artigo. será concedido:
Art. 149. Conceder-se-á indenização de transporte ao I - Ao servidor:
servidor que realizar despesas com a utilização de meio de a) participação no Programa de Formação do Patrimô-
locomoção, conforme se dispuser em regulamento. nio do Servidor Público;
  b) vale-transporte, nos termos da Legislação Federal;
SEÇÃO VI c) auxílio-natalidade, correspondente a um salário mí-
DAS AJUDAS DE CUSTO nimo, após a apresentação da certidão de nascimento para
  a inscrição do dependente;
Art. 150. A ajuda de custo será concedida ao servidor d) auxílio-doença, correspondente a um mês de remu-
que, no interesse do serviço público, passar a ter exercício neração, após cada período consecutivo de 6 (seis) meses
em nova sede com mudança de domicílio. de licença para tratamento de saúde;
§ 1° A ajuda de custo destina-se a compensar o servidor e) custeio do tratamento de saúde, quando laudo de
pelas despesas realizadas com seu transporte e de sua famí- junta médica oficial atestar tratar-se de lesão produzida por
lia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. acidente em serviço ou doença profissional;
§ 2° Não será concedida ajuda de custo ao servidor que: f) quando estudante, e mediante comprovação, regime
a) afastar-se do cargo ou reassumi-lo em virtude do de compensação para realização de provas e abono de fal-
exercício ou término de mandato eletivo; tas para exame vestibular;
b) for colocado à disposição de outro Poder, ou esfera g) transporte ou indenização correspondente, quando
de Governo; licenciado para tratamento de saúde, estando impossibili-
c) for removido ou transferido, a pedido. tado de locomover-se, na forma do regulamento;
§ 3° À família do servidor que falecer na nova sede, se- h) seguro contra acidente de trabalho, para os que
rão assegurados ajuda de custo e transporte para a locali- exerçam atividades com risco de vida.
dade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado II - Ao cônjuge, companheiro ou dependentes:
do óbito. a) custeio das despesas de translado do corpo, quando
Art. 151. Caberá, também, ajuda de custo ao servidor o servidor, no desempenho de suas atribuições, falecer fora
designado para serviço ou estudo no exterior, a qual será da sede do exercício;
arbitrada pela autoridade que efetuar a designação. b) auxílio-funeral, correspondente a 2 (dois) meses de
Art. 152. A ajuda de custo será calculada sobre a remu- remuneração ou provento, aos dependentes ou, na ausên-
neração do servidor, conforme se dispuser em regulamen- cia destes, a quem realizar as despesas do sepultamento;
to, não podendo exceder à importância correspondente a 3 c) pensão especial, no valor integral do vencimento ou
(três) meses. remuneração, quando o servidor falecer em decorrência de
Art. 153. As ajudas de custo serão restituídas, quando: acidente em serviço ou moléstia profissional;
I - o servidor não se apresentar na nova sede no prazo d) vantagens pecuniárias que o servidor deixou de per-
de 30 (trinta) dias; ceber em decorrência de seu falecimento.
II - o servidor solicitar exoneração; Art. 161. Garantido o direito de opção, é vedada a per-
III - a designação for tornada sem efeito. cepção cumulativa de duas ou mais pensões, ressalvadas a
Seção VII - Do Salário-Família diretriz constitucional da acumulação remunerada de car-
Art. 154. (REVOGADO) gos públicos.
§ 1° (REVOGADO)  
§ 2° (REVOGADO) CAPÍTULO X
§ 3° (REVOGADO) DAS ACUMULAÇÕES REMUNERADAS
Art. 155. (REVOGADO)  
§ 1°(REVOGADO) Art. 162. É vedada a acumulação remunerada de cargos
§ 2° (REVOGADO) públicos, exceto quando houver compatibilidade de horá-
Art. 156. O salário-família é devido, a partir do início do rios, nos seguintes casos:
exercício do cargo e comprovação da dependência. a) a de 2 (dois) cargos de professor;
Art. 157. O afastamento do cargo efetivo, sem remune- b) a de 1 (um) cargo de professor com outro técnico ou
ração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário- científico, de nível médio ou superior;
-família. c) a de 2 (dois) cargos privativos de médico.
Art. 158. Será suspenso definitivamente o pagamento Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a
do salário-família quando: empregos e funções e abrange autarquias, fundações man-
I - cessada a dependência; tidas pelo Poder Público, empresas públicas, sociedades de
II - verificada a inexatidão dos documentos apresentados;

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economia mista, da União, Distrito Federal, dos Estados, dos § 2° O atendimento de urgência e emergência fora do do-
Territórios e dos Municípios, não se aplicando, porém, ao micílio do servidor obedecerá ao que dispuser o regulamento.
aposentado, quando investido em cargo comissionado.  
Art. 163. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica CAPÍTULO III
condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Parágrafo único. O servidor não poderá exercer mais de  
um cargo em comissão. Art. 172. Os planos de Previdência Social atenderão, nos
Art. 164. A acumulação será havida de boa-fé, até final termos da legislação pertinente:
conclusão de processo administrativo. I - à cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte,
Art. 165. (VETADO) incluindo os resultantes de acidentes de trabalho, velhice e
  reclusão;
TÍTULO IV II - à pensão por morte de segurado, homem ou mu-
DA SEGURIDADE SOCIAL lher, ao cônjuge e dependente.
CAPÍTULO I § 1° A contribuição previdenciária incidirá sobre a re-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS muneração total do servidor, exceto salário-família, com a
  consequente repercussão em benefícios.
Art. 166. A seguridade social compreende um conjun- § 2° É assegurado o reajustamento de benefícios para
to de ações do Estado destinadas a assegurar os direitos à preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real da épo-
saúde, à previdência e à assistência social do servidor e de ca da concessão.
seus dependentes. § 3° O 13° (décimo terceiro) salário dos aposentados e
Parágrafo único. Na seguridade social prevalecem os pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de
seguintes objetivos: dezembro de cada ano.
I - universalidade da cobertura do atendimento;  
II - uniformidade dos benefícios;
III - irredutibilidade do valor dos benefícios; CAPÍTULO IV
IV - caráter democrático da gestão administrativa, com DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
participação paritária do servidor estável e do aposentado  
eleitos para o colegiado do órgão previdenciário do Estado Art. 173. A assistência social será prestada ao servidor
do Pará. e dependentes.
Art. 167. O Município que não dispuser de sistema pre- Art. 174. A assistência social tem por objetivo:
I - proteção ao servidor, sobretudo nos trabalhos peno-
videnciário próprio poderá aderir, mediante convênio, ao
sos, insalubres e perigosos;
órgão de seguridade do Estado do Pará para garantir aos II - proteção à família, à maternidade e à infância;
seus servidores a seguridade, na forma da lei. III - amparo às crianças, em creche;
Art. 168. A seguridade social será financiada através das IV - a cultura, o esporte, a recreação e o lazer.
seguintes contribuições:  
I - contribuição incidente sobre a folha de vencimento TÍTULO V
e remunerações; DA ASSOCIAÇÃO SINDICAL
II - dos servidores de qualquer quadro funcional;  
III - de outras fontes estabelecidas em lei destinadas a Art. 175. É garantido ao servidor público civil do Estado
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. do Pará o direito à livre associação, como também, entre
Parágrafo único. As receitas destinadas à seguridade outros, os seguintes direitos, dela decorrentes:
social constarão do orçamento do Estado do Pará. a) de ser representado pelos sindicatos, na forma da
legislação processual civil;
Art. 169. As metas e prioridades caracterizadoras dos
b) de inamovibilidade dos dirigentes dos sindicatos até
programas, projetos e atividades estabelecidas no orça- 1 (um) ano após o final do mandato;
mento, manterão absoluta fidelidade à finalidade e ao ob- c) de descontar em folha, mediante autorização do ser-
jetivo do órgão de Previdência e Assistência dos Servidores vidor, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado,
do Estado do Pará. o valor das mensalidades e contribuições definidas em As-
  sembleia Geral da categoria.
CAPÍTULO II Art. 176. É assegurada a participação permanente do
DA SAÚDE servidor nos colegiados dos órgãos do Estado do Pará em
  que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam
Art. 170. A assistência à saúde será prestada pelo órgão objeto de discussão e deliberação.
estadual competente e, de forma complementar, por insti-  
tuições públicas e privadas. TÍTULO VI
Art. 171. Nas situações de urgência e emergência o se- DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES E DAS RESPON-
SABILIDADES
tor de Recursos Humanos comunicará formalmente ao ór- CAPÍTULO I
gão de seguridade social, no primeiro dia útil seguinte, o DOS DEVERES
atendimento médico do servidor ou de seus dependentes.  
§ 1° A assistência à saúde fora do domicílio do servidor Art. 177. São deveres do servidor:
depende da manifestação favorável do órgão de segurida- I - assiduidade e pontualidade;
de social do Estado do Pará. II - urbanidade;

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III - discrição; XXI - praticar atos, tipificados em lei como crime, contra
IV - obediência às ordens superiores, exceto quando a administração pública;
manifestamente ilegais; XXII - exercer a advocacia fora das atribuições institu-
V - exercício pessoal das atribuições; cionais, se ocupante do cargo incompatível;
VI - observância aos princípios éticos, morais, às leis e XXIII - retardar, injustificadamente, a nomeação de clas-
regulamentos; sificado em concurso público.
VII - atualização de seus dados pessoais e de seus de- Parágrafo único. Não se compreende na proibição do
pendentes; inciso VIII o exercício de cargo ou função na Administração
VIII - representação contra as ordens manifestamente Indireta, quando regularmente colocado à disposição.
ilegais e contra irregularidades;
IX - atender com presteza: CAPÍTULO III
a) às requisições para a defesa do Estado; DAS RESPONSABILIDADES
b) às informações, documentos e providências solicita-
das por autoridades judiciárias ou administrativas; Art. 179. O servidor responde civil, penal e administrati-
c) à expedição de certidões para a defesa de direitos, vamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
para a arguição de ilegalidade ou abuso de autoridade. Art. 180. A responsabilidade civil decorre de ato omissi-
vo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuí-
CAPÍTULO II zo ao erário ou a terceiros.
DAS PROIBIÇÕES § 1° A indenização de prejuízo dolosamente causado
ao erário somente será liquidada na forma prevista no art.
Art. 178. É vedado ao servidor: 125, na falta de outros bens que assegurem a execução do
I - acumular inconstitucionalmente cargos ou empre- débito pela via judicial.
gos na administração pública; § 2° Tratando-se de dano causado a terceiros, responde-
II - revelar fato de que tem ciência em razão do cargo, rá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
e que deve permanecer em sigilo, ou facilitar sua revelação; § 3° A obrigação de reparar o dano estende-se aos su-
III - pleitear como intermediário ou procurador junto cessores e contra eles será executada, até o limite do valor
ao serviço público, exceto quando se tratar de interesse do da herança recebida.
cônjuge ou dependente; Art. 181. As sanções civis, penais e administrativas po-
IV - deixar de comparecer ao serviço, sem causa justifi- derão cumular-se, sendo independentes entre si.
cada, por 30 (trinta) dias consecutivos; Art. 182. A absolvição judicial somente repercute na es-
V - valer-se do exercício do cargo para auferir proveito fera administrativa, se negar a existência do fato ou afastar
pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função; do servidor a autoria.
VI - cometer encargo legítimo de servidor público à pes-
soa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei; CAPÍTULO IV
VII - participar de gerência ou administração de empre- DAS PENALIDADES E SUA APLICAÇÃO
sa privada, de sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto
na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Art. 183. São penas disciplinares:
VIII - aceitar contratos com a Administração Estadual, I - repreensão;
quando vedado em lei ou regulamento; II - suspensão;
IX - participar da gerência ou administração de associa- III - demissão:
ção ou sociedade subvencionada pelo Estado, exceto enti- IV - destituição de cargo em comissão ou de função
dades comunitárias e associação profissional ou sindicato; gratificada;
X - tratar de interesses particulares ou desempenhar V - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade.
atividade estranha ao cargo, no recinto da repartição; Art. 184. Na aplicação das penalidades serão considera-
XI - referir-se, de modo ofensivo, a servidor público e a dos cumulativamente:
ato da Administração; I - os danos decorrentes do fato para o serviço público;
XII - utilizar-se do anonimato, ou de provas obtidas ili- II - a natureza e a gravidade da infração e as circunstân-
citamente; cias em que foi praticada;
XIII - permutar ou abandonar serviço essencial, sem ex- III - a repercussão do fato;
pressa autorização; IV - os antecedentes funcionais.
XIV - omitir-se no zelo e conservação dos bens e docu- Art. 185. As penas disciplinares serão aplicadas através de:
mentos públicos; I - portaria, no caso de repreensão e suspensão;
XV - desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de II - decreto, no caso de demissão, destituição de cargo
decisão judicial; em comissão ou de função gratificada, cassação de aposen-
XVI - deixar, sem justa causa, de observar prazos legais tadoria ou de disponibilidade.
administrativos ou judiciais; Parágrafo único. A portaria ou o decreto indicará a pe-
XVII - praticar ato lesivo ao patrimônio Estadual; nalidade e o fundamento legal, com a devida inscrição nos
XVIII - solicitar, aceitar ou exigir vantagem indevida pela assentamentos do servidor.
abstenção ou prática regular de ato de ofício; Art. 186. Na aplicação de penalidade, serão inadmissí-
XIX - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem veis as provas obtidas por meios ilícitos.
autorização legal; Art. 187. Aos acusados e litigantes, em processo admi-
XX - exercer atribuições sob as ordens imediatas de pa- nistrativo, são assegurados o contraditório e a ampla defe-
rentes até o segundo grau, salvo em cargo comissionado; sa, com os meios e recursos a ela inerentes.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

Parágrafo único. Ao servidor punido com pena discipli- § 2° O abandono de cargo só se configura pela ausência
nar é assegurado o direito de pedir reconsideração e recor- intencional do servidor ao serviço, por mais de 30 (trinta)
rer da decisão. dias consecutivos e injustificados.
Art. 188. A pena de repreensão será aplicada nas infra- Art. 191. Verificada, em processo disciplinar, a acumula-
ções de natureza leve, em caso de falta de cumprimento ção proibida e provada a boa-fé, o servidor optará por um
dos deveres ou das proibições, na forma que dispuser o dos cargos.
regulamento. § 1° Provada a má-fé, perderá também o cargo que
Art. 189. A pena de suspensão, que não exceder a 90 exercia há mais tempo e restituirá o que tiver percebido in-
(noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave, reinci-
devidamente.
dência, ou infração ao disposto no art. 178, VII, XI, XII, XIV
§ 2° Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos
e XVII.
§ 1° O servidor, enquanto suspenso, perderá os direitos cargos, função ou emprego exercido em outro órgão ou
e vantagens de natureza pecuniária, exceto o salário-família. entidade, a demissão lhe será comunicada.
§ 2° Quando licenciado, a penalidade será aplicada após Art. 192. A destituição de cargo em comissão ou de fun-
o retorno do servidor ao exercício. ção gratificada será aplicada nos casos de infração, sujeita à
§ 3° Quando houver conveniência para o serviço, a au- penalidade de demissão.
toridade que aplicar a pena de suspensão poderá convertê- Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata
-la em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia este artigo, a exoneração efetuada, nos termos do artigo
de vencimento ou remuneração, permanecendo o servidor 60, será convertida em destituição de cargo em comissão
em exercício. ou de função gratificada.
Art. 190. A pena de demissão será aplicada nos casos de:
I - crime contra a Administração Pública, nos termos da Art. 193. A demissão ou destituição de cargo em comis-
lei penal; são ou de função gratificada, nos casos dos incisos IV, VIII,
II - abandono de cargo; X e XI do art. 190, implica a indisponibilidade dos bens e o
III - faltas ao serviço, sem causa justificada, por 60 ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
(sessenta) dias intercaladamente, durante o período de 12 Art. 194. A pena de demissão será aplicada com a nota
(doze) meses; “a bem do serviço público”, sempre que o ato fundamentar-
IV - improbidade administrativa; -se no art. 190, incisos I, IV, VII, X e XI.
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na re- Parágrafo único. O servidor demitido ou destituído do
partição; cargo em comissão ou da função gratificada, na hipótese pre-
VI - insubordinação grave em serviço; vista neste artigo, não poderá retornar ao serviço estadual.
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, Art. 195. A demissão ou a destituição de cargo em comis-
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; são ou de função gratificada, nas hipóteses do art. 190, incisos
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; XIII e XV, incompatibiliza o servidor para nova investidura em
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em ra- cargo público estadual, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
zão do cargo; Art. 196. Será cassada a aposentadoria ou a disponibi-
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimô- lidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta
nio estadual; punível com a demissão.
XI - corrupção; § 1° A cassação da aposentadoria ou da disponibilidade
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções será precedida do competente processo administrativo.
públicas; § 2° Aplica-se, ainda, a pena de cassação de aposenta-
XIII - lograr proveito pessoal ou de outrem, valendo-se doria ou de disponibilidade se ficar provado que o inativo:
do cargo, em detrimento da dignidade da função pública;
I - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
XIV - participação em gerência ou administração de em-
II - aceitou ilegalmente representação, comissão, em-
presa privada, de sociedade civil, ou exercício do comércio,
prego ou pensão de Estado estrangeiro;
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
III - praticou a usura em qualquer de suas formas;
XV - atuação, como procurador ou intermediário, junto
IV - não assumiu no prazo legal o exercício do cargo em
a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
que foi aproveitado.
previdenciários ou assistenciais a parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro; Art. 197. As penalidades disciplinares serão aplicadas,
XVI - recebimento de propina, comissão, presente ou observada a vinculação do servidor ao respectivo Poder, ór-
vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; gão ou entidade:
XVII - aceitação de comissão, emprego ou pensão de I - pela autoridade competente para nomear em qual-
Estado estrangeiro; quer caso, e privativamente, nos casos de demissão, desti-
XVIII - prática de usura sob qualquer de suas formas; tuição e cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
XIX - procedimento desidioso; II - pelos Secretários de Estado e dirigentes de órgão a
XX - utilização de pessoal ou recursos materiais de re- estes equiparados, nos casos de suspensão superiores a 30
partição em serviços ou atividades particulares. (trinta) dias;
§ 1° O servidor indiciado em processo administrativo III - pelo chefe da repartição e outras autoridades, na
não poderá ser exonerado, salvo se comprovada a sua ino- forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
cência ao final do processo. casos de repreensão ou de suspensão até 30 (trinta) dias.
Art. 198. A ação disciplinar prescreverá:

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LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com § 1° A Comissão terá como secretário, servidor designa-
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e do pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um
destituição; de seus membros.
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; § 2° Não poderá participar de comissão de sindicância
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à repreensão. ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acu-
§ 1° O prazo de prescrição começa a correr da data em sado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até
que o fato se tornou conhecido. o terceiro grau.
§ 2° Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam- Art. 206. A Comissão exercerá suas atividades com in-
dependência e imparcialidade, assegurado o sigilo neces-
-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
sário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da ad-
§ 3° A abertura de sindicância ou a instauração de pro- ministração.
cesso disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final Parágrafo único - As reuniões e as audiências das co-
proferida por autoridade competente. missões terão caráter reservado.
Art. 207. O processo disciplinar se desenvolve nas se-
CAPÍTULO V guintes fases:
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR I - instauração, com a publicação do ato que constituir
a comissão;
Art. 199. A autoridade que tiver ciência de irregularida- II - inquérito administrativo, que compreende instrução,
de no serviço público é obrigada a promover a sua apura- defesa e relatório;
ção imediata, mediante sindicância ou processo administra- III - julgamento.
tivo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. Art. 208. O prazo para a conclusão do processo disci-
Art. 200. As denúncias sobre irregularidades serão ob- plinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data
jeto de apuração, desde que contenham a identificação e o de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias
confirmada a autenticidade. o exigirem.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar § 1° Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispen-
arquivada, por falta de objeto. sados do ponto, até a entrega do relatório final.
Art. 201. Da sindicância poderá resultar: § 2° As reuniões da comissão serão registradas em atas
I - arquivamento do processo; que deverão detalhar as deliberações adotadas.
II - aplicação de penalidade de repreensão ou suspen-
 
são de até 30 (trinta) dias;
III - instauração de processo disciplinar. CAPÍTULO VIII
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância DO INQUÉRITO
não excederá a 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por  
igual período, a critério da autoridade superior. Art. 209. O inquérito administrativo obedecerá ao prin-
Art. 202. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor, cípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria Art. 210. Os autos da sindicância integrarão o processo
ou disponibilidade, ou destituição, será obrigatória a ins- disciplinar, como peça informativa da instrução.
tauração de processo disciplinar. Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindi-
  cância concluir que a infração está capitulada como ilícito
CAPÍTULO VI penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos au-
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO tos ao Ministério Público, independentemente da imediata
  instauração do processo disciplinar.
Art. 203. Como medida cautelar e a fim de que o ser- Art. 211. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
vidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a tomada de depoimentos, acareações, investigações e dili-
autoridade instauradora do processo disciplinar poderá de-
gências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo,
terminar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo pra-
zo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado a completa elucidação dos fatos.
por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda Art. 212. É assegurado ao servidor o direito de acompa-
que não concluído o processo. nhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de procura-
  dor, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contra-
CAPÍTULO VII provas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
DO PROCESSO DISCIPLINAR § 1° O presidente da comissão poderá denegar pedidos
  considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou
Art. 204. O processo disciplinar é o instrumento destina- de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
do a apurar responsabilidade de servidor por infração prati- § 2° Será indeferido o pedido de prova pericial, quando
cada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação a comprovação do fato independer de conhecimento espe-
com as atribuições do cargo em que se encontre investido. cial de perito.
Art. 205. O processo disciplinar será conduzido por co- Art. 213. As testemunhas serão intimadas a depor me-
missão composta de 3 (três) servidores estáveis, designa- diante mandato expedido pelo presidente da comissão,
dos pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser ane-
o seu presidente. xada aos autos.

20
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, § 1° O relatório será sempre conclusivo quanto à ino-
a expedição do mandato será imediatamente comunicada cência ou à responsabilidade do servidor.
ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e § 2° Reconhecida a responsabilidade do servidor, a co-
hora marcados para a inquirição. missão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgre-
Art. 214. O depoimento será prestado oralmente e reduzi- dido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
do a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. Art. 222. O processo disciplinar, com o relatório da co-
§ 1° As testemunhas serão inquiridas separadamente. missão, será remetido à autoridade que determinou a sua
§ 2° Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que instauração, para julgamento.
se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.  
Art. 215. Concluída a inquirição das testemunhas, a co- CAPÍTULO IX
missão promoverá o interrogatório do acusado, observados DO JULGAMENTO
os procedimentos previstos nos arts. 213 e 214.  
§ 1° No caso de mais de um acusado, cada um deles Art. 223. A autoridade julgadora proferirá a sua deci-
será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em são, no prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento
suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promo- do processo.
vida a acareação entre eles. § 1° Se a penalidade a ser aplicada exceder à alçada da
§ 2° O procurador do acusado poderá assistir ao inter- autoridade instauradora do processo, este será encaminha-
rogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo- do à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultan- § 2° Havendo mais de um indiciado e diversidade de
do-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presiden- sanções, o julgamento caberá à autoridade competente
te da comissão. para a imposição da pena mais grave.
Art. 216. Quando houver dúvida sobre a sanidade men- § 3° Se a penalidade prevista for a demissão, cassação de
tal do acusado, a comissão proporá à autoridade compe- aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição o julgamen-
tente que ele seja submetido, a exame por junta médica to caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 197.
oficial, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra. Art. 224. O julgamento acatará o relatório da comissão,
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será salvo quando contrário às provas dos autos.
processado em auto apartado e apenso ao processo princi- Parágrafo único. Quando o relatório da comissão con-
pal, após a expedição do laudo pericial. trariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
Art. 217. Tipificada a infração disciplinar, será formulada motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
a indicação do servidor, com a especificação dos fatos a ele
ou isentar o servidor de responsabilidade.
imputados e das respectivas provas.
§ 1° O indiciado será citado por mandato expedido pelo Art. 225. Verificada a existência de vício insanável, a au-
presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no toridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do
prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do proces- processo e ordenará a constituição de outra comissão, para
so na repartição. instauração de novo processo.
§ 2° Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será § 1° O julgamento fora do prazo legal não implica nuli-
comum e de 20 (vinte) dias. dade do processo.
§ 3° O prazo de defesa poderá ser prorrogado em do- § 2° A autoridade julgadora que der causa à prescrição
bro, para diligências reputadas indispensáveis. de que trata o art. 198, § 2°, será responsabilizada na forma
§ 4° No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na da presente lei.
cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data Art. 226. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autori-
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão dade julgadora determinará o registro do fato nos assenta-
que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas. mentos individuais do servidor.
Art. 218. O indiciado que mudar de residência fica obrigado Art. 227. Quando a infração estiver capitulada como
a comunicar à comissão o local onde poderá ser encontrado. crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
Art. 219. Achando-se o indiciado em local incerto e não Público para instauração da ação penal, ficando trasladado
sabido, será citado por Edital, publicado no Diário Oficial do na repartição.
Estado e em jornal de grande circulação na localidade do
Art. 228. Serão assegurados transporte e diárias:
último domicílio conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora
defesa será de 15 (quinze) dias, a partir da última publicação da sede de sua repartição, na condição de testemunha, de-
do Edital. nunciado ou indiciado;
Art. 220. Considerar-se-á revel o indiciado que, regular- II - aos membros da comissão e ao secretário, quando
mente citado, não apresentar defesa no prazo legal. obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a
§ 1° A revelia será declarada, por termo, nos autos do realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
processo e devolverá o prazo para a defesa.  
§ 2° Para defender o indiciado revel, a autoridades ins- CAPÍTULO X
tauradora do processo designará um servidor como defen- DA REVISÃO DO PROCESSO
sor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao  
do indiciado. Art. 229. O processo disciplinar poderá ser revisto, a
Art. 221. Apreciada a defesa, a comissão elaborará re- qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
latório minucioso, em que resumirá as peças principais dos fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a ino-
autos e mencionará as provas nas quais se baseou para for- cência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
mar a sua convicção.

21
LEGISLAÇÃO APLICADA AOS SERVIDORES DO DETRAN-PA

§ 1° Em caso de falecimento, ausência ou desapareci- TÍTULO VIII


mento do servidor, qualquer pessoa da família poderá re- DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
querer a revisão do processo.  
§ 2° No caso de incapacidade mental do servidor, a re- Art. 243. (VETADO)
visão será requerida pelo respectivo curador. Art. 244. Aos servidores da administração direta, autar-
Art. 230. No processo revisional, o ônus da prova cabe quias e fundações públicas, contratados por prazo indeter-
ao requerente. minado, pelo regime da Consolidação das Leis do Traba-
Art. 231. A simples alegação de injustiça da penalidade lho ou como serviços prestados é assegurado até que seja
não constitui fundamento para a revisão, que requer ele- promovido concurso público para fins de provimento dos
mentos novos ainda não apreciados no processo originário. cargos por eles ocupados, ou que venham a ser criados, as
Art. 232. O requerimento de revisão do processo será di- mesmas obrigações e vantagens atribuídas aos demais ser-
rigido ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente que, vidores considerados estáveis por força do artigo 19 do Ato
se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do das Disposições Transitórias da Constituição Federal.
órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar. Art. 245. (VETADO)
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade com- Parágrafo único. (VETADO)
petente providenciará a constituição de comissão, na forma Art. 246. Aos servidores em atividade na área de edu-
do art. 205. cação especial fica atribuída a gratificação de cinquenta por
Art. 233. A revisão correrá em apenso ao processo ori- cento (50%) do vencimento.
ginário. Art. 247. É assegurada ao servidor a contagem da soma
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá do tempo de serviço prestado à União, Estados, Distrito
dia e hora para a produção de provas e inquirição das tes- Federal, Territórios e Municípios, desde que ininterrupta e
temunhas que arrolar. sucessivamente, para efeito de aferição da estabilidade nas
Art. 234. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias condições previstas no art. 19 do Ato das Disposições Cons-
para a conclusão dos trabalhos. titucionais Transitórias da Constituição Federal.
Art. 235. Aplicam-se aos trabalhos da comissão reviso- Art. 248. (VETADO)
ra, no que couber, as normas e procedimentos próprios da Art. 249. Esta lei entra em vigor na data da sua promulgação.
comissão do processo disciplinar. Art. 250. (VETADO)
Art. 236. O julgamento caberá à autoridade que aplicou  
a penalidade, nos termos do art. 197. Palácio do Governo do Estado do Pará, em 24 de janeiro
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vin- de 1994.
te) dias, contados do recebimento do processo, no curso do  
qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 237. Julgada procedente a revisão, será declarada
sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos
os direitos do servidor, exceto em relação à destituição, que
será convertida em exoneração.
Parágrafo único. Da revisão não poderá resultar agrava-
mento de penalidade.
 
TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
 
Art. 238. O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor
público estadual.
Art. 239. O tempo de serviço gratuito será contado para
todos os fins, quando prestado à autarquia profissional, ou
aos que tenham exercido gratuitamente mandato de Verea-
dor, sendo vedada a contagem quando for simultâneo com
o exercício de cargo, emprego ou função pública.
Art. 240. É assegurado o direito de greve, na forma de
lei específica.(NR)
Art. 241. O servidor de nível superior ou equiparado ao
mesmo, sujeito à fiscalização da autarquia profissional, ou
entidade análoga, suspenso do exercício profissional não po-
derá desempenhar atividade que envolva responsabilidade
técnico-profissional, enquanto perdurar a medida disciplinar.
Art. 242. Fica assegurada a participação de 1 (um) re-
presentante dos sindicatos de servidores públicos no Con-
selho de Política de Cargos e Salários do Estado do Pará, na
forma do regulamento.
 

22
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

1 Ética. .......................................................................................................................................................................................................................... 01
1.1 Ética e moral. ................................................................................................................................................................................................ 01
1.2 Os valores, a ética e a lei. ......................................................................................................................................................................... 01
1.3 Conduta ética. .............................................................................................................................................................................................. 01
1.4 Ética profissional. ........................................................................................................................................................................................ 01
1.5 Ética e responsabilidade social. ............................................................................................................................................................. 01
2 Qualidade no atendimento ao público. ...................................................................................................................................................... 07
2.1 Comunicabilidade, apresentação, atenção, cortesia, interesse, presteza, eficiência, tolerância, discrição, conduta e
objetividade. ........................................................................................................................................................................................................ 07
2.2 Comunicação e relações públicas. ....................................................................................................................................................... 07
3 Gestão da qualidade. ......................................................................................................................................................................................... 21
3.1 Qualidade em prestação de serviços: as dimensões da qualidade pessoal e profissional. ........................................... 21
3.2 Fatores determinantes da qualidade.................................................................................................................................................... 21
3.3 Normatização técnica e qualidade. ..................................................................................................................................................... 21
4 Trabalho em equipe. ........................................................................................................................................................................................... 42
4.1 Personalidade e relacionamento. ......................................................................................................................................................... 42
4.2 Eficácia no comportamento interpessoal. ......................................................................................................................................... 42
4.3 Comportamento receptivo e defensivo, empatia e compreensão mútua. .......................................................................... 42
4.4 Relação entre clientes e fornecedores internos............................................................................................................................... 42
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

categoria das ciências normativas do agir, também deno-


1 ÉTICA. 1.1 ÉTICA E MORAL. 1.2 OS minadas ciências éticas ou morais, em sentido amplo. Mas
VALORES, A ÉTICA E A LEI. 1.3 CONDUTA o Direito se ocupa dessa matéria sob um aspecto especial:
ÉTICA. 1.4 ÉTICA PROFISSIONAL. 1.5 ÉTICA o da justiça”.
A formação da ordem jurídica, visando a conservação
E RESPONSABILIDADE SOCIAL.
e o progresso da sociedade, se dá à luz de postulados éti-
cos. O Direito criado não apenas é irradiação de princípios
morais como também força aliciada para a propagação e
respeitos desses princípios.
A área da filosofia do direito que estuda a ética é co- Um dos principais conceitos que tradicionalmente se
nhecida como axiologia, do grego “valor” + “estudo, tra- relaciona à dimensão do justo no Direito é o de lei natu-
tado”. Por isso, a axiologia também é chamada de teoria ral. Lei natural é aquela inerente à humanidade, indepen-
dos valores. Assim, valores e princípios são componentes dentemente da norma imposta, e que deve ser respeitada
da ética sob o aspecto da exteriorização de suas diretri- acima de tudo. O conceito de lei natural foi fundamental
zes. Em outras palavras, a mensagem que a ética pretende para a estruturação dos direitos dos homens, ficando reco-
passar se encontra consubstanciada num conjunto de va- nhecido que a pessoa humana possui direitos inalienáveis
lores, para cada qual corresponde um postulado chamado e imprescritíveis, válidos em qualquer tempo e lugar, que
princípio. devem ser respeitados por todos os Estados e membros da
De uma maneira geral, a axiologia proporciona um es- sociedade.3
tudo dos padrões de valores dominantes na sociedade que
revelam princípios básicos. Valores e princípios, por serem O Direito natural, na sua formulação clássica, não é um
elementos que permitem a compreensão da ética, também conjunto de normas paralelas e semelhantes às do Direito
se encontram presentes no estudo do Direito, notadamen- positivo, mas é o fundamento do Direito positivo. É cons-
te quando a posição dos juristas passou a ser mais huma- tituído por aquelas normas que servem de fundamento a
nista e menos positivista (se preocupar mais com os valores este, tais como: “deve se fazer o bem”, “dar a cada um o
inerentes à dignidade da pessoa humana do que com o que lhe é devido”, “a vida social deve ser conservada”, “os
que a lei específica determina). contratos devem ser observados” etc., normas essas que
Os juristas, descontentes com uma concepção posi- são de outra natureza e de estrutura diferente das do Di-
tivista, estadística e formalista do Direito, insistem na im- reito positivo, mas cujo conteúdo é a ele transposto, nota-
portância do elemento moral em seu funcionamento, no damente na Constituição Federal.4
papel que nele desempenham a boa e a má-fé, a intenção Importa fundamentalmente ao Direito que, nas rela-
maldosa, os bons costumes e tantas outras noções cujo ções sociais, uma ordem seja observada: que seja assegu-
aspecto ético não pode ser desprezado. Algumas dessas rada individualmente cada coisa que for devida, isto é, que
regras foram promovidas à categoria de princípios gerais a justiça seja realizada. Pode-se dizer que o objeto formal,
do direito e alguns juristas não hesitam em considerá-las isto é, o valor essencial, do direito é a justiça.
obrigatórias, mesmo na ausência de uma legislação que No sistema jurídico brasileiro, estes princípios jurídicos
lhes concedesse o estatuto formal de lei positiva, tal como fundamentais de cunho ético estão instituídos no sistema
o princípio que afirma os direitos da defesa. No entanto, a constitucional, isto é, firmados no texto da Constituição
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é expres- Federal. São os princípios constitucionais os mais impor-
sa no sentido de aceitar a aplicação dos princípios gerais tantes do arcabouço jurídico nacional, muitos deles se re-
do Direito (artigo 4°).1 ferindo de forma específica à ética no setor público. O mais
É inegável que o Direito possui forte cunho axiológico, relevante princípio da ordem jurídica brasileira é o da dig-
diante da existência de valores éticos e morais como dire- nidade da pessoa humana, que embasa todos os demais
trizes do ordenamento jurídico, e até mesmo como meio princípios jurídico-constitucionais (artigo 1°, III, CF).
de aplicação da norma. Assim, perante a Axiologia, o Direi- Claro, o Direito não é composto exclusivamente por
to não deve ser interpretado somente sob uma concepção postulados éticos, já que muitas de suas normas não pos-
formalista e positivista, sob pena de provocar violações ao suem qualquer cunho valorativo (por exemplo, uma norma
princípio que justifica a sua criação e estruturação: a jus- que estabelece um prazo de 10 ou 15 dias não tem um
tiça. valor que a acoberta). Contudo, o é em boa parte.
Neste sentido, Montoro2 entende que o Direito é uma A Moral é composta por diversos valores - bom, corre-
ciência normativa ética: “A finalidade do direito é dirigir to, prudente, razoável, temperante, enfim, todas as quali-
a conduta humana na vida social. É ordenar a convivên- dades esperadas daqueles que possam se dizer cumprido-
cia de pessoas humanas. É dar normas ao agir, para que res da moral. É impossível esgotar um rol de valores morais,
cada pessoa tenha o que lhe é devido. É, em suma, dirigir mas nem ao menos é preciso: basta um olhar subjetivo para
a liberdade, no sentido da justiça. Insere-se, portanto, na compreender o que se espera, num caso concreto, para
1 PERELMAN, Chaïm. Ética e Direito. Tradução Maria Ermantina Galvão. 3 LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o
São Paulo: Martins Fontes, 2000. pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Cia. das Letras, 2009.
2 MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do Direito. 26. ed. São 4 MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do Direito. 26. ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.

1
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

que se consolide o agir moral - bom senso que todos os Em resumo, valor é a característica genérica que com-
homens possuem (mesmo o corrupto sabe que está con- põe de alguma forma a ética (bondade, solidariedade,
trariando o agir esperado pela sociedade, tanto que escon- respeito...) ao passo que princípio é a diretiva de ação es-
de e, geralmente, nega sua conduta). Todos estes valores perada daquele que atende certo valor ético (p. ex., não
morais se consolidam em princípios, isto é, princípios são fazer ao outro o que não gostaria que fosse feito a você
postulados determinantes dos valores morais consagrados. é um postulado que exterioriza o valor do respeito; tratar
Segundo Rizzatto Nunes5, “a importância da existência a todos igualmente na medida de sua igualdade é o pos-
e do cumprimento de imperativos morais está relaciona- tulado do princípio da igualdade que reflete os valores da
da a duas questões: a) a de que tais imperativos buscam solidariedade e da justiça social). Por sua vez, virtude é a
sempre a realização do Bem - ou da Justiça, da Verdade característica que a pessoa possui coligada a algum valor
etc., enfim valores positivos; b) a possibilidade de transfor- ético, ou seja, é a aptidão para agir conforme algum dos
mação do ser - comportamento repetido e durável, aceito valores morais (ser bondoso, ser solidário, ser temperante,
amplamente por todos (consenso) - em dever ser, pela ve- ser magnânimo).
rificação de certa tendência normativa do real”. Ética, Moral, Direito, princípios, virtudes e valores são
Quando se fala em Direito, notadamente no direito elementos constantemente correlatos, que se complemen-
constitucional e nas normas ordinárias que disciplinam as tam e estruturam, delimitando o modo de agir esperado
atitudes esperadas da pessoa humana, percebem-se os de todas as pessoas na vida social, bem como preconizan-
principais valores morais consolidados, na forma de prin- do quais os nortes para a atuação das instituições públicas
cípios e regras expressos. Por exemplo, quando eu proíbo e privadas. Basicamente, a ética é composta pela Moral e
que um funcionário público receba uma vantagem indevi- pelo Direito (ao menos em sua parte principal), sendo que
da para deixar de praticar um ato de interesse do Estado, virtudes são características que aqueles que agem confor-
consolido os valores morais da bondade, da justiça e do me a ética (notadamente sob o aspecto Moral) possuem,
respeito ao bem comum, prescrevendo a respectiva norma. as quais exteriorizam valores éticos, a partir dos quais é
Uma norma, conforme seu conteúdo mais ou menos am- possível extrair postulados que são princípios.
plo, pode refletir um valor moral por meio de um princípio ou
de uma regra. Quando digo que “todos são iguais perante a lei A ética é composta por valores reais e presentes na
[...]” (art. 5°, caput, CF) exteriorizo o valor moral do tratamento sociedade. Deste modo, ainda que tais valores apareçam
digno a todos os homens, na forma de um princípio consti- deturpados no contexto social, não é possível falar em con-
tucional (princípio da igualdade). Por sua vez, quando proíbo vivência humana se esses forem desconsiderados. Entre
um servidor público de “Solicitar ou receber, para si ou para tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o valor
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou do justo (componente ético do Direito).
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou Se por um lado, é possível constatar que as bruscas
aceitar promessa de tal vantagem” (art. 317, CP), estabeleço transformações sofridas pela sociedade através dos tem-
uma regra que traduz os valores morais da solidariedade e do pos provocaram uma variação no conceito de ética, por
respeito ao interesse coletivo. No entanto, sempre por trás de outro, não é possível negar que as questões que envolvem
uma regra infraconstitucional haverá um princípio constitucio- o agir ético sempre estiveram presentes no pensamento
nal. No caso do exemplo do art. 317 do CP, pode-se mencionar filosófico e social.
o princípio do bem comum (objetivo da República segundo o Aliás, uma característica da ética é a sua imutabili-
art. 3º, IV, CF – “promover o bem de todos, sem preconceitos dade: a mesma ética de séculos atrás está vigente hoje. O
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de respeito ao próximo, por exemplo, nunca será considerada
discriminação”) e o princípio da moralidade (art. 37, caput, CF, uma atitude antiética. Outra característica da ética é a sua
no que tange à Administração Pública). validade universal, no sentido de delimitar a diretriz do
Conforme Alexy6, a distinção entre regras e princípios é agir humano para todos os que vivem no mundo. Não há
uma distinção entre dois tipos de normas, fornecendo juí- uma ética conforme cada época, cultura ou civilização. A
zos concretos para o dever ser. A diferença essencial é que ética é uma só, válida para todos, de forma imutável e de-
princípios são normas de otimização, ao passo que regras finitiva, ainda que surjam novas perspectivas a respeito de
são normas que são sempre satisfeitas ou não. Se as regras sua aplicação prática.
se conflitam, uma será válida e outra não. Se princípios coli- É possível dizer que as diretrizes éticas dirigem o com-
dem, um deles deve ceder, embora não perca sua validade portamento humano e delimitam os abusos à liberdade, ao
e nem exista fundamento em uma cláusula de exceção, ou estabelecer deveres e direitos de ordem moral, . Configu-
seja, haverá razões suficientes para que em um juízo de so- ram-se em exemplos destas leis o respeito à dignidade das
pesamento (ponderação) um princípio prevaleça. Enquanto pessoas e aos princípios do direito natural, bem como a
adepto da adoção de tal critério de equiparação normativa exigência de solidariedade e a prática da justiça7.
entre regras e princípios, o jurista alemão Robert Alexy é Outras definições contribuem para compreender o que
colocado entre os nomes do pós-positivismo. significa ética:
5 NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual de introdução ao estudo do di- - Ciência do comportamento adequado dos homens
reito. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. em sociedade, em consonância com a virtude.
6 ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Tradução Virgílio 7 MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do Direito. 26. ed. São
Afonso da Silva. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2011. Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.

2
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

- Disciplina normativa, não por criar normas, mas por justiça, constituindo esta uma das dimensões da virtude.
descobri-las e elucidá-las. Seu conteúdo mostra às pessoas Por exemplo, na Grécia antiga, berço do pensamento filo-
os valores e princípios que devem nortear sua existência. sófico, embora com variações de abordagem, o conceito
- Doutrina do valor do bem e da conduta humana que de ética aparece sempre ligado ao de virtude.
tem por objetivo realizar este valor. Aristóteles10, um dos principais filósofos deste momen-
- Saber discernir entre o devido e o indevido, o bom e to histórico, concentra seus pensamentos em algumas ba-
o mau, o bem e o mal, o correto e o incorreto, o certo e o ses:
errado. a) definição do bem supremo como sendo a felicidade,
- Fornece as regras fundamentais da conduta humana. que necessariamente ocorrerá por uma atividade da alma
Delimita o exercício da atividade livre. Fixa os usos e abusos que leva ao princípio racional, de modo que a felicidade
da liberdade. está ligada à virtude;
- Doutrina do valor do bem e da conduta humana que b) crença na bondade humana e na prevalência da vir-
o visa realizar. tude sobre o apetite;
“Em seu sentido de maior amplitude, a Ética tem sido
entendida como a ciência da conduta humana perante o c) reconhecimento da possibilidade de aquisição das
ser e seus semelhantes. Envolve, pois, os estudos de apro- virtudes pela experiência e pelo hábito, isto é, pela prática
vação ou desaprovação da ação dos homens e a conside- constante; d) afastamento da ideia de que um fim pudesse
ração de valor como equivalente de uma medição do que é ser bom se utilizado um meio ruim.
real e voluntarioso no campo das ações virtuosas”8. Já na Idade Média, os ideais éticos se identificaram
É difícil estabelecer um único significado para a pa- com preceitos religiosos. O homem viveria para conhecer,
lavra ética, mas os conceitos acima contribuem para uma amar e servir a Deus, diretamente e em seus irmãos. Santo
compreensão geral de seus fundamentos, de seu objeto Tomás de Aquino11, um dos principais filósofos do período,
de estudo. lançou bases que até hoje são invocadas no que se refere
Quanto à etimologia da palavra ética: No grego exis- ao tópico em questão, a Ética:
tem duas vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma a) consideração do hábito como uma qualidade que
breve, chamada epsílon, e uma longa, denominada eta. deverá determinar as potências para o bem;
Éthos, escrita com a vogal longa, significa costume; porém, b) estabelecimento da virtude como um hábito que
se escrita com a vogal breve, éthos, significa caráter, índole sozinho é capaz de produzir a potência perfeita, podendo
natural, temperamento, conjunto das disposições físicas e ser intelectual, moral ou teologal - três virtudes que se re-
psíquicas de uma pessoa. Nesse segundo sentido, éthos se lacionam porque não basta possuir uma virtude intelectual,
refere às características pessoais de cada um, as quais de- capaz de levar ao conhecimento do bem, sem que exista
terminam que virtudes e que vícios cada indivíduo é capaz a virtude moral, que irá controlar a faculdade apetitiva e
de praticar (aquele que possuir todas as virtudes possuirá quebrar a resistência para que se obedeça à razão (da mes-
uma virtude plena, agindo estritamente de maneira con- ma forma que somente existirá plenitude virtuosa com a
forme à moral)9. existência das virtudes teologais);
A ética passa por certa evolução natural através da his- c) presença da mediania como critério de determina-
tória, mas uma breve observação do ideário de alguns pen- ção do agir virtuoso;
sadores do passado permite perceber que ela é composta d) crença na existência de quatro virtudes cardeais - a
por valores comuns desde sempre consagrados. prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza.
Entre os elementos que compõem a Ética, destacam- No Iluminismo, Kant12 definiu a lei fundamental da ra-
-se a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a Ética, mas zão pura prática, que se resume no seguinte postulado:
apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos “age de tal modo que a máxima de tua vontade possa va-
ou Morus, referindo-se exclusivamente ao regramento que ler-te sempre como princípio de uma legislação universal”.
determina a ação do indivíduo. Mais do que não fazer ao outro o que não gostaria que fos-
Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas se feito a você, a máxima prescreve que o homem deve agir
pela Moral ser apenas uma parte da Ética, mas, principal- de tal modo que cada uma de suas atitudes reflita aquilo
mente, porque enquanto a Moral é entendida como a prá- que se espera de todas as pessoas que vivem em socieda-
tica, como a realização efetiva e cotidiana dos valores; a Éti- de. O filósofo não nega que o homem poderá ter alguma
ca é entendida como uma “filosofia moral”, ou seja, como a vontade ruim, mas defende que ele racionalmente irá agir
reflexão sobre a moral. Moral é ação, Ética é reflexão. bem, pela prevalência de uma lei prática máxima da razão
Em resumo: que é o imperativo categórico. Por isso, o prazer ou a dor,
- Ética - mais ampla - filosofia moral - reflexão
- Moral - parte da Ética - realização efetiva e coti- 10 ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução Pietro Nassetti. São Paulo:
Martin Claret, 2006.
diana dos valores - ação
No início do pensamento filosófico não prevalecia real 11 AQUINO, Santo Tomás de. Suma teológica. Tradução Aldo Vannucchi e
Outros. Direção Gabriel C. Galache e Fidel García Rodríguez. Coordenação
distinção entre Direito e Moral. As discussões sobre o agir Geral Carlos-Josaphat Pinto de Oliveira. Edição Joaquim Pereira. São Paulo:
ético envolviam essencialmente as noções de virtude e de Loyola, 2005. v. IV, parte II, seção I, questões 49 a 114.
8 SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 12 KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. Tradução Paulo Barrera.
9 CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005. São Paulo: Ícone, 2005.

3
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

fatores geralmente relacionados ao apetite, não são aptos o Pós-positivismo, que junto consigo trouxe uma valo-
para determinar uma lei prática, mas apenas uma máxima, rização das normas principiológicas do ordenamento
de modo que é a razão pura prática que determina o agir jurídico, conferindo-as normatividade.
ético. Ou seja, se a razão prevalecer, a escolha ética sempre Assim, a concepção de uma base ética objetiva no
será algo natural. comportamento das pessoas e nas múltiplas modali-
Com o término da Segunda Guerra Mundial, percebe- dades da vida social foi esquecida ou contestada por
-se o quão graves haviam sido as suas consequências. De fortes correntes do pensamento moderno. Concepções
modo, que o pensamento filosófico ganhou novos rumos, de inspiração positivista, relativista ou cética e políticas
retomando aspectos do passado, mas reforçando a dimen- voltadas para o homo economicus passaram a desconsi-
são coletiva da ética. Maritain13, um dos redatores da De- derar a importância e a validade das normas de ordem
claração Universal de Direitos Humanos de 1948, defendeu ética no campo da ciência e do comportamento dos ho-
que o homem ético é aquele que compõe a sociedade e mens, da sociedade da economia e do Estado.
busca torná-la mais justa e adequada ao ideário cristão. As- No campo do Direito, as teorias positivistas que pre-
sim, a atitude ética deve ser considerada de maneira cole- valeceram a partir do final do século XIX sustentavam
tiva, como impulsora da sociedade justa, embora partindo que só é direito aquilo que o poder dominante deter-
da pessoa humana individualmente considerada como um mina. Ética, valores humanos, justiça são considerados
ser capaz de agir conforme os valores morais. elementos estranhos ao Direito, extrajurídicos. Pensa-
Já a discussão sobre o conceito de justiça, intrínseca ao vam com isso em construir uma ciência pura do direito
conceito de ética, embora sempre tenha estado presente, e garantir a segurança das sociedades.16
com maior ou menor intensidade dependendo do momen- Atualmente, entretanto, é quase universal a retoma-
to, possuiu diversos enfoques ao longo dos tempos. da dos estudos e exigências da ética na vida pública e
Pode-se considerar que do pensamento grego até o na vida privada, na administração e nos negócios, nas
Renascimento, a justiça foi vista como uma virtude e não empresas e na escola, no esporte, na política, na justiça,
como uma característica do Direito. Por sua vez, no Renas- na comunicação. Neste contexto, é relevante destacar
cimento, o conceito de Ética foi bifurcado, remetendo-se
que ainda há uma divisão entre a Moral e o Direito, que
a Moral para o espaço privado e remanescendo a justiça
constituem dimensões do conceito de Ética, embora a
como elemento ético do espaço público. No entanto, como
tendência seja que cada vez mais estas dimensões se
se denota pela teoria de Maquiavel14, o justo naquele tem-
juntem, caminhando lado a lado.
po era tido como o que o soberano impunha (o rei pode-
Dentro desta distinção pode-se dizer que alguns
ria fazer o que bem entendesse e utilizar quaisquer meios,
autores, entre eles Radbruch e Del Vechio são partidá-
desde que visasse um único fim, qual seja o da manutenção
rios de uma dicotomia rigorosa, na qual a Ética abrange
do poder).
apenas a Moral e o Direito. Contudo, para autores como
Posteriormente, no Iluminismo, retomou-se a discus-
são da justiça como um elemento similar à Moral, mas ine- Miguel Reale, as normas dos costumes e da etiqueta
rente ao Direito, por exemplo, Kant15 defendeu que a ciên- compõem a dimensão ética, não possuindo apenas ca-
cia do direito justo é aquela que se preocupa com o conhe- ráter secundário por existirem de forma autônoma, já
cimento da legislação e com o contexto social em que ela que fazem parte do nosso viver comum.17
está inserida, sendo que sob o aspecto do conteúdo seria Em resumo:
inconcebível que o Direito prescrevesse algo contrário ao - Posição 1 - Radbruch e Del Vechio - Ética = Moral
imperativo categórico da Moral kantiana. + Direito
Ainda, Locke, Montesquieu e Rousseau, em comum de- - Posição 2 - Miguel Reale - Ética = Moral + Direito
fendiam que o Estado era um mal necessário, mas que o + Costumes
soberano não possuía poder divino/absoluto, sendo suas Para os fins da presente exposição, basta atentar
ações limitadas pelos direitos dos cidadãos submetidos ao para o binômio Moral-Direito como fator pacífico de
regime estatal. composição da Ética. Assim, nas duas posições adota-
Tais pensamentos iluministas não foram plenamente das, uma das vertentes da Ética é a Moral, e a outra é o
seguidos, de forma que firmou-se a teoria jurídica do po- Direito.
sitivismo, pela qual Direito é apenas o que a lei impõe (de Tradicionalmente, os estudos consagrados às rela-
modo que se uma lei for injusta nem por isso será inválida), ções entre o Direito e a Moral se esforçam em distin-
que somente foi abalada após o fim trágico da 2ª Guerra gui-los, nos seguintes termos: o direito rege o compor-
Mundial e a consolidação de um sistema global de pro- tamento exterior, a moral enfatiza a intenção; o direito
teção de direitos humanos (criação da ONU + declaração estabelece uma correlação entre os direitos e as obri-
universal de 1948). Com o ideário humanista consolidou-se gações, a moral prescreve deveres que não dão origem
a direitos subjetivos; o direito estabelece obrigações
13 MARITAIN, Jacques. Humanismo integral. Tradução Afrânio Couti-
nho. 4. ed. São Paulo: Dominus Editora S/A, 1962. sancionadas pelo Poder, a moral escapa às sanções or-
14 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Tradução Pietro Nassetti. São Pau- ganizadas. Portanto, as principais notas que distinguem
lo: Martin Claret, 2007. 16 KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. 6. ed. Tradução João Baptista
15 KANT, Immanuel. Doutrina do Direito. Tradução Edson Bini. São Pau- Machado. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
lo: Ícone, 1993. 17 REALE, Miguel. Filosofia do direito. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

4
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

a Moral do Direito não se referem propriamente ao mento ético do bom profissional traz a garantia do respeito
conteúdo, pois é comum que diretrizes morais sejam e da estabilidade no emprego. A atuação de acordo com
disciplinadas como normas jurídicas.18 os valores morais da sociedade e da organização valoriza
Com efeito, a partir da segunda metade do século XX o profissional e o transforma em um elemento importante
(pós-guerra), a razão jurídica é uma razão ética, funda- dentro da estrutura da empresa.
da na garantia da intangibilidade da dignidade da pessoa Porém, o que são a ética e a moral? Como podemos
humana, na aquisição da igualdade entre as pessoas, na aplicá-las no dia a dia do trabalho? Como pensar em ser
busca da efetiva liberdade, na realização da justiça e na ético em uma sociedade onde a ética é cada vez menos
construção de uma consciência que preserve integralmen- valorizada? A resposta a estas perguntas nos mostrará
te esses princípios. como é importante o comportamento ético no ambiente
Deste modo, as principais notas que distinguem Moral empresarial. Muitas vezes, confundimos ética com moral
e Direito são: e, por isso, vamos definir cada um desses termos, para que
a) Exterioridade: Direito - comportamento exterior, possamos compreender a diferença e a relação existente
Moral - comportamento interior (intenção); entre eles.
b) Exigibilidade: Direito - a cada Direito pode se exigir Ética vem do grego ethos, que significa morada, lugar
uma obrigação, Moral - agir conforme a moralidade não certo. São princípios universalizantes, perenes. Ética é a
garante direitos (não posso exigir que alguém aja moral- parte da filosofia que se preocupa com a reflexão a respei-
mente porque também agi); to das noções e princípios que fundamentam a vida moral.
c) Coação: Direito - sanções aplicadas pelo Estado; Moral vem do latim mos, moris, que significa o modo de
Moral - sanções não organizadas (ex: exclusão de um gru- proceder regulado pelo uso ou costume. Moral é o conjun-
po social). Em outras palavras, o Direito exerce sua pressão to de normas livres e conscientemente adotadas que visam
social a partir do centro ativo do Poder, a moral pressiona organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em
pelo grupo social não organizado. ATENÇÃO: tanto no Di- vista o certo e o errado.
reito quanto na Moral existem sanções. Elas somente são A Ética é a teoria e a Moral é a prática. A ética tem a ver
aplicadas de forma diversa, sendo que somente o Direito com os princípios mais abrangentes e universais, enquanto
aceita a coação, que é a sanção aplicada pelo Estado. a moral se refere à conduta humana. A primeira aparece
O descumprimento das diretivas morais gera sanção, e como um horizonte que inspira, atrai e define o ser huma-
caso ele se encontre transposto para uma norma jurídica, no, e a segunda seria o caminho que nos possibilita agir
gera coação (espécie de sanção aplicada pelo Estado). As- com ética. Assim, um termo nasce do outro.
sim, violar uma lei ética não significa excluir a sua validade. Podemos então afirmar que os princípios éticos são
Por exemplo, matar alguém que violou uma lei não torna aqueles princípios básicos que definem o comportamento
matar uma ação correta, apenas gera a punição daquele de todos os seres humanos. Mais abrangentes que as leis,
que cometeu a violação. Neste sentido, explica Reale19: “No os regulamentos e mesmo os costumes, os princípios da
plano das normas éticas, a contradição dos fatos não anula ética valem para toda a sociedade e devem ser respeitados
a validez dos preceitos: ao contrário, exatamente porque por todos. Existem atos como o homicídio, o preconceito e
a normatividade não se compreende sem fins de validez a discriminação que são vistos de forma negativa por toda
objetiva e estes têm sua fonte na liberdade espiritual, os a sociedade e esta noção do que é certo e do que é errado
insucessos e as violações das normas conduzem à respon- nos é transmitida por meio das gerações e se transforma
sabilidade e à sanção, ou seja, à concreta afirmação da or- no padrão ético de uma sociedade.
denação normativa”. A moral representa a interpretação e consolidação
Como se percebe, Ética e Moral são conceitos interliga- dos princípios éticos para a sua aplicação na sociedade. As
dos, mas a primeira é mais abrangente que a segunda, por- leis de um país ou o regulamento de uma empresa repre-
que pode abarcar outros elementos, como o Direito e os sentam o código moral que deve ser seguido por todos e
costumes. Todas as regras éticas são passíveis de alguma representam de forma prática os preceitos éticos que são
sanção, sendo que as incorporadas pelo Direito aceitam a aceitos por todos os membros daquele grupo. Portanto,
coação, que é a sanção aplicada pelo Estado. Sob o aspec- todos sabem o que é ou não é ético. Todos sabem distin-
to do conteúdo, muitas das regras jurídicas são compostas guir o certo do errado em nossa sociedade. Todos devem
por postulados morais, isto é, envolvem os mesmos valores conhecer as regras e normas de conduta que regem os có-
e exteriorizam os mesmos princípios. digos morais de nosso grupo social.
Todos também têm a opção de agir ou não de forma
Ética e Postura Profissional ética. Cada ser humano, independente da sua origem, da
Em um mundo empresarial onde a competição é cada sua história e de seus antecedentes pode escolher o seu
vez mais acirrada, termos como ética e moral são cada vez caminho. Os atos de cada um são uma escolha pessoal e a
menos valorizados. Mas os bons profissionais de qualquer forma como cada um age depende de si próprio.
ramo de atividade devem manter uma postura ética para
que possam ter sucesso em suas carreiras. O comporta- E por que vale a pena ser ético?
18 PERELMAN, Chaïm. Ética e Direito. Tradução Maria Ermantina Gal- Para que possamos agir de modo que as consequên-
vão. São Paulo: Martins Fontes, 2000. cias de nossas ações possibilitem a aceitação e aprovação
19 REALE, Miguel. Filosofia do direito. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. de nosso comportamento pelo grupo social que nos cer-

5
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

ca e ao mesmo tempo para garantir a nossa qualidade de Os desafios do mercado são muitos, mas a postura
vida. Quando agimos de forma ética (de acordo com os como encaramos estes desafios faz toda a diferença. Se
princípios básicos de convivência e civilidade difundidos nos posicionarmos de forma ética, dinâmica, colaborativa
em nossa sociedade) e respeitamos a moral (as regras es- e hospitaleira estaremos de fato contribuindo para o nos-
critas e não escritas que determinam o comportamento de so crescimento profissional e para o sucesso da empresa
todos os membros de uma sociedade) somos respeitados como um todo. O bom profissional deve combinar um co-
por nossos atos e passamos a ser mais valorizados no jul- nhecimento técnico adequado com um comportamento
gamento de todos que nos cercam. desejável. Nenhum desses dois ingredientes sozinho pode
Um comportamento sempre ético não dá margens a construir um bom profissional. Somente a boa postura de
dúvidas com relação ao nosso caráter e à nossa integridade um profissional sem conhecimento técnico não conduz ao
e nos confere o status de bom cidadão e bom profissional. sucesso, ao mesmo tempo em que os conhecimentos téc-
O nosso comportamento ético tem o poder de mudar o nicos de um profissional não bastam se este não souber se
meio em que vivemos. Por mais corrompido e difícil que comportar da maneira correta.
seja o ambiente externo (seja ele profissional ou não) cada Algumas ferramentas comportamentais podem ser de
um de nós possui a capacidade da alterá-lo por meio de grande auxílio na formação de um profissional com pos-
nossa postura individual. tura mais adequada. A comunicação interpessoal é um
Se o meu comportamento é sempre ético, eu passo aspecto básico muito importante e pode auxiliar muito o
a ter a capacidade de exigir que o comportamento das profissional a melhorar seus aspectos comportamentais.
outras pessoas para comigo seja da mesma forma ético. Deve ser entendida como uma das principais ferramentas
O relacionamento com todos se altera a partir da minha de trabalho no restaurante. Independente do cargo e da
mudança individual. O meu comportamento ético fará com função exercida por cada um, todos têm que se comunicar
que as pessoas passem a me tratar de forma mais respei- durante todo o tempo, seja com os clientes, com os cole-
tosa e justa. Dessa maneira, a minha opinião passa a ter gas, ou com os outros setores.
mais valor, minhas ações passam a ter mais peso e por fim Se cada funcionário souber a melhor forma de se co-
minha influência positiva na sociedade passa a ser sentida
municar o trabalho fica muito mais fácil e os problemas são
e me traz retornos positivos.
evitados, tornando o ambiente mais agradável e produti-
Por mais que meu comportamento ético não consiga
vo. A boa comunicação deve partir de cada um de nós. É
alterar a situação global do meio social onde estou inse-
muito comum encontrarmos excelentes profissionais que
rido, com certeza ele fará com que ocorra uma mudança
não conseguem mostrar todo o seu potencial no trabalho
positiva da atitude das pessoas para comigo e isso me traz
devido a dificuldades de comunicação. A forma de se ex-
efeitos muito positivos ao nível pessoal. Vale à pena ten-
pressar é muito importante e pode ser a diferença entre um
tar! O maior beneficiado com a minha postura ética sou eu
profissional medíocre de um funcionário eficiente e com
mesmo e, portanto, trabalhar e viver com ética é o melhor
caminho para trabalhar e viver com paz e tranquilidade e condições de progredir na carreira.
ser respeitado como profissional e cidadão. Algumas regras básicas devem ser entendidas e apli-
O comportamento ético é traduzido no ambiente de cadas para que cada um consiga se comunicar da melhor
trabalho por uma postura profissional adequada. Enten- maneira possível. Isso não significa que existe um modo
de-se por postura o modo como nos apresentamos junto único de nos comunicarmos. Na verdade cada um tem seu
aos nossos colegas profissionais e clientes. É a forma como próprio estilo de comunicação e isso deve ser respeitado.
podemos externalizar o nosso profissionalismo interior por Porém todos os tipos de pessoa (os tímidos, os extroverti-
intermédio de atitudes, gestos e dizeres. Logo, é impor- dos, os falantes, os calados, etc.) podem aprimorar a forma
tante que nosso comportamento seja adequado para que como se comunicam com os outros e utilizar a boa comu-
possamos transmitir uma boa imagem pessoal em nosso nicação como ferramenta de trabalho.
ambiente de trabalho. O termo comunicação vem do latim communicatione
O depoimento de um funcionário do restaurante de e significa tornar comum, transmitir. A comunicação não
um hotel de alto padrão, em Belo Horizonte nos mostra inclui apenas mensagens que as pessoas trocam de for-
como o setor de alimentos e bebidas valoriza a boa postura ma voluntária entre si. As mensagens podem ser trocadas
profissional: consciente ou inconscientemente. A comunicação é uma
[...] o mais difícil são as atitudes, os aspectos comporta- transmissão e recepção de ideias, de informações e de sen-
mentais. O comportamento é que faz a diferença no aten- timentos e tem como principais componentes o emissor, o
dimento. (...) Pode saber fazer, mas se não quiser, não faz. receptor, a mensagem e o código (veículo em que a infor-
(...) Depois do comportamento é que vem o saber fazer, mação é transmitida).
para manter o padrão do hotel. (AUTOR, ano, p.). Neste processo o emissor (pessoa que tem uma infor-
Muitos bons profissionais não são valorizados, pois mação para repassar), utilizará algum tipo de código (ou
transmitem uma imagem ruim de si, ou seja, não têm uma linguagem) para que o receptor (pessoa ou grupo de pes-
postura adequada. A busca por um profissional capaz de soas a que se destina a informação) a compreenda. Após
realizar um bom atendimento representa hoje uma grande a sua codificação, a informação transforma-se em mensa-
preocupação dos estabelecimentos de alimentos e bebi- gem que será transmitida do emissor para o receptor (ou
das, sejam estes de qualquer perfil ou porte. receptores) por meio de um meio específico.

6
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

O processo de comunicação é bem-sucedido


quando o receptor capta a informação transmitida 2 QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO
com o mínimo de distorção (ou diferenças) em rela- PÚBLICO.
ção à informação original. É um processo que parece 2.1 COMUNICABILIDADE, APRESENTAÇÃO,
simples, mas que pode ser prejudicado por vários fa- ATENÇÃO, CORTESIA, INTERESSE,
tores, que são chamados de ruídos de comunicação. PRESTEZA, EFICIÊNCIA, TOLERÂNCIA,
Os ruídos podem partir do emissor, do receptor ou
DISCRIÇÃO, CONDUTA E OBJETIVIDADE.
do meio ambiente onde se desenvolve o processo de
2.2 COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS.
comunicação. Quanto menor a quantidade de ruído
presente na comunicação maior às chances de se ob-
ter um bom resultado.
Para que o ruído seja reduzido e o processo de
comunicação ocorra sem problemas deve haver a co- Quando se fala em comunicação interna organizacio-
laboração do emissor e do receptor. As principais for- nal, automaticamente relaciona ao profissional de Relações
mas de cada um destes elementos colaborar no bom Públicas, pois ele é o responsável pelo relacionamento da
processo de comunicação são. empresa com os seus diversos públicos (internos, externos
No ato da comunicação cada pessoa sempre atua e misto).
como emissor e receptor simultaneamente, daí a ne- As organizações têm passado por diversas mudanças
cessidade da atenção constante para que o processo buscando a modernização e a sobrevivência no mundo dos
se efetive com eficácia. Outro elemento da comunica- negócios. Os maiores objetivos dessas transformações são:
ção que é muito importante para seu sucesso é o fee- tornar a empresa competitiva, flexível, capaz de responder
dback, que pode ser definido como retorno dado pelo as exigências do mercado, reduzindo custos operacionais e
receptor ao emissor, após ter recebido uma mensa- apresentando produtos competitivos e de qualidade.
gem. A reestruturação das organizações gerou um público
Um bom feedback dá fluidez à comunicação a interno de novo perfil. Hoje, os empregados são muito
partir do momento em que auxilia emissor e receptor mais conscientes, responsáveis, inseridos e atentos às co-
a certificarem-se de que as informações estão sen- branças das empresas em todos os setores. Diante desse
do transmitidas e entendidas de forma adequada. No novo modelo organizacional, é que se propõe como atri-
processo de comunicação do restaurante é muito im- buição do profissional de Relações Públicas ser o interme-
portante recebermos e valorizarmos o feedback de diador, o administrador dos relacionamentos institucionais
nossos clientes. Se levarmos em consideração tudo e de negócios da empresa com os seus públicos. Sendo
àquilo que o cliente nos transmite saberemos de for- assim, fica claro que esse profissional tem seu campo de
ma mais exata o que ele deseja, necessita, pensa, sen- ação na política de relacionamento da organização.
te e teremos melhores condições de satisfazê-lo. A comunicação interna, portanto, deve ser entendida
Escutar sempre nossos clientes e procurar sempre como um feixe de propostas bem encadeadas, abrangen-
dar um feedback positivo é uma ótima maneira de tes, coisa significativamente maior que um simples progra-
aprimorar o processo de comunicação e melhorar a ma de comunicação impressa. Para que se desenvolva em
qualidade do serviço prestado. Além da comunicação toda sua plenitude, as empresas estão a exigir profissio-
outras pequenas atitudes podem fazer a diferença no nais de comunicação sistêmicos, abertos, treinados, com
momento do atendimento ao cliente. visões integradas e em permanente estado de alerta para
as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio ambiente.
FONTE: http://www.portaleducacao.com.br/inicia- Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos
cao-profissional/artigos/17750/etica-e-postura-pro- Relações Públicas: estratégica, política, institucional, mer-
fissional#!4#ixzz4DqBCNcjy cadológica, social, comunitária, cultural, etc.; atuando sem-
pre para cumprir os objetivos da organização e definir suas
políticas gerais de relacionamento.
Em vista do que foi dito sobre o profissional de Rela-
ções Públicas, destaca-se como principal objetivo liderar o
processo de comunicação total da empresa, tanto no nível
do entendimento, como no nível de persuasão nos negó-
cios.

Pronúncia correta das palavras


Proferir as palavras corretamente. Isso envolve:
 Usar os sons corretos para vocalizar as palavras;
 Enfatizar a sílaba certa;
 Dar a devida atenção aos sinais diacríticos

7
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Por que é importante? escolar ou se a sua língua materna for outra, ela se bene-
A pronúncia correta confere dignidade à mensagem ficiará muito por ouvir com atenção os que falam bem o
que pregamos. Permite que os ouvintes se concentrem no idioma local e imitar sua pronúncia.
teor da mensagem sem ser distraídos por erros de pro- No dia-a-dia, é melhor usar palavras com as quais se
núncia. está bem familiarizado. Normalmente, a pronúncia não
Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras constitui problema numa conversa, mas ao ler em voz alta
de pronúncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos você poderá se deparar com palavras que não usa no co-
idiomas utilizam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há tidiano.
também os alfabetos árabe, cirílico, grego e hebraico. No Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que têm pro-
idioma chinês, a escrita não é feita por meio de um alfabe- blemas de pronúncia não se dão conta disso.
to, mas por meio de caracteres que podem ser compostos Em primeiro lugar, quando for designado a ler em
de vários elementos. Esses caracteres geralmente repre- público, consulte num dicionário as palavras que não co-
sentam uma palavra ou parte de uma palavra. Embora os nhece. Se não tiver prática em usar o dicionário, procure
idiomas japonês e coreano usem caracteres chineses, es- em suas páginas iniciais, ou finais, a explicação sobre as
tes podem ser pronunciados de maneiras bem diferentes abreviaturas, as siglas e os símbolos fonéticos usados ou,
e nem sempre ter o mesmo significado. se necessário, peça que alguém o ajude a entendê-los. Em
Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige alguns casos, uma palavra pode ter pronúncias diferentes,
que se use o som correto para cada letra ou combinação dependendo do contexto. Alguns dicionários indicam a
de letras. Quando o idioma segue regras coerentes, como pronúncia de letras que têm sons variáveis bem como a
é o caso do espanhol, do grego e do zulu, a tarefa não sílaba tônica. Antes de fechar o dicionário, repita a palavra
é tão difícil. Contudo, as palavras estrangeiras incorpora- várias vezes em voz alta.
das ao idioma às vezes mantêm uma pronúncia parecida Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler
à original. Assim, determinadas letras, ou combinações de para alguém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe
letras, podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, que corrija seus erros.
às vezes, simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar
precise memorizar as exceções e então usá-las regular- atenção aos bons oradores.
mente ao conversar. Em chinês, a pronúncia correta exige
Pronúncia de números telefonicos
a memorização de milhares de caracteres. Em alguns idio-
O número de telefone deve ser pronunciado algarismo
mas, o significado de uma palavra muda de acordo com a
por algarismo.
entonação. Se a pessoa não der a devida atenção a esse
Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo.
aspecto do idioma, poderá transmitir ideias erradas.
Lê-se em caso de uma sequencia de números de tres
Se as palavras de um idioma forem compostas de sí-
em tres algarismos, com exceção de uma sequencia de
labas, é importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idio-
quatro numeros juntos, onde damos uma pausa a cada
mas que usam esse tipo de estrutura têm regras bem de-
dois algarismos.
finidas sobre a posição da sílaba tônica (aquela que soa O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o
mais forte). As palavras que fogem a essas regras geral- número “11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado
mente recebem um acento gráfico, o que torna relativa- como “onze”.
mente fácil pronunciá-las de maneira correta. Contudo, se Veja abaixo os exemplos
houver muitas exceções às regras, o problema fica mais 011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um,
complicado. Nesse caso, exige bastante memorização para zero – zero, tres
se pronunciar corretamente as palavras. 021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres,
Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante tres – quatro, tres
atenção aos sinais diacríticos que aparecem acima e abai- 031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze
xo de determinadas letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç. – nove, oito
Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas ar-
madilhas. A precisão exagerada pode dar a impressão de Exceções
afetação e até de esnobismo. O mesmo acontece com as 110 - cento e dez
pronúncias em desuso. Tais coisas apenas chamam aten- 111 – cento e onze
ção para o orador. Por outro lado, é bom evitar o outro 211 – duzentos e onze
extremo e relaxar tanto no uso da linguagem quanto na 118 – cento e dezoito
pronúncia das palavras. Algumas dessas questões já foram 511 – quinhentos e onze
discutidas no estudo “Articulação clara”. 0001 – mil ao contrario
Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir
de um país para outro — até mesmo de uma região para Atendimento telefônico
outra no mesmo país. Um estrangeiro talvez fale o idio- Na comunicação telefônica, é fundamental que o inter-
ma local com sotaque. Os dicionários às vezes admitem locutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se
mais de uma pronúncia para determinada palavra. Espe- trata da utilização de um canal de comunicação a distância.
cialmente se a pessoa não teve muito acesso à instrução É preciso, portanto, que o processo de comunicação ocorra

8
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

da melhor maneira possível para ambas as partes (emissor • Não negar informações: nenhuma informação
e receptor) e que as mensagens sejam sempre acolhidas deve ser negada, mas há que se identificar o interlocu-
e contextualizadas, de modo que todos possam receber tor antes de a fornecer, para confirmar a seriedade da
bom atendimento ao telefone. chamada. Nessa situação, é adequada a seguinte fra-
Alguns autores estabelecem as seguintes recomenda- se: vamos anotar esses dados e depois entraremos em
ções para o atendimento telefônico: contato com o senhor
• não deixar o cliente esperando por um tempo muito • Não apressar a chamada: é importante dar
longo. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo tempo ao tempo, ouvir calmamente o que o cliente/
e retornar a ligação em seguida; usuário tem a dizer e mostrar que o diálogo está sendo
• o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário acompanhado com atenção, dando feedback, mas não
tem de se empenhar em explicar corretamente produtos interrompendo o raciocínio do interlocutor;
e serviços; • Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e
• atender às necessidades do cliente; se ele desejar demonstra que o atendente é uma pessoa amável, so-
algo que o atendente não possa fornecer, é importante lícita e interessada;
oferecer alternativas; • Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode
• agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” ser catastrófica: as más palavras difundem-se mais ra-
ou “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou pidamente do que as boas;
instituição são atitudes que tornam a conversa mais pes- • Manter o cliente informado: como, nessa forma
soal. Perguntar o nome do cliente e tratá-lo pelo nome de comunicação, não se estabelece o contato visual, é
transmitem a ideia de que ele é importante para a empre- necessário que o atendente, se tiver mesmo que desviar
sa ou instituição. O atendente deve também esperar que a atenção do telefone durante alguns segundos, peça
o seu interlocutor desligue o telefone. Isso garante que licença para interromper o diálogo e, depois, peça des-
ele não interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser culpa pela demora. Essa atitude é importante porque
complementar alguma questão, terá tempo de retomar a poucos segundos podem parecer uma eternidade para
conversa. quem está do outro lado da linha;
• Ter as informações à mão: um atendente deve
No atendimento telefônico, a linguagem é o fator conservar a informação importante perto de si e ter
principal para garantir a qualidade da comunicação. Por- sempre à mão as informações mais significativas de seu
tanto, é preciso que o atendente saiba ouvir o interlocutor setor. Isso permite aumentar a rapidez de resposta e
e responda a suas demandas de maneira cordial, simples, demonstra o profissionalismo do atendente;
clara e objetiva. O uso correto da língua portuguesa e a • Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa
qualidade da dicção também são fatores importantes para que liga: quem atende a chamada deve definir quan-
assegurar uma boa comunicação telefônica. É fundamen- do é que a pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou
tal que o atendente transmita a seu interlocutor seguran- quando é que a empresa ou instituição vai retornar a
ça, compromisso e credibilidade. chamada.
Além das recomendações anteriores, são citados, a
seguir, procedimentos para a excelência no atendimento Todas estas recomendações envolvem as seguintes
telefônico: atitudes no atendimento telefônico:
• Identificar e utilizar o nome do interlocutor: nin- • Receptividade - demonstrar paciência e dis-
guém gosta de falar com um interlocutor desconhecido, posição para servir, como, por exemplo, responder às
por isso, o atendente da chamada deve identificar-se as- dúvidas mais comuns dos usuários como se as estives-
sim que atender ao telefone. Por outro lado, deve pergun- se respondendo pela primeira vez. Da mesma forma é
tar com quem está falando e passar a tratar o interlocutor necessário evitar que interlocutor espere por respostas;
pelo nome. Esse toque pessoal faz com que o interlocutor • Atenção – ouvir o interlocutor, evitando inter-
se sinta importante; rupções, dizer palavras como “compreendo”, “entendo”
• assumir a responsabilidade pela resposta: a pes- e, se necessário, anotar a mensagem do interlocutor);
soa que atende ao telefone deve considerar o assunto • Empatia - para personalizar o atendimento,
como seu, ou seja, comprometer-se e, assim, garantir ao pode-se pronunciar o nome do usuário algumas vezes,
interlocutor uma resposta rápida. Por exemplo: não deve mas, nunca, expressões como “meu bem”, “meu queri-
dizer “não sei”, mas “vou imediatamente saber” ou “da- do, entre outras);
remos uma resposta logo que seja possível”. Se não for • Concentração – sobretudo no que diz o inter-
mesmo possível dar uma resposta ao assunto, o atendente locutor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas
deverá apresentar formas alternativas para o fazer, como: ou situações, desviando-se do tema da conversa, bem
fornecer o número do telefone direto de alguém capaz como evitar comer ou beber enquanto se fala);
de resolver o problema rapidamente, indicar o e-mail ou • Comportamento ético na conversação – o que
numero da pessoa responsável procurado. A pessoa que envolve também evitar promessas que não poderão ser
ligou deve ter a garantia de que alguém confirmará a re- cumpridas.
cepção do pedido ou chamada;

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Atendimento e tratamento A comunicação entre as pessoas é algo multíplice,


O atendimento está diretamente relacionado aos ne- haja vista, que transmitir uma mensagem para outra pes-
gócios de uma organização, suas finalidades, produtos e soa e fazê-la compreender a essência da mesma é uma
serviços, de acordo com suas normas e regras. O aten- tarefa que envolve inúmeras variáveis que transformam
dimento estabelece, dessa forma, uma relação entre o a comunicação humana em um desafio constante para
atendente, a organização e o cliente. todos nós.
E essa complexidade aumenta quando não há uma co-
A qualidade do atendimento, de modo geral, é de- municação visual, como na comunicação por telefone, onde
terminada por indicadores percebidos pelo próprio a voz é o único instrumento capaz de transmitir a mensagem
usuário relativamente a: de um emissor para um receptor. Sendo assim, inúmeras
• competência – recursos humanos capacitados e re- empresas cometem erros primários no atendimento telefô-
cursos tecnológicos adequados; nico, por se tratar de algo de difícil consecução.
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefô-
estabelecidos previamente; nico, de modo a atingirmos a excelência, confira:
• credibilidade – honestidade no serviço proposto;
• segurança – sigilo das informações pessoais; 1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma lingua-
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao gem formal, privilegiando uma comunicação que transmita
pessoal de contato; respeito e seriedade. Evite brincadeiras, gírias, intimidades,
• comunicação – clareza nas instruções de utilização etc, pois assim fazendo, você estará gerando uma imagem
dos serviços. positiva de si mesmo por conta do profissionalismo de-
monstrado.
Fatores críticos de sucesso ao telefone: 2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é extre-
 A voz / respiração / ritmo do discurso mamente prejudicial ao cliente são as interferências, ou
 A escolha das palavras seja, tudo aquilo que atrapalha a comunicação entre as
 A educação partes (chieira, sons de aparelhos eletrônicos ligados, etc.).
Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do Sendo assim, é necessário manter a linha “limpa” para que
outro lado da linha não pode ver as suas expressões fa- a comunicação seja eficiente, evitando desvios.
ciais e gestos, mas você transmite através da voz o sen- 3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz
timento que está alimentando ao conversar com ela. As que seja minimamente compreensível, evitando desconfor-
to para o cliente que por várias vezes é obrigado a “implo-
emoções positivas ou negativas, podem ser reveladas,
rar” para que o atendente fale mais alto.
tais como:
4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que
• Interesse ou desinteresse,
você não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou
• Confiança ou desconfiança,
seja, procure encontrar o meio termo (nem lento e nem
• Alerta ou cansaço,
rápido), de forma que o cliente entenda perfeitamente a
• Calma ou agressividade,
mensagem, que deve ser transmitida com clareza e obje-
• Alegria ou tristeza,
tividade.
• Descontração ou embaraço,
5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e
• Entusiasmo ou desânimo. coesão para que a mensagem tenha organização, evitando
possíveis erros de interpretação por parte do cliente.
O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 pa- 6 - Tenha equilíbrio:  se você estiver atendendo um
lavras por minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 cliente sem educação, use a inteligência, ou seja, seja pa-
palavras por minuto aproximadamente, tornando o dis- ciente, ouça-o atentamente, jamais seja hostil com o mes-
curso mais claro. mo e tente acalmá-lo, pois assim, você estará mantendo
A fala muito rápida dificulta a compreensão da men- sua imagem intacta, haja vista, que esses “dinossauros” não
sagem e pode não ser perceptível; a fala muito lenta precisam ser atacados, pois, eles se matam sozinhos.
pode o outro a julgar que não existe entusiasmo da sua 7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e sorri-
parte. dente para que o cliente se sinta valorizado pela empresa,
gerando um clima confortável e harmônico. Para isso, use
O tratamento é a maneira como o funcionário se di- suas entonações com criatividade, de modo a transmitir
rige ao cliente e interage com ele, orientando-o, con- emoções inteligentes e contagiantes.
quistando sua simpatia. Está relacionada a: 8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça
• Presteza – demonstração do desejo de servir, o cliente para aguardar na linha, mas não demore uma
valorizando prontamente a solicitação do usuário; eternidade, pois, o cliente pode se sentir desprestigiado e
• Cortesia – manifestação de respeito ao usuário desligar o telefone.
e de cordialidade; 9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal
• Flexibilidade – capacidade de lidar com situa- é atender o telefone no máximo até o terceiro toque, pois,
ções não-previstas. é um ato que demonstra afabilidade e empenho em tentar
entregar para o cliente a máxima eficiência.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é falar e agir vai contribuir muito para a imagem que irão
dizer o nome da organização, o nome da própria pessoa formar sobre sua empresa. Não esqueça: a primeira im-
seguido ainda, das tradicionais saudações (bom dia, boa pressão é a que fica.
tarde, etc.). Além disso, quando for encerrar a conversa Alguns detalhes que podem passar despercebidos na
lembre-se de ser amistoso, agradecendo e reafirmando o rotina do seu trabalho:
que foi acordado. - Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais na-
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém tural possível. Assim você fala só uma vez e evita perda de
que não está presente na sua empresa no momento da tempo.
ligação, jamais peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é - Calma:  Ás vezes pode não ser fácil mas é muito im-
uma função do atendente, ou seja, a de retornar a ligação portante que você mantenha a calma e a paciência . A pes-
quando essa pessoa estiver de volta à organização. soa que esta chamando merece ser atendida com toda a
12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a or- delicadeza. Não deve  ser apressada ou interrompida. Mes-
ganização é um dos princípios para um bom atendimento mo que ela seja um pouco grosseira, você não deve res-
telefônico, haja vista, que é necessário anotar o nome da ponder no mesmo tom. Pelo contrário, procure acalmá-la.
pessoa e os pontos principais que foram abordados. - Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama me-
13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que rece atenção especial. E você, como toda boa telefonista,
não tem responsabilidade de cumprir aquilo que foi acor- deve ser sempre simpática e demonstrar interesse em aju-
dado demonstra desleixo e incompetência, comprometen- dar. 
do assim, a imagem da empresa. Sendo assim, se tiver que - Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de
dar um recado, ou, retornar uma ligação lembre-se de sua detalhes  importantes sobre o assunto que será tratado.
responsabilidade, evitando esquecimentos. Esses detalhes são confidenciais e pertencem somente às
14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao pessoas envolvidas. Você deve ser discreta e manter tudo
atender o telefone, você deve demonstrar para o cliente em segredo. A quebra de sigilo nas ligações telefônicas é
uma postura de quem realmente busca ajudá-lo, ou seja, considerada  uma falta grave, sujeita às penalidades legais. 
que se importa com os problemas do mesmo. Atitudes ne-
gativas como um tom de voz desinteressado, melancólico O que dizer e como dizer
 Aqui seguem algumas sugestões de como atender as
e enfadado contribuem para a desmotivação do cliente,
chamadas externas:
sendo assim, é necessário demonstrar interesse e iniciativa
- Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o
para que a outra parte se sinta acolhida.
nome da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou
15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente
boa noite.
atentamente, sem interrompê-lo, pois, essa atitude con-
- Essa chamada externa vai solicitar um ramal  ou pes-
tribui positivamente para a identificação dos problemas
soa. Você deve repetir esse número ou nome, para ter cer-
existentes e consequentemente para as possíveis soluções
teza de que entendeu  corretamente. Em seguida diga: “
que os mesmos exigem.
Um momento, por favor,” e transfira a ligação.
16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou Ao transferir as ligações, forneça as informações que
ligar para alguma empresa e teve que esperar um longo já possui; faça uso do seu vocabulário profissional; fale so-
período de tempo para que a linha fosse desocupada? mente o necessário e evite assuntos pessoais.
Pois é, é algo extremamente inconveniente e constrange- Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar
dor. Por esse motivo, busque não delongar as conversas e ao seu interlocutor o que vai fazer, para quem vai transferir
evite conversas pessoais, objetivando manter, na medida a ligação, mantenha-o ciente dos passos desse atendimen-
do possível, sua linha sempre disponível para que o cliente to.
não tenha que esperar muito tempo para ser atendido. Não se deve transferir uma ligação apenas para se li-
Buscar a excelência constantemente na comunicação vrar dela. Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor,
humana é um ato fundamental para todos nós, haja vista, colocar-se à disposição dele, e se acontecer de não ser
que estamos nos comunicando o tempo todo com outras possível, transfira-o para quem realmente possa atendê-lo
pessoas. Infelizmente algumas pessoas não levam esse im- e resolver sua solicitação. Transferir o cliente de um setor
portante ato a sério, comprometendo assim, a capacidade para outro, quando essa ligação já tiver sido transferida vá-
humana de transmitir uma simples mensagem para outra rias vezes não favorece a imagem da empresa. Nesse caso,
pessoa. Sendo assim, devemos ficar atentos para não re- anote a situação e diga que irá retornar com as informa-
petirmos esses erros e consequentemente aumentarmos ções solicitadas.
nossa capacidade de comunicação com nosso semelhante. - Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a
transferência, diga à pessoa  que chamou: “O ramal está
Resoluções de situações conflitantes ou problemas ocupado. Posso anotar o recado e retornar a ligação.” É
quanto ao atendimento de ligações ou transferências importante que você não deixe uma linha ocupada  com
O agente de comunicação é o cartão de visita da em- uma pessoa que está  apenas esperando a liberação de um
presa.. Por isso é muito importante prestar atenção a todos ramal. Isso pode congestionar as linhas do equipamento,
os detalhes do seu trabalho. Geralmente você é a primeira gerando perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista
pessoa a manter contato com o público. Sua maneira de em falar com o ramal ocupado, você deve interromper a

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

outra ligação  e dizer: “Desculpe-me interromper  sua liga- - Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede
ção, mas há uma chamada urgente do (a) Sr.(a) Fulano(a) a realização de ligações interurbanas.
para este ramal. O (a) senhor (a) pode atender?” Se a pes- - DDG: (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano
soa puder atender , complete a ligação, se não, diga que franqueado, cuja cobrança das ligações  é feita no telefone
a outra ligação ainda está em andamento e reafirme sua chamado.
possibilidade em auxiliar. - DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas exter-
Lembre-se  : nas vão direto  para o ramal desejado, sem passar pela tele-
Você deve ser natural, mas não deve esquecer de cer- fonista . Isto só é possível em algumas CPCTs do tipo PABX.
tas formalidades como, por exemplo, dizer sempre “por fa- -  Pulso : Critério de medição de uma chamada por
vor” , “Queira desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita tempo, distância e horário.
a comunicação e induz a outra pessoa a ter com você o - Consultores: empregados da Telems que dão  orien-
mesmo tipo de tratamento. tação  às empresas quanto ao melhor funcionamento dos
A conversa: existem  expressões que nunca devem ser sistemas de telecomunicações.
usadas, tais como girias, meias palavras, e palavras com co- - Mantenedora: empresa habilitada para prestar servi-
notação de intimidade. A conversa deve ser sempre manti- ço e dar assistência às CPCTs.
da em nível profissional. -  Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas
nos horários fora do expediente para determinados ramais.
Equipamento básico Só é possível em CPCTs do tipo PBX e PABX.
Além da sala, existem outras coisas necessárias para  
assegurar o bom andamento do seu trabalho: Em casos onde você se depara com uma situação que
- Listas telefônicas atualizadas. represente conflito ou problema, é necessário adequar a
- Relação dos ramais por nomes de funcionários (em sua reação à cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.
ordem alfabética).
- Relação dos números  de telefones mais chamados. 1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer?
- Tabela de tarifas telefônicas.  Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar
- Lápis e caneta a raiva.
- Bloco para anotações  Acima de tudo, mantenha-se calmo.
- Livro de registro de defeitos.  Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente,
em um estado de nervosismo.
 O que você precisa saber:  Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a)
O seu equipamento telefônico não é apenas parte do está muito nervoso (a), tente acalmar-se”.
seu material de trabalho. É o que há de mais importante.  Use frases adequadas ao momento. Frases que
Por isso você deve saber como ele funciona. Tecnicamente, ajudam acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali
o equipamento que você usa é chamado de CPCT - Central para ajudá-lo
Privada de Comunicação Telefônica, que permite você fazer
ligações internas (de ramal para ramal) e externas. Atual- 2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fa-
mente existem dois tipos: PABX e KS. zer?
- PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sis-  O tratamento deverá ser sempre positivo, inde-
tema, todas as ligações  internas e a maioria das ligações pendentemente das circunstâncias.
para fora da empresa são feitas pelos usuários de ramais.  Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a
Todas as ligações que entram, passam pela telefonista. entender que você não é o alvo.
- KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de en-  Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidan-
trada, de saída ou internas, são feitas sem passar pela te- do para não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa
lefonista e age positivamente, coloca uma pressão psicológica no
Informações básicas adicionais Cliente, para que ele reaja de modo positivo.
- Ramal: são os terminais de onde saem e entram as
ligações telefônicas. Eles se dividem em: 3ª – Diante de erros ou problemas causados pela
* Ramais privilegiados: são os ramais de onde se po- empresa
dem fazer ligações para fora sem passar pela telefonista  ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido pos-
* Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é neces- sível.
sário o auxilio da telefonista para ligar para fora.  Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que es-
* Ramais restritos: só fazem ligações internas. tiver ao seu alcance para que o problema seja resolvido.
-Linha - Tronco:  linha telefônica que liga  a CPCT à  CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando
central Telefônica Pública. vai corrigir.
- Número-Chave ou Piloto: Número que acessa au-  Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema.
tomaticamente as linhas que estão  em busca automática,  EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar.
devendo ser o único número divulgado ao público.  Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFI-
- Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações  entre QUE, mas com muita prudência. O Cliente não se interessa
ramais e linhas-tronco. por “justificativas”. Este é um problema da empresa.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer?


 Concentre-se para entender o que realmente o Cliente quer ou, exatamente, o que ele não está entendendo e o
porquê.
 Caso necessário, explique novamente, de outro jeito, até que o Cliente entenda.
 Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o gerente, o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do possí-
vel, que o Cliente saia sem entender ou concordar com a resolução.

5ª – Discussão com o Cliente


Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão, você sempre perde!
Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar” ou “discutir” com um cliente é estar consciente – sempre alerta
-, de forma que se evite SINTONIZAR na mesma frequência emocional do Cliente, quando esta for negativa. Exemplos:

O Cliente está... Reaja de forma oposta


Falando alto, gritando. Fale baixo, pausadamente.
Irritado Mantenha a calma.
Desafiando Não aceite. Ignore o desafio.
Diga-lhe que é possível resolver o problema sem
Ameaçando
a necessidade de uma ação extrema.
Diga-lhe que o compreende, que gostaria que ele
Ofendendo
lhe desse uma oportunidade para ajudá-lo.

6ª – Equilíbrio Emocional
Em uma época em que manter um excelente relacionamento com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um
alto coeficiente de IE (Inteligência Emocional) é muito importante para todos os profissionais, particularmente os que
trabalham diretamente no atendimento a Clientes.

Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à medida que:


 For paciente e compreensivo com o Cliente.
 Tiver uma crescente capacidade de separar as questões pessoais dos problemas da empresa.
 Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você, mas, sim, a empresa. Que você só está ali como uma espécie
de “para-raios”.
 Não fizer pré julgamentos dos clientes.
 Entender que cada cliente é diferente do outro.
 Entender que para você o problema apresentado pelo cliente é um entre dezenas de outros; para o cliente não, o
problema é único, é o problema dele.
 Entender que seu trabalho é este: atender o melhor possível.
 Entender que você e a empresa dependem do cliente, não ele de vocês.
 Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai depender o futuro da relação do cliente com a empresa.

POSTURA DE ATENDIMENTO - (Conduta/Bom senso/Cordialidade)

A FUGA DOS CLIENTES


As pesquisas revelam que 68% dos clientes das empresas fogem delas por problemas relacionados à postura de
atendimento.
Numa escala decrescente de importância, podemos observar os seguintes percentuais:
 68% dos clientes fogem das empresas por problemas de postura no atendimento;
 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas;
 9% fogem pelo preço;
 9% fogem por competição, mudança de endereço, morte.

A origem dos problemas está nos sistemas implantados nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas não
definem uma política clara de serviços, não definem o que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem isso, existe muita
dificuldade em satisfazer plenamente o cliente.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, Os três passos do verdadeiro profissional de atendi-
não contratam profissionais com características básicas mento:
para atender o público, não treinam estes profissionais na 01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de
postura adequada, não criam um padrão de atendimento e compreender e atender as necessidades dos clientes,
este passa a ser realizado de acordo com as características fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir
individuais e o bom senso de cada um. importante e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este
A falta de noção clara da causa primária da perda de profissional é voltado completamente para a interação
clientes faz com que as empresas demitam os funcionários com o cliente, estando sempre com as suas antenas ligadas
“porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até neste, para perceber constantemente as suas necessidades.
que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa e Para este profissional, não basta apenas conhecer o produ-
que menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais to ou serviço, mas o mais importante é demonstrar inte-
complexa e recheada de nuances que perpassam pela con- resse em relação às necessidades dos clientes e atendê-las.
dição individual e por condições sistêmicas. 02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as ne-
cessidades dos clientes, aguçando a capacidade de perce-
Estas condições sistêmicas estão relacionadas a: ber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário
1. Falta de uma política clara de serviços; que este profissional tenha uma formação voltada para as
2. Indefinição do conceito de serviços; pessoas e goste de lidar com gente. Se espera que ele
3. Falta de um perfil adequado para o profissional de fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional,
atendimento; a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante em
4. Falta de um padrão de atendimento; que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar
5. Inexistência do follow up; a felicidade do outro.
6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal. 03. Entender a necessidade de manter um ESTADO
DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e senti-
Nas condições individuais, podemos encontrar a mentos positivos, para ter atitudes adequadas no momen-
contratação de pessoas com características opostas ao ne- to do atendimento. Ele sabe que é fundamental separar os
cessário para atender ao público, como: timidez, avareza, problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para isso,
rebeldia... cultiva o estado de espírito antes da chegada do cliente.
O primeiro passo de cada dia, é iniciar o trabalho com a
SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO consciência de que o seu principal papel é o de ajudar os
Observando estas duas condições principais que cau- clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de
sam a vinculação ou o afastamento do cliente da empresa, realizar serviços para o cliente.
podemos separar a estrutura de uma empresa de serviços
em dois itens: Os requisitos para contratação deste profissional
os serviços e a postura de atendimento. Para trabalhar com atendimento ao público, alguns re-
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organi- quisitos são essenciais ao atendente. São eles:
zações e, como tal, está diretamente relacionado ao pró-
prio negócio.  Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de  Gostar de lidar com gente.
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também  Ser extrovertido.
são tratados os aspectos gerais da organização que dão  Ter humildade.
peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pin-  Cultivar um estado de espírito positivo.
tura), os jardins. Este item, portanto, depende mais direta-  Satisfazer as necessidades do cliente.
mente da empresa e está mais relacionado com as condi-  Cuidar da aparência.
ções sistêmicas.
Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendi-
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento mento.
dispensado às pessoas, está mais relacionado com o funcio-
nário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com A POSTURA pode ser entendida como a junção de to-
os clientes. Portanto, está ligado às condições individuais. dos os aspectos relacionados com a nossa expressão corporal
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas na sua totalidade e nossa condição emocional.
políticas das empresas, o treinamento, a definição de um
padrão de atendimento e de um perfil básico para o profis- Podemos destacar 03 pontos necessários para falar-
sional de atendimento, como forma de avançar no próprio mos de POSTURA. São eles:
negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam com- 01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracte-
plementares e inter-relacionados, com dependência recí- riza por um posicionamento de humildade, mostrando-se
proca para terem peso. sempre disponível para atender e interagir prontamente
Para conhecermos melhor a postura de atendimen- com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA do atenden-
to, faz-se necessário falar do Verdadeiro profissional do te suscita alguns sentimentos positivos nos clientes, como
atendimento. por exemplo:

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

a) postura do atendente de manter os ombros abertos 02. Desinteresse quando:


e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de recep-  É apático;
tividade e acolhimento;  É imóvel, rígido;
b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente  Não tem expressão.
inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente;
c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o
respeito e segurança; gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como
d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afe- dissimular com o olhar.
tividade e calorosidade.
A aproximação - raio de ação.
02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO COR- A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao con-
PORAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade ceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o pú-
entre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo. blico, independente deste ser cliente ou não.
Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3
e confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir metros de distância do público e de um tempo imediato,
os nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa for- ou seja, prontamente.
ma, nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos Além do mais, deve ocorrer independentemente do
medos. funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes re-
03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos ex- quisitos para a interação, a tornam mais eficaz.
trair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emo- Esta interação pode se caracterizar por um cumpri-
cionais que elas traduzem e a identificação destes estados mento verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou ape-
pelas pessoas; e a sua função social que diz em que condi- nas por um aceno de mão. O objetivo com isso, é fazer o
ções ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador cliente sentir-se acolhido e certo de estar recebendo toda a
e quem a expressa. atenção necessária para satisfazer os seus anseios.
Podemos concluir, entendendo que, qualquer compor-
tamento inclui posturas e é sempre fruto da interação com- Alguns exemplos são:
plexa entre o organismo e o seu meio ambiente. 1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o car-
rinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. Ela
O olhar prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom dia!”.
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através 2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no
do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos senti- momento do pagamento;
mentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado de 03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima
espírito. ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação...
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos pren-
der somente a ele, mas a fisionomia como um todo para A INVASÃO
entendermos o real sentido dos olhos. Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de com INVASÃO DE TERRITÓRIO.
acolhimento, de interesse no atendimento das suas ne- Vamos entender melhor isso.
cessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar Todo ser humano sente necessidade de definir um
apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a TERRITÓRIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos.
impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento. Este território não se configura apenas em um espaço físi-
co demarcado, mas principalmente num espaço pessoal e
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este social, o que podemos traduzir como a necessidade de pri-
brilho nos nossos olhos ? A resposta é simples: vacidade, de respeito, de manter uma distância ideal entre
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, si e os outros de acordo com cada situação.
gostar de ajudar o próximo. Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e na privacidade, o que normalmente traz consequências ne-
gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação gativas. Podemos exemplificar estas invasões com algumas
agradável para o cliente. Gostar de atender o público signi- situações corriqueiras: uma piada muito picante contada
fica gostar de atender as necessidades dos clientes, querer na presença de pessoas estranhas a um grupo social; ficar
ver o cliente feliz e satisfeito. muito próximo do outro, quase se encostando nele; dar um
tapinha nas costas...
Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode trans- Nas situações de atendimento, são bastante comuns as
mitir: invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua maio-
01. Interesse quando: ria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por
 Brilha; eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Alguns
 Tem atenção; são os exemplos destas atitudes e situações mais comuns:
 Vem acompanhado de aceno de cabeça.  Insistência para o cliente levar um item ou adquirir
um bem;

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

 Seguir o cliente por toda a loja; A maioria das empresas não têm noção da quan-
 O motorista de taxi que não pára de falar com o tidade de clientes perdidos durante a sua existência,
cliente passageiro; pois elas não adotam mecanismos de identificação de
 O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerin- reclamações e/ou insatisfações destes clientes. Assim,
do pratos sem ser solicitado; elas deixam escapar as armas que teriam para reforçar
 O funcionário que cumprimenta o cliente com os seus processos internos e o seu sistema de trabalho.
dois beijinhos e tapinhas nas costas; Quando as organizações atentam para essa impor-
 O funcionário que transfere a ligação ou desliga o tância, elas passam a aplicar instrumentos de medição.
telefone sem avisar. Mas, estes coletores de dados nem sempre tradu-
zem a realidade, pois muitas vezes trazem perguntas
Estas situações não cabem na postura do verdadeiro vagas, subjetivas ou pedem a opinião aberta sobre o
profissional do atendimento. assunto.
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por
O sorriso não colher as informações reais.
O SORRISO abre portas e é considerado uma lingua- A saída seria criar medidores que traduzissem com
gem universal. fatos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre
Imagine que você tem um exame de saúde muito im- o serviço e o produto adquiridos da empresa.
portante para receber e está apreensivo com o resultado.
Você chega à clínica e é recebido por uma recepcionista Apresentação pessoal
que apresenta um sorriso caloroso. Com certeza você se Que imagem você acha que transmitimos ao cliente
sentirá mais seguro e mais confiante, diminuindo um pou- quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos
co a tensão inicial. Neste caso, o sorriso foi interpretado despenteados, as roupas mal cuidadas... ?
como um ato de apaziguamento. O atendente está na linha de frente e é responsável
O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de es- pelo contato, além de representar a empresa neste mo-
pírito das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas mento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons
sorridentes são avaliadas mais favoravelmente do que as serviços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma
não sorridentes. boa apresentação pessoal.
O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de Alguns cuidados são essenciais para tornar este
comunicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções item mais completo. São eles:
e geralmente informa mais do que a linguagem falada e a 01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário:
escrita. Dessa forma, podemos passar vários tipos de sen- além da função higiênica, também é revigorante e es-
timentos e acarretar as mais diversas emoções no outro. panta a preguiça;
02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas
Ir ao encontro do cliente limpas, cabelos cortados e penteados, dentes cuidados,
Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compro- hálito agradável, axilas
misso no atendimento, por parte do atendente. Este item Asseadas, barba feita;
traduz a importância dada ao cliente no momento de aten- 03. Roupas limpas e conservadas;
dimento, na qual o atendente faz tudo o que é possível 04. Sapatos limpos;
para atender as suas necessidades, pois ele compreende 05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local
que satisfazê-las é fundamental. Indo ao encontro do clien- visível pelo cliente.
te, o atendente demonstra o seu interesse para com ele.
Quando estes cuidados básicos não são tomados, o
A primeira impressão cliente se questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele,
Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A da sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me
PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. prestar um bom serviço ? “
Você concorda com ela? A apresentação pessoal, a aparência, é um aspec-
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil to importante para criar uma relação de proximidade e
a empresa ter uma segunda chance para tentar mudar a confiança entre o cliente e o atendente.
impressão inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o
cliente irá voltar. Cumprimento caloroso
É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta O que você sente quando alguém aperta a sua mão
o cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não sem firmeza ?
teve os seus desejos satisfeitos. Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se
Estes clientes perdem a confiança na empresa e nor- conhece alguém, a sua integridade moral, pela qualida-
malmente os custos para resgatá-la, são altos. Alguns de do seu aperto de mão.
mecanismos que as empresas adotam são os contatos via O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, passivi-
telemarketing, mala-direta, visitas, mas nem sempre são dade, baixa energia, desinteresse, pouca interação, falta
eficazes. de compromisso com o contato.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de
machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem posi- receptividade e simpatia, afinal, nós temos dois ouvidos e
tiva, causa um mal estar, traduzindo hiperatividade, agres- uma boca, o que nos sugere que é preciso escutar mais
sividade, invasão e desrespeito. O ideal é ter um cumpri- do que falar.
mento firme, que prenda toda a mão, mas que a deixe Quando não sabemos escutar o cliente - interrompen-
livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demonstra inte- do-o, falando mais que ele, dividindo a atenção com outras
resse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, atividade e situações - tiramos dele, a oportunidade de expressar os
compromisso com o contato. seus verdadeiros anseios e necessidades e corremos o risco
É importante lembrar que o cumprimento deve estar de aborrecê-lo, pois não iremos conseguir atende-las.
associado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros A mais poderosa forma de escutar é a empatia ( que
e o peito abertos, totalizando uma sintonia entre fala e ex- vamos conhecer mais na frente ). Ela nos permite escutar
pressão corporal. de fato, os sentimentos por trás do que está sendo dito,
Não se esqueça: apesar de haver uma forma adequada mas, para isso, é preciso que o atendente esteja sintoniza-
de cumprimentar, esta jamais deverá ser mecânica e auto- do emocionalmente com o cliente. Esta sintonia se dá atra-
mática. vés do despojamento das barreiras que já falamos antes.

Tom de voz Agilidade


A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma Atender com agilidade significa ter rapidez sem
onda de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como perder a qualidade do serviço prestado.
dizemos as palavras, são mais importantes do que as pró- A agilidade no atendimento transmite ao cliente a idéia
prias palavras. de respeito. Sendo ágil, o atendente reconhece a necessi-
Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair dade do cliente em relação à utilização adequada do seu
hoje do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará tempo.
pronta na próxima semana “. De acordo com a maneira Quando há agilidade, podemos destacar:
 o atendimento personalizado;
que dizemos e de acordo com o tom de voz que usamos,
 a atenção ao assunto;
vamos perceber reações diferentes do cliente.
 o saber escutar o cliente;
Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos des-
 cuidar das solicitações e acompanhar o cliente du-
culpando pela falha e assumindo uma postura de humilda-
rante todo o seu percurso na empresa.
de, falando com calma e num tom amistoso e agradável,
O calor no atendimento
percebemos que a reação do cliente será de compreensão.
O atendimento caloroso evita dissabores e situações
Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma me-
constrangedoras, além de ser a comunhão de todos os
cânica, estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância,
pontos estudados sobre postura.
poderemos ter um cliente reagindo com raiva, procurando O atendente escolhe a condição de atender o cliente e
o gerente, gritando... para isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se
As palavras são símbolos com significados próprios. A sentir importante e respeitado. Na situação de atendimen-
forma como elas são utilizadas também traz o seu signifi- to, o cliente busca ser reconhecido e, transmitindo caloro-
cado e com isso, cada palavra tem a sua vibração especial. sidade nas atitudes, o atendente satisfaz as necessidades
do cliente de estima e consideração.
Saber escutar Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao
Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCU- cliente a sensação de desagrado, descaso e desrespeito,
TAR? Se você respondeu que não, você errou. além de retornar ao atendente como um bumerangue. O
Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o verda- EFEITO BUMERANGUE é bastante comum em situações
deiro sentido, compreendendo e interpretando a essência, o de atendimento, pois ele reflete o nível de satisfação, ou
conteúdo da comunicação. não, do cliente em relação ao atendente. Com este efeito,
O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com as atitudes batem e voltam, ou seja, se você atende bem, o
a nossa capacidade de perceber o outro. E, para perceber- cliente se sente bem e trata o atendente com respeito. Se
mos o outro, o cliente que está diante de nós, precisamos este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hostil.
nos despojar das barreiras que atrapalham e empobrecem O cliente não está na esteira da linha de produção, mere-
o processo de comunicação. São elas: cendo ser tratado com diferenciação e apreço.
* os nossos PRECONCEITOS; Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraí-
* as DISTRAÇÕES; das, que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido
* os JULGAMENTOS PRÉVIOS; de vida, que é SERVIR AO PRÓXIMO.
* as ANTIPATIAS. Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilida-
de, retratam bem a falta de calor do atendente. Com estas
Para interagirmos e nos comunicarmos a contento, atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que
precisamos compreender o TODO, captando os estímulos este se afaste, vá embora, desapareça da sua frente, pois
que vêm do outro, fazendo uma leitura completa da situa- ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a sua
ção. MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

As gafes no atendimento Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando


Depois de conhecermos a postura correta de atendi- a liberação do lado bom da pessoa que atende o cliente.
mento, também é importante sabermos quais são as for- Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna
mas erradas, para jamais praticá-las. Quem as pratica, com um círculo vicioso na postura inadequada, pois, o aten-
certeza não é um verdadeiro profissional de atendimento. dente usa os chavões (pensa dessa forma em relação ao
Podemos dividi-las em duas partes, que são: cliente e a situação de atendimento ), o cliente se aborre-
ce e descarrega no atendente, ou simplesmente não volta
Postura inadequada mais.
A postura inadequada é abrangente, indo desde a pos- Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança
tura física ao mais sutil comentário negativo sobre a em- radical no pensamento e postura do atendente.
presa na presença do cliente.
Em relação à postura física, podemos destacar como Impressões finais do cliente
inadequado, o atendente: Toda a postura e comportamento do atendente vai
* se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça levar o cliente a criar uma impressão sobre o atendimento
no seu birô por não estar com o cliente (esta atitude impe- e, consequentemente, sobre a empresa.
de que ele interaja no raio de ação); Duas são as formas de impressões finais mais comuns
* mascar chicletes ou fumar no momento do atendi- do cliente:
mento; 1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato di-
* cuspir ou tirar meleca na frente do cliente (estas coi- reto (pessoal) e/ou telefônico com o atendente;
sas só devem ser feitas no banheiro); 2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Va-
* comer na frente do cliente (comum nas empresas que mos conhecê-las com mais detalhes.
oferecem lanches ou têm cantina);
* gritar para pedir alguma coisa; Momentos da verdade
* se coçar na frente do cliente; Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é qual-
* bocejar (revela falta de interesse no atendimento).
quer episódio no qual o cliente entra em contato com
Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar:
qualquer aspecto da organização e obtem uma impressão
* se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir caro-
da qualidade do seu serviço.
na, por exemplo;
O funcionário tem poucos minutos para fixar na men-
* receber presentes do cliente em troca de um bom
te do cliente a imagem da empresa e do próprio serviço
serviço;
prestado. Este é o momento que separa o grande profis-
* fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou
sional dos demais.
serviços na frente do cliente;
Este verdadeiro profissional trabalha em cada mo-
* desmerecer ou criticar o fabricante do produto que
vende, o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem mento da verdade, considerando-o único e fundamental
para o cliente; para definir a satisfação do cliente. Ele se fundamenta na
* falar mau das pessoas na sua ausência e na presença chamada TRÍADE DO ATENDIMENTO OU TRIÂNGULO DO
do cliente; ATENDIMENTO, que é composto de elementos básicos do
* usar o cliente como desabafo dos problemas pes- processo de interação, que são:
soais; A ) a pessoa
* reclamar na frente do cliente; A pessoa mais importante é aquela que está na sua
* lamentar; frente. Então, podemos entender que a pessoa mais im-
* colocar problemas salariais; portante é o cliente que está na frente e precisa de
* “ lavar a roupa suja “ na frente do cliente. atenção.
No Momento da Verdade, o atendente se relaciona
LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR AOS OU- diretamente com o cliente, tentando atender a todas as
TROS E NÃO SE SERVIR DOS OUTROS. suas necessidades. Não existe outra forma de atender, a
não ser pelo contato direto e, portanto, a pessoa funda-
Usar chavões mental neste momento é o cliente.
O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como
forma de fugir à sua responsabilidade no atendimento ao B ) a hora
cliente. Citamos aqui, os mais comuns: A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o
presente, pois somente nele podemos atuar.
PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado
A ESTE ATENDENTE? e o futuro não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o
* o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER... presente como fonte de atuação. Nele, podemos agir e
* o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA transformar. O aqui e agora são os únicos momentos
FAZ PELO SENHOR... nos quais podemos interagir e precisamos fazer isto da
* o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER MAIS... melhor forma.
* AÍ VEM ELE DE NOVO...

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

C ) a tarefa Empatia
Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA,
importante diante desta pessoa mais importante para nós, que significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a
na hora mais importante que é o aqui e o agora, é FAZER O capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, pro-
CLIENTE FELIZ, atendendo as suas necessidades. curando sempre entender as suas necessidades, os seus
Esta tríade se configura no fundamento dos Momentos anseios, os seus sentimentos. Dessa forma, é uma aptidão
da Verdade e, para que estes sejam plenos, é necessário que pessoal fundamental na relação atendente - cliente. Para
os funcionários de linha de frente, ou seja, que atendem conseguirmos ser empáticos, precisamos nos despojar dos
os clientes, tenham poder de decisão. É necessário que os nossos preconceitos e preferências, evitando julgar o outro
chefes concedam autonomia aos seus subordinados para a partir de nossas referências e valores.
atuarem com precisão nos Momentos da Verdade. A empatia alimenta-se da autoconsciência, que signifi-
ca estarmos abertos para conhecermos as nossas emoções.
Teleimagem Quanto mais isto acontece, mais hábeis seremos na leitura
Através do telefone, o atendente transmite a TELEIMA- dos sentimentos dos outros. Quando não temos certeza
GEM da empresa e dele mesmo. dos nossos próprios sentimentos, dificilmente consegui-
TELEIMAGEM, então, é a imagem que o cliente for- mos ver os dos outros.
ma na sua mente ( imagem mental ) sobre quem o está E, a chave para perceber os sentimentos dos outros,
atendendo e , consequentemente, sobre a empresa ( está na capacidade de interpretar os canais não verbais de
que é representada por este atendente). comunicação do outro, que são: os gestos, o tom de voz,
Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do as expressões faciais...
cliente encaminhar os seus negócios é maior, pois ele su- Esta capacidade de empatizar-se com o outro, está li-
põe que a empresa é comprometida com o cliente. No gada ao envolvimento: sentir com o outro é envolver-se.
entanto, se a imagem é negativa, vemos normalmente o Isto requer uma atitude muito sublime que se chama HU-
cliente fugindo da empresa. Como no atendimento telefô- MILDADE. Sem ela é impossível ser empático.
nico, o único meio de interação com o cliente, é através da Quando não somos humildes, vemos as pessoas de
palavra e sendo a palavra o instrumento, faz-se necessário maneira deturpada, pois olhamos através dos óculos do
usá-la de forma adequada para satisfazer as exigências do orgulho e do egoísmo, com os quais enxergamos apenas
cliente. Dessa forma, classificamos 03 itens básicos ligados o nosso pequenino mundo.
a palavra e as atitudes, como fundamentais na formação O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a
da TELEIMAGEM. humanidade, impedindo-a de ser feliz.
Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho
São eles: , criando uma couraça ao nosso redor para nos proteger.
01. O tom de voz: é através dele que transmitimos in- Com eles, nós achamos que somos tudo o que importa e
teresse e atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio e esquecemos de olhar para o outro e perguntar como ele
distante, passamos ao cliente, a ideia de desatenção e de- está, do que ele precisa, em que podemos ajudar.
sinteresse. Esquecemos de perceber principalmente os seus sen-
Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de forma timentos e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos
decidida e atenciosamente, satisfazemos as necessidades tornamos vaidosos e passamos a ver os outros de acordo
do cliente de sentir-se assistido, valorizado, respeitado, im- com o que estes óculos registram: os nossos preconceitos,
portante. nossos valores, nossos sentimentos...
02. O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não
o atendente passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui fica sabemos repartir, não sabemos doar.
expressamente PROIBIDO o uso de termos como: amor, Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mes-
bem, benzinho, chuchu, mulherzinha, queridinha, co- mos, só lembramos de nós. É aqui que a empatia se de-
lega... teriora, quando os nossos próprios sentimentos são tão
fortes que não permitem harmonização com o outro e
03. As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a im- passam por cima de tudo.
pressão de educação e respeito. São INCORRETAS as atitu- OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABA-
des de transferir a ligação antes do cliente concluir o que LHAR COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE
iniciou a falar; passar a ligação para a pessoa ou ramal er- DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS
rado ( mostrando com isso que não ouviu o que ele disse ); SEUS SENTIMENTOS E NECESSIDADES.
desligar sem cumprimento ou saudação; dividir a atenção
com outras conversas; deixar o telefone tocar muitas vezes Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas,
sem atender; dar risadas no telefone. pois as raízes da moralidade estão na empatia. Para con-
cluir, podemos lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O
Aspectos psicológicos do atendente Pequeno Príncipe: “Só se vê bem com o coração; o essen-
Nós falamos sobre a importância da postura de atendi- cial é invisível aos olhos“. Isto é empatia.
mento. Porém, a base dela está nos aspectos psicológicos
do atendimento. Vamos a eles.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

PERCEPÇÃO * Atitudes preconceituosas;


PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de com- * Atitudes de exclusão e repulsa;
preender e captar as situações, o que exige sintonia e é * Atitudes de fechamento;
fundamental no processo de atendimento ao público. Para * Atitudes de rejeição.
percebermos melhor, precisamos passar pelo “esvaziamen- É necessário haver um equilíbrio interno, uma estabi-
to” de nós mesmos, ficando assim, mais próximos do outro. lidade, para que o atendente consiga manter uma atitude
Mas, como é isso? Vamos ficar vazios? É isso mesmo. Vamos positiva com os clientes e as situações.
ficar vazios dos nossos preconceitos, das nossas antipatias,
dos nossos medos, dos nossos bloqueios, vamos observar O ENVOLVIMENTO
as situações na sua totalidade, para entendermos melhor A demonstração de interesse, prestando atenção ao
o que o cliente deseja. Vamos ilustrar com um exemplo cliente e voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o
real: certa vez, em uma loja de carros, entra um senhor de caminho para o verdadeiro sentido de atender.
aproximadamente 65 anos, usando um chapéu de palha, Na área de serviços, o produto é o próprio serviço
camiseta rasgada e calça amarrada na cintura por um bar- prestado, que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com
bante. Ele entrou na sala do gerente, que imediatamente se o cliente. Um serviço é, então, um resultado psicológico e
levantou pedindo para ele se retirar, pois não era permitido pessoal que depende de fatores relacionados com a intera-
“pedir esmolas ali “. O senhor com muita paciência, retirou ção com o outro. Quando o atendente tem um envolvimen-
de um saco plástico que carregava, um “bolo“ de dinheiro to baixo com o cliente, este percebe com clareza a sua falta
e disse: “eu quero comprar aquele carro ali”. de compromisso. As preocupações excessivas, o trabalho
Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata clara- estafante, as pressões exacerbadas, a falta de liderança, o
mente o que podemos fazer com o outro quando pré-jul- nível de burocracia, são fatores que contribuem para uma
gamos as situações. interação fraca com o cliente. Esta fraqueza de envolvimen-
Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo to não permite captar a essência dos desejos do cliente, o
é muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que que se traduz em insatisfação. Um exemplo simples disso é
é e não é harmônico e com ele percebemos a essência dos a divisão de atenção por parte do atendente. Quando este
fatos e situações. divide a atenção no atendimento entre o cliente e os cole-
Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado gas ou outras situações, o cliente sente-se desrespeitado,
com a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de diminuído e ressentido. A sua impressão sobre a empresa é
percepção, na qual vemos, escutamos e sentimos apenas de fraqueza e o Momento da Verdade é pobre.
aquilo que nos interessa. Esta seleção age como um filtro, Esta ação traz consequências negativas como: impos-
que deixa passar apenas o que convém. Esta filtragem está sibilidade de escutar o cliente, falta de empatia, desrespei-
diretamente relacionada com a nossa condição física-psí- to com o seu tempo, pouca agilidade, baixo compromisso
quica emocional. Como é isso? Vamos entender: com o atendimento.
a)Se estou com medo de passar em rua deserta e es- Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutu-
cura, a sombra do galho de uma árvore pode me assustar, ra adequada para o atendimento ao público, obrigando o
pois eu posso percebê-lo como um braço com uma faca atendente a dividir o seu trabalho entre atendimento pes-
para me apunhalar; soal e telefônico, quando normalmente há um fluxo grande
b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de de ambos no setor. Neste caso, o ideal seria separar os dois
um cheiro agradável de comida; tipos de atendimento, evitando problemas desta espécie.
c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são:
parte mais amena da repreensão e reprimir a mais severa. * atender pessoalmente e interromper com o telefone
Em alguns casos, a percepção seletiva age como me- * atender o telefone e interromper com o contato di-
canismo de defesa. reto
* sair para tomar café ou lanchar
O ESTADO INTERIOR * conversar com o colega do lado sobre o final de se-
O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a mana, férias, namorado, tudo isso no momento de atendi-
condição interna, o estado de espírito diante das situações. mento ao cliente.
A atitude de quem atende o público está diretamente Estes exemplos, muitas vezes, soam ao cliente como
relacionada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente um exibicionismo funcional, o que não agrega valor ao tra-
mantém um equilíbrio interno, sem tensões ou preocupa- balho. O cliente deve ser poupado dele.
ções excessivas, as suas atitudes serão mais positivas frente
ao cliente. Os desafios do profissional de atendimento
Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensa- Mas, nem tudo é tão fácil no trabalho de atender. Al-
mentos e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes, gumas situações exigem um alto grau de maturidade do
dão suporte as atitudes frente ao cliente. atendente e é nestes momentos que este profissional tem
Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensa- a grande oportunidade de mostrar o seu real valor. Aqui
mentos negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vai- estão duas destas situações.
dade, as atitudes advindas deste estado, sofrerão as suas
influências e serão:

20
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Encantando o cliente
Fazer apenas o que está definido pela empresa como 3 GESTÃO DA QUALIDADE.
sendo o seu padrão de atendimento, pode até satisfazer as 3.1 QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE
necessidades do cliente, mas talvez não ultrapasse o nor- SERVIÇOS: AS DIMENSÕES DA QUALIDADE
mal. PESSOAL E PROFISSIONAL.
Encantar o cliente é exatamente aquele algo mais que
3.2 FATORES DETERMINANTES DA
faz a grande diferença no atendimento.
QUALIDADE.
Atuação extra 3.3 NORMATIZAÇÃO TÉCNICA E
A ATUAÇÃO EXTRA é uma forma de encantar o cliente QUALIDADE
que se caracteriza por atitudes ou ações do atendente, não
estabelecidas nos procedimentos de trabalho. É produzir
um serviço acima da expectativa do cliente.
Pode-se definir a gestão da qualidade como qualquer
Autonomia atividade coordenada de direção e controle dos processos,
Na verdade, a autonomia não deveria estar no encan- que possui como principal objetivo a melhoria de produ-
tamento do cliente; ela deveria fazer parte da estrutura da tos e serviços, visando ainda garantir a satisfação total dos
empresa. Mas, nem sempre a realidade é esta. Colocamos clientes. A primeira abordagem da qualidade surgiu duran-
aqui porque o consumidor brasileiro ainda se encanta ao te a Segunda Guerra Mundial e tinha como única finalida-
encontrar numa loja, um balconista que pode resolver as de a correção de erros nos produtos bélicos dos exérci-
suas queixas sem se dirigir ao gerente. tos. Com a expansão da indústria no início do século XX,
A AUTONOMIA está diretamente relacionada ao surgiu o controle da qualidade, que visava a uniformidade
processo de tomada de decisão. Onde existir uma situa- dos processos, sem haver uma preocupação explícita com
ção na qual o funcionário precise decidir, deve haver au- a qualidade em si, mas sim com a atividade da empresa
tonomia. em geral.
No atendimento ao público, é fundamental haver au- Após o término da Segunda Guerra, ocorreram novos
tonomia do pessoal de linha de frente e é uma das condi- avanços nos estudos da qualidade (muito devido ao suces-
ções básicas para o sucesso deste tipo de trabalho. so da produção em massa de Ford). Com isso, foi desen-
Mas, para ter autonomia se faz necessário um mínimo volvido o conceito do controle estatístico da qualidade, o
de poder para atuar de acordo com a situação e esse poder que posteriormente abriria as portas para pesquisas mais
deve ser conquistado. O poder aos funcionários serve para aprofundadas sobre o assunto. Já dentro do contexto mun-
agilizar o negócio. Às vezes, a falta de autonomia se rela- dial, a qualidade é visualizada como uma forma de geren-
ciona com fraca liderança do chefe. ciamento que tem por finalidade melhorar de modo con-
tínuo (Kaizen) o desempenho organizacional. De acordo
Para o cliente, a autonomia traduz a ideia de agilidade, com os estudos sobre gestão da qualidade, existem seis
desburocratização, respeito, compromisso, organização. elementos nos quais a mesma se baseia, sendo eles: exce-
Com ela, o cliente não é jogado de um lado para o ou- lência, valor, especificações, conformidade, regularidade e
tro , não precisa passear pela empresa, ouvindo dos aten- adequação ao uso.
dentes: “Esse assunto eu não resolvo; é só com o fulano;
procure outro setor...” Elementos da Gestão da Qualidade
A autonomia na ponta, na linha de frente, demonstra > Excelência: Significa fazer o melhor que se consegue
que a empresa está totalmente voltada para o cliente, pois fazer. A excelência é considerada um valor por muitas or-
todo o sistema funciona para atendê-lo integralmente, e ganizações, sendo também um objetivo a ser seguido. Em
essa postura é vital, visto que a imagem transmitida pelo termos simples, quando falamos de gestão da qualidade,
atendente é a imagem que será gerada no cliente em re- utilizamos a palavra como sinônimo de um desempenho
lação à organização, dessa forma, ao atender, o atendente de alto nível, ou seja, trata-se basicamente do “fazer bem
precisa se lembrar que naquele cargo, ele representa uma feito”, que é o ideal da própria excelência (boas práticas
marca, uma instituição, um nome, e que todas as suas ati- que conduzem à inovação e melhoram o resultado).
tudes devem estar em conformidade com a proposta de > Regularidade: Significa a redução da variação que
visão que essa organização possui, focando sempre em um ocorre em qualquer processo de trabalho, seja fabricar um
atendimento efetivamente eficaz e de qualidade. produto ou prestar um serviço. Qualidade, em seu concei-
to, também é sinônimo de regularidade e confiabilidade.
Dessa maneira, quanto menor for a variação de um produ-
to (suas características ou desconformidades), mais quali-
dade ele conseguirá ter e vice-versa. Trata-se de um dos
principais pontos na gestão da qualidade.
> Valor: O valor é a apreciação feita pelo indivíduo da
importância de um bem, tendo como base sua utilidade,
aspecto e características. Num primeiro momento, signifi-

21
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

ca produto de luxo ou de alto desempenho. Quanto mais Claro que em grandes empresas o processo acaba
alta a qualidade do produto, consequentemente mais alto sendo feita de maneira mais complexa e com investimen-
será o seu preço, uma vez que, mais qualidade implica em tos maiores. Mas a gestão de qualidade pode ser levada
custos maiores.  para dentro das empresas sem grandes gastos. A gestão
> Conformidade: É a contrapartida da qualidade pla- de qualidade é uma série de conceitos que precisam ser
nejada, ou seja, é a qualidade real que o produto oferece absorvidos por cada um dos profissionais que trabalham
(àquela que o cliente recebe). Dependendo da taxa de su- dentro da empresa. E para isto não são gastos financei-
cesso do planejamento, ela pode ser próxima ou distante ros que precisamos, e sim liderança e motivação para fazer
da qualidade planejada. Se ao final houver baixa conformi- com que todos mudem a sua maneira de pensar para a
dade, significa também que o produto é de baixa qualida- empresa como um todo poder melhorar.
de, pois um produto ou serviço bem feito é aquele que está
dentro das especificações que foram planejadas. Princípios da gestão de qualidade
> Especificações: O elemento de especificação se re- A gestão de qualidade total, como às vezes é chamada,
fere à descrição da produto, ou de sua determinação cir- tem alguns princípios básicos, listados abaixo:
cunstancial. São as características do produto. As especifi- • Qualidade é algo que pode e deve ser gerenciada;
cações descrevem o produto ou serviço em termos de sua • Problemas devem ser prevenidos, não remedia-
utilidade, desempenho e atributos. Com isso, nós temos a dos;
“qualidade planejada’’ que estabelece como o produto ou • Processos e não pessoas são os frutos dos pro-
serviço devem ser.  blemas;
> Adequação ao uso:  A adequação dependerá da • Todo mundo tem um fornecedor e um cliente;
perspectiva do cliente. Essa perspectiva abrange dois as- • Cada empregado da empresa é responsável por
pectos distintos: a qualidade de projeto e a ausência de manter a qualidade;
deficiências. O primeiro compreende as características do • A qualidade precisa ser medida;
produto que atendem às necessidades do cliente. Quanto • A melhora da qualidade precisa ser contínua;
mais o produto atender à sua finalidade, maior será a quali- • Objetivos são baseados em necessidades, não são
dade do projeto. A ausência de deficiências compreende as negociados;
falhas no cumprimento das especificações, ou seja, quanto • O padrão de qualidade é livre de defeitos;
menor o número de falhas, mais alta será a qualidade do • Planejar e organizar para melhorar a qualidade;
produto ou serviço. • O gerenciamento deve liderar e estar envolvido
A gestão de qualidade é uma estratégia empresarial, diariamente no processo.
bastante difundida, que visa associar qualidade a todas A gestão de qualidade é uma filosofia empresarial.
as etapas e processos de uma empresa ou organização. A Uma empresa que trabalha efetivamente com ela tem as
gestão de qualidade não só apenas afeta a gestão da em- suas fundações baseadas na busca pelo melhor a cada dia
presa, mas também os fornecedores e todos aqueles que que passa. Uma placa dourada, pendurada na parede, com
trabalharem junto à empresa. os princípios da empresa em baixo relevo é bonito, mas se
O conceito da gestão de qualidade vem do toyotismo, cada um dentro da organização não acreditar e viver aqui-
que é um modo de produção japonês, do qual a Toyota foi lo, de nada adianta.20
a precursora. O toyotismo foi a solução encontrada para a A gestão da qualidade pode ser definida como sen-
produção no Japão pós segunda guerra. A situação que eles do qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar
tinham era bem diferente da americana, por isso o fordismo uma organização no sentido de possibilitar a melhoria de
não pode ser usado no Japão. O método japonês era um produtos/serviços com vistas a garantir a completa satis-
sistema flexível. A mão de obra não era extremamente seg- fação das necessidades dos clientes relacionadas ao que
mentada como a de Henry Ford, e era multifuncional, dan- está sendo oferecido, ou ainda, a superação de suas ex-
do flexibilidade para a produção japonesa da época que era pectativas.
pequena, e tinha recursos escassos. O modelo de Toytota Desta forma, a gestão da qualidade não precisa, ne-
valorizava a capacitação dos profissionais e a eficiência. Esta cessariamente, implicar na adoção de alguma certificação
é a sua semelhança com a gestão de qualidade. embora este seja o meio mais comum e o mais difundido,
A gestão de qualidade objetiva aumentar a satisfação porém, sempre envolve a observância de alguns conceitos
dos clientes com o produto, ter uma melhor eficiência de básicos, ou princípios de gestão da qualidade, que podem
produção, reduzir os custos, formar um sistema que faci- e devem ser observados por qualquer organização. A saber:
lite buscar novos mercados e novas parcerias com outras Focalização no cliente: qualquer organização tem
empresas. como motivo de sua existência a satisfação de determina-
A implementação da gestão de qualidade da necessidade de seu cliente, seja com o oferecimento de
Muitos empresários se inibem na hora de implantar a um produto ou serviço. Portanto, o foco no cliente é um
gestão de qualidade em suas empresas, estas sendo nor- princípio fundamental da gestão da qualidade que deve
malmente de pequeno e médio porte. Isso acontece por sempre buscar o atendimento pleno das necessidades do
que muita gente pensa que são necessários processos ca- cliente sejam elas atuais ou futuras e mesmo a superação
ros e trabalhosos para implantar a gestão de qualidade. das expectativas deste;
Mas isto não é verdade. 20 Fonte: adm.esobre.com

22
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Liderança: cabe aos líderes em uma organização criar EXCELÊNCIA


e manter um ambiente propício para que os envolvidos Nesta definição, elaborada pelos pensadores gregos.
no processo desempenhem suas atividades de forma Excelência é o que diferencia as coisas superiores das infe-
adequada e que se sintam motivadas e comprometidas a riores. Refere-se ao mais alto nível possível sob um aspec-
atingir os objetivos da organização; to. Esta linha é exemplificada por frases como:
Envolvimento das pessoas: toda organização é forma- 1. Qualidade significa a aplicação dos melhores talen-
da por pessoas que, em conjunto, constituem a essên- tos e recursos para produzir os resultados mais elevados;
cia da organização. Portanto, a gestão da qualidade deve 2. Ou se faz bem feito ou mal feito.
compreender o envolvimento de todos, o que possibili- A ideia é obter a qualidade máxima desde o primeiro
tará o uso de sãs habilidades para o benefício da orga- momento.
nização;
Abordagem por processos: a abordagem por proces- VALOR
sos permite uma visão sistêmica do funcionamento da Esta definição está bastante ligada ao status que o pro-
empresa como um todo, possibilitando o alcance mais duto ou serviço proporciona para o comprador. Ela surgiu
eficiente dos resultados desejados; na ascensão da produção massificada de bens de consumo
Abordagem sistêmica: a abordagem sistêmica na ges- que tinham baixo preço. Ela faz a diferenciação de produ-
tão da qualidade permite que os processos inter-relacio- tos que podem ser adquiridos a baixos preços e pela gran-
nados sejam identificados, entendidos e gerenciados de de maioria da população de produtos que são adquiridos
forma a melhorar o desempenho da organização como somente por pouquíssimas pessoas a custos muito altos.
um todo; Esta definição segue uma frase de Freud: “Se quiser quali-
Melhoria contínua: para que a organização consiga dade, pague por ela”.
manter a qualidade de seus produtos atendendo suas ne-
cessidades atuais e futuras e encantando-o (excedendo ESPECIFICAÇÕES
suas expectativas), é necessário que ela tenha seu foco Do ponto de vista dos profissionais da área de exatas,
qualidade está relacionada com as especificações técnicas de
voltado sempre para a melhoria contínua do seu processo
um produto ou serviço. Se o produto ou serviço está de acor-
e produto/serviço;
do com as suas especificações técnicas, ele tem qualidade.
Abordagem factual para a tomada de decisão: todas
Este conceito está relacionado com a qualidade plane-
as decisões dentro de um sistema de gestão de qualidade
jada para o produto ou serviço.
devem se tomadas com base em fatos, dados concretos e
Conformidade com Especificações
análise de informações, o que implica na implementação
A qualidade planejada é apenas um ponto, é preciso
e manutenção de um sistema eficiente de monitoramen-
verificar se as especificações foram bem definidas e alcan-
to;
çadas. Ou seja, é preciso analisar a qualidade recebida pelo
cliente.
Benefícios mútuos nas relações com fornecedores: a
organização deve buscar o relacionamento de benefício REGULARIDADE
mútuo com seus fornecedores através do desenvolvimen- Qualidade também significa a uniformidade sugerida
to de alianças estratégicas, parcerias e respeito mútuo, por Taylor e Ford. A uniformidade sugere confiabilidade do
pois o trabalho em conjunto de ambos facilitará a criação produto ou serviço.
de valor.21
ADEQUAÇÃO AO USO
ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE Como não poderia deixar de haver, existe uma defini-
Todas as pessoas convivem sob a sombra da palavra ção exclusiva para o cliente. Neste contexto, há dois signi-
qualidade. Não é para menos, a qualidade tornou-se ali- ficados:
cerce fundamental para as organizações, onde ganhou
destaque à cerca de 30 anos. Porém, a sua abordagem Qualidade do Projeto – este conceito compreende
é bem mais antiga, vindo de filósofos gregos e chineses. as características do produto que atendem as necessida-
A primeira abordagem de qualidade dentro das orga- des dos clientes. Quanto mais o produto atender a esta
nizações visava a uniformidade dos processos e não havia finalidade, maior será a sua qualidade. Em outras palavras
uma preocupação explícita com a qualidade. A produção significa:
em massa abriu as portas para a pesquisa da qualidade. _ Clientes satisfeitos com o produto;
Como qualidade era sinônimo de uniformidade e o _ Produtos e serviços mais competitivos;
controle de todas as peças produzido era muito demora- _ Melhor desempenho da empresa.
do, surgiu o controle estatístico da qualidade.
Ausência de Deficiências – esta parte compreende as
COMO DEFINIR QUALIDADE? falhas de cumprimento das especificações. Essas falhas de
Não há uma definição universal para qualidade, mas um modo ou de outro podem ser evitadas pela organiza-
podemos abordá-la segundo alguns pontos de vista. ção. Quanto menor o número de falhas, maior a qualidade.
21 Fonte: www.infoescola.com Isto se reflete em:

23
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

_ Maior eficiência dos recursos produtivos;


_ Maior satisfação do cliente com o desempenho dos produtos e serviços;
_ Custos menores de inspeção e controle.
_ Tempo menor de colocação e consolidação de produtos no mercado.

CUSTOS DA QUALIDADE
De forma geral, Freud não está errado quando diz: “Se quer qualidade, pague por ela”. A qualidade tem custos, e requer
investimentos por parte da organização. Estes custos são repassados para o preço final do serviço ou produto. Existem,
basicamente, duas categorias de custos da qualidade que estão descritas na Tabela 5.1.

Tabela 5-1 - Categoria de Custos da Qualidade

CUSTOS DA NÃO-QUALIDADE
A falta de qualidade do produto, ou seja, a inadequação do produto ou serviço para os clientes gera custos para a
organização que também são agrupados em duas categorias, conforme a Tabela 5.2.

Tabela 5-2 - Custos da não Qualidade

24
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

O CLIENTE EM PRIMEIRO LUGAR A qualidade era um trabalho de todos, mas acaba-


Dentro dos conceitos modernos de administração, a va sendo de ninguém.
qualidade é definida com base nas necessidades e no inte- O departamento de qualidade deveria ocupar-se, se-
resse do cliente. A ausência de deficiências permite ofere- gundo o seu fundador Armand V. Feigenbaum, com:
cer produtos que satisfaçam os clientes e evitar os indese- _ Estabelecer padrões: definir os padrões de custo e
jáveis custos da não qualidade. desempenho do produto;
Para transformar desejos, interesses e necessidades do _ Avaliar o desempenho: comparar o desempenho dos
cliente em especificações é aplicada uma técnica chamada produtos com os padrões.
Quality Function Deployment (QFD). _ Agir quando necessário: tomar providências correti-
Ela consiste de quatro etapas: vas quando os padrões forem violados;
1. Os atributos que o produto deve ter, segundo o _ Planejar aprimoramentos.
cliente, são transformados em características e especifica-
ções técnicas; • Qualidade Total
2. As especificações técnicas são transformadas em ca- Prosseguindo as suas pesquisas, Feigenbaum apresen-
racterísticas ou especificações de componentes ou maté- tou uma evolução de suas propostas, chamado Controle da
rias primas; Qualidade Total (TQC – Total Quality Control). O seu foco
3. As especificações técnicas dos componentes são continua no cliente, ou seja, a pedra fundamental para a
transformadas em características ou especificações do pro- definição de qualidade é o ponto de vista dos clientes.
cesso produtivo; “A qualidade quem estabelece é o cliente e não os enge-
4. As informações de especificação do processo pro- nheiros, nem o pessoal de marketing ou a alta administra-
dutivo são aplicadas na montagem de um sistema de pro- ção. A qualidade de um produto ou serviço pode ser definida
dução. como o conjunto total das características de marketing, en-
Dentro da visão moderna, o cliente é o ponto de partida genharia, fabricação e manutenção do produto ou serviço
para a definição de qualidade. Ao contrário dos enfoques da que satisfazem às expectativas do cliente”.
Administração Científica, o cliente é o elemento chave. Consequentemente, a qualidade não é somente a con-
formidade com as especificações, como era pregado na
• Eras da História da Qualidade inspeção. A qualidade vem desde a concepção do produto
A história da qualidade do ponto de vista administrati- ou serviço a partir dos desejos dos clientes. Depois des-
vo pode ser dividido em quatro eras. sa análise viriam outras características como, por exemplo,
confiabilidade e a manutenabilidade.
• Era da Inspeção Feigembaum enumerou oito estágios da qualidade no
A ênfase está em separar os bons produtos dos defei- ciclo industrial:
tuosos por meio da observação direta. Esta abordagem vem 1. Marketing – avalia no nível de qualidade desejado
desde os primórdios da Revolução Industrial, onde o próprio pelo cliente e o custo que ele está disposto a pagar;
artesão fazia a inspeção da sua produção que tinha que es- 2. Engenharia – transforma as expectativas e os desejos
tar de acordo com as especificações técnicas que ele mesmo do cliente em especificações;
estipulou. No início do século XX, as empresas começaram a 3. Suprimentos – escolhe, compra e retém fornecedo-
ver os supervisores de produção como agentes da qualidade. res de peças e materiais;
4. Engenharia de Processo – escolhe máquinas, ferra-
• Era do Controle Estatístico mentas e métodos de produção;
Com a ascensão da produção massificada, a inspeção 5. Produção – a supervisão e os operadores têm uma
tornou-se impraticável. Este novo ambiente era mais pro- responsabilidade importante pela qualidade durante a fa-
pício a outras técnicas de controle de qualidade. Uma delas bricação;
era o controle estatístico. Ele se baseia na amostragem, ou 6. Inspeção e testes – verificam a conformidade do pro-
seja, são tomadas algumas amostras da produção ao invés duto com as especificações;
de todos os produtos. 7. Expedição – responsável pela embalagem e transporte;
Sua primeira aplicação veio com Walter A. Shewhart 8. Instalação e assistência técnica. - Com esta nova vi-
que definiu a carta de controle, que desenvolveu técnicas são a qualidade deixa de ser atributo do produto ou servi-
de amostragem. ço. Deixa de ser responsabilidade de apenas um departa-
Até a Segunda Grande Guerra o seu modelo não era mento, mas de todos os componentes da organização. A
muito utilizado, entretanto, as forças armadas precisavam qualidade exige visão sistêmica, para integrar as ações das
de grandes quantidades de insumos com altíssima qualida- pessoas, máquinas informações e todos os recursos envol-
de. As forças armadas influenciaram muito, pois adotaram vidos na administração da qualidade.
técnicas refinadas de amostragem. A qualidade de administração começa na administra-
Após a guerra, a estatística ganhou força dentro das ção superior, de onde vem toda a coordenação do siste-
organizações como forma de controlar e obter a qualidade. ma de qualidade. Nesse novo contexto, o departamento
Nesta mesma época, veio a tona a ideia do departamento de qualidade deve ter poderes para garantir a qualidade
de qualidade dentro das organizações, pois até então era dos produtos e serviços com o custo aceitável. A qualidade
considerado um trabalho geral, porém ocorria o seguinte: total envolve os clientes e os interesses das empresas.

25
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

A ESCOLA JAPONESA DA QUALIDADE TOTAL


O Japão é um país sem recursos naturais, conseqüentemente a sua sobrevivência viria das exportações. Diante
dessa realidade, a qualidade tornou-se uma verdadeira obsessão. Foram iniciadas pesquisas e visitas a países onde
a qualidade do processo industrial era mais apurada.
• Deming
Em 1947 a JUSE (Associação Japonesa de Cientistas e Engenheiros) se tornou o centro das atividades de qua-
lidade do país. Esta entidade convidou Willaim Edwards Deming para visitar o país e ministrar alguns cursos de
estatística.
Ele percebeu que a alta administração não se empenhava de forma minimamente adequada com a qualidade.
Ele presumiu que em pouco tempo, a qualidade iria se restringir a separa os produtos com defeitos dos sem defei-
tos.
Com o apoio da JUSE, Deming conseguiu chegar à Alta administração, onde dirigiu todos os seus esforços para
sensibilizá-la da necessidade da consciência na qualidade. Ele dizia que a qualidade era o caminho natural para a
prosperidade através do aumento de produtividade, redução de custos, conquista de mercados e da expansão do
emprego. Para ele havia quatorze pontos a serem trabalhados:

Tabela 5-3 - Princípios de Deming

Pontos de Deming

Estabelecer a constância do propósito de melhorar o produto e o serviço, com a finalidade de tornar a


empresa competitiva, permanente no mercado e criar novos empregos;
Adotar a nova filosofia. Numa nova era econômica, a administração deve despertar para o desafio, assumir as
responsabilidades e assumir a liderança da mudança;
Acabar coma dependência da inspeção em massa. Elimina-se a necessidade da inspeção em massa construindo
a qualidade junto com o produto desde o começo;
Cessar a prática da compra baseada exclusivamente no preço. Deve-se avaliar a relação custo/benefício;
Melhorar constantemente o sistema de produção e serviços;
Instituir o treinamento de serviço;
Instituir a liderança;
Afastar o medo para que todos possam trabalhar de forma eficaz;
Eliminar as barreiras entre as organizações para prever erros e tratá-los;
Cuidado com slogans que estimulam a competição interna e prejudicial dentro da organização;
Eliminar as cotas numéricas do chão da fábrica;
Remover as barreiras que impedem o operário de sentir orgulho de suas funções;
Instituir um sólido programa de treinamento e educação;
Agir para concretizar a mudança.

Era preciso conhecer as necessidades dos clientes. Ele montou três alicerces para a prosperidade com a quali-
dade:
_ Predominância do Cliente;
_ Importância da mentalidade preventiva;
_ Necessidade de envolvimento da alta administração.
• Juran
Com Joseph M. Juran, a JUSE conscientizou que o controle de qualidade não se resumia a inspeção, mas a todas
as áreas funcionais e todas as operações das organizações. Ele criou o curso de controle de qualidade do gerente
médio.
• Ishikawa e a Qualidade Total
Os japoneses criaram a própria filosofia de qualidade total. Diferente de Feigerbaum que pregava a participação
de todos, mas com a centralização em um departamento altamente especializado. A cultura da indústria japonesa
prega a qualidade a todos os setores sem a necessidade de um departamento que centraliza as atividades. Os trei-
namentos são direcionados a todos os membros da organização.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

MATURIDADE DA ERA DA QUALIDADE TOTAL


• Garantia Da Qualidade E Auditoria Do Sistema
No ambiente da qualidade total, a qualidade não é preocupação somente com os serviços ou produtos. Muito
menos é responsabilidade exclusiva de um grupo. Para a filosofia da qualidade total, todos os membros e setores
da organização são responsáveis pela qualidade, sendo tratada de forma sistêmica.
As organizações passaram a exigir de seus fornecedores que eles entregassem as matérias-primas com alta qualidade.
Elas passaram a fazer auditoria no sistema de qualidade de seus fornecedores. Dessa maneira, forma-se um ciclo de con-
trole de qualidade, e o sistema torna-se bastante completo.

NORMAS ISO 9000


A International Organization for Standartization (ISO) é uma organização privada que publicou normas para avaliação
de um Sistema de Qualidade, chamada Série 9000. Existem mais de 11.000 padrões introduzidos pela ISO. Um ponto im-
portante a ser considerado é que a ISO não faz auditorias para verificar se seguem as suas recomendações. A adesão às
suas recomendações é voluntária.
Entretanto, devido a sua grande aceitação ela tornou-se referência em auditorias de sistemas de qualidade, surgindo
empresas especializadas nesse tipo de auditoria, mas é importante ter conhecimento que não há uma certificação ISO.
A Tabela 5.4 ilustra alguns exemplos de categorias ISO e a Tabela 5.5 os elementos das normas.

Tabela 5-4 - Exemplos das categorias ISO 9000

ISO 9000:2000 – Sistema de Administração da Qualidade


Fundamentos e vocabulários Fornece um ponto de partida para a compreensão dos
padrões e define os termos e conceitos fundamentais
usados na família ISO 9000.

Requisitos Padrão de Requisitos usados para avaliar a capacidade de


atender requisitos estabelecidos pelo cliente e pela
legislação.
Ele é amplamente usado para certificação de empresas.

Diretrizes para Aprimoramento do Desempenho É um conjunto de diretrizes para o aprimoramento


contínuo de
seu sistema de administração da qualidade, de forma a
atender
a todas as partes interessadas por meio da satisfação
permanente do consumidor.

Diretrizes sobre a Auditoria de Sistemas de Administração Diretrizes para conferir a capacidade do Sistema alcançar
da qualidade no Ambiente os objetivos da qualidade.

PRÊMIOS DE QUALIDADE
A sociedade mundial criou uma série de prêmios para as organizações que preocupam-se com a qualidade como, por
exemplo, Deming, Baldrige e o Europeu.22
Enfim, temos, resumidamente que, a qualidade tem existido desde os tempos em que os chefes tribais, reis e faraós
governavam. Desde a antiguidade a qualidade possuía diferentes formas, que variavam de acordo com o tipo de negócio
que era realizado. Nesses tempos, já existiam inspetores que aceitavam ou rejeitavam os produtos se estes não cumpriam
com as especificações solicitadas. Por outro lado, nos dias atuais, a gestão da qualidade nos trás pensamentos estratégicos
que antecedem o agir e o produzir. Esse modelo mudou a postura e a forma que as empresas vêem a qualidade, tornando-a
um valioso item de vantagem competitiva empresarial.
No Brasil, a gestão da qualidade começou a ser implantada a partir de 1990. Esse modelo foi um dos principais propulsores
que as organizações brasileiras tiveram para começarem a adquirir novas competências e maiores patamares. Com a gestão da
qualidade foi possível adquirir o aprendizado de novos procedimentos, a melhora na interação com o público interno e externo
e a aceleração do desenvolvimento econômico e industrial. Essa “nova era” também trouxe consigo uma nova filosofia, baseada
na elaboração e aplicação de conceitos, métodos e técnicas adequadas à nova realidade corporativa que vivemos.

22 Fonte: www.oocities.org

27
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

A gestão da qualidade marcou o deslocamento da análise do produto ou serviço para a concepção de um sistema
integrado de qualidade. A qualidade deixou de ser um aspecto do produto e passou a ser um problema da empresa, abran-
gendo todos os pontos de sua operação. Esse modelo pode ajudar a alavancar o melhor da organização ao lhe permitir en-
tender seus processos de entrega de seus produtos e serviços a seus clientes. Suas diretrizes são desenvolvidas para serem
usadas por toda organização como uma estrutura para guiar a companhia em direção à melhoria de contínua, levando em
conta as necessidades de todas as partes interessadas (stakeholders), não somente dos clientes.23

FERRAMENTAS DA QUALIDADE
A utilização de metodologias de trabalho e a aplicação de ferramentas conhecidas de todos na organização, dentro da
mesma filosofia, permitem uma maior rapidez e transparência nas comunicações internas e a consequente agilização na
tomada de decisões.
As ferramentas da Qualidade não são uma invenção nova. Algumas delas já existem desde a II Guerra Mundial e, com-
binadas a outras mais recentes, formam o atual conjunto de que se dispõe para o desenvolvimento de ações de melhoria.
É comum classificá-las em ferramentas estatísticas e não estatísticas. Há quem as subdivida em ferramentas gerenciais
e estatísticas ou em antigas e novas ferramentas. Há quem selecione apenas sete. Essas são denominadas «as sete ferra-
mentas da qualidade».
As ferramentas conhecidas como “as sete ferramentas da qualidade” são estratificação, folha de verificação, gráfico de
Pareto, diagrama de causa e efeito, histograma, diagrama de dispersão e gráfico de controle.
As ferramentas não-estatísticas, como o fluxograma, folhas de verificação, cartas de tendências etc., são relativamente
simples e podem ser utilizadas tanto pelo nível gerencial quanto operacional da organização. O uso dessas ferramentas
exige pouco treinamento.
As ferramentas estatísticas, como o histograma, diagrama de Pareto, estratificação etc., são de complexidade média.
Essas, em geral, são utilizadas pela gerência intermediária e por técnicos, desde que sejam submetidos a treinamento es-
pecífico e tenham alguma facilidade para trabalhar com dados numéricos.
Não há limites para a quantidade de ferramentas que podem ser utilizadas na análise e melhoria de processos. No
entanto, para o uso eficaz de todas as ferramentas, é necessário conhecimento e prática.

Ferramentas Não-Estatísticas
Vejamos abaixo as ferramentas não-estatísticas mais utilizadas, seus conceitos e exemplos:

Folha de verificação
As folhas de verificação são ferramentas de fácil compreensão, usadas para responder à pergunta: “Com que frequência
certos eventos acontecem?” Ela inicia o processo transformando “opiniões” em “fatos”.
Na preparação de uma Folha de Verificação devem ser incluídos, sempre que possível, os seguintes itens:
· o objetivo da verificação (por que);
· os itens a serem verificados (o que);
· os métodos de verificação (como);
· a data e a hora das verificações (quando);
· o nome da pessoa que faz a verificação (quem);
· os locais e processos das verificações (onde);
· os resultados das verificações;
· a sequência das verificações.
Além disso, é necessário:
· definir o período para a coleta de dados;

23 Fonte: www.portal-administracao.com

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Carta de tendência
São representações gráficas de dados coletados em um determinado período para identificar tendências ou outros
padrões que ocorrem ao longo deste período.
São utilizadas para monitorar um sistema, a fim de se observar ao longo do tempo a existência de alterações na média
esperada.
A carta de tendência, como qualquer outro gráfico, deve ser usada para chamar atenção para mudanças realmente
vitais no sistema.
Por exemplo, quando monitoramos qualquer processo, é esperado que encontremos certa quantidade de pontos aci-
ma e abaixo da média. Porém quando muitos pontos aparecem em apenas um lado da média, isto indica um evento esta-
tístico não usual e que houve variação na média. Estas mudanças devem ser sempre investigadas. Se a causa da variação é
favorável, deve ser incorporada ao processo. Se não deve ser eliminada.

Checklist de aderência
Checklist (ou lista de verificação) é um formulário, previamente elaborado, para coleta de opiniões sobre o quanto
pessoas ou organizações conhecem, aceitam ou praticam as ações, os princípios ou os comportamentos que estão sendo
avaliados.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Diagrama de causa e efeito


É uma ferramenta utilizada para:
· apresentar a relação existente entre o resultado de um processo (efeito) e os fatores (causas) que possam afetar este
resultado;
· estudar processos e situações;
· planejamento.

É, também, conhecido como diagrama de espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa.


Desenvolvido no Japão, em 1943, por Kooru Ishikawa, permite, ainda, representar a relação entre problema e todas as
possibilidades de causas que podem implicar neste efeito.
Para facilitar a construção do diagrama, Ishikawa idealizou quatro categorias de causas conhecidas como 4M. Outras
categorias foram propostas e nada impede que cada pessoa proponha suas próprias categorias. Todavia, não deve esque-
cer que a simplicidade é o segredo para o bom funcionamento desta ferramenta.
As categorias mais comuns para agrupamento das causas são:
· 4M: Mão-de-obra, Máquina, Método do Processo ou da Medida e Materiais;
· 5M: Mão-de-obra, Máquina, Método, Materiais e Manager (Gerenciamento);
· 6M: Mão-de-obra, Máquina, Método, Materiais, Manager (Gerenciamento) e Meio
Ambiente;
7M: Mão-de-obra, Máquina, Método, Materiais, Manager (Gerenciamento), Meio Ambiente e Money (Dinheiro).

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

4Q1POC (5W2H)
É uma técnica de levantamento global recomendada para todas as etapas da análise e melhoria de processos. O nome
da técnica deriva-se de cinco perguntas em inglês. São elas: Who, Where, Why, What, When, How much and How. Por isso,
ela também é conhecida como 5W2H. Em português, 4Q1POC refere-se às perguntas Quem, O Que, Quando, Quanto, Por
que, Onde e Como. Esta técnica pode ser utilizada tanto para análise de processos quanto para o planejamento de melho-
rias. É a forma mais simples do Plano de Ação.
Quem
· Quem são os clientes e os fornecedores?
· Quem planeja, executa e avalia?
O Que
· O que é feito?
· O que é consumido?
Quando
· Quando a atividade é executada?
· Quando o cliente precisa do produto ou serviço?
Quanto
· Quanto custará a implementação das atividades?
Onde
· Onde a atividade é planejada, executada e avaliada?
· Onde o produto ou serviço deve ser entregue?
Por que
· Por que o processo segue esta rotina?
· Por que esta solução será implementada?
Como
· Como a atividade é planejada, executada e avaliada?
· Como esta solução será implementada?

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

5 Por quês
É uma técnica de análise que permite, através da formulação de uma única pergunta, Por que, aprofundar o conheci-
mento sobre determinado assunto. Como se trata de uma sequencia de perguntas ordenadas, de forma que a pergunta
seguinte incida sempre sobre a resposta dada à questão anterior, a tendência é a identificação de uma grande variedade
de causas afins ao tema que está sendo questionado. Cabe observar que o número 5, colocado no nome da técnica, não é
impositivo, apenas sugere a reincidência da pergunta e o não conformismo com a primeira resposta.

Matriz GUT
É uma matriz de priorização de problemas a partir da análise feita, considerando três critérios (Gravidade - Urgência –
Tendência):
· Gravidade: impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou organizações e efeitos que surgirão
a longo prazo, caso o problema não seja resolvido.
· Urgência: relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.
· Tendência: potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento, redução ou desapareci-
mento do problema.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Técnica nominal de grupo


É uma técnica de priorização que se aplica a situações diversas, tais como: problemas, soluções, processos, atividades,
etc. Diferentemente de outras técnicas, o critério de priorização é absolutamente subjetivo, o que torna recomendável que
sua utilização seja precedida de ampla discussão sobre os assuntos a serem priorizados.
Na Técnica Nominal de Grupo, os valores a serem atribuídos no preenchimento da matriz não são estabelecidos “a
priori”, sendo que o maior valor é sempre igual ao número de itens a serem priorizados. No preenchimento da matriz, cada
avaliador começa atribuindo o maior valor ao item que considera mais prioritário. Não é permitido, a um único avaliador,
atribuir o mesmo valor a dois ou mais itens.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Votação de Pareto
É uma técnica de priorização baseada no «Princípio de Pareto» dos poucos pontos vitais e muitos pontos triviais sendo,
neste caso, utilizado o procedimento de votação.
Juran adaptou aos problemas da Qualidade a teoria da desigualdade da distribuição de renda desenvolvida pelo eco-
nomista italiano Vilfredo Pareto. O princípio de Pareto estabelece que, na maioria dos processos, uma pequena quantidade
de causas (cerca de 20%) contribui de forma preponderante para a maior parte dos problemas (cerca de 80%), e que uma
grande quantidade de causas (cerca de 80%) contribui muito pouco para os efeitos observados (cerca de 20%). Ao primeiro
grupo de causas, ele chamou de “pouco vitais” e ao segundo de “muito triviais”.
O procedimento utilizado consiste em que o coordenador, após a geração de uma série de ideias por um grupo, solicita
que os participantes votem naquelas que consideram as mais importantes, de acordo com as seguintes regras:
· o número de votos por participante é limitado a 20%, do total de ideias;
· todos os votos permitidos devem ser usados;
· não é permitido dedicar mais de um voto para uma mesma ideia por participante.
As ideias mais votadas, que devem estar na faixa dos 20% do total de ideias geradas, são as consideradas prioritárias.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Diagrama de árvore
Relaciona o objetivo mais geral com passos de implementação prática. Na sua versão original japonesa, o diagrama da
árvore é utilizado para descrever os métodos pelos quais um propósito pode ser alcançado. Além disso, é utilizado também,
para explorar todas as causas possíveis de um problema, assemelhando-se ao diagrama de causa e efeito, para mapear
características de um produto ou serviço e para identificar atividades a serem acompanhadas tendo em vista um objetivo
organizacional geral, como no exemplo prático apresentado na tela seguinte.

Diagrama de matriz
Apresenta graficamente o relacionamento entre dois ou mais elementos, tais como: atividades de pessoas com fun-
ções, tarefas com tarefas, problemas com problemas, problemas com causas e soluções, etc. As matrizes podem ter vários
formatos, dependendo da quantidade de elementos a serem combinados.

Fluxograma
É a representação esquemática da sequencia (setas) das etapas (caixas) de um processo e tem por objetivo ajudar a
perceber sua lógica. O fluxograma serve para compreender e melhorar o processo de trabalho, criar um procedimento
padrão de operação e mostrar como o trabalho deve ser feito.
É utilizado também como ferramenta de comunicação, de compreensão, aprendizado e auxílio à memória. Essa ferra-
menta possibilita identificar instruções incompletas e serve como roteiro de controle e padronização. É muito útil na iden-
tificação e resolução de problemas e na operacionalização, no controle e na melhoria de um processo.
Na construção de um fluxograma são utilizados símbolos variados, e os mais comuns são os apresentados a seguir:

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

FERRAMENTAS ESTÍSTICAS
Vejamos abaixo as ferramentas estatísticas mais utilizadas, seus conceitos e exemplos.

Diagrama de Pareto
São gráficos de barras verticais que permitem classificar e priorizar problemas em duas categorias: “Pouco vitais” e
“Muito triviais”.
Segundo o princípio de Pareto, os processos podem ser melhorados se houver uma atuação sistemática sobre as cau-
sas do primeiro grupo. Se existir o hábito da priorização, muitos problemas simplesmente desaparecem por serem pouco
relevantes.
Por outro lado, os problemas mais graves passam a ter o tratamento devido e também desaparecem.
Outro ponto importante sobre o diagrama de Pareto é a possibilidade de desdobramento das causas principais em
outros Paretos, permitindo análises sucessivas, como ilustrado a seguir.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Estratificação
A estratificação consiste em dividir um conjunto de dados em grupos que possuem características que os tornam pe-
culiares, podendo agrupá-los de diversas maneiras. Ela ajuda na análise dos casos cujos dados mascaram os fatos reais. Isto
geralmente ocorre quando os dados registrados provêm de diferentes fontes, mas são tratados sem distinção.
Permite também identificar fontes de variação, analisar dados, pesquisar oportunidades de melhoria e avaliar de forma
mais eficaz as situações. Uma forma prática de fazer estratificação é utilizar os 4M ou 5M ou 6M ou 7M.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

São gráficos de barras construídos a partir de uma tabela de frequência de determinadas ocorrências. O eixo horizontal
apresenta os valores assumidos por uma variável de interesse.
Subdivide-se o eixo horizontal em vários pequenos intervalos, construindo-se para cada um destes intervalos uma
barra vertical.
Os histogramas, assim como os processos, podem ter as mais variadas formas, indicando se o processo está “estável”
ou apresenta algum desvio. A construção de histogramas exige alguns conhecimentos de estatística que permitam, após
a coleta de dados, a determinação da amplitude, do número, do intervalo e dos limites de classe e a preparação de uma
tabela de frequência.

ESCOLHENDO O PROCESSO
A escolha do processo a ser analisado é de grande importância para o sucesso dos trabalhos a serem desenvolvidos
no âmbito de uma organização.
A seguir são listadas algumas dicas para seleção de processos:
· impacto direto sobre clientes externos;
· ciclo de execução rápido;
· não esteja passando por importantes transições;
· seja relativamente simples;
· tenha potencial para gerar benefícios;
· ofereça integração com visão e missão.

A Metodologia de Análise e Solução de Problemas (MASP) consiste em um conjunto de procedimentos sistemati-


camente ordenados, baseado em fatos e dados, que visa a identificação e a eliminação de problemas que afetam os pro-
cessos, bem como a identificação e o aproveitamento de oportunidades para a melhoria contínua.
O gerenciamento de processos organizacionais envolve tanto a aplicação da MASP como a compreensão do ciclo
PDCA (Planejar, Desenvolver, Checar, Agir corretivamente), estudado anteriormente. Ambos os métodos, assim como o uso
de ferramentas, são úteis no gerenciamento da Qualidade de processos. Entender a relação existente entre estes deve, pois,
ser considerada. Vejamos a seguir como essas metodologias se relacionam.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Compreendendo a Masp – Etapas e Procedimentos e a Relação com o PDCA

RELAÇÃO ENTRE CICLO PDCA, ETAPAS DA MASP E FERRAMENTAS UTILIZADAS

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO DA MASP · ambiente externo: ameaças e oportunidades;


FASE 1 - PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO · definição dos fatores críticos de sucesso e subproces-
Atividade 1: Elaboração do Projeto sos essenciais;
· definição de objetivos e produtos; · identificação e priorização dos problemas;
· definição das áreas envolvidas e seus representantes; · descrição dos principais problemas;
· definição dos patrocinadores; · forma com que os problemas são percebidos; mo-
· definição do Comitê Gestor de Redesenho; mento e providências adotadas.
· definição das Equipes de Redesenho; Atividade 2: Análise dos Problemas
· definição dos Grupos de Contato; · identificação das causas dos problemas (Diagrama de
· definição do Coordenador do Projeto; Ishikawa);
· definição dos recursos necessários; · priorização das causas (Matriz GUT, Votação de Pare-
· definição das estratégias de comunicação e respon- to, etc).
sáveis;
· definição da metodologia de análise a ser empregada; FASE 4 – PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS
· definição das técnicas de documentação a serem uti- Atividades
lizadas; · definição das possíveis soluções e respectivas alterna-
· definição dos resultados a serem atingidos; tivas, com descrição das vantagens e desvantagens;
· elaboração do Plano de Ação (descrição da tarefas, · identificação dos sistemas a serem modificados ou
responsáveis e cronograma). desenvolvidos;
Atividade 2: Validação · mapeamento dos riscos envolvidos.
Atividade 3: Divulgação
Atividade 4: Alocação de Recursos FASE 5 – ELABORAÇÃO DOS MANUAIS DOS PRO-
Atividade 5: Formalização dos Grupos de Trabalho CESSOS
(Comitê Gestor, Equipes de Redesenho, Grupos de Contato Atividades
e Coordenação) · novos fluxogramas (geral e detalhado);
Atividade 6: Capacitação da Equipe de Redesenho · redação dos manuais;
· revisão dos conteúdos;
FASE 2 – IDENTIFICAÇÃO · revisão ortográfica.
Atividade 01: Identificação do Contexto Institucio-
nal do Processo FASE 6 – PLANEJAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO
· missão da organização e competências das áreas; Atividades
· diagrama da estrutura organizacional (com o quanti- · definição da equipe responsável em cada área;
tativo de pessoal). · definição dos patrocinadores;
Atividade 02: Identificação do Processo · definição do processo de monitoramento dos resulta-
· nome do processo; descrição e objetivos; dos (indicadores, itens de verificação e de controle, e metas
· unidade responsável; a serem atingidas);
· responsável (cargo, nome, telefone e e-mail); · definição da estratégia de implementação;
· recursos alocados (humanos, tecnológicos e materiais); · elaboração do plano de implementação (tarefas, res-
· produtos intermediários e finais; ponsáveis e cronograma);
· clientes internos e externos e seus requisitos; · elaboração do plano de capacitação;
· fornecedores e insumos (e requisitos); · capacitação das equipes executoras.
· fluxograma geral do processo;
· documentação existente (legislação, normas, siste- FASE 7 – ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTA-
mas, etc); ÇÃO
· indicadores existentes [tipo, nome, descrição/fórmula, Atividades
periodicidade, insumos, responsável, histórico (financeiro/ · Reuniões de acompanhamento, avaliação e tomada
custos; processo eficiência; eficácia; efetividade; qualidade; de decisão (correções ou modificações no processo).
prazos; metas; capacidade; satisfação dos clientes; critérios
PNGP – liderança, planejamento, cidadão e sociedade, in- FASE 8 – RELATÓRIO FINAL DE AVALIAÇÃO DO
formação e análise, processos, pessoas, resultados); PROJETO
· mapa de atividades; Atividades
· fluxograma detalhado do processo. · elaboração de relatório.24

FASE 3 – ANÁLISE
Atividade 1: Identificação e Priorização dos Proble-
mas
· ambiente interno: fatores restritivos e fatores incen-
tivadores (condições de trabalho, documentação, recursos
humanos, recursos tecnológicos e recursos materiais); 24 Fonte: www.adapar.pr.gov.br

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

A denominação trabalho em equipe ou trabalho de


4 TRABALHO EM EQUIPE. grupo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, e é um mé-
4.1 PERSONALIDADE E RELACIONAMENTO. todo muitas vezes usado no âmbito político e econômico
como um sistema para resolver problemas.
4.2 EFICÁCIA NO COMPORTAMENTO
O trabalho em equipe possibilita a troca de conheci-
INTERPESSOAL.
mento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos
4.3 COMPORTAMENTO RECEPTIVO E compartilhados, uma vez que otimiza o tempo de cada
DEFENSIVO, EMPATIA E COMPREENSÃO pessoa e ainda contribui para conhecer outros indivíduos e
MÚTUA. aprender novas tarefas.
4.4 RELAÇÃO ENTRE CLIENTES E Cada vez mais, as equipes se tornam a forma básica de
FORNECEDORES INTERNOS. trabalho nas organizações do mundo contemporâneo. As
evidências sugerem que as equipes são capazes de melho-
rar o desempenho dos indivíduos quando a tarefa requer
múltiplas habilidades, julgamentos e experiências. Quando
Cada vez mais, as equipes se tornam a forma básica de as organizações se reestruturaram para competir de modo
trabalho nas organizações do mundo contemporâneo. As mais eficiente e eficaz, escolheram as equipes como for-
evidências sugerem que as equipes são capazes de melho- ma de utilizar melhor os talentos dos seus funcionários. As
rar o desempenho dos indivíduos quando a tarefa requer empresas descobriram que as equipes são mais flexíveis
múltiplas habilidades, julgamentos e experiências. Quando e reagem melhor às mudanças do que os departamentos
as organizações se reestruturaram para competir de modo tradicionais ou outras formas de agrupamentos permanen-
mais eficiente e eficaz, escolheram as equipes como for- tes. As equipes têm capacidade para se estruturar, iniciar
ma de utilizar melhor os talentos dos seus funcionários. As seu trabalho, redefinir seu foco e se dissolver rapidamen-
empresas descobriram que as equipes são mais flexíveis te. Outras características importantes é que as equipes são
e reagem melhor às mudanças do que os departamentos uma forma eficaz de facilitar a participação dos trabalha-
tradicionais ou outras formas de agrupamentos permanen- dores nos processos decisórios aumentar a motivação dos
tes. As equipes têm capacidade para se estruturar, iniciar funcionários.
seu trabalho, redefinir seu foco e se dissolver rapidamen-
te. Outras características importantes é que as equipes são São características das equipes eficazes:
uma forma eficaz de facilitar a participação dos trabalha- - Comprometimento dos membros com um propósito
dores nos processos decisórios aumentar a motivação dos comum e significativo;
funcionários. - O estabelecimento de metas específicas para a equi-
pe que conduzam os indivíduos a um melhor desempenho
e também energizam as equipes. Metas específicas ajudam
a tornar a comunicação mais clara. Ajudam também a equi-
pe a manter seu foco sobre o obtenção de resultados;
- Os membros defendem suas idéias, sem radicalismo;
- Grande habilidade para ouvir;
- Liderança é situacional; ou seja, o líder age de acordo
com o grau de maturidade da equipe; de acordo com a
contingência;
- Questões comportamentais são discutidas aberta-
mente, principalmente as que podem comprometer a ima-
gem da equipe ou organização
- O nível de confiança entre os membros é elevado;
- Demonstram confiança em seus líderes, tornando a
equipe disposta a aceitar e a se comprometer com as me-
tas e as decisões do líder;
Uma equipe de trabalho possui elementos peculia- - Flexibilidade permitindo que os membros da equipe
res de atitude e de ação. As análises de seu desempenho, possam completar as tarefas uns dos outros. Isso deixa a
dos comportamentos de seus membros individuais ou dos equipe menos dependente de um único membro;
resultantes do trabalho coletivo são bastante expressivas - Conflitos são analisados e resolvidos;
para a compreensão de sua atuação e de como deveria - Há uma preocupação / ação contínua em busca do
funcionar para tornar-se mais eficaz. autodesenvolvimento.
Trabalho em equipe é quando um grupo ou uma so-
ciedade  resolve criar um esforço coletivo para resolver Um bom exemplo de uma atuação de trabalho em
um problema. O trabalho em equipe pode ser descrito equipe são os esportes, onde os atletas precisam uns dos
como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam outros para conseguir fazer gols ou pontos, a maioria dos
a realizar uma tarefa ou determinado trabalho, por obriga- esportes são formados por equipes, onde cada um desem-
ção, ou não. penha um papel, para atingir o todo. Outro bom exemplo

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

de trabalho em equipe é o das formigas e gafanhotos, que Fatores que interferem no trabalho em equipe
dividem-se para pegar alimentos e se um não faz a sua - Estrelismo;
parte, todo o resto fica comprometido, dando um modelo - Ausência de comunicação e de liderança;
de união e força. - Posturas autoritárias;
Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e - Incapacidade de ouvir;
uma característica essencial para profissionais e estudan- - Falta de treinamento e de objetivos;
tes, as empresas valorizam muito pessoas que não pensam - Não saber “quem é quem” na equipe.
apenas na sua própria tarefa, e sim naqueles que pensam São características das equipes eficazes:
nos colegas e na empresa em si. - Comprometimento dos membros com um propósito
O bom funcionamento de uma equipe vai depender comum e significativo;
da personalidade de cada elemento da equipe e do rela- - O estabelecimento de metas específicas para a equi-
cionamento entre eles. Alguns tipos de personalidade são pe que conduzam os indivíduos a um melhor desempenho
mais compatíveis com outros e quando dois tipos de per- e também energizam as equipes. Metas específicas ajudam
sonalidade compatíveis trabalham juntos, a equipe sai be- a tornar a comunicação mais clara. Ajudam também a equi-
neficiada. pe a manter seu foco sobre o obtenção de resultados;
Um ambiente saudável e agradável é também essencial - Os membros defendem suas ideias, sem radicalismo;
para o trabalho em equipe. Desta forma, cada elemento - Grande habilidade para ouvir;
deve colocar a equipe em primeiro lugar e não procurar os - Liderança é situacional; ou seja, o líder age de acordo
seus próprios interesses. Além disso, é importante haver com o grau de maturidade da equipe; de acordo com a
empatia para que trabalho exercido seja o mais eficaz e contingência;
prazeroso possível. Trabalhar em equipe requer muitas ho- - Questões comportamentais são discutidas aberta-
ras de convivência, e por isso, a harmonia e respeito devem mente, principalmente as que podem comprometer a ima-
ser cultivados em todas as ocasiões. gem da equipe ou organização
- O nível de confiança entre os membros é elevado;
Diferença entre Grupo e Equipe - Demonstram confiança em seus líderes, tornando a
Grupo e equipe não é a mesma coisa. Grupo é definido equipe disposta a aceitar e a se comprometer com as me-
como dois ou mais indivíduos, em interação e interdepen- tas e as decisões do líder;
dência, que se juntam para atingir um objetivo. Um grupo de - Flexibilidade permitindo que os membros da equipe
trabalho é aquele que interage basicamente para comparti- possam completar as tarefas uns dos outros.
lhar informações e tomar decisões para ajudar cada membro Isso deixa a equipe menos dependente de um único
em seu desempenho na sua área de responsabilidade. membro;
Os grupos de trabalho não têm necessidade nem - Conflitos são analisados e resolvidos;
oportunidade de se engajar em um trabalho coletivo - Há uma preocupação / ação contínua em busca do
que requeira esforço conjunto. Assim, seu desempenho é autodesenvolvimento.
apenas a somatória das contribuições individuais de seus O desempenho de uma equipe não é apenas a soma-
membros. Não existe uma sinergia positiva que possa criar tória das capacidades individuais de seus membros.
um nível geral de desempenho maior do que a soma das Contudo, estas capacidades determinam parâmetros
contribuições individuais. do que os membros podem fazer e de quão eficientes
Uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva por eles serão dentro da equipe. Para funcionar eficazmente,
meio do esforço coordenado. Os esforços individuais re- uma equipe precisa de três tipos diferentes de capacida-
sultam em um nível de desempenho maior do que a soma des. Primeiro, ela precisa de pessoas com conhecimentos
daquelas contribuições individuais. O quadro abaixo res- técnicos. Segundo, pessoas com habilidades para solução
salta as diferenças entre grupos de trabalho e equipes de de problemas e tomada de decisões que sejam capazes
trabalho. de identificar problemas, gerar alternativas, avaliar essas
alternativas e fazer escolhas competentes. Finalmente, as
Comparação entre Grupos de Trabalho e Equipes de Tra- equipes precisam de pessoas que saibam ouvir, deem fee-
balho dback, solucionem conflitos e possuam outras habilidades
Transformando indivíduos em membros de equipe interpessoais.
- partilham suas ideias para a melhoria do que fazem e
de todos os processos do grupo; Tipos de Equipe
- respeitam as individualidades e sabem ouvir; As equipes podem realizar uma grande variedade de
- comunicam-se ativamente; coisas. Elas podem fazer produtos, prestar serviços, nego-
- desenvolvem respostas coordenadas em benefícios ciar acordos, coordenar projetos, oferecer aconselhamen-
dos propósitos definidos; tos ou tomar decisões.
- constroem respeito, confiança mútua e afetividade Equipe de soluções de problemas: Neste tipo de
nas relações; equipe, os membros trocam ideias ou oferecem sugestões
- participam do estabelecimento de objetivos comuns; sobre os processos e métodos de trabalho que podem ser
- desenvolvem a cooperação e a integração entre os melhorados. Raramente, entretanto, estas equipes têm au-
membros. toridade para implementar unilateralmente suas sugestões.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Equipes de trabalho autogerenciadas: São equipes Objetivos do trabalho em equipe


autônomas, que podem não apenas solucionar os proble- As organizações que se baseiam no trabalho em equi-
mas, mas também implementar as soluções e assumir total pe buscam evitar condições opressivas de trabalho e as
responsabilidade pelos resultados. São grupos de funcio- substituem por processos e políticas que estimulam as
nários que realizam trabalhos muito relacionados ou inter- pessoas a trabalharem efetivamente para objetivos co-
dependentes e assuem muitas das responsabilidades que muns. Conforme MOSCOVICI (1996) “...desenvolver uma
antes eram de seus antigos supervisores. equipe é ajudar a aprender e a institucionalizar um proces-
Normalmente, isso inclui o planejamento e o crono- so constante de autoexame e avaliação das condições que
grama de trabalho, a delegação de tarefas aos membros, dificultam seu funcionamento efetivo, além de desenvolver
o controle coletivo sobre o ritmo de trabalho, a tomada de habilidades para lidar eficazmente com esses problemas.”
decisões operacionais e a implementação de ações para É necessário que uma equipe possua objetivos, para
solucionar problemas. As equipes de trabalho totalmente que consiga se manter e se desenvolver. Os objetivos são
autogerenciadas até escolhem seus membros e avaliam o de suma importância para o trabalho em equipe, pois
desempenho uns dos outros. guiam as ações dos participantes do grupo, que coorde-
Consequentemente, as posições de supervisão perdem nam e planejam seus esforços. Servem ainda para delimitar
a sua importância e até podem ser eliminadas. critérios para resolver conflitos interpessoais e para a me-
Equipes multifuncionais: São equipes formadas por lhoria do trabalho, que passa a ser constantemente avalia-
funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferen- do, analisado e revisado. Os objetivos quando imediatos
tes setores da empresa, que se juntam para cumprir uma têm maior significado para a equipe. Devem servir como
tarefa. As equipes desempenham várias funções (multifun- passos intermediários para os objetivos principais.
ções), ao mesmo tempo, ou seja, não há especificação para
cada membro. O sentido de equipe é exatamente esse, os Tipos de equipes
membros compensam entre si as competências e as carên- PARKER (1995) divide as equipes em três tipos especí-
cias, num aprendizado contínuo. ficos, cada qual com as suas características.
As equipes multifuncionais representam uma forma
A equipe funcional é formada por um chefe e seus su-
eficaz de permitir que pessoas de diferentes áreas de uma
bordinados diretos e tem sido a marca da empresa moder-
empresa (ou até de diferentes empresas) possam trocar
na. Questões como autoridade, relações, tomada de deci-
informações, desenvolver novas ideias e solucionar pro-
são, liderança e gerenciamento demarcado são simples e
blemas, bem como coordenar projetos complexos. Eviden-
claras.
temente, não é fácil administrar essas equipes. Seus pri-
A equipe autogerenciável é um grupo íntegro de co-
meiros estágios de desenvolvimento, enquanto as pessoas
laboradores responsáveis por todo um processo ou seg-
aprendem a lidar com a diversidade e a complexidade, cos-
mento de trabalho, que oferece um produto ou serviço a
tumam ser muito trabalhosos e demorados. Demora algum
tempo até que se desenvolva a confiança e o espírito de um cliente interno ou externo. Em diferentes instâncias, os
equipe, especialmente entre pessoas com diferentes histó- membros da equipe trabalham em conjunto para melhorar
ricos, experiências e perspectivas. as suas operações, lidar com os problemas do dia-a-dia e
Equipes Virtuais: Os tipos de equipes analisados até planejar e controlar as suas atividades.
agora realizam seu trabalho face a face. As equipes virtuais E a equipe interfuncional, às vezes chamada equipe
usam a tecnologia da informática para reunir seus membros, multidisciplinar, faz parte da silenciosa revolução que atual-
fisicamente dispersos, e permitir que eles atinjam um objetivo mente vem assolando as organizações. PARKER (1995) diz
comum. Elas permitem que as pessoas colaborem on-line uti- que “...as possibilidades para esse tipo de equipe parecem
lizando meios de comunicação como redes internas e exter- ser ilimitadas. Encontro-as nos mais diversos ramos de ati-
nas, videoconferências ou correio eletrônico – quando estão vidade, desempenhando uma gama de funções igualmente
separadas apenas por uma parede ou em outro continente. amplas, até então praticadas isoladamente.” Ainda sob o
São criadas para durar alguns dias para a solução de um pro- enfoque de PARKER (1995), “...equipes interfuncionais es-
blema ou mesmo alguns meses para conclusão de um proje- tão ajudando a agilizar o processo de desenvolvimento de
to. Não são muito adequadas para tarefas rotineiras e cíclicas. produtos, melhorar o enfoque dado ao cliente, aumentar
a capacidade criativa da empresa, oferecer um fórum para
TRABALHO EM EQUIPE o aprendizado organizacional e servir de ponto único de
O que é uma equipe? contato para clientes, fornecedores e outros envolvidos.”
A equipe é um grupo primário, em que seus partici-
pantes se conhecem, relacionam-se diretamente, havendo Estágio de desempenho de equipes
ainda uma unidade de espírito e de ação. Quando focali- De acordo com KATZENBACH e SMITH (apud MOS-
zam-se as equipes, verificam-se que os resultados que elas COVICI, 1996), a curva de desempenho da equipe permite
querem atingir são os objetivos da organização. classificá-la de acordo com o modo de funcionamento em
A equipe traz consigo a ação, a execução do trabalho, uma das cinco posições:
agrupando profissionais de categorias diferentes, comple- Pseudo-equipe: neste grupo, pode-se definir um traba-
mentando-se, articulando-se e dependendo uns dos ou- lho, mas não há preocupação com o desempenho coletivo
tros para objetivos comuns. apreciável. Prevalece a individualidade.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Grupos de trabalho: não existe estímulo para transfor- c) expressar expectativas positivas: esperar o melhor
mar-se em equipe. Partilham informações entre si, porém das capacidades dos outros membros do grupo, falando
mantêm-se, de forma individual, as responsabilidades e dos membros da equipe para os outros com aprovação.
objetivos. Não se produz desempenho coletivo. Apelar para a racionalidade em situações de conflito e não
Equipe potencial: existe intenção de produzir desem- assumir posição polêmica nesses casos;
penho coletivo. Necessita assumir compromisso quanto ao d) estar disposto a aprender com os companheiros:
resultado de grupo e requer esclarecimentos das finalida- valorizar a experiência dos outros, solicitar dados e intera-
des, objetivos e abordagem de tarefa. gir pedindo e valorizando ideias;
Equipe real: composta de pessoas que, além de possuí- e) encorajar os outros: dar crédito aos colegas que
rem habilidades que se complementam, se comprometem tiveram bom desempenho tanto dentro como fora da equi-
umas com as outras, através da missão e objetivos comuns pe;
e da abordagem de trabalho bem definida. Existe confiança f) construir um espírito de equipe: tomar atitudes
entre os membros do grupo, assumindo responsabilidade especiais para promover um clima amigável, moral alta e
plena sobre o desempenho. cooperação entre os membros da equipe;
Equipe de elevado desempenho: equipe com membros g) resolver conflitos: trazer à tona o conflito dentro
profundamente comprometidos com o crescimento pes- da equipe e encorajar ou facilitar uma solução construtiva
soal de cada indivíduo e com o sucesso deles mesmos e para a equipe. Não esconder ou evitar o problema, mas
dos outros. Possuem resultados muito além das expecta- tentar resolvê-lo da forma nas rápida possível.
tivas. Na análise de MANZ e SIMS (1996), co-autores de
Empresas sem chefes, instalando equipes de elevado de- RELAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE PERSONALIDADE
sempenho, tem-se: NO TRABALHO EM EQUIPE
a) aumento na produtividade; Conforme foi apresentado, os tipos de personalidade
b) melhora na qualidade; podem contribuir ou não para o desempenho das equipes.
c) melhora na qualidade de vida profissional dos fun- Cada personalidade possui características definidas com seus
cionários; respectivos focos de atenção, que, todavia, se interagem, de-
d) redução no nível de rotatividade de pessoal e ab- finindo indivíduos com certas características mais salientes e
senteísmo; que incorporam características de um outro estilo.
e) redução no nível de conflito; A relação entre os tipos de personalidade no trabalho
f) aumento na inovação; em equipe é de difícil compreensão e funcionamento, pois
g) aumento na flexibilidade; e as equipes são formadas por pessoas, as quais são diferen-
h) obtenção de economia de custos da ordem de 30% tes umas das outras, cada qual com sua visão de mundo e
a 70%. suas atitudes individuais. Como relatam HURLEY e DOB-
É necessário aprender a trabalhar em equipe, sabendo- SON (1995), “...pessoas brilhantes que todos os dias resol-
-se que uma equipe não começa a funcionar eficientemente vem problemas complicados com uma aparente facilidade
no momento em que é criada. Conforme KOPITTKE (2000) ficam completamente perplexas com o comportamento de
“é necessário um tempo para que a equipe se alinhe.” Num seus companheiros de trabalho...”, reforçando a noção de
importante estudo, feito nos anos 70, o psicólogo Tuckman que a relação entre as pessoas é cercada de mistérios.
identificou quatro estágios de desenvolvimento de equipes Analisando-se os nove tipos de personalidades descri-
que visam ao sucesso, conforme relata KOPITTKE (2000), tos, observa-se que eles descrevem com precisão a nature-
sendo eles: za humana. Vistos de maneira objetiva, nenhum dos nove
a) formação: neste estágio, as pessoas ainda estão apren- padrões é bom ou mau, certo ou errado. Cada um é uma
dendo a lidar umas com as outras; pouco trabalho é feito; combinação distinta de força e fraqueza, beleza e feiura.
b) tormenta: tem-se uma época de difícil negociação Nenhum padrão é melhor ou o melhor, pior ou o pior. Às
das condições sob as quais a equipe vai trabalhar; vezes, determinada pessoa pode achar que o seu padrão
c) aquiescência: é a época na qual os papéis são acei- é o melhor, outra vezes, que é o pior. Mas é possível, num
tos (posse do problema) e as informações circulam livre- momento, encontrar força em um padrão e, num outro,
mente; encontrar uma fraqueza.
d) realização: quando a execução do trabalho atinge O que se observa é que as pessoas acabam ficando
níveis ótimos (não há mais problema). perplexas umas com as outras quando começam a perce-
ber os segredos que as outras pessoas ocultam das suas
Habilidades para o trabalho em equipe personalidades.
As competências para um bom desempenho no traba- Traçando uma relação com a fábula do patinho feio
lho em equipe diferem das competências necessárias ao (que se escondeu porque estava convencido de que não
trabalho individual. Abaixo, estão explicitadas essas com- possuía beleza ou atração alguma e de que era repulsi-
petências: vo demais para ser aceito e amado, mas que, por acaso,
a) cooperar: participar voluntariamente, apoiar as de- descobriu na própria imagem refletida num lago a graça
cisões da equipe, fazer a sua parte do trabalho; e a elegância de um cisne), pode-se entender que é possí-
b) compartilhar informações: manter as pessoas in- vel encontrar uma verdadeira beleza quando se olha para
formadas e atualizadas sobre o processo do grupo; dentro de si.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Na análise das personalidades, nada é estanque e tudo Como cita HURLEY e DOBSON (1995), por mais que
pode se ajustar, desde que se esteja disposto a fazê-lo. os individualistas considerem importante um projeto ou
Nunca um protetor, por exemplo, carrega somente as ca- por mais que os observadores reflitam sobre ele, ele não
racterísticas da sua tipologia. Uma pessoa com o centro será concluído sem a energia despendida por outra pes-
emocional predominante não será necessariamente uma soa, com outro tipo de personalidade; o que demonstra a
boa artista. Talvez brilhe mais como administradora, quem necessidade da interdependência.25
sabe? Todos os tipos são interligados e se movimentam fa-
zendo contrapontos e complementos. Nesse sentido, cada A mundialização inevitável da atividade econômica
tipo de personalidade é formado por três aspectos: o pre- tem exigido dos administradores brasileiros, cada vez mais,
dominante, que vigora na maior parte do tempo, quando melhores resultados e contribuição de seus subordinados.
as coisas transcorrem normalmente e que é chamado de O conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes
seu tipo; o aspecto que vigora quando se é colocado em inerentes ao papel desempenhado por esses líderes os têm
ação, gerando situações de estresse; e o terceiro, que surge transformados, muitas vezes, em “máquinas de sucesso”.
nos momentos em que não se sente em plena segurança. Como entender, então, que muitos desses líderes ficam
Para dar um exemplo, ao ver-se numa situação de estresse, pelo meio do caminho pelo simples fato de não consegui-
o observador (em geral, quieto e retraído) torna-se repenti- rem levar as suas equipes a atingir as metas necessárias
namente extrovertido e amistoso, características típicas do para os seus negócios?
epicurista, num esforço de reduzir o estresse. Sentindo-se Normalmente, é fácil ouvir de algum líder de equipe ou
em segurança, o observador tende a se tornar o patrão, colega de trabalho expressões como “fulano é uma pessoa
direcionando os outros e controlando o espaço pessoal. de muita personalidade”, “sicrano tem uma personalidade
Todos têm virtudes e aspectos negativos, como a lua forte” ou ainda “beltrano não tem personalidade”.
e a sua face oculta. Então, vivem-se os aspectos mais po- São exatamente essas características, presentes em to-
sitivos de cada tipo. Se tudo continuar indo bem, a essas dos os membros das equipes, que podem levar ao cresci-
qualidades se somarão outras de outro tipo, promovendo mento ou ao fracasso.
integração. Alguns exemplos: se o tipo empreendedor se A resposta parece estar no fato de que uma equipe é for-
integra com o sonhador, ele pode passar a ter autoestima mada de indivíduos, cada qual com a sua personalidade e vi-
apurada e a saber levar a vida sem dramas. Ficará mais oti- são do mundo, sendo então necessário que o administrador
mista, espontâneo e criativo também. Não se prende a fa- conheça as formas de pensamento e ação de seus subordi-
zer coisas que não satisfazem seus desejos e os dos outros. nados, em decorrência das dimensões culturais que formam
Se o tipo individualista integra-se com o empreendedor, a sua personalidade enquanto pessoas e profissionais.
provavelmente ele poderá ser capaz de agir no presente
e com objetividade, aceitando a realidade e vivendo suas OS TIPOS DE PERSONALIDADE
emoções como são, sem tentar ampliá-las. Já se o sonha- Por toda a vida preza-se por liberdade de expressão de
dor integrar-se com o observador, sua capacidade de in- ideias e sentimentos, de escolha quanto ao caminho profis-
trospecção será imensa e saberá como ninguém apreciar o sional a seguir, de decidir como conduzir a vida pessoal, os
silêncio e a reflexão. compromissos, a educação dos filhos. Como, no entanto,
Quando se está inseguro, em plena crise de estresse, as pessoas, de repente, veem-se aprisionadas em hábitos
colocam-se em ação os mecanismos de defesa, deixando estreitos e/ou posturas negativas? É difícil constatar que
transparecer aspectos negativos. A exemplo do movimen- suas escolhas se baseiam mais em atitudes repetitivas do
to de integração, quanto mais aguda for a crise, passam-se que num verdadeiro livre arbítrio. Por essas razões, desco-
a agregar os pontos fracos de outro tipo – ligado ao básico. brir-se numa determinada tipologia de personalidade pode
Por vezes, a instalação do tipo de desintegração é durável ser, inicialmente, uma experiência chocante. Mas, à medida
e, nesse caso, pode ser necessária uma assistência especial. que se identificam as fraquezas, certamente fica mais fácil
A passagem pela desintegração do tipo de personali- superá-las. É, por isso, que o estudo da personalidade se
dade causa sofrimento, pois torna-se muito mais vulnerável torna fator fundamental na condução de trabalhos de for-
e corre-se o risco de se deixar levar por sentimentos des- mação de equipes. Sem a escolha das pessoas adequadas
trutivos. Daí a importância de entender esses movimentos. para tal composição, pode-se estar fadado ao insucesso.
Percebe-se que, para o sucesso das equipes, se faz ne- Diante disso, expõem-se, abaixo, os tipos de personalida-
cessário que os seus integrantes utilizem-se de empatia, des definidos no estudo do professor Nelson Marinz de
ou seja, coloquem-se no lugar dos outros, estejam recep- Lyra, denominados Eneagrama, a fim de que, posterior-
tivos ao processo de integração e, dessa forma, permitam- mente, se faça uma relação com os resultados das equipes.
-se amoldar. Se não houver esse tipo de abertura, em que
cada um dos elementos ceda, a equipe será composta de O perfeccionista ou empreendedor
pessoas que competem entre si, o que traz o retrocesso da Este tipo tem um grande objetivo de vida: não errar. De
equipe ao conceito simplista de grupo, ou seja, apenas um preferência, nunca. É fixado na ordem e na perfeição, mas,
agrupamento de indivíduos que dividem o mesmo espa- geralmente, sente-se preso na imperfeição. Acumula inú-
ço físico, mas que possuem objetivos e metas diferentes,
bem como não buscam o aprimoramento e crescimento 25 Fonte: www.tupi.fisica.ufmg.br - Por Adriano Milton Preis-
dos outros. ler /Jadson Alberto Borba /Júlio Cesar Battirola

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

meros projetos ao mesmo tempo e, quando finaliza um de- O “desempenhador” ou bem-sucedido


les com uma qualidade desejável, acaba não se perdoando. Não há outro tipo de pessoa mais dedicada ao traba-
Dificilmente o perfeccionista vai relaxar. Ao contrário, seu lho do que esta. De acordo com HURLEY e DOBSON (1995)
alto grau de exigência com relação a ele mesmo e aos ou- pessoas com este tipo de personalidade “(...) reprimem o
tros o faz permanecer em constante estado de alerta. Este seu desejo por relacionamentos de maneira que possam
tipo tem um caráter inabalável: é norteado pelo pensamen- sustentar uma relação harmoniosa com o mundo.” Para
to correto e pela ética. Por outro lado, é comum sentir-se elas, o amor vem através de suas realizações e da imagem.
moralmente superior e no direito de censurar os outros. Os Vêem o mundo como desafio, por isso, destacam-se em
verbos preferidos de pessoas com este tipo de personali- tudo o que fazem e não há obstáculo que as impeça de
dade são “dever”, “precisar” e “ter de”. seguir adiante em seus objetivos. O espírito competitivo
faz do “desempenhador” um líder eficiente – o que vem
Focos de atenção a coincidir com seus anseios, pois quer ser o primeiro,
a) Na busca da perfeição, esquiva-se do erro e do mal. liderar, aparecer. É organizado e eficiente. Esse verdadeiro
b) É impulsivo e seu impulso tem pouca duração. mestre em aparência confunde o “eu real” com a identida-
c) Enfatiza virtudes práticas como trabalho, economia, de profissional e pode perder de vista seus sentimentos,
honestidade e esforço. já que o trabalho se torna um subterfúgio para tudo.
d) Por ser empreendedor, pode chegar a ser um wor-
kaholic contumaz, tendo dificuldade de harmonizar família Focos de atenção
com o trabalho, o que o leva a bloquear sentimentos ina- a) Empreendimento: produtividade e desempenho.
ceitáveis. Objetivos: tarefas e resultados.
e) Quando suas necessidades não são satisfeitas, pode, b) Buscam a eficiência com fator de vida e temem o
inconscientemente, sentir raiva e ressentimento. fracasso, pensando que este fará com que percam o res-
f) Não raro, o perfeccionista pode assumir pensamen- peito e a reputação.
tos maniqueístas, levando-o a uma postura intransigente, c) Pouco contato com a vida emocional. O coração
em que não há meio-termo. Deixa de ser professor, que
dos “desempenhadores” está no trabalho;
é uma de suas características, e passa a ser pregador, por
d) São mestres na arte de disfarçar, mudando de pos-
vezes irritando o ouvinte.
tura, imagem ou papel tão rápida e perfeitamente como
g) Quando criticado, por mais que assuma uma nova
um camaleão.
postura, pode ficar ressentido por anos.
e) O bem-sucedido corre o risco permanente de ilu-
O dador ou prestimoso/prestativo
dir-se sobre si mesmo, acreditando passar uma boa ima-
Pessoas com este tipo de personalidade concentram-
gem.
-se nas necessidades dos outros – o que não quer dizer que
O romântico ou individualista ou original
toda essa disposição em ajudar seja totalmente desinteres-
sada. Ainda que seja sob a forma de afeição e aprovação. O individualista é emotivo e focaliza a sensibilidade
Serem amadas e apreciadas é uma questão fundamental nas próprias necessidades e sentimentos.
para pessoas com essa personalidade. Para isso, dão apoio, Tudo que se refere ao romântico remete à introspec-
agradam, são conselheiras e prestativas. Obviamente, têm ção, ao mundo interior. O sentimento de utopia acompa-
facilidade extrema para atrair pessoas para próximo de si, nha sua trajetória, que almeja sempre o inatingível. Fica
possuindo um excelente poder de relacionamento. Dessa espremido em sentimentos superalimentados e mal po-
forma, seu empenho acaba por torná-las presença indis- dados, o que dá, então, para entender porque sua vida se
pensável em vários círculos de relacionamentos. Têm uma torna monótona, quando as coisas acontecem conforme
coleção de “eus”, que vai mostrando conforme a pessoa o previsto num script. No lugar do convencional, prefere o
com quem se relaciona. Possuem dificuldades no processo criativo. Nessa busca, encontra-se, frequentemente, com
de tomada de decisão e não gostam de assumir lideranças, o sofrimento – sentimento que exerce fascínio sobre esse
por isso apoiam as pessoas que as têm. tipo romântico, mas também trágico. Quando em grupos,
age como sugador de energia.
Focos de atenção
a) Para agradar aos outros, muitas vezes, abre mão de Focos de atenção
suas próprias necessidades. Aliás, nem sempre as vê. a) Desprezo pelo lugar-comum e pela superficialidade
b) Ao mesmo tempo, sente-se confinado pelo apoio de sentimentos.
que dá aos outros. b) A forma que encontra para enaltecer o lado comum
c) Vê como única forma de ganhar ou reter o amor de da vida é por meio da perda, da fantasia, dos vínculos com
alguém adaptar-se aos seus desejos. a arte e dos atos dramáticos.
d) Não raro, manipula através da empatia que cria por c) Os relacionamentos dos românticos seguem o rit-
sua postura solícita. mo instável do “ata-desata-reata”, já que quer sempre o
e) Como “recompensa”, por satisfazer as necessidades melhor daquilo que está ausente.
alheias, exige sua afeição e aprovação e, caso não as tenha, d) Esse tipo extremamente sensível é também um
pode entrar em processo de hostilidade e de mártir. grande apoio para pessoas em processo de dor ou crise.

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

O observador Ele quer ser um eterno jovem, possui elevado grau de


O observador é um tipo que se protege das emoções energia e motivação e é intuitivo. É um amante volúvel que
fortes, principalmente quando envolvem outras pessoas. evita responsabilidades. Sua grande dificuldade está em
Ele tem como meta a objetividade, possui facilidade em finalizar coisas que, por sinal, inicia com a maior desen-
produzir análises mentalmente claras e confiáveis e, diante voltura e entusiasmo. Compromissos também representam
de novas situações, capta as informações necessárias, com- um problema para o epicurista, assim procura neutralizá-lo
pilando-as de forma isolada e reconstruindo a situação de deixando à sua disposição várias opções em aberto. A atra-
acordo com a sua ótica. Pessoas com este tipo de persona- ção ao prazer é uma forma de escapar ao sofrimento.
lidade, decididamente, são individualistas e preocupadas
em manter intacta a sua privacidade e evitar o contato mais Focos de atenção
estreito. Ao se verem em público, sentem-se afastados das a) Sempre aberto a coisas novas, busca projetos inte-
pessoas, permitindo-se às emoções somente quando está ressantes para se envolver, porém tem dificuldade de levá-
sozinho. Sua postura distanciada faz dele o próprio obser- -los adiante.
vador. b) O prazer é o seu refúgio contra o lado da vida que
considera “negro” (responsabilidades, sofrimento, compro-
Focos de atenção missos, envolvimentos mais profundos...).
a) Valoriza o domínio emocional. Prefere eventos estru- c) Usa seu charme e talento para criar um clima amisto-
turados, nos quais sabe, antecipadamente, todos os passos so com as pessoas. Mas, no fundo, é um medroso.
e a direção a seguir, evitando expor-se. d) O sonhador dá o seu reino para evitar confrontos,
b) Organiza os vários aspectos da vida em comparti- mas, quando eles acontecem, dá um jeito de sair pela tan-
mentos separados, pois, na sua visão, não há ligação entre gente.
eles. e) O epicurista tem uma capacidade incrível de achar
c) Assiste à vida do ponto de vista do espectador. Além conexões, paralelismos e ajustes que ninguém vê e um ta-
da noção dos acontecimentos, essa postura pode trazer- lento para a síntese não-linear das informações.
-lhe uma sensação de isolamento.
d) Minimiza o contato para evitar o medo e a paixão. O patrão ou confrontador
Aquele tipo “paizão”, superprotetor e controlador é
O patrulheiro ou protetor ou legista o retrato do confrontador, não por acaso, também deno-
As dúvidas são a sombra deste tipo, que passa a vida minado “o patrão”. Ao contrário do patrulheiro, esse tipo
questionando se o amor e a felicidade existem. adora uma briga. No ambiente de trabalho, certamente
Um medo de acreditar e ser traído coloca o patrulheiro será aquele que luta pelos companheiros. Aproxima-se do
sempre em estado de alerta, razão pela qual a entrega não líder de um grupo com facilidade e, caso deseja estar nessa
encontra espaço em nenhuma circunstância. Suas ações posição, inicia o combate. Se não a quer, respeita a pes-
estão sempre dentro das leis, normas e regulamentos, o soa que a tem. É comum ver confrontadores em postos de
que faz com que, muitas vezes, seja moroso no processo comando e, em geral, revelam-se líderes capazes de usar
decisório. Além disso, ao invés de agir, pensa e, por vezes, o próprio poder com sabedoria. No amor, porém, usa o
perde oportunidades. Isso explica o fato de ter seu cres- argumento da proteção para manter o poder e o controle
cimento pessoal truncado. O lado positivo é que, quando da situação.
bem empregada, a mente questionadora produz clareza de
propósitos. Também identifica-se com as injustiças sociais Focos de atenção
e coloca-se com disposição para trabalhar por uma causa a) Os confrontadores se preocupam com a justiça, mas
em que acredita. Quando erra, passa todo o tempo seguin- desprezam a fraqueza, nem conseguem encarar as pró-
te tentando justificar o erro. prias.
Focos de atenção b) O patrão é um exagerado no estilo pessoal.
a) Mentalmente, o legista funciona com um “Sim, c) Para ele, é tudo ou nada. Isso leva-o a perceber as
mas...” ou “Isso pode não dar certo”. situações em pontos extremos.
b) Ele tem medo de admitir a própria raiva e tem medo d) Como tem dificuldade de controlar os impulsos, ne-
de enfrentar a raiva dos outros. cessita estabelecer limites.
c) O patrulheiro não convive bem com a autoridade,
podendo, algumas vezes, rebelar-se contra ela. O mediador ou “preservacionista” ou pacificador
d) Para o protetor, o mundo é repleto de ameaças. Os dois lados de uma mesma questão estão sempre
e) Sua natureza questionadora leva-o a ver adiante do presentes na vida de pessoas com este tipo de personali-
que normalmente as pessoas veem: ele é capaz de identi- dade. Deseja possuir uma relação harmônica com o mun-
ficar as verdadeiras motivações e as intenções ocultas que do, sendo, dessa forma, grandes pacifistas. Sua capacidade
influenciam os relacionamentos. de ver sob um ângulo de 360 graus, torna-o precioso, um
sábio na arte de apontar soluções. Uma forte necessidade
O epicurista ou sonhador ou generalista de agradar as outras pessoas leva o mediador, muitas ve-
Esse verdadeiro gourmet da vida tem o poder de reunir zes, a esquecer seus próprios desejos. Não é exagero di-
em torno de si o lado volátil das coisas. zer que este tipo conhece melhor desejos e necessidades

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

dos outros do que os próprios. Se é solicitado para ajudar, Todos têm virtudes e aspectos negativos. Então, vivem-
está ali presente prontamente – desde que não exijam dele -se os aspectos mais positivos de cada tipo. Essas qualida-
uma postura. Equilibra-se em cima do muro. “Sim”, “talvez”, des pode se somar a outras de outro tipo, promovendo
“muito pelo contrário”’ são expressões que fazem parte do integração.
seu repertório. Se o tipo empreendedor se integra com o sonhador,
ele pode passar a ter autoestima apurada e a saber levar a
Focos da atenção vida sem dramas. Ficará mais otimista, espontâneo e cria-
a) Facilmente substitui necessidades essenciais por coi- tivo também. Não se prende a fazer coisas que não satis-
sas desnecessárias. fazem seus desejos e os dos outros. Se o tipo individua-
b) A pessoa com esta personalidade enfrenta dificul- lista integra-se com o empreendedor, provavelmente ele
dades nas mudanças. Para ela, é mais fácil saber o que não poderá ser capaz de agir no presente e com objetividade,
quer do que o que quer. aceitando a realidade e vivendo suas emoções como são,
c) O “preservacionista” não consegue dizer não. Tomar sem tentar ampliá-las. Já se o sonhador integrar-se com o
iniciativas quanto à separação também é motivo de angús- observador, sua capacidade de introspecção será imensa e
tia para ele. saberá como ninguém apreciar o silêncio e a reflexão.
d) Perde o senso com facilidade e, para amortecer a Para o sucesso das equipes, se faz necessário que os
energia física e a raiva, desvia-se para trivialidades. seus integrantes utilizem-se de empatia, coloquem-se no
e) A dificuldade de assumir uma posição pessoal tam- lugar dos outros, estejam receptivos ao processo de inte-
bém desenvolve a capacidade de identificar o que é essencial gração e, dessa forma, permitam-se amoldar. Se não hou-
para a vida de outras pessoas, podendo, assim, ajudá-las. ver esse tipo de abertura, em que cada um dos elementos
ceda, a equipe será composta de pessoas que competem
Os tipos de personalidade podem contribuir ou não entre si, o que traz o retrocesso da equipe ao conceito sim-
para o desempenho das equipes. Cada personalidade pos- plista de grupo, ou seja, apenas um agrupamento de indi-
sui características definidas com seus respectivos focos de víduos que dividem o mesmo espaço físico, mas que pos-
atenção, que, todavia, se interagem, definindo indivíduos suem objetivos e metas diferentes, bem como não buscam
com certas características mais salientes e que incorporam o aprimoramento e crescimento dos outros.26
características de um outro estilo.
Vistos de maneira objetiva, nenhum dos tipos de per- Em todo processo onde haja interação entre as pes-
sonalidade é bom ou mau, certo ou errado. Cada um é uma soas vamos desenvolver relações interpessoais.
combinação distinta de força e fraqueza, beleza e feiura. Ao pensarmos em ambiente de trabalho, onde as ati-
Nenhum padrão é melhor ou o melhor, pior ou o pior. Às vidades são predeterminadas, alguns comportamentos são
vezes, determinada pessoa pode achar que o seu padrão precisam ser alinhados a outros, e isso sofre influência do
é o melhor, outra vezes, que é o pior. Mas é possível, num aspecto emocional de cada envolvido tais como: comu-
momento, encontrar força em um padrão e, num outro, nicação, cooperação, respeito, amizade. À medida que as
encontrar uma fraqueza. atividades e interações prosseguem, os sentimentos des-
O que se observa é que as pessoas acabam ficando pertados podem ser diferentes dos indicados inicialmente
perplexas umas com as outras quando começam a perce- e então – inevitavelmente – os sentimentos influenciarão as
ber os segredos que as outras pessoas ocultam das suas interações e as próprias atividades. Assim, sentimentos po-
personalidades. sitivos de simpatia e atração provocarão aumento de inte-
Na análise das personalidades, nada é estanque e tudo ração e cooperação, repercutindo favoravelmente nas ati-
pode se ajustar, desde que se esteja disposto a fazê-lo. vidades e ensejando maior produtividade. Por outro lado,
Nunca um protetor, por exemplo, carrega somente as ca- sentimentos negativos de antipatia e rejeição tenderão à
racterísticas da sua tipologia. Uma pessoa com o centro diminuição das interações, ao afastamento nas atividades,
emocional predominante não será necessariamente uma com provável queda de produtividade.
boa artista. Talvez brilhe mais como administradora, quem Esse ciclo “atividade-interação-sentimentos” não se re-
sabe? Todos os tipos são interligados e se movimentam laciona diretamente com a competência técnica de cada
fazendo contrapontos e complementos. pessoa. Profissionais competentes individualmente podem
Cada tipo de personalidade é formado por três aspec- render muito abaixo de sua capacidade por influência do
tos: o predominante, que vigora na maior parte do tempo, grupo e da situação de trabalho.
quando as coisas transcorrem normalmente e que é chamado Quando uma pessoa começa a participar de um grupo,
de seu tipo; o aspecto que vigora quando se é colocado em há uma base interna de diferenças que englobam valores,
ação, gerando situações de estresse; e o terceiro, que surge atitudes, conhecimentos, informações, preconceitos, expe-
nos momentos em que não se sente em plena segurança. riência anterior, gostos, crenças e estilo comportamental,
Exemplificando, ao ver-se numa situação de estresse, o o que traz inevitáveis diferenças de percepções, opiniões,
observador (em geral, quieto e retraído) torna-se repenti- sentimentos em relação a cada situação compartilhada. Es-
namente extrovertido e amistoso, características típicas do sas diferenças passam a constituir um repertório novo: o
epicurista, num esforço de reduzir o estresse. Sentindo-se daquela pessoa naquele grupo. Como essas diferenças são
em segurança, o observador tende a se tornar o patrão, encaradas e tratadas determina a modalidade de relacio-
direcionando os outros e controlando o espaço pessoal. 26 Fonte: www.metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com

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ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

namento entre membros do grupo, colegas de trabalho, Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas en-
superiores e subordinados. Por exemplo: se no grupo há volvidas continuem trabalhando juntas tão eficientemente,
respeito pela opinião do outro, se a ideia de cada um é pelo menos, como quando começaram a resolver seus
ouvida, e discutida, estabelece-se uma modalidade de rela- problemas.
cionamento diferente daquela em que não há respeito pela Dois componentes da competência interpessoal assu-
opinião do outro, quando ideias e sentimentos não são ou- mem importância capital: a percepção e a habilidade pro-
vidos, ou ignorados, quando não há troca de informações. priamente dita. O processo da percepção precisa ser trei-
A maneira de lidar com diferenças individuais criam certo nado para uma visão acurada da situação interpessoal.
clima entre as pessoas e tem forte influência sobre toda a A percepção seletiva é um processo que aparece na co-
vida em grupo, principalmente nos processos de comuni- municação, pois os receptores vêm e ouvem seletivamente
cação, no relacionamento interpessoal, no comportamento com base em suas necessidades, experiências, formação,
organizacional e na produtividade. interesses, valores, etc.
A percepção social: É o meio pelo qual a pessoa forma
Valores: Representa a convicções básicas de que um impressões de uma outra na esperança de compreendê-la.
modo específico de conduta ou de condição de existência
é individualmente ou socialmente preferível a modo con- Empatia
trário ou oposto de conduta ou de existência. Eles contêm Colocar-se no lugar do outro, mediante sentimentos e
um elemento de julgamento, baseado naquilo que o indi- situações vivenciadas.
víduo acredita ser correto, bom ou desejável. Os valores “Sentir com o outro é envolver-se”. A empatia leva ao
costumam ser relativamente estáveis e duradouros. envolvimento, ao altruísmo e a piedade. Ver as coisas da
perspectiva dos outros quebra estereótipos tendenciosos
Atitudes: As atitudes são afirmações avaliadoras – fa- e assim leva a tolerância e a aceitação das diferenças. A
voráveis ou desfavoráveis – em relação a objetos, pessoas empatia é um ato de compreensão tão seguro quanto à
ou eventos. Refletem como um indivíduo se sente em rela- apreensão do sentido das palavras contidas numa página
ção a alguma coisa. Quando digo “gosto do meu trabalho” impressa.
estou expressando minha atitude em relação ao trabalho. A empatia é o primeiro inibidor da crueldade humana:
As atitudes não são o mesmo que os valores, mas ambos reprimir a inclinação natural de sentir com o outro nos faz
estão inter-relacionados e envolve três componentes: cog- tratar o outro como um objeto.
nitivo, afetivo e comportamental. O ser humano é capaz de encobrir intencionalmente a
A convicção que “discriminar é errado” é uma afirma- empatia, é capaz de fechar os olhos e os ouvidos aos ape-
tiva avaliadora. Essa opinião é o componente cognitivo de los dos outros. Suprimir essa inclinação natural de sentir
uma atitude. Ela estabelece a base para a parte mais crítica com outro desencadeia a crueldade.
de uma atitude: o seu componente afetivo. O afeto é o seg- Empatia implica certo grau de compartilhamento emo-
mento da atitude que se refere ao sentimento e às emo- cional - um pré-requisito para realmente compreender o
ções e se traduz na afirmação “Não gosto de João porque mundo interior do outro.
ele discrimina os outros”. Finalmente, o sentimento pode
provocar resultados no comportamento. O componente A empatia nas empresas
comportamental de uma atitude se refere à intenção de se Qual a relação entre empatia e produtividade?
comportar de determinada maneira em relação a alguém “O conceito de empatia está relacionado á capacidade
ou alguma coisa. Então, para continuar no exemplo, posso de ouvir o outro de tal forma a compreender o mundo a
decidir evitar a presença de João por causa dos meus sen- partir de seu ponto de vista. Não pressupõe concordância
timentos em relação a ele. ou discordância, mas o entendimento da forma de pen-
Encarar a atitude como composta por três componen- sar, sentir e agir do interlocutor. No momento em que isso
tes – cognição, afeto e comportamento – é algo muito útil ocorre de forma coletiva, a organização dialoga e conhece
para compreender sua complexidade e as relações poten- saltos de produtividade e de satisfação das pessoas”.
ciais entre atitudes e comportamento. Ao contrário dos va-
lores, as atitudes são menos estáveis. “A empatia é primordial para o desenvolvimento das
organizações pois, ela é que define no comportamento
Eficácia no relacionamento interpessoal individual a preocupação de cada indivíduo no equilíbrio
A competência interpessoal é a habilidade de lidar comportamental de todos os envolvidos no processo, pois,
eficazmente com relações interpessoais, de lidar com ou- empatia pressupõe o respeito ao outro.”
tras pessoas de forma adequada à necessidade de cada É quando desenvolvemos a compreensão mútua,
uma delas e às exigências da situação. Segundo C. Argyris ou seja, um tipo de relacionamento onde as partes com-
(1968) é a habilidade de lidar eficazmente com relações in- preendem bem os valores, deficiências e virtudes do ou-
terpessoais de acordo com três critérios: tro. No contexto das relações humanas, pode-se afirmar
Percepção acurada da situação interpessoal, de suas que o sucesso dos relacionamentos interpessoais depende
variáveis relevantes e respectiva interrelação. do grau de compreensão entre os indivíduos. Quando há
Habilidade de resolver realmente os problemas de tal compreensão mútua as pessoas comunicam-se melhor e
modo que não haja regressões. conseguem resolver conflitos de modo saudável.

50
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Empoderamento da satisfação dos funcionários, aumentando assim a taxa de


Para Chiavenato, o empowerment ou empoderamento, retenção dos talentos da empresa, o compartilhamento das
é uma ação que permite melhorar a qualidade e a produ- responsabilidades e tarefas, maior agilidade e flexibilidade
tividade dos colaboradores, fazendo com que o resultado no processo de tomada de decisão, etc. Além, claro, de esti-
do serviço prestado seja satisfatoriamente melhor. Estas mular o aparecimento de novos líderes dentro das empresas.
melhorias acontecem através de delegação de autoridade Por este motivo, é cada vez maior o número de gestores
e de responsabilidade, fomentando a colaboração sistêmi- que preparam suas organizações para a prática do empower-
ca entre diferentes níveis hierárquicos e a propagação de ment, treinando e doutrinando seus funcionários para que
confiança entre os liderados e os líderes. possam receber tais responsabilidades de forma correta.
Ele simboliza a estratégia da organização e de seus Para Carlos Hilsdorf, o empowerment corresponde a
gestores de delegar a tomada de decisão para seus cola- uma relação que envolve poder e responsabilidade, como
boradores, promovendo a flexibilidade, rapidez e melhoria duas faces de uma mesma moeda.  Para promovê-lo, não
no processo de tomada de decisão da empresa. basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas preci-
O empowerment permite aos funcionários da empre- sam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua
sa tomarem decisões com base em informações fornecidas responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de
pelos gestores, aumentando sua participação e responsa- “ownership“, ou seja, agirem como intraempreendedores
bilidade nas atividades da empresa. Geralmente é utilizado e como se fossem “proprietárias” do negócio, pensando
em organizações com cultura participativa, que utilizam como empresários.
equipes de trabalho autodirigidas e que compartilham o
poder com todos os seus funcionários. Aplicação do empowerment
O empowerment está diretamente ligado ao conceito Segundo Hilsdorf, para uma correta implantação do
de liderança e, também, cultura organizacional. Uma vez empowerment é necessário:
que não se pode criar uma cultura de delegação de poder 1. Um profundo compartilhamento das informa-
aos funcionários em uma empresa engessada e burocráti- ções com todos os envolvidos. A informação é o objeto
ca, sem uma estrutura de hábitos e pensamentos prepa- que destrói a incerteza. Ela é fundamental para a correta
rada para isso. A empresa que pretende se utilizar de uma tomada de decisões. A Informação deve circular, de manei-
prática como o empowerment não pode ter uma cultura ra clara, transparente e adaptada à condição e necessidade
de tomada de decisões centralizada, por exemplo. de cada equipe em particular. Algumas informações gerais
O empowerment possui quatro bases principais, que são: para o bom entendimento do negócio e do cenário devem
• Poder – dar poder às pessoas, delegando autori- ser compartilhadas com todas as pessoas, outras mais res-
dade e responsabilidade em todos os níveis da organiza- tritas e sigilosas, apenas com as pessoas-chave.
ção. Isso significa dar importância e confiar nas pessoas, 2. A abertura para uma real autonomia dando às
dar-lhes liberdade e autonomia de ação. pessoas não somente as informações, mas o apoio e a li-
• Motivação – proporcionar motivação às pessoas berdade necessária para agirem. É preciso confiar nestes
para incentivá-las continuamente. Isso significa reconhecer profissionais e incentivá-los a liderar os processos em que
o bom desempenho, recompensar os resultados, permitir estão envolvidos, e sob os quais assumiram responsabili-
que as pessoas participem dos resultados de seu trabalho dades. Uma cultura punitiva impede a autonomia; erros de-
e festejem o alcance das metas. vem ser corrigidos, não punidos. A autonomia deve guiar-
• Desenvolvimento – dar recursos às pessoas em -se pela visão, missão e valores da empresa, assim como
termos de capacitação e desenvolvimento pessoal e pro- por seus objetivos e metas, dentro do contexto dos siste-
fissional. Isso significa treinar continuamente, proporcionar mas e processos em vigor na organização.
informações e conhecimento, ensinar continuamente no- 3. Redução dos níveis hierárquicos e da burocra-
vas técnicas, criar e desenvolver talentos na organização. cia que tornam as empresas lentas e rígidas. Através da
• Liderança – proporcionar liderança na organiza- prática de empowerment, equipes auto-gerenciadas po-
ção. Isso significa orientar as pessoas, definir objetivos e dem atingir alta performance e buscar a excelência em ní-
metas, abrir novos horizontes, avaliar o desempenho e pro- veis muito superiores aos de empresas centralizadoras.
porcionar retroação. Seguindo estes 3 passos básicos, a empresa torna sua
Alguns gestores pensam que o ato de delegar a toma- adaptação mais fácil e menos traumática. Gerando um am-
da de decisão para um funcionário é sinônimo de perda de biente apropriado para o aprendizado dos funcionários a fim
controle ou liderança. Este é um ponto que merece uma de torná-los tomadores de decisão dentro da empresa.27
discussão maior, uma vez que abrange diversos aspectos, A grande revolução da qualidade ocorrida nos últimos
mas o mais importante de se destacar é que o empower- anos trouxe consigo uma nova visão no relacionamento
ment valoriza os funcionários e melhora a condução dos entre o cliente e fornecedor, pois a abordagem comum
processos internos à empresa. nas empresas era considerar o fornecedor como um adver-
sário, ou seja, tinha-se a ideia que o fornecedor estava mal
Vantagens do empowerment intencionado, procurando lucrar sobre eventuais descuidos
Com mencionado anteriormente, a adoção do empo- dos clientes. Para evitar isso, as empresas faziam várias co-
werment por parte das empresas traz diversos benefícios tações envolvendo fornecedores concorrentes e tomavam
para elas, como por exemplo: o aumento da motivação e 27 Texto adaptado de Gustavo Periard

51
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

o máximo cuidado na hora de receber a mercadoria, tan- EXERCÍCIOS


to um produto quanto um serviço. Não que hoje isso não
exista mais, mas o que queremos mostrar é que essa visão 1) A opinião do cliente/usuário é necessária para que
mudou e a relação entre empresas e fornecedores tornou- se possa atingir a qualidade do atendimento. O processo
-se cada vez mais consistente, gerando um clima de con- de busca da qualidade deve considerar que todas as pes-
fiabilidade e segurança. soas que mantenham contato com a empresa são clientes,
Hoje, entre cliente e fornecedor procura-se desenvolver tenham elas adquirido ou não algum produto ou serviço.
um clima de confiança mútua onde ambos saem ganhando, Portanto, deve-se estar atento para evitar falhas. A seguir,
gerando desta forma uma parceria entre eles. Nesta parce- são listadas três orientações importantes no trato com al-
ria, o fornecedor ajuda no desenvolvimento do projeto do guém que busca informação. Assinale a alternativa que,
produto, na análise e melhorias do processo produtivo de correta e respectivamente, traz os corretos complementos
seu cliente, garante a qualidade, recebe um contrato de for- a cada uma delas.
necimento por um período normalmente igual ao da vida do - Quando conversar com o cliente: _____________
produto para o qual foi escolhido fornecedor. - Faça perguntas específicas sobre o problema do
Quando essa parceria atinge elevado grau de evolução, cliente:____________
gerando confiança mútua, participação, fornecimento com - Dê sugestões para solucionar a questão: ____________
qualidade assegurada, etc., dá-se a ela o nome de comaker- (A) faça com que ele se sinta ouvido / para demonstrar
ship. Mas esse tipo de relação não nasce do dia para a noite, que talvez algo possa ser feito / para demonstrar que há a
pois requer um certo tempo de amadurecimento, de conheci- intenção de ajudá-lo.
mento da capacidade do fornecedor e confiabilidade do cliente. (B) reproduza todo o discurso dele com suas palavras
  para confirmar o seu entendimento / para identificar se o
FASES DO RELACIONAMENTO DO CLIENTE E FOR- que ele quer é mesmo necessário / com base em sua pró-
NECEDOR pria experiência – não no que você acha que o cliente quer
ouvir.
Abordagem convencional: dá-se prioridade ao preço.
(C) faça com que ele se sinta especial / para colher to-
Relacionamento entre adversários: quem pode mais impõe
das as informações possíveis / de forma que tudo seja feito
suas condições. Desconfiança quanto à qualidade. Inspe-
brevemente e possa-se partir para outro cliente.
ção 100% nos recebimentos.
(D) olhe para ele bem fixamente; isso demonstrará que
Melhoria da qualidade: prioridade à qualidade do
está atento / para descobrir a real origem do problema/
produto. Inicio de um relacionamento mais duradouro,
independentemente de qualquer situação.
com o nascimento de uma certa confiança recíproca. Re-
(E) imponha limites / para demonstrar interesse / e ga-
duz-se o número de fornecedores, eliminando-se aqueles
que não oferecem qualidade. É um primeiro estágio do re- ranta que tudo será resolvido para garantir a total confian-
lacionamento tipo comaker. ça do cliente.
Integração operacional: prioridade ao controle do
processo, levando-se em conta sua capabilidade. Já surge 2) Imprimir cópias ou arquivos é uma das tarefas mais
uma participação. O cliente e o fornecedor fazem investi- corriqueiras, sobretudo no departamento administrativo.
mentos comuns em pesquisa e desenvolvimento, com o São procedimentos corretos para colocar papel (normal)
cliente na maioria das vezes financiando programas de me- na impressora:
lhoria da qualidade dos fornecedores, para que implantem I. Puxe o receptor de papel. Pressione a pastilha do
sistemas de garantia da qualidade. É um passo além do guia de margem esquerdo e faça deslizar o guia para que
relacionamento comaker. a distância entre os guias de margem seja ligeiramente
Integração estratégica: é uma parceria nos negócios. maior do que a largura do papel.
Gerenciamento comum dos procedimentos dos negócios, II. Folheie uma resma de papel e alinhe-a numa super-
incluindo o desenvolvimento de produtos e processo, en- fície plana.
genharia simultânea,  desdobramento da função qualidade III. Coloque a resma de papel no alimentador com a
(QFD), fornecimento sincronizado e qualidade assegurada. face a ser impressa voltada para cima e com a margem
Tem-se, nesse caso, o relacionamento do tipo comakership. direita encostada ao guia de margem direito. Em seguida,
  faça deslizar o guia de margem esquerdo até a margem
O relacionamento cliente-fornecedor se desenvolve a esquerda do papel. Certifique-se de que a resma de papel
partir de uma atuação do cliente (comprador) sobre seus fica por baixo das patilhas existentes nos guias de margem.
fornecedores, procurando atingir o grau de entendimento Está correto o que se afirma em:
e confiança mútua até então inexistente. Desta forma, o (A) I, somente.
cliente procurará atuar nos aspectos que possam lhe tra- (B) II, somente.
zer  vantagens competitivas através da avaliação dos for- (C) III, somente.
necedores e se for o caso, de seu desenvolvimento, para (D) todos.
finalmente chegar à fase de negociacão de uma parceria. (E) nenhum.

Fonte: http://www.blogdaqualidade.com.br/relacao-
-cliente-fornecedor-comakership/

52
ÉTICA E QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

3) O desenvolvimento de uma sociedade e de suas ins- (B) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços
tituições coloca a capacidade de dialogar como meio eficaz por quem de direito.
de resolução de problemas. No atendimento, o diálogo é (C) Ter respeito à hierarquia, com temor de representar
tudo, abre portas, cativa clientes e convence. Por isso, uma contra qualquer comprometimento indevido da estrutura
das habilidades mais valorizadas nos perfis profissionais hierárquica superior.
tem sido a persuasão. Analise as afirmativas a seguir. (D) Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas
I. O profundo domínio técnico sobre os serviços da funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-
empresa ajuda a dar segurança no momento de esclarecer, -lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários
convencer e informar. Um indivíduo persuasivo é argumen- do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.
tativo e focado. (E) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,
II. O controle emocional é um ingrediente-chave du- poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse
rante o diálogo. Pessoas que não sabem lidar com suas público, mesmo que observando as formalidades legais e
reações emocionais dificilmente conseguirão manter o não cometendo qualquer violação expressa à lei.
equilíbrio, correndo o risco de deixar a racionalidade de
lado.
III. Para persuadir é imprescindível falar bastante. Na GABARITO
comunicação interpessoal, deve-se fundamentar a argu-
mentação em evidências, fatos ou dados. 1. A
Está correto o que se afirma em: 2. D
(A) I, somente. 3. D
(B) II, somente. 4. D
(C) III, somente. 5. C
(D) I e II, somente.
(E) todas.

4) O Assistente Administrativo recebe a incumbência


ANOTAÇÕES
de redigir um memorando. Atendendo aos requisitos bási-
cos da redação oficial, ele deverá redigir o documento de
forma concisa, ou seja, o texto deverá transmitir um má- ___________________________________________________
ximo de informações com um mínimo de palavras. Outro
___________________________________________________
requisito importante é a clareza, qualidade básica de todo
texto oficial. Claro é aquele texto que possibilita imedia- ___________________________________________________
ta compreensão pelo leitor. E, além disso, deverá evitar a
duplicidade de interpretações que pode decorrer de um ___________________________________________________
tratamento personalista dado ao texto. Essa descrição cor-
responde à característica do(a): ___________________________________________________
(A) uniformidade. ___________________________________________________
(B) ordenamento.
(C) formalidade. ___________________________________________________
(D) impessoalidade.
(E) factualidade. ___________________________________________________

5) A conduta ética do servidor é tão ou mais impor- ___________________________________________________


tante do que qualquer outra profissão regulamentada por ___________________________________________________
lei específica, uma vez que as atividades da Administração
Pública e do servidor estão reguladas nos artigos 37 a 41 ___________________________________________________
da Constituição Federal, valendo destacar e transcrever o
caput do art. 37 que determina: “A administração pública ___________________________________________________
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Es-
___________________________________________________
tados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu- ___________________________________________________
blicidade e eficiência.” Resumidamente, a ética é a ciência
da moral que estabelece normas de conduta de um profis- ___________________________________________________
sional no desempenho de suas atividades. Assinale, a se-
guir, uma conduta que não seja ética por parte do servidor. ___________________________________________________
(A) Jamais retardar qualquer prestação de contas, con- ___________________________________________________
dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
coletividade a seu cargo. ___________________________________________________

53
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Língua Portuguesa

54
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/ (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al- americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
ternativa correta quanto à concordância, de acordo diárias dessa fonte.
com a norma-padrão da língua portuguesa. (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
social está no centro dos debates atuais. diárias, (X) dessa fonte.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re-
lação aos efeitos da desigualdade social. RESPOSTA: “C”.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
mais pobres é um fenômeno crescente. 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO –
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de
criticado por alguns teóricos. concordância verbal na frase:
(E) Os debates relacionado à distribuição de rique- a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível
zas não são de exclusividade dos economistas. nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a
visibilidade social.
Realizei a correção nos itens: b) As duas tábuas em que se comprimem o famige-
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos,
cial está = estão como “compro ouro”.
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = divergem c) Não se compara aos vexames dos homens-placa
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos a exposição pública a que se submetem os guardadores
mais pobres é um fenômeno crescente. de carros.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
cado = criticada propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de-
(E) Os debates relacionado = relacionados monstração de mau gosto.
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados
RESPOSTA: “C”. em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve-
lhos carros-placa.
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se-
guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase Fiz as correções entre parênteses:
– Um levantamento mostrou que os adolescentes ame- a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em: mida a visibilidade social.
(A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
americanos consomem em média 357 calorias, diárias o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô-
dessa fonte. nicos, como “compro ouro”.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a ex-
americanos consomem, em média 357 calorias diárias posição pública a que se submetem os guardadores de carros.
dessa fonte. d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros-
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes -placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias demonstração de mau gosto.
dessa fonte. e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in-
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias queles velhos carros-placa.
dessa fonte.
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes RESPOSTA: “C”.
americanos, consomem em média 357 calorias diárias,
dessa fonte. 4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo
Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada a mesma regra que distribuídos.
ou faltante: (A) sócio
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes (B) sofrê-lo
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) (C) lúcidos
diárias dessa fonte. (D) constituí
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes (E) órfãos
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte. Distribuímos = regra do hiato
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes (A) sócio = paroxítona terminada em ditongo
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des- (B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome
sa fonte. oblíquo. Nunca!)

55
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(C) lúcidos = proparoxítona (...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senho-


(D) constituí = regra do hiato (diferente de “cons- ria (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim.
titui” – oxítona: cons-ti-tui) Numa Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelên-
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão” cia para o seu presidente, de acordo com o Manual de
Redação da Presidência da República (1991).
RESPOSTA: “D”. (Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-trope-
ce-detail.php?id=393)
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012)
A concordância verbal está plenamente observada na RESPOSTA: “E”.
frase:
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e 7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
materialistas, o posicionamento de alguns religiosos ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
e parlamentares acerca da educação religiosa nas es- ciedade como tais.
colas públicas. Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo
(B) Sempre deverão haver bons motivos, jun- passará a ser, corretamente,
to àqueles que são contra a obrigatoriedade do (A) perceba.
ensino religioso, para se reservar essa prática a (B) foi percebido.
setores da iniciativa privada. (C) tenham percebido.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do (D) devam perceber.
texto, contra os que votam a favor do ensino reli- (E) estava percebendo.
gioso na escola pública, consistem nos altos cus-
tos econômicos que acarretarão tal medida. ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
(D) O número de templos em atividade na ci- dade como tais = dois verbos na voz passiva, então teremos
dade de São Paulo vêm gradativamente aumen- um na ativa: que a sociedade perceba os valores e princípios...
tando, em proporção maior do que ocorrem com
o número de escolas públicas. RESPOSTA: “A”
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação como a regulação natural do mercado si- 8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
nalizam para as inconveniências que adviriam da A concordância verbal e nominal está inteiramente cor-
adoção do ensino religioso nas escolas públicas. reta na frase:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e
(A) Provocam = provoca (o posicionamento) valores que determinam as escolhas dos governantes,
(B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá para conferir legitimidade a suas decisões.
haver (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
texto, contra os que votam a favor do ensino religio- cípios que regem a prática política.
so na escola pública, consistem = consiste. (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda-
(D) O número de templos em atividade na cidade deiro regime democrático, em que se respeita tanto as
de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em liberdades individuais quanto as coletivas.
proporção maior do que ocorrem = ocorre (D) As instituições fundamentais de um regime de-
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação mocrático não pode estar subordinado às ordens indis-
como a regulação natural do mercado sinalizam para criminadas de um único poder central.
as inconveniências que adviriam da adoção do ensi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
no religioso nas escolas públicas. para o momento eleitoral, que expõem as diferentes
opiniões existentes na sociedade.
RESPOSTA: “E”.
Fiz os acertos entre parênteses:
6-) ( TRE/PA - ANALISTA JUDICIÁRIO – (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
FGV/2011) Segundo o Manual de Redação da Pre- lores que determinam as escolhas dos governantes, para
sidência da República, NÃO se deve usar Vossa Ex- conferir legitimidade a suas decisões.
celência para (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
(A) embaixadores. vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
(B) conselheiros dos Tribunais de Contas esta- valores e princípios que regem a prática política.
duais. (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
(C) prefeitos municipais. dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores. tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
(E) vereadores. (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.

56
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. com as de ontem.
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que
RESPOSTA: “A”. as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que
A frase que admite transposição para a voz passiva é: as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa- com as de ontem.
grado.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta-
grande diversidade de fenômenos. ção da alternativa correta indica quais são as inadequações
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so- nas demais.
ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
ficação. RESPOSTA: “E”.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
da vida (...). 12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE –
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu- ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012)
dido e da falsa consciência. No trecho: “O crescimento econômico, se associado à
ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta-
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos
grande diversidade de fenômenos. a forma:
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e A) puder.
explicada pelo conceito... B) poderia.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- C) pôde.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. D) poderá.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da E) pudesse.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
e da falsa consciência. Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração
RESPOSTA: “B”. é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
soa do singular (ele) = poderia.
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, RESPOSTA: “B”.
vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
ambiental Geraldo Motta. 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- Entre as frases que seguem, a única correta é:
nhados devem sofrer as seguintes alterações: a) Ele se esqueceu de que?
(A) entrar − vira b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(B) entrava − tinha visto tribui-lo entre os presentes.
(C) entrasse − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(D) entraria − veria críticas.
(E) entrava − teria visto d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica-
ções dos funcionários.
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- e) Não sei por que ele mereceria minha conside-
ria = entrasse / veria. ração.

RESPOSTA: “C”. (A) Ele se esqueceu de que? = quê?


(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
A pontuação está inteiramente adequada na frase: (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as cessivos nas críticas.
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
ver com as de ontem. cações dos funcionários.
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver,
com as de ontem. RESPOSTA: “E”.

57
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINIS- 16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMI-
TRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as NISTRATIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as
frases do texto: formas verbais está correta em:
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne- (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o
gativa... planeta não resistiu.
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior clas- (B) Se todas as partes do mundo estiverem com
sificação do continente americano (2,0)... alto poder de consumo, o planeta em breve sofrerá
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases um colapso.
I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da
dos exemplos, em: bebida, o do jogo, o do sexo e o do consumo não co-
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o nhecesse distorções patológicas, não haverá vícios.
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tor-
da maioria? nado tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas ju- baratas.
ninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de qua- (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir
drilha. conscientemente, a oferta de produtos supérfluos
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. crescia.
Quase todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, Fiz as correções necessárias:
mas também existem umas que não merecem nossa (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o
atenção. planeta não resistiu = resistirá
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um co-
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos lapso.
aos itens:
(C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebi-
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
da, o do jogo, o do sexo e o do consumo não conheces-
tem (singular)
se distorções patológicas, não haverá = haveria
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se torna-
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
do tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam
ram (plural)
(ou teriam ficado)
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
(E) Se as pessoas não se propuserem a consumir
umas (plural)
conscientemente, a oferta de produtos supérfluos cres-
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
as formas estão no plural) cia = crescerá

RESPOSTA: “A”. RESPOSTA: “B”.

15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - 17-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDI-


RECURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) CIÁRIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que
Considere as orações: … sabíamos respeitar os mais preenche adequadamente e de acordo com a norma
velhos! / E quando eles falavam nós calávamos a boca! culta a lacuna da frase: Quando um candidato trê-
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados mulo ______ eu lhe faria a pergunta mais deliciosa de
para o tempo presente, sem qualquer outro ajuste, todas.
tem-se, de acordo com a norma-padrão da língua por- (A) entrasse
tuguesa: (B) entraria
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quan- (C) entrava
do eles falaram nós calamos a boca! (D) entrar
(B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quan- (E) entrou
do eles falassem nós calaríamos a boca!
(C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E O verbo “faria” está no futuro do pretérito, ou seja,
quando eles falassem nós calaríamos a boca! indica que é uma ação que, para acontecer, depende de
(D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quan- outra. Exemplo: Quando um candidato entrasse, eu faria
do eles falarem nós calaremos a boca! / Se ele entrar, eu farei / Caso ele entre, eu faço...
(E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando
eles falam nós calamos a boca! RESPOSTA: “A”.

No presente: nós sabemos / eles falam.

RESPOSTA: “E”.

58
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

18-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ- (E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto-
RIA – VUNESP/2010 - ADAPTADA) na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato
Assinale a alternativa de concordância que pode ser
considerada correta como variante da frase do texto – RESPOSTA: “E”.
A maioria considera aceitável que um convidado che-
gue mais de duas horas ... 20-) (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU-
(A) A maioria dos cariocas consideram aceitável NESP/2013) De acordo com a norma- padrão da
que um convidado chegue mais de duas horas... língua portuguesa, o acento indicativo de crase está
(B) A maioria dos cariocas considera aceitáveis que corretamente empregado em:
um convidado chegue mais de duas horas... (A) A população, de um modo geral, está à espera
(C) As maiorias dos cariocas considera aceitáveis de que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os aci-
que um convidado chegue mais de duas horas... dentes.
(D) As maiorias dos cariocas consideram aceitáveis (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à
que um convidado chegue mais de duas horas... repensarem a sua postura.
(E) As maiorias dos cariocas consideram aceitável (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos
que um convidado cheguem mais de duas horas... à punições muito mais severas.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco
Fiz as indicações: a vida dos demais motoristas e de pedestres.
(A) A maioria dos cariocas consideram (ou considera, (E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumpri-
tanto faz) aceitável que um convidado chegue mais de mento da nova lei para que ela possa funcionar.
duas horas...
(B) A maioria dos cariocas considera (ok) aceitáveis (A) A população, de um modo geral, está à espera (dá
(aceitável) que um convidado chegue mais de duas horas... para substituir por “esperando”) de que
(C) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas considera (ok) (B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re-
aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais de pensarem (antes de verbo)
duas horas... (C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à
(D) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram punições (generalizando, palavra no plural)
(ok) aceitáveis (aceitável) que um convidado chegue mais (D) À ninguém (pronome indefinido)
de duas horas... (E) Cabe à todos (pronome indefinido)
(E) As (A) maiorias (maioria) dos cariocas consideram
(ok) aceitável que um convidado cheguem (chegue) mais RESPOSTA: “A”.
de duas horas...
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
RESPOSTA: “A”. - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
ADAPTADO) Leia o texto, para responder às questões
19-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ- de números 21 e 22.
RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de
palavras são acentuadas graficamente pelos mesmos deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente
motivos que justificam, respectivamente, as acentua- paulista acena, assovia, agita os braços num agônico
ções de: década, relógios, suíços. polichinelo; encostado à parede, marmóreo e impas-
(A) flexíveis, cartório, tênis. sível, o garçom carioca o ignora com redobrada aten-
(B) inferência, provável, saída. ção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Par-
(C) óbvio, após, países. ceirô?!”; o garçom boceja, tira um fiapo do ombro, olha
(D) islâmico, cenário, propôs. pro lustre.
(E) república, empresária, graúda. Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância:
o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar,
Década = proparoxítona / relógios = paroxítona termi- mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas inte-
nada em ditongo / suíços = regra do hiato rações sociais terminam, 99% das vezes, diante da per-
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em gunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender
ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do
de “s”) garçom carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / e criado na crua batalha entre burgueses e proletários,
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do compreender o discreto charme da aristocracia?
hiato Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona e da gravata borboleta, saudades do imperador. [...]
terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século
“o” + “s” 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tô-

59
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

nicas para Vinicius e caipirinhas para Sinatra, uísques Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas”
para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas do século 20 são as personalidades da mídia, os “famosos”
de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje e “famosas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19,
fala de futebol com Roberto Carlos e ouve conselhos de esses eram da corte, literalmente.
João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi,
seu orgulho permanece intacto. RESPOSTA: “B”.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimen-
sional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e 23-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
um crachá universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, NESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equiva-
paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o le ao da expressão de mármore. Assinale a alternativa
vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de contendo as expressões com sentidos equivalentes, res-
conduzi-lo à última mesa do restaurante, a caminho do
pectivamente, aos das palavras ígneo e pétreo.
banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
(A) De corda; de plástico.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá
(B) De fogo; de madeira.
amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cin-
(C) De madeira; de pedra.
zas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do
Tietê, onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, (D) De fogo; de pedra.
companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra (E) De plástico; de cinza.
ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo.
Acostume-se com sua existência plebeia. O garçom Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao res- sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos
taurante para homenageá-lo. fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
(Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha ta?
de S.Paulo, 06.02.2013)
RESPOSTA: “D”.
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
21-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- ADAPTADO) Para responder às questões de números
NESP/2013) Assinale a alternativa contendo passagem 24 e 25, considere a seguinte passagem: Sem querer
em que o autor simula dialogar com o leitor. estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser
(A) Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, dian-
existência plebeia. te da pergunta “débito ou crédito?”.
(B) Ô, companheiro, faz meia hora que eu cheguei...
(C) Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux”. 24-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
(D) Sim, meu caro paulista... PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(E) Ah, paulishhhhta otááário... NESP/2013) Nesse contexto, o verbo estereotipar tem
sentido de
Em “meu caro paulista”, o autor está dirigindo-se a nós, (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
leitores.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido
dela.
RESPOSTA: “D”.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
22-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- (E) classificar segundo ideias preconcebidas.
NESP/2013) O contexto em que se encontra a passa-
gem – Se deixou de bajular os príncipes e princesas do Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
século 19, passou a servir reis e rainhas do 20 (2.º pará- firmadas se verdadeiras.
grafo) – leva a concluir, corretamente, que a menção a
(A) príncipes e princesas constitui uma referência RESPOSTA: “E”.
em sentido não literal.
(B) reis e rainhas constitui uma referência em sen- 25-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
tido não literal. PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma NESP/2013) Nessa passagem, a palavra cujas tem sen-
referência em sentido não literal. tido de
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma (A) lugar, referindo-se ao ambiente em que ocorre a
referência em sentido literal. pergunta mencionada.
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sen- (B) posse, referindo-se às interações sociais do pau-
tido literal. lista.

60
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(C) dúvida, pois a decisão entre débito ou crédito 28-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
ainda não foi tomada. PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(D) tempo, referindo-se ao momento em que ter- NESP/2013) Assinale a alternativa contendo palavra
minam as interações sociais. formada por prefixo.
(E) condição em que se deve dar a transação finan- (A) Máquina.
ceira mencionada. (B) Brilhantismo.
(C) Hipertexto.
O pronome “cujo” geralmente nos dá o sentido de (D) Textualidade.
posse: O livros cujas folhas (lê-se: as folhas dos livros). (E) Arquivamento.

RESPOSTA: “B”. A – Máquina = sem acréscimo de afixos (prefixo ou


sufixo)
26-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO B - Brilhantismo. = acréscimo de sufixo (ismo)
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- C – Hipertexto = acréscimo de prefixo (hiper)
NESP/2013) Assinale a alternativa em que a oração D – Textualidade = acréscimo de sufixo (idade)
destacada expressa finalidade, em relação à outra que E – Arquivamento = acréscimo de sufixo (mento)
compõe o período.
(A) Se deixou de bajular os príncipes e princesas do RESPOSTA: “C”.
século 19, passou a servir reis e rainhas do 20...
(B) Pensa o garçom, antes de conduzi-lo à última (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
mesa do restaurante... - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
(C) Você é que foi ao restaurante para homenageá-lo. ADAPTADA) Para responder a esta questão, conside-
(D) ... nenhum emblema preencherá o vazio que re as palavras destacadas nas seguintes passagens do
carregas no peito ... texto:
(E) O garçom boceja, tira um fiapo do ombro...
Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
... informações ligadas especialmente à pesquisa
Vamos às análises:
acadêmica,
A - Se deixou de bajular os príncipes e princesas do
... uma “máquina poética”, algo que funcionasse
século 19 = a conjunção inicial é condicional.
por analogia e associação...
B - antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante =
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a
conjunção temporal (dá-nos noção de tempo)
ideia de hipertexto...
C - para homenageá-lo = nessa oração temos a noção
... 20 anos depois de seu artigo fundador...
do motivo (qual a finalidade) da ação de “ter ido ao restau-
rante”, segundo o texto
D - que carregas no peito – o “que” funciona como 29-) As palavras destacadas que expressam ideia
pronome relativo (podemos substituí-lo por “o qual” car- de tempo são:
regas no peito) (A) algo, especialmente e Quando.
E - tira um fiapo do ombro – temos aqui uma oração (B) Desde, especialmente e algo.
assindética (sem conjunção “final”) (C) especialmente, Quando e depois.
(D) Desde, Quando e depois.
RESPOSTA: “C”. (E) Desde, algo e depois.

27-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são:
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- desde, quando e depois.
NESP/2011) Em – A falta de modos dos homens da Casa
de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizen- RESPOSTA: “D”.
do bobagens para estranhos no Quirguistão incomo-
dou a embaixadora americana. 30- (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
A conjunção destacada pode ser substituída por PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
A) portanto. (B) como. (C) no entanto. (D) NESP/2013) Assinale a alternativa contendo frase com
porque. (E) ou. redação de acordo com a norma-padrão de concor-
dância.
O “mas” é uma conjunção adversativa, dando a ideia de (A) Pensava na necessidade de ser substituído de
oposição entre as informações apresentadas pelas orações, imediato os métodos existentes.
o que acontece no enunciado da questão. Em “A”, temos (B) Substitui-se os métodos de recuperação de
uma conclusiva; “B”, comparativa; “C”, adversativa; “D”, ex- informações que se ligava especialmente à pesquisa
plicativa; “E”, alternativa. acadêmica.
(C) No hipertexto, a textualidade funciona por se-
RESPOSTA: “C”. quências fixas que se estabeleceram previamente.

61
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

(D) O inventor pensava em textos que já deve- 32-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
ria estar disponíveis em rede. PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
(E) Era procurado por ele máquinas com as NESP/2013) Na passagem – Nesse contexto, governos e
quais pudesse capturar o brilhantismo anárquico empresas estão fechando o cerco contra a corrupção e a
da imaginação humana. fraude, valendo-se dos mais variados mecanismos... – a
oração destacada expressa, em relação à anterior, sen-
Coloquei entre parênteses a correção: tido que responde à pergunta:
(A) Pensava na necessidade de ser substituído (se- (A) “Quando?”
rem substituídos) de imediato os métodos existentes. (B) “Por quê?”
(B) Substitui-se (substituem-se) os métodos de (C) “Como?”
recuperação de informações que se ligava (ligavam) (D) “Para quê?”
especialmente à pesquisa acadêmica. (E) “Onde?”
(C) No hipertexto, a textualidade funciona por se-
quências fixas que se estabeleceram previamente. Questão que envolve conhecimento de coesão e coe-
(D) O inventor pensava em textos que já deveria rência. Se perguntássemos à primeira oração “COMO o
(deveriam) estar disponíveis em rede. governo está fechando o cerco contra a corrupção?”, ob-
(E) Era procurado (eram procuradas) por ele má- teríamos a resposta apresentada pela oração em destaque.
quinas com as quais pudesse capturar o brilhantismo
anárquico da imaginação humana. RESPOSTA: “C”.

RESPOSTA: “C”. 33-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO


PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
31-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE NESP/2013) Assinale a alternativa em que todos os ver-
SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – bos estão empregados de acordo com a norma-padrão.
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes
VUNESP/2013) Assinale a alternativa com as pala-
da impressão definitiva.
vras acentuadas segundo as regras de acentuação,
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter
respectivamente, de intercâmbio e antropológico.
em silêncio.
(A) Distúrbio e acórdão.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a
(B) Máquina e jiló.
trabalhar no feriado.
(C) Alvará e Vândalo.
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
(D) Consciência e características.
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a re-
(E) Órgão e órfãs.
quera a seu superior.
Realizei a correção entre parênteses:
Para que saibamos qual alternativa assinalar, pri- (A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da
meiro temos que classificar as palavras do enunciado impressão definitiva.
quanto à posição de sua sílaba tônica: (B) Não haverá prova do crime se o réu se manter
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; (mantiver) em silêncio.
Antropológico = proparoxítona (todas são acentua- (C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem (dispu-
das). Agora, vamos à análise dos itens apresentados: serem) a trabalhar no feriado.
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; (D) Ficarão surpresos quando o verem (virem) com a
acórdão = paroxítona terminada em “ão” toga...
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona termi- (E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque-
nada em “o” ra (requeira) a seu superior.
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo =
proparoxítona RESPOSTA: “A”.
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo;
características = proparoxítona
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em
“ão” e “ã”, respectivamente.

RESPOSTA: “D”.

62
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

1 Aplicativos e procedimentos de internet e intranet. ............................................................................................................................. 01


2 Programas de navegação: Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares. .............................. 01
3 Sítios de busca e pesquisa na internet. ....................................................................................................................................................... 01
4 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ....................................... 07
5 Segurança da informação: procedimentos de segurança. .................................................................................................................. 09
6 Aplicativos para segurança (antivírus, firewall e antispyware). .......................................................................................................... 12
7 Procedimentos de backup................................................................................................................................................................................. 13
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –


1 APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
INTERNET E INTRANET. tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
2 PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO: MICROSOFT 10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – WAN)
INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX,
– rede que faz a cobertura de uma grande área geográ-
GOOGLE CHROME E SIMILARES.
fica, geralmente, um país, cerca de 100 km;
3 SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re-
INTERNET. des espalhadas pelo mundo podendo ser interconectadas
a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem maio-
res, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Redes de Computadores refere-se à interligação por
Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
meio de um sistema de comunicação baseado em trans-
eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
missões e protocolos de vários computadores com o ob-
Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa
para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos
grandes distâncias.
ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computado-
Topologia de Redes
res espalhados pelo mundo que permite a comunicação
Astopologias das redes de computadores são as estru-
entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela
turas físicas dos cabos, computadores e componentes.
internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utili-
Existem as topologias físicas, que são mapas que mos-
zar recursos como impressoras para imprimir documentos,
tram a localização de cada componente da rede que
reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, aces-
serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo
sar às redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc.
modo que os dados trafegam na rede:
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails,
Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à internet
tão interconectadas por pares através de um roteamen-
nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, o
to de dados;
crescimento das redes de computadores também tem seu
Topologia de Estrela – modelo em que existe um
lado negativo. A cada dia surgem problemas que preju-
ponto central (concentrador) para a conexão, geral-
dicam as relações entre os indivíduos, como pirataria, es-
mente um hub ou switch;
pionagem, phishing - roubos de identidade, assuntos polê-
Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
micos como racismo, sexo, pornografia, sendo destacados
automação industrial e na década de 1980 pelas redes
com mais exaltação, entre outros problemas.
Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores
Há muito tempo, o ser homem sentiu a necessidade
são entreligados formando um anel e os dados são pro-
de compartilhar conhecimento e estabelecer relações com
pagados de computador a computador até a máquina de
pessoas a distância. Na década de 1960, durante a Guerra
origem;
Fria, as redes de computadores surgiram com objetivos mi-
Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
litares: interconectar os centros de comando dos EUA para
meiras conexões feitas pelas redes Ethernet.Refere- se a
com objetivo de proteger e enviar de dados.
computadores conectados em formato linear, cujo cabea-
mento é feito em sequencialmente;
Alguns tipos de Redes de Computadores
Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
Antigamente, os computadores eram conectados em
estão interligadas por um mesmo canal através de pacotes
distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais.
endereçados (unicast, broadcast e multicast).
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne-
cessário aumentar a distância da troca de informações en-
Cabos
tre as pessoas. As redes podem ser classificadas de acor-
Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura fí-
do com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring,
sica utilizada para conectar computadores em rede, estan-
etc.), a  extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN,
do relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão,
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a-
padrões internacionais, etc. Há vantagens e desvantagens
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de
para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais uti-
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.).
lizados são:
Veja alguns tipos de redes:
Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por
Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se
sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados
comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Blue-
em lojas de informática ou produzidos pelo usuário;
tooth;
Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância
Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em
maior na transmissão de dados, apesar de serem flexíveis,
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala,
são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento ISA,
um prédio ou um campus de universidade;
suporte não encontrado em computadores mais novos;

1
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e de conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de
difícil instalação. São velozes e imunes a interferências diferentes fabricantes), identificando e determinando um
eletromagnéticas. IP para cada computador que se conecta com a rede.
Após montar o cabeamento de rede é necessário reali- Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de dados
zar um teste através dos testadores de cabos, adquirido em na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os ro-
lojas especializadas. Apesar de testar o funcionamento, ele teadores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho
não detecta se existem ligações incorretas. É preciso que para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver congestio-
um técnico veja se os fios dos cabos estão na posição certa. nada; e os roteadores dinâmicos que encontram caminhos
mais rápidos e menos congestionados para o tráfego.
Sistema de Cabeamento Estruturado
Para que essa conexão não prejudique o ambiente de Modem: Dispositivo responsável por transformar a
trabalho, em uma grande empresa, são necessárias várias onda analógica que será transmitida por meio da linha te-
conexões e muitos cabos, sendo necessário o cabeamento lefônica, transformando-a em sinal digital original.
estruturado.
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tempo, Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes de
tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção da computadores, como por exemplo, envio de arquivos ou
rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que possibili- e-mail. Os computadores que acessam determinado servi-
tam que vários conectores possam ser inseridos em um dor são conhecidos como clientes.
único local, sem a necessidade de serem conectados dire-
tamente no hub. Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunicação
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado pos- entre os computadores da rede. Cada arquitetura de rede
sui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os cabos depende de um tipo de placa específica. As mais utilizadas
das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um concentra- são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em anel).
dor de tomadas, favorecendo a manutenção das redes.
Eles são adaptados e construídos para serem inseridos em
um rack. INTERNET
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto do
cabeamento de rede, em que a conexão da rede é pensada O objetivo inicial da Internet era atender necessidades
de forma a realizar a sua expansão. militares, facilitando a comunicação. A agência norte-a-
mericana ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS
Repetidores: Dispositivo capaz de expandir o cabea- AGENCY e o Departamento de Defesa americano, na dé-
mento de rede. Ele poderá transformar os sinais recebidos cada de 60, criaram um projeto que pudesse conectar os
e enviá-los para outros pontos da rede. Apesar de serem computadores de departamentos de pesquisas e bases mi-
transmissores de informações para outros pontos, eles
litares, para que, caso um desses pontos sofresse algum
também diminuem o desempenho da rede, podendo haver
tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam
colisões entre os dados à medida que são anexas outras
totalmente perdidas, pois estariam salvas em outros pon-
máquinas. Esse equipamento, normalmente, encontra-se
tos estratégicos.
dentro do hub.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma co-
Hubs: Dispositivos capazes de receber e concentrar nexão a longa distância e possibilitava que as mensagens
todos os dados da rede e compartilhá-los entre as outras fossem fragmentadas e endereçadas ao seu computador
estações (máquinas). Nesse momento nenhuma outra má- de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da
quina consegue enviar um determinado sinal até que os informação poderia ser realizado por várias rotas, assim,
dados sejam distribuídos completamente. Eles são utiliza- caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados po-
dos em redes domésticas e podem ter 8, 16, 24 e 32 por- deriam seguir por outro caminho garantindo a entrega da
tas, variando de acordo com o fabricante. Existem os Hubs informação, é importante mencionar que a maior distância
Passivos, Ativos, Inteligentes e Empilháveis. entre um ponto e outro, era de 450 quilômetros.
No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as
Bridges: É um repetidor inteligente que funciona barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a
como uma ponte. Ele lê e analisa os dados da rede, além troca de informações de computadores de universidades
de relacionar diferentes arquiteturas. dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET)
internacional (INTER), consequentemente seu nome passa
Switches: Tipo de aparelho semelhante a um hub, mas a ser, INTERNET.
que funciona como uma ponte: ele envia os dados apenas A evolução não parava, além de atingir fronteiras con-
para a máquina que o solicitou. Ele possui muitas portas de tinentais, os computadores pessoais evoluíam em forte
entrada e melhor performance, podendo ser utilizado para escala alcançando forte potencial comercial, a Internet dei-
redes maiores. xou de conectar apenas computadores de universidades,
Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes passou a conectar empresas e, enfim, usuários domésticos.
e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona Na década de 90, o Ministério das Comunicações e
como um tipo de ponte na camada de rede do modelo o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram
OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter- a Internet para os centros acadêmicos e comerciais. Essa

2
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que
setores sociais até atingir a amplitude de sua difusão nos demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
tempos atuais. .gov - Organização governamental
Um marco que é importante frisar é o surgimento do .edu - Organização educacional
WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfi- .org - Organização
ca deixando a internet ainda mais interessante e vantajosa, .ind - Organização Industrial
pois até então, só era possível a existência de textos. .net - Organização telecomunicações
Para garantir a comunicação entre o remetente e o des- .mil - Organização militar
tinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o .pro - Organização de profissões
pai da internet criou os protocolos TCP/IP, que são proto- .eng – Organização de engenheiros
colos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL
PROTOCOL (Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP E também, do país de origem:
– INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjun- .it – Itália
tos de regras que tornam possível tanto a conexão entre .pt – Portugal
os computadores, quanto ao entendimento da informação .ar – Argentina
trocada entre eles. .cl – Chile
A internet funciona o tempo todo enviando e receben- .gr – Grécia
do informações por isso o periférico que permite a cone-
xão com a internet chama MODEM, porque que ele MO- Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos
dula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser que se trata de um site hospedado em um servidor dos
trocadas graças aos protocolos TCP/IP. Estados Unidos.
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Se-
Protocolos Web melhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam
Já que estamos falando em protocolos, citaremos ou- transmitidos através de uma conexão criptografada e que
tros que são largamente usados na Internet: se verifique a autenticidade do servidor e do cliente através
de certificados digitais.
-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de
transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para -FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transfe-
trocar informações na Internet. Quando digitamos um site, rência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir
automaticamente é colocado à frente dele o http:// os arquivos para um servidor de internet, seus programas
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao
Onde: criar um site, o profissional utiliza um desses programas
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia FTP ou similares e executa a transferência dos arquivos
para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto, criados, o manuseio é semelhante à utilização de gerencia-
som, imagem, filmes e links. dores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão
de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é -POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos
como se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de aces- Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar o
sar um determinado site seu correio num servidor distante (o servidor POP). É ne-
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde: cessário para as pessoas não ligadas permanentemente à
Internet, para poderem consultar os mails recebidos of-
Faz a solicitação de um arquivo de fline.  Existem duas versões principais deste protocolo, o
POP2 e o POP3, aos quais são atribuídas respectivamente
http:// hipermídiaparaaInternet.
as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de coman-
Estipulaqueesse dos textuais radicalmente diferentes, na troca de e-mails
www recursoestánarede mun ele é o protocolo de entrada.
dialdecomputadores(ve
remosmais sobre www IMAP (Internet Message Access Protocol): É um
emumpróximotópico). protocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece
muitas mais possibilidades, como, gerir vários acessos
Éo endereçodedomínio.
simultâneos e várias caixas de correio, além de poder
novaconcursos Um endereçode criar mais critérios de triagem.
domíniorepresentarásua
empresaou seu -SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o proto-
espaçonaInternet. colo padrão para envio de e-mails através da Internet.
Indicaqueo servidorondeesse Faz a validação de destinatários de mensagens. Ele que
.com siteestá verifica se o endereço de e-mail do destinatário está
hospedado é de corretamente digitado, se é um endereço existente, se
finalidadescomerciais. a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se
recebeu sua mensagem, na troca de e-mails ele é o pro-
.br Indicaqueo servidorestáno Brasil. tocolo de saída.

3
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

-UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permi- temos uma relação de alguns deles:
te que a apli- cação escreva um datagrama encapsulado - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.).
num pacote IP e trans- portado ao destino. É muito comum - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
lermos que se trata de um protocolo não confiável, isso - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
porque ele não é implementado com regras que garantam PCX, etc.).
tratamento de erros ou entrega. - Negócios e Utilitários
- Apresentações
Provedor
INTRANET: A Intranet ou Internet Corporativa é a im-
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que plantação de uma Internet restrita apenas a utilização in-
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- terna de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas,
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- são redes de comunicação internas baseadas na tecnologia
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- usada na Internet. Como um jornal editado internamente,
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. e que pode ser acessado apenas pelos funcionários da em-
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada presa.
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor-
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso mações particulares dentro da estrutura de comunicações
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como da empresa.
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- O grande sucesso da Internet, é particularmente da
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que evolução da informática nos últimos anos.
estão interligadas nesta avenida. Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
interliga- dos através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
os dados.
ram o acesso à informação através de redes de computa-
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo).
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, que
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso e um
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
endereço eletrônico na Internet.
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
Home Page sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
Pela definição técnica temos que uma Home Page é nante explosão na informação disponível na Internet, que
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu- segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí- que tem interessado um número cada vez maior de em-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
dentro das Home Pages. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato: advento e disseminação promete operar uma revolução
http://www.endereço.com/página.html tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
Por exemplo, a página principal do meu projeto de cimento das primeiras redes locais de computadores, no
mestrado: final da década de 80.
http://www.ovidio.eng.br/mestrado
O que é Intranet?
PLUG-INS
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
Os plug-ins são programas que expandem a capacida- 1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes projetadas para a comunicação por computador entre em-
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
g-ins são encontradas na página: tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/ as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
Software/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/ relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
Indices/ programas de navegação na Web, os browsers.

4
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

Objetivo de construir uma Intranet Mecanismos de Buscas

Organizações constroem uma intranet porque ela é Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente exatamente o que você queria pode trazer algumas horas
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os algorit-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital mos de busca sejam sempre revisados e busquem de certa
com conhecimentos das operações e produtos da empresa. forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça, lançar
mão de alguns artifícios para que sua busca seja otimizada
Aplicações da Intranet
poupará seu tempo e fará com que você tenha acesso a
resultados mais relevantes.
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu-
Os mecanismos de buscas contam com operadores
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no en-
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet tanto, pode não interessar e você, caso não seja um prati-
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os cante de SEO. Contudo alguns são realmente úteis e estão
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas listados abaixo. Realize uma busca simples e depois aplique
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: os filtros para poder ver o quanto os resultados podem
- Marketing e Vendas - Informações sobre produtos, sem mais especializados em relação ao que você procura.
listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de -palavra_chave
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de Retorna um busca excluindo aquelas em que a palavra
membros das equipes, situações de projetos; chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca por com-
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, siste- putação, provavelmente encontrarei na relação dos resulta-
mas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais dos informaçõe sobre “Ciência da computação“. Contudo, se
de qualidade; eu fizer uma busca por computação -ciência , os resultados
- Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, que tem a palavra chave ciência serão omitidos.
políticas da companhia, organograma, oportunidades de
trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, benefí-
+palavra_chave
cios.
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado.
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas putação, terei como retorna uma gama mista de resulta-
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- dos. Caso eu queira filtrar somente os casos em que ciên-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa cias aparece, e também no estado de SP, realizo uma busca
complexa e exige a presença de profissionais especializa- do tipo computação + ciência SP.
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
sua diversidade de funções e a quantidade de informações “frase_chave”
nela armazenadas. Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos
A intranet é baseada em quatro conceitos: termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas ao que
- Conectividade - A base de conexão dos computa- foi inserido. Assim, se você realizar uma busca do tipo “como
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir faser” – sim, com a escrita incorreta da palavra FAZER, verá
qualquer tipo de informação digital entre si; resultados em que a frase idêntica foi empregada.
- Heterogeneidade - Diferentes tipos de computado-
res e sistemas operacionais podem ser conectados de for- palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
ma transparente; Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
- Navegação - É possível passar de um documento a
chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que
exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas re-
facilitam o acesso não linear aos documentos;
levantes sobre pelo menos um dos dois temas- nesse caso,
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de aces-
so ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à como as duas palavras chaves são populares, os dois resul-
execução de programas aplicativos, que podem estar no tados são apresentados em posição de destaque.
servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede
(também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que filetype:tipo
caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de
- A vantagem da intranet é que esses programas são extensão especificada. Por exemplo, em uma busca  fi-
ativa- dos através da WWW, permitindo grande flexibilida- letype:pdf jquery  serão exibidos os conteúdos da palavra
de. Determinadas linguagens, como Java, assumiram gran- chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos de
de importância no desenvolvimento de softwares aplicati- extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT, DOC
vos que obedeçam aos três conceitos anteriores.

5
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

palavra_chave_01 * palavra_chave_02 Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo


Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o * um navegador considerado pelos especialistas e possui uma
indicador de “qualquer conteúdo”, retorna resultados em interface bem bonita, apesar de ser um navegador da
que os termos inicial e final aparecem, independente do Apple existem versões para Windows.
que “esteja entre eles”. Realize uma busca do tipo facebook
* msn e veja o resultado na prática.

15. Navegadores de internet: Internet Explorer, Mozilla


Firefox, Google Chrome.

Navegadores: Navegadores de internet ou browsers


são programas de computador especializados em visuali- Figura 91: Símbolo do Safari
zar e dar acesso às informações disponibilizadas na web,
Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o na-
até pouco tempo atrás tínhamos apenas o Internet Explorer
vegador padrão do Windows. Como o próprio nome diz,
e o Netscape, hoje temos uma série de navegadores no
é um programa preparado para explorar a Internet dando
mercado, iremos fazer uma breve descrição de cada um acesso a suas informações. Representado pelo símbolo do
deles, e depois faremos toda a exemplificação utilizando o “e” azul, é possível acessá-lo apenas com um duplo clique
Internet Explorer por ser o mais utilizado em todo o mun- em seu símbolo.
do, porém o conceito e usabilidade dos outros navegado-
res seguem os mesmos princípios lógicos.

Chrome: O Chrome é o navegador do Google e con-


sequentemente um dos melhores navegadores existentes.
Outra vantagem devido ser o navegador da Google é o
mais utilizado no meio, tem uma interface simples muito Figura 92: Símbolo do Internet Explorer
fácil de utilizar.
16. Transferência de arquivos pela internet

FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência


de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação
na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos
para, ou de computadores que se caracterizam como ser-
Figura 88: Símbolo do Google Chrome vidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo
texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não texto (Binários
Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente na- – código 8 bits). Há uma diferença interessante entre en-
vegador ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não ter viar uma mensagem de correio eletrônico e realizar trans-
uma interface tão amigável, porém é um dos navegadores ferência de um arquivo. A mensagem é sempre transferida
mais rápidas e com maior segurança contra hackers. como uma informação textual, enquanto a transferência de
um arquivo pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou
não-textual (binário).
Um servidor FTP é um computador que roda um pro-
grama que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é ca-
paz de se comunicar com outro computador na Rede que
o esteja acessando através de um cliente FTP.
 FTP anônimo versus FTP com autenticação existem
Figura 89: Símbolo do Mozilla Firefox dois tipos de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada,
é a conexão anônima, na qual não é preciso possuir um
Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande username ou password (senha) no servidor de FTP, bas-
desempenho, porém especialistas em segurança o consi- tando apenas identificar-se como anonymous (anônimo).
dera o navegador com menos segurança. Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de
diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do
sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível
de segurança adequado, evitando que estranhos tenham
acesso a todas as informações da empresa. Quando se es-
tabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece
em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz
Figura 90: Símbolo do Opera da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub,
etc, outgoing e incoming. O segundo tipo de conexão en-
volve uma autenticação, e portanto, é indispensável que o
usuário possua um username e uma password que sejam

6
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

reconhecidas pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse


servidor. Neste caso, ao estabelecer uma conexão, o posi-
cionamento é no diretório criado para a conta do usuário
– diretório home, e dali ele poderá percorrer toda a árvore
do sistema, mas só escrever e ler arquivos nos quais ele
possua.
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema
operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsá-
vel pelo sucesso e desenvolvimento da Internet. 

Algumas dicas
1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú-
mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga
na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de ho-
rário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em
Figura 3: Organizar ícones
horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é tempora-
riamente desativado. -Nome: Organiza os ícones por ordem alfabética de
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites nomes, permanecendo inalterados os ícones padrão da
espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo área de trabalho.
acessado. -Tamanho: Organiza os ícones pelo seu tamanho em
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo bytes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área
verifique se você está usando o modo correto, isto é, no de trabalho.
caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arqui- -Tipo: Organiza os ícones em grupos de tipos, por
vos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. exemplo, todas as pastas ficarão ordenadas em sequência,
Esta prevenção pode evitar perda de tempo. depois todos os arquivos, e assim por diante, permanecen-
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi- do inalterados os ícones padrão da área de trabalho.
dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um -Modificado em: Organiza os ícones pela data da últi-
amigo seu consiga acessar o seu computador como um ma alteração, permanecendo inalterados os ícones padrão
servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao da área de trabalho.
número IP, que lhe é atribuído dinamicamente. -Organizar automaticamente: Não permite que os íco-
nes sejam colocados em qualquer lugar na área de traba-
lho. Quando arrastados pelo usuário, ao soltar o botão es-
querdo, o ícone voltará ao seu lugar padrão.
4 CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE -Alinhar à grade: estabelece uma grade invisível para
GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, alinhamento dos ícones.
-Mostrar ícones da área de trabalho: Oculta ou mostra os
ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS.
ícones colocados na área de trabalho, inclusive os ícones pa-
drão, como Lixeira, Meu Computador e Meus Documentos.
.Identificação e manipulação de arquivos -Bloquear itens da Web na área de trabalho: Bloquea
recursos da Internet ou baixados em temas da web e usa-
dos na área de trabalho.
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar
-Executar assistente para limpeza da área de trabalho:
arquivos, ícones ou outras pastas.
Inicia um assistente para eliminar da área de trabalho
Arquivos – são registros digitais criados e salvos atra- ícones que não estão sendo utilizados.
vés de programas aplicativos. Por exemplo, quando abri- Para acessar o Windows Explorer, basta clicar no bo-
mos a Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos tão Windows, Todos os Programas, Acessórios, Windows
no computador, estamos criando um arquivo. Explorer, ou usar a tecla do Windows+E. O Windows Ex-
Ícones – são imagens representativas associadas a pro- plorer é um ambiente do Windows onde podemos realizar
gramas, arquivos, pastas ou atalhos. As duas figuras mos- o gerenciamento de arquivos e pastas. Nele, temos duas
tradas nos itens anteriores são ícones. O primeiro represen- divisões principais: o lado esquerdo, que exibe as pastas e
ta uma pasta e o segundo, um arquivo criado no programa diretórios em esquema de hierarquia e o lado direito que
Excel. exibe o conteúdo das pastas e diretórios selecionados do
Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais lado esquerdo.
curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo. Quando clicamos, por exemplo, sobre uma pasta com o
Clicando com o botão direito do mouse sobre um es- botão direito do mouse, é exibido um menu suspenso com
paço vazio da área de trabalho, temos as seguintes opções, diversas opções de ações que podem ser realizadas. Em am-
de organização: bos os lados (esquerdo e direito) esse procedimento ocor-
re, mas do lado esquerdo, não é possível visualizar a opção
“Criar atalho”, como é possível observar nas figuras a seguir:

7
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para


efetivar o processo de colagem.

Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo


usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, pode-
mos clicar com o botão direito do mouse sobre eles e de-
pois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez
sobre o objeto desejado e depois pressionar o botão dele-
te, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para li-
xeira o que foi excluído, sendo possível a restauração, caso
haja necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo
enviado para a lixeira, podemos, após abri-la, restaurar o
que desejarmos.

Figura 4: Windows Explorer – botão direito

A figura a cima mostra as opções exibidas no menu


suspenso quando clicamos na pasta DOWNLOADS com o
botão direito do mouse, do lado esquerdo do Windows Ex-
plorer.
No Windows Explorer podemos realizar facilmente op-
ções de gerenciamento como copiar, recortar, colar e mo-
ver, pastas e arquivos.

-Copiar e Colar: consiste em criar uma cópia idêntica


da pasta, arquivo ou atalho selecionado. Para essa tarefa,
podemos adotar os seguintes procedimentos: Figura 5: Restauração de arquivos enviados para a lixeira
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com A restauração de objetos enviados para a lixeira pode
o esquerdo em “copiar”. Se preferir, pode usar as teclas de ser feita com um clique com o botão direito do mouse so-
atalho CTRL+C. Esses passos criarão uma cópia do arquivo bre o item desejado e depois, outro clique com o esquerdo
ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo
ainda não estará em nenhum lugar visível do sistema ope- para seu local de origem.
racional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar
deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em este item”, após selecionar o objeto.
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para
efetivar o processo de colagem. Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho mui-
Dessa forma, teremos o mesmo arquivo ou pasta em to grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira.
mais de um lugar no computador. Sempre que algo for ser excluído, aparecerá uma mensa-
gem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele
-Recortar e Colar: Esse procedimento retira um arquivo item para a Lixeira, ou avisando que o que foi selecionado
ou pasta de um determinado lugar e o coloca em outro. É será permanentemente excluído. Outra forma de excluir
como se recortássemos uma figura de uma revista e a co- documentos ou pastas sem que eles fiquem armazenados
lássemos em um caderno. O que recortarmos ficará apenas na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.
em um lugar do computador. No Linux a forma mais tradicional para se manipular ar-
Os passos necessários para recortar e colar, são: quivos é com o comando chmod que altera as permissões
1º) Selecione o item desejado; de arquivos ou diretórios. É um comando para manipula-
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com ção de arquivos e diretórios que muda as permissões para
o esquerdo em “recortar”. Se preferir, pode usar as teclas acesso àqueles, por exemplo, um diretório que poderia ser
de atalho CTRL+X. Esses passos criarão uma cópia do ar- de escrita e leitura, pode passar a ser apenas leitura, impe-
quivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a dindo que seu conteúdo seja alterado.
cópia ainda não estará em nenhum lugar visível do sistema
operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde
deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em

8
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

- Autenticidade – especificidade que assegura que a


5 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: informação é proveniente da fonte anunciada e que não foi
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA. alvo de mutações ao longo de um processo.
- Irretratabilidade ou não repúdio – especificidade que
assegura a incapacidade de negar a autoria em relação a
uma transação feita anteriormente.
Segurança da informação: procedimentos de segurança
Mecanismos de segurança
A Segurança da Informação refere-se às proteções exis- O suporte para as orientações de segurança pode ser
tentes em relação às informações de uma determinada em- encontrado em:
presa, instituição governamental ou pessoa. Ou seja, aplica- Controles físicos: são barreiras que limitam o contato
-se tanto às informações corporativas quanto as pessoais. ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que as-
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo segura a existência da informação) que a suporta.
ou dado que tenha valor para alguma corporação ou pes- Controles lógicos: são bloqueios que impedem ou limi-
soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta tam o acesso à informação, que está em ambiente contro-
ao público para consulta ou aquisição. lado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo, ficaria
Antes de proteger, devemos saber: exibida a alteração não autorizada por elemento mal-in-
- O que proteger; tencionado.
- De quem proteger; Existem mecanismos de segurança que sustentam os
- Pontos frágeis; controles lógicos:
- Normas a serem seguidas.
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a
A Segurança da Informação se refere à proteção exis- modificação da informação de forma a torná-la ininteligível
tente sobre as informações de uma determinada empresa a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e
ou pessoa, isto é, aplica-se tanto às informações corporati- uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados
vas quanto aos pessoais. Entende-se por informação todo não criptografados, produzir uma sequência de dados crip-
conteúdo ou dado que tenha valor para alguma organiza- tografados. A operação contrária é a decifração.
ção ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito - Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra-
ou exibida ao público para consulta ou aquisição. fados, agregados a um documento do qual são função,
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não garantindo a integridade e autenticidade do documento
de ferramentas) para definir o nível de segurança que há e, associado, mas não ao resguardo das informações.
com isto, estabelecer as bases para análise de melhorias ou - Mecanismos de garantia da integridade da informa-
pioras de situações reais de segurança. A segurança de cer- ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga-
ta informação pode ser influenciada por fatores comporta- rantida a integridade através de comparação do resultado
mentais e de uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou do teste local com o divulgado pelo autor.
infraestrutura que a cerca ou por pessoas mal-intenciona- - Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave,
das que têm o objetivo de furtar, destruir ou modificar tal sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes.
informação. - Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um
A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availabi- documento.
lity) — Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade - Integridade: Medida em que um serviço/informação
— representa as principais características que, atualmen- é autêntico, ou seja, está protegido contra a entrada por
te, orientam a análise, o planejamento e a implementação intrusos.
da segurança para um certo grupo de informações que se - Honeypot: É uma ferramenta que tem a função de
almeja proteger. Outros fatores importantes são a irrevo- proposital de simular falhas de segurança de um sistema e
gabilidade e a autenticidade. Com a evolução do comércio obter informações sobre o invasor enganando-o, e fazen-
eletrônico e da sociedade da informação, a privacidade é do-o pensar que esteja de fato explorando uma fraqueza
também uma grande preocupação. daquele sistema. É uma espécie de armadilha para invaso-
Portanto as características básicas, de acordo com os pa- res. O HoneyPot não oferece forma alguma de proteção.
drões internacionais (ISO/IEC 17799:2005) são as seguintes: - Protocolos seguros: Uso de protocolos que garantem
- Confidencialidade – especificidade que limita o aces- um grau de segurança e usam alguns dos mecanismos citados.
so a informação somente às entidades autênticas, ou seja,
àquelas autorizadas pelo proprietário da informação. Mecanismos de encriptação
- Integridade – especificidade que assegura que a in- A criptografia vem, originalmente, da fusão entre duas
formação manipulada mantenha todas as características palavras gregas:
autênticas estabelecidas pelo proprietário da informação, • CRIPTO = ocultar, esconder.
incluindo controle de mudanças e garantia do seu ciclo de • GRAFIA= escrever
vida (nascimento, manutenção e destruição). Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou em có-
- Disponibilidade – especificidade que assegura que a digos. Ou seja, é um conjunto de técnicas que tornam uma
informação esteja sempre disponível para o uso legítimo, mensagem ininteligível, e permite apenas que o destinatá-
ou seja, por aqueles usuários que têm autorização pelo rio que saiba a chave de encriptação possa decriptar e ler a
proprietário da informação. mensagem com clareza.

9
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

Permitema transformação reversível dainformação de Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú-
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública
isso, algoritmos determinados e uma chave secreta para,a para codificar e a chave privada para decodificar, conside-
partir de um conjunto de dados não encriptados,produzir rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos
uma continuação de dados encriptados. A operação inver- utilizados, estão:
sa é a desencriptação. - RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos
de chave assimétrica mais usados, em que dois números
Existem dois tipos de chave: a chave pública e a chave primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por
privada. eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro
  valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco-
A chave pública é usada para codificar as informações, brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo
e a chave privada é usada para decodificar.   um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili-
Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas para zados, será praticamente impossível descobrir o código. A
‘abrir’ os dados da informação, que aparentemente não chave privada do RSA são os números que são multiplica-
tem sentido, é preciso da chave privada, que apenas o dos e a chave pública é o valor que será obtido.
emissor e receptor original possui. - ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um
  Hoje, a criptografia pode ser considerada um méto- problema matemático que o torna mais seguro. É muito
do 100% seguro, pois, quem a utiliza para enviar e-mails e usado em assinaturas digitais.
proteger seus arquivos, estará protegido contra fraudes e
tentativas de invasão. Segurança na internet; vírus de computadores; Spy-
Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’ são ware; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e
usados para expressar o tamanho da chave, ou seja, quanto Aplicativos para segurança (antivírus, firewall e antis-
mais bits forem utilizados, mais segura será essa criptogra- pyware)
fia.
Um exemplo disso é se um algoritmo usa um chave de Firewall é uma solução de segurança fundamentada
8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas para decodi- em hardware ou software (mais comum) que, a partir de
ficar essa informação, pois 2 elevado a 8 é igual a 256. As- um conjunto de regras ou instruções, analisa o tráfego de
sim, um terceiro pode tentar gerar 256 tentativas de com- rede para determinar quais operações de transmissão ou
binações e decodificar a mensagem, que mesmo sendo recepção de dados podem ser realizadas. “Parede de fogo”,
uma tarefa difícil, não é impossível. Portanto, quanto maior a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se
o número de bits, maior segurança terá a criptografia. enquadra em uma espécie de barreira de defesa. A sua mis-
são, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados
Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves indesejados e liberar acessos desejados.
simétricas e as chaves assimétricas Para melhor compreensão, imagine um firewall como
Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa- sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é neces-
da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos sário obedecer a determinadas regras, como se identificar,
que usam essa chave, estão: ser esperado por um morador e não portar qualquer ob-
- DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves jeto que possa trazer riscos à segurança; para sair, não se
de 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 qua- pode levar nada que pertença aos condôminos sem a de-
trilhões de combinações. Mesmo sendo um número ex- vida autorização.
tremamente elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo Neste sentido, um firewall pode impedir uma série de
através do método de ‘tentativa e erro’, em um desafio na ações maliciosas: um malware que utiliza determinada por-
internet. ta para se instalar em um computador sem o usuário saber,
- RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito um programa que envia dados sigilosos para a internet,
utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além uma tentativa de acesso à rede a partir de computadores
disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou- externos não autorizados, entre outros.
tras pelo tamanho das chaves. Você já sabe que um firewall atua como uma espécie
- EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um de barreira que verifica quais dados podem passar ou não.
dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra- Esta tarefa só pode ser feita mediante o estabelecimento
fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo usuário.
128bits, 192bits ou 256bits. Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser con-
- IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um figurado para bloquear todo e qualquer tráfego no com-
algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES. putador ou na rede. O problema é que esta condição isola
Seu ponto forte é a fácil execução de software. este computador ou esta rede, então pode-se criar uma
 As chaves simétricas não são absolutamente seguras regra para que, por exemplo, todo aplicativo aguarde au-
quando referem-se às informações extremamente valiosas, torização do usuário ou administrador para ter seu acesso
principalmente pelo emissor e o receptor precisarem ter o liberado. Esta autorização poderá inclusive ser permanente:
conhecimento da mesma chave. Dessa forma, a transmissão uma vez dada, os acessos seguintes serão automaticamen-
pode não ser segura e o conteúdo pode chegar a terceiros. te permitidos.

10
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

Em um modo mais versátil, um firewall pode ser confi- Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar
gurado para permitir automaticamente o tráfego de deter- pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabele-
minados tipos de dados, como requisições HTTP (veja mais cer regras que impeçam o acesso de determinados endere-
sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras, como ços externos, assim como que proíbam a comunicação entre
conexões a serviços de e-mail. computadores internos e determinados serviços remotos.
Perceba, como estes exemplos, que as políticas de Este controle amplo também possibilita o uso do proxy
um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princípios: para tarefas complementares: o equipamento pode regis-
todo tráfego é bloqueado, exceto o que está explicitamen- trar o tráfego de dados em um arquivo de log; conteú-
te autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o que está do muito utilizado pode ser guardado em uma espécie
explicitamente bloqueado. de cache (uma página Web muito acessada fica guardada
Firewalls mais avançados podem ir além, direcionando temporariamente no proxy, fazendo com que não seja ne-
determinado tipo de tráfego para sistemas de segurança in- cessário requisitá-la no endereço original a todo instante,
ternos mais específicos ou oferecendo um reforço extraem por exemplo); determinados recursos podem ser liberados
procedimentos de autenticação de usuários, por exemplo. apenas mediante autenticação do usuário; entre outros.
O trabalho de um firewall pode ser realizado de vá- A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja
rias formas. O que define uma metodologia ou outra são visto a enorme quantidade de serviços e protocolos exis-
fatores como critérios do desenvolvedor, necessidades es- tentes na internet, fazendo com que, dependendo das
pecíficas do que será protegido, características do sistema circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija
operacional que o mantém, estrutura da rede e assim por muito trabalho de configuração para bloquear ou autorizar
diante. É por isso que podemos encontrar mais de um tipo determinados acessos.
de firewall. A seguir, os mais conhecidos. Proxy transparente: No que diz respeito a limitações,
é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy
Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras transparente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige
soluções de firewall surgiram na década de 1980 basean- que determinadas configurações sejam feitas nas ferra-
do-se em filtragem de pacotes de dados (packetfiltering),
mentas que utilizam a rede (por exemplo, um navegador
uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada,
de internet) para que a comunicação aconteça sem erros.
embora ofereça um nível de segurança significativo.
O problema é, dependendo da aplicação, este trabalho de
Para compreender, é importante saber que cada pa-
ajuste pode ser inviável ou custoso.
cote possui um cabeçalho com diversas informações a seu
O proxy transparente surge como uma alternativa para
respeito, como endereço IP de origem, endereço IP do
estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede
destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Firewall
então analisa estas informações de acordo com as regras não precisam saber de sua existência, dispensando qualquer
estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja para sair configuração específica. Todo acesso é feito normalmen-
ou para entrar na máquina/rede), podendo também execu- te do cliente para a rede externa e vice-versa, mas o proxy
tar alguma tarefa relacionada, como registrar o acesso (ou transparente consegue interceptá-lo e responder adequa-
tentativa de) em um arquivo de log. damente, como se a comunicação, de fato, fosse direta.
O firewall de aplicação, também conhecido como É válido ressaltar que o proxy transparente também
proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «nor-
solução de segurança que atua como intermediário entre mal» é capaz de barrar uma atividade maliciosa, como um
um computador ou uma rede interna e outra rede, externa malware enviando dados de uma máquina para a internet;
normalmente, a internet. Geralmente instalados em servi- o proxy transparente, por sua vez, pode não bloquear este
dores potentes por precisarem lidar com um grande núme- tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comu-
ro de solicitações, firewalls deste tipo são opções interes- nicar externamente, o malware teria que ser configurado
santes de segurança porque não permitem a comunicação para usar o proxy “normal” e isso geralmente não acontece;
direta entre origem e destino. no proxy transparente não há esta limitação, portanto, o
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. acesso aconteceria normalmente.
Perceba que em vez de a rede interna se comunicar dire-
tamente com a internet, há um equipamento entre ambos Limitações dos firewalls
que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o Firewalls têm lá suas limitações, sendo que estas va-
proxy e a internet. Observe: riam conforme o tipo de solução e a arquitetura utiliza-
da. De fato, firewalls são recursos de segurança bastante
importantes, mas não são perfeitos em todos os sentidos,
seguem abaixo algumas dessas limitações:

- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas


comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um
computador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma
ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema;
- A verificação de políticas tem que ser revista pe-
riodicamente para não prejudicar o funcionamento de
Figura 93: Proxy novos serviços;

11
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

- Novos serviços ou protocolos podem não ser devida- Como novos vírus são criados de maneira quase cons-
mente tratados por proxies já implementados; tante, sempre é preciso manter atualizado o programa
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma ati- antivírus de maneira de que possa reconhecer as novas
vidade maliciosa que se origina e se destina à rede interna; versões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma execução durante todo tempo que o sistema informático
atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de ar-
- quando este acessa um site falso de um banco ao clicar quivos cada vez que o usuário exija. Normalmente, o an-
em um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo; tivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou ata- saída visitados.
cantes experientes podem tentar descobrir ou explorar Um antivírus pode ser complementado por outros apli-
brechas de segurança em soluções do tipo; cativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que cumprem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.
não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a Então, antivírus são os programas criados para manter
internet em seu computador a partir de uma conexão 3G seu computador seguro, protegendo-o de programas ma-
(justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o fire- liciosos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados
wall não conseguirá interferir. de seu computador.
Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre es-
colha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão
usando este mercado para enganar pessoas com falsos
softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu
6 APLICATIVOS PARA SEGURANÇA
computador vulnerável aos ataques.
(ANTIVÍRUS, FIREWALL E ANTISPYWARE). E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado
ao baixar programas de segurança em sites desconheci-
dos, e divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de
SISTEMA ANTIVÍRUS. informação.
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também to-
Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus, dos os arquivos que estão sendo ou e serão executados. Al-
spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca guns às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas vezes
precisou formatar seu computador? e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço consi-
Os vírus representam um dos maiores problemas para derável (que é sempre muito precioso) em seu disco. Outros,
usuários de computador. Para poder resolver esses proble- mais inteligentes, se escondem entre os espaços do progra-
mas, as principais desenvolvedoras de softwares criaram o ma original, para não dar a menor pista de sua existência.
principal utilitário para o computador, os antivírus, que são Cada vírus possui um critério para começar o ataque
programas com o propósito de detectar e eliminar vírus e propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apa-
outros programas prejudiciais antes ou depois de ingressar gados, o micro começa a travar, documentos que não são
no sistema. salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de progra- mensagens chatas, outros mais elaborados fazem estragos
mas de software que são implementados sem o consenti- muitos grandes.
mento (e inclusive conhecimento) do usuário ou proprie-
tário de um computador e que cumprem diversas funções Existe uma variedade enorme de softwares antivírus
nocivas para o sistema. Entre elas, o roubo e perda de da- no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o
dos, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e sempre atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos
propagação para outros computadores. os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles
Os antivírus são aplicações de software projetadas para proteger seu sistema operacional.
como medida de proteção e segurança para resguardar A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de
os dados e o funcionamento de sistemas informáticos ca- atualização automática. Abaixo há uma lista com os antiví-
seiros e empresariais de outras aplicações conhecidas co- rus mais conhecidos:
munmente como vírus ou malware que tem a função de Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br -
alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos Possui versão de teste.
computadores. McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui
Um programa de proteção de vírus tem um funcio- versão de teste.
namento comum que com frequência compara o código AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga
de cada arquivo que revisa com uma base de dados de e outra gratuita para uso não comercial (com menos fun-
códigos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode de- cionalidades).
terminar se trata de um elemento prejudicial para o sis- Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftwa-
tema. Também pode reconhecer um comportamento ou re.com.br - Possui versão de teste.
padrão de conduta típica de um vírus. Os antivírus podem É importante frisar que a maioria destes desenvolvedo-
registrar tanto os arquivos encontrados dentro do sistema res possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover ví-
como aqueles que procuram ingressar ou interagir com o rus específicos. Geralmente, tais softwares são criados para
mesmo. combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.

12
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

informações sobre eles. Para contaminar um computador,


os spywares podem vir embutidos em softwares desconhe-
cidos ou serem baixa- dos automaticamente quando o in-
ternauta visita sites de conteúdo duvidoso.
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem
vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos,
destinados a capturar tudo o que é digitado no teclado. O
objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram»
navegadores de Internet, principalmente o Internet Explo-
rer. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do
Figura 94: Principais antivírus do mercado atual browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagan-
das em pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferra-
Tipos de Vírus mentas no navegador e podem impedir acesso a determi-
Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” nados sites (como sites de software antivírus, por exemplo).
(Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem Os spywares e os keyloggers podem ser identificados
a invasão de um computador alheio com espantosa faci- por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pra-
lidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato gas são tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser
militar fabricado pelos gregos espartanos. Um “amigo” vir- preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No
tual presenteia o outro com um “presente de grego”, que caso de hijackers, muitas vezes é necessário usar uma ferra-
seria um aplicativo qualquer. Quando o leigo o executa, o menta desenvolvida especialmente para combater aquela
pro- grama atua de forma diferente do que era esperado. praga. Isso porque os hijackers podem se infiltrar no sis-
Ao contrário do que é erroneamente informado na mí- tema operacional de uma forma que nem antivírus nem
dia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não anti-spywares conseguem “pegar”.
se reproduz e não tem nenhuma comparação com vírus de
computador, sendo que seu objetivo é totalmente diver- Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de
so. Deve-se levar em consideração, também, que a maioria correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de
dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. computador. Uma mensagem no e-mail alerta para um
A expressão “Trojan” deve ser usada, exclusivamente, como novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na
definição para programas que capturam dados sem o co- rede e que infectará o micro do destinatário enquanto a
nhecimento do usuário. mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um em determinada tecla ou link. Quem cria a mensagem hoax
ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de rou- normalmente costuma dizer que a informação partiu de
uma empresa confiável, como IBM e Microsoft, e que tal
bar informações como passwords, logins e quaisquer dados,
vírus poderá danificar a máquina do usuário. Desconsidere
sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a
a mensagem.
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet,
poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas
imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com-
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas. 7 PROCEDIMENTOS DE BACKUP.

Worms (vermes) podem ser interpretados como um


tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal di-
Backup de arquivos
ferença entre eles está na forma de propagação: os worms
podem se propagar rapidamente para outros computado-
O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão aci-
res, seja pela Internet, seja por meio de uma rede local. Ge-
dentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados
ralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o
originais do disco rígido forem apagados ou substituídos
usuário só nota o problema quando o computador apresen-
acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um de-
ta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes
feito do disco rígido, você poderá restaurar facilmente os
é a gama de possibilidades de propagação. O worm pode
dados usando a cópia arquivada.
capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar
serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios ou
Tipos de Backup
qualquer outro meio que permita a contaminação de com-
putadores (normalmente milhares) em pouco tempo.
Fazer um backup é simples. Basta copiar os arquivos
que você usa para outro lugar e pronto, está feito o backup.
Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não se-
Mas e se eu alterar um arquivo? E se eu excluir acidental-
rem necessariamente vírus, estes três nomes também re-
mente um arquivo? E se o arquivo atual corrompeu? Bem,
presentam perigo. Spywares são programas que ficam«es-
é aí que a coisa começa a ficar mais legal. É nessa hora que
pionando» as atividades dos internautas ou capturam
entram as estratégias de backup.

13
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

Se você perguntar a alguém que não é familiarizado Os backups diferenciais, também só copia arquivos al-
com backups, a maioria pensará que um backup é somen- terados desde o último backup, mas existe uma diferen-
te uma cópia idêntica de todos os dados do computador. ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup
Em outras palavras, se um backup foi criado na noite de completo, importante mencionar que essa técnica ocasio-
terça-feira, e nada mudou no computador durante o dia na o aumento progressivo do tamanho do arquivo.
todo na quarta-feira, o backup criado na noite de quarta Os backups delta sempre armazena a diferença entre
seria idêntico àquele criado na terça. Apesar de ser possí- as versões correntes e anteriores dos arquivos, começan-
vel configurar backups desta maneira, é mais provável que do a partir de um backup completo e, a partir daí, a cada
você não o faça. Para entender mais sobre este assunto, novo backup são copiados somente os arquivos que foram
devemos primeiro entender os tipos diferentes de backup alterados enquanto são criados hardlinks para os arquivos
que podem ser criados. Estes são: que não foram alterados desde o último backup. Esta é a
• Backups completos; técnica utilizada pela Time Machine da Apple e por ferra-
mentas como o rsync.
• Backups incrementais;
• Backups diferenciais;
Mídias
• Backups delta;
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados
O backup completo é simplesmente fazer a cópia de removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de cus-
todos os arquivos para o diretório de destino (ou para os to baixo e uma capacidade razoavelmente boa de arma-
dispositivos de backup correspondentes), independente zenamento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens.
de versões anteriores ou de alterações nos arquivos des- Ela está sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita
de o último backup. Este tipo de backup é o tradicional é sequencial por natureza. Estes fatores significam que é
e a primeira ideia que vêm à mente das pessoas quando necessário manter o registro do uso das fitas (aposentá-las
pensam em backup: guardar TODAS as informações. Outra ao atingirem o fim de suas vidas úteis) e também que a
característica do backup completo é que ele é o ponto de procura por um arquivo específico nas fitas pode ser uma
início dos outros métodos citados abaixo. Todos usam este tarefa longa.
backup para assinalar as alterações que deverão ser salvas Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados
em cada um dos métodos. como um meio de backup. No entanto, os preços de ar-
Este tipo consiste no backup de todos os arquivos mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos,
para a mídia de backup. Conforme mencionado anterior- usar drives de disco para armazenamento de backup faz
mente, se os dados sendo copiados nunca mudam, cada sentido. A razão principal para usar drives de disco como
backup completo será igual aos outros. Esta similaridade um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de
ocorre devido ao fato que um backup completo não veri- armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode
fica se o arquivo foi alterado desde o último backup; copia ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen-
tudo indiscriminadamente para a mídia de backup, tendo tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co-
modificações ou não. Esta é a razão pela qual os backups piados é grande.
completos não são feitos o tempo todo Todos os arquivos O armazenamento deve ser sempre levado em conside-
seriam gravados na mídia de backup. Isto significa que uma ração, onde o administrador desses backups deve se preo-
grande parte da mídia de backup é usada mesmo que nada cupar em encontrar um equilíbrio que atenda adequada-
tenha sido alterado. Fazer backup de 100 gigabytes de da- mente às necessidades de todos, e também assegurar que
dos todas as noites quando talvez 10 gigabytes de dados os backups estejam disponíveis para a pior das situações.
Após todas as técnicas de backups estarem efetivadas
foram alterados não é uma boa prática; por este motivo os
deve-se garantir os testes para que com o passar do tempo
backups incrementais foram criados.
não fiquem ilegíveis.
Já os backups incrementais primeiro verificam se o
horário de alteração de um arquivo é mais recente que o Recomendações para proteger seus backups
horário de seu último backup, por exemplo, já atuei em
uma Instituição, onde todos os backups eram programa- Fazer backups é uma excelente prática de segurança
dos para a quarta-feira. básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você
A vantagem principal em usar backups incrementais esteja a salvo no dia em que precisar deles:
é que rodam mais rápido que os backups completos. A 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório,
principal desvantagem dos backups incrementais é que e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên-
para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces- dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e
sário procurar em um ou mais backups incrementais até valores importantes.
encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man-
completo, é necessário restaurar o último backup completo tenha em lugares separados.
e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten- 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é
tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos
backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira- (quase todos os programas de backup contam com essa
mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial. opção), assim você não desperdiça espaço útil.

14
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira 5) (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um com-
que sua informação fique criptografada o suficiente para putador com o sistema operacional Windows instalado, um
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é funcionário deseja enviar 50 arquivos, que juntos totalizam
importante para seus entes queridos, implemente alguma 2 MB de tamanho, anexos em um e-mail. Para facilitar o
forma para que eles possam saber a senha se você não envio, resolveu compactar esse conjunto de arquivos em
estiver presente. um único arquivo utilizando um software compactador. Só
não poderá ser utilizado nessa tarefa o software: 
EXERCÍCIOS a) 7-Zip.
b) WinZip.
1) (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE c) CuteFTP.
ADMINISTRATIVO) Um computador é um equipamento d) jZip.
capaz de processar com rapidez e segurança grande quan- e) WinRAR.
tidade de informações.
Assim, além dos componentes de hardware, os com- 6) (MPE-CE 2013 - FCC - Analista Ministerial - Direito)
putadores necessitam de um conjunto de softwares deno- Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em portu-
minado: guês, é correto afirmar que,
a. arquivo de dados. a) para mostrar tipos diferentes de informações sobre
b. blocos de disco. cada arquivo de uma janela, basta clicar no botão Classifi-
c. navegador de internet. car na barra de ferramentas da janela e escolher o modo de
d. processador de dados. exibição desejado.
e. sistemaoperacional. b) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele é
apagado permanentemente e não pode ser posteriormen-
2) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO – AD- te recuperado caso tenha sido excluído por engano.
MINISTRATIVA) As características básicas da segurança da c) para excluir um arquivo de um pen drive, basta clicar
informação — confidencialidade, integridade e disponibi- com o botão direito do mouse sobre ele e selecionar a op-
lidade — não são atributos exclusivos dos sistemas com- ção Enviar para a lixeira.
putacionais. d) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que
a. Certo estão no mesmo disco rígido, ele será compartilhado entre
b. Errado todos os usuários que possuem acesso a essas pastas.
e) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco
3) (TRE/CE 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – JU- rígido para uma mídia removível, como um pen drive, ele
RÍDICA) São ações para manter o computador protegido, será copiado.
EXCETO:
a. Evitar o uso de versões de sistemas operacionais 7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema
ultrapassadas, como Windows 95 ou 98. operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado a
b. Excluir spams recebidos e não comprar nada manipulação de arquivos é:
anunciado através desses spams. a) kill
c. Não utilizar firewall. b) cat
d. Evitar utilizar perfil de administrador, preferindo c) rm
sempre utilizar um perfil mais restrito. d) cp
e. Não clicar em links não solicitados, pois links es- e) ftp
tranhos muitas vezes são vírus.
8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu- - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de-
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos backup em uma aplicação móvel para, de tempos em tem-
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. pos, armazenar dados automaticamente. A classe da API de
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
o Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. a) BkpAgent;
c) permite que todas as pessoas possam ver o calen- b) BkpHelper;
dário de um usuário, mas somente aquelas com e-mail c) BackupManager;
Outlook.com podem agendar reuniões e responder a con- d) BackupOutputData;
vites. e) BackupDataStream.
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em telefones 9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará
com Android. - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma de
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas prevenir perda de informações. Qual é o Backup que só
do pacote de webmail Office 356 da Microsoft.] efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados pelo
usuário ou sistema?

15
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

a) Backup incremental 16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI-


b) Backup diferencial CA) Alguns programas do computador de Ana estão muito
c) Backup completo lentos e ela receia que haja um problema com o hardware
d) Backup Normal ou com a memória principal. Muitos de seus programas
e) Backup diário falham subitamente e o carregamento de arquivos gran-
des de imagens e vídeos está muito demorado. Além disso,
10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departamen-
to) Como é chamado o backup em que o sistema não é aparece, com frequência, mensagens indicando conflitos
interrompido para sua realização? em drivers de dispositivos. Como ela utiliza o Windows 7,
a) Backup Incremental. resolveu executar algumas funções de diagnóstico, que
b) Cold backup. poderão auxiliar a detectar as causas para os problemas e
c) Hot backup. sugerir as soluções adequadas.
d) Backup diferencial. Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
e) Backup normal hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:
a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) Um desempenho.
funcionário precisa conectar um projetor multimídia a um b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
computador. Qual é o padrão de conexão que ele deve usar?
conflitos do Windows.
a) RJ11
b) RGB c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
c) HDMI desempenho de hardware.
d) PS2 d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapea-
e) RJ45 mento de hardware do Windows.
e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnósti-
12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Admi- co de hardware do Windows.
nistração) Correspondem, respectivamente, aos elementos
placa de som, editor de texto, modem, editor de planilha e 17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
navegador de internet: CUÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório
de advocacia e utiliza um computador com o Windows 7
a) software, software, hardware, software e hardware.
b) hardware, software, software, software e hardware. Professional em português. Certo dia notou que o com-
c) hardware, software, hardware, hardware e software. putador em que trabalha parou de se comunicar com a
d) software, hardware, hardware, software e software. internet e com outros computadores ligados na rede local.
e) hardware, software, hardware, software e software. Após consultar um técnico, por telefone, foi informada que
sua placa de rede poderia estar com problemas e foi orien-
13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) tada a checar o funcionamento do adaptador de rede. Para
Um computador à venda em um sítio de comércio eletrô- isso, Beatriz entrou no Painel de Controle, clicou na opção
nico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa confi- Hardware e Sons e, no grupo Dispositivos e Impressoras,
guração indica que: selecionou a opção:
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz.
a) Central de redes e compartilhamento.
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB.
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB. b) Verificar status do computador.
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 c) Redes e conectividade.
portas USB. d) Gerenciador de dispositivos.
e) Exibir o status e as tarefas de rede.
14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada de 18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA)
um computador: No console do sistema operacional Linux, alguns coman-
dos permitem executar operações com arquivos e diretó-
a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner. rios do disco.
b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner. Os comandos utilizados para criar, acessar e remover
c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
um diretório vazio são, respectivamente,
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner. a) pwd, mv e rm.
b) md, ls e rm.
15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO- c) mkdir, cd e rmdir.
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e d) cdir, lsdir e erase.
Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema operacio- e) md, cd e rd.
nal Windows 8, há a possibilidade de integrar-se à denomi-
nada nuvem de computadores que fazem parte da Internet. 19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO
a)Certo - ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema
b)Errado operacional (ambientes Linux e Windows) e de redes de

16
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema opera- d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir
cional aberto, o Linux, comparativamente aos demais siste- do Microsoft Word 2010.
mas operacionais, proporciona maior facilidade de armaze- e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia
namento de dados em nuvem. Correspondências do Microsoft Excel 2010.
a) certo
b) errado 23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO
FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR
20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) Office, é possível modificar e criar estilos para utilização no
Acerca de organização e gerenciamento de informações, texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um
arquivos, pastas e programas, de segurança da informação determinado estilo, é INCORRETO afirmar que é possível
e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens alterar um valor para
subsequentes.1Um arquivo é organizado logicamente em a) recuo da primeira linha.
uma sequência de registros, que são mapeados em blocos b) recuo antes do texto.
de discos. Embora esses blocos tenham um tamanho fixo c) recuo antes do parágrafo.
determinado pelas propriedades físicas do disco e pelo sis- d) espaçamento acima do parágrafo.
tema operacional, o tamanho do registro pode variar. e) espaçamento abaixo do parágrafo.
a) certo
b) errado 24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para orde-
21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI- nar, por data, os registros inseridos na planilha, é suficiente
CO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados
editor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para e, na lista disponibilizada, clicar ordenar data.
produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digi- a) certo
tou um documento contendo 7 páginas de texto, porém, b) errado
precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para im-
25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA
primir apenas essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo,
ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-
na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou
-se o Microsoft Excel 2010 (em português).
a opção Imprimir Intervalo Personalizado. Em seguida, no
campo Páginas, digitou
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.

22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-


CUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento
financeiro de uma grande empresa de vendas no varejo
e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768
clientes inadimplentes uma carta com um texto padrão, na A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2)
qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 me-
em que deveria comparecer à empresa para negociar suas ses (célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula
dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes, C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que
João pesquisou recursos no Microsoft Office 2010, em por- deve ser digitada na célula E2 para calcular o montante que
tuguês, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos será pago é
clientes e as datas em que deveriam comparecer à empresa a) =(B2+B2)*C2*D2.
e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar b) =B2+B2*C2/D2.
os dados manualmente. Após imprimir todas as correspon- c) =B2*C2*D2.
dências, João desejava ainda imprimir, também de forma d) =B2*(1+(C2*D2)).
automática, um conjunto de etiquetas para colar nos en- e) =D2*(1+(B2*C2)).
velopes em que as correspondências seriam colocadas. Os
recursos do Microsoft Office 2010 que permitem atender 26)(MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTEN-
às necessidades de João são os recursos TE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte para
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos
na guia Correspondências do Microsoft Word 2010. da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrônica
b) de automatização de impressão de correspondên- e assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado
cias disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft Power- à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a
Point 2010. inserção de equações matemáticas e auxiliando na elabo-
c) de banco de dados disponíveis na guia Correspon- ração de gráficos de acordo com os dados presentes na
dências do Microsoft Word 2010. planilha. O Calc utiliza como padrão o formato:

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NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

a) XLS. 29) (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDI-


b) ODF. CIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org Apresentação
c) XLSX. (Impress), NÃO se trata de um espaço reservado que se
d) PDF. possa configurar a partir da janela Elementos mestres:
e) DOC. a) Número da página.
b) Texto do título.
27) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA c) Data/hora.
ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Se- d) Rodapé.
gurança no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários e) Cabeçalho.
presentes que disponibilizaria os slides referentes à pales-
tra na intranet da empresa para que todos pudessem ter 30) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNI-
acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload CO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Internet Explorer
do arquivo de slides criado no Microsoft PowerPoint 2010 9 é possível acessar a lista de sites visitados nos últimos
(em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo dias e até semanas, exceto aqueles visitados em modo
que o formato do arquivo era inválido e que deveria con- de navegação privada. Para abrir a opção que permite ter
verter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar acesso a essa lista, com o navegador aberto, clica-se na
o procedimento novamente. Para realizar a tarefa sugerida ferramenta cujo desenho é
pelo sistema, Iracema a) uma roda dentada, posicionada no canto superior
a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a direito da janela.
opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft b) uma casa, posicionada no canto superior direito da
Office 2010 e abriu o software Microsoft Office Converter janela.
Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na c) uma estrela, posicionada no canto superior direito
opção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecio- da janela.
nou o arquivo de slides e clicou no botão Converter. d) um cadeado, posicionado no canto inferior direito
b)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint da janela.
e) um globo, posicionado à esquerda da barra de en-
2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na
dereços.
opção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou
na caixa de combinação que permite definir o tipo do ar-
31) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
quivo e selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no bo-
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de compu-
tão Converter.
tadores, julgue os itens subsequentes. Lista de discussão é
c)abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando uma ferramenta de comunicação limitada a uma intranet,
os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão ao passo que grupo de discussão é uma ferramenta geren-
direito do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a ciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas a
opção Salvar como PDF. troca de mensagens via email entre todos os membros do
grupo.
d)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint a) Certo
2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, clicou na opção b) Errado
Salvar Como. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na
caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e 32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
selecionou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Salvar. CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na inter-
e)baixou da internet um software especializado em fa- net o protocolo_________ permite a transferência de men-
zer a conversão de arquivos do tipo PPTX para PDF, pois sagens eletrônicas dos servidores de _________para caixa
verificou que o PowerPoint 2010 não possui opção para postais nos computadores dos usuários. As lacunas se
fazer tal conversão. completam adequadamente com as seguintes expressões:
a) Ftp/ Ftp.
28) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRADOR) b) Pop3 / Correio Eletrônico.
Em um slide em branco de uma apresentação criada uti- c) Ping / Web.
lizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 (em português), d) navegador / Proxy.
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais e) Gif / de arquivos
importantes é clicando-se com o botão direito do mou-
se sobre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes 33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
nesse menu, estão as que permitem TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA-
a) copiar o slide e salvar o slide. TIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho usam
b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. o sistema operacional Windows XP e endereços IP fixos em
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação já suas configurações de conexão, um novo host foi instalado
existente. e, embora esteja normalmente conectado à rede, não con-
d) apresentar o slide em tela cheia e animar objetos segue acesso à internet distribuída nessa rede.
presentes no slide. Considerando que todas as outras estações da rede es-
e) mudar o layout do slide e a formatação do plano de tão acessando a internet sem dificuldades, um dos motivos
fundo do slide. que pode estar ocasionando esse problema no novo host é

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NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o c) são programas interpretados embutidos em docu-
domínio registrado na internet. mentos do MS Office que podem infectar outros docu-
b) a falta de registro da assinatura digital do host nas mentos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
opções da internet. d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprie- em sites com software pirata.
dades do Protocolo TCP/IP desse host. e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do legal, em um computador com acesso apenas a sites da
próprio host. Internet com boa reputação.
e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede
desse host está conectada. 39) (SABESP 2012 - FCC - ANALISTA DE GESTÃO I - SIS-
TEMAS)Sobre vírus, considere:
34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSISTEN- I. Para que um computador seja infectado por um ví-
TE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRATIVO) rus é preciso que um programa previamente infectado seja
Para conectar sua estação de trabalho a uma rede local de executado.
computadores controlada por um servidor de domínios, o II. Existem vírus que procuram permanecer ocultos,
usuário dessa rede deve informar uma senha e um[a] infectando arquivos do disco e executando uma série de
a) endereço de FTP válido para esse domínio. atividades sem o conhecimento do usuário.
b) endereço MAC de rede registrado na máquina cliente. III. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne vírus)
c) porta válida para a intranet desse domínio. sempre é capaz de se propagar automaticamente, sem a
d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio. ação do usuário.
e) certificação de navegação segura registrada na in- IV. Os vírus não embutem cópias de si mesmo em ou-
tranet. tros programas ou arquivos e não necessitam serem expli-
citamente executados para se propagarem.
Está correto o que se afirma em
35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA-
LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação
a) II, apenas.
a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma
b) I e II, apenas.
rede local (LAN — local area network) é caracterizada por
c) II e III, apenas.
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al-
d) I, II e III, apenas.
cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem
e) I, II, III e IV.
com taxas acima de 100 Mbps.
a) certo
b) errado 40) (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL - IN-
FORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica- a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado necessitam ser explicitamente executados.
digital revogado deve constar da lista de certificados re- b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir
vogados, publicada na página de Internet da autoridade as ações realizadas como consequência da execução do
certificadora que o emitiu. Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacionadas
a) Certo ao comportamento de um vírus.
b) Errado c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja execu-
tado para que ele se instale em um computador. Cavalos
37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - de Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados por
ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação, e-mail.
julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim d) Não instala programas no computador, pois seu úni-
denominado em virtude de diversas analogias poderem ser co objetivo não é obter o controle sobre o computador,
feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos. mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
a) Certo e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
b) Errado infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
automaticamente.
38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD-
MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa-
dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma- GABARITO
cros, que:
a) são programas binários executáveis que são baixa- 1-E/ 2-A/ 3- C/ 4- B/ 5-C/ 6-E / 7-A / 8-C / 9-A / 10-C/
dos de sites infectados na Internet. 11-C / 12-E / 13-A / 14-C / 15-A / 16-A / 17-D / 18-C /
b) podem infectar qualquer programa executável do 19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D/ 26-B/
computador, permitindo que eles possam apagar arquivos 27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C / 34-D/
e outras ações nocivas. 35-B / 36-A / 37- A / 38-C / 39-B / 40-E

19
NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

ANOTAÇÕES

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NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

ANOTAÇÕES

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NOÇÕES DE MICROINFORMÁTICA

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Código de Trânsito Brasileiro e atualizações: Lei n.º 9.503 de 23 de setembro de 1997 ............................................................ 01
Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito............................................................................................................................................. 45
Nº 432/2013 - Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fisca-
lização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência............................................. 45
No 607/2016 - Estabelece o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito – RENAEST e dá outras providên-
cias.................................................................................................................................................................................................................................. 47
No 711/2017 - Estabelece conteúdo mínimo do Manual Básico de Segurança no Trânsito..................................................... 48
Política Nacional de Trânsito ............................................................................................................................................................................... 49
DENATRAN responde Motociclistas ................................................................................................................................................................. 55
Tópicos das áreas de transporte, trânsito, mobilidade urbana e meio ambiente: infraestrutura, modos de transporte, o
custo do transporte e os problemas do trânsito e do transporte......................................................................................................... 56
Lei n.o 12.587, de 03 de janeiro de 2012........................................................................................................................................................ 60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
CAPÍTULO II
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO E DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
ATUALIZAÇÕES: LEI N.º 9.503 DE 23 DE Seção I
SETEMBRO DE 1997 Disposições Gerais

Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto


de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exer-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o cício das atividades de planejamento, administração, nor-
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: matização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos,
formação, habilitação e reciclagem de condutores, educa-
ção, engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
CAPÍTULO I
fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e apli-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
cação de penalidades.
Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terres- Trânsito:
tres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trân-
este Código. sito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defe-
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pes- sa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
soas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzi- cumprimento;
dos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamen- II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padro-
to e operação de carga ou descarga. nização de critérios técnicos, financeiros e administrativos
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de para a execução das atividades de trânsito;
todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sis- III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes
tema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das de informações entre os seus diversos órgãos e entidades,
respectivas competências, adotar as medidas destinadas a a fim de facilitar o processo decisório e a integração do
assegurar esse direito. Sistema.
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema
Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respecti- Seção II 
vas competências, objetivamente, por danos causados aos Da Composição e da Competência do Sistema Na-
cional de Trânsito
cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução
e manutenção de programas, projetos e serviços que ga-
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
rantam o exercício do direito do trânsito seguro. seguintes órgãos e entidades:
§ 4º (VETADO) I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coorde-
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes nador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o
ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saú- Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE,
de e do meio-ambiente. órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da
avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias es- V - a Polícia Rodoviária Federal;
peciais. VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Fe-
Parágrafo único.  Para os efeitos deste Código, são deral; e
consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios - JARI.
constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de Art. 7o-A.  A autoridade portuária ou a entidade con-
cessionária de porto organizado poderá celebrar convênios
estacionamento de estabelecimentos privados de uso cole-
com os órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência dos
tivo.(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o fim
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a específico de facilitar a autuação por descumprimento da
qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores legislação de trânsito. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele § 1o  O convênio valerá para toda a área física do porto
expressamente mencionadas. organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandega-
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os dos, nas estações de transbordo, nas instalações portuárias
efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. públicas de pequeno porte e nos respectivos estaciona-
mentos ou vias de trânsito internas. (Incluído pela Lei nº
12.058, de 2009)

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 2o  (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) III -  (VETADO)
§ 3o   (VETADO)(Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009) IV - criar Câmaras Temáticas;
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes
organizarão os respectivos órgãos e entidades executivos para o funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE;
de trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limi- VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;
tes circunscricionais de suas atuações. VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas
Art. 9º O Presidente da República designará o ministé- contidas neste Código e nas resoluções complementares;
rio ou órgão da Presidência responsável pela coordenação VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para
máxima do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará a aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o re-
vinculado o CONTRAN e subordinado o órgão máximo passe dos valores arrecadados; (Redação dada pela Lei nº
executivo de trânsito da União. 13.281, de 2016)(Vigência)
Art. 10.  O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com IX - responder às consultas que lhe forem formuladas,
sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão relativas à aplicação da legislação de trânsito;
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendiza-
máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte com-
gem, habilitação, expedição de documentos de conduto-
posição:(Redação dada pela Lei nº 12.865, de 2013)
res, e registro e licenciamento de veículos;
I -  (VETADO) XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos
II - (VETADO) de sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito;
III - um representante do Ministério da Ciência e Tec- XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões
nologia; das instâncias inferiores, na forma deste Código;
IV - um representante do Ministério da Educação e do XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre
Desporto; conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando ne-
V - um representante do Ministério do Exército; cessário, unificar as decisões administrativas; e
VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competên-
e da Amazônia Legal; cia de trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Dis-
VII - um representante do Ministério dos Transportes; trito Federal.
VIII -  (VETADO) XV - normatizar o processo de formação do candidato
IX -  (VETADO) à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabele-
X -  (VETADO) cendo seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária,
XI -  (VETADO) avaliações, exames, execução e fiscalização. (Incluído pela
XII -  (VETADO) Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
XIII -  (VETADO) Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vincu-
XIV - (VETADO) lados ao CONTRAN, são integradas por especialistas e têm
XV - (VETADO) como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamen-
XVI - (VETADO) to técnico sobre assuntos específicos para decisões daque-
XVII -  (VETADO) le colegiado.
XVIII -  (VETADO) § 1º Cada Câmara é constituída por especialistas re-
XIX -  (VETADO) presentantes de órgãos e entidades executivos da União,
XX - um representante do ministério ou órgão coorde- dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em
nador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; igual número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsi-
to, além de especialistas representantes dos diversos seg-
XXI -  (VETADO)
mentos da sociedade relacionados com o trânsito, todos
  XXII - um representante do Ministério da Saúde.(In-
indicados segundo regimento específico definido pelo
cluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
CONTRAN e designados pelo ministro ou dirigente coor-
XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça. denador máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) § 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no pa-
XXIV - 1 (um) representante do Ministério do Desen- rágrafo anterior, serão representados por pessoa jurídica
volvimento, Indústria e Comércio Exterior;(Incluído pela Lei e devem atender aos requisitos estabelecidos pelo CON-
nº 12.865, de 2013) TRAN.
XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de § 3º Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão
Transportes Terrestres (ANTT).(Incluído pela Lei nº 12.865, eleitos pelos respectivos membros.
de 2013) § 4º  (VETADO)
§ 1º (VETADO) I -  (VETADO)
§ 2º (VETADO) II -  (VETADO)
§ 3º (VETADO) III -  (VETADO)
Art. 11. (VETADO) IV - (VETADO)
Art. 12. Compete ao CONTRAN: Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito
I - estabelecer as normas regulamentares referidas nes- - CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
te Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; CONTRANDIFE:
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsi- I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
to, objetivando a integração de suas atividades; trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;

2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
II - elaborar normas no âmbito das respectivas com- Art. 18. (VETADO)
petências; Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trân-
III - responder a consultas relativas à aplicação da le- sito da União:
gislação e dos procedimentos normativos de trânsito; I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a
IV - estimular e orientar a execução de campanhas execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo CON-
educativas de trânsito; TRAN, no âmbito de suas atribuições;
V - julgar os recursos interpostos contra decisões: II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição
a) das JARI; dos órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da exe-
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos ca- cução da Política Nacional de Trânsito e do Programa Na-
sos de inaptidão permanente constatados nos exames de cional de Trânsito;
aptidão física, mental ou psicológica; III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais
VI - indicar um representante para compor a comissão de Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, obje-
examinadora de candidatos portadores de deficiência física tivando o combate à violência no trânsito, promovendo,
à habilitação para conduzir veículos automotores; coordenando e executando o controle de ações para a pre-
VII - (VETADO) servação do ordenamento e da segurança do trânsito;
VIII - acompanhar e coordenar as atividades de admi- IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de im-
nistração, educação, engenharia, fiscalização, policiamento probidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a administra-
ostensivo de trânsito, formação de condutores, registro e ção pública ou privada, referentes à segurança do trânsito;
licenciamento de veículos, articulando os órgãos do Siste- V - supervisionar a implantação de projetos e progra-
ma no Estado, reportando-se ao CONTRAN; mas relacionados com a engenharia, educação, administra-
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência ção, policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visan-
de trânsito no âmbito dos Municípios; e do à uniformidade de procedimento;
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem
exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333. e habilitação de condutores de veículos, a expedição de
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hi- documentos de condutores, de registro e licenciamento de
pótese de reavaliação dos exames, junta especial de saúde veículos;
para examinar os candidatos à habilitação para conduzir VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacio-
veículos automotores. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) nal de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licen-
Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julga- ciamento Anual mediante delegação aos órgãos executivos
dos pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa. dos Estados e do Distrito Federal;
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRAN- VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Cartei-
DIFE são nomeados pelos Governadores dos Estados e do ras de Habilitação - RENACH;
Distrito Federal, respectivamente, e deverão ter reconheci- IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos
da experiência em matéria de trânsito. Automotores - RENAVAM;
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são X - organizar a estatística geral de trânsito no território
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos de-
Federal, respectivamente. mais órgãos e promover sua divulgação;
§ 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE de- XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informa-
verão ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito. ções sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as es-
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do CON- tatísticas do trânsito;
TRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução. XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de segurança e à educação de trânsito;
trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas XIII - coordenar a administração do registro das infra-
de Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados respon- ções de trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas
sáveis pelo julgamento dos recursos interpostos contra pe- no prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do
nalidades por eles impostas. repasse de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, ob- Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
servado o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio admi- XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Na-
nistrativo e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual cional de Trânsito informações sobre registros de veículos
funcionem. e de condutores, mantendo o fluxo permanente de infor-
Art. 17. Compete às JARI: mações com os demais órgãos do Sistema;
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; XV - promover, em conjunto com os órgãos competen-
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trân- tes do Ministério da Educação e do Desporto, de acordo
sito e executivos rodoviários informações complementares com as diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a imple-
relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da mentação de programas de educação de trânsito nos esta-
situação recorrida; belecimentos de ensino;
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos
trânsito e executivos rodoviários informações sobre pro- para a educação de trânsito;
blemas observados nas autuações e apontados em recur- XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos so-
sos, e que se repitam sistematicamente. bre o trânsito;

3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e § 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito
aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração Federal e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente,
da sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito; mês a mês, os dados estatísticos para os fins previstos no
XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os inciso X.
manuais e normas de projetos de implementação da sina- § 4º  (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de
lização, dos dispositivos e equipamentos de trânsito apro- 2016) (Vigência)
vados pelo CONTRAN; Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbi-
XX – expedir a permissão internacional para conduzir to das rodovias e estradas federais:
veículo e o certificado de passagem nas alfândegas median- I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
te delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distri- trânsito, no âmbito de suas atribuições;
to Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
público federal;(Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016) operações relacionadas com a segurança pública, com o
XXI - promover a realização periódica de reuniões re- objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas,
gionais e congressos nacionais de trânsito, bem como pro- o patrimônio da União e o de terceiros;
por a representação do Brasil em congressos ou reuniões III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infra-
internacionais; ções de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e
XXII - propor acordos de cooperação com organismos os valores provenientes de estada e remoção de veículos,
internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações objetos, animais e escolta de veículos de cargas superdi-
inerentes à segurança e educação de trânsito; mensionadas ou perigosas;
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de
treinamento e especialização do pessoal encarregado da trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salva-
execução das atividades de engenharia, educação, policia- mento de vítimas;
mento ostensivo, fiscalização, operação e administração V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
de trânsito, propondo medidas que estimulem a pesquisa medidas de segurança relativas aos serviços de remoção
científica e o ensino técnico-profissional de interesse do de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
trânsito, e promovendo a sua realização; VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais,
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medi-
interestadual e internacional; das emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a in-
as normas e requisitos de segurança veicular para fabrica- terdição de construções e instalações não autorizadas;
ção e montagem de veículos, consoante sua destinação; VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando
código marca-modelo dos veículos para efeito de registro, medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao
emplacamento e licenciamento; órgão rodoviário federal;
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do VIII - implementar as medidas da Política Nacional de
CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo Segurança e Educação de Trânsito;
do Sistema Nacional de Trânsito; IX - promover e participar de projetos e programas de
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trân- educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabe-
sito e submetê-los, com proposta de solução, ao Ministé- lecidas pelo CONTRAN;
rio ou órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
Trânsito; Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensa-
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo ção de multas impostas na área de sua competência, com
e financeiro ao CONTRAN. vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à ce-
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infra- leridade das transferências de veículos e de prontuários de
ções de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de condutores de uma para outra unidade da Federação;
2016) (Vigência) XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiên- produzidos pelos veículos automotores ou pela sua car-
cia técnica ou administrativa ou a prática constante de atos ga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar
de improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
contra a administração pública, o órgão executivo de trân- ambientais.
sito da União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos ro-
diretamente ou por delegação, a execução total ou parcial doviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
das atividades do órgão executivo de trânsito estadual que Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
tenha motivado a investigação, até que as irregularidades I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
sejam sanadas. trânsito, no âmbito de suas atribuições;
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de trân- II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsi-
sito da União disporá sobre sua estrutura organizacional e to de veículos, de pedestres e de animais, e promover o
seu funcionamento. desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;

4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
III - implantar, manter e operar o sistema de sinaliza- V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar
ção, os dispositivos e os equipamentos de controle viário; as medidas administrativas cabíveis pelas infrações previs-
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os aciden- tas neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos in-
tes de trânsito e suas causas; cisos VI e VIII do art. 24, no exercício regular do Poder de
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policia- Polícia de Trânsito;
mento ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste
o policiamento ostensivo de trânsito; Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as e VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as
penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e multas que aplicar;
medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores VII - arrecadar valores provenientes de estada e remo-
e arrecadando as multas que aplicar; ção de veículos e objetos;
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remo- VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da
União a suspensão e a cassação do direito de dirigir e o
ção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
superdimensionadas ou perigosas;
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medi-
acidentes de trânsito e suas causas;
das administrativas cabíveis, relativas a infrações por exces-
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução
so de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como de atividades previstas na legislação de trânsito, na forma
notificar e arrecadar as multas que aplicar; estabelecida em norma do CONTRAN;
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. XI - implementar as medidas da Política Nacional de
95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
previstas; XII - promover e participar de projetos e programas de
X - implementar as medidas da Política Nacional de educação e segurança de trânsito de acordo com as dire-
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; trizes estabelecidas pelo CONTRAN;
XI - promover e participar de projetos e programas de XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Siste-
educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabe- ma Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e com-
lecidas pelo CONTRAN; pensação de multas impostas na área de sua competência,
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Siste- com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e
ma Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e com- à celeridade das transferências de veículos e de prontuários
pensação de multas impostas na área de sua competência, de condutores de uma para outra unidade da Federação;
com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de
à celeridade das transferências de veículos e de prontuários trânsito e executivos rodoviários municipais, os dados ca-
de condutores de uma para outra unidade da Federação; dastrais dos veículos registrados e dos condutores habilita-
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído dos, para fins de imposição e notificação de penalidades e
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de arrecadação de multas nas áreas de suas competências;
de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
às ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando produzidos pelos veículos automotores ou pela sua car-
solicitado; ga, de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a ambientais locais;
serem observados para a circulação desses veículos. XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema
Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do res-
Parágrafo único.  (VETADO)
pectivo CETRAN.
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de
Distrito Federal:
sua circunscrição:
I -  (VETADO)
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de II - (VETADO)
trânsito, no âmbito das respectivas atribuições; III - executar a fiscalização de trânsito, quando e con-
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de forma- forme convênio firmado, como agente do órgão ou entida-
ção, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condu- de executivos de trânsito ou executivos rodoviários, conco-
tores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permis- mitantemente com os demais agentes credenciados;
são para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, median- IV - (VETADO)
te delegação do órgão federal competente; V - (VETADO)
III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segu- VI - (VETADO)
rança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veí- VII -  (VETADO)
culos, expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Parágrafo único.  (VETADO)
Anual, mediante delegação do órgão federal competente; Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscri-
as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; ção:  (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
trânsito, no âmbito de suas atribuições; propulsão humana e de tração animal;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsi- XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema
to de veículos, de pedestres e de animais, e promover o Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do res-
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; pectivo CETRAN;
III - implantar, manter e operar o sistema de sinaliza- XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
ção, os dispositivos e os equipamentos de controle viário; produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga,
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio
os acidentes de trânsito e suas causas;
às ações específicas de órgão ambiental local, quando so-
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia
licitado;
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento os-
tensivo de trânsito; XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terres- especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
tres, edificações de uso público e edificações privadas de serem observados para a circulação desses veículos.
uso coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas § 1º As competências relativas a órgão ou entidade
cabíveis e as penalidades de advertência por escrito e mul- municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão
ta, por infrações de circulação, estacionamento e parada ou entidade executivos de trânsito.
previstas neste Código, no exercício regular do poder de § 2º Para exercer as competências estabelecidas nes-
polícia de trânsito, notificando os infratores e arrecadando te artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema
as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições no âm- Nacional de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste
bito de edificações privadas de uso coletivo, somente para Código.
infrações de uso de vagas reservadas em estacionamen- Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema
tos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando
VII - aplicar as penalidades de advertência por escri- as atividades previstas neste Código, com vistas à maior
to e multa, por infrações de circulação, estacionamento e eficiência e à segurança para os usuários da via.
parada previstas neste Código, notificando os infratores e Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito po-
arrecadando as multas que aplicar; derão prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medi-
monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
das administrativas cabíveis relativas a infrações por exces-
prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimen-
so de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como
notificar e arrecadar as multas que aplicar; to dos custos apropriados.
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art.
95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele CAPÍTULO III
previstas; DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
X - implantar, manter e operar sistema de estaciona-
mento rotativo pago nas vias; Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remo- I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo
ção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de
superdimensionadas ou perigosas; animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e ado- privadas;
tar medidas de segurança relativas aos serviços de remo- II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigo-
ção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível; so, atirando, depositando ou abandonando na via objetos
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Siste- ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
ma Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e com- Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas
pensação de multas impostas na área de sua competência, vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as
com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e boas condições de funcionamento dos equipamentos de
à celeridade das transferências de veículos e de prontuários
uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
dos condutores de uma para outra unidade da Federação;
combustível suficiente para chegar ao local de destino.
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter do-
XV - promover e participar de projetos e programas de mínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
educação e segurança de trânsito de acordo com as dire- indispensáveis à segurança do trânsito.
trizes estabelecidas pelo CONTRAN; Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres aber-
XVI - planejar e implantar medidas para redução da cir- tas à circulação obedecerá às seguintes normas:
culação de veículos e reorientação do tráfego, com o obje- I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admi-
tivo de diminuir a emissão global de poluentes; tindo-se as exceções devidamente sinalizadas;
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veí- II - o condutor deverá guardar distância de seguran-
culos de tração e propulsão humana e de tração animal, fis- ça lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem
calizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no
multas decorrentes de infrações;  (Redação dada pela Lei momento, a velocidade e as condições do local, da circula-
nº 13.154, de 2015) ção, do veículo e as condições climáticas;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cru- XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
zem, se aproximarem de local não sinalizado, terá prefe- a) indicar com antecedência a manobra pretendida,
rência de passagem: acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de ro- meio de gesto convencional de braço;
dovia, aquele que estiver circulando por ela; b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultra-
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando passa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de
por ela; segurança;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção
faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, ado-
destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de tando os cuidados necessários para não pôr em perigo ou
maior porte, quando não houver faixa especial a eles des- obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou;
tinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão
deslocamento dos veículos de maior velocidade;
preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos
normas de circulação.
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou
se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de
VI - os veículos precedidos de batedores terão prio- 2016) (Vigência)
ridade de passagem, respeitadas as demais normas de § 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alí-
circulação; neas  a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela
e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e opera- faixa da esquerda como pela da direita.
ção de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta
trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veí-
parada, quando em serviço de urgência e devidamente culos de maior porte serão sempre responsáveis pela segu-
identificados por dispositivos regulamentares de alarme rança dos menores, os motorizados pelos não motorizados
sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
as seguintes disposições: Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indi- segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá:
cando a proximidade dos veículos, todos os condutores I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslo-
deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, car-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
indo para a direita da via e parando, se necessário; II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veí- Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em
culo já tiver passado pelo local; fila, deverão manter distância suficiente entre si para per-
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de ilumi- mitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar
nação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da na fila com segurança.
efetiva prestação de serviço de urgência; Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapas-
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento sar um veículo de transporte coletivo que esteja parado,
deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos efetuando embarque ou desembarque de passageiros, de-
cuidados de segurança, obedecidas as demais normas des-
verá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada
te Código;
ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres.
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade
pública, quando em atendimento na via, gozam de livre Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em
parada e estacionamento no local da prestação de serviço, vias com duplo sentido de direção e pista única, nos tre-
desde que devidamente sinalizados, devendo estar identi- chos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas
ficados na forma estabelecida pelo CONTRAN; passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimen- de pedestres, exceto quando houver sinalização permitin-
to deverá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização do a ultrapassagem.
regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Có- Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condu-
digo, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver tor não poderá efetuar ultrapassagem.
sinalizando o propósito de entrar à esquerda; Art. 34. O condutor que queira executar uma mano-
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultra- bra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo
passagem, certificar-se de que: para os demais usuários da via que o seguem, precedem
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua dire-
uma manobra para ultrapassá-lo; ção e sua velocidade.
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que impli-
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; que um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa ex- seu propósito de forma clara e com a devida antecedência,
tensão suficiente para que sua manobra não ponha em pe- por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou
rigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; fazendo gesto convencional de braço.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de
a transposição de faixas, movimentos de conversão à direi- posição quando o veículo estiver parado para fins de em-
ta, à esquerda e retornos. barque ou desembarque de passageiros e carga ou descar-
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, proce- ga de mercadorias.
dente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo re-
aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando. gular de passageiros, quando circularem em faixas próprias
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-
à esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos -se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de
locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor
buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações:
deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar
pista com segurança.
acidentes;
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente ad-
outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: vertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapas-
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o má- sá-lo.
ximo possível do bordo direito da pista e executar sua ma- Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente
nobra no menor espaço possível; seu veículo, salvo por razões de segurança.
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá
máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, observar constantemente as condições físicas da via, do
quando houver, caso se trate de uma pista com circulação veículo e da carga, as condições meteorológicas e a inten-
nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de sidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de
uma pista de um só sentido. velocidade estabelecidos para a via, além de:
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos
direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres em circulação sem causa justificada, transitando a uma ve-
e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário locidade anormalmente reduzida;
pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu
preferência de passagem. veículo deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem
risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá
ser que haja perigo iminente;
ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio
III - indicar, de forma clara, com a antecedência ne-
de sinalização, quer pela existência de locais apropriados,
cessária e a sinalização devida, a manobra de redução de
ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de se- velocidade.
gurança e fluidez, observadas as características da via, do Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruza-
veículo, das condições meteorológicas e da movimentação mento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência
de pedestres e ciclistas. especial, transitando em velocidade moderada, de forma
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às se- que possa deter seu veículo com segurança para dar pas-
guintes determinações: sagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, uti- preferência.
lizando luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo
providos de iluminação pública e nas rodovias; (Redação lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma
dada pela Lei  nº 13.290, de 2016)(Vigência) interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imo-
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz bilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou im-
alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo; pedindo a passagem do trânsito transversal.
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização tem-
e por curto período de tempo, com o objetivo de advertir porária de um veículo no leito viário, em situação de emer-
outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a in- gência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de
tenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a
indicar a existência de risco à segurança para os veículos
parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para
que circulam no sentido contrário;
embarque ou desembarque de passageiros, desde que não
IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção
de posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou de pedestres.
cerração; Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição
situações: sobre a via e é considerada estacionamento.
a) em imobilizações ou situações de emergência; Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e
b) quando a regulamentação da via assim o determinar; nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento
acesa a luz de placa; e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções
devidamente sinalizadas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos pa- que não houver acostamento ou faixa própria a eles desti-
rados, estacionados ou em operação de carga ou descarga nada, proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido
deverão estar situados fora da pista de rolamento. e sobre as calçadas das vias urbanas.
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou
duas rodas será feito em posição perpendicular à guia da mais faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso
calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sina- exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão
lização que determine outra condição. circular pela faixa adjacente à da direita.
§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a
do condutor poderá ser feito somente nos locais previstos circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não hou-
neste Código ou naqueles regulamentados por sinalização ver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for
específica. possível a utilização destes, nos bordos da pista de rola-
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir mento, no mesmo sentido de circulação regulamentado
a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circuns-
para eles e para outros usuários da via. crição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicle-
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem tas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores,
ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor. desde que dotado o trecho com ciclofaixa.
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinaliza-
adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições do pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via,
de segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou enti- será permitida a circulação de bicicletas nos passeios.
dade com circunscrição sobre a via. Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios utilização, classificam-se em:
constituídos por unidades autônomas, a sinalização de I - vias urbanas:
regulamentação da via será implantada e mantida às ex- a) via de trânsito rápido;
pensas do condomínio, após aprovação dos projetos pelo
b) via arterial;
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
c) via coletora;
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzi-
d) via local;
dos pela direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio)
II - vias rurais:
ou acostamento, sempre que não houver faixa especial a
a) rodovias;
eles destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
b) estradas.
couber, às normas de circulação previstas neste Código e
às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será
circunscrição sobre a via. indicada por meio de sinalização, obedecidas suas caracte-
Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem rísticas técnicas e as condições de trânsito.
circular nas vias quando conduzidos por um guia, observa- § 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a
do o seguinte: velocidade máxima será de:
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deve- I - nas vias urbanas:
rão ser divididos em grupos de tamanho moderado e se- a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito
parados uns dos outros por espaços suficientes para não rápido:
obstruir o trânsito; b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
II - os animais que circularem pela pista de rolamento c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
deverão ser mantidos junto ao bordo da pista. d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e II - nas vias rurais:
ciclomotores só poderão circular nas vias: a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou nº 13.281, de 2016) (Vigência)
óculos protetores; 1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para
II - segurando o guidom com as duas mãos; automóveis, camionetas e motocicletas; (Redação dada
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
especificações do CONTRAN. 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e demais veículos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
ciclomotores só poderão ser transportados: 2016) (Vigência)
I - utilizando capacete de segurança; 3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assen- 2016) (Vigência)
to suplementar atrás do condutor; b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
especificações do CONTRAN. 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para auto-
Art. 56.  (VETADO) móveis, camionetas e motocicletas; (Incluído pela Lei nº
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela 13.281, de 2016) (Vigência)
direita da pista de rolamento, preferencialmente no centro 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os de-
da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre mais veículos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por § 7o  (Revogado).  (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
hora). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 2015)(Vigência)
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário  § 8o  (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vi-
com circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por gência)
meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores  Art 67-B.  VETADO).  (Incluído Lei nº 12.619, de
àquelas estabelecidas no parágrafo anterior. 2012) (Vigência)
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à Art. 67-C.   É vedado ao motorista profissional dirigir
metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos
condições operacionais de trânsito e da via. de transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de
Art. 63.  (VETADO) transporte rodoviário de cargas.  (Redação dada pela Lei nº
Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos de- 13.103, de 2015)(Vigência)
vem ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções § 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
regulamentadas pelo CONTRAN. so dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento
condutor e passageiros em todas as vias do território na- e o do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5
cional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN. (cinco) horas e meia contínuas no exercício da condução.
Art. 66.  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclu- § 1o-A.  Serão observados 30 (trinta) minutos para
sive seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão descanso a cada 4 (quatro) horas na condução de veícu-
ser realizadas mediante prévia permissão da autoridade de lo rodoviário de passageiros, sendo facultado o seu fra-
trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de: cionamento e o do tempo de direção.(Incluído pela Lei nº
I - autorização expressa da respectiva confederação 13.103, de 2015)(Vigência)
desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas; § 2o Em situações excepcionais de inobservância jus-
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos ma- tificada do tempo de direção, devidamente registradas, o
teriais à via; tempo de direção poderá ser elevado pelo período neces-
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em sário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem
favor de terceiros; a um lugar que ofereça a segurança e o atendimento de-
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos mandados, desde que não haja comprometimento da se-
custos operacionais em que o órgão ou entidade permis- gurança rodoviária.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
sionária incorrerá. (Vigência)
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre § 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24
a via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze)
contrato de seguro.  horas de descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas
no veículo e coincidir com os intervalos mencionados no §
CAPÍTULO III-A 1o, observadas no primeiro período 8 (oito) horas ininter-
 (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) ruptas de descanso.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
CAPÍTULO III-A (Vigência)
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS § 4o Entende-se como tempo de direção ou de con-
PROFISSIONAIS dução apenas o período em que o condutor estiver efeti-
vamente ao volante, em curso entre a origem e o destino.
Art. 67-A.  O disposto neste Capítulo aplica-se aos mo- (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
toristas profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de § 5o Entende-se como início de viagem a partida do
2015)(Vigência) veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga, consi-
 I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros;(In- derando-se como sua continuação as partidas nos dias
cluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) subsequentes até o destino.(Incluído pela Lei nº 13.103, de
II - de transporte rodoviário de cargas.  (Incluído pela 2015)(Vigência)
Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) § 6o O condutor somente iniciará uma viagem após o
§ 1o  (Revogado).  (Redação dada pela Lei nº 13.103, de cumprimento integral do intervalo de descanso previsto
2015)(Vigência) no § 3o deste artigo.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 2o  (Revogado).   (Redação dada pela Lei nº 13.103, de (Vigência)
2015)(Vigência) § 7o Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
§ 3o  (Revogado).   (Redação dada pela Lei nº 13.103, de passageiros, embarcador, consignatário de cargas, opera-
2015)(Vigência) dor de terminais de carga, operador de transporte multimo-
 § 4o  (Revogado).  (Redação dada pela Lei nº 13.103, de dal de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer mo-
2015)(Vigência) torista a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza
§ 5o  (Revogado).   (Redação dada pela Lei nº 13.103, de veículo referido no caput sem a observância do disposto no
2015)(Vigência) § 6o.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
§ 6o  (Revogado).   (Redação dada pela Lei nº 13.103, de  Art. 67-D.  (VETADO).  (Incluído Lei nº 12.619, de
2015)(Vigência) 2012) (Vigência)

10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 67-E.  O motorista profissional é responsável por Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre to-
controlar e registrar o tempo de condução estipulado no mará precauções de segurança, levando em conta, principal-
art. 67-C, com vistas à sua estrita observância.(Incluído pela mente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos,
Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas
§ 1o A não observância dos períodos de descanso es- sempre que estas existirem numa distância de até cinquenta
tabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional metros dele, observadas as seguintes disposições:
às penalidades daí decorrentes, previstas neste Código.(In- I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da
cluído pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
§ 2o O tempo de direção será controlado mediante re- II - para atravessar uma passagem sinalizada para pe-
gistrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, destres ou delimitada por marcas sobre a pista:
ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indica-
ou ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos ins- ções das luzes;
talados no veículo, conforme norma do Contran.(Incluído b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que
pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de
§ 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá veículos;
funcionar de forma independente de qualquer interferên- III - nas interseções e em suas proximidades, onde não
cia do condutor, quanto aos dados registrados.(Incluído existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar
pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência) a via na continuação da calçada, observadas as seguintes
§ 4o A guarda, a preservação e a exatidão das infor- normas:
mações contidas no equipamento registrador instantâneo a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar
inalterável de velocidade e de tempo são de responsabi- de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
lidade do condutor.(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedes-
(Vigência) tres não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou
parar sobre ela sem necessidade.
CAPÍTULO IV Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade
NÃO MOTORIZADOS de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica,
onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos pas- Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização
seios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos semafórica de controle de passagem será dada preferência
acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mes-
autoridade competente permitir a utilização de parte da mo em caso de mudança do semáforo liberando a passa-
calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao gem dos veículos.
fluxo de pedestres. Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de
equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, se-
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios gurança e sinalização.
ou quando não for possível a utilização destes, a circulação
de pedestres na pista de rolamento será feita com priorida- CAPÍTULO V
de sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, DO CIDADÃO
exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações
em que a segurança ficar comprometida. Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema
ou quando não for possível a utilização dele, a circulação Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação
de pedestres, na pista de rolamento, será feita com priori- de equipamentos de segurança, bem como sugerir altera-
dade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, ções em normas, legislação e outros assuntos pertinentes
em sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto a este Código.
em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Siste-
a segurança ficar comprometida. ma Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solici-
§ 4º (VETADO) tações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos,
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de sobre a possibilidade ou não de atendimento, esclarecen-
arte a serem construídas, deverá ser previsto passeio desti- do ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, in-
nado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas formando ao solicitante quando tal evento ocorrerá.
condições, usar o acostamento. Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem es-
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passa- clarecer quais as atribuições dos órgãos e entidades per-
gem para pedestres, o órgão ou entidade com circunscri- tencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proce-
ção sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e pro- der a tais solicitações.
teção para circulação de pedestres.

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
CAPÍTULO VI Parágrafo único. As campanhas terão caráter perma-
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO nente por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS,
sendo intensificadas nos períodos e na forma estabeleci-
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e dos no art. 76.
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Art. 77-A.  São assegurados aos órgãos ou entidades
Nacional de Trânsito. componentes do Sistema Nacional de Trânsito os meca-
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educa- nismos instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação
cional em cada órgão ou entidade componente do Sistema de mensagens educativas de trânsito em todo o território
Nacional de Trânsito. nacional, em caráter suplementar às campanhas previstas
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito nos arts. 75 e 77.  (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
deverão promover, dentro de sua estrutura organizacional Art. 77-B.  Toda peça publicitária destinada à divulga-
ou mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públi- ção ou promoção, nos meios de comunicação social, de
cas de Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo produto oriundo da indústria automobilística ou afim, in-
cluirá, obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito
CONTRAN.
a ser conjuntamente veiculada. (Incluído pela Lei nº 12.006,
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os te-
de 2009).
mas e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional § 1o  Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, conside-
que deverão ser promovidas por todos os órgãos ou en- ram-se produtos oriundos da indústria automobilística ou
tidades do Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos afins:(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
períodos referentes às férias escolares, feriados prolonga- I – os veículos rodoviários automotores de qualquer
dos e à Semana Nacional de Trânsito. espécie, incluídos os de passageiros e os de carga;  (Incluí-
§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de do pela Lei nº 12.006, de 2009).
Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbi- II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados
to de sua circunscrição e de acordo com as peculiarida- nos veículos mencionados no inciso I.(Incluído pela Lei nº
des locais. 12.006, de 2009).
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de ca- § 2o  O disposto no caput deste artigo aplica-se à pro-
ráter permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora paganda de natureza comercial, veiculada por iniciativa do
de sons e imagens explorados pelo poder público são obri- fabricante do produto, em qualquer das seguintes modali-
gados a difundi-las gratuitamente, com a frequência reco- dades:(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
mendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional I – rádio;  (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
de Trânsito. II – televisão;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na III – jornal;(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de IV – revista;  (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e en- V – outdoor.(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
tidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da § 3o  Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o
nas respectivas áreas de atuação. revendedor autorizado dos veículos e demais produtos dis-
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, criminados no § 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.006,
o Ministério da Educação e do Desporto, mediante pro- de 2009).
posta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Uni- Art. 77-C.  Quando se tratar de publicidade veiculada
em  outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou
versidades Brasileiras, diretamente ou mediante convênio,
fora da respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista
promoverá:
no art. 77-B estende-se à propaganda de qualquer tipo de
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um cur-
produto e anunciante, inclusive àquela de caráter institu-
rículo interdisciplinar com conteúdo programático sobre cional ou eleitoral.  (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
segurança de trânsito; Art. 77-D.  O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das
o trânsito nas escolas de formação para o magistério e o mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na
treinamento de professores e multiplicadores; respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao refere o art. 75.(Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009).
trânsito; Art. 77-E.  A veiculação de publicidade feita em de-
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de sacordo com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D
trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários constitui infração punível com as seguintes sanções:(Incluí-
de trânsito, com vistas à integração universidades-socieda- do pela Lei nº 12.006, de 2009).
de na área de trânsito. I – advertência por escrito;(Incluído pela Lei nº 12.006,
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá de 2009).
ao Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, II – suspensão, nos veículos de divulgação da publi-
estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a cidade, de qualquer outra propaganda do produto, pelo
serem seguidas nos primeiros socorros em caso de aciden- prazo de até 60 (sessenta) dias;(Incluído pela Lei nº 12.006,
te de trânsito. de 2009).

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer
reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), legendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à
cobrada do dobro até o quíntuplo em caso de reincidên- prévia aprovação do órgão ou entidade com circunscrição
cia. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) sobre a via.
§ 1o  As sanções serão aplicadas isolada ou cumulati- Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circuns-
vamente, conforme dispuser o regulamento. (Incluído pela crição sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata
Lei nº 12.006, de 2009). retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilida-
§ 2o  Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, de da sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus
qualquer infração acarretará a imediata suspensão da vei- para quem o tenha colocado.
culação da peça publicitária até que sejam cumpridas as
Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D.(Incluído pela Lei
trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedes-
nº 12.006, de 2009).
tres deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demar-
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do
cadas no leito da via.
Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por
Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, ofici-
intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão
programas destinados à prevenção de acidentes. nas, estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do to- ter suas entradas e saídas devidamente identificadas, na
tal dos valores arrecadados destinados à Previdência So- forma regulamentada pelo CONTRAN.
cial, do Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais   Art. 86-A.  As vagas de estacionamento regulamen-
causados por Veículos Automotores de Via Terrestre - DP- tado de que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei de-
VAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de verão ser sinalizadas com as respectivas placas indicativas
1974, serão repassados mensalmente ao Coordenador do de destinação e com placas informando os dados sobre a
Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em infração por estacionamento indevido. (Incluído pela Lei nº
programas de que trata este artigo. 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
poderão firmar convênio com os órgãos de educação da I - verticais;
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, II - horizontais;
objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas III - dispositivos de sinalização auxiliar;
neste capítulo. IV - luminosos;
V - sonoros;
CAPÍTULO VII VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entre-
gue após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo realização de obras ou de manutenção, enquanto não esti-
da via, sinalização prevista neste Código e em legislação ver devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de
complementar, destinada a condutores e pedestres, veda- forma a garantir as condições adequadas de segurança na
da a utilização de qualquer outra. circulação.
§ 1º A sinalização será colocada em posição e condi- Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras
ções que a tornem perfeitamente visível e legível durante o
deverá ser afixada sinalização específica e adequada.
dia e a noite, em distância compatível com a segurança do
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de preva-
trânsito, conforme normas e especificações do CONTRAN.
lência:
§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experi-
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
mental e por período prefixado, a utilização de sinalização
circulação e outros sinais;
não prevista neste Código.
§ 3º  A responsabilidade pela instalação da sinalização II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
nas vias internas pertencentes aos condomínios constituí- III - as indicações dos sinais sobre as demais normas
dos por unidades autônomas e nas vias e áreas de esta- de trânsito.
cionamento de estabelecimentos privados de uso coleti- Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste
vo é de seu proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de Código por inobservância à sinalização quando esta for in-
2016) (Vigência) suficiente ou incorreta.
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido co- § 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
locar luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário sobre a via é responsável pela implantação da sinalização,
que possam gerar confusão, interferir na visibilidade da si- respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta co-
nalização e comprometer a segurança do trânsito. locação.
Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito § 2º O CONTRAN editará normas complementares no
e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo que se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização.
de publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se
relacionem com a mensagem da sinalização.

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
CAPÍTULO VIII a) automotor;
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA b) elétrico;
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE c) de propulsão humana;
TRÂNSITO d) de tração animal;
e) reboque ou semi-reboque;
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regu- II - quanto à espécie:
lamentos a serem adotados em todo o território nacional a) de passageiros:
quando da implementação das soluções adotadas pela En- 1 - bicicleta;
genharia de Tráfego, assim como padrões a serem pratica-
2 - ciclomotor;
dos por todos os órgãos e entidades do Sistema Nacional
3 - motoneta;
de Trânsito.
Art. 92.  (VETADO) 4 - motocicleta;
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa trans- 5 - triciclo;
formar-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprova- 6 - quadriciclo;
do sem prévia anuência do órgão ou entidade com circuns- 7 - automóvel;
crição sobre a via e sem que do projeto conste área para 8 - microônibus;
estacionamento e indicação das vias de acesso adequadas. 9 - ônibus;
Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à se- 10 - bonde;
gurança de veículos e pedestres, tanto na via quanto na 11 - reboque ou semi-reboque;
calçada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e ime- 12 - charrete;
diatamente sinalizado. b) de carga:
Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações 1 - motoneta;
transversais e de sonorizadores como redutores de veloci- 2 - motocicleta;
dade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou en- 3 - triciclo;
tidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos 4 - quadriciclo;
pelo CONTRAN. 5 - caminhonete;
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar
6 - caminhão;
ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres,
7 - reboque ou semi-reboque;
ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem per-
missão prévia do órgão ou entidade de trânsito com cir- 8 - carroça;
cunscrição sobre a via. 9 - carro-de-mão;
§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela exe- c) misto:
cução ou manutenção da obra ou do evento. 1 - camioneta;
§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de 2 - utilitário;
trânsito com circunscrição sobre a via avisará a comuni- 3 - outros;
dade, por intermédio dos meios de comunicação social, d) de competição;
com quarenta e oito horas de antecedência, de qualquer e) de tração:
interdição da via, indicando-se os caminhos alternativos a 1 - caminhão-trator;
serem utilizados. 2 - trator de rodas;
§ 3º  O descumprimento do disposto neste artigo será 3 - trator de esteiras;
punido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e 4 - trator misto;
cinco centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito f) especial;
reais e dez centavos), independentemente das cominações g) de coleção;
cíveis e penais cabíveis, além de multa diária no mesmo III - quanto à categoria:
valor até a regularização da situação, a partir do prazo fi-
a) oficial;
nal concedido pela autoridade de trânsito, levando-se em
consideração a dimensão da obra ou do evento e o pre- b) de representação diplomática, de repartições consu-
juízo causado ao trânsito. (Redação pela Lei nº 13.281, de lares de carreira ou organismos internacionais acreditados
2016) (Vigência) junto ao Governo brasileiro;
§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservân- c) particular;
cia de qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 d) de aluguel;
e 94, a autoridade de trânsito aplicará multa diária na base e) de aprendizagem.
de cinquenta por cento do dia de vencimento ou remune- Art. 97. As características dos veículos, suas especifica-
ração devida enquanto permanecer a irregularidade. ções básicas, configuração e condições essenciais para re-
gistro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo
CAPÍTULO IX CONTRAN, em função de suas aplicações.
DOS VEÍCULOS Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá,
Seção I sem prévia autorização da autoridade competente, fazer
Disposições Gerais ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de
suas características de fábrica.
Art. 96. Os veículos classificam-se em: Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usa-
I - quanto à tração: dos que sofrerem alterações ou conversões são obrigados
a atender aos mesmos limites e exigências de emissão de

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
poluentes e ruído previstos pelos órgãos ambientais com- Seção II
petentes e pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora Da Segurança dos Veículos
das modificações e ao proprietário do veículo a responsa-
bilidade pelo cumprimento das exigências. Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres atendidos os requisitos e condições de segurança estabe-
o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites es- lecidos neste Código e em normas do CONTRAN.
tabelecidos pelo CONTRAN. § 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento os encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de
de pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM,
forma estabelecida pelo CONTRAN. nas condições estabelecidas pelo CONTRAN.
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de § 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos
peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veí- e a periodicidade para que os fabricantes, os importadores,
culos à superfície das vias, quando aferido por equipamen- os montadores e os encarroçadores comprovem o atendi-
to, na forma estabelecida pelo CONTRAN. mento aos requisitos de segurança veicular, devendo, para
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pe- isso, manter disponíveis a qualquer tempo os resultados
sagem de veículos serão aferidos de acordo com a meto- dos testes e ensaios dos sistemas e componentes abrangi-
dologia e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN, dos pela legislação de segurança veicular.
ouvido o órgão ou entidade de metrologia legal. Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condi-
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos ções de segurança, de controle de emissão de gases po-
poderá transitar com lotação de passageiros, com peso luentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que será
bruto total, ou com peso bruto total combinado com peso obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo
por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapas- CONTRAN para os itens de segurança e pelo CONAMA
sar a capacidade máxima de tração da unidade tratora. para emissão de gases poluentes e ruído.
  § 1º  Os veículos de transporte coletivo de passageiros § 1º  (VETADO)
poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela § 2º  (VETADO)
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 3º  (VETADO)
§ 2º  O Contran regulamentará o uso de pneus extra- § 4º  (VETADO)
largos para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, § 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção
de 2016) (Vigência) aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de
§ 3º  É permitida a fabricação de veículos de transporte emissão de gases poluentes e ruído.
de passageiros de até 15 m (quinze metros) de compri- § 6º  Estarão isentos da inspeção de que trata o caput,
mento na configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os
13.281, de 2016)(Vigência) veículos novos classificados na categoria particular, com ca-
Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utiliza- pacidade para até 7 (sete) passageiros, desde que mante-
do no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nham suas características originais de fábrica e não se envol-
nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CON- vam em acidente de trânsito com danos de média ou grande
TRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circuns- monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)(Vigência)
crição sobre a via, autorização especial de trânsito, com § 7º  Para os demais veículos novos, o período de que
prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas trata o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham
de segurança consideradas necessárias. suas características originais de fábrica e não se envolvam
§ 1º A autorização será concedida mediante reque- em acidente de trânsito com danos de média ou grande
rimento que especificará as características do veículo ou monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos,
horário do deslocamento inicial. entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da respon- I - cinto de segurança, conforme regulamentação es-
sabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combi- pecífica do CONTRAN, com exceção dos veículos destina-
nação de veículos causar à via ou a terceiros. dos ao transporte de passageiros em percursos em que
§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre cami- seja permitido viajar em pé;
nhões poderá ser concedida, pela autoridade com circuns- II - para os veículos de transporte e de condução es-
crição sobre a via, autorização especial de trânsito, com colar, os de transporte de passageiros com mais de dez lu-
prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança gares e os de carga com peso bruto total superior a quatro
consideradas necessárias. mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
equipado quando transitar, de modo a evitar o derrama- III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos
mento da carga sobre a via. automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mí- IV - (VETADO)
nimos e a forma de proteção das cargas de que trata este V - dispositivo destinado ao controle de emissão de
artigo, de acordo com a sua natureza. gases poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas
pelo CONTRAN.

15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor características para competição ou finalidade análoga só
do lado esquerdo. poderá circular nas vias públicas com licença especial da
VII - equipamento suplementar de retenção - air autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados.
bag frontal para o condutor e o passageiro do banco dian- Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:
teiro. (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009) I - (VETADO)
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares
obrigatórios dos veículos e determinará suas especifica- nos veículos em movimento, salvo nos que possuam espe-
ções técnicas. lhos retrovisores em ambos os lados.
§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamen-   III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não,
to ou acessório proibido, sendo o infrator sujeito às pena- painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer
lidades e medidas administrativas previstas neste Código. a segurança do veículo, na forma de regulamentação do
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
os encarroçadores de veículos e os revendedores devem Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de ca-
comercializar os seus veículos com os equipamentos obri- ráter publicitário ou qualquer outra que possa desviar a
gatórios definidos neste artigo, e com os demais estabele- atenção dos condutores em toda a extensão do pára-brisa
cidos pelo CONTRAN. e da traseira dos veículos, salvo se não colocar em risco a
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendi- segurança do trânsito.
mento do disposto neste artigo. Art. 112.  (Revogado pela Lei nº 9.792, de 1999)
   § 5o  A exigência estabelecida no inciso VII Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encar-
do caput deste artigo será progressivamente incorpora- roçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são res-
da aos novos projetos de automóveis e dos veículos deles ponsáveis civil e criminalmente por danos causados aos
derivados, fabricados, importados, montados ou encarro- usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de
çados, a partir do 1o (primeiro) ano após a definição pelo falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e
Contran das especificações técnicas pertinentes e do res- equipamentos utilizados na sua fabricação.
pectivo cronograma de implantação e a partir do 5o (quin-
Seção III
to) ano, após esta definição, para os demais automóveis
Da Identificação do Veículo
zero quilômetro de modelos ou projetos já existentes e veí-
culos deles derivados.(Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009)
Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente
   § 6o  A exigência estabelecida no inciso VII
por caracteres gravados no chassi ou no monobloco, re-
do caput deste artigo não se aplica aos veículos destinados
produzidos em outras partes, conforme dispuser o CON-
à exportação. (Incluído pela Lei nº 11.910, de 2009) TRAN.
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modi- § 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou mon-
ficação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição tador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as
de equipamento de segurança especificado pelo fabrican- suas características, além do ano de fabricação, que não
te, será exigido, para licenciamento e registro, certificado poderá ser alterado.
de segurança expedido por instituição técnica credenciada § 2º As regravações, quando necessárias, dependerão
por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme nor- de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito
ma elaborada pelo CONTRAN. e somente serão processadas por estabelecimento por ela
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao trans- credenciado, mediante a comprovação de propriedade do
porte individual ou coletivo de passageiros, deverão satis- veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive
fazer, além das exigências previstas neste Código, às condi- o ano de fabricação.
ções técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e con- § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permis-
forto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, são da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar
permitir ou conceder a exploração dessa atividade. que se faça, modificações da identificação de seu veículo.
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a Art. 115. O veículo será identificado externamente por
autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, meio de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em
a título precário, o transporte de passageiros em veículo sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos es-
de carga ou misto, desde que obedecidas as condições de tabelecidos pelo CONTRAN.
segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN. § 1º Os caracteres das placas serão individualizados
  Parágrafo único. A autorização citada no caput não para cada veículo e o acompanharão até a baixa do regis-
poderá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a au- tro, sendo vedado seu reaproveitamento.
toridade pública responsável deverá implantar o serviço § 2º As placas com as cores verde e amarela da Ban-
regular de transporte coletivo de passageiros, em confor- deira Nacional serão usadas somente pelos veículos de re-
midade com a legislação pertinente e com os dispositivos presentação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da
deste Código. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) República, dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara
Art. 109. O transporte de carga em veículos destina- dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do Supremo
dos ao transporte de passageiros só pode ser realizado de Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-
acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. -Geral da União e do Procurador-Geral da República.

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos CAPÍTULO X
Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembléias
Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos Art. 118. A circulação de veículo no território nacional,
Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo independentemente de sua origem, em trânsito entre o
chefe do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais Brasil e os países com os quais exista acordo ou tratado
das Forças Armadas terão placas especiais, de acordo com internacional, reger-se-á pelas disposições deste Código,
os modelos estabelecidos pelo CONTRAN. pelas convenções e acordos internacionais ratificados.
§ 4o Os aparelhos automotores destinados a puxar ou Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de con-
a arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trole de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a
trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos entrada e saída temporária ou definitiva de veículos.
ao registro na repartição competente, se transitarem em § 1º  Os veículos licenciados no exterior não poderão
via pública, dispensados o licenciamento e o emplacamen- sair do território nacional sem o prévio pagamento ou o
to. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) (Vide) depósito, judicial ou administrativo, dos valores correspon-
§ 4o-A.  Os tratores e demais aparelhos automotores dentes às infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimen-
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a to de danos que tiverem causado ao patrimônio público ou
executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transi- de particulares, independentemente da fase do processo
tar em via pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, administrativo ou judicial envolvendo a questão. (Incluído
em cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuá- pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ria e Abastecimento, acessível aos componentes do Siste-   § 2º  Os veículos que saírem do território nacional sem
ma Nacional de Trânsito.(Redação dada pela Lei nº 13.154, o cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormen-
de 2015) (Vide) te forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos no território nacional serão retidos até a regularização da
de uso bélico. situação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência)
§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados
CAPÍTULO XI
da placa dianteira.
DO REGISTRO DE VEÍCULOS
§ 7o  Excepcionalmente, mediante autorização específi-
ca e fundamentada das respectivas corregedorias e com a
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
devida comunicação aos órgãos de trânsito competentes,
reboque ou semi-reboque, deve ser registrado perante o
os veículos utilizados por membros do Poder Judiciário e
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fe-
do Ministério Público que exerçam competência ou atri-
deral, no Município de domicílio ou residência de seu pro-
buição criminal poderão temporariamente ter placas espe- prietário, na forma da lei.
ciais, de forma a impedir a identificação de seus usuários § 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e
específicos, na forma de regulamento a ser emitido, con- do Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais
juntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo de propriedade da administração direta, da União, dos Es-
Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo tados, do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer
Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.(Incluído pela um dos poderes, com indicação expressa, por pintura nas
Lei nº 12.694, de 2012) portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade
§ 8o Os veículos artesanais utilizados para trabalho em cujo nome o veículo será registrado, excetuando-se os
agrícola (jericos), para efeito do registro de que trata o § veículos de representação e os previstos no art. 116.
4o-A, ficam dispensados da exigência prevista no art. 106. § 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) de uso bélico.
§ 9º  As placas que possuírem tecnologia que permi- Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certifica-
ta a identificação do veículo ao qual estão atreladas são do de Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos
dispensadas da utilização do lacre previsto no caput, na e especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo
forma a ser regulamentada pelo Contran. (Incluído pela Lei as características e condições de invulnerabilidade à falsifi-
nº 13.281, de 2016) (Vigência) cação e à adulteração.
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro
Estados e do Distrito Federal, devidamente registrados de Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o ca-
e licenciados, somente quando estritamente usados em dastro do RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes
serviço reservado de caráter policial, poderão usar placas documentos:
particulares, obedecidos os critérios e limites estabelecidos I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor,
pela legislação que regulamenta o uso de veículo oficial. ou documento equivalente expedido por autoridade com-
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coleti- petente;
vos de passageiros deverão conter, em local facilmente vi- II - documento fornecido pelo Ministério das Rela-
sível, a inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total ções Exteriores, quando se tratar de veículo importado por
(PBT), do peso bruto total combinado (PBTC) ou capacida- membro de missões diplomáticas, de repartições consula-
de máxima de tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso res de carreira, de representações de organismos interna-
em desacordo com sua classificação. cionais e de seus integrantes.

17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certifi- III - pelo importador, no caso de veículo importado por
cado de Registro de Veículo quando: pessoa jurídica.
I - for transferida a propriedade; Parágrafo único. As informações recebidas pelo RE-
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou NAVAM serão repassadas ao órgão executivo de trânsito
residência; responsável pelo registro, devendo este comunicar ao RE-
III - for alterada qualquer característica do veículo; NAVAM, tão logo seja o veículo registrado.
IV - houver mudança de categoria. Art. 126.  O proprietário de veículo irrecuperável, ou
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o pra- destinado à desmontagem, deverá requerer a baixa do re-
zo para o proprietário adotar as providências necessárias gistro, no prazo e forma estabelecidos pelo Contran, ve-
à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro dada a remontagem do veículo sobre o mesmo chassi de
de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as forma a manter o registro anterior.  (Redação dada pela Lei
providências deverão ser imediatas. nº 12.977, de 2014)  (Vigência)
§ 2º No caso de transferência de domicílio ou residência Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo
é da companhia seguradora ou do adquirente do veículo
no mesmo Município, o proprietário comunicará o novo en-
destinado à desmontagem, quando estes sucederem ao
dereço num prazo de trinta dias e aguardará o novo licen-
proprietário.
ciamento para alterar o Certificado de Licenciamento Anual. Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só
§ 3º A expedição do novo certificado será comunicada efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadas-
ao órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao tro do RENAVAM.
RENAVAM. Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Re- ser esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
gistro de Veículo serão exigidos os seguintes documentos: Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Regis-
I - Certificado de Registro de Veículo anterior; tro de Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas
II - Certificado de Licenciamento Anual; de trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, indepen-
III - comprovante de transferência de propriedade, dentemente da responsabilidade pelas infrações cometi-
quando for o caso, conforme modelo e normas estabeleci- das.
das pelo CONTRAN; Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de propulsão humana e dos veículos de tração animal obe-
poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração decerão à regulamentação estabelecida em legislação mu-
de características do veículo; nicipal do domicílio ou residência de seus proprietários.
V - comprovante de procedência e justificativa da pro- (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015)
priedade dos componentes e agregados adaptados ou Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos
montados no veículo, quando houver alteração das carac- automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
terísticas originais de fábrica; agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado,
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, sem ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
no caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, tecimento, diretamente ou mediante convênio. (Incluído
de repartições consulares de carreira, de representações de pela Lei nº 13.154, de 2015)
organismos internacionais e de seus integrantes;
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, CAPÍTULO XII
expedida no Município do registro anterior, que poderá ser DO LICENCIAMENTO
substituída por informação do RENAVAM;
Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado,
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a
reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser
tributos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veí-
licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
culo, independentemente da responsabilidade pelas infra- Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o
ções cometidas; veículo.
IX -(Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998) § 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de
X - comprovante relativo ao cumprimento do dispos- uso bélico.
to no art. 98, quando houver alteração nas características § 2º No caso de transferência de residência ou domicílio,
originais do veículo que afetem a emissão de poluentes e é válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
ruído; Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será ex-
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e pedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de
de poluentes e ruído, quando for o caso, conforme regula- Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo
mentações do CONTRAN e do CONAMA. CONTRAN.
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, § 1º O primeiro licenciamento será feito simultanea-
os agregados e as características originais do veículo deve- mente ao registro.
rão ser prestadas ao RENAVAM: § 2º O veículo somente será considerado licenciado estan-
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comerciali- do quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas
zação, no caso de veículo nacional; de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, independen-
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo impor- temente da responsabilidade pelas infrações cometidas.
tado por pessoa física; § 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá com-

18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
provar sua aprovação nas inspeções de segurança veicular VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
e de controle de emissões de gases poluentes e de ruído, VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios es-
conforme disposto no art. 104. tabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licen- Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior
ciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local vi-
durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino. sível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos condução de escolares em número superior à capacidade
veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega estabelecida pelo fabricante.
ou entreposto alfandegário e o Município de destino.(Re- Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução
numerado do parágrafo único pela Lei nº 13.103, de 2015) de escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
(Vigência) I - ter idade superior a vinte e um anos;
§ 2o (Revogado pela Lei nº 13.154, de 2015) II - ser habilitado na categoria D;
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licen- III -  (VETADO)
ciamento Anual. IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou gra-
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no víssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido doze últimos meses;
sistema informatizado para verificar se o veículo está licen- V - ser aprovado em curso especializado, nos termos
ciado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência) da regulamentação do CONTRAN.
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a com-
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo petência municipal de aplicar as exigências previstas em
de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, seus regulamentos, para o transporte de escolares.
cópia autenticada do comprovante de transferência de
propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de CAPÍTULO XIII-A
ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
impostas e suas reincidências até a data da comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Parágrafo único. O comprovante de transferência de
propriedade de que trata o caput poderá ser substituído Art. 139-A.  As motocicletas e motonetas destinadas
por documento eletrônico, na forma regulamentada pelo ao transporte remunerado de mercadorias – moto-frete –
Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) somente poderão circular nas vias com autorização emitida
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao trans- pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados
porte individual ou coletivo de passageiros de linhas re- e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:(Incluído pela
gulares ou empregados em qualquer serviço remunerado, Lei nº 12.009, de 2009)
para registro, licenciamento e respectivo emplacamento de I – registro como veículo da categoria de aluguel;(In-
característica comercial, deverão estar devidamente autori- cluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
zados pelo poder público concedente. II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fi-
xado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e
CAPÍTULO XIII a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos
DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito –
Contran;(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à con- III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas,
dução coletiva de escolares somente poderão circular nas nos termos de regulamentação do Contran;(Incluído pela
vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade exe- Lei nº 12.009, de 2009)
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exi- IV – inspeção semestral para verificação dos equipa-
gindo-se, para tanto: mentos obrigatórios e de segurança.(Incluído pela Lei nº
I - registro como veículo de passageiros; 12.009, de 2009)
II - inspeção semestral para verificação dos equipa- § 1o  A instalação ou incorporação de dispositivos para
mentos obrigatórios e de segurança; transporte de cargas deve estar de acordo com a regula-
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com mentação do Contran.(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a § 2o  É proibido o transporte de combustíveis, produtos
extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata
dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões
de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indica- contendo água mineral, desde que com o auxílio de side-
das devem ser invertidas; -car, nos termos de regulamentação do Contran.(Incluído
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável pela Lei nº 12.009, de 2009)
de velocidade e tempo; Art. 139-B.  O disposto neste Capítulo não exclui a
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispos- competência municipal ou estadual de aplicar as exigên-
tas nas extremidades da parte superior dianteira e lanter- cias previstas em seus regulamentos para as atividades de
nas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da moto-frete no âmbito de suas circunscrições. (Incluído pela
parte traseira; Lei nº 12.009, de 2009)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
CAPÍTULO XIV Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator
DA HABILITAÇÃO misto ou o equipamento automotor destinado à movimen-
tação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de ter-
Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor raplenagem, de construção ou de pavimentação só podem
e elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas
realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado categorias C, D ou E.
ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência do can- Parágrafo único.  O trator de roda e os equipamentos
didato, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, automotores destinados a executar trabalhos agrícolas po-
devendo o condutor preencher os seguintes requisitos: derão ser conduzidos em via pública também por condutor
I - ser penalmente imputável; habilitado na categoria B.(Redação dada pela Lei nº 13.097,
II - saber ler e escrever; de 2015)
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para
Parágrafo único. As informações do candidato à habili-
conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
tação serão cadastradas no RENACH.
escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candi-
Art. 141. O processo de habilitação, as normas relati-
dato deverá preencher os seguintes requisitos:
vas à aprendizagem para conduzir veículos automotores e
I - ser maior de vinte e um anos;
elétricos e à autorização para conduzir ciclomotores serão
regulamentados pelo CONTRAN. II - estar habilitado:
§ 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no míni-
humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios. mo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-
§ 2º  (VETADO) -se na categoria D; e
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pre-
outro país está subordinado às condições estabelecidas tender habilitar-se na categoria E;
em convenções e acordos internacionais e às normas do III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gra-
CONTRAN. víssima ou ser reincidente em infrações médias durante os
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas cate- últimos doze meses;
gorias de A a E, obedecida a seguinte gradação: IV - ser aprovado em curso especializado e em curso
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de de treinamento de prática veicular em situação de risco,
duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; nos termos da normatização do CONTRAN.
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não Parágrafo único.  A participação em curso especia-
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exce- lizado previsto no inciso IV independe da observância
da a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não do disposto no inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de
exceda a oito lugares, excluído o do motorista; 2012) (Vigência)
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utili- § 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
zado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda Art. 145-A.  Além do disposto no art. 145, para conduzir
a três mil e quinhentos quilogramas; ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado uti- especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5
lizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a (cinco) anos, nos termos da normatização do Contran.  (In-
oito lugares, excluído o do motorista; cluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
  V - Categoria E - condutor de combinação de veícu- Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o
los em que a unidade tratora se enquadre nas categorias condutor deverá realizar exames complementares exigidos
B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirrebo-
para habilitação na categoria pretendida.
que, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogra-
Art. 147. O candidato à habilitação deverá submeter-se
mas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a
a exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na
8 (oito) lugares.(Redação dada pela Lei nº 12.452, de 2011)
seguinte ordem:
§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá
estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter I - de aptidão física e mental;
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser rein- II -  (VETADO)
cidente em infrações médias, durante os últimos doze meses. III - escrito, sobre legislação de trânsito;
§ 2o  São os condutores da categoria B autorizados a IV - de noções de primeiros socorros, conforme regu-
conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, defi- lamentação do CONTRAN;
nida nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não V - de direção veicular, realizado na via pública, em
exceda a 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação veículo da categoria para a qual estiver habilitando-se.
não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista.  (In- § 1º  Os resultados dos exames e a identificação dos
cluído pela Lei nº 12.452, de 2011) respectivos examinadores serão registrados no RENA-
§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da CH.  (Renumerado do parágrafo único, pela Lei nº 9.602,
combinação de veículos com mais de uma unidade tracio- de 1998)
nada, independentemente da capacidade de tração ou do
peso bruto total.(Renumerado pela Lei nº 12.452, de 2011)

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
  § 2º O exame de aptidão física e mental será prelimi- pelo Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente,
nar e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para da prestação do exame de aptidão física e mental.(Incluído
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, pela Lei nº 9.602, de 1998)
no local de residência ou domicílio do examinado. (Incluído Art. 148-A.  Os condutores das categorias C, D e E de-
pela Lei nº 9.602, de 1998) verão submeter-se a exames toxicológicos para a habilita-
§ 3o O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psi- ção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação.  (In-
cológica preliminar e complementar sempre que a ele se cluído pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência)
submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao § 1o  O exame de que trata este artigo buscará aferir
veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candi- o consumo de substâncias psicoativas que, comprovada-
datos apenas no exame referente à primeira habilitação. mente, comprometam a capacidade de direção e deverá
ter janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos
(Redação dada pela Lei nº 10.350, de 2001)
termos das normas do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103,
  § 4º Quando houver indícios de deficiência física,
de 2015)  (Vigência)
mental, ou de progressividade de doença que possa dimi-
§ 2o  Os condutores das categorias C, D e E com Cartei-
nuir a capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto
ra Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos
no § 2º poderá ser diminuído por proposta do perito exa- deverão fazer o exame previsto no § 1o no prazo de 2 (dois)
minador. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) anos e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto
§ 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao no caput.   (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência)
veículo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacio- § 3o  Os condutores das categorias C, D e E com Car-
nal de Habilitação, conforme especificações do Conselho teira Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos
Nacional de Trânsito – Contran.(Incluído pela Lei nº 10.350, deverão fazer o exame previsto no § 1o no prazo de 1 (um)
de 2001) ano e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto
  Art. 147-A.  Ao candidato com deficiência auditiva é no caput. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência)
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante em- § 4o  É garantido o direito de contraprova e de recurso
prego de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em administrativo no caso de resultado positivo para o exa-
todas as etapas do processo de habilitação.   (Incluído pela me de que trata o caput, nos termos das normas do Con-
Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência) tran.   (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência)
§ 1o  O material didático audiovisual utilizado em aulas § 5o  A reprovação no exame previsto neste artigo terá
teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no como consequência a suspensão do direito de dirigir pelo
art. 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitu- período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento
lação com legenda oculta associada à tradução simultânea da suspensão ao resultado negativo em novo exame, e ve-
em Libras. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência) dada a aplicação de outras penalidades, ainda que acessó-
§ 2o  É assegurado também ao candidato com deficiên- rias.  (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência)
cia auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de § 6o  O resultado do exame somente será divulgado
intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas prá- para o interessado e não poderá ser utilizado para fins es-
ticas e teóricas. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vi- tranhos ao disposto neste artigo ou no § 6o do art. 168
gência) da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de dire- Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.  (Incluído pela
Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência)
ção veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas
§ 7o  O exame será realizado, em regime de livre con-
ou privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito
corrência, pelos laboratórios credenciados pelo Departa-
dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com as nor-
mento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos termos das
mas estabelecidas pelo CONTRAN.
normas do Contran, vedado aos entes públicos:  (Incluído
§ 1º A formação de condutores deverá incluir, obri- pela Lei nº 13.103, de 2015)(Vigência)
gatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº
básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com 13.103, de 2015)  (Vigência)
o trânsito. II - limitar o número de empresas ou o número de lo-
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão cais em que a atividade pode ser exercida; e   (Incluído pela
para Dirigir, com validade de um ano. Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida III - estabelecer regras de exclusividade territorial.   (In-
ao condutor no término de um ano, desde que o mesmo cluído pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência)
não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave Art. 149.  (VETADO)
ou gravíssima ou seja reincidente em infração média. Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo
§ 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilita- anterior, o condutor que não tenha curso de direção de-
ção, tendo em vista a incapacidade de atendimento do dis- fensiva e primeiros socorros deverá a eles ser submetido,
posto no parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar conforme normatização do CONTRAN.
todo o processo de habilitação. Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores
  § 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN po- contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada
derá dispensar os tripulantes de aeronaves que apresenta- a fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e
rem o cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou outros conforme normatização do CONTRAN.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito so- Art. 157.  (VETADO)
bre legislação de trânsito ou de direção veicular, o candida- Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:(Vide
to só poderá repetir o exame depois de decorridos quinze Lei nº 12.217, de 2010) Vigência
dias da divulgação do resultado. I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo ór-
Art. 152.  O exame de direção veicular será realizado gão executivo de trânsito;
perante comissão integrada por 3 (três) membros desig- II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.  
nados pelo dirigente do órgão executivo local de trânsi- § 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utili-
to. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) zado na aprendizagem poderá conduzir apenas mais um
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo
acompanhante.  (Renumerado do parágrafo único pela Lei
menos um membro deverá ser habilitado na categoria
nº 12.217, de 2010).
igual ou superior à pretendida pelo candidato.
§ 2o  Parte da aprendizagem será obrigatoriamente rea-
§ 2º  Os militares das Forças Armadas e os policiais e
bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos lizada durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a
Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de for- carga horária mínima correspondente.(Incluído pela Lei nº
mação de condutor ministrado em suas corporações serão 12.217, de 2010).
dispensados, para a concessão do documento de habilita- Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida
ção, dos exames aos quais se houverem submetido com em modelo único e de acordo com as especificações do
aprovação naquele curso, desde que neles sejam observa- CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste
das as normas estabelecidas pelo Contran. (Redação dada Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condu-
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) tor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade
§ 3º  O militar, o policial ou o bombeiro militar interes- em todo o território nacional.
sado na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu reque- § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou
rimento com ofício do comandante, chefe ou diretor da da Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor es-
unidade administrativa onde prestar serviço, do qual cons- tiver à direção do veículo.
tarão o número do registro de identificação, naturalidade, § 2º  (VETADO)
nome, filiação, idade e categoria em que se habilitou a con- § 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Ha-
duzir, acompanhado de cópia das atas dos exames presta- bilitação será regulamentada pelo CONTRAN.
dos.(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 4º  (VETADO)
§ 4º  (VETADO)
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuá-
para Dirigir somente terão validade para a condução de
rio a identificação de seus instrutores e examinadores, que
serão passíveis de punição conforme regulamentação a ser veículo quando apresentada em original.
estabelecida pelo CONTRAN. § 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instru- expedida e a da autoridade expedidora serão registradas
tores e examinadores serão de advertência, suspensão e no RENACH.
cancelamento da autorização para o exercício da atividade, § 7º A cada condutor corresponderá um único registro
conforme a falta cometida. no RENACH, agregando-se neste todas as informações.
Art. 154. Os veículos destinados à formação de condu- § 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de
tores serão identificados por uma faixa amarela, de vinte Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será
centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à realizada após quitação de débitos constantes do prontuá-
meia altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. rio do condutor.
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado § 9º  (VETADO)
para aprendizagem, quando autorizado para servir a esse   § 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação
fim, deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia está condicionada ao prazo de vigência do exame de ap-
altura, faixa branca removível, de vinte centímetros de lar- tidão física e mental.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
gura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. § 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na
Art. 155. A formação de condutor de veículo automo-
vigência do Código anterior, será substituída por ocasião
tor e elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo
do vencimento do prazo para revalidação do exame de ap-
órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Fe-
tidão física e mental, ressalvados os casos especiais previs-
deral, pertencente ou não à entidade credenciada.
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autoriza- tos nesta Lei.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
ção para aprendizagem, de acordo com a regulamentação Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito
do CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão fí- deverá ser submetido a novos exames para que possa vol-
sica, mental, de primeiros socorros e sobre legislação de tar a dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo
trânsito.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) CONTRAN, independentemente do reconhecimento da
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamen- prescrição, em face da pena concretizada na sentença.  
to para prestação de serviço pelas auto-escolas e outras § 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele en-
entidades destinadas à formação de condutores e às exi- volvido poderá ser submetido aos exames exigidos neste
gências necessárias para o exercício das atividades de ins- artigo, a juízo da autoridade executiva estadual de trânsito,
trutor e examinador. assegurada ampla defesa ao condutor.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade exe- VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxi-
cutiva estadual de trânsito poderá apreender o documento liar de audição, de prótese física ou as adaptações do veí-
de habilitação do condutor até a sua aprovação nos exa- culo impostas por ocasião da concessão ou da renovação
mes realizados. da licença para conduzir:
Infração - gravíssima;
CAPÍTULO XV Penalidade - multa;
DAS INFRAÇÕES Medida administrativa - retenção do veículo até o sa-
neamento da irregularidade ou apresentação de condutor
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância habilitado.
de qualquer preceito deste Código, da legislação com- Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas
plementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o in- condições previstas no artigo anterior:
frator sujeito às penalidades e medidas administrativas Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
Capítulo XIX. Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III
Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às do artigo anterior.
resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas
administrativas definidas nas próprias resoluções. nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e
Art. 162. Dirigir veículo: passe a conduzi-lo na via:
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Per- Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
missão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomo- Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
tor: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, do art. 162.
de 2016) (Vigência) Art. 165.  Dirigir sob a influência de álcool ou de qual-
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei quer outra substância psicoativa que determine dependên-
nº 13.281, de 2016) (Vigência) cia:  (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
Medida administrativa - retenção do veículo até a Infração - gravíssima;  (Redação dada pela Lei nº
apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 
13.281, de 2016) (Vigência) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão de dirigir por 12 (doze) meses.(Redação dada pela Lei nº
para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cas- 12.760, de 2012)
sada ou com suspensão do direito de dirigir: (Redação Medida administrativa - recolhimento do documento
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) de habilitação e retenção do veículo, observado o dispos-
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, to no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro
de 2016) (Vigência) de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei pela Lei nº 12.760, de 2012)
nº 13.281, de 2016) (Vigência) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Medida administrativa - recolhimento do documento no caput  em caso de reincidência no período de até 12
de habilitação e retenção do veículo até a apresentação (doze) meses.(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de Art. 165-A.  Recusar-se a ser submetido a teste, exame
2016) (Vigência) clínico, perícia ou outro procedimento que permita certi-
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permis- ficar influência de álcool ou outra substância psicoativa,
são para Dirigir de categoria diferente da do veículo que na forma estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº
esteja conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 13.281, de 2016) (Vigência)
2016) (Vigência) Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, 2016) (Vigência)
de 2016) (Vigência) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito
Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281,
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) de 2016) (Vigência)
Medida administrativa - retenção do veículo até a Medida administrativa - recolhimento do documen-
apresentação de condutor habilitado; (Redação dada pela to de habilitação e retenção do veículo, observado o dis-
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) posto no § 4º do art. 270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
IV -  (VETADO) 2016) (Vigência)
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa previs-
vencida há mais de trinta dias: ta no caput em caso de reincidência no período de até 12
Infração - gravíssima; (doze) meses (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Penalidade - multa; Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pes-
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Na- soa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíqui-
cional de Habilitação e retenção do veículo até a apresen- co, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança:
tação de condutor habilitado; Infração - gravíssima;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Penalidade - multa. § 2o  Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infra-
cinto de segurança, conforme previsto no art. 65: ção anterior. Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Infração - grave; Art. 175.  Utilizar-se de veículo para demonstrar ou
Penalidade - multa; exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, der-
Medida administrativa - retenção do veículo até colo- rapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamen-
cação do cinto pelo infrator. to de pneus: (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor (Vigência)
sem observância das normas de segurança especiais esta- Infração - gravíssima;
belecidas neste Código: Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito
Infração - gravíssima; de dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei
Penalidade - multa; nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Medida administrativa - retenção do veículo até que a Medida administrativa - recolhimento do documento
irregularidade seja sanada. de habilitação e remoção do veículo.
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indis- Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
pensáveis à segurança: no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze)
Infração - leve; meses da infração anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de
Penalidade - multa. 2014)(Vigência)
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com
atravessando a via pública, ou os demais veículos: vítima:
Infração - gravíssima; I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, poden-
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; do fazê-lo;
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhi- II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no senti-
mento do documento de habilitação. do de evitar perigo para o trânsito no local;
III - de preservar o local, de forma a facilitar os traba-
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pe-
lhos da polícia e da perícia;
destres ou veículos, água ou detritos:
IV - de adotar providências para remover o veículo do
Infração - média;
local, quando determinadas por policial ou agente da au-
Penalidade - multa.
toridade de trânsito;
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar infor-
ou substâncias:
mações necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Infração - média;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito
Art. 173.  Disputar corrida:(Redação dada pela Lei nº de dirigir;
12.971, de 2014)(Vigência) Medida administrativa - recolhimento do documento
Infração - gravíssima; de habilitação.
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima
de dirigir e apreensão do veículo;(Redação dada pela Lei nº de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade
12.971, de 2014)(Vigência) e seus agentes:
Medida administrativa - recolhimento do documento Infração - grave;
de habilitação e remoção do veículo. Penalidade - multa.
Parágrafo único.  Aplica-se em dobro a multa prevista Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem
no caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) vítima, de adotar providências para remover o veículo do
meses da infração anterior.(Incluído pela Lei nº 12.971, de local, quando necessária tal medida para assegurar a segu-
2014)(Vigência) rança e a fluidez do trânsito:
Art. 174.  Promover, na via, competição, eventos orga- Infração - média;
nizados, exibição e demonstração de perícia em manobra Penalidade - multa.
de veículo, ou deles participar, como condutor, sem per- Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo
missão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre na via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto
a via:(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência) de sua remoção e em que o veículo esteja devidamente
Infração - gravíssima; sinalizado:
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito
de dirigir e apreensão do veículo;(Redação dada pela Lei nº rápido:
12.971, de 2014)(Vigência) Infração - grave;
Medida administrativa - recolhimento do documento Penalidade - multa;
de habilitação e remoção do veículo. Medida administrativa - remoção do veículo;
§ 1o   As penalidades são aplicáveis aos promotores e II - nas demais vias:
aos condutores participantes.(Incluído pela Lei nº 12.971, Infração - leve;
de 2014)(Vigência) Penalidade - multa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de Medida administrativa - remoção do veículo;
combustível: XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Infração - média; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo. Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 181. Estacionar o veículo: XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo circulação de veículos e pedestres:
do alinhamento da via transversal: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta de ponto de embarque ou desembarque de passageiros de
centímetros a um metro: transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no
Infração - leve; intervalo compreendido entre dez metros antes e depois
Penalidade - multa; do marco do ponto:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de Penalidade - multa;
um metro: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - grave; XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Medida administrativa - remoção do veículo;
Código: XV - na contramão de direção:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, freado e sem calço de segurança, quando se tratar de veí-
das vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acosta- culo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
mento: quilogramas:
Infração - gravíssima; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de   XVII - em desacordo com as condições regulamen-
água ou tampas de poços de visita de galerias subterrâ- tadas especificamente pela sinalização (placa - Estaciona-
neas, desde que devidamente identificados, conforme es- mento Regulamentado):
pecificação do CONTRAN:   Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
Infração - média; 2015) (Vigência)
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior: XVIII - em locais e horários proibidos especificamente
Infração - leve; pela sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, Medida administrativa - remoção do veículo;
sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, XIX - em locais e horários de estacionamento e parada
ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Esta-
rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim pú- cionar):
blico: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.
Medida administrativa - remoção do veículo; XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada ou idosos, sem credencial que comprove tal condição: (In-
destinada à entrada ou saída de veículos: cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração - média; Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Penalidade - multa; 2016) (Vigência)
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
X - impedindo a movimentação de outro veículo: 2016) (Vigência)
Infração - média; Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído
Penalidade - multa; pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de Infração - grave;
trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a re- Penalidade - multa.
moção do veículo. III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamen-
§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abando- tada com circulação destinada aos veículos de transporte
nar o calço de segurança na via. público coletivo de passageiros, salvo casos de força maior
Art. 182. Parar o veículo: e com autorização do poder público competente:(Incluído
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo pela Lei nº 13.154, de 2015)
do alinhamento da via transversal: Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de
Infração - média; 2015)
Penalidade - multa; Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta pela Lei nº 13.154, de 2015)
centímetros a um metro: Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído
Infração - leve;
pela Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa;
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, dei-
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de
xar de conservá-lo:
um metro:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regula-
Infração - média;
Penalidade - multa; mentação, exceto em situações de emergência;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior
Código: porte:
Infração - leve; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
das vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para
acostamento: ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário,
Infração - grave; respeitada a preferência do veículo que transitar em senti-
Penalidade - multa; do contrário:
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, Infração - grave;
nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de Penalidade - multa;
rolamento e marcas de canalização: II - vias com sinalização de regulamentação de sentido
Infração - leve; único de circulação:
Penalidade - multa; Infração - gravíssima;
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a Penalidade - multa.
circulação de veículos e pedestres: Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos
Infração - média; pela regulamentação estabelecida pela autoridade compe-
Penalidade - multa; tente: 
VIII - nos viadutos, pontes e túneis: I - para todos os tipos de veículos:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
IX - na contramão de direção: II -(Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
Infração - média; Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrom-
Penalidade - multa;
pendo ou perturbando o trânsito:
X - em local e horário proibidos especificamente pela
Infração - média;
sinalização (placa - Proibido Parar):
Penalidade - multa.
Infração - média;
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos prece-
Penalidade - multa.
Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na didos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento,
mudança de sinal luminoso: de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às am-
Infração - média; bulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente
Penalidade - multa. identificados por dispositivos regulamentados de alarme
Art. 184. Transitar com o veículo: sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como Infração - gravíssima;
de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo, Penalidade - multa.
exceto para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à di- Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estan-
reita: do este com prioridade de passagem devidamente identi-
Infração - leve; ficada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
Penalidade - multa; iluminação vermelha intermitentes:
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como Infração - grave;
de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo: Penalidade - multa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transi- Infração - gravíssima;
tando em sentidos opostos, estejam na iminência de passar Penalidade - multa.
um pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem: Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um
Infração - gravíssima; metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito bicicleta:
de dirigir.(Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vi- Infração - média;
gência) Penalidade - multa.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
no caput em caso de reincidência no período de até 12 I - pelo acostamento;
(doze) meses da infração anterior.   (Incluído pela Lei nº II - em interseções e passagens de nível;
12.971, de 2014)(Vigência) Infração - gravíssima;  (Redação dada pela Lei nº
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança late- 12.971, de 2014)(Vigência)
ral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em
Penalidade - multa (cinco vezes).   (Redação dada pela
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento,
Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
a velocidade, as condições climáticas do local da circulação
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:
e do veículo:
Infração - grave; I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade sufi-
Penalidade - multa. ciente;
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, II - nas faixas de pedestre;
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardina- III - nas pontes, viadutos ou túneis;
mentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamen- IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras,
to, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jar- cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à
dins públicos: livre circulação;
Infração - gravíssima; V - onde houver marcação viária longitudinal de di-
Penalidade - multa (três vezes). visão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância simples contínua amarela:
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar Infração - gravíssima;  (Redação dada pela Lei nº
riscos à segurança: 12.971, de 2014)(Vigência)
Infração - grave; Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela
Penalidade - multa. Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autori- Parágrafo único.  Aplica-se em dobro a multa previs-
dade competente de trânsito ou de seus agentes: ta no caput  em caso de reincidência no período de até
Infração - grave; 12 (doze) meses da infração anterior.(Incluído pela Lei nº
Penalidade - multa. 12.971, de 2014)(Vigência)
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou
do veículo, o início da marcha, a realização da manobra entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para
de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de operação de retorno:
circulação: Infração - grave;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que in-
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veí-
tegre cortejo, préstito, desfile e formações militares, sal-
culo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro
vo com autorização da autoridade de trânsito ou de seus
da respectiva mão de direção, quando for manobrar para
agentes:
um desses lados:
Infração - média; Infração - leve;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quan- Art. 206. Executar operação de retorno:
do solicitado: I - em locais proibidos pela sinalização;
Infração - média; II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
Penalidade - multa. III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajar-
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veícu- dinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento,
lo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não moto-
de que vai entrar à esquerda: rizados;
Infração - média; IV - nas interseções, entrando na contramão de direção
Penalidade - multa. da via transversal;
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança,
coletivo ou de escolares, parado para embarque ou desem- ainda que em locais permitidos:
barque de passageiros, salvo quando houver refúgio de se- Infração - gravíssima;
gurança para o pedestre: Penalidade - multa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à II - nas interseções com sinalização de regulamentação
esquerda em locais proibidos pela sinalização: de Dê a Preferência:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar
parada obrigatória: adequadamente posicionado para ingresso na via e sem
Infração - gravíssima; as precauções com a segurança de pedestres e de outros
Penalidade - multa. veículos:
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário Infração - média;
com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar Penalidade - multa.
de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados
evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio: sem dar preferência de passagem a pedestres e a outros
Infração - grave; veículos:
Penalidade - multa. Infração - média;
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima; Art. 218.  Transitar em velocidade superior à máxima
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão permitida para o local, medida por instrumento ou equi-
do direito de dirigir; pamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias
Medida administrativa - remoção do veículo e recolhi- arteriais e demais vias:(Redação dada pela Lei nº 11.334,
mento do documento de habilitação. de 2006)
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em ra- I - quando a velocidade for superior à máxima em até
zão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou 20% (vinte por cento):  (Redação dada pela Lei nº 11.334,
qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não de 2006)
motorizados: Infração - média;  (Redação dada pela Lei nº 11.334,
Infração - grave; de 2006)
Penalidade - multa. Penalidade - multa;  (Redação dada pela Lei nº 11.334,
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor de 2006)
linha férrea: II - quando a velocidade for superior à máxima em
Infração - gravíssima; mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cen-
Penalidade - multa. to):(Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006)
Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a res- Infração - grave;(Redação dada pela Lei nº 11.334, de
pectiva marcha for interceptada: 2006)
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, pas- Penalidade - multa;(Redação dada pela Lei nº 11.334,
seatas, desfiles e outros: de 2006)
Infração - gravíssima; III - quando a velocidade for superior à máxima em
Penalidade - multa. mais de 50% (cinquenta por cento):(Incluído pela Lei nº
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, for- 11.334, de 2006)
mações militares e outros: Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 11.334, de
Infração - grave; 2006)
Penalidade - multa. Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata
Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pe- do direito de dirigir e apreensão do documento de habili-
destre e a veículo não motorizado: tação.(Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006)
I - que se encontre na faixa a ele destinada; Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior
II - que não haja concluído a travessia mesmo que à metade da velocidade máxima estabelecida para a via,
ocorra sinal verde para o veículo; retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as con-
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e dições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo
gestantes: se estiver na faixa da direita:
Infração - gravíssima; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de
não haja sinalização a ele destinada; forma compatível com a segurança do trânsito:
V - que esteja atravessando a via transversal para onde I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações,
se dirige o veículo: cortejos, préstitos e desfiles:
Infração - grave; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Penalidade - multa;
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado
I - em interseção não sinalizada: pelo agente da autoridade de trânsito, mediante sinais so-
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou noros ou gestos;
rotatória; III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
b) a veículo que vier da direita; acostamento;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não Penalidade - multa.
sinalizada; Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cer- tenha sido utilizado para sinalização temporária da via:
cada; Infração - média;
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; Penalidade - multa.
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com adver- Art. 227. Usar buzina:
tência de obras ou trabalhadores na pista; I - em situação que não a de simples toque breve como
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
IX - quando houver má visibilidade; II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, III - entre as vinte e duas e as seis horas;
defeituoso ou avariado; IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
XI - à aproximação de animais na pista; V - em desacordo com os padrões e frequências esta-
XII - em declive; belecidas pelo CONTRAN:
XIII - ao ultrapassar ciclista: Infração - leve;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa; Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações volume ou frequência que não sejam autorizados pelo
de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja CONTRAN:
intensa movimentação de pedestres: Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. Medida administrativa - retenção do veículo para re-
Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em gularização.
desacordo com as especificações e modelos estabelecidos Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de
pelo CONTRAN: alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o
Infração - média; sossego público, em desacordo com normas fixadas pelo
Penalidade - multa; CONTRAN:
Medida administrativa - retenção do veículo para regu- Infração - média;
larização e apreensão das placas irregulares. Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele Medida administrativa - remoção do veículo.
que confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou Art. 230. Conduzir o veículo:
de terceiros, placas de identificação não autorizadas pela I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou
regulamentação. qualquer outro elemento de identificação do veículo viola-
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de do ou falsificado;
atendimento de emergência, o sistema de iluminação ver- II - transportando passageiros em compartimento de car-
melha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de ga, salvo por motivo de força maior, com permissão da auto-
incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN;
ambulâncias, ainda que parados: III - com dispositivo anti-radar;
Infração - média; IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
Penalidade - multa. V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o VI - com qualquer uma das placas de identificação sem
facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condições de legibilidade e visibilidade:
condutor: Infração - gravíssima;
Infração - grave; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - retenção do veículo para re- VII - com a cor ou característica alterada;
gularização. VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em veicular, quando obrigatória;
vias providas de iluminação pública: IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ine-
Infração - leve; ficiente ou inoperante;
Penalidade - multa. X - com equipamento obrigatório em desacordo com o
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir estabelecido pelo CONTRAN;
os demais condutores e, à noite, não manter acesas as lu- XI - com descarga livre ou silenciador de motor de ex-
zes externas ou omitir-se quanto a providências necessá- plosão defeituoso, deficiente ou inoperante;
rias para tornar visível o local, quando: XII - com equipamento ou acessório proibido;
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e
permanecer no acostamento; de sinalização alterados;
II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser XIV - com registrador instantâneo inalterável de velo-
retirada imediatamente: cidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver exi-
Infração - grave; gência desse aparelho;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
caráter publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e superiores aos fixados pelo CONTRAN;
em toda a extensão da parte traseira do veículo, excetua- IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores
das as hipóteses previstas neste Código; aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização,
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por sem autorização:
películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; Infração - grave;
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autori- Penalidade - multa;
zadas pela legislação; Medida administrativa - retenção do veículo para re-
XVIII - em mau estado de conservação, comprometen- gularização;
do a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de V - com excesso de peso, admitido percentual de to-
segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no lerância quando aferido por equipamento, na forma a ser
art. 104; estabelecida pelo CONTRAN:
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva: Infração - média;
Infração - grave; Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilo-
Penalidade - multa; gramas ou fração de excesso de peso apurado, constante
Medida administrativa - retenção do veículo para re- na seguinte tabela:
gularização; a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco
XX - sem portar a autorização para condução de esco- reais e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº
lares, na forma estabelecida no art. 136: 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração - grave; b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
Penalidade - multa e apreensão do veículo; logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centa-
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais vos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
inscrições previstas neste Código; c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogra-
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinali- mas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centa-
zação ou com lâmpadas queimadas:
vos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Infração - média;
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
Penalidade - multa.
mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centa-
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas
vos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
no art. 67-C, relativamente ao tempo de permanência do
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilo-
condutor ao volante e aos intervalos para descanso, quan-
gramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
do se tratar de veículo de transporte de carga ou coleti-
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
vo de passageiros: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
2015)  (Vigência) gência)
Infração - média;   (Redação dada pela Lei nº 13.103, de f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) -
2015)  (Vigência) R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação
Penalidade - multa;  (Redação dada pela Lei nº 13.103, dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
de 2015)  (Vigência) Medida administrativa - retenção do veículo e trans-
Medida administrativa - retenção do veículo para cum- bordo da carga excedente;
primento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada VI - em desacordo com a autorização especial, expedi-
pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência) da pela autoridade competente para transitar com dimen-
XXIV- (VETADO).  (Incluído pela Lei nº 12.619, de sões excedentes, ou quando a mesma estiver vencida:
2012)  (Vigência) Infração - grave;
§ 1o  Se o condutor cometeu infração igual nos últimos Penalidade - multa e apreensão do veículo;
12 (doze) meses, será convertida, automaticamente, a pe- Medida administrativa - remoção do veículo;
nalidade disposta no inciso XXIII em infração grave. (Incluí- VII - com lotação excedente;
do pela Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência) VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou
§ 2o  Em se tratando de condutor estrangeiro, a libera- bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos
ção do veículo fica condicionada ao pagamento ou ao de- de força maior ou com permissão da autoridade compe-
pósito, judicial ou administrativo, da multa.  (Incluído pela tente:
Lei nº 13.103, de 2015)  (Vigência) Infração - média;
Art. 231. Transitar com o veículo: Penalidade - multa;
I - danificando a via, suas instalações e equipamentos; Medida administrativa - retenção do veículo;
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via: IX - desligado ou desengrenado, em declive:
a) carga que esteja transportando; Infração - média;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; Penalidade - multa;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente: Medida administrativa - retenção do veículo;
Infração - gravíssima; X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Penalidade - multa; Infração - de média a gravíssima, a depender da rela-
Medida administrativa - retenção do veículo para re- ção entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxi-
gularização; ma de tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Penalidade - multa; Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do
Medida Administrativa - retenção do veículo e trans- registro de veículo irrecuperável ou definitivamente des-
bordo de carga excedente. montado:
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas Infração - grave;
nos incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de Penalidade - multa;
peso ou excedendo à capacidade máxima de tração, não Medida administrativa - Recolhimento do Certificado
computado o percentual tolerado na forma do disposto de Registro e do Certificado de Licenciamento Anual.
na legislação, somente poderá continuar viagem após des- Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do
carregar o que exceder, segundo critérios estabelecidos na veículo ou de habilitação do condutor:
referida legislação complementar. Infração - leve;
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte Penalidade - multa.
obrigatório referidos neste Código: Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins
Infração - leve; de registro, licenciamento ou habilitação:
Penalidade - multa; Infração - gravíssima;
Medida administrativa - retenção do veículo até a Penalidade - multa.
apresentação do documento. Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no ao órgão executivo de trânsito competente a ocorrência
prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, de perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas
ocorridas as hipóteses previstas no art. 123: placas e documentos:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para re- Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos
gularização. documentos.
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilita- Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
ção e de identificação do veículo: I - sem usar capacete de segurança com viseira ou ócu-
Infração - gravíssima; los de proteção e vestuário de acordo com as normas e
Penalidade - multa e apreensão do veículo; especificações aprovadas pelo CONTRAN;
Medida administrativa - remoção do veículo. II - transportando passageiro sem o capacete de segu-
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes rança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do
externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: assento suplementar colocado atrás do condutor ou em
Infração - grave; carro lateral;
Penalidade - multa; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas
Medida administrativa - retenção do veículo para em uma roda;
transbordo. IV - com os faróis apagados;
Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou V - transportando criança menor de sete anos ou que
corda, salvo em casos de emergência: não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua
Infração - média; própria segurança:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
especificações, e com falta de inscrição e simbologia neces- Medida administrativa - Recolhimento do documento
sárias à sua identificação, quando exigidas pela legislação: de habilitação;
Infração - grave; VI - rebocando outro veículo;
Penalidade - multa; VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo
Medida administrativa - retenção do veículo para re- eventualmente para indicação de manobras;
gularização. VIII – transportando carga incompatível com suas es-
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito pecificações ou em desacordo com o previsto no § 2o do
ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos de ha- art. 139-A desta Lei;(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
bilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias
exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade: em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou
Infração - gravíssima; com as normas que regem a atividade profissional dos mo-
Penalidade - multa e apreensão do veículo; totaxistas:  (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Medida administrativa - remoção do veículo. Infração – grave;(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para Penalidade – multa;  (Incluído pela Lei nº 12.009, de
regularização, sem permissão da autoridade competente 2009)
ou de seus agentes: Medida administrativa – apreensão do veículo para re-
Infração - gravíssima; gularização. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Penalidade - multa e apreensão do veículo; § 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII
Medida administrativa - remoção do veículo. e VIII, além de:

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e
especial a ele destinado; nas rodovias; (Redação dada pela Lei  nº 13.290, de 2016)
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, sal- (Vigência)
vo onde houver acostamento ou faixas de rolamento pró- c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de trans-
prias; porte coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pis-
c) transportar crianças que não tenham, nas circuns- tas a eles destinadas;
tâncias, condições de cuidar de sua própria segurança. d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores;
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alí- II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de
nea b do parágrafo anterior: posição sob chuva forte, neblina ou cerração;
Infração - média; III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
Penalidade - multa. Infração - média;
§ 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput des- Penalidade - multa.
te artigo não se aplica às motocicletas e motonetas que Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
tracionem semi-reboques especialmente projetados para I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações
esse fim e devidamente homologados pelo órgão compe- de emergência;
tente. (Incluído pela Lei nº 10.517, de 2002) II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas se-
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, guintes situações:
materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via: a outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
Infração - grave; b) em imobilizações ou situação de emergência, como
Penalidade - multa; advertência, utilizando pisca-alerta;
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do c) quando a sinalização de regulamentação da via de-
material. terminar o uso do pisca-alerta:
Parágrafo único. A penalidade e a medida administra- Infração - média;
tiva incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. Penalidade - multa.
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre Art. 252. Dirigir o veículo:
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no I - com o braço do lado de fora;
leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via II - transportando pessoas, animais ou volume à sua
indevidamente: esquerda ou entre os braços e pernas;
Infração - gravíssima; III - com incapacidade física ou mental temporária que
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a cri- comprometa a segurança do trânsito;
tério da autoridade de trânsito, conforme o risco à segu- IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
rança. comprometa a utilização dos pedais;
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva
física ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do
autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a si- veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo;
nalização de emergência, às expensas do responsável, ou, VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a
se possível, promover a desobstrução. aparelhagem sonora ou de telefone celular;
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de Infração - média;
rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propul- Penalidade - multa.
são humana e os de tração animal, sempre que não houver VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em
acostamento ou faixa a eles destinados: movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Infração - média; Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Penalidade - multa. Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transpor- 2015)
te de passageiros carga excedente em desacordo com o Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V carac-
estabelecido no art. 109: terizar-se-á como infração gravíssima no caso de o condu-
Infração - grave; tor estar segurando ou manuseando telefone celular. (In-
Penalidade - multa; cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Medida administrativa - retenção para o transbordo. Art. 253. Bloquear a via com veículo:
Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de Infração - gravíssima;
posição, quando o veículo estiver parado, para fins de em- Penalidade - multa e apreensão do veículo;
barque ou desembarque de passageiros e carga ou descar- Medida administrativa - remoção do veículo.
ga de mercadorias: Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamen-
Infração - média; te, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via
Penalidade - multa. sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com cir-
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: cunscrição sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
I - deixar de manter acesa a luz baixa: Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
a) durante a noite; 2016)

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito § 1º A aplicação das penalidades previstas neste Có-
de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, digo não elide as punições originárias de ilícitos penais
de 2016) decorrentes de crimes de trânsito, conforme disposições
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído de lei.
pela Lei nº 13.281, de 2016) § 2º  (VETADO)
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes § 3º A imposição da penalidade será comunicada aos
aos organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis
pela Lei nº 13.281, de 2016) pelo licenciamento do veículo e habilitação do condutor.
§ 2º  Aplica-se em dobro a multa em caso de reinci- Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor,
dência no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transpor-
13.281, de 2016) tador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e
§ 3º  As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressa-
jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade
mente mencionados neste Código.
com circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão
possível, as condições de normalidade para a circulação na
impostas concomitantemente as penalidades de que trata
via. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
este Código toda vez que houver responsabilidade soli-
Art. 254. É proibido ao pedestre:
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exce- dária em infração dos preceitos que lhes couber observar,
to para cruzá-las onde for permitido; respondendo cada um de per si pela falta em comum que
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou lhes for atribuída.
túneis, salvo onde exista permissão; § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, pela infração referente à prévia regularização e preenchi-
salvo quando houver sinalização para esse fim; mento das formalidades e condições exigidas para o trân-
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de sito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabi-
perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folgue- lidade de suas características, componentes, agregados,
do, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e habilitação legal e compatível de seus condutores, quando
com a devida licença da autoridade competente; esta for exigida, e outras disposições que deva observar.
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infra-
aérea ou subterrânea; ções decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica; § 4º O embarcador é responsável pela infração relativa
Infração - leve; ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do no peso bruto total, quando simultaneamente for o único
valor da infração de natureza leve. remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatu-
VII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) ra ou manifesto for inferior àquele aferido.
§ 1º  (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) § 5º O transportador é o responsável pela infração rela-
§ 2º  (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) tiva ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos
§ 3º  (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja ultrapassar o peso bruto total.
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em de- § 6º O transportador e o embarcador são solidariamen-
sacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59: te responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso
Infração - média; bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou
Penalidade - multa;
manifesto for superior ao limite legal.
Medida administrativa - remoção da bicicleta, median-
§ 7o  Não sendo imediata a identificação do infrator, o
te recibo para o pagamento da multa.
principal condutor ou o proprietário do veículo terá quinze
dias de prazo, após a notificação da autuação, para apre-
CAPÍTULO XVI
DAS PENALIDADES sentá-lo, na forma em que dispuser o Conselho Nacional
de Trânsito (Contran), ao fim do qual, não o fazendo, será
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das com- considerado responsável pela infração o principal condutor
petências estabelecidas neste Código e dentro de sua cir- ou, em sua ausência, o proprietário do veículo. (Redação
cunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as dada pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência)
seguintes penalidades: § 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não
I - advertência por escrito; havendo identificação do infrator e sendo o veículo de
II - multa; propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao
III - suspensão do direito de dirigir; proprietário do veículo, mantida a originada pela infração,
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) cujo valor é o da multa multiplicada pelo número de infra-
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; ções iguais cometidas no período de doze meses.
VI - cassação da Permissão para Dirigir; § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem. do disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 10.  O proprietário poderá indicar ao órgão executivo Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo
de trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a
aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo pró- via onde haja ocorrido a infração, de acordo com a compe-
prio do cadastro do veículo no Renavam.  (Incluído pela Lei tência estabelecida neste Código.
nº 13.495, 2017)(Vigência) § 1º As multas decorrentes de infração cometida em
§ 11.  O principal condutor será excluído do Rena- unidade da Federação diversa da do licenciamento do veí-
vam:  (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) culo serão arrecadadas e compensadas na forma estabele-
I -  quando houver transferência de propriedade do cida pelo CONTRAN.
veículo;  (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) § 2º As multas decorrentes de infração cometida em
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário unidade da Federação diversa daquela do licenciamento
do veículo;  (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) do veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entida-
III - a partir da indicação de outro principal condu- de responsável pelo seu licenciamento, que providenciará
tor.  (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017)(Vigência) a notificação.
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam- § 3º (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias: § 4º Quando a infração for cometida com veículo licen-
I - infração de natureza gravíssima, punida com mul- ciado no exterior, em trânsito no território nacional, a multa
ta no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, res-
e quarenta e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº peitado o princípio de reciprocidade.
13.281, de 2016) (Vigência) Art. 261.  A penalidade de suspensão do direito de di-
II - infração de natureza grave, punida com multa no rigir será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela
valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vin- Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
te e três centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20
2016) (Vigência) (vinte) pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a
III - infração de natureza média, punida com multa no pontuação prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281,
valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centa-
de 2016) (Vigência)
vos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
II - por transgressão às normas estabelecidas neste Có-
IV - infração de natureza leve, punida com multa no
digo, cujas infrações preveem, de forma específica, a pena-
valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centa-
lidade de suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei
vos). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
nº 13.281, de 2016)(Vigência)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
§ 1º  Os prazos para aplicação da penalidade de sus-
2016) (Vigência)
pensão do direito de dirigir são os seguintes: (Redação
§ 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator mul-
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
tiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste
Código.  I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a
§ 3º  (VETADO) 1 (um) ano e, no caso de reincidência no período de 12
§ 4º  (VETADO) (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído
Art. 259. A cada infração cometida são computados os pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
seguintes números de pontos:  II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito)
I - gravíssima - sete pontos; meses, exceto para as infrações com prazo descrito no dis-
II - grave - cinco pontos; positivo infracional, e, no caso de reincidência no período
III - média - quatro pontos; de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, res-
IV - leve - três pontos. peitado o disposto no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei
§ 1º  (VETADO) nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 2º  (VETADO) § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
§ 3o (VETADO).  (Incluído pela Lei nº 12.619, de Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
2012) (Vigência) imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
§ 4o  Ao condutor identificado no ato da infração será reciclagem.
atribuída pontuação pelas infrações de sua responsabilida- § 3o  A imposição da penalidade de suspensão do direi-
de, nos termos previstos no § 3o do art. 257, excetuando-se to de dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para
aquelas praticadas por passageiros usuários do serviço de fins de contagem subsequente.(Incluído pela Lei nº 12.547,
transporte rodoviário de passageiros em viagens de lon- de 2011)
ga distância transitando em rodovias com a utilização de § 4o (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)(Vi-
ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual, gência)
internacional e aquelas em viagem de longa distância por § 5º  O condutor que exerce atividade remunerada em
fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, exce- veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
tuadas as situações regulamentadas pelo Contran a teor participar de curso preventivo de reciclagem sempre que,
do art. 65 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Có- no período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos,
digo de Trânsito Brasileiro.    (Incluído pela Lei nº 13.103, de conforme regulamentação do Contran. (Redação dada pela
2015)  (Vigência) Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o, § 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o
o condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido acréscimo do valor da multa prevista no § 3º do art. 258,
atribuídos, para fins de contagem subsequente.  (Incluído imposta por infração posteriormente cometida.
pela Lei nº 13.154, de 2015) § 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos
§ 7º  O motorista que optar pelo curso previsto no § pedestres, podendo a multa ser transformada na participa-
5º não poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) ção do infrator em cursos de segurança viária, a critério da
meses.  (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi- autoridade de trânsito.
gência) Art. 268. O infrator será submetido a curso de recicla-
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissioná- gem, na forma estabelecida pelo CONTRAN:
ria de serviço público tem o direito de ser informada dos I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua ree-
pontos atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que ducação;
integrem seu quadro funcional, exercendo atividade remu- II - quando suspenso do direito de dirigir;
nerada ao volante, na forma que dispuser o Contran. (In- III - quando se envolver em acidente grave para o qual
cluído pela Lei nº 13.154, de 2015) haja contribuído, independentemente de processo judicial;
§ 9º  Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. IV - quando condenado judicialmente por delito de
162 o condutor que, notificado da penalidade de que trata trânsito;
este artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (In- V - a qualquer tempo, se for constatado que o condu-
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) tor está colocando em risco a segurança do trânsito;
   § 10.  O processo de suspensão do direito de diri- VI - em outras situações a serem definidas pelo CON-
gir referente ao inciso II do caput deste artigo deverá ser TRAN.
instaurado concomitantemente com o processo de aplica-
ção da penalidade de multa.(Incluído pela Lei nº 13.281, de CAPÍTULO XVII
2016) (Vigência) DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
   § 11.  O Contran regulamentará as disposições deste
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes,
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
na esfera das competências estabelecidas neste Código
Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)  (Vi-
e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes
gência)
medidas administrativas:
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-
I - retenção do veículo;
-se-á:
II - remoção do veículo;
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator con-
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
duzir qualquer veículo;
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses,
V - recolhimento do Certificado de Registro;
das infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento
163, 164, 165, 173, 174 e 175; Anual;
III - quando condenado judicialmente por delito de VII -  (VETADO)
trânsito, observado o disposto no art. 160. VIII - transbordo do excesso de carga;
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a irregu- IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
laridade na expedição do documento de habilitação, a au- perícia de substância entorpecente ou que determine de-
toridade expedidora promoverá o seu cancelamento. pendência física ou psíquica;
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Na- X - recolhimento de animais que se encontrem soltos
cional de Habilitação, o infrator poderá requerer sua rea- nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, res-
bilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à tituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN. multas e encargos devidos.
Art. 264.  (VETADO)   XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de di- legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
rigir e de cassação do documento de habilitação serão apli- veicular.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
cadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medi-
competente, em processo administrativo, assegurado ao das administrativas e coercitivas adotadas pelas autorida-
infrator amplo direito de defesa. des de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa.
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativa- § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo
mente, as respectivas penalidades. não elidem a aplicação das penalidades impostas por infra-
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de adver- ções estabelecidas neste Código, possuindo caráter com-
tência por escrito à infração de natureza leve ou média, plementar a estas.
passível de ser punida com multa, não sendo reinciden- § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional
te o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, de Habilitação e a Permissão para Dirigir.
quando a autoridade, considerando o prontuário do infra- § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inci-
tor, entender esta providência como mais educativa. so X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expres- § 5o O proprietário ou o condutor deverá ser notifica-
sos neste Código. do, no ato de remoção do veículo, sobre as providências
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local necessárias à sua restituição e sobre o disposto no art. 328,
da infração, o veículo será liberado tão logo seja regulari- conforme regulamentação do CONTRAN.(Incluído pela Lei
zada a situação. nº 13.160, de 2015)
§ 2o  Não sendo possível sanar a falha no local da infra- § 6º  Caso o proprietário ou o condutor não esteja pre-
ção, o veículo, desde que ofereça condições de segurança sente no momento da remoção do veículo, a autoridade
para circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias contado da data da
regularmente habilitado, mediante recolhimento do Cer- remoção, deverá expedir ao proprietário a notificação pre-
tificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de vista no § 5º, por remessa postal ou por outro meio tecno-
recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor para re- lógico hábil que assegure a sua ciência, e, caso reste frus-
gularizar a situação, para o que se considerará, desde logo, trada, a notificação poderá ser feita por edital.   (Redação
notificado.(Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015) dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devol- § 7o  A notificação devolvida por desatualização do
vido ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das endereço do proprietário do veículo ou por recusa desse
medidas administrativas, tão logo o veículo seja apresenta- de recebê-la será considerada recebida para todos os efei-
do à autoridade devidamente regularizado. tos(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 4º  Não se apresentando condutor habilitado no local § 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a noti-
da infração, o veículo será removido a depósito, aplicando- ficação será feita por edital.(Incluído pela Lei nº 13.160, de
-se neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela 2015)
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 9o Não caberá remoção nos casos em que a irregula-
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção ime- ridade puder ser sanada no local da infração.(Incluído pela
diata, quando se tratar de veículo de transporte coletivo Lei nº 13.160, de 2015)
transportando passageiros ou veículo transportando pro-  § 10.  O pagamento das despesas de remoção e estada
duto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições
será correspondente ao período integral, contado em dias,
de segurança para circulação em via pública.
em que efetivamente o veículo permanecer em depósito,
§ 6º  Não efetuada a regularização no prazo a que se
limitado ao prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº
refere o   § 2o, será feito registro de restrição administrativa
13.281, de 2016)
no Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito
§ 11.  Os custos dos serviços de remoção e estada pres-
dos Estados e do Distrito Federal, que será retirada após
tados por particulares poderão ser pagos pelo proprietário
comprovada a regularização.(Incluído pela Lei nº 13.160,
diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
de 2015)
2016)
§ 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas
no § 2o resultará em recolhimento do veículo ao depósito, § 12.  O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de
aplicando-se, nesse caso, o disposto no art. 271.(Incluído o respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por
pela Lei nº 13.160, de 2015) meio de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281,
Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos de 2016)
neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entida- § 13.  No caso de o proprietário do veículo objeto do
de competente, com circunscrição sobre a via. recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente,
§ 1o A restituição do veículo removido só ocorrerá me- que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no
diante prévio pagamento de multas, taxas e despesas com período de retenção em depósito, é da responsabilidade
remoção e estada, além de outros encargos previstos na do ente público a devolução das quantias pagas por força
legislação específica.  (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) deste artigo, segundo os mesmos critérios da devolução
§ 2o A liberação do veículo removido é condiciona- de multas indevidas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
da ao reparo de qualquer componente ou equipamento Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habi-
obrigatório que não esteja em perfeito estado de funciona- litação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante reci-
mento.(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) bo, além dos casos previstos neste Código, quando houver
§ 3º  Se o reparo referido no § 2º demandar providên- suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.
cia que não possa ser tomada no depósito, a autoridade Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro
responsável pela remoção liberará o veículo para reparo, dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste
na forma transportada, mediante autorização, assinalan- Código, quando:
do prazo para reapresentação. (Redação dada pela Lei nº I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
13.281, de 2016) II - se, alienado o veículo, não for transferida sua pro-
 § 4º  Os serviços de remoção, depósito e guarda de priedade no prazo de trinta dias.
veículo poderão ser realizados por órgão público, direta- Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licencia-
mente, ou por particular contratado por licitação pública, mento Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos
sendo o proprietário do veículo o responsável pelo paga- previstos neste Código, quando:
mento dos custos desses serviços. (Redação dada pela Lei I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
nº 13.281, de 2016) II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade CAPÍTULO XVIII
não puder ser sanada no local. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente Seção I
é condição para que o veículo possa prosseguir viagem e Da Autuação
será efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem
prejuízo da multa aplicável. Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de
trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo aten-
I - tipificação da infração;
der ao disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao
II - local, data e hora do cometimento da infração;
depósito, sendo liberado após sanada a irregularidade e III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua
pagas as despesas de remoção e estada. marca e espécie, e outros elementos julgados necessários
Art. 276.  Qualquer concentração de álcool por litro de à sua identificação;
sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às pe- IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
nalidades previstas no art. 165. (Redação dada pela Lei nº V - identificação do órgão ou entidade e da autorida-
12.760, de 2012) de ou agente autuador ou equipamento que comprovar a
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de infração;
tolerância quando a infração for apurada por meio de apa- VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valen-
relho de medição, observada a legislação metrológica. (Re- do esta como notificação do cometimento da infração.
dação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) § 1º (VETADO)
Art. 277.  O condutor de veículo automotor envolvido § 2º A infração deverá ser comprovada por declaração
em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, rea-
trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, pe-
ções químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente
rícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.
científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita § 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o
certificar influência de álcool ou outra substância psicoati- agente de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio
va que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº auto de infração, informando os dados a respeito do veícu-
12.760, de 2012) lo, além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedi-
§ 1o  (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de mento previsto no artigo seguinte.
2012) § 4º O agente da autoridade de trânsito competente
§ 2o  A infração prevista no art. 165 também poderá ser para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, es-
caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de si- tatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado
nais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, al- pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no
teração da capacidade psicomotora ou produção de quais- âmbito de sua competência.
quer outras provas em direito admitidas. (Redação dada
Seção II
pela Lei nº 12.760, de 2012)
Do Julgamento das Autuações e Penalidades
 § 3º  Serão aplicadas as penalidades e medidas ad-
ministrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da compe-
condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos pro- tência estabelecida neste Código e dentro de sua circuns-
cedimentos previstos no caputdeste artigo. (Redação dada crição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) a penalidade cabível.
Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e
submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de seu registro julgado insubsistente:
pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade pre- I - se considerado inconsistente ou irregular;
vista no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto   II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expe-
de evasão para fim de pesagem obrigatória. dida a notificação da autuação.(Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação 9.602, de 1998)
policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja loca- Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notifica-
lizado, aplicando-se, além das penalidades em que incorre, ção ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa
postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que
as estabelecidas no art. 210.
assegure a ciência da imposição da penalidade.
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do en-
veículo equipado com registrador instantâneo de veloci- dereço do proprietário do veículo será considerada válida
dade e tempo, somente o perito oficial encarregado do para todos os efeitos.
levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade § 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas,
armazenadora do registro. de repartições consulares de carreira e de representações
de organismos internacionais e de seus integrantes será re-
metida ao Ministério das Relações Exteriores para as provi-
dências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de
condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o paga-
a notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, mento estiver sendo efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281,
responsável pelo seu pagamento. de 2016) (Vigência)
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto
do prazo para apresentação de recurso pelo responsável perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual reme-
pela infração, que não será inferior a trinta dias contados tê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
da data da notificação da penalidade.(Incluído pela Lei nº § 1º O recurso não terá efeito suspensivo.
9.602, de 1998) § 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o
  § 5º No caso de penalidade de multa, a data estabele- recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subse-
cida no parágrafo anterior será a data para o recolhimento quentes à sua apresentação, e, se o entender intempestivo,
de seu valor.(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) assinalará o fato no despacho de encaminhamento.
Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor au- § 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for
tuado poderá optar por ser notificado por meio eletrônico julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade
se o órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável que impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do
pela autuação oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo.
13.281, de 2016) (Vigência) Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá
§ 1º  O proprietário ou o condutor autuado que op- ser interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu
tar pela notificação por meio eletrônico deverá manter seu valor.
cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Es- § 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-
tado ou do Distrito Federal.(Incluído pela Lei nº 13.281, de -á o estabelecido no parágrafo único do art. 284.
2016) (Vigência) § 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar
§ 2º  Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á
proprietário ou o condutor autuado será considerado noti- devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por
ficado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sis- índice legal de correção dos débitos fiscais.
tema eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi- Art. 287. Se a infração for cometida em localidade di-
gência) versa daquela do licenciamento do veículo, o recurso po-
§ 3º O  sistema previsto no caput será certificado digi- derá ser apresentado junto ao órgão ou entidade de trân-
talmente, atendidos os requisitos de autenticidade, integri- sito da residência ou domicílio do infrator.
dade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestru- Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber
tura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que
Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) impôs a penalidade acompanhado das cópias dos prontuá-
Art. 283. (VETADO) rios necessários ao julgamento.
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser inter-
até a data do vencimento expressa na notificação, por oi- posto, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias
tenta por cento do seu valor. contado da publicação ou da notificação da decisão.
§ 1º   Caso o infrator opte pelo sistema de notifica- § 1º O recurso será interposto, da decisão do não pro-
ção eletrônica, se disponível, conforme regulamentação vimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de
do Contran, e opte por não apresentar defesa prévia nem provimento, pela autoridade que impôs a penalidade.
recurso, reconhecendo o cometimento da infração, pode- § 2º (Revogado pela Lei nº 12.249, de 2010)
rá efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será
cento) do seu valor, em qualquer fase do processo, até o apreciado no prazo de trinta dias:
vencimento da multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou
(Vigência) entidade de trânsito da União:
§ 2º  O recolhimento do valor da multa não implica a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais
renúncia ao questionamento administrativo, que pode ser de seis meses, cassação do documento de habilitação ou
realizado a qualquer momento, respeitado o disposto no § penalidade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
1º. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) b) nos demais casos, por colegiado especial integrado
§ 3º  Não incidirá cobrança moratória e não poderá pelo Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta
ser aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de licen- que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
ciamento e transferência, enquanto não for encerrada a II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou
instância administrativa de julgamento de infrações e pe- entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Fe-
nalidades. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) deral, pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.
§ 4º  Encerrada a instância administrativa de julga- Parágrafo único. No caso da alínea b do inciso I, quan-
mento de infrações e penalidades, a multa não paga até do houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por
o vencimento será acrescida de juros de mora equivalen- seus próprios membros.
tes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Art. 290. Implicam encerramento da instância adminis-
de Custódia (Selic) para títulos federais acumulada men- trativa de julgamento de infrações e penalidades: (Redação
salmente, calculados a partir do mês subsequente ao da dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e § 1º Transitada em julgado a sentença condenatória,
289; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em
II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (In- quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) de Habilitação.
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da § 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se ob-
infração e requerimento de encerramento do processo na ter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
fase em que se encontra, sem apresentação de defesa ou não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condena-
recurso. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)  (Vigência) ção penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pú-
RENACH. blica, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou
a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante
CAPÍTULO XIX representação da autoridade policial, decretar, em decisão
DOS CRIMES DE TRÂNSITO motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
Seção I dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
Disposições Gerais Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão
ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos do Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito,
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as nor- sem efeito suspensivo.
mas gerais do Código Penal e do Código de Processo Pe- Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou
nal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem a proibição de se obter a permissão ou a habilitação será
como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho
couber. Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito
§ 1o  Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou
residente.
culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de
Art. 296.  Se o réu for reincidente na prática de crime
26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:(Re-
previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de sus-
numerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)
pensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo au-
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra subs-
tomotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
tância psicoativa que determine dependência;(Incluído
(Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)
pela Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou
pagamento, mediante depósito judicial em favor da víti-
competição automobilística, de exibição ou demonstração
ma, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no
de perícia em manobra de veículo automotor, não auto-
disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que
rizada pela autoridade competente;(Incluído pela Lei nº houver prejuízo material resultante do crime.
11.705, de 2008) § 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao
III - transitando em velocidade superior à máxima per- valor do prejuízo demonstrado no processo.
mitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por § 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts.
hora).(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) 50 a 52 do Código Penal.
§ 2o  Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deve- § 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa re-
rá ser instaurado inquérito policial para a investigação da paratória será descontado.
infração penal.(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as
§ 3º  (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.546, de penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veí-
2017)   (Vigência) culo cometido a infração:
§ 4º   O juiz fixará a pena-base segundo as diretri- I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou
zes previstas no art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
de dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas
atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e ou adulteradas;
consequências do crime.(Incluído pela Lei nº 13.546, de III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
2017)   (Vigência) Habilitação;
Art. 292.  A suspensão ou a proibição de se obter a IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilita-
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor ção de categoria diferente da do veículo;
pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
penalidades.  (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
(Vigência) VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição equipamentos ou características que afetem a sua segu-
de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veícu- rança ou o seu funcionamento de acordo com os limites
lo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. de velocidade prescritos nas especificações do fabricante;

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanen- Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do
temente destinada a pedestres. acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não po-
Art. 299.  (VETADO) dendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de soli-
Art. 300.  (VETADO) citar auxílio da autoridade pública:
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de aciden- Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se
tes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão o fato não constituir elemento de crime mais grave.
em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e in- Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste ar-
tegral socorro àquela. tigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja
suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte
Seção II instantânea ou com ferimentos leves.
Dos Crimes em Espécie Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veí- lhe possa ser atribuída:
culo automotor: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão Art. 306.  Conduzir veículo automotor com capacidade
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou
dirigir veículo automotor. de outra substância psicoativa que determine dependên-
§ 1o  No homicídio culposo cometido na direção de cia: (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e
metade, se o agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habi-
(Vigência) litação para dirigir veículo automotor.
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de § 1o  As condutas previstas no caput serão constatadas
Habilitação;(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência) por:  (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;(In- I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de
cluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 mili-
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo
grama de álcool por litro de ar alveolar; ou  (Incluído pela
sem risco pessoal, à vítima do acidente;(Incluído pela Lei nº
Lei nº 12.760, de 2012)
12.971, de 2014)(Vigência)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
Contran, alteração da capacidade psicomotora.  (Incluído
conduzindo veículo de transporte de passageiros.(Incluído
pela Lei nº 12.760, de 2012)
pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
§ 2o   A verificação do disposto neste artigo poderá
V -(Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico,
§ 2o  (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros
§ 3o  Se o agente conduz veículo automotor sob a
influência de álcool ou de qualquer outra substância psi- meios de prova em direito admitidos, observado o direito
coativa que determine dependência: (Incluído pela Lei nº à contraprova.  (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
13.546, de 2017)   (Vigência) (Vigência)
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou § 3o  O Contran disporá sobre a equivalência entre os
proibição do direito de se obter a permissão ou a habili- distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito
tação para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Reda-
13.546, de 2017)   (Vigência) ção dada pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter
veículo automotor: a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspen- imposta com fundamento neste Código:
são ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com
para dirigir veículo automotor. nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão
§ 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, ou de proibição.
se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302. (Re- Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o conde-
numerado do parágrafo único pela Lei nº 13.546, de nado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no §
2017)   (Vigência) 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
§ 2o  A pena privativa de liberdade é de reclusão de Habilitação.
dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previs- Art. 308.  Participar, na direção de veículo automotor,
tas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capa- em via pública, de corrida, disputa ou competição automo-
cidade psicomotora alterada em razão da influência de bilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia
álcool ou de outra substância psicoativa que determine em manobra de veículo automotor, não autorizada pela
dependência, e se do crime resultar lesão corporal de na- autoridade competente, gerando situação de risco à inco-
tureza grave ou gravíssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, lumidade pública ou privada:  (Redação dada pela Lei nº
de 2017)  (Vigência) 13.546, de 2017)   (Vigência)

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, mul- III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas
ta e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a na recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela
habilitação para dirigir veículo automotor. (Redação dada Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência) IV - outras atividades relacionadas ao resgate, aten-
§ 1o  Se da prática do crime previsto no caput resultar dimento e recuperação de vítimas de acidentes de trânsi-
lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias de- to. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
monstrarem que o agente não quis o resultado nem as-
sumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade CAPÍTULO XX
é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
outras penas previstas neste artigo.  (Incluído pela Lei nº
12.971, de 2014)(Vigência)  Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação
§ 2o  Se da prática do crime previsto no caput resultar dos membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da
morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não publicação deste Código.
quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e qua-
privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) renta dias a partir da publicação deste Código para expe-
anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. dir as resoluções necessárias à sua melhor execução, bem
(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)(Vigência)  como revisar todas as resoluções anteriores à sua publica-
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem ção, dando prioridade àquelas que visam a diminuir o nú-
a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se mero de acidentes e a assegurar a proteção de pedestres.
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existen-
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. tes até a data de publicação deste Código, continuam em
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veí- vigor naquilo em que não conflitem com ele.
culo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, me-
cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a diante proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzen-
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por
tos e quarenta dias contado da publicação, estabelecer o
embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com
currículo com conteúdo programático relativo à segurança
segurança:
e à educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Código.
Art. 310-A.  (VETADO)  (Incluído pela Lei nº 12.619, de
Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II
2012) (Vigência)
do parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a
duzentos e quarenta dias contados da publicação desta Lei.
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações
Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão
de embarque e desembarque de passageiros, logradouros
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concen- prazo de até um ano para a adaptação dos veículos de con-
tração de pessoas, gerando perigo de dano: dução de escolares e de aprendizagem às normas do inciso
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. III do art. 136 e art. 154, respectivamente.
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de aciden- Art. 318.  (VETADO)
te automobilístico com vítima, na pendência do respectivo Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas
procedimento policial preparatório, inquérito policial ou pelo CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: 62.127, de 16 de janeiro de 1968.
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 319-A.  Os valores de multas constantes deste Có-
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ain- digo poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran,
da que não iniciados, quando da inovação, o procedimento respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Pre-
preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere. ços ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (In-
Art. 312-A.  Para os crimes relacionados nos arts. 302 cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
a 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do dis-
substituição de pena privativa de liberdade por pena res- posto no caput serão divulgados pelo Contran com, no
tritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à mínimo, 90 (noventa) dias de antecedência de sua aplica-
comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes ção. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das mul-
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate tas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinaliza-
dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis es- ção, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fisca-
pecializadas no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído lização e educação de trânsito.
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)   § 1º  O percentual de cinco por cento do valor das
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hos- multas de trânsito arrecadadas será depositado, mensal-
pitais da rede pública que recebem vítimas de acidente de mente, na conta de fundo de âmbito nacional destinado à
trânsito e politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, segurança e educação de trânsito. (Redação dada pela Lei
de 2016) (Vigência) nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 2º  O órgão responsável deverá publicar, anualmente, § 1o  O objetivo geral do estabelecimento de metas é,
na rede mundial de computadores (internet), dados sobre ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade, no míni-
a receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito mo, o índice nacional de mortos por grupo de veículos e o
e sua destinação.(Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vi- índice nacional de mortos por grupo de habitantes, relati-
gência) vamente aos índices apurados no ano da entrada em vigor
Art. 320-A.  Os órgãos e as entidades do Sistema Na- da lei que cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e
cional de Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e Lesões no Trânsito (Pnatrans).  (Incluído pela Lei nº 13.614,
o aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por de 2018) (Vigência)
meio do compartilhamento da receita arrecadada com a § 2o  As metas expressam a diferença a menor, em base
cobrança das multas de trânsito. (Redação dada pela Lei nº percentual, entre os índices mais recentes, oficialmente
13.281, de 2016) apurados, e os índices que se pretende alcançar.  (Incluído
Art. 321.  (VETADO) pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
Art. 322.  (VETADO) § 3o  A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a as respectivas margens de tolerância.  (Incluído pela Lei nº
metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecen- 13.614, de 2018) (Vigência)
do percentuais de tolerância, sendo durante este período § 4o  As metas serão fixadas pelo Contran para cada um
suspensa a vigência das penalidades previstas no inciso V dos Estados da Federação e para o Distrito Federal, me-
do art. 231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por diante propostas fundamentadas dos Cetran, do Contran-
duzentos quilogramas ou fração de excesso. dife e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, no
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se re- âmbito das respectivas circunscrições.  (Incluído pela Lei nº
fere este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são 13.614, de 2018) (Vigência)
aqueles estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novem- § 5o  Antes de submeterem as propostas ao Contran,
bro de 1985. os Cetran, o Contrandife e o Departamento de Polícia Ro-
Art. 324.  (VETADO) doviária Federal realizarão consulta ou audiência pública
para manifestação da sociedade sobre as metas a serem
Art. 325.  As repartições de trânsito conservarão por,
propostas.  (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
no mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à ha-
§ 6o  As propostas dos Cetran, do Contrandife e do
bilitação de condutores, ao registro e ao licenciamento de
Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão encami-
veículos e aos autos de infração de trânsito. (Redação dada
nhadas ao Contran até o dia 1o de agosto de cada ano,
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
acompanhadas de relatório analítico a respeito do cumpri-
§ 1º Os documentos previstos no caput poderão ser
mento das metas fixadas para o ano anterior e de exposi-
gerados e tramitados eletronicamente, bem como arqui-
ção de ações, projetos ou programas, com os respectivos
vados e armazenados em meio digital, desde que assegu-
orçamentos, por meio dos quais se pretende cumprir as
rada a autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a metas propostas para o ano seguinte.  (Incluído pela Lei nº
segurança das informações, e serão válidos para todos os 13.614, de 2018) (Vigência)
efeitos legais, sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda § 7o  As metas fixadas serão divulgadas em setembro,
física. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) durante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o de-
§ 2º  O Contran regulamentará a geração, a tramitação, sempenho, absoluto e relativo, de cada Estado e do Distrito
o arquivamento, o armazenamento e a eliminação de do- Federal no cumprimento das metas vigentes no ano an-
cumentos eletrônicos e físicos gerados em decorrência da terior, detalhados os dados levantados e as ações realiza-
aplicação das disposições deste Código. (Incluído pela Lei das por vias federais, estaduais e municipais, devendo tais
nº 13.281, de 2016) (Vigência) informações permanecer à disposição do público na rede
§ 3º  Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema mundial de computadores, em sítio eletrônico do órgão
deverá ser certificado digitalmente, atendidos os requisitos máximo executivo de trânsito da União.  (Incluído pela Lei
de autenticidade, integridade, validade jurídica e interope- nº 13.614, de 2018) (Vigência)
rabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira § 8o  O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia
(ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional
Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemo- de Trânsito, definirá as fórmulas para apuração dos índices
rada anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de que trata este artigo, assim como a metodologia para
de setembro. a coleta e o tratamento dos dados estatísticos necessários
Art. 326-A.  A atuação dos integrantes do Sistema Na- para a composição dos termos das fórmulas.  (Incluído pela
cional de Trânsito, no que se refere à política de segurança Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
no trânsito, deverá voltar-se prioritariamente para o cum- § 9o  Os dados estatísticos coletados em cada Estado e
primento de metas anuais de redução de índice de mortos no Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo res-
por grupo de veículos e de índice de mortos por grupo de pectivo órgão ou entidade executivos de trânsito, que os
habitantes, ambos apurados por Estado e por ano, deta- repassará ao órgão máximo executivo de trânsito da União
lhando-se os dados levantados e as ações realizadas por até o dia 1o de março, por meio do sistema de registro na-
vias federais, estaduais e municipais.  (Incluído pela Lei nº cional de acidentes e estatísticas de trânsito.  (Incluído pela
13.614, de 2018) (Vigência) Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 10.  Os dados estatísticos sujeitos à consolidação I – conservado, quando apresenta condições de segu-
pelo órgão ou entidade executivos de trânsito do Estado rança para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ou do Distrito Federal compreendem os coletados naquela II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído
circunscrição:  (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018)  (Vi- pela Lei nº 13.160, de 2015)
gência) § 2o Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão execu- avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando
será arrematado pelo maior lance, desde que por valor não
tivo rodoviário da União;  (Incluído pela Lei nº 13.614, de
inferior a cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela
2018) (Vigência)
Lei nº 13.160, de 2015)
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade execu- § 3o Mesmo classificado como conservado, o veículo
tivos rodoviários do Estado ou do Distrito Federal;  (Incluí- que for levado a leilão por duas vezes e não for arremata-
do pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) do será leiloado como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160,
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e de 2015)
pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Mu- § 4o É vedado o retorno do veículo leiloado como suca-
nicípios.  (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) ta à circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 11.  O cálculo dos índices, para cada Estado e para o § 5o A cobrança das despesas com estada no depósito
Distrito Federal, será feito pelo órgão máximo executivo de será limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº
trânsito da União, ouvidos o Departamento de Polícia Ro- 13.160, de 2015)
doviária Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de § 6o Os valores arrecadados em leilão deverão ser utili-
Trânsito.  (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) zados para custeio da realização do leilão, dividindo-se os
§ 12.   Os índices serão divulgados oficialmente até o custos entre os veículos arrematados, proporcionalmente
ao valor da arrematação, e destinando-se os valores rema-
dia 31 de março de cada ano.  (Incluído pela Lei nº 13.614,
nescentes, na seguinte ordem, para: (Incluído pela Lei nº
de 2018) (Vigência) 13.160, de 2015)
§ 13.  Com base em índices parciais, apurados no de- I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela
correr do ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife pode- Lei nº 13.160, de 2015)
rão recomendar aos integrantes do Sistema Nacional de II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do §
Trânsito alterações nas ações, projetos e programas em de- 10; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
senvolvimento ou previstos, com o fim de atingir as metas III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de
fixadas para cada um dos Estados e para o Distrito Fede- crédito com garantia real, segundo a ordem de preferência
ral.  (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) estabelecida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro
§ 14.  A partir da análise de desempenho a que se re- de 1966 (Código Tributário Nacional);(Incluído pela Lei nº
fere o § 7o deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, 13.160, de 2015)
também durante a Semana Nacional de Trânsito:  (Incluído IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade respon-
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) sável pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Dis-
do Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem crono-
trito Federal, uma referente ao ano analisado e outra que lógica; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
considere a evolução do desempenho dos Estados e do VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferên-
Distrito Federal desde o início das análises;  (Incluído pela cia legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) § 7o  Sendo insuficiente o valor arrecadado para qui-
II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo tar os débitos incidentes sobre o veículo, a situação será
geral do estabelecimento de metas previsto no § 1o deste comunicada aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
artigo.  (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) 2015)
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somen- § 8o Os órgãos públicos responsáveis serão comunica-
te poderão ser fabricados e licenciados veículos que obe- dos do leilão previamente para que formalizem a desvincu-
deçam aos limites de peso e dimensões fixados na forma lação dos ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo
desta Lei, ressalvados os que vierem a ser regulamentados de dez dias. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
pelo CONTRAN. § 9o Os débitos incidentes sobre o veículo antes da
alienação administrativa ficam dele automaticamente des-
Parágrafo único.  (VETADO)
vinculados, sem prejuízo da cobrança contra o proprietário
Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qual-
anterior. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
quer título e não reclamado por seu proprietário dentro § 10. Aplica-se o disposto no § 9o inclusive ao débito
do prazo de sessenta dias, contado da data de recolhi- relativo a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o
mento, será avaliado e levado a leilão, a ser realizado pre- domínio útil, a posse, a circulação ou o licenciamento de
ferencialmente por meio eletrônico. (Redação dada pela veículo. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Lei nº 13.160, de 2015) § 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o
§ 1o Publicado o edital do leilão, a preparação poderá veículo, por qualquer meio, os débitos serão novamente
ser iniciada após trinta dias, contados da data de recolhi- vinculados ao bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto
mento do veículo, o qual será classificado em duas catego- nos §§ 1o, 2o e 3o do art. 271.(Incluído pela Lei nº 13.160,
rias: (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) de 2015)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será a possuir livros de registro de seu movimento de entrada e
depositado em conta específica do órgão responsável pela saída e de uso de placas de experiência, conforme modelos
realização do leilão e ficará à disposição do antigo proprie- aprovados e rubricados pelos órgãos de trânsito.
tário, devendo ser expedida notificação a ele, no máximo § 1º Os livros indicarão:
em trinta dias após a realização do leilão, para o levanta- I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
mento do valor no prazo de cinco anos, após os quais o II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
valor será transferido, definitivamente, para o fundo a que vendedor;
se refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela Lei nº III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
13.160, de 2015) IV - nome, endereço e identidade do comprador;
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, V - características do veículo constantes do seu certifi-
ao animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado cado de registro;
por seu proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da VI - número da placa de experiência.
data de recolhimento, conforme regulamentação do CON- § 2º Os livros terão suas páginas numeradas tipografi-
TRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) camente e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo
§ 14.  Se identificada a existência de restrição policial que, no primeiro caso, conterão termo de abertura e en-
ou judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade cerramento lavrados pelo proprietário e rubricados pela re-
responsável pela restrição será notificada para a retirada partição de trânsito, enquanto, no segundo, todas as folhas
do bem do depósito, mediante a quitação das despesas serão autenticadas pela repartição de trânsito.
com remoção e estada, ou para a autorização do leilão nos § 3º A entrada e a saída de veículos nos estabeleci-
termos deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de mentos referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo
2016) (Vigência) dia em que se verificarem assinaladas, inclusive, as horas
  § 15.  Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da a elas correspondentes, podendo os veículos irregulares lá
notificação de que trata o § 14, não houver manifestação encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos
da autoridade responsável pela restrição judicial ou poli- para sua completa regularização.
cial, estará o órgão de trânsito autorizado a promover o
§ 4º As autoridades de trânsito e as autoridades poli-
leilão do veículo nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei
ciais terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não
nº 13.281, de 2016) (Vigência)
podendo, entretanto, retirá-los do estabelecimento.
  § 16.  Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de
§ 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude
bens automotores que se encontrarem nos depósitos há
ao realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com
mais de 1 (um) ano poderão ser destinados à reciclagem,
a multa prevista para as infrações gravíssimas, indepen-
independentemente da existência de restrições sobre o
dente das demais cominações legais cabíveis.
veículo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 6o Os livros previstos neste artigo poderão ser subs-
  § 17.  O procedimento de hasta pública na hipótese
do § 16 será realizado por lote de tonelagem de material tituídos por sistema eletrônico, na forma regulamentada
ferroso, observando-se, no que couber, o disposto neste pelo Contran.(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
artigo, condicionando-se a entrega do material arremata- Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que
do aos procedimentos necessários à descaracterização to- passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamen-
tal do bem e à destinação exclusiva, ambientalmente ade- to dos recursos administrativos previstos na Seção II do Ca-
quada, à reciclagem siderúrgica, vedado qualquer aprovei- pítulo XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará
tamento de peças e partes. (Incluído pela Lei nº 13.281, de a cargo dos órgãos ora existentes.
2016) (Vigência) Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Siste-
  § 18.  Os veículos sinistrados irrecuperáveis queima- ma Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do
dos, adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as
possibilidade de regularização perante o órgão de trânsi- facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecen-
to, serão destinados à reciclagem, independentemente do do-lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes
período em que estejam em depósito, respeitado o prazo inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão
previsto no caput deste artigo, sempre que a autoridade atender prontamente suas requisições.
responsável pelo leilão julgar ser essa a medida apropriada. Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vin-
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) te dias após a nomeação de seus membros, as disposições
Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os previstas nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos
arts. 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos ro-
apresentar, previamente, certidão negativa do registro de doviários para exercerem suas competências.
distribuição criminal relativamente aos crimes de homicí- § 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes te-
dio, roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a rão prazo de um ano, após a edição das normas, para se
cada cinco anos, junto ao órgão responsável pela respecti- adequarem às novas disposições estabelecidas pelo CON-
va concessão ou autorização. TRAN, conforme disposto neste artigo.
Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem refor- § 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem cria-
mas ou recuperação de veículos e os que comprem, ven- dos exercerão as competências previstas neste Código em
dam ou desmontem veículos, usados ou não, são obrigados cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo res-
pectivo CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou CON- RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE
TRAN, se órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal TRÂNSITO (CONTRAN)
ou da União, passando a integrar o Sistema Nacional de Nº 432/2013 - DISPÕE SOBRE OS
Trânsito. PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS
Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão PELAS AUTORIDADES DE TRÂNSITO E
ser homologadas pelo órgão ou entidade competente no SEUS AGENTES NA FISCALIZAÇÃO DO
prazo de um ano, a partir da publicação deste Código, de- CONSUMO DE ÁLCOOL OU DE OUTRA
vendo ser retiradas em caso contrário. SUBSTÂNCIA PSICOATIVA QUE DETERMINE
Art. 335.  (VETADO) DEPENDÊNCIA.
Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no
Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de tre-
zentos e sessenta dias da publicação desta Lei, após a ma-
nifestação da Câmara Temática de Engenharia, de Vias e RESOLUÇÃO Nº 432, DE 23 DE JANEIRO DE 2013.
Veículos e obedecidos os padrões internacionais. Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pe-
Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro las autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização
dos Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRAN- do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa
DIFE, do Distrito Federal. que determine dependência, para aplicação do disposto
Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importa- nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de se-
dores e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores tembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
de qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer,
no ato da comercialização do respectivo veículo, manual O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das
contendo normas de circulação, infrações, penalidades, di- atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº
reção defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro. Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto nº
Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir cré- 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do
dito especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessen- Sistema Nacional de Trânsito.
ta e quatro mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), em
CONSIDERANDO a nova redação dos art. 165, 276, 277
favor do ministério ou órgão a que couber a coordenação
e 302, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, dada
máxima do Sistema Nacional de Trânsito, para atender as
pela Lei nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012; CONSI-
despesas decorrentes da implantação deste Código. DERANDO o estudo da Associação Brasileira de Medicina
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias de Tráfego, ABRAMET, acerca dos procedimentos médicos
após a data de sua publicação. para fiscalização do consumo de álcool ou de outra subs-
Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de tância psicoativa que determine dependência pelos con-
setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, dutores; e
de 10 de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de
1974, 6.308, de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de CONSIDERANDO o disposto nos processos nºs
outubro de 1976, 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, 80001.005410/2006-70, 80001.002634/2006-20 e
de 20 de setembro de 1982,  7.052, de 02 de dezembro 80000.000042/2013-11; RESOLVE,
de 1982, 8.102, de 10 de dezembro de 1990, os arts. 1º a
6º e 11 do Decreto-lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e Art. 1º Definir os procedimentos a serem adotados pe-
os Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969, 912, de 2 las autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização
de outubro de 1969, e 2.448, de 21 de julho de 1988. do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa
Brasília, 23 de setembro de 1997; 176º da Independên- que determine dependência, para aplicação do disposto
cia e 109º da República. nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de se-
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO tembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Iris Rezende  Art. 2º A fiscalização do consumo, pelos condutores
de veículos automotores, de bebidas alcoólicas e de ou-
tras substâncias psicoativas que determinem dependência
deve ser procedimento operacional rotineiro dos órgãos
de trânsito.
Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade psi-
comotora em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência dar-se-á
por meio de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos
a serem realizados no condutor de veículo automotor:
I – exame de sangue;

45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
II – exames realizados por laboratórios especializados, II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou
indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar
ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admis-
substâncias psicoativas que determinem dependência; sível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para
III – teste em aparelho destinado à medição do teor Etilômetro” constante no Anexo I;
alcoólico no ar alveolar (etilômetro); III – sinais de alteração da capacidade psicomotora ob-
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da tidos na forma do art. 5º.
capacidade psicomotora do condutor. Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e me-
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também
didas administrativas previstas no art. 165 do CTB ao con-
poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo
dutor que recusar a se submeter a qualquer um dos pro-
ou qualquer outro meio de prova em direito admitido.
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priori- cedimentos previstos no art. 3º, sem prejuízo da incidência
zar a utilização do teste com etilômetro. do crime previsto no art. 306 do CTB caso o condutor apre-
§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da sente os sinais de alteração da capacidade psicomotora.
capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja com-
provação dessa situação por meio do teste de etilômetro DO CRIME
e houver encaminhamento do condutor para a realização Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será carac-
do exame de sangue ou exame clínico, não será necessário terizado por qualquer um dos procedimentos abaixo:
aguardar o resultado desses exames para fins de autuação I – exame de sangue que apresente resultado igual ou
administrativa. superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue
(6 dg/L);
DO TESTE DE ETILÔMETRO II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou
Art. 4º O etilômetro deve atender aos seguintes requi- superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar
sitos: expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo admis-
I – ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; sível nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para
II – ser aprovado na verificação metrológica inicial, Etilômetro” constante no Anexo I;
eventual, em serviço e anual realizadas pelo Instituto Na- III – exames realizados por laboratórios especializados,
cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO
indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente
ou por órgão da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qua-
ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras
lidade - RBMLQ;
substâncias psicoativas que determinem dependência;
Parágrafo único. Do resultado do etilômetro (medição
realizada) deverá ser descontada margem de tolerância, IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora ob-
que será o erro máximo admissível, conforme legislação tido na forma do art. 5º.
metrológica, de acordo com a “Tabela de Valores Referen- § 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não
ciais para Etilômetro” constante no Anexo I. elide a aplicação do disposto no art. 165 do CTB.
§ 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o
DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICO- condutor e testemunhas, se houver, serão encaminhados à
MOTORA Polícia Judiciária, devendo ser acompanhados dos elemen-
Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade psicomo- tos probatórios.
tora poderão ser verificados por:
I – exame clínico com laudo conclusivo e firmado por DO AUTO DE INFRAÇÃO
médico perito; ou Art. 8º Além das exigências estabelecidas em regula-
II – constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsi- mentação específica, o auto de infração lavrado em de-
to, dos sinais de alteração da capacidade psicomotora nos corrência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá
termos do Anexo II. conter:
§ 1º Para confirmação da alteração da capacidade psi- I – no caso de encaminhamento do condutor para exa-
comotora pelo agente da Autoridade de Trânsito, deverá
me de sangue, exame clínico ou exame em laboratório es-
ser considerado não somente um sinal, mas um conjunto
pecializado, a referência a esse procedimento;
de sinais que comprovem a situação do condutor.
II – no caso do art. 5º, os sinais de alteração da capaci-
§ 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora
de que trata o inciso II deverão ser descritos no auto de dade psicomotora de que trata o Anexo II ou a referência
infração ou em termo específico que contenha as informa- ao preenchimento do termo específico de que trata o § 2º
ções mínimas indicadas no Anexo II, o qual deverá acom- do art. 5º;
panhar o auto de infração. III – no caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e
nº de série do aparelho, nº do teste, a medição realizada, o
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA valor considerado e o limite regulamentado em mg/L;
Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será ca- IV – conforme o caso, a identificação da (s) testemunha
racterizada por: (s), se houve fotos, vídeos ou outro meio de prova comple-
I – exame de sangue que apresente qualquer concen- mentar, se houve recusa do condutor, entre outras infor-
tração de álcool por litro de sangue; mações disponíveis.

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
§ 1º Os documentos gerados e o resultado dos exames
de que trata o inciso I deverão ser anexados ao auto de Nº 607/2016 - ESTABELECE O REGISTRO
infração. NACIONAL DE ACIDENTES E ESTATÍSTICAS
§ 2º No caso do teste de etilômetro, para preenchi- DE TRÂNSITO – RENAEST E DÁ OUTRAS
mento do campo “Valor Considerado” do auto de infração,
PROVIDÊNCIAS.
deve-se observar as margens de erro admissíveis, nos ter-
mos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro”
constante no Anexo I.

DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN),


Art. 9° O veículo será retido até a apresentação de no uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso
condutor habilitado, que também será submetido à fis- I, da lei nº 9.503, de 23 de setembro de1997, que instituiu
calização. o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto
Parágrafo único. Caso não se apresente condutor habi- no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
litado ou o agente verifique que ele não está em condições Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
de dirigir, o veículo será recolhido ao depósito do órgão Considerando os dispostos nos incisos X e XI do art. 19,
ou entidade responsável pela fiscalização, mediante recibo. do Código de Trânsito Brasileiro, e as Diretrizes da Política
Art. 10. O documento de habilitação será recolhido Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
pelo agente, mediante recibo, e ficará sob custódia do ór- Considerando a necessidade de implantação de uma
gão ou entidade de trânsito responsável pela autuação até base nacional de registro de informações sobre acidentes
que o condutor comprove que não está com a capacidade de trânsito e suas consequências no território nacional, de
psicomotora alterada, nos termos desta Resolução. estabelecimento de uma sistemática para comunicação,
§ 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou en- registro, controle, consulta e acompanhamento de tais
tidade de trânsito responsável pela autuação no prazo de informações e de implantação de uma base nacional de
5 (cinco) dias da data do cometimento da infração, o do- estatísticas de trânsito, que subsidiem o desenvolvimento
cumento será encaminhado ao órgão executivo de trânsi- de estudos, pesquisas e ações que visem à melhoria da se-
to responsável pelo seu registro, onde o condutor deverá gurança viária no país;
buscar seu documento. RESOLVE:
§ 2º A informação de que trata o § 1º deverá constar
no recibo de recolhimento do documento de habilitação. Art. 1º O RENAEST é o sistema de registro, gestão e
controle de informações sobre acidentes de trânsito, in-
DISPOSIÇÕES GERAIS tegrado aos sistemas: Registro Nacional de Veículos Au-
Art. 11. É obrigatória a realização do exame de alcoole- tomotores – RENAVAM, Registro Nacional de Condutores
mia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito. Habilitados – RENACH e Registro Nacional de Infrações –
Art. 12. Ficam convalidados os atos praticados na vi- RENAINF, e complementado por informações dos diversos
gência da Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de dezem- órgãos integrados.
bro de 2012, com o reconhecimento da margem de to- § 1º As informações sobre acidentes de trânsito serão
lerância de que trata o art. 1º da Deliberação CONTRAN disponibilizadas por meio do Boletim de Ocorrência de
referida no caput (0,10 mg/L) como limite regulamentar. Acidente de Trânsito – BOAT.
Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº § 2º A integração aos sistemas de que trata o caput se
109, de 21 de Novembro de 1999, e nº 206, de 20 de ou- dará de forma a complementar o registro do BOAT, tornan-
tubro de 2006, e a Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de do o registro mais célere e com informações consistentes,
dezembro de 2012. e pela disponibilização de dados estatísticos.
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua Art. 2º O RENAEST tem por objetivo disponibilizar sis-
publicação. temática de registro e consolidação das variáveis relativas
à acidentalidade no trânsito, à segurança viária e outras in-
formações sobre o trânsito, com vistas ao desenvolvimento
de estudos, pesquisas e ações que possibilitem tornar o
trânsito brasileiro mais seguro.
Art. 3º O RENAEST, coordenado pelo Departamento
Nacional de Trânsito – DENATRAN, será integrado pelos
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito – SNT,
pelos órgãos e entidades que realizem o registro de bole-
tins de ocorrência de acidentes de trânsito.
Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros, o Serviço de
Atendimento Médico de Urgência – SAMU, o Ministério
da Saúde, as Secretarias de Saúde dos Estados e do Dis-
trito Federal e a seguradora administradora do Consór-
cio do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos

47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Automotores de Via Terrestre – DPVAT poderão também VII – solucionar conflitos entre os órgãos e entidades
ser integrados ao RENAEST, desde que firmem convênio integrados;
com os órgãos de trânsito dos Estados, Municípios e Distri- VIII – apresentar ao CONTRAN relatório semestral das
to Federal para fornecimento das ferramentas necessárias informações obtidas pelo RENAEST.
para registro e controle de informações sobre as vítimas de Parágrafo único. O DENATRAN estabelecerá, no prazo
acidentes de trânsito. de 30 (trinta) dias, as informações mínimas constantes no
Art. 4º Os órgãos e entidades de que trata o art. 3º BOAT, a definição dos conceitos que regem o trânsito e os
deverão integrar-se ao RENAEST para fins de fornecimen- procedimentos padrões a serem observados pelos agentes
to das informações referentes aos acidentes e estatísticas que realizarem o registro do BOAT e pelos órgãos quando
regionais e locais e para participação no processo de ho- da homologação das informações no sistema, de forma a
mologação de tais informações, objetivando o seu registro uniformizar as informações registradas no RENAEST.
na base nacional. Art. 8º A integração referida no § 2º, do art. 4º, desta
§ 1º Para fins de consolidação das informações na base Resolução, dar-se-á no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
nacional do RENAEST, serão estabelecidas três homolo- a contar da data de implantação do RENAEST.
gações: a primeira, em nível municipal, que será realizada Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito re-
pelos órgãos executivos de trânsito dos municípios inte- feridos no § 4º do art. 4º terão um prazo de 90 (noventa)
grados ao SNT; a segunda, em nível estadual, que será rea- dias, após a integração do órgão ou entidade executivo de
lizada pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados e trânsito das unidades da federação de sua circunscrição,
do Distrito Federal; e a terceira, em nível federal, que será para integrar-se ao RENAEST.
realizada pelo DENATRAN. Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
§ 2º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do publicação.
Distrito Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ministério Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN n. 208, de
da Saúde e a seguradora administradora do Seguro DPVAT 26 de outubro de 2006.
deverão integrar-se ao RENAEST por meio do DENATRAN.
§ 3º As Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito
Federal poderão integrar-se ao RENAEST por meio do Mi-
nistério da Saúde. Nº 711/2017 - ESTABELECE CONTEÚDO
§ 4º Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos MÍNIMO DO MANUAL BÁSICO DE
municípios integrados ao SNT e as polícias militares e civis SEGURANÇA NO TRÂNSITO.
dos Estados e do Distrito Federal, que realizarem o regis-
tro do BOAT, deverão integrar-se ao RENAEST por meio
do órgão ou entidade executivo de trânsito da unidade da
federação de sua circunscrição. O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN),
§ 5º Os órgãos e entidades integrados ao RENAEST no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12, in-
adotarão todas as medidas necessárias ao seu efetivo fun- ciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
cionamento. instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme
Art. 5º Os órgãos que realizam o registro de boletins de o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
ocorrência de acidentes de trânsito no território nacional coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
deverão observar o estabelecido nesta resolução, sendo o Considerando que cabe ao CONTRAN zelar pela uni-
BOAT registrado no RENAEST como modelo padrão de co- formidade e cumprimento das normas contidas neste Có-
leta de informações sobre as ocorrências de acidentes de digo e nas resoluções complementares, conforme estabe-
trânsito no Brasil. lece o Art. 12 do CTB, inciso VII, do CTB;
Art. 6º A seguradora administradora do Seguro DPVAT Considerando a necessidade de estabelecer conteúdo
deverá informar os fatos que levaram à concessão do be- mínimo das informações previstas no art. 338 do CTB;
nefício e as consequências sofridas pela vítima entre a data Considerando o que consta nos Processos Administra-
do acidente e 30 (trinta) dias após o acidente, em módulo tivos no 80000.010678/2015-24 e 80000.025956/2015-48,
específico no Sistema RENAEST. RESOLVE:
Art. 7º Caberá ao DENATRAN:
I – organizar e manter o RENAEST; Art. 1º Esta Resolução estabelece o conteúdo mínimo
II – desenvolver e padronizar os procedimentos opera- do Manual Básico de Segurança no Trânsito, conforme de-
cionais do sistema; finido no Art. 338 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
III – assegurar correta gestão do RENAEST; Parágrafo único. A apresentação do Manual de Segu-
IV – definir as atribuições operacionais dos órgãos e rança deverá seguir a ordem descrita abaixo, conforme
entidades integrados; Anexo desta Resolução:
V – cumprir e fazer cumprir esta Resolução e as instru- I - Normas de circulação;
ções complementares; II – Infrações e penalidades;
VI – estabelecer procedimentos para a integração dos III - Direção defensiva;
órgãos e entidades de que trata o art. 3º; IV - Primeiros socorros;

48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
V - Anexos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). considerando os fundamentos e os objetivos do Es-
Art. 2º As montadoras, encarroçadoras, os importado- tado democrático de Direito, em especial a cidadania e a
res e fabricantes, ao comercializarem veículos automotores dignidade da pessoa humana para construção de uma so-
de qualquer categoria e ciclos, são obrigados a fornecer, ciedade livre e justa, com respeito aos direitos e deveres
no ato da comercialização do respectivo veículo, manual individuais e coletivos;
contendo normas de circulação, infrações, penalidades, di- considerando os anseios e propósitos expressos pela
reção defensiva, primeiros socorros e Anexos do Código de sociedade brasileira em todos os fóruns de discussão de
Trânsito Brasileiro. políticas públicas para o trânsito, com ampla participação
§ 1º O Manual poderá ser fornecido em versão ele- dos segmentos que a constituem, pessoas e entidades, ór-
trônica, impressa ou disponibilizado no sítio eletrônico da gãos e comunidades, resolve:
montadora, encarroçadora, importador ou fabricante. Art. 1º - Ficam aprovadas as diretrizes da Política Nacio-
§ 2º É de responsabilidade da montadora, encarroça- nal de Trânsito - PNT, constantes do Anexo desta Resolução.
Art. 2º - Cabe ao órgão máximo executivo de trânsito
dora, importadora e fabricante as informações e atualiza-
da União, ouvidos os demais órgãos e entidades do Siste-
ções do Manual.
ma Nacional de Trânsito, a formulação do Programa Nacio-
Art. 3º Os requisitos constantes nesta Resolução apli-
nal de Trânsito.
car-se-ão a todos os veículos automotores produzidos ou
Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
importados, 12 (doze) meses a partir da data de publicação publicação.
desta Resolução, sendo facultado antecipar a sua adoção
total ou parcial.
Art. 4º O Anexo desta Resolução encontra-se no sítio ANEXO
eletrônico do DENATRAN: www.denatran.gov.br. 1. INTRODUÇÃO
Art.5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua A segurança no trânsito é um problema atual, sério
publicação. e mundial, mas absolutamente urgente no Brasil. A cada
ano, mais de 33 mil pessoas são mortas e cerca de 400
Prezado candidato, para ter consultar os anexos das mil tornam-se feridas ou inválidas em ocorrências de trân-
resoluções citadas acesse cada uma delas na íntegra em sito. Nossos índices de fatalidade na circulação viária são
http://www.denatran.gov.br/resolucoes bastante superiores às dos países desenvolvidos e repre-
sentam uma das principais causas de morte prematura da
população economicamente ativa.
As ocorrências trágicas no trânsito, grande parte delas
previsíveis e, portanto, evitáveis, consideradas apenas as
POLÍTICA NACIONAL DE TRÂNSITO em áreas urbanas, causam uma perda da ordem de R$ 5,3
bilhões por ano, valor esse que, certamente, inibe o desen-
volvimento econômico e social do país.
Desde a promulgação do Código de Trânsito Brasileiro
RESOLUÇÃO Nº 166, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 - CTB em 1997, houve um despertar de consciência para a
MINISTÉRIO DAS CIDADES gravidade do problema. No entanto, o estágio dessa cons-
CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO cientização e sua tradução em ações efetivas ainda são ex-
DOU de 18/10/2004 (nº 200, Seção 1, pág. 76) tremamente discretos e insuficientes para representar um
Aprova as diretrizes da Política Nacional de Trânsito. verdadeiro enfrentamento da questão.
Para reduzirem-se as ocorrências e implementar-se a
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
civilidade no trânsito, é preciso tratá-lo como uma questão
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
multidisciplinar que envolve problemas sociais, econômi-
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
cos, laborais e de saúde, onde a presença do estado de
Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº
forma isolada e centralizadora não funciona.
4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coorde- O verdadeiro papel do estado é assumir a liderança de
nação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT, e um grande e organizado esforço nacional em favor de um
considerando que a aplicação e a eficácia do CTB, em trânsito seguro, mobilizando, coordenando e catalisando
especial da disposição contida no art. 1º, § 3º, segundo a as forças de toda a sociedade.
qual o trânsito, em condições seguras, é um direito de to- A Política Nacional de Trânsito tem o cidadão brasileiro
dos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sis- como seu maior beneficiário. Traça rumos e cria condições
tema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das para a abordagem do trânsito de forma integrada ao uso
respectivas competências, adotar as medidas destinadas a do solo, ao desenvolvimento urbano e regional, ao trans-
assegurar esse direito; porte em suas diferentes modalidades, à educação, à saúde
considerando a necessidade de serem estabelecidos, e ao meio ambiente.
para todo o território nacional, fundamentos para uni- A Política Nacional de Trânsito tem por base a Cons-
formidade e integração das ações do Sistema Nacional tituição Federal; como marco legal relevante o Código
de Trânsito; de Trânsito Brasileiro; como referenciais a Convenção de

49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Viena (Convenção sobre o Tráfego Viário de Viena, à qual h) Fórum Consultivo de Trânsito: colegiado constituído
o Brasil aderiu, por meio do Decreto nº 86.714, de 10 de por 54 representantes, e igual número de suplentes, dos
dezembro de 1981) e o Acordo Mercosul (Acordo sobre a órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e que
Regulamentação Básica Unificada de Trânsito, entre Brasil, tem por finalidade assessorar o Contran em suas decisões.
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, autori- i) Sistema Nacional de Trânsito: conjunto de órgãos
zado por Decreto, de 3 de agosto de 1993); por agente o e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e
Sistema Nacional de Trânsito - SNT, conjunto de órgãos e dos Municípios, que tem por finalidade o exercício das
entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos atividades de planejamento, administração, normalização,
Municípios, cuja finalidade é o exercício das atividades de pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação,
planejamento, administração, normalização, pesquisa, re- habilitação e reciclagem de condutores, educação, enge-
gistro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e nharia, operação e fiscalização de trânsito, policiamento,
educação continuada de condutores, educação, engenha- julgamento de recursos a infrações de trânsito e aplicação
ria, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, de penalidades. Conta, atualmente, com cerca de 1.240 ór-
julgamento de infrações e de recursos e aplicação de pe- gãos e entidades municipais, 162 estaduais e 6 federais.
nalidades. Congregando mais de 50.000 mil profissionais.
A gestão do trânsito brasileiro é responsabilidade de A Política Nacional de Trânsito, como marco referen-
um amplo conjunto de órgãos e entidades, devendo os cial, considera um conjunto de fatores históricos, culturais,
mesmos estar em constante integração, dentro da gestão sociais e ambientais que caracteriza a realidade brasileira.
federativa, para efetiva aplicação do CTB e cumprimento da A partir do cenário assim constituído, a Política em questão
Política Nacional de Trânsito, conforme descrição sucinta a integra objetivos e diretrizes que buscam traduzir valores,
seguir: princípios, aspirações e anseios da sociedade, em busca do
a) Ministério das Cidades: os assuntos de sua compe- exercício pleno da cidadania e da conquista da dignidade
tência são o saneamento ambiental, os programas urbanos, humana e da qualidade de vida plena.
a habitação, o trânsito e o transporte e mobilidade urbana. A Política Nacional de Trânsito, prevista no Código de
O Ministério das Cidades é o coordenador máximo do Sis- Trânsito Brasileiro, que incumbe o Sistema Nacional de
tema Nacional de Trânsito - SNT e a ele está vinculado o Trânsito propor e o Conselho Nacional de Trânsito de esta-
Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e subordinado belecer suas diretrizes, deve se harmonizar com as políticas
o Departamento Nacional de Trânsito - DENATRANº Cabe estabelecidas por outros Conselhos Nacionais, em especial
ao Ministério presidir o Conselho das Cidades e participa- com o Conselho das Cidades, órgão colegiado que reúne
ção na Câmara Interministerial de Trânsito. representantes do poder público e da sociedade civil e que
b) Câmara Interministerial de Trânsito: constituída por tem por foco o desenvolvimento urbano e regional, a po-
dez Ministérios, tem o objetivo de harmonizar os respecti- lítica fundiária e de habitação, o saneamento ambiental, o
vos orçamentos destinados às questões de trânsito. trânsito e o transporte e mobilidade urbana, além do Con-
c) Conselho Nacional de Trânsito: constituído por re- selho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, e do Conse-
presentantes de sete Ministérios, tem por competência, lho Nacional da Saúde.
dentre outras, estabelecer as normas regulamentares re- 2. POLÍTICA NACIONAL DE TRÂNSITO
feridas no Código de Trânsito Brasileiro e estabelecer as 2.1. Marco Referencial
diretrizes da Política Nacional de Trânsito. A Política Nacional de Trânsito é instrumento da Polí-
d) Conferência Nacional das Cidades: prevista no Es- tica de Governo expressa no Plano Brasil para Todos e que
tatuto das Cidades, é realizada a cada dois anos e tem por tem por macroobjetivos:
objetivo propor princípios e diretrizes para as políticas se- a) O crescimento com geração de trabalho, emprego e
toriais e para a política nacional das cidades. renda, ambientalmente sustentável e redutor de desigual-
e) Conselho das Cidades: colegiado constituído por re- dades regionais.
presentantes do estado em seus três níveis de governo e b) Inclusão social e redução das desigualdades sociais.
da sociedade civil - 71 membros titulares e igual número c) Promoção e expansão da cidadania e fortalecimento
de suplentes, e mais 27 observadores -, tem por objetivo da democracia.
estudar e propor diretrizes para o desenvolvimento urbano 2.1.1. Segurança de Trânsito
e regional com a participação social. O trânsito em condições seguras é um direito de todos
f) Departamento Nacional de Trânsito: órgão executi- e um dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
vo máximo da União, cujo dirigente preside o Contran e Trânsito, aos quais cabe adotar as medidas necessárias para
que tem por finalidade, dentre outras, a coordenação e a assegurar esse direito. Considera-se trânsito a utilização
supervisão dos órgãos delegados e a execução da Política das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
Nacional de Trânsito. grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
g) Câmaras Temáticas: órgãos técnicos compostos por estacionamento e operação de carga ou descarga (art. 1,º
representantes do estado e da sociedade civil e que tem a § 2º do CTB).
finalidade de estudar e oferecer sugestões e embasamento Estatísticas de acidentes de trânsito indicam a ocorrên-
técnico para decisões do Contranº São seis Câmaras Temá- cia de cerca de 350 mil acidentes anuais com vítimas em
ticas, cada qual com treze membros titulares e respectivos todo o país, dos quais resultam cerca de 33 mil mortos e
suplentes. 400 mil feridos.

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econô- O governo e a sociedade brasileira vêm se mostran-
mica Aplicada - IPEA em parceria com a Associação Na- do a cada dia mais sensíveis e atentos ao investimento e
cional de Transportes Públicos - ANTP e o Departamento à participação em ações educativas de trânsito. É preciso
Nacional de Trânsito - DENATRAN, com a finalidade de fomentar e executar programas educativos contínuos, jun-
mensurar o custo social decorrente do acidente de trânsito to às escolas regulares de ensino e junto à comunidade or-
em aglomerados urbanos, aponta um montante anual de ganizada, centrados em resultados e integrados aos outros
5,3 bilhões de reais. Projetando-se esse valor para incluir aspectos da gestão do trânsito, principalmente com rela-
os acidentes ocorridos nas vias rurais (Vias rurais - estradas ção à segurança, à engenharia de tráfego e à fiscalização.
e rodovias, CTB - Anexo I), estima-se um custo social total A formação e a capacitação de condutores e instruto-
anual da ordem de 10 bilhões de reais. res dos Centro de Formação de Condutores - CFC é outro
Segundo o Informe Mundial sobre Prevenção de Aci- campo a se priorizar, para que as exigências do Código de
dentes causados no Trânsito, publicado pela Organização Trânsito Brasileiro possam ser cumpridas com eficiência e
Mundial da Saúde em 2004, estudos demonstram que os possam fazer parte do currículo dos cursos a discussão da
acidentes de trânsito têm um impacto desproporcional nos cidadania e de valores.
setores mais pobres e vulneráveis da população. Estatísti- 2.1.3. Mobilidade, Qualidade de Vida e Cidadania
cas brasileiras indicam que cerca de 30% dos acidentes de A mobilidade do cidadão no espaço social, centrada
trânsito são atropelamentos, e causam 51% dos óbitos. nas pessoas que transitam e não na maneira como transi-
A estatística nacional de acidentes de trânsito no Brasil, tam, é ponto principal a ser considerado, quando se abor-
que deveria representar a consolidação das informações de dam as questões do trânsito, de forma a considerar a liber-
todos os órgãos e entidades de trânsito, mesmo após a im- dade de ir e vir, de atingir-se o destino que se deseja, de
plantação, pelo DENATRAN, do Sistema Nacional de Esta- satisfazer as necessidades de trabalho, de lazer, de saúde,
tísticas de Trânsito (SINET), ainda é imprecisa e incompleta, de educação e outras.
dada a precariedade e falta de padronização da coleta e Sob o ponto de vista do cidadão que busca melhor
tratamento das informações. qualidade de vida e o seu bem-estar social, o trânsito toma
2.1.2. Educação para o Trânsito nova dimensão. Deixa de estar associado, de forma prepon-
derante, à idéia de fluidez, de ser relacionado apenas aos
A educação para o trânsito é direito de todos e consti-
condutores de veículos automotores e de ser considerado
tui dever prioritário dos componentes do Sistema Nacional
como um fenômeno exclusivo dos grandes centros urba-
de Trânsito (CTB, Capítulo V).
nos, para incorporar as demandas de mobilidade peculia-
A educação para o trânsito deve ser promovida desde
res aos usuários mais frágeis do sistema, como as crianças,
a pré-escola ao ensino superior, por meio de planejamen-
os portadores de necessidades especiais e os idosos.
to e ações integradas entre os diversos órgãos do Sistema O direito de todos os cidadãos de ir e vir, de ocupar
Nacional de Trânsito e do Sistema Nacional de Educação. o espaço público e de conviver socialmente nesse espaço,
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, mediante pro- são princípios fundamentais para compreender a dimensão
posta do Conselho Nacional de Trânsito e do Conselho de do significado expresso na palavra trânsito. Tal abordagem,
Reitores das Universidades Brasileiras, cabe ao Ministério ampliando a visão sobre o trânsito, considera-o como um
da Educação, promover a adoção, em todos os níveis de processo histórico-social que envolve, principalmente, as
ensino, de um currículo interdisciplinar sobre segurança de relações estabelecidas entre as pessoas e o espaço, assim
trânsito, além de conteúdos de trânsito nas escolas de for- como as relações das pessoas entre si.
mação para o magistério e na capacitação de professores A violência no trânsito e a drástica redução da qualida-
e multiplicadores. de de vida no meio urbano, conseqüência direta dos pro-
A educação para o trânsito ultrapassa a mera trans- blemas de mobilidade e ordenamento, leva à necessidade
missão de informações. Tem como foco o ser humano, e de adoção de novos modelos de desenvolvimento urbano
trabalha a possibilidade de mudança de valores, compor- e de transporte, e da introdução, nas políticas públicas, dos
tamentos e atitudes. Não se limita a eventos esporádicos e preceitos de sustentabilidade e desenvolvimento.
não permite ações descoordenadas. Pressupõe um proces- Longe dos grandes centros, também vivem pessoas
so de aprendizagem continuada e deve utilizar metodolo- que se locomovem, muitas vezes em condições precárias,
gias diversas para atingir diferentes faixas etárias e clientela sobre lombos de animais, em carrocerias de pequenos veí-
diferenciada. culos, a pé, em vias inadequadas, muitas vezes sem condi-
A educação para o trânsito tem como mola mestra a ções mínimas de segurança.
disseminação de informações e a participação da popu- 2.1.3.1. O Transporte e o Trânsito
lação na resolução de problemas, principalmente quando O transporte por modo rodoviário ocupa um papel
da implantação de mudanças, e só é considerada eficaz na fundamental na matriz do transporte brasileiro e consti-
medida em que a população-alvo se conscientiza do seu tui fator relevante na abordagem integrada das questões
papel como protagonista no trânsito e modifica compor- do trânsito. Estima-se que 96% das distâncias percorridas
tamentos indevidos. Uma comunidade mal informada não pelas pessoas ocorram em vias urbanas e rurais, 1,8% em
reage positivamente a ações educativas. ferrovias e metrôs e o restante por hidrovias e meios aé-
A educação inclui a percepção da realidade e a adapta- reos. Em relação às cargas, 60,5% são transportadas em
ção, assimilação e incorporação de novos hábitos e atitudes vias urbanas e rurais, 21% em ferrovias, 14% em hidrovias e
frente ao trânsito - enfatizando a co-responsabilidade do o restante por gasodutos/oleodutos, ou meios aéreos (Gei-
governo e sociedade, em busca da segurança e bem-estar. pot, 2001).

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Nas áreas urbanas, os deslocamentos a pé e o uso do Historicamente, o trânsito foi tratado como uma ques-
ônibus são as formas dominantes de deslocamento. Esti- tão policial e de comportamento individual dos usuários,
ma-se que no ano de 2001 estavam em circulação cerca carecendo de um tratamento no campo da engenharia, da
de 115.000 ônibus, transportando 65 milhões de passa- administração do comportamento e da participação social.
geiros por dia. Os sistemas metroviários e ferroviários em Um trânsito ruim e no limite criminoso, por falta de
operação nas regiões metropolitanas e grandes cidades consciência dos seus perigos e por falta de punição, apro-
transportam um volume diário da ordem de 5 milhões de xima-nos da barbárie e do caos. Por outro lado, um trânsito
passageiros. calmo e previsível estabelece um ambiente de civilidade e
de respeito às leis, mostrando a internalização da norma
Os automóveis, cuja produção anual gira em torno de
básica da convivência democrática: todos são iguais peran-
1,5 milhão de veículos, correspondem a mais de 80% da
te a lei e, em contrapartida, obedecê-la é dever de todos.
produção de veículos automotores - sendo que a maioria
O conceito de cidadania implica conflitos, já que, de
é movida a gasolina (93,1% em 2003 e 78,4% até julho de um lado, está a idéia fundamental de indivíduo, e de ou-
2004 com a inclusão dos automóveis com combustível fle- tro, regras universais -um sistema de leis válido para todos
xível gasolina/álcool - ANFAVEA). Observa-se, ainda, a pro- em todo e qualquer espaço social. Assim considerando, é
dução anual de 1,0 milhão de motocicletas (ABRACICLO). O fundamental destacar a dimensão de cidadania inserida no
número de veículos no País tem crescido rapidamente nas trânsito, uma vez que este configura uma situação básica
últimas décadas: de 430.000 em 1950, para 3,1 milhões em de diferença, diversidade, eqüidade, tolerância e de direitos
1970, chegando a 36,5 milhões em 2003. humanos.
O uso de combustíveis fósseis e o crescimento da de- Diferentemente de algumas outras normas sociais, que
manda do transporte rodoviário incidem diretamente na podem ser rompidas ou ignoradas sem que ninguém per-
emissão de poluentes pelos veículos motorizados. Embora ceba, as normas de trânsito produzem um efeito imediato,
compensado em parte pelo fato dos novos veículos pro- levando, sua obediência ou não, à manutenção da quali-
duzidos pela indústria nacional emitirem menor quantida- dade de vida do cidadão e da coletividade, ou a resultados
de de poluentes por quilômetro rodado, a gravidade do desastrosos. Com isso, o trânsito configura-se em uma no-
problema se expressa por meio dos prejuízos à saúde da tável escola de e para a democracia.
população em geral e, em particular, das pessoas idosas e No sentido do exercício democrático é que se coloca
a pertinência e a legitimidade da participação da socieda-
das crianças.
de na discussão e na proposição de ações referentes ao
O crescimento da população urbana e da frota de veí-
trânsito, tido como fenômeno resultante da mobilidade
culos tende a agravar mais a situação. Admitindo-se um
dos cidadãos. É crescente a movimentação da coletivida-
crescimento anual de 2% a 3% da população urbana e de de buscando organizar-se. Por sua vez, os governos, nos
4% da frota de veículos, pode-se estimar que até o ano diversos níveis, paulatinamente, vêm abrindo espaços e
2010 poderão ser acrescentados cerca de cinqüenta mi- oportunidades à participação popular.
lhões de habitantes às áreas urbanas e vinte milhões de Priorizar e incentivar a participação da sociedade e
veículos à frota nacional. O grande desafio é como aco- promover a produção e a veiculação de informações cla-
modar, com qualidade e eficiência, esses contingentes po- ras, coerentes e objetivas, significa, assim, construir um
pulacionais adicionais e os deslocamentos que eles farão, ambiente favorável à implantação de uma nova cultura,
considerando que o aumento da frota de automóveis, de orientada ao exercício do trânsito cidadão e da qualidade
seu uso e da mobilidade tendem a agravar os problemas de vida.
de congestionamento e poluição. 2.1.4. Sistema Nacional de Trânsito: Desempenho, Inte-
Tradicionalmente, as ações dos técnicos e decisões das gração e Relações com outros Setores
autoridades têm privilegiado a circulação do automóvel, 2.1.4.1 A Integração dos Municípios ao Sistema Nacio-
exigindo contínuas adaptações e ampliações do sistema nal de Trânsito
viário, freqüentemente a custos elevados. Considerando O Código de Trânsito Brasileiro e a legislação comple-
que a ocupação per capita do espaço viário pelo automó- mentar em vigor vieram introduzir profundas mudanças no
vel é bem maior do que em relação ao ônibus, esta prio- panorama institucional do setor. Para sua real implementa-
ção em todo o País, muito é preciso ainda investir, princi-
ridade ao transporte individual consome recursos que, em
palmente no que diz respeito à capacitação, fortalecimento
muitos casos, poderiam ser orientados para a melhoria do
e integração dos diversos órgãos e entidades executivos de
transporte público. trânsito, nas esferas federal, estadual e municipal, de for-
A adaptação das cidades para o uso intensivo do au- ma a produzir efeito nacional, regional e local e buscando
tomóvel tem levado à violação da natureza, das áreas re- contribuir para a formação de uma rede de organizações
sidenciais e de uso coletivo, bem como à degradação do que constituam, verdadeiramente, o Sistema Nacional de
patrimônio histórico e arquitetônico, devido à abertura de Trânsito.
novas vias, ao remanejamento do tráfego para melhorar as O Código de Trânsito Brasileiro estabelece que o Siste-
condições de fluidez e ao uso indiscriminado das vias para ma Nacional de Trânsito compõe-se de órgãos e entidades
o trânsito de passagem. da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
2.1.3.2. A Cidadania, a Participação e a Comunicação pios, estendendo até estes as competências executivas da
com a Sociedade gestão do trânsito.

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
O atendimento a algumas exigências é condição indis- avaliação de resultados institucionais e organizacionais es-
pensável à integração de cada município ao Sistema Nacio- pecíficas para o setor, inclusive na definição de indicadores
nal de Trânsito. Tais exigências estão expressas no Código, de resultados adequados ao Sistema Nacional de Trânsito
arts. 24 e 333, e em Resolução do CONTRAN. em sua totalidade.
A integração do município ao Sistema Nacional de 2.1.4.3. Capacitação e Aperfeiçoamento Profissional
Trânsito independe de seu tamanho, receitas e quadro de A capacitação de profissionais no setor de trânsito é
pessoal. É exigida a criação do órgão de trânsito e da Junta condição indispensável para a efetiva gestão com quali-
Administrativa de Recursos de Infrações - JARI, à qual cabe dade das organizações do Sistema Nacional de Trânsito. A
julgar os recursos interpostos pelos presumidos infratores. necessidade de capacitação e aperfeiçoamento abrange as
Atualmente, encontram-se integrados ao SNT, cerca de funções gerenciais, técnicas, operacionais e administrativas.
620 Municípios, mas inúmeros outros encontram-se caren- 2.1.5. Fortalecimento do Sistema Nacional de Trânsito
tes de orientação e preparo para a introdução das mudan- O setor de trânsito em geral conta com receitas prove-
ças exigidas. Para implantação das orientações legais re- nientes de várias fontes, entre as quais dotações orçamen-
lativas à municipalização do trânsito, torna-se importante tárias, multas, convênios, pedágios, IPVA, financiamentos,
validar e implantar princípios e modelos alternativos para taxas de estacionamento, licenciamento e habilitação.
estruturação e organização dos sistemas locais, passíveis O setor vem sendo garantido, em grande parte, pela
de adequação às diferentes realidades da administração receita proveniente das multas, o que constitui um gran-
municipal no Brasil e viabilizar apoio técnico-legal e ad- de risco, uma vez que o desejável é um trânsito discipli-
ministrativo aos municípios que buscam engajar-se nesse nado com reduzido número de infrações. Assim, a gestão
movimento de mudança. financeira do sistema trânsito deve orientar-se pela inde-
Por outro lado, o investimento em fortalecimento e de- pendência financeira com relação ao resultado de multas, a
senvolvimento institucional requerido não é isolado nem partir da constatação de que a arrecadação de tais recursos
se restringe à gestão do trânsito, mas abrange outras áreas é variável e desejavelmente decrescente.
da gestão municipal. Os municípios, de forma geral, neces- O Fundo Nacional de Segurança e Educação para o
sitam estruturar-se e capacitar-se para planejar e controlar trânsito FUNSET, previsto no artigo 320 do Código de Trân-
sito Brasileiro e criado pela Lei nº 9.602, de 21 de janeiro de
o desenvolvimento dos espaços urbanos. O crescimento,
1998, tem por finalidade custear as despesas do Departa-
nessas áreas, ocorre em muitos casos sem controle, com
mento Nacional de Trânsito relativas à operacionalização da
regulamentações sobre o uso e ocupação do solo precárias
segurança e educação para o trânsito. Sua constituição in-
ou inexistentes, guiado de acordo com as leis de mercado
clui o percentual de 5% do valor das multas de trânsito arre-
referentes ao valor da terra e aos níveis relativos de aces-
cadadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
sibilidade. As áreas periféricas das cidades são, freqüen- Com relação à receita proveniente das multas de trân-
temente, ocupadas por população de baixa renda e nelas sito, sua aplicação deve ser destinada exclusivamente à
são, em geral, deficientes os serviços públicos como edu- melhoria do trânsito, conforme dispõe a lei, sendo proibido
cação, saúde e transporte coletivo, além de existirem pro- qualquer desvio de finalidade.
blemas ambientais relativos à erosão do solo, esgotamento Outra fonte refere-se às receitas que cabem à União
sanitário e outros. relativas à repartição de recursos provenientes do Segu-
A gestão integrada do trânsito e do transporte local é ro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos
mais um fator impulsionador da administração municipal Automotores de Vias Terrestres - DPVAT. De acordo com o
eficaz já praticada nos municípios brasileiros. Decreto nº 2.867, de 8 de dezembro de 1998, dos recursos
Por fim, é necessário ter-se em mente a relação biuní- arrecadados pelo DPVAT, cabem à União:
voca do uso do solo com o trânsito e o transporte, pois 45% do valor bruto recolhido do segurado a crédito
cada edificação gera uma necessidade diferente de deslo- direto do Fundo Nacional de Saúde, para custeio da as-
camento, que deve ser atendida e, por outro lado, a mo- sistência médico hospitalar dos segurados vitimados em
vimentação de veículos, pessoas e animais interfere na im- acidentes de trânsito;
plantação e utilização das edificações. 5% do valor bruto recolhido do segurado ao DENA-
2.1.4.2. A avaliação dos resultados institucionais e or- TRAN, para aplicação exclusiva, pelos Ministérios da Saúde,
ganizacionais da Educação, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, em
A dificuldade das organizações para analisar sua per- programas destinados à prevenção de acidentes de trânsito,
formance, seus resultados efetivos, de forma a realimentar nos termos do art. 78 do Código de Trânsito Brasileiro e da
processos de planejamento estratégico, tático e operacio- Resolução do CONTRAN nº 143, de 26 de março de 2003.
nal e corrigir rumos, origina-se, normalmente, na carência A chamada Lei de Responsabilidade Fiscal veio reforçar
de orientações metodológicas claras e práticas de avalia- o disciplinamento do emprego dos recursos com vincula-
ção de resultados organizacionais. ção legal em sua aplicação, inclusive daqueles destinados à
Pode-se afirmar, a priori, que este panorama não é di- melhoria do trânsito.
ferente no setor de trânsito. Além da carência de dados 2.2. Objetivos
confiáveis sobre as ocorrências de trânsito, faltam indica- A Política Nacional de Trânsito busca atingir cinco
dores eficazes para mensuração dos resultados e equipes grandes objetivos, priorizados em razão de seus significa-
preparadas para a prática da avaliação continuada. Neste dos para a sociedade e para o cidadão brasileiro e de seus
particular, torna-se necessário investir na concepção, va- efeitos multiplicadores, em consonância com as demais
lidação e aplicação de metodologias alternativas para a políticas públicas. São eles:

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
1º Priorizar a preservação da vida, da saúde e do meio 2.4.1.11. Disciplinar a circulação de ciclomotores, bici-
ambiente, visando à redução do número de vítimas, dos cletas e veículos de propulsão humana e de tração animal.
índices e da gravidade dos acidentes de trânsito e da emis- 2.4.1.12. Aprimorar a gestão de operação e de fiscali-
são de poluentes e ruídos; zação de trânsito.
2º Efetivar a educação contínua para o trânsito, de for- 2.4.1.13. Intensificar a fiscalização sobre a circulação
ma a orientar cada cidadão e toda a comunidade, quanto dos veículos de transporte de carga, de transporte de pro-
a princípios, valores, conhecimentos, habilidades e atitu- dutos perigosos e de transporte de passageiros.
des favoráveis e adequadas à locomoção no espaço social, 2.4.1.14. Tratar o trânsito, também, como uma questão
para uma convivência no trânsito de modo responsável e de saúde pública.
seguro; 2.4.1.15. Incentivar o desenvolvimento tecnológico dos
3º Promover o exercício da cidadania, incentivando o veículos para aumento da segurança passiva e ativa.
protagonismo da sociedade com sua participação nas dis- 2.4.2. Promover a educação para o Trânsito
cussões dos problemas e das soluções, em prol da conse- 2.4.2.1. Promover a educação para o trânsito abran-
cução de um comportamento coletivo seguro, respeitoso e gendo toda a população, trabalhando princípios, cidada-
não agressivo no trânsito, de respeito ao cidadão, conside- nia, valores, conhecimentos, habilidades e atitudes favorá-
rado como o foco dos esforços das organizações executo- veis à locomoção.
ras da Política Nacional de Trânsito; 2.4.2.2. Promover a adoção de currículo interdisciplinar
4º Estimular a mobilidade e a acessibilidade a todos os sobre segurança no trânsito, nos termos do CTB.
cidadãos, propiciando as condições necessárias para sua 2.4.2.3. Promover a adoção de conteúdos curriculares
locomoção no espaço público, de forma a assegurar plena- relativos à educação para o trânsito, nas escolas de for-
mente o direito constitucional de ir e vir, e possibilitando mação para o magistério, e a capacitação de professores
deslocamentos ágeis, seguros, confortáveis, confiáveis e multiplicadores.
econômicos. 2.4.2.4. Promover programas de caráter permanente de
5º Promover a qualificação contínua de gestão dos ór- educação para o trânsito.
2.4.2.5. Promover a capacitação e o aperfeiçoamento
gãos e entidades do SNT, aprimorando e avaliando a sua
técnico dos profissionais da área de trânsito.
gestão.
2.4.2.6. Promover a melhoria contínua do processo de
2.3. Diretrizes Gerais
formação e habilitação dos condutores.
2.3.2. Aumentar a segurança de trânsito.
2.4.2.7. Intensificar a utilização dos serviços de rádio e
2.3.2. Promover a educação para o trânsito.
difusão de sons e imagens para veiculação de campanhas
2.3.3. Garantir a mobilidade e acessibilidade com segu-
educativas.
rança e qualidade ambiental a toda população.
2.4.3. Garantir a mobilidade e acessibilidade com segu-
2.3.4. Promover o exercício da cidadania, a participação
rança e qualidade ambiental a toda população.
e a comunicação com a sociedade.
2.4.3.1. Priorizar a mobilidade de pessoas sobre a de
2.3.5. Fortalecer o Sistema Nacional de Trânsito. veículos, incentivando o desenvolvimento de sistemas de
2.4. Detalhamento das Diretrizes Gerais em Específicas. transporte coletivo e dos não motorizados.
2.4.1. Aumentar a segurança de trânsito. 2.4.3.2. Priorizar a mobilidade e acessibilidade das pes-
2.4.1.1. Intensificar a fiscalização de trânsito. soas considerando os usuários mais frágeis do trânsito,
2.4.1.2. Combater a impunidade no trânsito. como: crianças, idosos, pessoas com deficiências e porta-
2.4.1.3. Promover a melhoria das condições de segu- dores de necessidades especiais.
rança dos veículos. 2.4.3.3. Promover nos projetos de empreendimentos,
2.4.1.4. Promover a melhoria nas condições físicas e em especial naqueles considerados pólos geradores de trá-
de sinalização do sistema viário, considerando calçadas e fego, a inclusão de medidas de segurança e sinalização de
passeios. trânsito, incentivando para que os planos diretores muni-
2.4.1.5. Concluir e aprimorar a regulamentação do Có- cipais façam referência a sua implantação e prevejam me-
digo de Trânsito Brasileiro. canismos que minimizem os efeitos negativos decorrentes,
2.4.1.6. Incentivar o desenvolvimento de pesquisas tec- inclusive com ônus ao empreendedor, quando couber.
nológicas na gestão de trânsito. 2.4.3.4. Promover a atuação integrada dos órgãos exe-
2.4.1.7. Intensificar a fiscalização de regularidade da cutivos de trânsito com órgãos de planejamento, desenvol-
documentação de condutor, do veículo e das condições vimento urbano e de transporte público.
veiculares. 2.4.3.5. Promover a atuação integrada de municípios
2.4.1.8. Padronizar e aprimorar as informações sobre no tratamento do trânsito em regiões metropolitanas e nas
vítimas e acidentes de trânsito no âmbito nacional. cidades conurbadas.
2.4.1.9. Estabelecer bases legais para fiscalização de 2.4.3.6. Estimular a previsão na legislação municipal,
infrações por uso de bebida alcoólica e substâncias entor- estadual e federal de mecanismos que exijam a construção,
pecentes. manutenção e melhoria de calçadas e passeios.
2.4.1.10. Aprimorar o atendimento às vítimas, no local 2.4.3.7. Fomentar a construção de vias exclusivas para
do acidente de trânsito. pedestres e ciclistas.

54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
2.4.3.8. Incentivar o desenvolvimento tecnológico de 2.4.5.8. Aplicar os recursos de multa exclusivamente em
veículos para redução de emissão de poluentes e de ruído. sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamen-
2.4.3.9. Incentivar o desenvolvimento tecnológico de to, fiscalização e educação de trânsito.
propulsão veicular menos poluente. 2.4.5.9. Promover a criação de indicadores que permi-
2.4.3.10. Implementar a fiscalização e o controle dos tam avaliar a qualidade do trânsito.
níveis de emissão de poluentes e de ruído veicular na frota 2.4.5.10. Promover o amplo acesso às informações de
em circulação. trânsito por todos os órgãos e entidades do Sistema Na-
2.4.3.11. Incentivar a realização de convênios entre os cional de Trânsito.
2.4.5.11. Estimular o relacionamento e articulação dos
órgãos executivos de trânsito municipais e os órgãos exe-
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito entre si.
cutivos rodoviários, para o tratamento conjunto nas vias
2.4.5.12. Gerar e disponibilizar, aos órgãos e entidades
rurais que atravessam áreas urbanas.
do Sistema Nacional de Trânsito, documentação e manuais
2.4.3.12. Minimizar os efeitos negativos causados pelo técnicos de trânsito.
trânsito no meio ambiente e melhorar a qualidade dos es- 2.4.5.13. Aprimorar a interpretação uniforme da legisla-
paços urbanos. ção de trânsito para fins de sua aplicação.
2.4.3.13. Estimular a fiscalização para coibir o transpor-
te ilegal de passageiros. (http://www.l ex.com.br/doc_360352_RES OLU-
2.4.4. Promover o exercício da cidadania, a participação CAO_N_166_DE_15_DE_SETEMBRO_DE_2004.aspx)
e a comunicação com a sociedade.
2.4.4.1. Estimular a participação da sociedade em mo-
vimentos voltados à segurança e à cidadania no trânsito.
2.4.4.2. Estimular a criação de ouvidorias e outros ca- DENATRAN RESPONDE MOTOCICLISTAS
nais de comunicação da população com os órgãos e enti-
dades do SNT.
2.4.4.3. Fomentar a divulgação das ações de planeja-
mento, projeto, operação, fiscalização e administração do Prezado candidato, visto o formato e extensão do
trânsito. material solicitado, o disponibilizaremos em nosso site
para consulta: www.novaconcursos.com.br/retificacoes
2.4.4.4. Divulgar e disponibilizar à sociedade estudos
A seguir, a Apresentação do material
técnicos, estatísticas, normas e legislação.
De acordo com o inciso II, do Artigo V, da Constituição
2.4.4.5. Desestimular a utilização de situações conde-
da República Federativa do Brasil ninguém será obrigado a
nadas pela legislação de trânsito, na veiculação de publi- fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
cidade em geral. Lei. Portanto, havendo lei, todas as pessoas, indistintamen-
2.4.4.6. Promover a sensibilização da opinião pública te, devem respeitá-la e cumpri-la.
para o tema trânsito, através da mobilização dos meios de O trânsito é regido pelo Código de Trânsito Brasileiro
comunicação social, com engajamento dos órgãos e enti- (CTB), instituído pela Lei n. 9.503, de 23 de setembro de
dades do Sistema Nacional de Trânsito. 1997, e por legislação complementar (resoluções, portarias,
2.4.5. Fortalecer o Sistema Nacional de Trânsito decretos, etc.).
2.4.5.1. Promover a estruturação organizacional, o di- A legislação de trânsito tem como princípio fundamen-
mensionamento de recursos humanos e materiais adequa- tal a organização dos diferentes deslocamentos realizados
dos, a modernização e a melhoria de desempenho dos ór- por pessoas e veículos em vias públicas, visando, acima de
gãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. tudo, a preservação da vida. Porém, é importante ressaltar
2.4.5.2. Promover a capacitação dos profissionais que que a lei é um regulador externo do comportamento hu-
atuam nos órgãos e entidades do Sistema Nacional de mano, indispensável à sociedade. Mas para que seja cons-
Trânsito. cientemente cumprida e respeitada é imprescindível que
2.4.5.3. Difundir e disponibilizar experiências exito- ocorra uma mudança interna em cada uma das pessoas.
Mudança esta provocada, sobretudo, pelo conhecimento
sas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de
e pela educação.
Trânsito.
Por isso, a proposta deste primeiro volume da série
2.4.5.4. Promover a integração dos Municípios ao Siste-
DENATRAN RESPONDE é apresentar respostas, funda-
ma Nacional de Trânsito. mentadas na legislação de trânsito, baseadas em pergun-
2.4.5.5. Criar mecanismos de avaliação institucional e tas recorrentes feitas por motociclistas.
organizacional, avaliar os órgãos e entidades do Sistema A partir das informações aqui transmitidas, esperamos
Nacional de Trânsito e divulgar os resultados. que a categoria conheça, compreenda e respeite as leis,
2.4.5.6. Criar formas e mecanismos que garantam a assim como respeite às outras pessoas que compartilham
sustentabilidade financeira do Sistema Nacional de Trân- o espaço público.
sito, não vinculados à arrecadação provenientes de multas Esperamos, também, contribuir para que o trânsito de
de trânsito. motocicletas no Brasil seja, muito em breve, manchete nos
2.4.5.7. Estimular a criação de Conselhos Gestores dos grandes jornais: não mais como algo desanimador e trági-
fundos de arrecadação previstos na legislação de trânsito. co, mas como um modelo de qualidade e de respeito à vida.

55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito

TÓPICOS DAS ÁREAS DE TRANSPORTE,


TRÂNSITO, MOBILIDADE URBANA E MEIO
AMBIENTE: INFRAESTRUTURA, MODOS DE
TRANSPORTE, O CUSTO DO TRANSPORTE
E OS PROBLEMAS DO TRÂNSITO E DO
TRANSPORTE.

O que é mobilidade urbana? É a condição que permite o deslocamento das pessoas em uma cidade.
No dicionário, mobilidade significa “facilidade para se mover”. A ideia, então, é tornar esse movimento fluido e prático.
Ônibus, metrô, outros transportes coletivos e carros fazem parte das soluções de mobilidade e têm o intuito de deixar
a vida das pessoas mais fácil.
Ou, pelo menos, é o que diz a teoria.
A questão é: cada vez mais as cidades estão perdendo a capacidade de permitir que as pessoas se movam com qua-
lidade.
Por este motivo, o tema mobilidade urbana passou a ser repensado. Há interesse em trazer de volta o seu sentido
primário e original, para melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma sustentável. Isso inclui aspectos econômicos,
sociais e políticos, como veremos mais abaixo.
Para atingir esses objetivos, o poder público precisa se comprometer, oferecendo à população um plano de mobilidade
urbana. Ele contém as previdências a serem traçadas, que miram em um espaço público com maior qualidade de vida. Isso
sim é a chamada mobilidade urbana sustentável.

O que é plano de mobilidade urbana?


 
Plano de mobilidade urbana é um conjunto de diretrizes pensadas para melhorar o deslocamento sustentável das pes-
soas em uma cidade, sempre de olho resultados positivos na qualidade de vida.

Atualmente, as cidades brasileiras podem desenvolver um plano de mobilidade urbana que tenha como base usar os
meios de transporte para trazer rapidez no ir e vir das pessoas, sem agredir o meio ambiente.

56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
As propostas visam garantir acessibilidade, segurança, eficiência, qualidade de vida, e dinamismo econômico, além
inclusão social e preservação do meio ambiente. Este último aspecto é importante por diminuir impactos sobre o meio
ambiente em médio e longo prazo para as cidades.

O que é mobilidade urbana sustentável?


 
Sabendo o que é mobilidade urbana, resta conhecer o conceito de mobilidade urbana sustentável.
Ele está diretamente ligado ao tipo de transporte usado para o deslocamento de pessoas. Somado a isso, está também
a preocupação em facilitar trajetos, considerando amenizar impactos ambientais causados por combustíveis fósseis que
degradam o ambiente, por exemplo.
Neste aspecto, as soluções apresentadas incluem a implementação de sistemas de deslocamento sobre trilhos, como
metrôs, bondes e ônibus “limpos”, que alternam entre motor elétrico e a diesel, e os VLTs (veículos leves sobre trilhos).
Há também a preocupação na integração desses transportes com outros mecanismos facilitadores do deslocamento:
ciclovias, esteiras rolantes com alta capacidade, elevadores de grande porte para suportar maior número de pessoas, bici-
cletas públicas e teleféricos.
Problemas de mobilidade urbana em nosso país são gerados por diversos aspectos:

o Má qualidade do transporte público no Brasil


o Aumento da renda do brasileiro
o Redução de impostos do Governo Federal para incentivar a compra de carros
o Concessão de crédito ao consumidor
o Herança rodoviarista no Brasil
o Falta de planejamento urbano e arquitetônico

O que é mobilidade urbana e qualidade de vida


 
O ir e vir da casa para o trabalho dos brasileiros virou um problema nos últimos anos, prejudicando a qualidade de vida
principalmente dos metropolitanos. O uso do carro é o principal vilão. Há 1 automóvel para cada 4,4 habitantes, causando
congestionamentos problemáticos e impedindo o deslocamento fluído nas cidades.
De acordo com o Numbeo, site internacional especializado em comparar metrópoles sob diferentes aspectos, há 7
capitais brasileiras entre as cidade com o trânsito mais lento do mundo, em uma lista de 163 metrópoles analisadas.
Se sobra tempo no engarrafamento, falta tempo para buscar o filho na escola, curtir um jantar com a família e outras
atividades de lazer que ficam prejudicadas.
Para solucionar problemas de falta de tempo por causa do conglomerado de carros, algumas cidades fazem um plane-
jamento urbano que pode atender a demanda da metrópole, como é o caso de Belo Horizonte.
A cidade ganhou o prêmio Transporte Sustentável do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), em
Nova York, Estados Unidos, por implementar a ciclovia e o BRT, sistemas bem-sucedidos de mobilidade urbana que geram
acesso mais rápido e sustentável, proporcionando qualidade de vida aos moradores.

57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
O que é acessibilidade e mobilidade urbana? E, sem dúvida, é papel dos arquitetos e urbanistas re-
 Pessoas com deficiência física em geral passam um ter- solver esse problema, em conjunto com as autoridades de
ço de qualquer deslocamento se locomovendo a pé ou em nosso país.
cadeiras de rodas, sem poder usar um transporte público.
Por isso, as políticas de acessibilidade urbana passaram Transportes no Brasil
a repensar a maneira como construir uma infraestrutura ca- O Brasil é um país com dimensões continentais, apre-
paz de dar fluidez ao deslocamento dessas pessoas. sentando uma larga extensão norte-sul, além de uma gran-
Parte do conjunto de soluções para obter um espaço de distância no sentido leste-oeste em sua porção seten-
público mais acessível são calçadas confortáveis e nivela- trional. Por esse motivo, é necessária uma ampla rede arti-
das, sem buracos ou obstáculos, ruas com marcações para culada que ligue os diferentes pontos do território nacional
deficientes visuais, corrimão e outras alternativas que per- a fim de propiciar o melhor deslocamento de pessoas e
mitem o deslocamento seguro e estável. mercadorias.
Mobilidade urbana e desenvolvimento urbano Além disso, para que o país possa ampliar as expor-
A urbanização no Brasil começou no final do século tações, importações e, principalmente, os investimentos
XIX com a chegada da industrialização, consolidando-se na estrangeiros, é necessário que os meios de transporte ofe-
década de 1930. reçam condições para que os empreendedores tanto do
Mas foi na segunda metade do século XX que a urba- meio agrário quanto do meio industrial possam ter condi-
nização se fortaleceu devido ao surgimento da automati- ções de exercer suas funções sociais. No Brasil, a estratégia
zação mecânica das atividades produtivas no meio rural. principal foi a de priorizar a estruturação do sistema rodo-
Isso desencadeou o desemprego e a migração da área rural viário – sobretudo a partir do Governo JK – em detrimento
para as cidades. da construção de ferrovias e hidrovias, que só recentemen-
Por causa desse deslocamento em massa, o Brasil pas- te vêm recebendo maiores investimentos.
sou a ter cidades populosas e predominantemente urba- As rodovias no Brasil
nas. Em 1960, 80% dos brasileiros já moravam em cidades e O transporte rodoviário no Brasil foi – e ainda é – o
meio responsável pela maior parte dos fluxos de bens e
não mais em espaços rurais. A concentração de migrantes
pessoas no país, que priorizou a sua construção para favo-
foi direcionada para cidades como São Paulo, Rio de Janei-
recer as empresas estrangeiras do setor automobilístico e
ro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
promover a entrada delas no país. A expectativa era estru-
Esse desnível populacional causou importante de-
turar o modal rodoviário a fim de propiciar a construção de
sigualdade no número de habitantes nas áreas urbana e
polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo de
rural. Veio a falta de infraestrutura, a incapacidade de su-
ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias
portar os novos moradores das cidades e o déficit de de-
desse setor empreguem cada vez menos trabalhadores, em
senvolvimento econômico. função das novas tecnologias fabris.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro vivem 90% da popu- Outra característica da implantação das rodovias no
lação de toda a região Sudeste. Já no Nordeste e Norte, as Brasil foi a integração das diferentes partes do território
taxas de urbanização são as menores do país. Pará, Mara- brasileiro, que concentrou seus investimentos nas regiões
nhão e Piauí são os estados menos urbanizados do Brasil. litorâneas. Esse quadro começou a mudar ao longo do
Portanto, o planejamento é fundamental. Tanto para as século XX, destacando-se a construção da capital Brasília.
novas áreas que serão urbanizadas quanto para solucionar Assim, rodovias como Belém-Brasília, Cuiabá-Porto Velho
os problemas de desenvolvimento urbano nas metrópoles e tantas outras tinham como preocupação estabelecer a li-
mais caóticas. gação entre pontos e localidades até então desconectados.
Mobilidade urbana e a arquitetura A grande crítica a essa dinâmica questiona a opção por
 O que é mobilidade urbana sem arquitetura? O papel rodovias, algo não muito recomendado para países com
da arquitetura, palavra grega que significa “principal cons- larga extensão territorial, como o Brasil. Em geral, as estra-
trução”, é crucial para se estabelecer o desenho adequado das costumam ter um custo de manutenção mais elevado
da cidade. do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o
Mas a própria arquitetura se sucumbiu à progressão hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e
desenfreada da urbanização. Cidades viraram caixas de veículos. Em virtude dos elevados custos e da política neo-
concreto sobre ruas de asfalto, despreocupadas com a or- liberal de redução dos gastos públicos em investimentos
dem e a fluidez. estruturais, iniciou-se uma campanha de privatização das
A causa da péssima mobilidade está na falta de plane- rodovias, que encontrou o seu auge na década de 1990,
jamento urbano e na administração ineficiente de projetos mas que ainda ocorre atualmente através de concessões
arquitetônicos, responsáveis pelo espaço público. Muitas públicas.
vezes, este desenho é mal distribuído, gerando mais com- Apesar disso, a qualidade das rodovias no Brasil é bas-
plicações para a mobilidade urbana em um efeito dominó tante ruim, além da larga quantidade de estradas não pa-
negativo. vimentadas. Elas oneram os gastos públicos, que muitas
Quase metade da frota nacional de carros se encon- vezes não conseguem atender às necessidades principais,
tra em apenas 12 cidades brasileiras. A aglomeração de fator que não se modifica nem com as privatizações, uma
construções impede a ordem e dificultam a mobilidade nas vez que as concessões costumam ocorrer apenas com as
grandes cidades. estradas que já estão prontas e estruturadas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
As ferrovias no Brasil uma maior integração rumo ao oeste do país, principal-
O  transporte ferroviário no Brasil foi predominante mente em direção aos países sul-americanos e ao Oceano
até o final do século XIX, quando estruturava os desloca- Pacífico, com vistas a ampliar as trocas comerciais dentro
mentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo, por do continente e em direção aos países asiáticos.
essa razão, bastante consolidado na região Sudeste. As fer-
rovias, apesar dos elevados custos em suas construções, Transporte público
possuem baixos gastos em manutenção, o que não impe- Os ônibus realizam 87% das viagens por transporte pú-
diu que, de 1950 até os dias atuais, várias delas fossem blico no País e transportam 70% dos brasileiros, segundo a
sucateadas e até desativadas. Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) (NTU). Apesar disso, contam com menos subsídios – não
Além disso, existem várias ferrovias no Brasil em cons- somente no Brasil, mas em toda a América Latina – do que
trução, mas que as obras encontram-se inacabadas, muito os sistemas de transporte coletivo dos países industrializa-
embora os recentes investimentos por meio do PAC (Pro- dos com renda per-capita maior que a latino-americana,
grama de Aceleração do Crescimento) trabalhem para mo- conforme levantamento da Organização Internacional para
dificar esse cenário. A principal ferrovia no Brasil em cons- o Transporte Público (UITP, na sigla em inglês). Aqui, os
trução é a Ferrovia Norte-Sul, que já possui algumas áreas custos operacionais de sistemas de transportes públicos
concluídas e em operação (ou com uso e operação a serem são quase totalmente cobertos pela venda de passagens,
efetuados em breve). mostra pesquisa realizada pela entidade em metrópoles
Após a privatização de boa parte das ferrovias nacio- latino-americanas.
nais na década de 1990 e da derrocada da Rede Ferroviária Em Bogotá, as tarifas representam 82% do faturamento
Federal (RFFSA), empresa estatal responsável por adminis- do sistema de ônibus. Há 8% de subsídios do governo e os
trá-las, a participação das ferrovias no Brasil até aumentou, 10% restantes são provenientes de receitas não tarifárias.
apesar de atender interesses e deslocamentos muito espe- É a mais alta participação das tarifas na comparação e o
cíficos e limitados. Ainda hoje, a malha ferroviária nacional único caso de receita não tarifária.
Em São Paulo, a parcela das tarifas na composição da
concentra-se nas regiões Sul e Sudeste.
receita total é de 47%. Os subsídios do governo perfazem
35%, o menor percentual da amostra, e os 18% restantes
As hidrovias no Brasil
correspondem à fração para remuneração dos empresá-
O  transporte hidroviário é o que possui a menor
rios, único caso identificado na pesquisa.
representatividade e participação nos sistemas de deslo-
Em Buenos Aires, as tarifas compõem 40% da receita,
camento nacional, o que é uma grande contradição, haja
o menor percentual apurado pela pesquisa, e os subsídios
vista o grande potencial que o país possui para esse modal.
perfazem 60%, a mais alta participação, na comparação
No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios
com as demais metrópoles. Em Santiago, a situação é in-
são navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes versa: 40% correspondem aos subsídios do governo e 60%,
empreendimentos e estruturas, como obras de correção e às tarifas.
instalação de equipamentos. No Brasil, a remuneração da mão de obra corresponde
Uma justificativa para a negligência de investimentos a 29,4% dos custos totais e o combustível, 23%, segundo
nas hidrovias brasileiras é a existência de muitos rios de a NTU. O terceiro item mais relevante são os impostos,
planalto, que são mais acidentados e exigem mais obras com 21,1%, seguido pelo montante despendido em ma-
de correção para facilitar o transporte. Os rios de planície, nutenção e renovação dos veículos (19,1%) e itens diversos
mais facilmente navegáveis, encontram-se em áreas afas- (7,4%).
tadas dos grandes centros econômicos. Quando a tarifa pública não cobre os custos de ope-
Por outro lado, cita-se a concentração de investimen- ração do sistema e põe em risco o pagamento da tarifa de
tos em rodovias em áreas onde o mais indicado seria o remuneração (valor pago às empresas para realizar o trans-
investimento em hidrovias, cujo exemplo mais notório é porte de ônibus nas cidades), ela deve ser complementada
o caso da Transamazônica, uma estrada construída quase por fontes diversas, segundo a Associação, incluídos re-
que paralelamente ao rio Amazonas, de fácil navegação. cursos dos orçamentos públicos, publicidade nos ônibus,
No entanto, a partir dos anos 1980 e sobretudo após a pedágio urbano, cobrança de estacionamentos públicos e
criação do Mercosul, que passou a exigir mais das hidrovias impostos sobre os combustíveis.
para a integração do Cone Sul, os investimentos públicos Em dez anos, entre 2002 e 2012, o aumento dos custos
nessa área elevaram-se, mas ainda são insuficientes. As do transporte público no Brasil superou aquele do trans-
principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná, a do Rio porte individual, mostram os cálculos da NTU. A tarifa subiu
São Francisco, a do Amazonas, entre outras. 111%, e o óleo diesel consumido pelos ônibus aumentou
Em resumo, o que se percebe é que os meios de trans- 200%, enquanto o preço da gasolina utilizada pelos auto-
porte no Brasil precisam de diversificação para que haja móveis elevou-se em 43,9%, e o dos carros, em 6,3%.
menos dependência das rodovias nos deslocamentos de A maior parte da infraestrutura dos transportes pú-
mercadorias e pessoas. Em geral, é necessária a instalação blicos, historicamente, tem sido financiada pelo poder pú-
de uma matriz multimodal, ou seja, com vários sistemas blico no âmbito nacional. Hoje alguns países como a Índia,
de transportes diferentes integrados. Outra necessidade é a Suíça e os Estados Unidos ainda se beneficiam de fundos

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
de investimentos específicos para o transporte, segundo
a organização. Na Europa, o chamado Plano Juncker está LEI Nº 12.587, DE 03 DE JANEIRO DE 2012.
alocando 315 bilhões de euros em um programa de três
anos de investimento em infraestrutura, inclusive em pro-
jetos de transporte urbano.
Países ricos desenvolveram uma grande quantidade  A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
de alternativas de financiamento, mostra o levantamento gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Alternative Ways of Funding Public Transport, feito pelo
pesquisador Harry Ubbels, da Universidade Livre de Ams- CAPÍTULO I
terdã, na Holanda,  entre outros especialistas. Em Verse- DISPOSIÇÕES GERAIS 
ment, na França, 33% do financiamento do transporte pú-
blico provêm do orçamento das empresas de transporte. O Art. 1o  A Política Nacional de Mobilidade Urbana é ins-
sistema de Portland, nos Estados Unidos, banca 60% dos trumento da política de desenvolvimento urbano de que
seus custos com repasses do governo local. Em Vancouver, tratam o inciso XX do art. 21 e o art. 182 da Constituição
no Canadá, 60% dos recursos têm origem no orçamento Federal, objetivando a integração entre os diferentes mo-
do órgão público responsável pelo setor. As receitas dos dos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobili-
sistemas de transporte público de Heathrow (Inglaterra), dade das pessoas e cargas no território do Município. 
de Amsterdã e do estado de Washington (Estados Unidos) Parágrafo único.  A Política Nacional a que se refere
contam, respectivamente, com aportes do aeroporto de o caput deve atender ao previsto no inciso VII do art. 2o e
Heahrow, receitas de estacionamento e verba dos orça- no § 2o do art. 40 da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001
mentos operacionais dos sistemas de ônibus e ferry-boat. (Estatuto da Cidade). 
Art. 2o  A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem
Esses são alguns dos casos específicos estudados pelos
por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o
pesquisadores.
fomento e a concretização das condições que contribuam
A pesquisa da UITP mencionada acima mostra uma
para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da
variação significativa no peso das tarifas pagas pelo pas-
política de desenvolvimento urbano, por meio do plane-
sageiro em relação à receita total, na comparação com as jamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de
fontes de financiamento dos sistemas de ônibus de metró- Mobilidade Urbana. 
poles da Colômbia, Argentina, Chile e Brasil. A conclusão Art. 3o  O Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o
à qual se chega é uma velha conhecida entre a população conjunto organizado e coordenado dos modos de trans-
das capitais latino-americanas e pode ser confirmada por porte, de serviços e de infraestruturas que garante os des-
estudos feitos sobre o Brasil pela Associação Nacional de locamentos de pessoas e cargas no território do Município. 
Transportes Públicos (ANTP): o custo do transporte coletivo § 1o  São modos de transporte urbano: 
que recai sobre os usuários aumentou exponencialmente I - motorizados; e 
em comparação àquilo desembolsado pelo poder público. II - não motorizados. 
Enquanto o valor que pesa sobre os usuários foi de 17 bi- § 2o  Os serviços de transporte urbano são classificados: 
lhões de reais para 38,7 bilhões entre 2003 e 2004 aqui I - quanto ao objeto: 
no Brasil, a parcela bancada pelo governo passou de 1,4 a) de passageiros; 
bilhões para 2,5 bilhões no mesmo período.  b) de cargas; 
II - quanto à característica do serviço: 
<https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/o- a) coletivo; 
-que-e-mobilidade-urbana/> b) individual; 
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/ III - quanto à natureza do serviço: 
transportes-no-brasil.htm> a) público; 
< https://www.cartacapital.com.br/especiais/infraes- b) privado. 
trutura/qual-o-custo-da-mobilidade-urbana> § 3o  São infraestruturas de mobilidade urbana: 
I - vias e demais logradouros públicos, inclusive metro-
ferrovias, hidrovias e ciclovias; 
II - estacionamentos; 
III - terminais, estações e demais conexões; 
IV - pontos para embarque e desembarque de passa-
geiros e cargas; 
V - sinalização viária e de trânsito; 
VI - equipamentos e instalações; e 
VII - instrumentos de controle, fiscalização, arrecada-
ção de taxas e tarifas e difusão de informações. 

60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Seção I III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte
Das Definições  público coletivo; 
IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos
Art. 4o  Para os fins desta Lei, considera-se:  serviços de transporte urbano; 
I - transporte urbano: conjunto dos modos e serviços V - gestão democrática e controle social do planejamen-
de transporte público e privado utilizados para o deslo- to e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; 
camento de pessoas e cargas nas cidades integrantes da VI - segurança nos deslocamentos das pessoas; 
Política Nacional de Mobilidade Urbana;  VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorren-
II - mobilidade urbana: condição em que se realizam tes do uso dos diferentes modos e serviços; 
os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano;  VIII - equidade no uso do espaço público de circulação,
III - acessibilidade: facilidade disponibilizada às pes- vias e logradouros; e 
soas que possibilite a todos autonomia nos deslocamentos IX - eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana. 
desejados, respeitando-se a legislação em vigor;  Art. 6o  A Política Nacional de Mobilidade Urbana é
IV - modos de transporte motorizado: modalidades orientada pelas seguintes diretrizes: 
que se utilizam de veículos automotores;  I - integração com a política de desenvolvimento ur-
V - modos de transporte não motorizado: modalidades bano e respectivas políticas setoriais de habitação, sanea-
que se utilizam do esforço humano ou tração animal;  mento básico, planejamento e gestão do uso do solo no
VI - transporte público coletivo: serviço público de âmbito dos entes federativos; 
transporte de passageiros acessível a toda a população II - prioridade dos modos de transportes não motori-
mediante pagamento individualizado, com itinerários e zados sobre os motorizados e dos serviços de transporte
preços fixados pelo poder público;  público coletivo sobre o transporte individual motorizado; 
VII - transporte privado coletivo: serviço de transpor- III - integração entre os modos e serviços de transporte
te de passageiros não aberto ao público para a realização urbano; 
de viagens com características operacionais exclusivas para IV - mitigação dos custos ambientais, sociais e econô-
cada linha e demanda;  micos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade; 
VIII - transporte público individual: serviço remunerado V - incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológi-
de transporte de passageiros aberto ao público, por inter- co e ao uso de energias renováveis e menos poluentes; 
médio de veículos de aluguel, para a realização de viagens VI - priorização de projetos de transporte público cole-
individualizadas;  tivo estruturadores do território e indutores do desenvolvi-
IX - transporte urbano de cargas: serviço de transporte mento urbano integrado; e 
de bens, animais ou mercadorias;  VII - integração entre as cidades gêmeas localizadas na
X - transporte remunerado privado individual de pas- faixa de fronteira com outros países sobre a linha divisória
sageiros: serviço remunerado de transporte de passageiros, internacional. 
não aberto ao público, para a realização de viagens indivi- VIII - garantia de sustentabilidade econômica das redes
dualizadas ou compartilhadas solicitadas exclusivamente de transporte público coletivo de passageiros, de modo a
por usuários previamente cadastrados em aplicativos ou preservar a continuidade, a universalidade e a modicidade
outras plataformas de comunicação em rede.   (Redação tarifária do serviço. (Incluído pela Lei nº 13.683, de 2018)
dada pela Lei nº 13.640, de 2018) Art. 7o  A Política Nacional de Mobilidade Urbana pos-
XI - transporte público coletivo intermunicipal de ca- sui os seguintes objetivos: 
ráter urbano: serviço de transporte público coletivo entre I - reduzir as desigualdades e promover a inclusão social; 
Municípios que tenham contiguidade nos seus perímetros II - promover o acesso aos serviços básicos e equipa-
urbanos;  mentos sociais; 
XII - transporte público coletivo interestadual de ca- III - proporcionar melhoria nas condições urbanas da
ráter urbano: serviço de transporte público coletivo entre população no que se refere à acessibilidade e à mobilidade; 
Municípios de diferentes Estados que mantenham conti- IV - promover o desenvolvimento sustentável com a
guidade nos seus perímetros urbanos; e  mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos
XIII - transporte público coletivo internacional de cará- deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades; e 
ter urbano: serviço de transporte coletivo entre Municípios V - consolidar a gestão democrática como instrumento
localizados em regiões de fronteira cujas cidades são defi- e garantia da construção contínua do aprimoramento da
nidas como cidades gêmeas.  mobilidade urbana. 

Seção II CAPÍTULO II
Dos Princípios, Diretrizes e Objetivos da Política DAS DIRETRIZES PARA A REGULAÇÃO DOS SERVI-
Nacional de Mobilidade Urbana  ÇOS DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO 

Art. 5o  A Política Nacional de Mobilidade Urbana está Art. 8o  A política tarifária do serviço de transporte pú-
fundamentada nos seguintes princípios:  blico coletivo é orientada pelas seguintes diretrizes: 
I - acessibilidade universal;  I - promoção da equidade no acesso aos serviços; 
II - desenvolvimento sustentável das cidades, nas di- II - melhoria da eficiência e da eficácia na prestação
mensões socioeconômicas e ambientais;  dos serviços; 

61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
III - ser instrumento da política de ocupação equilibra- § 6o  Na ocorrência de superavit tarifário proveniente
da da cidade de acordo com o plano diretor municipal, re- de receita adicional originada em determinados serviços
gional e metropolitano;  delegados, a receita deverá ser revertida para o próprio
IV - contribuição dos beneficiários diretos e indiretos Sistema de Mobilidade Urbana. 
para custeio da operação dos serviços;  § 7o  Competem ao poder público delegante a fixação,
V - simplicidade na compreensão, transparência da es- o reajuste e a revisão da tarifa de remuneração da presta-
trutura tarifária para o usuário e publicidade do processo ção do serviço e da tarifa pública a ser cobrada do usuário. 
de revisão;  § 8o  Compete ao poder público delegante a fixação
VI - modicidade da tarifa para o usuário;  dos níveis tarifários. 
VII - integração física, tarifária e operacional dos dife- § 9o  Os reajustes das tarifas de remuneração da pres-
rentes modos e das redes de transporte público e privado tação do serviço observarão a periodicidade mínima esta-
nas cidades;  belecida pelo poder público delegante no edital e no con-
VIII - articulação interinstitucional dos órgãos gestores trato administrativo e incluirão a transferência de parcela
dos entes federativos por meio de consórcios públicos;(Re- dos ganhos de eficiência e produtividade das empresas aos
dação dada pela Lei nº 13.683, de 2018) usuários. 
IX - estabelecimento e publicidade de parâmetros de § 10.  As revisões ordinárias das tarifas de remunera-
qualidade e quantidade na prestação dos serviços de trans- ção terão periodicidade mínima estabelecida pelo poder
porte público coletivo; e(Redação dada pela Lei nº 13.683, público delegante no edital e no contrato administrativo
de 2018) e deverão: 
X - incentivo à utilização de créditos eletrônicos tarifá- I - incorporar parcela das receitas alternativas em favor
rios.(Incluído pela Lei nº 13.683, de 2018) da modicidade da tarifa ao usuário; 
§ 1o  (VETADO).  II - incorporar índice de transferência de parcela dos
§ 2o  Os Municípios deverão divulgar, de forma siste- ganhos de eficiência e produtividade das empresas aos
mática e periódica, os impactos dos benefícios tarifários usuários; e 
concedidos no valor das tarifas dos serviços de transporte
III - aferir o equilíbrio econômico e financeiro da con-
público coletivo. 
cessão e o da permissão, conforme parâmetro ou indicador
§ 3o  (VETADO).
definido em contrato. 
Art. 9o  O regime econômico e financeiro da concessão
§ 11.  O operador do serviço, por sua conta e risco e
e o da permissão do serviço de transporte público coletivo
sob anuência do poder público, poderá realizar descontos
serão estabelecidos no respectivo edital de licitação, sendo
nas tarifas ao usuário, inclusive de caráter sazonal, sem que
a tarifa de remuneração da prestação de serviço de trans-
isso possa gerar qualquer direito à solicitação de revisão da
porte público coletivo resultante do processo licitatório da
tarifa de remuneração. 
outorga do poder público. 
§ 1o  A tarifa de remuneração da prestação do serviço § 12.  O poder público poderá, em caráter excepcio-
de transporte público coletivo deverá ser constituída pelo nal e desde que observado o interesse público, proceder à
preço público cobrado do usuário pelos serviços somado revisão extraordinária das tarifas, por ato de ofício ou me-
à receita oriunda de outras fontes de custeio, de forma a diante provocação da empresa, caso em que esta deverá
cobrir os reais custos do serviço prestado ao usuário por demonstrar sua cabal necessidade, instruindo o requeri-
operador público ou privado, além da remuneração do mento com todos os elementos indispensáveis e suficien-
prestador.  tes para subsidiar a decisão, dando publicidade ao ato. 
§ 2o  O preço público cobrado do usuário pelo uso do Art. 10.  A contratação dos serviços de transporte pú-
transporte público coletivo denomina-se tarifa pública, blico coletivo será precedida de licitação e deverá observar
sendo instituída por ato específico do poder público ou- as seguintes diretrizes: 
torgante.  I - fixação de metas de qualidade e desempenho a se-
§ 3o  A existência de diferença a menor entre o valor mo- rem atingidas e seus instrumentos de controle e avaliação; 
netário da tarifa de remuneração da prestação do serviço de II - definição dos incentivos e das penalidades aplicá-
transporte público de passageiros e a tarifa pública cobrada veis vinculadas à consecução ou não das metas; 
do usuário denomina-se deficit ou subsídio tarifário.  III - alocação dos riscos econômicos e financeiros entre
§ 4o  A existência de diferença a maior entre o valor os contratados e o poder concedente; 
monetário da tarifa de remuneração da prestação do ser- IV - estabelecimento das condições e meios para a
viço de transporte público de passageiros e a tarifa pública prestação de informações operacionais, contábeis e finan-
cobrada do usuário denomina-se superavit tarifário.  ceiras ao poder concedente; e 
§ 5o  Caso o poder público opte pela adoção de sub- V - identificação de eventuais fontes de receitas al-
sídio tarifário, o deficit  originado deverá ser coberto por ternativas, complementares, acessórias ou de projetos as-
receitas extratarifárias, receitas alternativas, subsídios or- sociados, bem como da parcela destinada à modicidade
çamentários, subsídios cruzados intrassetoriais e interse- tarifária. 
toriais provenientes de outras categorias de beneficiários Parágrafo único.  Qualquer subsídio tarifário ao custeio
dos serviços de transporte, dentre outras fontes, instituídos da operação do transporte público coletivo deverá ser de-
pelo poder público delegante.  finido em contrato, com base em critérios transparentes e

62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
objetivos de produtividade e eficiência, especificando, mi- base nos requisitos mínimos de segurança, de conforto, de
nimamente, o objetivo, a fonte, a periodicidade e o bene- higiene, de qualidade dos serviços e de fixação prévia dos
ficiário, conforme o estabelecido nos arts. 8o e 9o desta Lei.  valores máximos das tarifas a serem cobradas.  (Redação
Art. 11.  Os serviços de transporte privado coletivo, dada pela Lei nº 12.865, de 2013)
prestados entre pessoas físicas ou jurídicas, deverão ser Art. 12-A.  O direito à exploração de serviços de táxi
autorizados, disciplinados e fiscalizados pelo poder público poderá ser outorgado a qualquer interessado que satisfaça
competente, com base nos princípios e diretrizes desta Lei.  os requisitos exigidos pelo poder público local.   (Incluído
Art. 11-A.  Compete exclusivamente aos Municípios e pela Lei nº 12.865, de 2013)
ao Distrito Federal regulamentar e fiscalizar o serviço de § 1o  É permitida a transferência da outorga a terceiros
transporte remunerado privado individual de passageiros que atendam aos requisitos exigidos em legislação munici-
previsto no inciso X do art. 4º desta Lei no âmbito dos seus pal.   (Incluído pela Lei nº 12.865, de 2013)
territórios.   (Incluído pela Lei nº 13.640, de 2018) § 2o  Em caso de falecimento do outorgado, o direito
Parágrafo único.  Na regulamentação e fiscalização do à exploração do serviço será transferido a seus sucessores
serviço de transporte privado individual de passageiros, os legítimos, nos termos dos arts. 1.829 e seguintes do Título
Municípios e o Distrito Federal deverão observar as seguin- II do Livro V da Parte Especial da Lei no 10.406, de 10 de
tes diretrizes, tendo em vista a eficiência, a eficácia, a segu- janeiro de 2002 (Código Civil).   (Incluído pela Lei nº 12.865,
rança e a efetividade na prestação do serviço:(Incluído pela de 2013) 
Lei nº 13.640, de 2018) § 3o  As transferências de que tratam os §§ 1o e 2o dar-
I - efetiva cobrança dos tributos municipais devidos -se-ão pelo prazo da outorga e são condicionadas à prévia
pela prestação do serviço;   (Incluído pela Lei nº 13.640, anuência do poder público municipal e ao atendimento
de 2018) dos requisitos fixados para a outorga.   (Incluído pela Lei
II - exigência de contratação de seguro de Acidentes nº 12.865, de 2013) 
Art. 12-B. Na outorga de exploração de serviço de táxi,
Pessoais a Passageiros (APP) e do Seguro Obrigatório de
reservar-se-ão 10% (dez por cento) das vagas para con-
Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de
dutores com deficiência.  (Incluído pela Lei nº 13.146, de
Vias Terrestres (DPVAT);  (Incluído pela Lei nº 13.640, de
2015)   (Vigência)
2018)
§ 1o  Para concorrer às vagas reservadas na forma
III - exigência de inscrição do motorista como contri-
do caput deste artigo, o condutor com deficiência deverá
buinte individual do Instituto Nacional do Seguro Social
observar os seguintes requisitos quanto ao veículo utiliza-
(INSS), nos termos da alínea  h  do inciso V do art. 11 da
do:(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº I - ser de sua propriedade e por ele conduzido; e (In-
13.640, de 2018) cluído pela Lei nº 13.146, de 2015)(Vigência)
Art. 11-B.  O serviço de transporte remunerado priva- II - estar adaptado às suas necessidades, nos termos
do individual de passageiros previsto no inciso X do art. da legislação vigente. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
4º desta Lei, nos Municípios que optarem pela sua regula- (Vigência)
mentação, somente será autorizado ao motorista que cum- § 2o  No caso de não preenchimento das vagas na for-
prir as seguintes condições (Incluído pela Lei nº 13.640, de ma estabelecida no caput deste artigo, as remanescentes
2018) devem ser disponibilizadas para os demais concorren-
I - possuir Carteira Nacional de Habilitação na catego- tes.   (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
ria B ou superior que contenha a informação de que exer- Art. 13.  Na prestação de serviços de transporte pú-
ce atividade remunerada; (Incluído pela Lei nº 13.640, de blico coletivo, o poder público delegante deverá realizar
2018) atividades de fiscalização e controle dos serviços delega-
II - conduzir veículo que atenda aos requisitos de ida- dos, preferencialmente em parceria com os demais entes
de máxima e às características exigidas pela autoridade de federativos. 
trânsito e pelo poder público municipal e do Distrito Fede-
ral;   (Incluído pela Lei nº 13.640, de 2018) CAPÍTULO III
III - emitir e manter o Certificado de Registro e Licen- DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS 
ciamento de Veículo (CRLV);   (Incluído pela Lei nº 13.640,
de 2018) Art. 14.  São direitos dos usuários do Sistema Nacional
IV - apresentar certidão negativa de antecedentes cri- de Mobilidade Urbana, sem prejuízo dos previstos nas Leis
minais.   (Incluído pela Lei nº 13.640, de 2018) nos 8.078, de 11 de setembro de 1990, e 8.987, de 13 de
Parágrafo único.  A exploração dos serviços remunera- fevereiro de 1995: 
dos de transporte privado individual de passageiros sem o I - receber o serviço adequado, nos termos do art. 6o da
cumprimento dos requisitos previstos nesta Lei e na regu- Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; 
lamentação do poder público municipal e do Distrito Fede- II - participar do planejamento, da fiscalização e da
ral caracterizará transporte ilegal de passageiros.   (Incluído avaliação da política local de mobilidade urbana; 
pela Lei nº 13.640, de 2018) III - ser informado nos pontos de embarque e desem-
Art. 12.  Os serviços de utilidade pública de transporte barque de passageiros, de forma gratuita e acessível, sobre
individual de passageiros deverão ser organizados, disci- itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de intera-
plinados e fiscalizados pelo poder público municipal, com ção com outros modais; e 

63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
IV - ter ambiente seguro e acessível para a utilização do § 2o  A União poderá delegar aos Estados, ao Distri-
Sistema Nacional de Mobilidade Urbana, conforme as Leis to Federal ou aos Municípios a organização e a prestação
nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dos serviços de transporte público coletivo interestadual
dezembro de 2000.  e internacional de caráter urbano, desde que constituído
Parágrafo único.  Os usuários dos serviços terão o di- consórcio público ou convênio de cooperação para tal fim,
reito de ser informados, em linguagem acessível e de fácil observado o art. 178 da Constituição Federal. 
compreensão, sobre:  Art. 17.  São atribuições dos Estados: 
I - seus direitos e responsabilidades;  I - prestar, diretamente ou por delegação ou gestão
II - os direitos e obrigações dos operadores dos servi- associada, os serviços de transporte público coletivo inter-
ços; e  municipais de caráter urbano, em conformidade com o § 1º
III - os padrões preestabelecidos de qualidade e quan- do art. 25 da Constituição Federal; 
tidade dos serviços ofertados, bem como os meios para II - propor política tributária específica e de incentivos
reclamações e respectivos prazos de resposta.  para a implantação da Política Nacional de Mobilidade Ur-
Art. 15.  A participação da sociedade civil no plane- bana; e 
jamento, fiscalização e avaliação da Política Nacional de III - garantir o apoio e promover a integração dos servi-
Mobilidade Urbana deverá ser assegurada pelos seguintes ços nas áreas que ultrapassem os limites de um Município,
instrumentos:  em conformidade com o § 3º do art. 25 da Constituição
I - órgãos colegiados com a participação de represen- Federal. 
tantes do Poder Executivo, da sociedade civil e dos opera- Parágrafo único.  Os Estados poderão delegar aos Mu-
dores dos serviços;  nicípios a organização e a prestação dos serviços de trans-
II - ouvidorias nas instituições responsáveis pela gestão porte público coletivo intermunicipal de caráter urbano,
do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana ou nos órgãos desde que constituído consórcio público ou convênio de
com atribuições análogas;  cooperação para tal fim. 
III - audiências e consultas públicas; e  Art. 18.  São atribuições dos Municípios: 
I - planejar, executar e avaliar a política de mobilidade
IV - procedimentos sistemáticos de comunicação, de
urbana, bem como promover a regulamentação dos servi-
avaliação da satisfação dos cidadãos e dos usuários e de
ços de transporte urbano; 
prestação de contas públicas. 
II - prestar, direta, indiretamente ou por gestão asso-
ciada, os serviços de transporte público coletivo urbano,
CAPÍTULO IV
que têm caráter essencial; 
DAS ATRIBUIÇÕES
III - capacitar pessoas e desenvolver as instituições vin-
culadas à política de mobilidade urbana do Município; e 
Art. 16.  São atribuições da União: 
IV – (VETADO). 
I - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, Art. 19.  Aplicam-se ao Distrito Federal, no que couber,
Distrito Federal e Municípios, nos termos desta Lei;  as atribuições previstas para os Estados e os Municípios,
II - contribuir para a capacitação continuada de pes- nos termos dos arts. 17 e 18. 
soas e para o desenvolvimento das instituições vinculadas Art. 20.  O exercício das atribuições previstas neste Ca-
à Política Nacional de Mobilidade Urbana nos Estados, Mu- pítulo subordinar-se-á, em cada ente federativo, às normas
nicípios e Distrito Federal, nos termos desta Lei;  fixadas pelas respectivas leis de diretrizes orçamentárias, às
III - organizar e disponibilizar informações sobre o Sis- efetivas disponibilidades asseguradas pelas suas leis orça-
tema Nacional de Mobilidade Urbana e a qualidade e pro- mentárias anuais e aos imperativos da Lei Complementar
dutividade dos serviços de transporte público coletivo;  no 101, de 4 de maio de 2000.
IV - fomentar a implantação de projetos de transporte
público coletivo de grande e média capacidade nas aglo- CAPÍTULO V
merações urbanas e nas regiões metropolitanas;  DAS DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GES-
V – (VETADO);  TÃO DOS SISTEMAS DE MOBILIDADE URBANA
VI - fomentar o desenvolvimento tecnológico e cien-
tífico visando ao atendimento dos princípios e diretrizes Art. 21.  O planejamento, a gestão e a avaliação dos
desta Lei; e  sistemas de mobilidade deverão contemplar: 
VII - prestar, diretamente ou por delegação ou gestão I - a identificação clara e transparente dos objetivos de
associada, os serviços de transporte público interestadual curto, médio e longo prazo; 
de caráter urbano.  II - a identificação dos meios financeiros e institucio-
§ 1o  A União apoiará e estimulará ações coordenadas nais que assegurem sua implantação e execução; 
e integradas entre Municípios e Estados em áreas conurba- III - a formulação e implantação dos mecanismos de
das, aglomerações urbanas e regiões metropolitanas des- monitoramento e avaliação sistemáticos e permanentes
tinadas a políticas comuns de mobilidade urbana, inclusive dos objetivos estabelecidos; e 
nas cidades definidas como cidades gêmeas localizadas em IV - a definição das metas de atendimento e universa-
regiões de fronteira com outros países, observado o art. lização da oferta de transporte público coletivo, monitora-
178 da Constituição Federal.  dos por indicadores preestabelecidos. 

64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Art. 22.  Consideram-se atribuições mínimas dos ór-  I - os serviços de transporte público coletivo; 
gãos gestores dos entes federativos incumbidos respecti- II - a circulação viária; 
vamente do planejamento e gestão do sistema de mobili- III - as infraestruturas do sistema de mobilidade urba-
dade urbana:  na, incluindo as ciclovias e ciclofaixas;   (Redação dada pela
I - planejar e coordenar os diferentes modos e serviços, Lei nº 13.683, de 2018)
observados os princípios e diretrizes desta Lei;  IV - a acessibilidade para pessoas com deficiência e
II - avaliar e fiscalizar os serviços e monitorar desempe- restrição de mobilidade; 
nhos, garantindo a consecução das metas de universaliza- V - a integração dos modos de transporte público e
ção e de qualidade;  destes com os privados e os não motorizados; 
III - implantar a política tarifária;  VI - a operação e o disciplinamento do transporte de
IV - dispor sobre itinerários, frequências e padrão de carga na infraestrutura viária; 
qualidade dos serviços;  VII - os polos geradores de viagens; 
V - estimular a eficácia e a eficiência dos serviços de VIII - as áreas de estacionamentos públicos e privados,
transporte público coletivo;  gratuitos ou onerosos; 
VI - garantir os direitos e observar as responsabilidades IX - as áreas e horários de acesso e circulação restrita
dos usuários; e  ou controlada; 
VII - combater o transporte ilegal de passageiros.  X - os mecanismos e instrumentos de financiamento
Art. 23.  Os entes federativos poderão utilizar, dentre do transporte público coletivo e da infraestrutura de mo-
outros instrumentos de gestão do sistema de transporte e bilidade urbana; e 
da mobilidade urbana, os seguintes:  XI - a sistemática de avaliação, revisão e atualização
I - restrição e controle de acesso e circulação, perma- periódica do Plano de Mobilidade Urbana em prazo não
nente ou temporário, de veículos motorizados em locais e superior a 10 (dez) anos. 
horários predeterminados;  § 1o  Em Municípios acima de 20.000 (vinte mil) habi-
II - estipulação de padrões de emissão de poluentes tantes e em todos os demais obrigados, na forma da lei, à
elaboração do plano diretor, deverá ser elaborado o Plano
para locais e horários determinados, podendo condicionar
de Mobilidade Urbana, integrado e compatível com os res-
o acesso e a circulação aos espaços urbanos sob controle; 
pectivos planos diretores ou neles inserido. 
III - aplicação de tributos sobre modos e serviços de
§ 2o  Nos Municípios sem sistema de transporte público
transporte urbano pela utilização da infraestrutura urbana,
coletivo ou individual, o Plano de Mobilidade Urbana de-
visando a desestimular o uso de determinados modos e
verá ter o foco no transporte não motorizado e no planeja-
serviços de mobilidade, vinculando-se a receita à aplicação
mento da infraestrutura urbana destinada aos deslocamen-
exclusiva em infraestrutura urbana destinada ao transpor-
tos a pé e por bicicleta, de acordo com a legislação vigente. 
te público coletivo e ao transporte não motorizado e no § 3o  O Plano de Mobilidade Urbana deverá ser compa-
financiamento do subsídio público da tarifa de transporte tibilizado com o plano diretor municipal, existente ou em
público, na forma da lei;  elaboração, no prazo máximo de 6 (seis) anos da entrada
IV - dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas em vigor desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 13.406, de
para os serviços de transporte público coletivo e modos de 2016)
transporte não motorizados;  § 4º  Os Municípios que não tenham elaborado o Plano
V - estabelecimento da política de estacionamentos de Mobilidade Urbana até a data de promulgação desta
de uso público e privado, com e sem pagamento pela sua Lei terão o prazo máximo de 7 (sete) anos de sua entrada
utilização, como parte integrante da Política Nacional de em vigor para elaborá-lo, findo o qual ficarão impedidos
Mobilidade Urbana;  de receber recursos orçamentários federais destinados
VI - controle do uso e operação da infraestrutura viária à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta
destinada à circulação e operação do transporte de carga, Lei.   (Redação dada pela Lei nº 13.683, de 2018)
concedendo prioridades ou restrições;  § 6º  (VETADO).  (Redação dada pela Lei nº 13.683, de
VII - monitoramento e controle das emissões dos gases 2018)
de efeito local e de efeito estufa dos modos de transporte
motorizado, facultando a restrição de acesso a determina- CAPÍTULO VI
das vias em razão da criticidade dos índices de emissões DOS INSTRUMENTOS DE APOIO À MOBILIDADE
de poluição;  URBANA 
VIII - convênios para o combate ao transporte ilegal de
passageiros; e  Art. 25.  O Poder Executivo da União, o dos Estados,
IX - convênio para o transporte coletivo urbano inter- o do Distrito Federal e o dos Municípios, segundo suas
nacional nas cidades definidas como cidades gêmeas nas possibilidades orçamentárias e financeiras e observados os
regiões de fronteira do Brasil com outros países, observado princípios e diretrizes desta Lei, farão constar dos respec-
o art. 178 da Constituição Federal.  tivos projetos de planos plurianuais e de leis de diretrizes
Art. 24.  O Plano de Mobilidade Urbana é o instrumen- orçamentárias as ações programáticas e instrumentos de
to de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana apoio que serão utilizados, em cada período, para o apri-
e deverá contemplar os princípios, os objetivos e as diretri- moramento dos sistemas de mobilidade urbana e melhoria
zes desta Lei, bem como: da qualidade dos serviços. 

65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
Parágrafo único.  A indicação das ações e dos instru- Resposta certa: A. O art. 89 estabelece a ordem de pre-
mentos de apoio a que se refere o caput será acompanha- ferência quanto à sinalização. Dentre elas, o inciso II de-
da, sempre que possível, da fixação de critérios e condições termina que a sinalização do semáforo prevalece sobre os
para o acesso aos recursos financeiros e às outras formas demais sinais, exatamente como previsto na alternativa A.
de benefícios que sejam estabelecidos. 
3. (VUNESP. Agente de trânsito. 2015. Pref. De Aru-
CAPÍTULO VII já) De acordo com o CTB, artigo 47, parágrafo único,
DISPOSIÇÕES FINAIS  a operação de carga ou descarga será regulamentada
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e
Art. 26.  Esta Lei se aplica, no que couber, ao planeja- é considerada
mento, controle, fiscalização e operação dos serviços de (A) parada.
transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e (B) estacionamento.
(C) imobilização temporária do veículo.
internacional de caráter urbano.
(D) estacionamento ou parada conforme o local.
 Art. 27.  (VETADO). 
(E) parada ou imobilização temporária conforme o local.
Art. 28.  Esta Lei entra em vigor 100 (cem) dias após a
data de sua publicação. 
Resposta certa: B. O parágrafo único do artigo 47 de-
Brasília, 3 de janeiro de 2012; 191o da Independência e termina que em situação de carga ou descarga, deverá ha-
124  da República. 
o
ver a regulamentação competente, sendo que esta situa-
ção é considerada um estacionamento.
QUESTÕES
4. (VUNESP. Agente de trânsito. 2015. Pref. De Aru-
1. (VUNESP. Agente de trânsito. 2015. Pref. De Aru- já). Assinale a alternativa que contém somente elemen-
já) Leia o artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro – tos que devem constar do auto de infração, conforme
CTB. artigo 280 do CTB.
“Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via (A) Data, caracteres da placa de identificação do veícu-
será indicada por meio de sinalização, obedecidas suas lo, ano de fabricação, assinatura do infrator, identificação
características técnicas e as condições de trânsito. do órgão ou da entidade.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a (B) Tipificação da infração, caracteres da placa de iden-
velocidade máxima será de: tificação do veículo, ano de fabricação, assinatura do infra-
I – nas vias urbanas: tor, identificação do órgão ou da entidade.
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito (C) Tipificação da infração, data, ano de fabricação do
rápido; veículo, assinatura do infrator, identificação do órgão ou
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; da entidade.
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras; (D) Tipificação da infração, data, caracteres da placa de
d) quilômetros por hora, nas vias locais;” identificação do veículo, assinatura do infrator, identifica-
Assinale a alternativa que completa corretamente a la- ção do órgão ou da entidade.
cuna (E) Tipificação da infração, data, caracteres da placa de
do artigo. identificação do veículo, ano de fabricação, assinatura do
(A) dez infrator.
(B) quinze
Resposta certa: D.
(C) vinte
O art. 280 estabelece todos os elementos que devem
(D) vinte e cinco
constar no auto de infração que irá apurar a responsabili-
(E) trinta.
dade do condutor e a penalidade que poderá lhe ser impu-
tada. Os elementos necessários constam na alternativa D.
Resposta certa: E. O art. 61, § 1º preceitua que se não
existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima 5. (EducaPB. Agente de fiscalização de trânsito.
será de trinta km/h. 2016. Pref. Alhandra/PB): Nas regras de preferência es-
tabelecidas no art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro,
2. (VUNESP. Agente de trânsito. 2015. Pref. De Aru- o trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à cir-
já) Assinale a alternativa correta sobre prevalência de culação obedecerá às seguintes normas, entre outras,
sinalização ou regras, conforme artigo 89 do CTB. EXCETO:
(A) A indicação do semáforo sobre os demais sinais. A. A circulação far-se-á pelo lado direito da via, admi-
(B) Os demais sinais sobre a indicação do semáforo. tindo-se as exceções devidamente sinalizadas.
(C) As demais normas de trânsito sobre a indicação do B. O condutor deverá guardar distância de seguran-
semáforo. ça lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem
(D) Os demais sinais sobre as demais normas de trânsito. como em relação ao bordo da pista, considerando no mo-
(E) As normas de circulação sobre os demais sinais. mento, a velocidade e as condições do local, da circulação,
do veículo e as condições climáticas.

66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
C. Quando veículos, transitando por fluxos que se cru- c) promovida por todos os órgãos ou entidades do Sis-
zem, se aproximarem de local não sinalizado, terá prefe- tema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos refe-
rência de passagem. rentes às férias escolares, feriados prolongados e à Semana
D. Quando uma pista de rolamento comportar várias Nacional de Trânsito.
faixas de circulação no mesmo sentido, são as da esquer- d) Nenhuma das alternativas.
da destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos
e de maior porte, quando não houver faixa especial a eles Resposta certa: A. A educação para o trânsito deverá
destinada, e as da direita, destinadas à ultrapassagem e ao ser promovida desde a pré-escola até o 3ª grau, conforme
deslocamento dos veículos de maior velocidade. previsto no art. 76 do CTB.
E. O trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou 8. (INSTITUTO EXCELÊNCIA. Agente de Autoridade
se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento. de trânsito. 2017. Pref. Osvaldo Cruz/SP):
Com base na Lei Federal nº 9.503/97 Art. 140. A
habilitação para conduzir veículo automotor e elétrico
Resposta certa: D. O trânsito dos veículos na via terres-
será apurada por meio de exames que deverão ser reali-
tre está regulamentado pelo art. 29 do CTB.
zados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado
Assim, são estabelecidas algumas regras como quando
ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência do
houver vários carros circulando em uma pista de rolamen- candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio
to com várias faixas, sendo a pista da direita destinada ao órgão, devendo o condutor preencher os seguintes re-
deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quisitos: Assinale a alternativa CORRETA:
quando não houver faixa especial. Por sua vez, a pista da a) I - ser maior de vinte e um anos; II - estar habilitado;
esquerda fica destinada às ultrapassagens e deslocamen- III - ser aprovado em curso especializado e em curso de
tos de veículos de maior velocidade. A alternativa D é a cor- treinamento de prática veicular em situação de risco, nos
reta, pois em verdade, o enunciado pede a exceção sobre termos da normatização do CONTRAN.
as normas de circulação. b) I - ser penalmente imputável; II-saber ler e escrever;
Portanto, sendo equivocado seu conteúdo, ali está a III-possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
exceção. c) I - teste de aptidão física e mental; II - ser escrito,
sobre legislação de trânsito; III - ter noções de primeiros
6. (EducaPB. Agente de fiscalização de trânsito. socorros, conforme regulamentação do CONTRAN.
2016. Pref. Alhandra/PB). São os Engenheiros de Trans- d) Nenhuma das alternativas.
portes os responsáveis por projetos viários, além de
estudos de tráfego com vistas à otimização da capaci- Resposta certa: B. O art. 140 do CTB estabelece que
dade de tráfego, visando reduzir congestionamentos. para que um indivíduo possa obter a habilitação para con-
São habilidades do Engenheiro de Transportes, entre duzir veículo deverá ser penalmente imputável, saber ler e
outras, EXCETO: escrever e possuir carteira de identidade ou equivalente,
A. Realizar estudos de tráfego. exatamente como previsto na alternativa B.
B. Realizar planos estratégicos de logística e transporte
C. Executar políticas tarifárias de sistemas. 9. (COPEVE/UFAL. Agente de Fiscalização de trânsi-
D. Realizar estudos para o planejamento urbano dos to. 2012. Pref. Maceió/AL) Dos órgãos e entidades abai-
transportes de cidades. xo, assinale o que não compõe o Sistema Nacional de
E. Avaliar, diagnosticar e implantar medidas para au- Trânsito.
A) CONTRAN, Conselho Nacional de Trânsito.
mento da segurança no trânsito.
B) CORTRAN, Corregedoria Nacional de Trânsito.
C) CETRAN, Conselho Estadual de Trânsito.
Resposta certa: C. O engenheiro de transportes deve
D) COTRADIFE, Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
ter todas as habilidades mencionadas nas alternativas, ex-
E) Os órgãos e entidades executivos de Trânsito da
ceto a atribuição de executar políticas tarifárias de sistemas. União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios.
7. (INSTITUTO EXCELÊNCIA. Agente de Autoridade Resposta certa: B. O Sistema Nacional de Trânsito é
de trânsito. 2017. Pref. Osvaldo Cruz/SP): Sobre a edu- composto pelos órgãos previstos no art. 7º do CTB. O ór-
cação para o trânsito (Lei Federal nº 9.503/97):Comple- gão mencionado na alternativa B não faz parte do Sistema.
te o Art. 76. A educação para o trânsito será ......
a) promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º 10. (CETAP. Agente de fiscalização de trânsito. 2010.
graus, por meio de planejamento e ações coordenadas en- DETRAN/RR) São medidas administrativas às infrações
tre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito de trânsito previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro,
e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e EXCETO:
dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. A) retenção do veículo.
b) direito de todos e constitui dever prioritário para os B) remoção do veículo.
componentes do Sistema Nacional de Trânsito. C) leilão do veículo.

67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito
D) recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
E) realização de teste de dosagem de alcoolemia ou ANOTAÇÕES
perícia de substância entorpecente ou que determine de-
pendência física ou psíquica.
___________________________________________________
Resposta certa: C. O leilão de veículos não constitui
uma medida administrativa. Será um ato que ocorrerá em ___________________________________________________
consequência de um veículo apreendido ou removido que
não tenha sido reclamado pelo proprietário. Por sua vez, as ___________________________________________________
medidas administrativas estão previstas no art. 269 do CTB. ___________________________________________________
11. (CETAP. Agente de fiscalização de trânsito. 2010. ___________________________________________________
DETRAN/RR) São circunstâncias que sempre agravam
as penalidades dos crimes de trânsito quando o condu- ___________________________________________________
tor do veículo tiver cometido a infração:
___________________________________________________
A) com dano efetivo para duas ou mais pessoas ou
com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros. ___________________________________________________
B) utilizando o veículo com placas.
C) utilizando o som do carro. ___________________________________________________
D) quando o condutor do veículo não for a mesma
pessoa do proprietário. ___________________________________________________
E) quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
___________________________________________________
especiais com o transporte de passageiros ou de carga.
___________________________________________________
Resposta certa: E. As circunstâncias que sempre agra-
vam as penalidades dos crimes de trânsito estão previstas ___________________________________________________
no art. 298 do CTB. A alternativa correta é a E que está
prevista no inciso V do artigo mencionado. ___________________________________________________

___________________________________________________
12. (CETAP. Agente de fiscalização de trânsito. 2010.
DETRAN/RR) As penalidades existentes às infrações de ___________________________________________________
trânsito previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro
que devem ser aplicadas pela autoridade de trânsito ___________________________________________________
compreendem, EXCETO:
___________________________________________________
A) advertência por escrito.
B) reclusão do condutor. ___________________________________________________
C) suspensão do direito de dirigir.
D) apreensão do veículo. ___________________________________________________
E) freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
___________________________________________________
Resposta certa: B. As penalidades que podem ser apli-
___________________________________________________
cadas às infrações de trânsito estão previstas no art. 256
do CTB. A reclusão do condutor constituiria uma pena que ___________________________________________________
apenas poderá ser aplicada em virtude de sentença conde-
natória que reconheça a prática de um crime ou em caso ___________________________________________________
de flagrante delito também no cometimento de um crime.
___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito

ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Educação de Trânsito

ANOTAÇÕES

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