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DA BAHIA
PROCESSO Nº 0016151-38.2014.8.05.0001
EMBARGANTE: BANCO ITAUCARD S.A.
EMBARGADA: ANGELA PEREIRA DOS SANTOS RODRIGUES
DESPACHO
PROCESSO Nº 0016151-38.2014.8.05.0001
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: ANGELA PEREIRA DOS SANTOS RODRIGUES
RECORRIDO: BANCO ITAUCARD S.A.
JUIZ PROLATOR: ADRIANO AUGUSTO GOMES BORGES
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA
EMENTA
RECURSO INOMINADO. COBRANÇA DE PRODUTO (SEG.
PROTEÇÃO AP.) PELA ADMINISTRADORA DE CARTÃO DE
CRÉDITO SEM PROVA DA CONTRATAÇÃO PELA
CONSUMIDORA. SENTENÇA QUE JULGOU
IMPROCEDENTE A PRETENSÃO DEDUZIDA. ATUAÇÃO
ILÍCITA ATESTADA PELO CONJUNTO PROBATÓRIO.
PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO PARA CONDENAR
O RECORRIDO AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS, CONFIGURADOS NA HIPÓTESE,
DETERMINANDO, AINDA, A RESTITUIÇÃO, EM DOBRO,
DOS VALORES DESCONTADOS INDEVIDAMENTE.
ACÓRDÃO
Realizado julgamento do Recurso do processo acima epigrafado, a
QUINTA TURMA, composta dos Juízes de Direito, WALTER AMÉRICO CALDAS,
EDSON PEREIRA FILHO e ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA decidiu, à
unanimidade de votos, CONHECER e DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso
interposto pela Recorrente, ANGELA PEREIRA DOS SANTOS RODRIGUES,
para, reformando integralmente a sentença hostilizada, condenar o Recorrido,
BANCO ITAUCARD S.A., a lhe pagar a importância de de R$ 4.000,00 (quatro
mil reais), a título de indenização por danos morais, com correção monetária a partir
do julgamento do recurso, momento que se deu a condenação, e juros, incidentes a
partir da citação, seguindo entendimento da jurisprudência, o qual sofreu abalo pelo
julgamento do REsp 903258, por não ter efeito vinculante, não tendo o voto da Ministra
Maria Isabel Gallotti pacificado o assunto nem mesmo na ocasião do julgamento pela 4ª
Turma do STJ, onde o Ministro Luis Felipe Salomão votou divergente, determinando,
ainda, a devolução, em dobro, dos valores indevidamente lançados em fatura de cartão
de crédito e efetivamente pagos pela consumidora sob a denominação “seg. Proteção
ap.”. Não se destinando a regra inserta na segunda parte do art. 55, caput, da Lei
9.099/95, ao recorrido, mas ao recorrente vencido, deixo de condenar a parte autora ao
pagamento de custas e honorários advocatícios.