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VIGÊNCIA DA LEI
a) advento do termo;
b) implemento de condição resolutiva;
c) consecução de seus fins.
Lei temporária – é a que nasce com termo prefixado (ou uma data de-
terminada) de duração. A lei já nasce com uma prazo para perder sua
vigência.
Repristinação – é dar-lhe nova vigência, ou seja, uma lei que fora revo-
gada volta a viger por determinação expressa de uma nova lei. É o res-
tabelecimento da eficácia de uma lei anteriormente revogada. Preceitua
o artigo 2º, §3º da Lei de Introdução ao Código Civil que a lei revogada
não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, salvo dispo-
sição em contrário. Ex.: Se a lei “A” é revogada pela lei “B” e posteri-
ormente a lei “B” é revogada pela lei “C”, não se restabelece a vigência
da lei “A”. No Brasil não há repristinação ou restauração automática
da lei velha, se uma lei mais nova for revogada. Só haverá repristina-
ção quando a nova lei ressalvar expressamente que a lei velha retoma-
rá eficácia.
Antinomias
Uma lei especial não será revogada por outra geral, mesmo que este
seja posterior. No aparente conflito para solucionar antinomias, o cri-
tério da especialidade prevalece sobre o cronológico.
Assim, estabelece o art. 4º da LICC: quando a lei for omissa, o juiz deci-
dira o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios ge-
rais do direito.
Analogia
Costumes
É a constante repetição de determinado comportamento de modo públi-
co e notório, por agente convicto da obrigatoriedade de sua prática co-
mo necessária à vida em comunidade. Sua força obrigatória baseia-se
em sua continuidade, uniformidade, moralidade e diuturnidade. A-
pesar de ter pouca aplicabilidade prática, devemos identificar dois ele-
mentos caracterizadores dos costumes:
No direito brasileiro a lei não perde a sua eficácia pelo não uso, isto é,
pelo fato de permanecer por longo tempo inaplicada ou inobservada (de-
suetudo). No mesmo sentido, prática reiterada em sentido contrário não
tem força para revogar a lei (consuetudo abrogatoria). Como vimos, a
vigência de uma norma, salvo as leis temporárias, não tem prazo de du-
ração definido, pois perdura até que ocorra sua revogação.
Princípios gerais
DIREITO INTERTEMPORAL
QUESTÕES
a) II e IV
b) III e IV
c) I e III
d) I e V
e) II e V
27 – (Procurador – Bahia/2002) É correto afirmar que:
a) direito adquirido é aquele cujos efeitos foram totalmente produzidos
ou consumados.
b) os atos jurídicos serão imperiosamente anulados quando uma das
partes atuou com dolo.
c) a interpretação autêntica de uma lei realiza-se através de outra lei,
que será considerada como a própria lei interpretada.
d) a desconsideração da pessoa jurídica é uma penalidade resultante da
prática de ato ilícito ou fraudulento que acarreta a sua extinção.
e) o nascituro é pessoa, tem personalidade, mas somente usufruirá di-
reitos e assumirá obrigações se nascer com vida.
28 - (INSS/2008). Uma norma jurídica tem três momentos, que di-
zem respeito à determinação do início de sua vigência, à continui-
dade de sua vigência e à cessação de sua vigência. Além disso, a
norma contém em si uma carga de generalidade, referindo-se a ca-
sos indefinidos, o que implica seu afastamento da realidade, fazen-
do surgir uma oposição entre normas jurídicas e fatos. Maria Hele-
na Diniz. Curso de direito civil brasileiro, vol. I, 24.a ed. São Pau-
lo: Saraiva, 2006, p. 58 (com adaptações).
Tendo as idéias do texto acima como referência inicial, julgue os
itens que se seguem, relativos à analogia, interpretação e aplicação
da lei no tempo e no espaço.
I – A analogia, que é um dos instrumentos de integração da norma jurí-
dica, consiste na prática uniforme, constante, pública e geral de deter-
minado ato com a convicção de sua necessidade jurídica.
II – No ordenamento jurídico brasileiro vigente, quanto à sua eficácia, a
lei possui um prazo de vocatio legis, cuja contagem inclui o dia de co-
meço e exclui o do vencimento.
III – Somente haverá revogação tácita da lei anterior quando a lei nova
for com aquela incompatível.
IV – A lei nova que estabelecer disposição geral a par das leis especiais,
revoga estas últimas.
V – No direito brasileiro, a repristinação da lei revogada não se sujeita
às regras pertinentes à vocatio legis.
VI – A sucessão de bens de estrangeiros, por morte ou ausência, quan-
do situados tais bens no Brasil, será regulada sempre pela lei brasileira,
quanto aos imóveis, e sempre pela lei do país onde era domiciliado o de-
funto ou o desaparecido, quanto aos bens não imóveis.
VII – A Lei de Introdução é uma lex legum, ou seja, um conjunto de
normas que não rege relações de vida, mas sim as normas, uma vez que
1 A 21 d
2 c 22 a
3 d 23 e
4 a 24 e
5 c 25 V, V, F, F, F
6 b 26 a
7 a 27 c
8 d 28 F, F, F, F, V, F, V, F, V, F, V
9 a 29
10 F, V, F, F, V 30
11 c 31
12 d 32
13 c 33
14 c 34
15 c 35
16 e 36
17 d 37
18 c 38
19 e 39
20 e 40
BIBLIOGRAFIA
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