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Prof. Me.

Thiago Aramizo

Crédito tributário

O crédito tributário é a obrigação tributária devidamente constituída. Trata-se de


obrigação líquida e certa que pode ser exigida pelo Fisco. É o tributo sob a perspectiva do
credor.
O ​crédito tributário tem a mesma natureza jurídica da obrigação tributária, no
entanto, segundo a técnica adotada pelo CTN, não é a mesma coisa: enquanto a obrigação
se refere ao vínculo jurídico que liga sujeito passivo e fisco (sujeito ativo) em relação a uma
prestação tributária, o crédito é a materialização formal da obrigação tributária decorrente
da adoção de um procedimento administrativo denominado lançamento tributário.
Pode se afirmar que a obrigação tributária (e o crédito tributário) nasce com a
ocorrência do fato gerador. Uma vez existente (nascida) a obrigação tributária deve ser
lançada, ou seja, constituída por meio de um procedimento administrativo, a partir do qual
poderá ser exigida pelo Fisco, afirmando-se assim, a existência de um crédito tributário
líquido e certo.
Na ilustração abaixo fica evidente que o tributo nasce com a ocorrência do fato
gerador, e, após o lançamento, se torna constituído, e portanto, exigível.

Conforme se depreende o lançamento é condição sine qua non para o


cumprimento da obrigação tributária. É etapa necessária que deverá ser observada para a
cobrança do tributo.
Prof. Me. Thiago Aramizo

Lançamento tributário

Por lançamento tributário compreende-se o ​“procedimento administrativo


tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”.
O lançamento é, portanto, um procedimento de natureza administrativa que tem
por objetivo:
a) verificar se o fato gerador ocorreu;
b) verificar as circunstâncias relevantes para a determinação do tributo;
c) calcular o valor do tributo devido;
d) identificar o sujeito passivo da obrigação;
e) e, caso necessário, aplicar eventuais multas pelo descumprimento da obrigação
tributária principal ou acessória.
Sendo um procedimento administrativo, o lançamento tributário é de
responsabilidade do Fisco, podendo ele, por lei, atribuir parcela destas atividades para o
próprio sujeito passivo.
Esta atribuição de tarefas ao sujeito passivo pode variar conforme cada tributo e
cada ente tributante e leva em consideração questões de política fiscal (conveniência e
oportunidade). Caso, por exemplo, seja conveniente, pode o Fisco, por lei, impor a obrigação
acessória ao sujeito passivo “importador” de declarar o fato “importação” ao Fisco sempre
que o fato gerador “entrada do bem no território nacional” ocorrer. Neste caso pode-se
afirmar que a tarefa de verificar se o fato gerador ocorreu é atribuída ao contribuinte,
cabendo ao fisco os demais objetivos do lançamento.
Tendo em consideração essa capacidade de impor diferentes atribuições ao sujeito
passivo, o Direito tributário define três modalidades diferentes de lançamento:
a) ​Lançamento por homologação​: nesta modalidade é atribuição do sujeito passivo
verificar a ocorrência do fato gerador, verificar as circunstâncias relevantes para a
determinação do tributo, calcular o valor do tributo devido e efetuar o pagamento
antecipado do tributo. Ao Fisco resta a atribuição de homologar a apuração e o
pagamento do tributo ou, caso seja a situação, não homologar o pagamento e aplicar as
sanções cabíveis pelos erros e atrasos do sujeito passivo.
Prof. Me. Thiago Aramizo

b) ​Lançamento por declaração​: nesta modalidade é atribuído ao sujeito passivo o dever


verificar a ocorrência do fato gerador e/ou verificar e apresentar as circunstâncias
relevantes para a determinação do tributo. Cabendo ao Fisco as demais atividades do
lançamento.
c) e ​Lançamento de ofício:​ esta é a modalidade tradicional de lançamento, nela nenhuma
atribuição significativa é imposta ao sujeito passivo, cumprindo ao Fisco, por meio de
informações que já possui e dos seus aparatos constituir o crédito tributário. Cabendo ao
sujeito passivo apenas a obrigação de pagar.
Conforme já salientado a determinação de qual a modalidade de lançamento a ser
adotada varia conforme a opção política do ente tributante. Esta opção será disposta em lei,
e passa a vincular a todos (Fisco e contribuinte).
A tabela abaixo sintetiza as atribuições dos sujeitos ativo e passivo conforme cada
modalidade de lançamento tributário:

Ofício Declaração Homologação

Verificar ocorrência do fato Fisco Sujeito Passivo Sujeito Passivo


gerador;

Apurar circunstâncias Fisco Fisco/Sujeito Passivo Sujeito Passivo


relevantes para o tributo;

Calcular o valor do tributo; Fisco Fisco Sujeito Passivo

Identificar o sujeito passivo; Fisco Fisco Sujeito Passivo

Aplicar eventuais multas; Fisco Fisco Fisco

Ressalte-se que a atividade de lançamento é sempre do Fisco, tanto é que apenas


ele poderá impor sanções fiscais. O que se transfere para o sujeito passivo é parcela das
atividades, e não a atividade de lançamento. Por exemplo, no caso do lançamento por
homologação, o lançamento continua sendo realizado pelo Fisco (que atuará homologando
ou não as atividades do contribuinte) ainda que a grande maioria das atividades seja de
atribuição do sujeito passivo. O lançamento nunca será atribuição do sujeito passivo.
Prof. Me. Thiago Aramizo

Uma vez lançado o tributo o sujeito passivo será notificado, e, em regra, o ​iter
tributário se encerrará com o cumprimento da obrigação tributária/crédito tributário.

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