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Análise Estrutural II - Grelhas

Prof. Jackson Antonio Carelli

GRELHAS

Grelhas são sistemas estruturais reticulados (constituídos por barras - elementos


em que uma das dimensões predomina em relação às outras duas) planos. Esta definição
é a mesma dos pórticos planos, porém, a diferença entre eles está no carregamento,
enquanto os pórticos planos possuem carregamento paralelo ao próprio plano, as grelhas
são submetidas a cargas perpendiculares ao seu plano, conforme pode ser visto nas
figuras a seguir.

Z
PÓRTICO PLANO

Z
X

GRELHA

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Enquanto os movimentos possíveis de um nó de pórtico plano são:

 translação paralela ao eixo X;


 translação paralela ao eixo Y;
 rotação em torno do eixo Z;

os movimentos possíveis de um nó de grelha são:

 rotação em torno do eixo X;


 rotação em torno do eixo Y;
 translação paralela ao eixo Z.

Como é possível observar, nas grelhas existem rotações ocorrendo em torno dos
eixos das barras. Isto significa que as barras de uma grelha estarão sujeitas a esforços de
torção. Assim, ao fazer uso do método dos deslocamentos, torna-se necessário
estabelecer um coeficiente de rigidez a torção das barras, ou seja, um momento torçor
capaz de causar uma rotação unitária em torno do eixo da mesma.

Na busca por este coeficiente de rigidez é importante salientar inicialmente que,


ao aplicarmos um momento de torção na extremidade de uma barra, considerando a
outra extremidade fixa (processo para obtenção do coeficiente de rigidez), é fácil
perceber que a barra apresentará exclusivamente torção, pois haverá apenas uma
deflexão angular longitudinal da mesma, ou seja, este momento de torção não causará
nenhum outro efeito sobre a barra (momento fletor, esforço cortante ou esforço normal).

Com auxílio do método da carga unitária (Análise Estrutural I) pode-se chegar


ao valor do coeficiente de rigidez de uma barra submetida a esforços de torção.

O método da carga unitária diz que:

l N ⋅ N ⋅ dx l M ⋅ M ⋅ dx l χ ⋅V ⋅V ⋅ dx l T ⋅ T ⋅ dx
δ ui = ∫ +∫ +∫ +∫ (1)
0 E⋅A 0 E⋅I 0 G⋅A 0 G⋅I
0

Considerando apenas os efeitos de torção, temos:

T ⋅ T ⋅ dx
l
δ ui = ∫ (2)
0 G⋅I
0

sendo:

G – módulo de elasticidade transversal;


I0 – momento de inércia à torção da seção da peça;
Τ – esforço de torção virtual unitário;
T – esforço de torção atuante na barra.

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Se considerarmos ainda que a barra tenha seção constante e comprimento L


podemos reescrever a equação já integrada da seguinte forma:

T ⋅L
φ= (3)
G ⋅ I0
onde:

φ – ângulo de rotação sofrido pela barra em função do esforço T;


L – comprimento da barra.

Como um coeficiente de rigidez é, conceitualmente, o esforço capaz de causar


uma deformação unitária no elemento, basta fazer φ = 1 e isolar T, obtendo-se assim o
coeficiente de rigidez da barra à torção:

G ⋅ I0
T= (4)
L

De acordo com a resistência dos materiais, o módulo de elasticidade transversal


(G) é dado por:

E
G= (5)
2 ⋅ (1 +ν )

onde:

E – módulo de elasticidade longitudinal do material


ν – coeficiente de Poisson (Ex: 0,2 para o concreto)

Os momentos de inércia a torção (I0) de algumas seções transversais mais


comuns, são apresentado na tabela a seguir. No entanto, é importante salientar que para
o caso de elementos de concreto armado, os valores informados podem cair para até
15% dos valores indicados na tabela, dependendo do grau de fissuração da peça.

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MOMENTOS DE INÉRCIA A TORÇÃO – Fonte: Curso de Análise


Estrutural (Volume II) – José Carlos Süssekind

De acordo com GERE E WEAVER (Análise de Estruturas Reticuladas) o


parâmetro “η
η” para o caso de seções retangulares pode ser obtido pela seguinte
expressão:

1  b b 4 
η = − 0,21⋅ 1 −  (6)
3  h  12 ⋅ h 4 

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