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O ensino da Geografia nos anos iniciais

Ana Beatriz Almeida de Sousa¹

Danubia Caetano Sousa²

Francimara Santos da Silva

INTRODUÇÃO

A Proposta desse trabalho é instigar uma discussão acerca do ensino de geografia


nos anos iniciais e desse modo assuntos relevantes tanto para as propostas de ensino dos
docentes quanto da aprendizagem dos educandos.

Sendo assim é importante salientar que a aula de geografia permite que se entenda
a espacialidade do mundo e da sociedade, contudo, pelo fato de muitas vezes a aula de
Geografia ser tomada como uma apresentação de curiosidades sobre o mundo, uma
prática de decorar informações só para fazer avaliações, o efeito desses saberes na
educação das pessoas não aparece de forma sistematiza. Essa situação dificulta ter clareza
sobre o que os professores querem realizar e o que se propõe para esses saberes em suas
aulas.

Isso de alguma forma esconde o potencial do ensino de Geografia em sala de aula,


o que pode nos alertar para uma fragilidade de leituras e apresentação do que é estudar
essa ciência. Desse modo pode-se sugerir métodos de análise que permita uma visão
menos fragmentada do mundo. Dessa forma cabe aos geógrafos educadores, investirem
em esforços para demandar sua contribuição singular no processo educativo escolar e
para educação da sociedade em geral.

Diante disso, acredita-se que uma sociedade educada geograficamente, torna-se


capaz de compreender as desigualdades e injustiças que produz, os desequilíbrios
socioambientais que promove e sobretudo que essa sociedade se reconheça como
produtora de riquezas e mazelas existentes, valorizando e se responsabilizando por esse
trabalho.

DESENVOLVIMENTO

É evidente a importância do ensino de Geografia já nas séries iniciais, uma vez


que os alunos devem ser estimulados a compreenderem a vida em sociedade, levando em
considerações as diferenças socioculturais e econômicas presentes no meio em que
vivem, tornando se cidadãos críticos e construtores do próprio conhecimento. Todavia,
sabe-se que o ensino-aprendizagem da Geografia centraliza dificuldades, muito embora
seja um componente curricular de grande valor, sua realidade em sala de aula por vezes
está associada ao desinteresse do discente e consequentemente ao fracasso na
aprendizagem.

Apesar da valorização atribuída à Geografia como ciência, percebe se em muitas


escolas ações recorrentes entre professores, nas quais a aula procede de forma pouco
atrativa, ainda que todos almejem à formação de um cidadão consciente, crítico, capaz de
conceber a leitura de mundo por meio da compreensão dos conteúdos dessa disciplina."
A leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade,
possamos exercitar nossa cidadania" (CALLAI, 2005, p. 228).

É inegável que o processo de aprender é bastante complexo. A criança sofre


influências dentro e fora da escola. Partindo da pressuposição torna se evidente a
Importância da adesão à flexibilidade de metodologias na busca de motivação para o
processo de aquisição do conhecimento na Educação Infantil. Entretanto, é preciso que o
professor compreenda que não existe uma metodologia de ensino perfeita, adequada a
todas as crianças. O professor no atual contexto do ensino-aprendizagem deve
continuamente reconstruir, principalmente, a metodologia não pode e não deve acreditar
na existência de uma metodologia especial, “milagrosa”, mas confiar em uma
metodologia pautada, fundamentada por sua competência pedagógica, principalmente no
atual contexto em que disciplinas como história e geografia, por muitas vezes são
deixadas em segundo plano nas salas de aula, principalmente nas séries iniciais, em que
o foco está pautada na alfabetização, a leitura e a escrita.
É preciso destacar que CALLAI (2005) ressalta a ideia que a leitura da palavra é
precedida pela leitura de mundo, ou seja, nenhuma criança chega na escola sem nenhum
conhecimento, ela se relaciona com sua família, vizinhos, observa o que está em sua volta,
indaga e já traz consigo uma gama de conhecimento e experiências enormes. Então, se
para haver a leitura da palavra, é necessário que essa criança leia corretamente o espaço
em que se encontra.

Ao entrar na escola, uma criança é capaz de compreender o espaço em que está


inserida e descrever a sua realidade, e o papel do professor é estimulá-la, para que entenda
os reais sentidos de espaço, lugar, paisagem e assim, perceba que há outros espaços
diferentes do qual ele vive, que existem inúmeros contrastes sociais, que modificam o
espaço e que influenciam na sua vida.

A Geografia nas séries iniciais deve permitir que o aluno leia o mundo
criticamente, entenda as relações da sociedade e sua influência no espaço, trabalhando
conteúdos significativos, que fazem parte do cotidiano desse aluno. Como destaca a
autora:

Por meio da geografia, nas aulas dos anos iniciais do ensino


fundamental, podemos encontrar uma maneira interessante de
conhecer o mundo, de nos reconhecermos como cidadãos e de
sermos agentes atuantes na construção do espaço em que
vivemos. E os nossos alunos precisam aprender a fazer as
análises geográficas. E conhecer o seu mundo, o lugar em que
vivem, para poder compreender o que são os processos de
exclusão social e a seletividade dos espaços. (CALLAI, 2005, p.
244-245):

Então podemos considerar que a disciplina de Geografia não pode ser vista como,
algo sem importância, mas ao contrário, o bom uso da disciplina só tem a colaborar com
a educação global, principalmente em épocas atuais em que o pensamento critico tem sido
algo tão em voga ultimamente. O professor deve ter um olhar mais atento na forma de se
trabalhar tal disciplina, sempre contextualizado com o ambiente do educando, trazendo à
reflexão do mesmo como agente transformador da sua própria existência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, torna-se possível concluir que o ensino de Geografia é capaz de


possibilitar aos educandos condições para a investigação, a elaboração e a compreensão
de diferentes elementos do mundo, presentes em seu cotidiano e relacionados à
diversidade culturais, dos lugares e épocas. Este deve partir da visão integradora das ações
humanas e dos processos da natureza, sendo que através de eixos de estudo os docentes
são capazes de organizarem sua ação pedagógica por recortes que respeitem as
especificidades das áreas de conhecimento, tendo a preocupação principal na construção
de visão de mundo dos educandos.

O docente precisa entender que para romper com a prática tradicional da sala de
aula, não adianta apenas a vontade, é preciso que haja concepções teórico-metodológicas
capazes de permitir o reconhecimento do saber do outro, a capacidade de ler o mundo da
vida e reconhecer a sua dinamicidade, superando o que está posto como verdade absoluta.
É preciso trabalhar com a possibilidade de encontrar formas de compreender o mundo,
produzindo um conhecimento que é legítimo. (CALLAI, 2005. p. 231).

Para tanto, aprender e ensinar Geografia, nos tempos atuais, significa exercer uma
ação pedagógica repleta de grandes desafios e de ricas possibilidades de trabalho. O
desafio se encontra na necessidade de abordagem de diversos temas, conteúdos e
conceitos fundamentais para o entendimento dos fatos, fenômenos e características de um
mundo dinâmico e cada vez mais complexo. Dessa forma, os educadores deparam-se
diariamente com uma série de possibilidades de trabalho junto aos alunos, que certamente
não se esgotam em sala de aula, mas nela encontram o lugar ideal para comparar, analisar,
debater, sistematizar e socializar antigos e novos conhecimentos fundamentais para a
construção da cidadania.

REFERÊNCIAS

CALLAI. H. C. Aprendendo a ler o mundo: A geografia nos anos iniciais do ensino


Fundamental. Cad. Cedes, Campinas,2005.

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