Vous êtes sur la page 1sur 5

MATERIAL DE APOIO

Disciplina: Direito Processual Civil


Professor: Eduardo Francisco
Aulas: 01 e 02 | Data: 03/05/2016

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

TEORIA GERAL DO PROCESSO

I. Meios de solução de conflito


a) Autotutela
b) Autocomposição
c) Arbitragem

Faremos o estudo do novo CPC. Como o tema é recente, ainda não há material completo. Professor não indicará
muitas doutrinas ainda, pois os posicionamentos ainda estão sendo debatidos e formados.
Faremos o estudo do novo CPC avaliando a letra da lei e faremos, também, um estudo comparado. Professor indica
o livro de Alexandre Câmara (O Novo Processo Civil Brasileiro - 2ª Ed. 2016, editora Atlas). Os temas consolidados
o autor apresenta bem e traz as informações mais novas, mas a obra ainda não está completa. Uma segunda
indicação é o manual de Cassio Scapinella (Manual de direito processual civil).

Contatos do professor: @ProfEduardoMP

*******

TEORIA GERAL DO PROCESSO

Dentro da teoria geral do processo, estudamos:


- jurisdição
- ação
- execução
- Processo.

Iniciaremos estudando os meios de solução de conflito.

1. Meios de solução de conflito

A solução de conflito pode ocorrer:


*Pelas partes
a) Autotutela
b) Autocomposição
*Heterocomposição  solução por terceiro
c) Arbitragem
d) Tribunais administrativos
e) Jurisdição

Magistratura e MP
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Solução de Conflito

Pelas Partes Por Terceiros

d. Tribunais
a. Autotutela b. Autocomposição c. Arbitragem e. Jurisdição
Administrativos

Vamos tratar de cada um:

a) Autotutela
É a solução do conflito pela força: o mais forte impõe o sacrifício do direito do mais fraco. Em regra é proibida e é
crime (art. 345, CP), mas, excepcionalmente, é autorizada pelo direito, que reconhece a impossibilidade da
jurisdição ser tempestiva em certas situações.

Exercício arbitrário das próprias razões


CP - Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena
correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede
mediante queixa.

Exemplos:
 Defesa direta da posse ou desforço físico imediato
 Direito de retenção de bagagem para assegurar o pagamento de hospedagem
 Autoexecutoriedade dos atos administrativos baseados no poder de polícia. Ex.: fiscal
 Direito de greve (autotutela de direito trabalhista)

Mesmo quando autorizada, pode ser revista pelo poder judiciário a pedido de uma das partes e eventual excesso
será punido.

b) Autocomposição
(cai bastante)
É a solução dada pelas partes por meio do consenso.
Ela gera o sacrifício voluntário do interesse de uma (renúncia e submissão) ou de ambas as partes (transação).

Requisitos
1. Partes capazes
2. Direito disponível (pelo menos quanto à forma de ser exercido)
3. Consenso

Página 2 de 5
Admite-se acordo:
1º alimentos
Que a rigor são direitos indisponíveis na essência, mas que admitem acordo
2º reparação ambiental
quanto à forma de ser exercido.
3º Ressarcimento ao erário

A autocomposição pode ser obtida diretamente entre as partes ou por intermédio de um 3º que ajuda as partes a
chegarem a um acordo (juiz/conciliador/mediação).

O CPC diferencia a conciliação da mediação.

Conciliação Mediação
É indicada quando não há vínculo anterior entre as É indicada quando há vínculo anterior entre as partes.
partes.
O conciliador tem uma postura mais propositiva (é um O mediador tem a postura de um ouvinte ativo e ajuda
pouco mais atuante), apresentando propostas as partes a entender o exato ponto de divergência e as
alternativas para a solução do conflito. partes encontram a solução adequada.
Ex.: batida de carro. Ex.: separação, locação, emprego.

Lei 13.140/15 – lei de mediação diz muito mais e algumas coisas diferentes do que consta no CPC. Se no edital falar
apenas em “solução de conflito”, vá pelo CPC. Se o edital mencionar o número da lei, tem que estuda-la
especificamente (professor entende que é interessante ler a lei de qualquer forma).

A lei de mediação permite que a Fazendo Pública participe de mediação em certas hipóteses.

A lei incentiva a autocomposição:


1. É dever do juiz buscá-la;
2. A Lei prevê varias oportunidades para que ocorra;
3. O CPC prevê audiência obrigatória para conciliação ou mediação (no art. 334.) podendo se desdobrar em
outras;
4. A lei valoriza o acordo:
- se homologado em juízo  será título judicial
- se referendado pelo MP/Defensoria Pública/Advogados, será título extrajudicial.
Obs.: o TAC é título extrajudicial.

CPC/15 - Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos


essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz
designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos
20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente
na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto
neste Código, bem como as disposições da lei de organização
judiciária.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à
mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização
da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.

Página 3 de 5
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu
advogado.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na
composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na
autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com
10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência
deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por
meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à
audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da
justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da
vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em
favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou
defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração
específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada
por sentença.
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será
organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte)
minutos entre o início de uma e o início da seguinte.

c) arbitragem
Está regulada pela lei 9307/96, alterada em 2015

Arbitragem é a solução imposta por 3º particular escolhido pelas partes.

Requisitos da arbitragem
a) Partes maiores e capazes
b) Direito patrimonial disponível
c) Ajuste prévio

Convenção de arbitragem é gênero que tem 2 espécies:


 Cláusula compromissória: item do contrato prevendo a arbitragem para eventual conflito (pode ser genérica
ou completa).
 Compromisso arbitral: é o ajuste que cria a arbitragem para um determinado conflito.
Obs.: o compromisso arbitral não exige prévia cláusula compromissória, mas a cláusula compromissória permite
forçar a parte a firmar o compromisso arbitral.

Na convenção de arbitragem as partes podem escolher o critério de julgamento: legalidade estrita ou normas
técnicas ou equidade (pode fazer uma e outra).

Página 4 de 5
O STJ, e agora a lei, permite que a Fazenda Pública resolva por arbitragem seus conflitos, especialmente de natureza
contratual e sempre decidida com base na lei.

Na área trabalhista só se admite em dissídio coletivo.

Página 5 de 5

Vous aimerez peut-être aussi