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As Marcas de uma mudança interior, frutos da educação

genuína

Então, Jesus e os seus discípulos partiram para as aldeias de


Cesaréia de Filipe; e, no caminho, perguntou-lhes: Quem dizem os
homens que sou eu? E responderam: João Batista; outros: Elias; mas
outros: Algum dos profetas. Então, lhes perguntou: Mas vós, quem
dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo.
Advertiu-os Jesus de que a ninguém dissessem tal coisa a seu respeito.
Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do
Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos
principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto e que, depois de três
dias, ressuscitasse. E isto ele expunha claramente. Mas Pedro,
chamando-o à parte, começou a reprová-lo. Jesus, porém, voltou-se e,
fitando os seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: Arreda, Satanás!
Porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Então,
convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-
me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a
vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Que aproveita ao
homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um
homem em troca de sua alma? Porque qualquer que, nesta geração
adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras,
também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória
de seu Pai com os santos anjos. (Marcos 8:27-38)
Exórdio
Por volta do ano 2000 antes de Cristo, um mercador grego,
rico, queria dar um banquete com comidas especiais. Chamou seu
servo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor
iguaria. O servo voltou com belo prato, coberto com fino pano.
O mercado removeu o pano e assustado disse:
 Língua? Este é o prato mais delicioso?
O servo sem levantar a cabeça, respondeu:
 A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua
que você pede água, diz “mamãe”, faz amizades, conhece
pessoas, distribui seus bens, perdoa. Com a língua, você
conquista, reúne as pessoas, se comunica, diz “meu Deus”,
ora, canta, conta histórias, guarda a memória do passado, faz
negócios, diz “eu te amo”.
O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria
do seu servo e o enviou novamente ao mercado, ordenando-lhe
que trouxesse o pior dos alimentos. Voltou o servo com lindo
prato, coberto por fino tecido, que o mercador retirou, ansioso,
para conhecer o alimento mais repugnante.
 Língua, outra vez! Diz o mercador, espantado.
 Sim, língua, diz o servo, agora mais altivo. É a língua que
condena, separa, provoca intrigas e ciúmes. É com ela que
você blasfema e manda para o inferno. A língua expulsa, isola,
engana o irmão, responde para a mãe, xinga o pai...
A língua declara guerra! É com ela que você pronuncia a
sentença de morte.
Não há nada pior que a língua, não há nada melhor que a
língua.
Depende do uso que se faz dela.
Explicação
O Evangelho de Marcos foi escrito com o objetivo de
responder à pergunta: quem é Jesus? Mostrando ao mesmo tempo
o caminho que os discípulos de Jesus deveriam seguir. O
ministério de Jesus junto aos seus discípulos foi desenvolvido
com o objetivo de que eles pudessem, por si mesmos, responder
acerca de Jesus e do Reino de Deus.
Os valores de Cristo e do Reino são valores novos diante da
sociedade. Somente por meio da educação é que é possível que
esses novos valores sejam fixados no ser humano e, por
consequência, na sociedade. Acima de tudo a educação prioriza
o ser humano. A educação é uma característica do ministério de
Jesus. Jesus, em seu processo educativo com os discípulos,
valorizava o ser humano.
Entendemos por educação o que nos é proposto no Plano
para a Vida e a Missão da Igreja, que é o documento que
fundamenta o proceder batista nas diversas áreas da missão.
“A educação como parte da Missão é o processo que visa
oferecer à pessoa e comunidade, uma compreensão da vida e da
sociedade, comprometida com uma prática libertadora, recriando
a vida e a sociedade, segundo o modelo de Jesus Cristo, e
questionando os sistemas de dominação e morte, à luz do Reino
de Deus”.
A educação como parte da missão da Igreja é, portanto, um
instrumento de compreensão e reflexão da vida dos que seguem
a Jesus. No texto apresentado, os discípulos são confrontados
sobre o que pensam acerca de Jesus e do seu Reino. E podemos
perceber que algumas atitudes dos discípulos desencontram-se de
todo o ensino apresentado pelo próprio Jesus. Podemos aprender
com o texto, através do exemplo de Jesus e dos discípulos, que a
educação deve deixar marcas que caracterizam os valores de
Cristo e do Reino. Quais são essas marcas?
A primeira marca da Educação genuína, que gostaria de
refletir, é...
I – A Marca da mudança de expectativas...
Jesus pergunta aos seus discípulos sobre quem diziam que
ele era. Respondê-la pode parecer fácil e simples. Entretanto, ao
vermos a diversidade de respostas, percebemos ser essa uma
pergunta difícil. Afirmamos isso porque, no cerne de cada
resposta, ficam subentendidas as expectativas que cada pessoa
tem do próprio Jesus. Conforme cada expectativa, aparece uma
reposta à pergunta sobre quem é Jesus.
Diante de tantas respostas e expectativas, Jesus transfere a
pergunta para os seus discípulos e recebe a resposta de Pedro
dizendo: “Tu és o Cristo”. Essa pode parecer uma resposta
evidente para essa pergunta. Seria, somente se não ocultasse a
expectativa de Pedro que não representa, em nenhum aspecto, a
proposta do projeto de Jesus.
Nas entrelinhas da resposta de Pedro está a expectativa do
Messias soberano e triunfalista. Nesse caso, certas correções são
necessárias e essa é uma das marcas da educação proposta por
Jesus. O texto indica que Jesus passa a corrigir a resposta de
Pedro, através da educação.
* “Então, começou ele a ensinar-lhes que era necessário que
o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos
anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, fosse morto
e que, depois de três dias, ressuscitasse”.*
Fica claro que, através do ensino, Jesus muda a expectativa
de Pedro, ao afirmar que o Messias não seria reconhecido pelos
soberanos de Jerusalém ou de Roma. Pedro não entende isso e
tenta repreender Jesus. Isso leva a Jesus censurá-lo duramente,
“disse: Arreda, Satanás! Porque não cogitas das coisas de Deus,
e sim das dos homens”. Nossa ilustração, mostra que da mesma
língua pode proceder benção e maldição, no exemplo de Pedro,
da mesma boca que saiu a confissão de que “Tu és o Cristo” é a
boca que revela uma incompreensão com os projetos de Deus.
A obra de Jesus vem confrontar as normas da sociedade
vigente e o projeto de Jesus não pode, de nenhuma maneira, se
encaixar nessa expectativa. Pelo contrário, o projeto de Jesus se
opõe a isso e, somente assim, torna-se possível a libertação e
recriação da vida para todos.
Como entendemos acerca de educação cristã e vimos no
exemplo de Jesus, nossa escola dominical deve trazer-nos para as
verdadeiras expectativas do projeto do reino. Essa é uma marca
da educação genuína.
Entretanto essas marcas não param por aí. Outra marca da
genuína educação nos é proposta. É ela:
II - A marca da mudança de valores...
Jesus não quer que ninguém seja iludido. Ele usa o exemplo
de Pedro e vai além na sua instrução. Chama a multidão e
apresenta uma das principais mensagens do reino.
“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a
sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-
la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho
salvá-la-á”.
Jesus pretende, aqui, uma mudança de valores para seus
discípulos. Não existe maneira de seguir Jesus sem negar-se a si
mesmo. Precisamos entender essa transição de valores dentro do
contexto apresentado pelo texto.
Todo aquele que segue a um líder, pensa que, no momento
final de vitória, pode esperar um lugar privilegiado. No caso de
Jesus os valores de conquista pessoal são diferentes. A grande
conquista no projeto do reino é negar-se a si mesmo. Os valores
da sociedade, de vitória e conquista, de ambição e poder, são
trocados pelos valores inversos. “Quem quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á”. Não há espaço para ambições pessoais dentro do
projeto do reino.
Nossos valores precisam ser trocados, transformados. Nós
vivemos numa sociedade de inversão de valores. Você vale o que
tem e não o que é. Os padrões bíblicos têm sido esquecidos.
Muitos valores mundanos têm entrado em nossas igrejas e, o que
é pior, têm encontrado lugar entre nós. Ambição e poder são
coisas fáceis de ser observadas em nossas relações,
principalmente nas esferas mais altas de nossa estrutura. A
competição tem tomado o lugar da solidariedade. Isso, muitas
vezes é afirmado e confirmado, quando usamos padrões
antibíblicos como avaliação de nossos ministérios.
Nesse aspecto, precisamos valorizar nossas escolas
dominicais, como espaço de mudança de valores. A inversão de
valores começa aqui, ao desprezarmos os espaços de reflexão e
estudo como os da escola dominical e priorizarmos os espaços
onde o nosso poder pessoal pode ser preservado.
Precisamos não ter medo de apresentar valores bíblicos que
negam essa realidade tão presente. E aqui está a terceira e última
marca que gostaria de compartilhar,
III- A marca da mudança de atitudes...
Diante de todos os desafios propostos pelo texto, somos
chamados a mudar nossa atitude. Constantemente tomamos uma
atitude de omissão diante de tantas coisas que ferem nossas
crenças e ênfases bíblicas. Nos omitimos quando não ensinamos
nosso povo o que entendemos como sendo as verdades eternas de
Deus, quando não discutimos ênfases e padrões doutrinários que
sabemos ter oposição. Depois não vale querer chorar o “leite
derramado”.
O texto nos é claro. “Porque qualquer que, nesta geração
adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas
palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele”. A
palavra é bastante dura, mas a situação requer isso. A partir daí
entendemos qual deve ser nossa mudança de atitude. Precisamos
ensinar as verdades expressas na palavra, vividas na história da
Igreja e recebidas como herança por nós. Precisamos seguir o
Exemplo de nossos antepassados, de nosso fundador e
principalmente de Jesus. Doa a quem doer, a palavra não pode
ser omitida. Não basta ser expectador descomprometido, temos
que nos empenhar pela causa de Cristo.
A educação cristã comprometida sempre foi uma marca do
Protestantismo. O surgimento da escola dominical somente
confirmou nossa intenção em transformar a sociedade. O que
temos observado em nosso tempo é que essa sede de
transformação tem sido vencida pelo medo que temos de perder
a simpatia de todos. Isso não parece em nada com o ensinamento
de Jesus. Isso é não ter certeza das prioridades. A prioridade de
Jesus era não se envergonhar de sua mensagem, e nós somos
desafiados a isso.
Precisamos mudar nossas atitudes, quando não ensinamos
nosso povo conforme sua necessidade, quando não levamos
certos temas as nossas escolas dominicais, quando não tomamos
posição nas questões polêmicas que chegam a nós, quando
agimos por conveniência e não pensamos nas verdades eternas
de Deus. Estamos envergonhando as palavras de Cristo.
Concluindo...
Jesus é nosso exemplo maior de educador, isso nos é
demonstrado nesse texto do evangelho de Marcos. Marcos nos
demonstra que podemos ter esperança no projeto de Jesus, basta
o colocarmos como padrão no processo ensino-aprendizagem,
certamente as coisas serão bastante diferentes. Que estejamos
dispostos a mudar de expectativas, de valores e de atitudes. Que
de nossa boca proceda à benção e não a maldição. Que nosso
ensino seja abençoador. Que sejamos crentes comprometidos
com o padrão de ensino de Jesus.

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