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Processo 0069849-02.2013.8.26.

0100 - Pedido de Providências - Registro Civil das Pessoas


Naturais - M.M.S. - Vistos. Cuida-se de expediente instaurado pelo Oficial do Registro Civil das
Pessoas Naturais do ...º Subdistrito da Capital, de interesse de Z A S e M N B, em que pretendem
a conversão da união estável em casamento. Iniciado o procedimento de habilitação em 27 de
setembro de 2013, com publicação do edital de proclamas, em 03 de outubro de 2013 (cf. fls.
18), sobreveio o envio de e-mail pelo contraente Z endereçado à serventia extrajudicial,
solicitando o cancelamento do requerimento (fls. 21). Diante deste quadro, o Oficial do Registro
Civil suscitou dúvida, indagando se uma vez decorrido o prazo de publicação dos editais e
superados os impedimentos legais, é obrigatória a lavratura do assento ou se o Oficial tem o
prazo de 90 (noventa) dias de validade da habilitação para lavrar o assento. A representante do
Ministério Público apresentou parecer, opinando pela não conversão da união estável em
casamento (fls. 37/39). Decido. Tratando-se de procedimento para conversão de união estável
em casamento, a manifestação de vontade dos interessados é externada no momento em que
os interessados comparecem ao Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais para darem início
ao procedimento de habilitação. Uma vez decorrido o prazo de publicação dos editais e
superados os impedimentos legais, a conversão da união estável em casamento é automática,
seguindo-se a lavratura do assento de casamento. Logo, no procedimento de conversão de
união estável em casamento, não há ato de celebração. No caso dos autos, de acordo com a
certidão do Oficial de Registro Civil, a data em que os conviventes estavam habilitados para a
conversão seria dia 12 de outubro de 2013, que era sábado, sendo assim, o termo do casamento
seria lavrado no dia 14 de outubro de 2013 (segunda feira) (fls. 35; 41). Contudo, no dia em que
seria lavrado o assento de casamento, em 14 de outubro de 2013, o nubente Z externou o seu
arrependimento, enviando uma mensagem eletrônica ao Cartório (fls. 21). A mensagem do
nubente foi recepcionada pela serventia que formulou a presente consulta. Com efeito, forçoso
ponderar que, ante a especificidade do procedimento de conversão de união estável em
casamento, à míngua de ato solene para colheita da manifestação da vontade dos nubentes
após o regular processamento da habilitação, a manifestação da vontade externada no início do
procedimento deve ser mantida dos nubentes até o último instante da finalização do
procedimento. Não foi o que ocorreu na situação em foco, eis que no último instante, mas antes
da lavratura do assento, o nubente externou o seu arrependimento que foi, efetivamente,
recepcionado pelo Oficial responsável pela lavratura. Assim, não há como superar esta situação
peculiar e determinar, impositivamente, a lavratura do assento de casamento, contrariamente
a vontade das pessoas que deveriam ser as maiores interessadas na concretização do ato. Vale
dizer, o procedimento de habilitação não se completou validamente, eis que o arrependimento
do nubente foi externado e recepcionado pelo Oficial responsável pela lavratura do assento, o
que impede a conversão da união estável em casamento. Por conseguinte, os nubentes terão
de renovar a habilitação, para realização do casamento. Em consequência, inviável o registro.
Ciência aos interessados, ao Oficial e ao Ministério Público. P.R.I.C. São Paulo, 28 de março de
2014. RENATA PINTO LIMA ZANETTA Juíza de Direito - ADV: MARCELO SERZEDELLO (OAB
73269/SP), SELMA REGINA PEREIRA DE SOUZA (OAB 149539/SP), VALERIA IMMEDIATO (OAB
123219/ SP), CARLA LOPES FERREIRA SANCHES (OAB 222468/SP), SUELY GOMES DE OLIVEIRA
CAINE (OAB 223009/SP), RODRIGO FACETO OLIVEIRA (OAB 230123/SP), JOSE PAULO
SCHIVARTCHE (OAB 13924/SP), ROSELY DA SILVA (OAB 97601/SP), ANDRE SCHIVARTCHE (OAB
93483/SP)

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