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Projeto de pesquisa
Início:Julho de 2016
Provável conclusão: Junho de 2017.
Centro Universitário da FEI
Projeto de pesquisa
RESUMO DO PROJETO
Nos projetos estruturais é comum admitir que as ligações possuam um comportamento perfeito de
rotula ou engaste, no qual não há nenhuma transferência de momento e total capacidade de rotação nas
rótulas e há completa transmissão de momento e inexistência de giros nos engastes. Nas estruturas metálicas
observa-se um comportamento intermediário no qual observa-se a transmissão de algum momento fletor
nas rótulas ou algum giro nos engastes. Este projeto de pesquisa tem como objetivo o estudo a influência
da rigidez das ligações nos efeitos de segunda ordem das estruturas. Para isso, serão analisados 3 pórticos
de aço com diferentes valores de rigidez de ligações para avaliar sua influência nos esforços internos e
deslocamento.
Palavras-chave: Pórticos planos. Ligações semi-rígidas. Análise não linear geométrica. Análise Estrutural.
Centro Universitário da FEI
Projeto de pesquisa
I. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Nas estruturas de concreto as ligações podem ser consideradas como rígidas devido ao monolitismo
do material, ou seja, os elementos são formados por um só bloco. Nas estruturas metálicas isso não acontece
pois estas precisam de outros elementos (chapas e parafusos) para realizar as ligações entre vigas e pilares.
Nos projetos estruturais é comum admitir que as ligações possuam um comportamento perfeito de
rotula ou engaste, no qual não há nenhuma transferência de momento e total capacidade de rotação nas
rótulas e há completa transmissão de momento e inexistência de giros nos engastes. Nas estruturas metálicas
observa-se um comportamento intermediário no qual observa-se a transmissão de algum momento fletor
nas rótulas ou algum giro nos engastes. Assim, as ligações em elementos metálicos podem ser classificados
como:
• Ligação Rígida: Ligação que impede a rotação entre peças. Restringe, no mínimo, 90% da
capacidade de rotação entre os elementos estruturais e sua deformação no nó é extremamente
pequena.
• Ligação Flexível: Ligação que não restringe a rotação entre os elementos estruturais
envolvidos. Atinge, no mínimo, 80% da rotação teórica.
• Ligação Semi-rígida: Ligação que fica entre um meio termo entre as ligação rígidas e
ligação flexível. Atinge de 20 a 90% da rotação teórica.
A descrição do comportamento das ligações é feita através de curvas momento-rotação (M- ),
obtidas normalmente por meios experimentais ou por modelos teóricos, empíricos ou semi-empíricos. Este
comportamento deve ser incorporado à análise estrutural para que se obtenha informações mais precisas
sobre o desempenho da estrutura. O esquema do comportamento momento-rotação das diferentes
classificações de ligação é ilustrado na Figura 01.
Figura 01 – Classificação das ligações em função da rigidez.
Logo, percebe se que a maioria das ligações são classificadas como semi-rígidas, com exceções de
elementos soldados diretamente (ligação rígida) e de elementos ligados apenas por um pino (ligação
flexível) e assim, a necessidade de um estudo mais a fundo do tema.
Segundo SANTOS (1998) as pesquisas sobre ligações semi-rígidas começaram em 1917, na
Inglaterra, com Wilson e Moore estudaram o comportamento momento-rotação em rebites. Nos Estados
Unidos, estudos começaram um pouco mais tarde, em 1947, onde se estudou mais afundo as ligações
rebitadas e parafusadas. Em 1931, Baker foi pioneiro no estudo do efeito da deformabilidade das ligações
no desempenho da estrutura.
No Brasil, as pesquisas sobre ligações semi-rígidas começaram a ser realizadas cerca de 25 anos e
além de serem poucos os materiais de origem brasileira que abordam o assunto, eles focam apenas na
ligação em si, e não como um conjunto com o elemento estrutural, de modo a analisar sua influência sobre
o conjunto estrutural como um todo.
O primeiro estudo sobre ligações no Brasil foi realizado em PRELORENTZOU (1991) no qual foi
estudado experimentalmente ligações viga-coluna com chapa de topo e cantoneira de alma. Seu objetivo
era avaliar o desempenho das ligações e modelos de cálculo de dimensionamento. As distribuições de
tensões de compressão é modificada pelas deformações nos apoios e imperfeições de fabricação, como por
exemplo, a distorção do plano de chapa.
Com base em estudos experimentais e numéricos, apresenta-se em FIGUEIREDO (2004) uma
adaptação de um método de cálculo de ligações mistas, com vistas à realidade brasileira em termos de perfis
e detalhes de ligação.
Vale lembrar que um elemento misto é composto de aço e concreto, que são materiais
complementares, uma vez que o concreto trabalha bem a compressão e o aço trabalha bem a tração, sendo
os materiais mais utilizados na construção civil.
Na análise numérica via Método dos Elementos Finitos foi utilizado o software ANSYS. Os
parafusos foram simplificados por modelos de mola, o que se comprovou eficiente. Foram modeladas
apenas as barras da armadura da laje.
Em PEREIRA (2011) são realizadas análises de segunda ordem inelástica de pórticos planos de aço,
onde se compara os deslocamentos e momentos para quatro modelos de análise diferentes (A, B, C e D)
em 2 exemplos diferentes de pórtico vogel.
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Introdução e justificativa
No Brasil pesquisas sobre ligações semi-rígidas começaram a ser realizadas cerca de 25 anos e além
de serem poucos os materiais de origem brasileira que abordam o assunto, eles focam apenas na ligação em
si, e não como um conjunto com o elemento estrutural, de modo a analisar sua influência sobre o conjunto
estrutural como um todo.
Vale ressaltar que pesquisas realizadas no exterior nos fornecem uma base de estudo, porém, a
utilização dos resultados nas análises estruturais realizadas no Brasil pode ocasionar erros devido à
utilização de diferentes perfis metálicos.
Objetivos
Este projeto de pesquisa tem como objetivo o estudo a influência da rigidez das ligações nos efeitos
de segunda ordem das estruturas. Para isso, serão analisados 3 pórticos de aço com diferentes valores de
rigidez de ligações para avaliar sua influência nos esforços internos e deslocamento.
II.2. Metodologia
Para a pesquisa serão utilizados recursos como livros, teses e outras iniciações científicas
disponíveis na biblioteca da FEI (Biblioteca Padre Aldemar Moreira S. J.), materiais do portal de
periódicos CAPES e computadores do CCI (Centro de Computação Integrada da FEI) com licença do
software ANSYS.
II.2.2. Métodos
Para a realização desta pesquisa será necessário, antes de tudo, a realização de uma revisão
bibliográfica aprofundada sobre o tema abordado.
Após a revisão bibliográfica, será dedicado um tempo para o aprendizado do Método dos
Elementos Finitos, que será aplicado com o auxílio do software ANSYS.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DÓRIA, A. S. Análise da Estabilidade de Pórticos Planos de Aço Com Base No Conceito de Forças
Horizontais Fictícias. Escola de engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. 2007.
PEREIRA, M.F. Análise de Segunda Ordem Inelástica de Pórticos Planos de Aço. Escola de
engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.2011.