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Pág.750 – 761
6. O NOVO IMPERIALISMO
5 – Nada contribuiu tanto para estimular o imperialismo das potências europeias do que o receio
de perderem em breve os seus mercados costumeiros dos países vizinhos e da América – devido
as tarifas protetoras dos países europeus e crescente protecionismo norte-americano à entrada
de produtos estrangeiros.
6 – Nem todos os motivos foram econômicos. Durante aquele período, a população de algumas
nações industrializadas começou a crescer em demasia; daí desejarem os governos a posse de
novos territórios em que pudesse ser instalado o excesso de habitantes. Por fim, o novo
imperialismo foi também produto do nacionalismo e do desenvolvimento de um amplo programa
de atividades apostólicas por parte das igrejas da Europa e da América.
7 – O início da disputa pelo território africano surge com Leopoldo II, rei da Bélgica. Em 1876, ele
toma posse do rico território do rio Congo e conservou-o praticamente sob o seu domínio pessoal
até 1908, quando o vendeu ao governo belga. Pouco depois, a Inglaterra e a França começaram
a mostrar um interesse mais profundo que nunca pelo desmembramento da África.
OBS: Em 1902, ao cabo de 3 anos de guerra, os ingleses conquistaram as repúblicas dos boeres,
que em 1909 foram anexadas à Colônia do Cabo e a Natal para formar o domínio da África do Sul,
com governo próprio.
11 – A entrada da Alemanha e da Itália na competição pelas colônias africanas foi retardada pela
complexidade de seus problemas internos. Ambas haviam enfrentado longas campanhas de
unificação.
12 – Na Alemanha, Bismarck inicialmente não possuía muito interesse nas possessões africanas,
pois ambicionava consolidar seu império domestico e manter a posição de liderança que a
Alemanha conquistara nos negócios da Europa continental. No entanto acabou sendo convencido
pelos comerciantes, industriais e magnatas da navegação a entrar na corrida pelo império
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A África Oriental Britânica situava-se na África Oriental, na área que hoje corresponde
aproximadamente ao Quênia, às margens do Oceano Índico, entre Uganda e o vale do Rift. Permaneceu
como protetorado até 1920, quando se tornou a colônia do Quênia.
2
A África Ocidental Francesa foi uma federação de oito territórios franceses na África: Mauritânia,
Senegal, Sudão Francês (atual Mali), Guiné, Costa do Marfim, Níger, Alto Volta (atual Burkina Faso) e
Daomé (atual Benim).
africano. Em 1884 proclamou o protetorado alemão sobre o Sudoeste Africano, apossando-se da
África Oriental Alemã3, e as regiões atuais do Togo, além de Camarões.
Em consequência da guerra do Ópio (1842), a Inglaterra forçou os chineses a ceder Hong Kong, e
poucos anos depois os franceses estabeleceram um protetorado na Indochina.
1858 – A Rússia tomou posse de todo o território ao norte do rio Amur e fundou a cidade de
Vladivostok.4
15 – Só por volta de 1880 que as principais nações industrializadas começaram a pensar na divisão
de toda a Ásia em colônias e esferas de influência. A mais desejada era certamente o Império
Chinês.
16 – Pode-se dizer que a Inglaterra iniciou as atividades com a anexação da Birmânia, em 1885.
Entre 1894-1895, travou-se a primeira guerra sino-japonesa, que resultou na obtenção por parte
do Japão da ilha de Formosa e a Coreia. Em 1897, a Alemanha apossou-se da baía de Jiaozhou.
17 – Parecia estar a independência da China fadada a rápida extinção. Entre os dois séculos, o
imperialismo na China foi detido por três acontecimentos extraordinários.
3
A África Oriental Alemã incluía os territórios posteriormente conhecidos como Tanganica (a porção
continental do que é hoje a Tanzânia), Burundi e Ruanda.
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O território sobre o qual se localiza a atual Vladivostok fez parte de diversas nações, como os balhaes,
os jurchens, o Império Mongol e a China, antes que a Rússia adquirisse toda a chamada Província
Marítima e a ilha de Sacalina, através do Tratado de Aigun (1858). A China, que havia acabado de ser
derrotada pelos britânicos na Guerra do Ópio, não foi capaz de manter a região.
18 – O primeiro e menos importante foi a proclamação da política de “porta aberta” pelos Estados
Unidos, em 1898, que infundiu nos chineses a esperança de um apoio estadunidense contra as
agressões imperialistas, embora essa política fosse mais uma expressão vazia aos olhos de outros
governos.
19 – O segundo acontecimento foi uma manifestação de violenta resistência por parte dos
próprios chineses. Em 1900, a Sociedade dos Punhos Unidos (Boxers) organizou um movimento
para expulsar do país os “diabos estrangeiros”. Embora o governo chinês lhe prestasse apoio, a
revolta foi dominada por uma força expedicionária composta de ingleses, russos, franceses,
japoneses, alemães e americanos.