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DEFINIÇÃO DO MOMENTO IDEAL DE INTERVENÇÃO NO REVESTIMENTO

ESPIRAL DOS MOINHOS VERTICAIS

Autor I
Marlon Fábio Marques Lino
(Técnico de Manutenção Preditiva)
Anglo American

Autor II
Ricardo Oliveira Coutinho
(Engenheiro)
Anglo American

Autor III
Sergio Gomes de Melo
(Técnico Especializado Manutenção)
Anglo American

Autor IV
Jonathan Felipe de Lima Silva
(Engenheiro)
Anglo American

Autor V
Kellson Takenaka Menezes
(Coordenador de Confiabilidade)
Anglo American

Autor VI
Eduardo Tales Barbosa
(Técnico de Manutenção Preditiva)
Anglo American

Autor VII
Marcos Silva Duarte
(Coordenador de Preditiva)
Anglo American

Autor VIII
Roris Cesar de Moura
(Técnico de Manutenção Preditiva)
Anglo American
RESUMO

O presente trabalho aborda a aplicação e resultados obtidos com implantação


da termográfia infravermelha, para definição do momento ideal de intervenção
do revestimento espiral dos moinhos verticais do projeto MG-RJ da Anglo
American, e se propõe a utilizar esta tecnologia para introduzir maior
confiabilidade quanto as condições reais e atuais da saúde dos equipamentos,
focando na busca da maior eficiência operacional dos equipamentos e
componentes de desgaste, onde através desta análise podemos tomar uma
decisão mais assertiva. Os relatórios divulgados procuram demonstrar para a
equipe de planejamento e execução o grau de criticidade e urgência para a
intervenção no equipamento monitorado, de forma a ter tempo hábil para
mobilização de recurso. Os resultados obtidos sinalizam que a rotina está
consolidada e é utilizado como parâmetro para as intervenções, o que já gerou
ganhos significativos na eficiência dos revestimentos dos vertmill.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Fluxo de produção do beneficiamento e transporte para o RJ ............. 05


Figura 02 – Câmera termográfica T-1020 ............................................................... 06
Figura 03 – Moinho vertimill aberto ......................................................................... 07
Figura 04 – Imagem térmica moinhos vertimill ........................................................ 08
Figura 05 – Desgaste revestimento ......................................................................... 08
Figura 06 – Desgaste revestimento......................................................................... 09
Figura 07 – Revestimento novo............................................................................... 09
Figura 08 – Ilustração vertimiill ................................................................................ 10
Figura 09 – Gráfico horimetro vertimill .................................................................... 10
Figura 10 – Gráfico de projeção para a troca dos revestimentos ............................ 11
Figura 11 – Termograma comparativo ................................................................... 11

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INDICE

1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................5
2 METODOLOGIA........................................................................................................6
3 CONCLUSÃO.............................................................................................................12

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1 INTRODUÇÃO

A Iron Ore Brazil (IOB) é a Unidade de Negócios da empresa Anglo American


cujo projeto em minério de ferro é o Sistema Minas-Rio localizado em
Conceição do mato Dentro MG.
Sua operação teve início no segundo semestre de 2014, com uma capacidade
projetada para produzir 24,5 milhões toneladas ano base seca de pellet feed, e
para tal, ela conta com um mina de itabirito lavrada em processo convencional
de detonação e transporte por caminhão fora de estrada, o beneficiamento e
composta pelas etapas de britagem primária e secundária, prensas de rolos,
circuito de moagem com moinhos de bolas, dois estágios de deslamagem em
ciclones Gmax, flotação reversa em células tanque, classificação em ciclones
secundários Gmax, remoagem em moinhos verticais e espessamento. O
produto final será escoado pelo Mineroduto cuja extensão é de 529 km até o
porto, localizado no município de São João da Barra, estado do Rio de Janeiro.
Em São João da Barra o pellet feed será filtrado, empilhado e carregado em
navios para exportação.
Nos últimos 4 anos de operação estamos realizando o processo de Ramp-up
na busca da produção projetada, o que tem surgido vários desafios em todas
as áreas, pois o projeto traz equipamentos pouco conhecidos na mineração
tradicional como, prensa de rolos, moinhos vertmill e filtro Ceramec, diante
desse cenário nos deparamos com a necessidade de desenvolver novos
métodos e tecnologias para manutenção desses equipamentos, o que nos
levou a aplicar tecnologias preditivas para maior assertividade no planejamento
e execução da manutenção.
ESTAÇÃO DE
ESPESSADOR VÁLVULAS
DE REJEITO
MINERODUTO

PRENSA DE ROLOS

ESPESSADOR DE
CONCENTRADO

DESLAMAGEM

MINERODUTO CLARIFICADOR
Recuperação de
água

Mar
ESTAÇÃO DE
MINERODUTO BOMBAS2
FLOTAÇÃO

ESPESSADOR DE
CONCENTRADO

ESTAÇÃO DE FILTRAGEM
BOMBAS1

REMOAGEM

PÁTIO DE ESTOCAGEM DE
PELLET FEED

MINERODUTO

Figura 01 – fluxo de produção do beneficiamento e transporte para o RJ.

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2 METODOLOGIA

Apesar da Termográfia ser uma técnica já disseminada no âmbito industrial,


sua aplicação em determinados seguimentos ainda é um desafio para as
empresas.

A termográfia é uma técnica não destrutiva que utiliza os raios infravermelhos,


para medir e observar padrões diferenciais de distribuição térmica, com o
objetivo de propiciar informações relativas à condição operacional de um
componente, equipamento ou processo. É uma ciência que envolve o uso de
dispositivos ópticos eletrônicos (Câmera Termográfica) para detectar e medir a
radiação e correlacioná-la com a temperatura da superfície do objeto.

Sendo, portanto, uma verificação realizada periodicamente para checar as


condições das instalações industriais, bem como, controles de processo,
circuitos elétricos e equipamentos mecânicos.

Neste âmbito estamos aplicando a técnica de inspeção termográfica e


conseguindo resultados satisfatório no monitoramento dos moinhos verticais
“VERTIMILL”, onde tivemos que desenvolver um método inovador para o
monitoramento dos revestimentos da hélice, pois não havia tecnologia no
mercado para tal aplicação.

Atualmente existem diversas câmeras termográficas no mercado e softwares


para uma análise detalhada do objeto, bem como análise em vídeos
radiométricos permitindo uma inspeção em objetos não estáticos (ex. Moinhos
de Bolas).

Na Anglo American a inspeção termográfica é realizada com uma câmera


termográfica Flir T-1020, com uma resolução de 1024 x 768 pixel, mais de 750
mil pontos de medição de temperatura por imagem, a sensibilidade térmica da
câmera é <0,02 °C.

Figura 2 – câmera termografica Flir T-1020.

O trabalho desenvolvido nos Moinhos Verticais é inovador e consiste em


predizer a troca do revestimento da hélice do moinho vertical sem abertura
prévia do moinho, através da Inspeção Termográfica.

Moinho Verticais são equipamentos industriais utilizados na mineração no


processo de moagem, capaz de moer material de 6 mm obtendo produtos de
até 20 microns. Seu princípio de funciomanento é o contato do material com
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um corpo moedor que está em constante atrito atravéz do movimento da hélice
helicoidal que está instalada no interior do equipamneto.

A hélice heleicoidal possui placas de revestimentos em sua superfície, que se


desgastam no decorrer da operação do equipamento.

O revestimento é o maior custo de manutenção do Vertimill, para a realização


da inspeção no método convencional só é possível mediante parada do
equipamento, abertura e drenagem de toda carga de corpo moedores (parada
estimada em 24h), impactando no tripé: segurança x custo x disponibilidade.

A operação dos moinhos com desgaste acentuado do revestimento pode gerar


uma série de impactos, a saber:

 Operacionais – (perda de eficiência na moagem, menor produtividade e


maior consumo de corpo moedores).
 Equipamentos – (desgaste do eixo, paradas não programadas).
 Consumo de Energia – (equipamento operando com baixa taxa de
produção).

Figura 03 – vertimill aberto.

A utilização da técnica de inspeção termográfica para definir o momento ideal


de intervenção no revestimento espiral dos moinhos Verticais sem nenhuma
interferência na operação do equipamento está apresentando resultados
siguinificativos, sendo portando uma inovação para a manutenção.

A aplicação da inspeção foi possível devido a variação do gradiente térmico na


carcaça do moinho vertimill, esta variação ocorre devido a formação de uma

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zona morta de corpo moedor na parte interna, ou seja, no decorrer do desgaste
do revestimento espiral ocorre perda gradual da capacidade de levantamento
da carga do moinho criando assim uma zona morta de material sedimentado na
extremidade inferior.

Figura 04 – acima um termograna evidenciando a diferença entre 02 moinhos na mesma condição


operacional.

Esta zona morta formada por corpo moedor e polpa de minério passa a não
homogenizar com o material em processamento, ocorrendo uma variação
térmica.

Abaixo algumas imagens evidenciando o desgaste no revestimento espiral do


moinho:

Figura 05 – Desgaste revestimento.

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Figura 06 – Desgaste revestimento.

Na (figura 07) revestimento novo:

Figura 07 – revestimento novo.

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Figura 08 - acima uma ilustração da condição de operação de um moinho vertimill.

Após vários meses de inspeção termográfica (amostragem superior a 100) foi


possível implantar uma faixa de operação ideal para as condições dos
revestimentos. Atualmente são realizadas inspeções termográficas quinzenais
onde é definida a ordem de intervenção dos moinhos verticais.

Figura 09 – gráfico horimetro e ciclo de troca.

Acima na (figura 09), acompanhamento das horas de operação de cada


moinho vertical e o ciclo de troca.

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Figura 10 – gráfico de projeção de troca dos revestimentos

A confirmação da troca dos revestimentos é sempre confirmada e priorizada


com o relatório termográfico. Conforme podemos observa na (figura 11), o
moinho 0416-MB-03 com 3704 horas em operação, apresenta um termograma
com níveis de desgaste superior ao moinho 0416-MB04 com 4094 horas de
operação.

Figura 11 – apresenta o termograma de 03 moinhos e suas variações térmicas.

A utilização da técnica de inspeção termográfica para definir o momento ideal


de intervenção no revestimento espiral dos moinhos Verticais sem
interferência na operação do equipamento está apresentando resultados
siguinificativos.

Com a aplicação da inspeção termográfica nos revestimentos dos moinhos,


obteve-se um aumento expressivo na confiabilidade operacional, visto que hoje
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é possível definir o nível de desgaste dos revestimentos do Vertimill e assim
evitar paradas e aberturas de equipamentos que ainda não atingiram o nível de
desgaste considerado crítico para sua operação.

3 CONCLUSÃO

Com a aplicação da termografia para definição do momento ideal de intervenção no


revestimento espiral dos moinhos verticais, conseguimos um aumento de
performance do revestimento em 8% no último ciclo de troca, e esperamos
reduzir o número de intervenções anuais em 20% a priore, saindo dos atuais
32 para 25 apenas com a utilização dessa rotina.

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