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Assim, temos que a Separação de Poderes é a separação entre as Funções do Estado, de acordo com um
critério material. As funções do Estado não são exercidas coincidentemente ou de forma exclusiva por cada
um dos Poderes:
As funções exercidas com preponderância por cada um dos Poderes, recebem o nome de funções típicas.
Assim, a função típica é a função preponderante de cada um desses órgãos. Dizemos preponderante
porque cada um desses Poderes não exerce única e exclusivamente a sua função típica. Do mesmo modo
que a sua função típica não é exercida exclusivamente por ele. Todos eles exercem, de forma secundária,
as funções exercidas com preponderância pelos outros Poderes. É o exercício das funções atípicas.
Assim, temos:
Poder Legislativo:
Poder Executivo:
Função típica: prática de atos de chefia de Estado, chefia de Governo e atos de administração;
Função atípica de natureza legislativa: o Presidente da República, por exemplo, adota medida
provisória, com força de lei (art. 32);
Função atípica de natureza jurisdicional: o Executivo julga, apreciando defesas e recursos
administrativos.
Poder Judiciário:
• Função típica: julgar (função jurisdicional), dizendo o direito no caso concreto e dirimindo os
conflitos que lhe são levados, quando da aplicação da lei e substituindo, em alguns casos, a
vontade das partes pela vontade do Estado;
• Função atípica de natureza legislativa: regimento interno de seus Tribunais (art. 96, I, a);
• Função atípica de natureza executiva: administra ao conceder licenças e férias aos magistrados e
serventuários (art. 96, I, f).
II - DO PODER EXECUTIVO
1) Sistema de governo
Por histórica influência norte-americana, o sistema de governo adotado no Brasil (e vivenciado durante
quase toda a República) é o presidencialista. Não foi durante todo o período republicano porque durante a
vigência da Constituição Federal de 1946 a Emenda Constitucional n. 4/61 instituiu o parlamentarismo na
realidade política brasileira, porém, pouco tempo depois, a Emenda Constitucional n. 6/63 restabeleceu o
sistema presidencialista.
Vale registrar que este sistema, inclusive, foi confirmado na vigência da Constituição de 1988 a partir de
uma consulta plebiscitária autorizada pelo art. 2º do ADCT. Esse dispositivo previu que no dia 7 de setembro
de 1993 o eleitorado iria definir, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o
sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no país. Como resultado,
venceu a forma republicana e o sistema presidencialista de governo.
Nesse sentido, o art. 76 da Constituição brasileira de 1988 consagra que o Poder Executivo é exercido pelo
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Ou seja, aí está a consagração da forma de
Executivo monocrático, é dizer, aquele que concentra nas mãos do Presidente tanto as funções de chefe de
Estado, quanto as de chefe de Governo.
2) Disposições Gerais
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. (art. 76)
A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. Será considerado
eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não
computados os em branco e os nulos. (§§1º e 2º do art. 77)
Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até 20 (vinte)
dias após a proclamação do resultado, concorrendo os 2 (dois) candidatos mais votados e considerando-se
eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. (§3º do art. 77)
Importante: Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. (§4º do art. 77)
Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a
mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. (§5º do art. 77)
Nos termos do art. 78, o Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do
Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as
leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Contudo, se decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente (art. 79).
O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar,
auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.
Importante:
Obs.: Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. (art. 81, § 2º)
O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em primeiro de janeiro do ano
seguinte ao da sua eleição. (art. 82)
O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-
se do País por período superior a 15 (quinze) dias, sob pena de perda do cargo. (art. 83)
As atribuições do Presidente da República foram previstas na Constituição de 1988 no art. 84. Neste
dispositivo, portanto, é possível encontrar não só as competências caracterizadoras da chefia de Estado
(marcadas pela representação internacional do Brasil), como também da chefia de Governo (relacionadas à
condição da vida política nacional no âmbito interno).
De logo, insta salientar que tais atribuições não encerram um rol taxativo, vale dizer, numerus clausus. Ao
contrário, a previsão específica dessas competências não exclui outras que decorrem do próprio texto
constitucional. O rol, portanto, é meramente exemplificativo, é dizer, numerus apertus.
Outro não é o entendimento que pode ser extraído do inciso XXVII desse mesmo artigo. Segundo esse
dispositivo, também compete ao Presidente do Brasil exercer outras atribuições previstas na Constituição.
De fato, não seria razoável imaginar que todas as atribuições possíveis e imagináveis de um Presidente da
República viessem taxativamente previstas em um texto contendo 27 (vinte e sete) incisos.
Outro ponto digno de nota diz respeito à possibilidade de tais competências serem delegadas. Quem
responde é o próprio art. 84 da CF, em seu parágrafo único. Com essa previsão, tem-se que o Presidente
da República poderá delegar as atribuições previstas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros
de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que deverão observar os
limites traçados nas respectivas delegações.
Dada a especificidade, é indispensável que o candidato chegue à prova dominando, especialmente, essas
três atribuições passíveis de delegação. São elas:
Observe que no inciso XXV não é passível de delegação a competência para a extinção dos cargos
públicos federais, mas só para provimento. Tudo isso porque o parágrafo único do artigo só se refere à
primeira parte do dispositivo, e não à sua integralidade.
Ressalte-se, ainda, que essa extinção de cargos públicos federais, que não é passível de delegação, não se
confunde com a extinção de funções ou cargos públicos do inciso VI, alínea “b”, esta, por sua vez, possível
de ser delegada. Não se trata de paradoxo (contradição), é que a partir da leitura deste último dispositivo, o
que se percebe é que só é possível a delegação da extinção de cargos públicos quando eles estiverem
vagos, ressalva esta, como se percebe, que não foi feita no inciso XXV.
Importante: Segundo a jurisprudência do STF (STF - RMS: 24194 DF), a competência para prover cargos
públicos federais (inciso XXV, primeira parte) abrange, também, a de desprovê-los, ou seja,o Presidente da
República poderá delegar a Ministro de Estado a competência para aplicar a pena de demissão
(desprovimento) a servidor público federal. Desta feita, o STF reconheceu, assim como no julgamento do
MS 24.128-2005, a possibilidade de Ministro de Estado, por meio de portaria, havendo delegação nos
termos do art. 84, parágrafo único da CF 88, após PAD, no qual se assegurou o devido processo legal, o
contraditório e a ampla defesa, aplicar pena de demissão a servidor público. Ver Decreto nº 3035/99.
O art. 85 da CF/88 prevê que os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição
serão considerados crimes de responsabilidade. O rol do art. 85 é exemplificativo e elenca, como hipóteses
de crime de responsabilidade, os atos que atentarem contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
O parágrafo único do art. 85 dispõe que os crimes de responsabilidade serão definidos em lei especial, que
estabelecerá as normas de processo e julgamentos. Conforme visto na aula de repartição das
competências, o STF editou a Súmula 722 do STF que prevê: “São da competência legislativa da União a
definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento”.
1º Passo: Nos termos do art. 14 da Lei 1079/50, “É permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da
República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados”.
2º Passo: a Câmara dos Deputados fará o controle de admissibilidade (Art. 86 e Art. 51, I da CF/88)
podendo:
3º Passo: havendo autorização da Câmara dos Deputados o Senado Federal PODERÁ instaurar processo.
O STF, no julgamento da ADPF 378/2015, firmou entendimento no sentido de que cabe ao Senado fazer
juízo inicial de instalação ou não do procedimento, quando a votação se dará por maioria simples
5º Passo: Decisão do Senado Federal, por meio de resolução (Art. 52, parágrafo único, segunda parte, da
CF/88), que pode:
Condenar: 2/3 dos membros = Perda do cargo + Inabilitação por 8 anos + outras sanções. (Art. 52,
parágrafo único, da CF/88);
Absolver.
Preceitua o art. 86, § 4º, da CF que o Presidente não será responsabilizado por atos estranhos ao exercício
da função. Isso significa que delitos praticados que não guardem conexão com o exercício do mandato ou
ocorridos antes dele assumir a presidência ficam impedidos de serem analisados na esfera judicial, durante
o seu mandato, mesmo no processo de impeachment. Tratando-se, no entanto, de atos praticados in officio,
e desde que possuam qualificação penal, praticados na vigência de seu mandato, tornar-se-á
constitucionalmente lícito instaurar contra o Presidente da República a pertinente persecução penal, uma
vez exercido, positivamente, o controle prévio de admissibilidade da acusação pela Câmara dos Deputados.
5) Crime Comum
A Lei n. 8.038/90 e os arts. 230 a 246 do RISTF instituem as normas procedimentais para os processos em
face do Presidente da República, por crimes comuns, perante o Supremo Tribunal Federal.
É importante dizer que a expressão “crime comum”, segundo posicionamento do STF, abrange “todas as
modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos eleitorais, alcançando até mesmo os crimes
contra a vida e as próprias contravenções penais” (Alexandre de Moraes, baseando-se em jurisprudência do
STF. Direito constitucional p. 514).
Cuidado: não há foro privilegiado para as ações populares, ações civis públicas e ações por ato de
improbidade administrativa movidas contra o Presidente da República.
1º Passo: Denúncia do PGR (ação penal pública) ou Queixa-crime ofertada pelo ofendido ou de quem
detenha, por lei, tal competência (ação penal privada)
2º Passo: a Câmara dos Deputados fará o controle de admissibilidade (Art. 86 e Art. 51, I da CF/88)
podendo:
autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo;
ou
Rejeitar e Arquivar
3º Passo: havendo autorização da Câmara dos Deputados o STF fará um novo juízo de admissibilidade,
pois não está vinculado à decisão da Câmara dos Deputados (Art. 86, §1º, I) que pode:
Receber a denúncia ou queixa-crime;
ou
Não Receber a denúncia ou queixa-crime
4º Passo: Recebida a denúncia ou queixa-crime, o Presidente da República fica suspenso de suas funções
pelo prazo máximo de 180 dias (Art. 86, §1º, I da CF/88). Após 180 dias cessará o afastamento sem
prejuízo do regular prosseguimento do processo (Art. 86, §2º da CF/88).:
Importante: Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
Efeitos da decisão condenatória: a condenação aplicada será a prevista no tipo penal, e não a perda do
cargo (como pena principal). No crime comum a perda do cargo dar-se-á por via reflexa, em decorrência da
suspensão dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da sentença criminal condenatória transitada
em julgado.
6) Imunidade Presidencial
De acordo com a regra do art. 86, §4º da CF/88, o Presidente da República, na vigência de seu mandato,
não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Dessa forma, ele só poderá ser responsabilizado (e entenda-se a responsabilização pela prática de infração
penal comum – ilícitos penais) por atos praticados em razão do exercício de suas funções ( in officio ou
propter officium).
Assim, as infrações penais praticadas antes do início do mandato ou durante a sua vigência, porém sem
qualquer relação com a função presidencial (ou seja, não praticada in officio ou propter officium), não
poderão ser objeto da persecutio criminis, que ficará, provisoriamente, inibida, acarretando, logicamente, a
suspensão do curso da prescrição. Trata-se da irresponsabilidade penal relativa, pois a imunidade só
abrange ilícitos penais praticados antes do mandato, ou durante, sem relação funcional.
O art. 87 prevê que os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e um)
anos e no exercício dos direitos políticos. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições
estabelecidas nesta Constituição e na lei:
QUESTÕES DE CONCURSOS
1) (FUNCAB - 2012 - PC-RJ - Delegado de Polícia). No que se refere às três funções do Estado, quando o
Executivo, através do Presidente da República, adota medida provisória com força de lei; o Judiciário
elabora seu regimento interno; o Legislativo julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade
e, ainda, o Legislativo pratica atos de fiscalização financeira do Executivo, é correto afirmar:
a) ( ) Ocorrem respectivamente: função atípica do Executivo de natureza legislativa, função atípica do
Judiciário de natureza executiva, função atípica do Legislativo de natureza jurisdicional e, por último, função
típica do Legislativo.
b) ( ) Ocorrem respectivamente: função atípica do Executivo de natureza jurisdicional, função atípica do
Judiciário de natureza legislativa, função típica do Legislativo e, por último, função atípica do Legislativo de
natureza executiva.
c) ( ) Ocorrem respectivamente: função atípica do Executivo de natureza legislativa, função atípica do
Judiciário de natureza legislativa, função atípica do Legislativo de natureza jurisdicional e, por último, função
típica do Legislativo.
d) ( ) Ocorrem respectivamente: função típica do Executivo, função típica do Judiciário, função atípica do
Legislativo de natureza executiva e, por último, função atípica do Legislativo de natureza executiva.
e) ( ) Ocorrem respectivamente: função atípica do Executivo de natureza jurisdicional, função atípica do
Judiciário de natureza executiva, função atípica do Legislativo de natureza jurisdicional e, por último, função
atípica do Legislativo de natureza executiva.
2) (FUNCAB - 2010 - DETRAN-PE - Analista de Trânsito). Conforme as regras que tratam do Poder
Executivo, previstas na Constituição Federal, é correto afirmar que:
a) ( ) será considerado eleito Presidente o candidato que obtiver a maioria de votos, computados os em
branco e os nulos.
b) ( ) o Vice-Presidente substituirá o Presidente no caso de impedimento.
c) ( ) ocorrendo a vacância nos dois últimos anos do período presidencial, será realizada nova eleição
popular.
d) ( ) o Presidente da República não responde por crime de responsabilidade.
e) ( ) os Ministros de Estado são escolhidos dentre os brasileiros natos, maiores de trinta e cinco anos.
3) ( ) (CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo). Com relação aos poderes da República, julgue o
item subsequente.
É de competência privativa do presidente da República a celebração de tratados, convenções e atos
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
4) ( ) (CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15). Com relação aos Poderes
da República e às funções essenciais à justiça, julgue o item subsequente.
Considere que o presidente da República, na presença de policiais que o escoltavam, tenha cometido uma
tentativa de homicídio contra um servidor. Nessa situação, mesmo tendo presenciado o delito, os policiais
não poderão efetuar a prisão em flagrante do presidente da República.
5) ( ) (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário - Direito). Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo,
julgue os itens subsecutivos.
Compete privativamente ao presidente da República conceder indulto e anistia.
6) (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário - Direito). A respeito do Poder Executivo, assinale a opção
correta.
a) Os ministros de Estado serão escolhidos pelo presidente da República, entre brasileiros aprovados em
concurso público de provas e títulos.
b) Compete exclusivamente ao presidente da República conceder anistia, graça e indulto.
c) O vice-presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por crimes
funcionais.
d) O presidente da República está sujeito a prisão quando comete infração comum.
e) Em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente da República, serão sucessivamente
chamados ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do
Supremo Tribunal Federal.
7) (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário – Direito). O presidente da República, mediante decreto,
delegou aos ministros de Estado e ao advogado-geral da União a competência para, após processo
administrativo disciplinar, aplicar a penalidade de demissão a servidor público federal.
Com referência a essa situação hipotética e com base na jurisprudência do STF, assinale a opção correta.
a) As competências conferidas pelo texto da CF ao presidente da República são indelegáveis, motivo por
que o decreto em apreço é inconstitucional.
b) Considerando que, na hipótese em tela, o presidente da República agiu como chefe de Estado, a referida
delegação não poderia ocorrer, no âmbito estadual, do governador para os secretários estaduais.
c) O referido decreto está de acordo com a CF, pois a possibilidade de delegação da competência para
prover cargos públicos federais abrange também a competência para demitir o servidor público.
d) O decreto citado violou a CF, pois só há previsão de delegação para provimento de cargos públicos
federais, e não para hipóteses de demissão.
e) De acordo com o texto da CF, a referida delegação pode, sim, ser feita aos ministros de Estado, mas não
pode ser estendida ao advogado-geral da União. Por isso, o decreto em questão padece do vício de
inconstitucionalidade.
8) ( ) (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Organizações). A respeito dos Poderes
Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Dispor sobre a organização da administração federal é atribuição privativa do presidente da República, que
somente poderá ser exercida pelo próprio ou, durante seus impedimentos, por quem o substituir na
presidência, vedada a delegação.
9) ( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa). O
presidente da República pode delegar a ministro de Estado a competência para aplicar pena de demissão a
servidores públicos federais.
10) ( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa). Em
relação à aplicabilidade das normas constitucionais e às atribuições e responsabilidades do presidente da
República, julgue o item a seguir.
Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções
ou cargos públicos quando estes estiverem vagos.
11) ( ) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Agente de Polícia Legislativa).
Considerando os Poderes da República e as funções essenciais à justiça, julgue os próximos itens.
Se o presidente da República, que possui prerrogativa de foro em razão da função, praticar crime de
responsabilidade, será julgado pelo Senado Federal, porém, se praticar qualquer crime comum,
independentemente de ter sido praticado em razão da função, será julgado pelo STF.
12) (FCC - 2014 - TCE-PI - Jornalista). O Presidente da República será submetido a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns e perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade. De acordo com a Constituição Federal,
a) em ambos os casos a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por
no mínimo um terço da Câmara dos Deputados.
b) em ambos os casos a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por
dois terços do Congresso Nacional.
c) no primeiro caso a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por
um terço da Câmara dos Deputados e no segundo por um terço do Congresso Nacional.
d) em ambos os casos a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por
dois terços da Câmara dos Deputados
e) no primeiro caso a acusação contra o Presidente da República obrigatoriamente terá sido admitida por
um terço da Câmara dos Deputados e no segundo por dois terços do Congresso Nacional.
13) (CESPE - 2015 – TRE/MT - Técnico Judiciário – área administrativa). Assinale a opção que apresenta,
respectivamente, os órgãos responsáveis pela admissão de acusação contra o presidente da República e
pelo seu processo e julgamento no caso de cometimento de crime de responsabilidade.
a) Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal
b) Senado Federal e Congresso Nacional
c) Câmara dos Deputados e Senado Federal
d) Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional
e) Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal
14) ( ) (CESPE - 2015 – TCE/RN - Auditor). No que se refere à organização dos poderes, ao controle de
constitucionalidade e às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir, considerando entendimentos
dos tribunais superiores.
Os atos do presidente da República que atentem contra a lei orçamentária são considerados crimes de
responsabilidade, nos termos da CF, e devem ser julgados pelo Senado Federal.
15) ( ) (CESPE - 2015 – MPOG – Analista Técnico Administrativo). No que se refere ao Poder Executivo,
julgue o item subsequente.
Na Constituição Federal, as competências privativas do presidente da República são elencadas em rol
taxativo.
GABARITO