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RESUMO
A partir dessas considerações, Furnas deu início a uma série de ações para a
investigação do problema. Especificamente em relação às tensões entre
contatos dos secionadores seletores, simulações realizadas, demonstraram
diversos casos nos quais ocorreu superação dos limites nominais,
evidenciando que estas configurações precisam ser evitadas. De uma forma
geral, a análise dos diversos cenários de configuração da subestação mostrou
tensões até 40 % acima dos valores de norma, reforçando ainda mais as
hipóteses de que esta ser a causa da perda de vida de útil dos contatos.
Apesar disso, ao longo dos últimos anos tem-se verificado diversas ocorrências
de queimas e de desgastes acentuados de contatos principais e de sacrifício
dos secionadores seletores de barras do setor de 138 kV da subestação de
São José, sendo que em alguns casos, o nível de desgaste dos contatos
chegou a impedir a operação normal dos mesmos. Cabe notar que há
evidências desses problemas em seccionadores de diferentes modelos e
diferentes fabricantes, localizado em diferentes locais desse setor.
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2. MODELAGEM DO SETOR DE 138 kV DA SE SÃO JOSÉ
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Figura I – Diagrama unifilar do setor de 138 kV da SE São José
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2.1. As seguintes premissas foram adotadas durante a modelagem deste setor:
3. RESULTADOS E ANÁLISES
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c) Os diferentes perfis de carga diários e sazonais de cada uma das linhas e
transformadores implicam em fluxos de potência individuais extremamente
diversos, inclusive podendo ser resistivos, indutivos ou capacitivos. Tais
características levam a uma infinidade de combinações de configurações
de secionadores e fluxos de potência.
d) Em virtude disto, a metodologia adotada neste trabalho foi a de avaliar
algumas configurações possíveis em alguns pontos de operação, buscando
ter uma visão geral do que ocorre nesse setor e assim obter subsídios que
permitam atingir o objetivo proposto.
Primeiramente, tomou-se como base o caso quadrimestral do ONS para 2017.
Deste foram avaliados dois pontos de operação:
Maio/2017 (carga leve)
Maio/2017 (carga pesada)
E, além destes, o caso de carga pesada foi alterado de modo a maximizar a
geração das máquinas da usina Gov. Leonel Brizola, proporcionando um
terceiro ponto de operação. Para esses 3 pontos de operação foram avaliadas
3 configurações de secionadores:
(a) Secionadores operando em sua configuração normal (conforme item
3.2.1.2 da IO SJ-502, Rev. 39);
(b) Todos os vãos ligados aos barramentos superiores (B1 e B2), isto é,
secionadores associadas aos barramentos inferiores (A1 e A2) abertos;
(c) Fontes (isto é, transformadores e usina) conectadas aos barramentos
inferiores (A1 e A2) e demais vãos conectados aos barramentos superiores
(B1 e B2). Note-se que esta é uma situação hipotética, pois não é usual
separar-se geração de carga. É apresentada aqui de modo apenas a
ilustrar certos pontos, como se verá adiante.
Uma vez que nos casos do ONS os barramentos das subestações são
representados como nós elétricos, foram simuladas também condições reais,
obtidas a partir do SOL (Sistema de Supervisão e Controle). Foram
selecionadas 4 diferentes condições de carregamento, conforme a Figura III e a
Tabela I. Para cada uma dessas condições também foram reunidas
informações do SOL sobre o estado operativo de cada secionador do setor de
138 kV de São José bem como dos fluxos de potência em cada uma das linhas
conectadas a este setor.
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(a) 19/03 a 25/03 (b) 17/05 a 23/05
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Figura IV – Configurações de Seccionadores nas Simulações Realizadas
(*) Nos casos de geração elevada na usina Gov. Leonel Brizola os disjuntores e
secionadores interligadores de barra foram simulados abertos, conforme
descrito na IO SJ-502
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𝐼𝑏1=𝐼𝑏2 𝐼𝐹𝑇=𝐼𝑠𝑐1+𝐼𝑠𝑐2 𝐼𝑎1=𝐼𝑎2
𝐼𝑠𝑐2=0 𝐼𝑠𝑐1=𝐼𝑎1−𝐼𝑎2 𝐼𝑠𝑐1=0
𝐼𝐹𝑇=𝐼𝑠𝑐1=𝐼𝑎1−𝐼𝑎2 𝐼𝑠𝑐2=𝐼𝑏1−𝐼𝑏2 𝐼𝐹𝑇=𝐼𝑠𝑐2=𝐼𝑏1−𝐼𝑏2
( a ) Antes ( b ) Durante ( c ) Depois
Figura V – Manobra de Transferência de Barras
Como exemplo, serão apresentados na Tabela II, os resultados das tensões nos
contatos dos secionadores abertos. Adotou-se como premissa que valores de até 100
V são considerados normais (A Norma IEC 1128 informa o valor máximo de 100V para
tensão entre contatos de secionadores seletores de barras da classe de tensão de 138
kV). Valores entre 100 e 120 V estão destacados em amarelo e valores acima de 120
V estão destacados em vermelho;
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Tabela II – Tensões [V] nos Contatos das Chaves Abertas
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Tabela III – Correntes Durante a Manobra de Transferência de Barras
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Tabela IV – Correntes [A] nas Funções de Transmissão
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A Figura VI apresenta um resumo da Tabela III, com foco nas correntes nos
secionadores seletores em relação à corrente da função de transmissão
correspondente. Para melhor entendê-las, a região destacada na Figura 6a
mostra que, na simulação referente ao 2o ponto de operação extraído SOL, em
3 dos 20 vãos do barramento de 138 kV os dois secionadores seletores
apresentaram corrente superior à da função de transmissão correspondente,
em 8 uma dos secionadores seletores apresentou corrente superior à da
função de transmissão correspondente e em 11 nenhuma dos secionadores
apresentou corrente superior à da função de transmissão correspondente.
Similarmente, a região destacada na Figura 6b mostra que, em 6 simulações
os dois secionadores seletores do vão da linha para Ilha dos Pombos
apresentaram corrente superior à da linha, em 3 simulações um dos
secionadores seletoras desse vão apresentou corrente superior à da linha e em
4 simulações nenhum dos secionadores seletores desse vão apresentou
corrente superior à da linha.
( a ) Por Simulação
NOTA: algumas das tabelas apresentadas neste trabalho não tiveram seu
conteúdo exibido na íntegra, visando respeitar a limitação de 20 páginas.
Havendo interesse, as tabelas completas com os resultados das simulações
poderão ser fornecidas.
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4. CONCLUSÕES
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO A
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Figura A2 – Equipamentos do Amarre do Início
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Figura A3 – Equipamentos dos Trechos Comuns
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Tabela A4 – Lista de Chaves
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