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ANÁLISE DE QUEIMA PREMATURA DE CONTATOS DE SACRIFÍCIO

DE SECIONADORES SELETORES DE BARRAS EM


SUBESTAÇÕES DE ALTA TENSÃO

AUTORES:

GABRIEL ANGELO DE BARROS VIEIRA (1)


DAVI SIXEL ARENTZ (2)
PRISCILA MARIA BARRA FERREIRA (3)

RESUMO

Este trabalho analisa as causas de queima dos contatos principais e de


sacrifício de secionadores seletores de barras, abordando um “estudo de caso”
realizado para a subestação de São José, da empresa Furnas, no Rio de
Janeiro. Ressalta-se que tem sido relatada a ocorrência deste fenômeno em
subestações de outras empresas do sistema elétrico brasileiro. No caso da SE
São José, o nível de desgaste dos contatos, em alguns casos levou a impedir a
operação normal dos secionadores.

Após análises preliminares das condições operativas do sistema, e consulta ao


fabricante, questionou-se quanto à possibilidade de estar ocorrendo superação
dos valores máximos de; corrente interrompida e/ou queda de tensão entre
contatos, em relação aos valores máximos especificados de acordo com a
norma IEC 1128 (1).

A partir dessas considerações, Furnas deu início a uma série de ações para a
investigação do problema. Especificamente em relação às tensões entre
contatos dos secionadores seletores, simulações realizadas, demonstraram
diversos casos nos quais ocorreu superação dos limites nominais,
evidenciando que estas configurações precisam ser evitadas. De uma forma
geral, a análise dos diversos cenários de configuração da subestação mostrou
tensões até 40 % acima dos valores de norma, reforçando ainda mais as
hipóteses de que esta ser a causa da perda de vida de útil dos contatos.

(1)FURNAS, Engenheiro; (2) FURNAS, Engenheiro; (3) FURNAS, Engenheira.


1. INTRODUÇÃO

A Subestação São José, localizada em Belford Roxo, município localizado na


região metropolitana do Rio, a SE São José transmite parte da energia gerada
nas usinas nucleares Angra 1 e 2 e a totalidade da energia gerada na Usina
Termelétrica Governador Leonel Brizola, em Duque de Caxias (RJ). Possui
quatro bancos de transformadores de 500 kV/138 kV, com potência de 2.400
MVA, e quatro bancos de capacitores que proporcionam reativos de até 500
MVAr e alimenta as distribuidoras Light e Enel (antiga Ampla).

O setor de 138 kV da SE São José apresenta elevada complexidade em função


do grande número de vãos associados ao mesmo. São 4 barramentos de
operação, conectados entre si através de 2 vãos de amarre e 2 vãos de
interligação, 4 conexões para bancos de transformadores 500/138/13,8 kV (600
MVA cada), 2 vãos para bancos de capacitores (cada vão admitindo um banco
de 100 Mvar e outro de 150 Mvar), 2 vãos de linhas interligando uma usina
térmica (Usina Gov. Leonel Brizola, com 6 máquinas de 120 MW e 1 de 184
MW) e 14 linhas alimentando cargas diversas (2 destes vãos estão
disponibilizados à Light e estão atualmente desenergizados).

A operação normal de transferência de uma linha ou transformador de uma


barra para outra provoca um desgaste natural dos contatos dos secionadores.
Apesar dos valores das correntes transferidas serem elevados (até a ordem de
grandeza da capacidade de emergência de linhas e transformadores), as
tensões entre os contatos dos secionadores são reduzidas. Tais características
implicam que, durante as manobras de transferência, os arcos elétricos
decorrentes das mesmas são passíveis de serem suportadas pelos contatos de
sacrifício dos secionadores, sem causar maiores desgastes, principalmente em
seus contatos principais.

Apesar disso, ao longo dos últimos anos tem-se verificado diversas ocorrências
de queimas e de desgastes acentuados de contatos principais e de sacrifício
dos secionadores seletores de barras do setor de 138 kV da subestação de
São José, sendo que em alguns casos, o nível de desgaste dos contatos
chegou a impedir a operação normal dos mesmos. Cabe notar que há
evidências desses problemas em seccionadores de diferentes modelos e
diferentes fabricantes, localizado em diferentes locais desse setor.

Análises preliminares das condições operativas do sistema durante manobras


de transferência de barras e do histórico de operação e manutenção dos
secionadores envolvidos não possibilitaram a identificação de uma causa que
justificasse a ocorrência de tais falhas prematuras. Em contatos com
fabricantes realizados pelo GEQ.O (Gerência de Equipamentos de
Subestações) foi formulada a hipótese de estar ocorrendo superação dos
valores máximos de queda de tensão entre contatos e/ou de corrente
interrompida. Este trabalho procurou investigar essa hipótese, através da
análise de grandezas em regime permanente obtidas a partir da modelagem
detalhada do setor de 138 kV desta subestação.

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2. MODELAGEM DO SETOR DE 138 kV DA SE SÃO JOSÉ

A Figura I mostra o diagrama unifilar do setor de 138 kV da SE São José. Este


setor foi modelado detalhadamente através dos programas ATP (Alternative
Transients Program) e ATPDraw, com base em dados levantados pelo GEQ.O.

O Anexo A apresenta o conjunto de dados levantados e a Figura II o


detalhamento da modelagem realizada.

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Figura I – Diagrama unifilar do setor de 138 kV da SE São José

Figura II – Detalhamento da Modelagem do setor de 138 kV da SE São José

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2.1. As seguintes premissas foram adotadas durante a modelagem deste setor:

a) As 3 fases foram representadas, respeitando-se o acoplamento entre elas,


distâncias e comprimentos de trechos de barramentos;
b) Os trechos de barramentos foram modelados de modo a considerar a
impedância mútua entre os barramentos paralelos;
c) Os trechos de barramentos foram modelados segundo suas características
geométricas e segundo sua constituição física, respeitando os trechos
constituídos por barramentos tubulares e os trechos constituídos por cabos
aéreos;
d) Secionadores e disjuntores foram simulados por resistores equivalentes à
resistência de contato, obtida através de medição ou de informação dos
manuais dos equipamentos;
e) Os 4 bancos de transformadores 500/138/13,8 kV foram representados
individualmente, segundo o modelo padrão de transformadores disponível
no ATP;
f) O barramento de 500 kV da subestação foi representado como um nó
único;
g) As linhas LT 500 kV Angra – São José e LT 500 kV Adrianópolis – São
José foram representadas por parâmetros concentrados e fontes
equivalentes foram adicionadas aos terminais Angra 500 kV e Adrianópolis
500 kV;
h) As linhas LI 138 kV Gov. Leonel Brizola – São José #1 e #2 foram
representadas por parâmetros concentrados e fontes equivalentes foram
adicionadas aos terminais da usina Gov. Leonel Brizola;
i) O fluxo nas demais linhas foi obtido através da inserção de cargas RLC
equivalentes em cada um dos terminais.

3. RESULTADOS E ANÁLISES

A análise a que se propôs este trabalho, isto é, identificar a possibilidade de


ocorrência de tensões e/ou correntes de regime permanente que possam estar
superando os valores nominais, e reduzindo a vida útil de contatos de
secionadores, apresenta certas dificuldades, em função das características do
setor de 138 kV da subestação de São José, entre elas:
a) A existência de 20 vãos atualmente operando – dentre transformadores,
bancos de capacitores, usina e linhas de transmissão – implica na
existência de 220 combinações possíveis de configurações de
secionadores seletoras de barra (mais de um milhão);
b) A existência de 2 vãos de amarre e de duas interligações de barras
multiplica o número de combinações possíveis de configurações de
secionadores;

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c) Os diferentes perfis de carga diários e sazonais de cada uma das linhas e
transformadores implicam em fluxos de potência individuais extremamente
diversos, inclusive podendo ser resistivos, indutivos ou capacitivos. Tais
características levam a uma infinidade de combinações de configurações
de secionadores e fluxos de potência.
d) Em virtude disto, a metodologia adotada neste trabalho foi a de avaliar
algumas configurações possíveis em alguns pontos de operação, buscando
ter uma visão geral do que ocorre nesse setor e assim obter subsídios que
permitam atingir o objetivo proposto.
Primeiramente, tomou-se como base o caso quadrimestral do ONS para 2017.
Deste foram avaliados dois pontos de operação:
 Maio/2017 (carga leve)
 Maio/2017 (carga pesada)
E, além destes, o caso de carga pesada foi alterado de modo a maximizar a
geração das máquinas da usina Gov. Leonel Brizola, proporcionando um
terceiro ponto de operação. Para esses 3 pontos de operação foram avaliadas
3 configurações de secionadores:
(a) Secionadores operando em sua configuração normal (conforme item
3.2.1.2 da IO SJ-502, Rev. 39);
(b) Todos os vãos ligados aos barramentos superiores (B1 e B2), isto é,
secionadores associadas aos barramentos inferiores (A1 e A2) abertos;
(c) Fontes (isto é, transformadores e usina) conectadas aos barramentos
inferiores (A1 e A2) e demais vãos conectados aos barramentos superiores
(B1 e B2). Note-se que esta é uma situação hipotética, pois não é usual
separar-se geração de carga. É apresentada aqui de modo apenas a
ilustrar certos pontos, como se verá adiante.
Uma vez que nos casos do ONS os barramentos das subestações são
representados como nós elétricos, foram simuladas também condições reais,
obtidas a partir do SOL (Sistema de Supervisão e Controle). Foram
selecionadas 4 diferentes condições de carregamento, conforme a Figura III e a
Tabela I. Para cada uma dessas condições também foram reunidas
informações do SOL sobre o estado operativo de cada secionador do setor de
138 kV de São José bem como dos fluxos de potência em cada uma das linhas
conectadas a este setor.

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(a) 19/03 a 25/03 (b) 17/05 a 23/05

Figura III – Períodos Selecionados do SOL para Análise

Tabela I – Condições Selecionadas do SOL

Enfim, as 13 configurações de secionadores e de fluxos de potência (9 do


ANAREDE e 4 do SOL) foram simuladas a partir da modelagem apresentada
na seção 4 deste trabalho.

A Figura IV apresenta diagramas simplificados das configurações dos


secionadores seletores nas simulações realizadas (os vãos de amarres não
foram representados – em todas as simulações estavam com secionadores e
disjuntores fechados).

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Figura IV – Configurações de Seccionadores nas Simulações Realizadas

(*) Nos casos de geração elevada na usina Gov. Leonel Brizola os disjuntores e
secionadores interligadores de barra foram simulados abertos, conforme
descrito na IO SJ-502

Conforme mencionado, foram avaliadas apenas condições de regime


permanente. Inicialmente, para cada simulação foram coletadas as seguintes
informações:

(a) Tensão nos contatos das chaves abertas;


(b) Correntes em cada uma das funções transmissão;
(c) Correntes em cada trecho de barramento;
(d) Correntes em vãos de amarre e de interligação.

Posteriormente, verificou-se que seria necessário também verificar as correntes


nos secionadores seletores de barras durante a transferência de um barramento
para outro. A Figura V ilustra as etapas da transferência de uma função de
transmissão qualquer (linha, transformador, etc.) da barra inferior para a barra
superior.

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𝐼𝑏1=𝐼𝑏2 𝐼𝐹𝑇=𝐼𝑠𝑐1+𝐼𝑠𝑐2 𝐼𝑎1=𝐼𝑎2
𝐼𝑠𝑐2=0 𝐼𝑠𝑐1=𝐼𝑎1−𝐼𝑎2 𝐼𝑠𝑐1=0
𝐼𝐹𝑇=𝐼𝑠𝑐1=𝐼𝑎1−𝐼𝑎2 𝐼𝑠𝑐2=𝐼𝑏1−𝐼𝑏2 𝐼𝐹𝑇=𝐼𝑠𝑐2=𝐼𝑏1−𝐼𝑏2
( a ) Antes ( b ) Durante ( c ) Depois
Figura V – Manobra de Transferência de Barras

Das equações fasoriais apresentadas – obtidas pela aplicação da 1a Lei de Kirchhoff,


constata-se que, antes e depois da manobra de transferência, a corrente no
secionador seletor fechado é igual à da função de transferência associada.
Entretanto, durante a manobra de transferência, quando ambas os secionadores
estão fechados e as barras inferior e superior estão conectadas através daquele vão,
as correntes nos secionadores passam a ser dependentes não só da corrente da
função de transmissão mas também das correntes circulantes nos barramentos,
podendo vir a ser bem maiores do que a corrente da função de transferência.

Como exemplo, serão apresentados na Tabela II, os resultados das tensões nos
contatos dos secionadores abertos. Adotou-se como premissa que valores de até 100
V são considerados normais (A Norma IEC 1128 informa o valor máximo de 100V para
tensão entre contatos de secionadores seletores de barras da classe de tensão de 138
kV). Valores entre 100 e 120 V estão destacados em amarelo e valores acima de 120
V estão destacados em vermelho;

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Tabela II – Tensões [V] nos Contatos das Chaves Abertas

A Tabela III apresenta as correntes nos secionadores seletoras de barras durante a


transferência de um barramento para outro, quando ambas os secionadores estão
fechados. Junto da identificação desta função está indicada a capacidade nominal de
condução de corrente dos seccionadores do vão (são as mesmas da Tabela III). Junto
do valor de cada corrente encontrada é apresentado um valor percentual
correspondente à relação entre a corrente na chave e a corrente na função de
transmissão naquele ponto de operação imediatamente antes da manobra de
fechamento da segunda chave (este valor objetiva demonstrar como se comporta o
carregamento nas chaves em relação ao carregamento da função de transmissão e
não em relação à capacidade da chave). Valores entre 90 % e 100 % da corrente
nominal estão destacados em amarelo e valores acima de 100 % estão destacados
em vermelho.

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Tabela III – Correntes Durante a Manobra de Transferência de Barras

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Tabela IV – Correntes [A] nas Funções de Transmissão

Tabela V – Correntes [A] em Trechos de Barramentos e Vãos de Amarre


e de Interligação

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A Figura VI apresenta um resumo da Tabela III, com foco nas correntes nos
secionadores seletores em relação à corrente da função de transmissão
correspondente. Para melhor entendê-las, a região destacada na Figura 6a
mostra que, na simulação referente ao 2o ponto de operação extraído SOL, em
3 dos 20 vãos do barramento de 138 kV os dois secionadores seletores
apresentaram corrente superior à da função de transmissão correspondente,
em 8 uma dos secionadores seletores apresentou corrente superior à da
função de transmissão correspondente e em 11 nenhuma dos secionadores
apresentou corrente superior à da função de transmissão correspondente.
Similarmente, a região destacada na Figura 6b mostra que, em 6 simulações
os dois secionadores seletores do vão da linha para Ilha dos Pombos
apresentaram corrente superior à da linha, em 3 simulações um dos
secionadores seletoras desse vão apresentou corrente superior à da linha e em
4 simulações nenhum dos secionadores seletores desse vão apresentou
corrente superior à da linha.

( a ) Por Simulação

( b ) Por função transmissão

Figura VI – Secionadores Seletoras Durante a Manobra de Transferência com


Corrente Superior à Corrente da Função Transmissão

A partir dos resultados obtidos com as simulações, as seguintes constatações


podem ser feitas:

1. Na configuração habitual dos secionadores seletores, isto é, quando a


função transmissão associada está conectada a apenas um dos
barramentos, as correntes nos secionadores seletoras mostraram-se abaixo
dos valores nominais. Tais correntes são diretamente decorrentes do
carregamento de cada linha ou transformador. Logo, desde que sejam
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respeitados os limites de carregamento previstos na IO-504, as correntes
nos secionadores seletores estarão abaixo de seu limite nominal;
2. Durante a manobra de transferência de um barramento para outro, quando a
função transmissão está conectada diretamente a dois barramentos, as
correntes nos secionadores seletores podem sofrer grande variação, uma
vez que seu valor passa a depender não só do carregamento na função
transmissão, mas também das correntes circulantes nos dois barramentos.
Nesse sentido, o caso hipotético simulado (transformadores e usina
conectados num barramento e cargas no outro) poderia apresentar diversas
correntes que ultrapassariam limites nominais. Nas demais simulações
foram identificadas algumas situações em que estas correntes ultrapassam a
capacidade nominal nos vãos cujos secionadores são de 2000 A;
3. As correntes nos trechos de barramentos são difíceis de serem previstas,
pois seu cálculo decorre de somas fasoriais e depende dos carregamentos
de todas as linhas e transformadores do setor, inclusive tendo influência se
são resistivos, capacitivos ou indutivos. O caso hipotético simulado
(transformadores e usina conectados num barramento e cargas no outro)
poderia apresentar correntes que ultrapassariam limites nominais. Nas
demais simulações não foram verificadas violações de corrente;
4. Em relação às tensões sobre contatos das chaves seletoras (cuja magnitude
também advém de somas fasoriais), o caso hipotético de fontes e cargas em
barras opostas mostra valores de mais de 400 V, ou seja, 4 vezes superiores
às tensões nominais máximas para secionadores seletores de barras da
classe de tensão 138 kV, mais uma vez evidenciando que esta configuração
precisa ser evitada. A análise das demais simulações mostraram algumas
tensões até 40 % acima da nominal, reforçando as suspeitas de que esta
pode estar sendo a causa da perda de vida de útil dos contatos;
5. Em períodos de carga pesada (circulação de correntes de maior magnitude)
as tensões sobre contatos de chaves demonstram uma tendência de
também serem maiores, embora a distribuição de correntes também exerça
influência;
6. Embora não se possa generalizar, nota-se uma tendência de valores
maiores de tensão entre contatos nos secionadores localizados próximos
dos vãos de interligação e da usina Gov. Leonel Brizola;
7. Conforme pode ser observado na Tabela II, há uma tendência de que a fase
C apresente valores maiores de tensão entre contatos. Entretanto, cabe
ressaltar que em todos os casos simulados foram admitidas cargas
equilibradas, o que, em termos práticos, não corresponde à realidade. Desse
modo, não se pode, a priori, inferir que esta fase seja mais susceptível à
ocorrência de tensões elevadas.

NOTA: algumas das tabelas apresentadas neste trabalho não tiveram seu
conteúdo exibido na íntegra, visando respeitar a limitação de 20 páginas.
Havendo interesse, as tabelas completas com os resultados das simulações
poderão ser fornecidas.

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4. CONCLUSÕES

Fundamentado nos resultados das análises e medições realizadas na SE São


José, conclusões preliminares podem ser estabelecidas:

 A energia dissipada no arco pelas componentes de corrente de alta


freqüência, durante manobras de secionadores seletores de barras, pode ser
desprezada, em termos de desgaste dos contatos de sacrifício destes
secionadores, mas deve ser considerada como fonte indutora de ruído
elétrico em sistemas de telecomunicação e sendo propagadas pelos
transdutores de medida, poderão provocar queima de componentes a eles
conectados.

 Ocorreu ao longo do tempo alterações de topologia dos circuitos da SE São


José, com acréscimo de potência transmitida através desta SE, agravando o
problema dos desgastes/queima dos contatos dos secionadores.

 Os fluxos de potência nas diversas linhas que chegam à SE influenciam


significativamente os módulos, ângulos e sentidos das correntes nos
diversos secionadores, não sendo possível estabelecer, uma mesma
seqüência ótima de manobras para qualquer condição de fluxo de potência,
que cause um menor desgaste dos secionadores. Este é um fato geral
derivado das equações de rede, e portanto aplicável a topologias
semelhantes.

 A distribuição das correntes entre os secionadores é bastante mais


dependente das condições de fluxo nas linhas do que dos valores das
impedâncias dos elementos da rede da subestação.

 Pequenas imprecisões nos valores das resistências e reatâncias da rede


não ocasionam grandes alterações nos resultados gerais obtidos em
simulação. Deste modo, ao executar-se modelos de rede para estudos desta
natureza, não se exige elevada exatidão na obtenção dos parâmetros do
circuito.

 Deverão ser evitados aos máximo assimetrias e acoplamentos indesejáveis


entre barramentos, tais como cruzamentos de barras e “emendas” de
barramentos com interligações “longas” não simétricas.

 Na grande maioria das simulações realizadas, a corrente de uma dada linha


se divide em proporções bastante desiguais entre os dois secionadores
responsáveis pela manobra desta linha.

 Estudos que simulem a distribuição das correntes entre secionadores


seletores de barras, na fase de concepção do projeto da SE, poderiam
mostrar situações em que os valores de correntes a serem manobradas
superam a capacidade máxima dos contatos de sacrifício dos secionadores
especificados a priori para um dado ponto, dentro da faixa normalizada em
uma dada classe de tensão.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) NORMA 1128 IEC. INTERNATIONAL STANDARD – Alternating current


disconnectors Bus-transfer current switching by disconnectors First edition,
02-1992.

(2) NORMA 1129 IEC. INTERNATIONAL STANDARD – Alternating current


earthing switches - First edition, 02-1992.

(3) NORMA BRASILEIRA. NBR 6935 – Secionador, Chaves de Terra e


Aterramento Rápido, JAN/1985.

(4) DEQE.T/GS/ef, Relatório Técnico sobre Bancos de Capacitores Série de


800 kV – Operação das Chaves Secionadoras de “Bay-Pass”. FURNAS,
REF. DEL.T.I. 064.90, EC/Rio de Janeiro, 15.02.1990.

(5) França, W.J. Disjuntores e Chaves; EDUFF -Editora da Universidade


Federal Fluminense . Niterói, RJ – 1995

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ANEXO A

Figura A1 – Equipamentos do Amarre do Meio

Tabela A1 – Dados de Equipamentos (Amarre do Meio)

17
Figura A2 – Equipamentos do Amarre do Início

Tabela A2 – Dados de Equipamentos (Amarre do Início)

18
Figura A3 – Equipamentos dos Trechos Comuns

Tabela A3 – Dados de Equipamentos (Trechos Comuns)

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Tabela A4 – Lista de Chaves

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