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v = = ⇒v = ⇒
tuações do cotidiano, em experimentos cien- Δt T 60
tíficos e em avanços tecnológicos da huma- ⇒ v = 3 ⋅ 10 −3 m/s
nidade. Em algumas questões, como as que
tratam de Física Moderna, as fórmulas ne- b) Da definição de intensidade média de corrente
cessárias para a resolução da questão foram elétrica im , para Δt = 400 ⋅ 24 = 9 600 h, temos:
fornecidas no enunciado. Quando necessá- |Q | 2,4
rio use g = 10 m/s2 para a aceleração da im = = ⇒ im = 2,5 ⋅ 10 −4 A
Δt 9 600
gravidade na superfície da Terra e π = 3.
Questão 2
Questão 1
A Copa do Mundo é o segundo maior evento
A experimentação é parte essencial do méto- desportivo do mundo, ficando atrás apenas
do científico, e muitas vezes podemos fazer dos Jogos Olímpicos. Uma das regras do fute-
medidas de grandezas físicas usando instru- bol que gera polêmica com certa frequência é
mentos extremamente simples. a do impedimento. Para que o atacante A não
a) Usando o relógio e a régua graduada em esteja em impedimento, deve haver ao menos
centímetros da figura no espaço de resposta, dois jogadores adversários a sua frente, G e
determine o módulo da velocidade que a extre- Z, no exato instante em que o jogador L lança
midade do ponteiro dos segundos (o mais fino) a bola para A (ver figura). Considere que so-
possui no seu movimento circular uniforme. mente os jogadores G e Z estejam à frente de
A e que somente A e Z se deslocam nas situa-
ções descritas abaixo.
b) O árbitro demora 0,1 s entre o momento Δx = 6,4 nm. Determine a constante elástica
em que vê o lançamento de L e o momento da alavanca, sabendo que neste caso o módu-
em que determina as posições dos jogadores b
lo da força de Casimir é dado por FC = 4 ,
A e Z. Considere agora que A e Z movem-se a d
velocidades constantes de 6,0 m/s, como indi- em que b = 9,6 × 10−39 Nm4 e d é a distância
ca a figura. Qual é a distância mínima entre entre as placas. Despreze o peso da placa.
A e Z no momento do lançamento para que o b) Um dos limites da medida da deflexão da
árbitro decida de forma inequívoca que A não alavanca decorre de sua vibração natural em
está impedido?
razão da energia térmica fornecida pelo am-
biente. Essa energia é dada por ET = kBT ,
Resposta
em que kB = 1,4 × 10−23 J/K e T é a tempera-
a) Considerando-se um MRUV para A e Z partin-
tura do ambiente na escala Kelvin. Conside-
do simultaneamente com origem em A e crescen-
te no sentido de A para Z, para o encontro, temos: rando que toda a energia ET é convertida em
0 energia elástica, determine a deflexão Δx pro-
a 2
S = S0 + v 0 t + t ⇒ duzida na alavanca a T = 300 K se a constan-
2
te elástica vale kB = 0,21 N/m.
3 2
SA = 0 + 0 ⋅ t + t
2
⇒ ⇒
3 2
S Z = 12 + 0 ⋅ t − t
2
3 2 3 2
⇒ t = 12 − t ⇒ t = 2,0 s
2 2
b) Sendo a velocidade relativa entre A e Z de
v R = 6 + 6 = 12 m/s, para que o árbitro decida Resposta
que não há impedimento, após Δt = 0,1 s, os jo-
gadores deverão estar, no máximo, na mesma a) Para a situação de equilíbrio, temos:
posição. Assim, temos: b
Falavanca = FC ⇒ kΔx = 4 ⇒ k ⋅ (6,4 ⋅ 10 −9 ) =
ΔS ΔS d
vR = ⇒ 12 = ⇒ ΔS = 1,2 m
Δt 0,1 9,6 ⋅ 10 −39
= ⇒ k = 1,5 ⋅ 10 −2 N/m
(100 ⋅ 10 −9 ) 4
b) Igualando a energia térmica com a potencial
Questão 3 elástica, vem:
1
E e = ET ⇒ k e Δx 2 = kBT ⇒
Em 1948 Casimir propôs que, quando duas 2
1
placas metálicas, no vácuo, são colocadas muito ⇒ ⋅ 0,21 ⋅ Δx 2 = 1,4 ⋅ 10 −23 ⋅ 300 ⇒
2
próximas, surge uma força atrativa entre
elas, de natureza eletromagnética, mesmo ⇒ Δx = 2,0 ⋅ 10 −10 m
que as placas estejam descarregadas. Essa
força é muitas vezes relevante no desenvolvi- Obs.: na resolução foi feita a diferenciação entre a
mento de mecanismos nanométricos. constante kB e a constante elástica (k e ).
a) A força de Casimir é inversamente propor-
cional à quarta potência da distância entre as
placas. Essa força pode ser medida utilizan- Questão 4
do-se microscopia de força atômica através da
deflexão de uma alavanca, como mostra a fi- Em 2009 foram comemorados os 40 anos da
gura no espaço de resposta. A força de defle- primeira missão tripulada à Lua, a Missão
xão da alavanca se comporta como a força Apollo 11, comandada pelo astronauta nor-
elástica de uma mola. No experimento ilus- te-americano Neil Armstrong. Além de ser
trado na figura, o equilíbrio entre a força considerado um dos feitos mais importantes
elástica e a força atrativa de Casimir ocorre da história recente, esta viagem trouxe gran-
quando a alavanca sofre uma deflexão de de desenvolvimento tecnológico.
física 4
⇒ v = 977 m/ s
b) Da leitura do gráfico, vem que, para uma altitu- A frequência do batimento é igual à diferen-
de de 10 km, temos uma pressão p = 30 kPa e ça entre essas duas frequências, ou seja,
uma temperatura T = −50oC = 223 K . fbat = f1fina − f2grossa . Sabendo que a frequên-
Da equação de estado para um gás perfeito, te-
cia do batimento é fbat = 4 Hz, qual é a fre-
mos:
quência do harmônico fundamental da corda
pV = nRT ⇒ 30 ⋅ 10 3 ⋅ V = 1 ⋅ 8,3 ⋅ 223 ⇒ grossa, f1grossa ?
⇒ V = 6,2 ⋅ 10 −2 m 3
Resposta
a) De acordo com o enunciado, para o harmônico
fundamental, N = 1, temos:
Questão 6
τ
v =
μ τ f L
⇒ = N ⇒
Em 2009 completaram-se vinte anos da mor- ⎛v ⎞ μ N
fN = N ⎜ ⎟
te de Raul Seixas. Na sua obra o roqueiro cita ⎝L⎠
elementos regionais brasileiros, como na can- τ
⇒ = 220 ⋅ 0,5 ⇒
ção “Minha viola”, na qual ele exalta esse ins- 5 ⋅ 10 −3
trumento emblemático da cultura regional.
A viola caipira possui cinco pares de cordas. ⇒ τ = 60,5 N
Os dois pares mais agudos são afinados na
b) Da ocorrência do batimento, vem:
mesma nota e frequência. Já os pares restan-
f2grossa = f1fina − fbat. ⇒ f2grossa = 220 − 4 ⇒
tes são afinados na mesma nota, mas com di-
ferença de altura de uma oitava, ou seja, a ⇒ f2grossa = 216 Hz
corda fina do par tem frequência igual ao do- f2grossa
Assim, sendo f1grossa = ⇒
bro da frequência da corda grossa. 2
216
As frequências naturais da onda numa corda ⇒ f1grossa = ⇒
de comprimento L com as extremidades fixas 2
são dadas por f N = N ( v L), sendo N o harmô-
⇒ f1grossa = 108 Hz
nico da onda e v a sua velocidade.
a) Na afinação Cebolão Ré Maior para a viola Obs.: há uma incorreção no enunciado, pois as
caipira, a corda mais fina do quinto par é afi- frequências naturais das ondas em uma corda de
⎛ v ⎞
nada de forma que a frequência do harmônico extremidades fixas são dadas por fN = N ⎜ ⎟.
⎝ 2L ⎠
fundamental é f1fina = 220 Hz. A corda tem
comprimento L = 0,5 m e densidade linear
μ = 5 × 10−3 kg/ m. Questão 7
Encontre a tensão τ aplicada na corda, sabendo
que a velocidade da onda é dada por v = τ μ . Em determinados meses do ano observa-se
b) Suponha que a corda mais fina do quinto significativo aumento do número de estrelas
par esteja afinada corretamente com cadentes em certas regiões do céu, número
f1fina = 220 Hz e que a corda mais grossa es- que chega a ser da ordem de uma centena de
estrelas cadentes por hora. Esse fenômeno é
teja ligeiramente desafinada, mais frouxa do
chamado de chuva de meteoros ou chuva de
que deveria estar. Neste caso, quando as cor-
estrelas cadentes, e as mais importantes são
das são tocadas simultaneamente, um bati-
as chuvas de Perseidas e de Leônidas. Isso
mento se origina da sobreposição das ondas
ocorre quando a Terra cruza a órbita de al-
sonoras do harmônico fundamental da corda
gum cometa que deixou uma nuvem de par-
fina de frequência f1fina , com o segundo har- tículas no seu caminho. Na sua maioria, es-
mônico da corda grossa, de frequência f2grossa . sas partículas são pequenas como grãos de
física 6
Resposta
a) Considerando que a força de atrito é a resul-
tante, do teorema da energia cinética, vem:
Resposta
F τ = ΔEc
⇒ F ⋅ d = ΔEc ⇒ F ⋅ d = 0 − Ec ⇒
Fτ = F ⋅d
a) Pelo Princípio da Conservação da Quantidade
3 4 de Movimento, temos:
⇒ F ⋅ 1,5 ⋅ 10 = − 4,5 ⋅ 10 ⇒ F = −30 N
Qi = Qf
Logo, em módulo, a força de atrito média é de 30 N. ⇒ 0 = mp ⋅ v p + ma ⋅ v a ⇒
b) Da equação fundamental da calorimetria, te- Q = m ⋅v
mos: ⇒ 0 = 80 ⋅ 0,15 + 60 ⋅ v a ⇒ v a = −0,2 m/s
Q = m ⋅ c ⋅ Δθ = 0,1 ⋅ 0,9 ⋅ 2 400 ⇒ Q = 216 J Logo, o astronauta recua a 0,2 m/s.
b) Do teorema do impulso, vem:
R I = ΔQ N
N ⇒ ΔQ = área ⇒
I = área
Questão 8 R
(0,9 + 0,3) ⋅ Fmax
⇒ 80 ⋅ 0,15 = ⇒
2
O lixo espacial é composto por partes de na-
ves espaciais e satélites fora de operação ⇒ Fmax = 20 N
abandonados em órbita ao redor da Terra.
Esses objetos podem colidir com satélites,
além de pôr em risco astronautas em ativi- Questão 9
dades extraveiculares.
Considere que durante um reparo na estação
espacial, um astronauta substitui um painel Telas de visualização sensíveis ao toque são
solar, de massa mp = 80 kg, cuja estrutura muito práticas e cada vez mais utilizadas em
foi danificada. O astronauta estava inicial- aparelhos celulares, computadores e caixas
mente em repouso em relação à estação e ao eletrônicos. Uma tecnologia frequentemente
abandonar o painel no espaço, lança-o com usada é a das telas resistivas, em que duas
uma velocidade v p = 0,15 m/s. camadas condutoras transparentes são sepa-
a) Sabendo que a massa do astronauta é radas por pontos isolantes que impedem o
ma = 60 kg, calcule sua velocidade de recuo. contato elétrico.
física 7
Assim, temos:
6
i =
a) O contato elétrico entre as camadas é esta- R
+R R 6
belecido quando o dedo exerce uma força F so- 2 ⇒ UCD = ⋅ ⇒
2 R
bre a tela, conforme mostra a figura anterior. R +R
UCD = ⋅i 2
A área de contato da ponta de um dedo é 2
igual a A = 0,25 cm2 . Baseado na sua expe- ⇒ UCD = 2 V
riência cotidiana, estime o módulo da força
exercida por um dedo em uma tela ou teclado
convencional, e em seguida calcule a pressão
exercida pelo dedo. Caso julgue necessário, Questão 10
use o peso de objetos conhecidos como guia
para a sua estimativa.
O GPS (Global Positioning System) consiste
b) O circuito simplificado da figura no espaço em um conjunto de satélites que orbitam a
de resposta ilustra como é feita a detecção da Terra, cada um deles carregando a bordo um
posição do toque em telas resistivas. Uma ba- relógio atômico. A Teoria da Relatividade Ge-
teria fornece uma diferença de potencial ral prevê que, por conta da gravidade, os re-
U = 6 V ao circuito de resistores idênticos de lógios atômicos do GPS adiantam com relação
R = 2 kΩ. Se o contato elétrico for estabeleci- a relógios similares na Terra. Enquanto na
do apenas na posição representada pela cha- Terra transcorre o tempo de um dia
ve A, calcule a diferença de potencial entre C ( tTerra = 1,0 dia = 86400 s), no satélite o tem-
e D do circuito. po transcorrido é tsatélite = tTerra + Δt, maior
que um dia, e a diferença de tempo Δt tem
que ser corrigida. A diferença de tempo cau-
sada pela gravidade é dada por
( Δt/ tTerra ) = ( ΔU / mc2 ), sendo ΔU a diferença
de energia potencial gravitacional de uma
massa m entre a altitude considerada e a su-
perfície da Terra, e c = 3,0 × 108 m/s, a velo-
cidade da luz no vácuo.
a) Para o satélite podemos escrever
ΔU = mgRT (1 − RT / r ), sendo r ≈ 4 RT o raio
Resposta da órbita, RT = 6,4 × 10 6 m o raio da Terra e
a) Estimando que a força aplicada sobre a tela é g a aceleração da gravidade na superfície ter-
da ordem de 1 N, a pressão é dada por: restre. Quanto tempo o relógio do satélite
p =
F
=
1
⇒ p = 4 ⋅ 104 Pa adianta em tTerra = 1,0 dia em razão do efei-
A 0,25 ⋅ 10 −4 to gravitacional?
física 8
⇒ Δt = 4,6 ⋅ 10 −5 s
⇒ h = 0,9 m
Resposta
Questão 11 a) Como o campo elétrico é uniforme, temos:
U = E ⋅ d = 1,0 ⋅ 10 −4 ⋅ 2,0 ⋅ 10 −2 ⇒
O Efeito Hall consiste no acúmulo de cargas
dos lados de um fio condutor de corrente ⇒ U = 2,0 ⋅ 10 −6 V
quando esse fio está sujeito a um campo mag-
nético perpendicular à corrente. Pode-se ver b) No equilíbrio, temos:
na figura (i) no espaço de resposta uma fita FB = FE ⇒ q ⋅ v ⋅ B = q ⋅ E ⇒
metálica imersa num campo magnético B,
perpendicular ao plano da fita, saindo do pa- E 1,0 ⋅ 10 −4
⇒v = = ⇒
pel. Uma corrente elétrica atravessa a fita, B 0,2
como resultado do movimento dos elétrons
⇒ v = 5 ⋅ 10 −4 m/s
que têm velocidade v, de baixo para cima até
física 9
C2 −6 Ns
2
Questão 12 ε = 2,0 × 10−11 e μ = 1 ,25 × 10 .
Nm2 C2
A velocidade da luz no vácuo é c = 3,0 × 108 m/s.
Há atualmente um grande interesse no desen-
volvimento de materiais artificiais, conhecidos
como metamateriais, que têm propriedades fí-
sicas não convencionais. Este é o caso de me-
tamateriais que apresentam índice de refra-
ção negativo, em contraste com materiais con-
vencionais que têm índice de refração positivo.
Essa propriedade não usual pode ser aplicada
na camuflagem de objetos e no desenvolvi-
mento de lentes especiais.
a) Na figura no espaço de resposta é repre-
sentado um raio de luz A que se propaga em
um material convencional (Meio 1) com índi-
ce de refração n1 = 1, 8 e incide no Meio 2 for-
mando um ângulo θ1 = 30o com a normal.
Resposta
Um dos raios B, C, D ou E apresenta uma tra-
jetória que não seria possível em um material a) O raio E representa uma trajetória que não se-
convencional e que ocorre quando o Meio 2 é ria possível para um material convencional. Da
um metamaterial com índice de refração nega- Lei de Snell, vem:
tivo. Identifique este raio e calcule o módulo do |n1 | ⋅ sen θ1 = | n 2 | ⋅ sen θ 2 ⇒
índice de refração do Meio 2, n2 , neste caso, ⇒ 1,8 ⋅ sen 30o = |n 2 | ⋅ sen 45 o ⇒
utilizando a lei de Snell na forma: 1 2 1,8
| n1| senθ1 = | n2| senθ2 . Se necessário use ⇒ 1,8 ⋅ = |n 2 | ⋅ ⇒ |n 2 | = ⇒
2 2 1,4
2 = 1, 4 e 3 = 1, 7.
b) O índice de refração de um meio material, ⇒ |n 2 | = 1,3
n, é definido pela razão entre as velocidades b) O índice de refração pedido é dado por:
da luz no vácuo e no meio. A velocidade da c
1 n =
luz em um material é dada por v = , em v
εμ ⇒ n =c⋅ ε⋅μ =
1
que ε é a permissividade elétrica e µ é a per- v =
ε⋅μ
meabilidade magnética do material. Calcule o
índice de refração de um material que tenha = 3 ⋅ 108 ⋅ 2 ⋅ 10 −11 ⋅ 1,25 ⋅ 10 −6 ⇒ n = 1,5