Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
ECONÔMICA I
2015
SUMÁRIO
CAPÍTULO I - GENERALIDADES
CAPÍTULO II - MATEMÁTICA FINANCEIRA
II.1 - Juros Simples 5
II.2 - Juros Compostos 7
II.3 - Fluxo de Caixa 8
II.4 - Relações de Equivalência 9
II.5 - Séries Perpétuas 14
II.6 - Taxa Efetiva, Nominal e Equivalente 16
CAPÍTULO V - FINANCIAMENTOS
V.1 - Amortização de Dívidas 64
V.2 - Exercícios Propostos 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASOS
2
CAPÍTULO I - GENERALIDADES
Os estudos sobre engenharia econômica iniciaram nos Estados Unidos em 1887, quando
Arthur Wellington publicou seu livro: "The Economic Theory of Railway Location", texto que
sintetizava análise de viabilidade econômica para ferrovias.
Engenharia econômica é importante para todos que precisam decidir sobre propostas
tecnicamente corretas, e seus fundamentos podem ser utilizados tanto para empresas privadas
como estatais.
Para fazer um estudo econômico adequado alguns princípios básicos devem ser considerados,
sendo os seguintes:
a) devem haver alternativas de investimentos. É infrutífero calcular se é vantajoso
comprar um carro à vista se não há condições de conseguir dinheiro para tal;
b) as alternativas devem ser expressas em dinheiro. Não á possível comparar
diretamente 300 horas/mensais de mão de obra com 500 kWh de energia.
Convertendo os dados em termos monetários teremos um denominador comum
muito prático. Alguns dados, entretanto são difíceis de converter em dinheiro.
Exemplos que ocorrem muito nos casos reais são: boa vontade de um fornecedor,
boa imagem da empresa ou status. São os chamados intangíveis;
c) só as diferenças entre as alternativas são relevantes. Numa análise para decidir
sobre o tipo de motor a comprar não interessa sobre o consumo dos mesmos se
forem idênticos;
d) sempre serão considerados os juros sobre o capital empregado. Sempre existem
oportunidades de empregar dinheiro de maneira que ele renda alguma coisa. Ao se
aplicar o capital em um projeto devemos ter certeza de ser esta a maneira mais
rendosa de utilizá-lo;
e) nos estudos econômicos o passado geralmente não é considerado; interessa-nos o
presente e o futuro. A afirmação: não posso vender este carro por menos de $
10000 porque gastei isto com ele em oficina não faz sentido, o que normalmente
interessa é o valor de mercado do carro.
3
Os critérios de aprovação de um projeto são os seguintes:
Neste curso, a atenção especial será sobre os critérios econômicos, ou seja, a principal questão
que será abordada é quanto à rentabilidade dos investimentos.
4
CAPÍTULO II – MATEMÁTICA FINANCEIRA
A Matemática Financeira se preocupa com o valor do dinheiro no tempo. E pode-se iniciar o
estudo sobre o tema com a seguinte frase:
Uma palavra que é fundamental nos estudos sobre matemática financeira é JUROS. Para
entendermos bem o significado desta palavra vamos iniciar observando a figura II.1 . Cada um
dos fatores de produção é remunerado de alguma forma. Como se pode entender, então, os
juros é o que se paga pelo custo do capital, ou seja, é o pagamento pela oportunidade de poder
dispor de um capital durante determinado tempo. A propósito estamos muito acostumados
com "juros", lembrem dos seguintes casos:
1. Compras a crédito;
2. Cheques especiais;
3. Prestação da casa própria;
4. Desconto de duplicata;
5. Vendas a prazo;
6. Financiamentos de automóveis;
7. Empréstimos.
Como se pode ver o termo é muito familiar se lembrarmos do nosso dia a dia. Podemos até
não nos importar com a questão, mas a pergunta que se faz é: o quanto pagamos por não
considerarmos adequadamente a questão? E concluindo, nota-se a correspondência entre os
termos "juros" e "tempo", que estão intimamente associados.
A seguir será discutido o que são juros simples e juros compostos, além de outros pontos
importantes em matemática financeira.
P = principal
J = juros
i = taxa de juros
n = número de períodos
O valor que se tem depois do período de capitalização, chamado de valor futuro (F), pode ser
calculado por:
F=P+J
F = P + P.i.n
F = P(1 +i.n)
A fórmula acima é pouco utilizada, porque na maioria dos cálculos em matemática financeira
usam-se juros compostos que será discutido a seguir.
No primeiro período:
F1 = P + P . i = P . (1 + i)
No segundo período:
F2 = F1 + F1 . i = F1 . ( 1 + i) = P . (1 + i).(1 + i) = P . (1 + i)2
No terceiro período:
F = P . (1 + i)n
A fórmula acima é muito utilizada, e através dela pode-se constatar que para o primeiro
período o juro simples é igual ao juro composto.
EXEMPLO II.1 - Para um capital de R$ 100.000,00 colocado a 20% a.a. durante 3 anos,
qual o valor futuro para os casos de considerarmos juros simples e juros compostos?
O
1
2
3
7
EXEMPLO II.2 - Vamos fazer uma aplicação em CDB de R$ 30.000 a uma taxa de 1,4 %
para um período de 1 ano. Qual o valor dos juros? Quais os juros líquidos, se o IR é de 20%?
Qual o valor da rentabilidade líquida mensal? Em relação à poupança esta aplicação é
interessante
A engenharia econômica vai trabalhar com gráficos do tipo da figura II.2, assim como os
fundamentos da matemática financeira.
Os gráficos de fluxo de caixa devem ser feitos do ponto de vista de quem faz a análise. Para
entender este conceito, vamos imaginar que uma máquina custa R$ 20.000,00 à vista ou 5
prestações de R$ 4.800,00. Para a venda a vista o fluxo de caixa é diferente do ponto de vista
do comprador para o do vendedor, isto pode ser visto na figura II.3.
8
4.800,00
comprador
0 1 2 3 4 5
20.000,00
20.000,00
0 1 2 3 4 5 vendedor
4.800,00
VF
0 1 2 n 0 1 2 n
VP
Dado VP Achar VF
Figura II.4 - Equivalência entre P e F
9
O valor VF pode ser obtido por:
VF = VP. (1 + i)n
VP = VF/(1 + i)n
EXEMPLO II.4 - Uma aplicação financeira de R$ 200.000,00 rendeu após 7 meses o valor de
R$ 300.000,00. Qual a taxa mensal "média" de juros desta aplicação?
EXEMPLO II.5 - Uma aplicação de R$ 200.000,00 efetuada em uma certa data produz, à
taxa composta de juros de 8% ao mês, um montante de R$370.186,00 em certa data futura.
Calcular o prazo da operação.
10
II.4.2 - Relações entre PGTO e VP
Esta relação de equivalência pode ser entendida pela a observação da figura II.5 a seguir.
PGTO
0 1 2 n 0 1 2 n
VP
dado PGTO achar VP
Nota-se que o termo que multiplica A é o somatório dos termos de uma PG, com número
limitado de elementos, de razão (1+ i)-1. A soma dos termos pode ser calculada pela seguinte
expressão:
a - a .r
S = 1 n
n 1-r
Que resulta em:
n
(1 i) -1
VP = PGTO n
(1 + i) . i
Das expressões que relacionam VP e PGTO, pode-se chegar à maneira de se calcular PGTO a
partir de VP. Esta relação é dada por:
11
n
(1 i ) .i
PGTO = VP n
(1 + i ) 1
EXEMPLO II.7 - O que é mais interessante, comprar uma TV LED por R$ 4.000,00 à vista,
ou R$ 4.410,00 em 3 vezes, sendo a primeira prestação no ato da compra?
EXEMPLO II.8 - Vale a pena pagar à vista com 20% de desconto ou a prazo em 3
pagamentos iguais, sendo o primeiro hoje?
12
EXEMPLO II.9 - Calcular a prestação de um financiamento de valor de R$2.000,00 com 8
pagamentos iguais, considerando uma taxa de 13 % ao mês.
Esta relação de equivalência pode ser entendida pela a observação da figura II.6 a seguir.
PGTO
0 1 2 n 0 1 2 n
VF
Dado Achar VF
PGTO
13
Nota-se que o termo que multiplica PGTO é o somatório dos termos de uma PG, semelhante a
relação entre VP e PGTO vista antes, com número limitado de elementos, de razão (1+ i) 1. A
soma dos termos calculada pela fórmula de somatório dos termos de uma PG finita leva a
seguinte expressão:
n
(1 i) -1
VF = PGTO
i
Das expressões que relacionam VF e PGTO, pode-se chegar a maneira de se calcular PGTO a
partir de VF. Esta relação é dada por:
i
PGTO = VF
(1 + i)n 1
EXEMPLO II.10 - Quanto deve-se depositar anualmente numa conta a prazo fixo que paga
juros de 12% ao ano, para se ter R$ 500.000,00 daqui a 14 anos?
14
n
(1 i) -1
VP = PGTO n
(1 + i) . i
n
(1 i) -1
VP = limn PGTO
(1 + i)n . i
1 1
VP = PGTO limn
i (1 + i)n .i
1
VP = PGTO.
i
EXEMPLO II.11 - Quanto deverei depositar em um fundo com a finalidade de receber para
sempre a importância anual de R$ 12.000,00 considerando ser a taxa anual de juros igual a
10%?
EXEMPLO II.12 - Qual a menor quantia que um grupo deve cobrar hoje, para dar uma renda
anual de R$ 6.000?
15
II.6 - TAXA EFETIVA, NOMINAL E EQUIVALENTE
Taxa efetiva de juros é aquela em que a unidade de tempo coincide com a unidade do período
de capitalização. Como exemplo pode-se pensar 140 % ao ano com capitalização anual, esta é
uma taxa efetiva, pois há coincidência entre as unidades de tempo da taxa e o período de
capitalização. Outro exemplo de taxa efetiva é 10% ao mês com capitalização mensal, que da
mesma maneira é uma taxa efetiva.
A taxa efetiva é que tem de ser utilizada na maioria dos cálculos em matemática financeira e
engenharia econômica, por isto tem de estar muito claro seu significado e a equivalência entre
ela e outras maneiras de se apresentar taxas de juros.
VF
0 1 2 12 meses
VP
0 1 ano
VF = VP(1 i )1 (2)
A
Como (1) = (2), tem-se que:
12 1
(1 i m ) = ( 1 + i A )
360 12 1 2
(1 + i d ) = (1 i m ) = ( 1 + i A ) = (1 + i s )
16
A taxa nominal, ao contrário da efetiva, a unidade de tempo da taxa é diferente do tempo do
período de capitalização. Como exemplo, pode-se pensar nos seguintes casos, 120% ao ano
com capitalização mensal ou 15% ao mês com capitalização anual. É preciso tomar cuidado
com o uso deste tipo de taxa em cálculos, freqüentemente ela é imprópria para o uso, e então é
necessário convertê-la para uma efetiva correspondente. Existe confusão quanto a esta taxa, e
muitas vezes são usadas para mascarar realmente qual a taxa de juros que esta envolvida no
empreendimento.
VF
0 1 2 m
VP
m
VF = VP(1 + i) (3)
VF
0 1
VP
Com a expressão acima se pode converter uma taxa nominal em uma efetiva.
17
Um cuidado importante quanto a estas taxas apresentadas, é o entendimento do conceito que
esta por trás de cada uma. Na literatura existente e no próprio mercado financeiro existem
diferenças quanto à nomenclatura. O que é necessário estar certo na hora de se fazer um
cálculo é se o tempo da taxa coincide com seu período de capitalização.
EXEMPLO II.16 - Qual a taxa efetiva anual equivalente a 15% ao ano capitalizados
trimestralmente?
18
EXEMPLO II.17 - Calcular as taxas efetivas e nominal anual, correspondente a 13% ao mês?
19
CAPÍTULO III - ANÁLISE DE
ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS
III.1 – GENERALIDADES
Após a classificação dos projetos tecnicamente corretos é imprescindível que a escolha
considere aspectos econômicos. E é a engenharia econômica que fornece os critérios de
decisão, para a escolha entre as alternativas de investimento.
Infelizmente, nem todos os métodos utilizados são baseados em conceitos corretos. Por esta
razão é muito importante ter cuidado com uso de alguns destes métodos, e principalmente,
conhecer suas limitações.
Um dos métodos, que é muito utilizado, e que possui limitações do ponto de vista conceitual é
o PAY-BACK ou método do tempo de recuperação do investimento. O método do PAY-
BACK consiste simplesmente na determinação do número de períodos necessários para
recuperar o capital investido, ignorando as conseqüências além do período de recuperação e o
valor do dinheiro no tempo. Normalmente é recomendado que este método seja usado como
critério de desempate, se for necessário após o emprego de um dos métodos exatos.
Neste curso serão estudados três métodos de avaliação, que convenientemente aplicados dão o
mesmo resultado e formam a base da engenharia econômica. Estes métodos são exatos e não
apresentam os problemas observados, por exemplo, no PAY-BACK. Os métodos são:
Estes métodos são equivalentes e indicam sempre a mesma alternativa de investimento, que é a
melhor do ponto de vista econômico. Embora indicarem o mesmo resultado, existe é claro
vantagens e desvantagens um em relação ao outro, e que serão comentadas ao longo do curso.
A TMA é a taxa a partir da qual o investidor considera que está obtendo ganhos financeiros.
Existem grandes controvérsias quanto a como calcular esta taxa. Alguns autores afirmam que a
taxa de juros a ser usada pela engenharia econômica é a taxa de juros equivalente à maior
rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Uma proposta de investimento, para
ser atrativa, deve render, no mínimo, esta taxa de juros.
Outro enfoque dado a TMA é a de que deve ser o custo de capital investido na proposta em
questão, ou ainda, o custo de capital da empresa mais o risco envolvido em cada alternativa de
investimento. Naturalmente, haverá disposição de investir se a expectativa de ganhos, já
deduzido o valor do investimento, for superior ao custo de capital. Por custo de capital,
entende-se a média ponderada dos custos das diversas fontes de recursos utilizadas no projeto
em questão.
O método do valor presente líquido, também conhecido pela terminologia método do valor
atual, caracteriza-se, essencialmente, pela transferência para o instante presente de todas as
variações de caixa esperadas, descontadas à taxa mínima de atratividade. Em outras palavras,
seria o transporte para a data zero de um diagrama de fluxos de caixa, de todos os
recebimentos e desembolsos esperados, descontados à taxa de juros considerada.
Se o valor presente for positivo, a proposta de investimento é atrativa, e quanto maior o valor
positivo, mais atrativa é a proposta.
O projeto em análise só será atrativo se apresentar um benefício líquido anual positivo, e entre
vários projetos, aquele de maior benefício positivo será o mais interessante.
Por definição, a taxa interna de retorno de um projeto é a taxa de juros para a qual o valor
presente das receitas torna-se igual aos desembolsos. Isto significa dizer que a TIR é aquela
que torna nulo o valor presente líquido do projeto. Pode ainda ser entendida como a taxa de
remuneração do capital. A figura III.5 explica o método.
A TIR deve ser comparada com a TMA para a conclusão a respeito da aceitação ou não do
projeto. Uma TIR maior que a TMA indica projeto atrativo. Se a TIR é menor que a TMA, o
projeto analisado passa a não ser mais interessante.
23
Figura III.5 – Taxa interna de retorno (TIR)
24
EXEMPLO III.2 – Caso de uma termoelétrica a gás.
Uma empresa do setor de energia estuda um investimento em uma termelétrica a gás de 350
MW e levantou os seguintes dados:
O horizonte de planejamento é de 20 anos, após os quais a termelétrica será vendida por $35
milhões.
25
EXEMPLO III.3 – Numa análise realizada em determinada empresa, foram detectados custos
operacionais excessivamente elevados numa linha de produção, em decorrência da utilização
de equipamentos velhos e obsoletos.
Sendo a TMA para a empresa igual a 8% ao ano, qual das alternativas deve ser preferida pela
gerência? Calcular VPL, VA e TIR e interpretar os resultados.
26
Da solução do exemplo III.3 cabe uma reflexão. Através da análise pura dos resultados qual a
melhor opção? Vamos colocar os resultados do VPL, VA e TIR, na tabela a seguir.
VPL VA TIR
REFORMA
COMPRA
As duas taxas de retorno do problema são superiores à taxa mínima de atratividade, portanto
são propostas atrativas. Como a TIR da reforma é maior que alternativa de compra, deveria
ser dada preferência à primeira, contrariando o resultado obtido pelos dois métodos anteriores.
Entretanto o procedimento correto da análise indica que se deve fazer um exame da taxa
interna de retorno calculada para o fluxo da diferença entre os investimentos das propostas.
27
III.4.6 - Método da Taxa Interna de Retorno (TIR) e os fluxos
de caixa que apresentam mais de uma inversão de sinal
Na maioria dos fluxos de caixa, há apenas uma mudança no sinal, isto é, o investimento inicial
(sinal negativo) geralmente resulta numa seqüência de rendas líquidas ou economias de custo
(sinais positivos). Essa situação normalmente leva a uma única solução.
Entretanto, se ocorrer mais que uma inversão no sinal surgirá outras taxas de retorno. Em
álgebra, a regra de sinais de Descartes afirma que poderá haver tantas raízes positivas, quantas
são as mudanças na direção do sinal do fluxo de caixa.
1.600
0 1 2
10.000
Uma resolução apropriada para este problema requer a consideração de uma taxa de juros
auxiliar. Por exemplo, para o fluxo anterior considera-se que os $1.600 do período 0 sejam
reinvestidos a uma taxa auxiliar de 20% por um período. A taxa auxiliar pode ser a TMA.
Desta forma o fluxo de caixa passará a ter apenas uma inversão de sinal, conforme se pode
observar a seguir.
28
diagrama de fluxo de caixa
10.000
0 1 2
-10.000+1.600x(1+0,2) = - 8.080
Existe casos em que se torna necessário decidir entre propostas de investimento cujos
horizontes de planejamento são diferentes. Por exemplo, considere a comparação entre duas
propostas com duração estimadas de 6 e 12 anos. Como será aplicado o capital disponível
depois do término do projeto mais curto, durante o período compreendido entre os términos
de ambos os projetos?
A solução válida para este problema requer que todas as conseqüências das alternativas sejam
levadas para um horizonte de planejamento comum. Supõe-se, por exemplo, que se admita a
alternativa mais curta poder ser substituída ao fim de seis anos por outra idêntica.
Desta maneira comparam-se alternativas de diferentes durações numa base temporal uniforme.
29
O método do valor anual uniforme implicitamente já considera a repetição do investimento,
tornando desnecessária a utilização do procedimento mencionado.
EXEMPLO III.5 - Uma certa operação pode ser executada satisfatoriamente tanto pela
máquina X como pela máquina Y. Os dados pertinentes às duas alternativas são os seguintes:
MÁQUINA X MÁQUINA Y
Custo inicial $ 6.000 $ 14.000
Valor residual 0 20% do custo inicial
Vida de serviço em anos 12 18
Despesas anuais $ 4.000 $ 2.400
Comparar as alternativas, pelo método do valor presente, supondo uma taxa mínima de
atratividade de 12% ao ano.
Pode-se lidar com alternativas que são mutuamente exclusivas no sentido que apenas uma, das
várias alternativas disponíveis, é necessária para preencher uma dada função, todas as outras se
tornam supérfluas. Outro tipo de exclusividade mútua refere-se ao caso em que uma ou mais
das alternativas podem ser aceitas, mas, devido às limitações de capital, nem todas as
alternativas podem ser aceitas. Chama-se ao primeiro caso de exclusividade mútua
"Financeira".
Geralmente a cada ano as empresas elaboram uma relação de futuros investimentos,
denominada "Orçamento de capital". Um fato que freqüentemente ocorre nestas ocasiões é a
30
limitação de recursos para financiar todas as solicitações provenientes das diversas gerências.
A existência de restrições financeiras coloca a alta administração diante da necessidade de
selecionar aquele conjunto de alternativas, o pacote orçamentário, economicamente mais
interessante, cuja demanda por recursos não supera o volume disponível.
EXEMPLO III.6 – Suponha que uma ou mais das propostas apresentadas na tabela a seguir
podem ser aceitas porque não são tecnicamente equivalentes, isto é, cada uma desempenha
função diferente.
31
III.5.3 - Alternativas com vidas perpétuas
O valor presente de uma série anual uniforme perpétua é conhecido como custo capitalizado.
Sabe-se que:
n
(1 i) -1
VP = PGTO n
(1 + i) . i
n
(1 i) - 1
VP = limn PGTO
(1 + i)n . i
1 1
VP = PGTO limn
i (1 + i)n .i
1
VP = PGTO .
i
32
III.6 - PROBLEMAS PROPOSTOS
1) Numa análise das oportunidades para redução de custos efetuada pelo departamento de
transporte de uma usina siderúrgica foi detectada a possibilidade de atingir-se tal objetivo,
substituindo-se o uso de caminhões alugados, para transporte de produtos em processamento
na área de laminação, por conjunto de tratores e carretas.
33
2) Determinada indústria pretende comprar uma máquina que custa $43.400 e estimou o
seguinte fluxo de caixa:
ANOS 0 1 2 3 ... 8 9 10
Valores -43.400 10.000 9.000 8.000 ... 3.000 2.000 11.000
34
3) Duas escavadeiras estão sendo consideradas para a compra por uma empresa construtora, a
GIANT e a TROJAN. Ambas tem capacidade requerida, mas a GIANT é considerada mais
maciça que a TROJAN e acredita-se que terá vida mais longa. As estimativas dos aspectos que
serão influenciados pela escolha são as seguintes:
TROJAN GIANT
Custo inicial da entrega $40.000 $60.000
Custo de manutenção no primeiro $8.000 $5.000
ano
Acréscimo anual no custo de $800 $400
manutenção durante a vida da
máquina
Vida econômica 4 anos 6 anos
Valor residual $4.000 $6.000
A máquina TROJAN requererá uma revisão custando $ 5.000 ao final do segundo ano. A
máquina GIANT requererá uma revisão custando $ 4.000 ao final do terceiro ano.
Compare os valores presentes usando uma TMA de 15% ao ano.
35
4) Resolver o problema anterior pelo critério do valor anual uniforme.
36
5) Planeja-se construir um edifício de 3 andares. É esperado que alguns anos mais tarde, mais 3
andares deverão ser construídos. Dois projetos foram feitos:
Os custos de manutenção serão $1.000 por ano mais barato no projeto B que no projeto A,
durante 60 anos. Outras despesas anuais, inclusive seguro, serão as mesmas para os dois
projetos. Com taxas de descontos de 3% ao ano, qual a data do aumento de mais 3 andares
que justifica a escolha do projeto B?
37
6) Uma empresa está considerando dois planos alternativos para a construção de um muro ao
redor de sua nova fábrica. Uma cerca como um "galinheiro" de aço galvanizado requer um
custo inicial de $ 35.000 e custos anuais estimados de manutenção de $300. A vida esperada é
de 25 anos. Uma parede de concreto requer um custo inicial de apenas $ 40.000, mas
necessitará reparos pequenos a cada 5 anos a um custo de $ 1.000 e reparos maiores a cada 10
anos a um custo de $ 5.000. Supondo-se uma taxa de juros de 10% ao ano, e uma vida
perpétua, determinar:
a) o valor presente dos dois planos;
b) o custo anual equivalente para os dois planos.
38
7) Os projetos X e Y são duas propostas mutuamente exclusivas. O projeto X requer um
investimento presente de $ 250.000. As receitas anuais estimadas para 25 anos são de $
88.000. As despesas anuais estimadas, sem o imposto de renda, são $ 32.000. O imposto de
renda anual estimado é de $ 24.000. O projeto Y requer um investimento presente de $
350.000. As receitas anuais estimadas para 25 anos são de $ 100.000. As despesas anuais
estimadas, sem o imposto de renda são $ 40.000. Imposto de renda anual estimado: $ 24.000.
Em cada projeto é estimado um valor residual de $ 50.000 ao final dos 25 anos. Assumindo
uma TMA depois do imposto de renda de 9% ao ano, faça os cálculos necessários para
determinar qual dos projetos é recomendado pelo critério da taxa interna de retorno.
39
8) Elabore o gráfico: valor presente X taxa de desconto, e comente a respeito.
40
9) Um fabricante de peças esta analisando uma modificação em seu processo de produção.
Duas alternativas estão em consideração, sendo que ambas exigem a realização de inversões,
resultando, em contrapartida, em redução dos atuais custos de produção. Cada uma das
alternativas apresenta as seguintes características:
Alternativa A Alternativa B
custo inicial $ 10.000 $ 15.000
redução anual de custos $ 2.400 $ 2.700
valor residual nulo nulo
vida econômica 8 anos 8 anos
A alternativa A exigirá, contudo, após 5 anos de utilização, uma inversão adicional de $ 5.000
destinada a promover uma modificação no projeto original.
Sendo o custo do capital para a empresa igual a 7% ao ano, verificar qual das alternativas é
mais atrativa. Utilizar o método da taxa interna de retorno e admitir que, para fazer face ao
desembolso no quinto ano de operação da alternativa A, será constituído um fundo de reserva
a partir da capitalização de depósitos anuais iguais durante os cinco anos, a uma taxa de 10%
ao ano.
41
10) Uma empresa esta considerando a compra de um pequeno computador para seu
departamento de pesquisas. Várias alternativas mutuamente exclusivas estão em estudo. As
estimativas relativas a cada uma são:
42
11) Usar o método da taxa de retorno para selecionar dentre as alternativas descritas no
problema 10.
43
12) Um superintendente está estudando as seguintes propostas de investimentos que foram
recebidas dos departamentos (E) produção, (F) controle da qualidade e (G) expedição:
a) Que propostas devem ser recomendadas se o capital para o investimento for ilimitado?
b) Que propostas devem ser recomendadas se apenas $ 14.000 estiverem disponíveis para
novos investimentos?
44
CAP. IV – IRPJ E CSLL E A DEPRECIAÇÃO
DO ATIVO IMOBILIZADO
A influência do imposto de renda1
Do ponto de vista de um indivíduo ou de uma empresa, o que realmente importa,
quando de uma Análise de investimentos, é o que se ganha após os impostos.
A carga tributária representa um ônus real, cujo efeito é o de reduzir o valor dos fluxos
monetários resultantes de um dado investimento. Isto ocasiona, muitas vezes, a transformação
de projetos rentáveis antes da consideração de sua incidência em antieconômicos quando o
imposto de renda for levado em conta. Portanto, torna-se importante a dedução do imposto de
renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL) nos fluxos de caixa de uma análise econômica de
projetos.
O imposto de renda incide sobre o lucro tributável da empresa que, por sua vez, é
influenciado por procedimentos da contabilidade da depreciação, que visam assegurar
condições para a reposição dos ativos fixos da empresa, quando isto se tornar necessário à
continuidade das operações. Por esta razão, a legislação tributária permite às empresas
deduzirem de seu lucro anual a correspondente carga de depreciação para fins de cálculo do
imposto de renda.
Conforme legislação em vigor, o imposto de renda, em geral, é apurado pela aplicação
de uma alíquota de 15% sobre o lucro tributável da empresa. Para lucros tributáveis superiores
a R$ 240.000,00 por ano (R$ 20.000,00 por mês) é aplicada uma taxa de 10 % sobre o lucro
que excede a este limite.
Também incidente sobre o lucro tributável, a contribuição social deve ser considerada
na análise de investimentos. Para empresas industriais a alíquota da contribuição social é de 9%
sobre o lucro tributável.
Nem sempre o lucro contábil é igual ao lucro tributável, ou seja, aquele sobre o qual
incide a alíquota do imposto de renda. Apurado o resultado contábil, a este deverão ser feitos
alguns ajustes, chamados de inclusões ou exclusões.
A base de cálculo pode ser o lucro real ou lucro presumido. O lucro real é apurado de
acordo registros contábeis e fiscais. Obrigatório para empresas com receita superior a R$ 48
milhões anuais. O lucro presumido é uma simplificação do lucro real. A base de cálculo é de
8% sobre a receita bruta. Exceções: 1,6% p/ comércio de derivados de petróleo; 16% p/
serviços de transporte; 32% p/ serviços em geral.
Os períodos de apuração são trimestrais, encerrados em 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12 de cada
ano.
Demonstrações contábeis
1
OLIVEIRA, J. A. N. Engenharia Econômica: uma abordagem às decisões de investimentos. Mc Graw-Hill
45
Embora a preocupação do curso seja a avaliação econômica através dos fluxos de
caixa, IRPJ e CSLL são saídas de caixa e seu cálculo depende de conceitos da contabilidade.
Uma rápida abordagem às demonstrações contábeis torna-se, então, importante.
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial
e financeira e do desempenho de uma empresa ou qualquer outra entidade. O objetivo das
demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e
financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número
de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas.
O ativo imobilizado
O Ativo Imobilizado é um subgrupo do Ativo Não Circulante que por sua vez é
localizado no Ativo de uma empresa. O Ativo Imobilizado é registrado na contabilidade de
uma companhia através de seu custo de aquisição. Este custo pode ser tanto aquele pago pelo
ativo, quanto o seu custo de fabricação ou construção.
No caso de compra de terceiros, o custo de aquisição é determinado pelo seu valor de
compra mais os gastos complementares necessários à sua posse, instalação e funcionamento.
Em resumo, o custo de aquisição normalmente é constituído de:
46
Valor de compra
Gastos com transporte do Bem
Prêmio de seguro pelo transporte
Gastos com a instalação
Gastos necessários à transferência do Bem.
O ativo intangível
A nova lei contábil (Lei nº 11.638 de 2007) introduziu o subgrupo Intangível no grupo
do Ativo Não Circulante, conforme a nova redação dada ao artigo 178 da Lei nº. 6.404/1976.
Nesse subgrupo devem ser classificados os valores que estavam em outras contas do
Ativo Permanente, em conformidade com a legislação anterior, bem como as novas transações
que representem bens incorpóreos, como marcas, patentes, direitos de concessão, direitos de
exploração, direitos de franquia, direitos autorais, gastos com desenvolvimento de novos
produtos, ágio pago por expectativa de resultado futuro (fundo de comércio, ou goodwill).
O registro contábil dos ativos intangíveis (incluindo o goodwill) deve ser feito pelo seu
custo de aquisição, se esse custo puder ser mensurado com segurança, e não por expectativa
de valor no mercado, sendo vedada completamente no Brasil sua reavaliação (Lei das S/A).
O ativo intangível gerado internamente (com exceção do goodwill) pode, em certas
circunstâncias, conforme restrições dadas pela NBC T 19.8, ser reconhecido pelo seu custo de
obtenção. Mas não podem nunca ser ativados os gastos com pesquisa. Os gastos com
desenvolvimento somente são capitalizáveis nas condições restritas dadas pela NBC T 19.8.
47
Os ativos intangíveis precisam ser amortizados conforme sua vida útil econômica. No
caso dos intangíveis sem vida útil econômica determinada, sua amortização será normal em
2008 (como no caso do goodwill). Todavia, de 2009 em diante essa amortização fica vedada.
Contabilidade da Depreciação
Como norma básica a lei das sociedades por ações dispõe:
No Balanço Patrimonial os elementos do Ativo Imobilizado serão registrados pelo
custo de aquisição, deduzido o saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou
exaustão. A diminuição de valor dos elementos do Ativo Imobilizado será registrada
periodicamente nas contas de depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos
que tenham por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência.
As depreciações vão sendo registradas a cada ano em contas específicas acumuladoras
de saldo e em contrapartida esses valores serão computados como custo ou despesa
operacional, em cada exercício social.
Quando o bem chega a 100% de depreciação e ainda existir fisicamente (caso normal
nas empresas) deixa de ser depreciado. O Ativo é baixado contabilmente quando for vendido,
doado ou quando cessar sua utilidade para a empresa.
Do ponto de vista econômico, e este é o conceito que deve ser adotado em estudos de
investimentos, a depreciação não é considerada como um custo, mas como uma fonte de
recursos para as operações da firma que poderá ser utilizada a critério da administração.
A depreciação é um custo ou despesa operacional sem desembolso.
48
Se o seu valor contábil for nulo, no caso de já estar totalmente depreciado, o valor da
venda será o lucro da transação.
Se o bem for baixado por motivo da cessação de utilidade (obsolescência, danos
irreparáveis, etc), e ainda tiver valor contábil, este será o valor da perda que irá para a
demonstração de resultados.
Uma firma A que compre um equipamento usado de uma firma B iniciará o processo de
depreciação sobre este equipamento (baseando-se no valor da transação), mesmo que este
equipamento já tenha sido totalmente depreciado na contabilidade da firma B. Vemos, pois,
como podem surgir vantagens para firmas de um mesmo grupo, mas que sejam pessoas
jurídicas independentes, ao transacionarem equipamentos usados entre si.
NO BALANÇO PATRIMONIAL:
Não Circulante
Imobilizado
Edificações 2.000
Máquinas e Equipamentos 1.000
Móveis e Utensílios 500
Veículos 600
4.100
Depreciação Acumulada (400)
3.700
NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
A depreciação deve ser apropriada ao custo de produção (é um custo indireto de
produção) ou então como despesa de depreciação no grupo de “despesas operacionais”.
A perda ou ganho na venda do Ativo Imobilizado (venda de imóveis, equipamentos,
veículos, etc.) devem ser apresentados na Demonstração de Resultados do Exercício como
Outras Receitas Operacionais (no caso de ganho) ou Outras Despesas Operacionais (no caso
de perda). A perda ou ganho são calculados pela diferença do valor de venda menos o valor
contábil do imobilizado na data da venda.
* MP: Matérias-primas consumidas; MOD: Mão de obra direta; CIP: Custos Indiretos de
Produção como, por exemplo, aluguéis, energia elétrica entre outros.
** EBIT: Earnings Before Interests and Taxes (Lucro Antes dos Juros e Impostos)
*** EBT: Earnings Before Taxes (Lucro Antes dos Impostos)
**** IRPJ e CSLL: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido
Métodos de Depreciação
Há vários métodos de depreciação, entre os quais, cumpre mencionar:
Método Linear
Soma dos Dígitos
Método Exponencial
Máquinas / hora
d =Co / n
Onde C0 representa o Custo de Aquisição do Ativo e “n” seu prazo de vida útil
contábil.
A taxa anual de depreciação é calculada pela seguinte fórmula:
T = 100 / n
50
Ministério da Fazenda
Secretaria da Receita Federal
OBRAS DE PLÁSTICOS 20 %
Correias de transmissão e correias transportadoras 50 %
OBRAS DE BORRACHA (Correias Transportadoras Ou De Transmissão, De Borracha Vulcanizada) 50 %
OBRAS DE COURO 50%
OBRAS DE MADEIRA (caixotes, caixas, engradados, barricas e embalagens semelhantes, de madeira; 20 %
carretéis para cabos, de madeira; paletes simples, paletes-caixas e outros estrados para carga, de madeira;
taipais de paletes, de madeira; barris, cubas, balsas, dornas, selhas e outras obras de tanoeiro)
51
aparelhos mecânicos de acionamento manual, pesando até 10kg, utilizados para preparar, acondicionar ou servir 10 %
alimentos ou bebidas
OBRAS DIVERSAS DE METAIS COMUNS (cofres-fortes, portas blindadas e compartimentos para 10%
casas-fortes, cofres e caixas de segurança e artefatos semelhantes, de metais comuns) (fichários)
REATORES NUCLEARES, CALDEIRAS, MÁQUINAS, APARELHOS E 10 %
INSTRUMENTOS MECÂNICOS (turbimas, motores, bombas, ar-condicionado, queimadores, fornos,
etc.)
"bulldozers", "angledozers", niveladores, raspo-transportadores ("scrapers"), pás mecânicas, escavadores, 25 %
carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsores
Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades; leitores magnéticos ou ópticos, 20 %
máquinas para registrar dados em suporte sob forma codificada, e máquinas para processamento desses
dados, não especificadas nem compreendidas em outras posições
máquinas e aparelhos para selecionar, peneirar, separar, lavar, esmagar, moer, misturar ou amassar terras, 20 %
pedras, minérios ou outras substâncias minerais sólidas (incluídos os pós e pastas); máquinas para aglomerar
ou moldar combustíveis minerais sólidos, pastas cerâmicas, cimento, gesso ou outras matérias minerais em pó
ou em pasta; máquinas para fazer moldes de areia para fundição
-Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção civil ou trabalhos semelhantes 25 %
caixas de fundição; placas de fundo para moldes; modelos para moldes; moldes para metais (exceto lingoteiras), 33,3 %
carbonetos metálicos, vidro, matérias minerais, borracha ou plásticos
ferramentas eletromecânicas de motor elétrico incorporado, de uso manual 20 %
aparelhos ou máquinas de tosquiar de motor elétrico incorporado 20 %
aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia, por fio, incluídos os aparelhos telefônicos por fio conjugado com 20 %
um aparelho telefônico portátil sem fio e os aparelhos de telecomunicação por corrente portadora ou de
telecomunicação digital; videofones
gravadores de dados de vôo 20 %
Gravador-reprodutor de fita magnética, sem sintonizador 20 %
Gravador-reprodutor e editor de imagem e som, em discos, por meio magnético, óptico ou opto-magnético 20 %
-Discos para sistemas de leitura por raio "laser": 33,3 %
-Fitas magnéticas para reprodução de fenômenos diferentes do som e da imagem 33,3 %
-Cartões magnéticos 33,3 %
Aparelhos transmissores (emissores) para radiotelefonia, radiotelegrafia, radiodifusão ou televisão, mesmo 20 %
incorporando um aparelho de recepção ou um aparelho de gravação ou de reprodução de som; câmeras de
televisão; câmeras de vídeo de imagens fixas e outras câmeras ("camcorders")
Aparelhos de radiodetecção e de radiossondagem (radar), aparelhos de radionavegação e aparelhos de 20 %
radiotelecomando
aparelhos receptores para radiotelefonia, radiotelegrafia ou radiodifusão, exceto de uso doméstico 20 %
VEÍCULOS E MATERIAL PARA VIAS FÉRREAS OU SEMELHANTES, 10 %
APARELHOS MECÂNICOS (INCLUÍDOS OS ELETROMECÂNICOS) DE
SINALIZAÇÃO PARA VIAS DE COMUNICAÇÃO
VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, TRATORES, CICLOS E OUTROS VEÍCULOS 20 %
TERRESTRES
Tratores 25 %
veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista 25 %
veículos automóveis para transporte de mercadorias 25 %
veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de 25 %
combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas,
veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias
veículos automóveis sem dispositivo de elevação, dos tipos utilizados em fábricas, armazéns, portos ou 10 %
aeroportos, para transporte de mercadorias a curtas distâncias; carros-tratores dos tipos utilizados nas estações
ferroviárias
52
motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; 25 %
carros laterais
reboques e semi-reboques, para quaisquer veículos; outros veículos não autopropulsores 20 %
AERONAVES E APARELHOS ESPACIAIS 10 %
EMBARCAÇÕES E ESTRUTURAS FLUTUANTES 5%
-Barcos e balsas infláveis 20 %
INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA OU 10 %
CINEMATOGRAFIA, MEDIDA, CONTROLE OU DE PRECISÃO; INSTRUMENTOS
E APARELHOS MÉDICO-CIRÚRGICOS
ARTIGOS PARA DIVERTIMENTO OU PARA ESPORTE 10 %
Estas taxas são as cargas máximas de depreciação anual, permitidas pelo governo.
Obedecidos estes limites, a legislação brasileira permite que qualquer método de depreciação
seja utilizado. Entretanto, a necessidade de se observar limites permitidos pelo governo conduz
a uma depreciação mais demorada se forem utilizados outros métodos que não o da
depreciação linear.
Um outro aspecto a ser considerado é a escolha da data a partir da qual o bem passa a
ser depreciado: normalmente deve ser depreciado a partir da data de entrada em
funcionamento. Se for adquirido para uso posterior, a depreciação não deverá ser computada
durante o período de inatividade, salvo se houver possibilidade de erosão, obsolescência ou
existência de outro fator que determine o imediato início de depreciação.
Para bens usados a taxa de depreciação será fixada tendo em vista o maior dos
seguintes prazos:
•1. Metade da vida útil admissível para o bem novo ou
•2. Restante da vida útil, considerada em relação à primeira instalação.
53
Depreciação acelerada
Desde que comprovada a atividade operacional dos equipamentos fixos em mais de um
turno de trabalho (8 hs/dia), poderá ser aplicado um coeficiente de aceleração sobre a taxa de
depreciação normal, visando reduzir a vida contábil do ativo. As normas fiscais que regulam a
depreciação acelerada estão contidas no artigo 312, decreto no 3.000 de 26/03/1999.
EXEMPLO
Determinada empresa estuda a possibilidade de aquisição de um trator de 65 hp, no
valor de $ 400.000,00. Se esta empresa utiliza o método de depreciação linear, pergunta-se:
a. Qual a quota de depreciação linear
b. Qual o valor contábil do trator no sexto ano de utilização
c. Qual o lucro ou prejuízo contábil se o trator for vendido por $ 70.000,00 no terceiro ano
de utilização
d. Quais seriam os registros contábeis no segundo ano de utilização
e. Caso o trator fosse utilizado em 2 turnos, qual o seu valor contábil no segundo ano?
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
Genericamente:
SD = N ( N + 1) / 2
54
Onde N é o número de anos de vida contábil. A quota de depreciação no ano n é:
EXEMPLO
Para o exemplo anterior, considerando uma vida contábil de 5 anos, determinar:
a. Qual a quota de depreciação no primeiro ano
b. Qual a quota de depreciação no quarto ano
c. Qual o valor contábil ao final do segundo ano
Exercícios:
1. Preencher os quadros de “quota de depreciação por ano” e “valor contábil no final do ano”
admitindo as seguintes suposições:
Custo de aquisição do ativo depreciável: $ 80.000,00
Vida útil contábil: cinco anos
Compare os resultados e avalie qual é o melhor considerando a legislação fiscal.
SOLUÇÃO
Quota anual de depreciação
ANO LINEAR SOMA DOS DÍGITOS
1
2
3
4
5
2. Suponha um edifício com custo inicial de R$ 3.000.000,00, sendo que o valor do terreno
incluído é de R$ 200.000,00.
Determinar pelo método linear:
55
a) A quota de depreciação anual;
b) a vida contábil;
c) a depreciação acumulada no décimo ano;
d) o valor contábil do edifício após 10 anos e
e) o lucro ou prejuízo se o edifício for vendido por R$ 1.500.000,00 ao final do décimo
ano.
f) o lucro ou prejuízo se o edifício for vendido por R$ 900.000,00 ao final do trigésimo
ano.
A depreciação é uma despesa, mas não é saída de caixa. Dessa forma, como a
depreciação foi abatida, resultando em um lucro menor para efeito de tributação, deveremos
somar a depreciação novamente para obter o fluxo de caixa. Assim, o fluxo de caixa livre é
obtido da seguinte forma:
56
Fluxos de Caixa e a Influência do imposto de renda
A partir de agora passaremos a avaliar fluxos de caixa de projetos após o IRPJ/CSLL,
mas considerando o efeito fiscal benéfico da depreciação.
EXEMPLO 1
Um investimento de $ 30.000,00 em um equipamento proporcionará redução nos
desembolsos anuais de $ 10.000,00. A vida econômica do equipamento é de 5 anos, após a
qual o equipamento será vendido por $ 7.000,00. Considerando que a taxa máxima de
depreciação para este tipo de equipamento é de 15 % e que a empresa utiliza o método linear,
calcular a taxa interna de retorno do investimento antes e após o imposto de renda. A alíquota
de imposto de renda é de 35%. A taxa mínima de atratividade da empresa, após os impostos é
de 18 % ao ano. Pergunta-se:
a) Qual a TIR do investimento antes dos impostos.
b) O investimento é viável após os impostos?
c) Qual a TIR do investimento após os impostos se o equipamento operar em condições que
lhe permita taxa máxima de depreciação de 50%. Avalie a variação da rentabilidade devido
à alteração da taxa máxima de depreciação.
SOLUÇÃO
a) TIR antes do Imposto de Renda:
TIR=
Fluxos do Projeto
Ano 0 1 2 3 4 5
Redução nos custos
- Depreciação
Lucro Antes IRPJ/CSLL Adicional
- IRPJ / CSLL
Lucro Líquido Adicional
+ Depreciação
- Investimentos
+ Valor Residual depois dos
tributos
Fluxo de Caixa após IRPJ/CSLL
TMA: 18%
Valor do negócio=
VPL=
TIR=
Dica - para calcular o valor residual depois dos tributos deve-se:
1. Calcular a depreciação acumulada até a data prevista para venda do ativo;
2. Calcular o Valor Contábil, deduzindo a depreciação acumulada do Valor de aquisição;
3. Calcular o resultado da venda do ativo, conhecido como ganho de capital;
4. Calcular os tributos sobre o ganho de capital (IRPJ e CSLL);
5. Calcular o valor residual depois dos tributos.
Ganho de Capital
Depreciação Valor contábil no Resultado da venda do Tributos sobre venda
acumulada último ano ativo ativo
Fluxos do Projeto
Ano 0 1 2 3 4 5
Redução nos custos
- Depreciação
Lucro Antes IRPJ/CSLL Adicional
- IRPJ / CSLL
Lucro Líquido Adicional
+ Depreciação
- Investimentos
+ Valor Residual depois dos
tributos
Fluxo de Caixa após IRPJ/CSLL
TMA: 18%
Valor do negócio=
VPL=
TIR=
Aplicação
Resolver caso 2 no final da apostila (usar planilha própria do caso)
58
tributável da empresa como um todo, reduzindo o imposto de renda a pagar. Esta redução do
imposto de renda deve ser encarada como uma vantagem fiscal, e deve ser somada ao fluxo
após o imposto de renda.
Mesmo quando se analisa projetos independentes de empresas, o fato de aparecer lucro
tributável negativo não significa que o governo pagará imposto de renda para a empresa pelo
fato desta estar dando prejuízo, mas sim que o prejuízo acumulado será compensado de lucros
futuros posteriormente, por meio de mecanismos fiscais, proporcionando economias futuras de
imposto de renda.
EXEMPLO
Pretende-se adquirir, em uma indústria, um guindaste de 8 toneladas. O custo de
aquisição é de $500.000,00, e permitirá reduzir despesas de $ 100.000,00. Espera-se que a
vida econômica do equipamento atinja 10 anos, após a qual não terá valor de mercado.
Considerando uma TMA de 16% ao ano e a taxa de imposto de renda de 35%, analise
a viabilidade da aquisição.
SOLUÇÃO
EXEMPLO
Dois sistemas de ar condicionado estão sendo estudados para instalação nos escritórios
de certa empresa. São os seguintes os parâmetros estimados para cada uma das alternativas:
Discriminação Sistema A Sistema B
Investimento inicial $ 15.000 $ 12.000
Custos anuais de operação e $ 2.000 $ 3.000
manutenção
Valor residual nulo Nulo
Vida econômica 5 anos 5anos
59
A administração da empresa definiu que, caso os custos anuais não superem $ 5.000, o
sistema mais econômico deverá ser instalado. Caso contrário, este investimento deverá ser
adiado para uma época mais oportuna.
Sendo a taxa mínima de atratividade da empresa, após os impostos, de 7 % ao ano,
qual decisão deve ser tomada?
Considerar que a taxa de depreciação dos sistemas de ar condicionado seja de 20% e a
empresa se encontre na faixa de 35% para efeitos de imposto de renda.
SOLUÇÃO
Resolver pelo Excel ® (planilha 3)
Sistema A:
Ano 0 1 2 3 4 5
Custos adicionais
- Depreciação
Lucro Antes IRPJ/CSL
Adicional
- IRPJ / CSL
Lucro Líquido Adicional
+ Depreciação
- Investimento
+ Valor Residual
Fluxo de Caixa após IRPJ/CSLL
TMA: 7%
VPL=
Valor Anual=
Sistema B:
Ano 0 1 2 3 4 5
Custos adicionais
- Depreciação
Lucro Antes IRPJ/CSL
Adicional
- IRPJ / CSL
Lucro Líquido Adicional
+ Depreciação
- Investimento
+ Valor Residual
Fluxo de Caixa após IRPJ/CSLL
TMA: 7%
VPL=
Valor Anual=
60
Considerações adicionais
Uma fórmula geral para o cálculo do valor presente líquido, considerando o efeito do
imposto de renda e a depreciação, pode ser extraída da seguinte demonstração:
Sendo:
DEPj – Despesa da depreciação no período j
Cj – Fluxo de caixa, no período j, antes do IR
C’j – Fluxo de caixa, no período j, após o IR
- Alíquota do imposto de renda
A fórmula geral do valor presente, após o imposto de renda será dada por:
n j
n
VPL - C 0 C j 1 i 1 DEPj 1 i
j
j1 j 1
61
Problemas
PROBLEMA 1
Visando avaliar a melhor alternativa entre adquirir ou fazer o leasing de equipamentos,
a UDT (divisão de transportes da USIMINAS) solicitou um estudo à UDE (divisão de
engenharia industrial) no sentido de tomar a decisão mais viável para a empresa.
Entre estes equipamentos está o guindaste telescópico de 13 ton. Para o qual foram
coletados os seguintes dados:
Custo de aquisição: $ 850.000,00
Valor de mercado após 5 anos $ 170.000,00
Horizonte de planejamento 5 anos
Custos mensais de operação e manutenção: $ 9.092
Taxa mínima de atratividade da USIMINAS: 18% ao ano
Valor do aluguel: $ 218,00 por hora
PROBLEMA 2
Estuda-se a possibilidade de adquirir uma frota de 20 veículos para evitar o alto preço
cobrado pelo arrendamento mercantil. Cada veículo custa $13.000,00, e pode ser vendido ao
final de três anos por $8.000,00. As despesas de manutenção, inexistentes no caso do
arrendamento, são estimadas em $1.500,00 por ano para cada veículo comprado. As despesas
de operação são as mesmas em ambos os casos enquanto que as despesas com seguro são de
$1.200,00 por ano, com desembolso durante o ano.
O arrendamento, que inclui as despesas de manutenção e seguro, custa para a empresa
a quantia de $160.000,00 anuais pelos 20 carros, mas proporciona a possibilidade de ser
totalmente abatido para efeito de imposto de renda. A taxa de imposto de renda (mais
contribuição social) para a empresa é de 34 %. Considere uma TMA de 15% a.a..
É interessante a compra dos veículos? Faça os cálculos pelo método do valor anual.
Qual o valor de aluguel que igualaria as alternativas? O que você decidiria?
PROBLEMA 3
Certa firma industrial está considerando a possibilidade de instalar uma linha de
transportadores controlada eletronicamente. O investimento inicial será de $ 180.000,00, mas
causará redução de despesas de operação anual de $ 50.000,00
O investimento será inteiramente depreciado em 15 anos pelo método linear.
Entretanto, ao final de 12 anos, o equipamento será inútil para a empresa e, nesta época, será
retirado de operação sem nenhum valor de venda. Determinar a taxa de retorno de
empreendimento, considerando que a alíquota do IR é de 30% ao ano.
PROBLEMA 4
Para uma determinada tarefa, posso comprara duas máquinas diferentes. Uma PIF ou
uma PAF, com o mesmo desempenho técnico.
Máquina PIF:
PROBLEMA 5
O projeto de viabilidade econômica da unidade industrial de fertilizantes do complexo
carboquímico catarinense apresenta a seguinte projeção da demonstração de resultados,
durante os próximos 15 anos:
Receita Líquida 850.000
Custo dos Produtos Vendidos (630.000)
Lucro Bruto 220.000
Despesas com vendas (1.500)
Despesas administrativas (6.000)
Depreciação (18.000)
Lucro operacional 194.000
Despesas não operacionais (6.000)
Lucro Líquido antes do IR 188.000
Imposto de Renda (65.000)
Lucro Líquido após o IR 122.000
63
CAPÍTULO V - FINANCIAMENTOS
Juros
Prestação
Amortização
pk = ak + jk
Onde:
pk - prestação no periodo k
ak - amortização no período k
jk - juros no periodo k
Além disso, os juros no período k são calculados sobre o saldo devedor anterior:
jk = i*(Saldo devedor)k-1
Nota-se, portanto, que quanto menor o saldo devedor menores serão os juros e, como
as prestações são constantes no sistema Price, a amortização crescerá com o tempo.
A prestação p é calculada da seguinte forma:
pk = p = P* (A/P; i; n )
Período (k) Saldo devedor (SDk) Prestação (pk) Amortização (ak) Juros (jk)
0 Po = P
1 P1 = Po - a1 p = P(A/P,i,n) a1 = p - j1 j1 = i Po
2 P2 = P1 - a2 p a2 = p - j2 j2 = i P1
...
k Pk = Pk-1 - ak = 0 p ak = p - jk jk = i Pk-1
EXEMPLO V.1
Montar o quadro de amortização para um financiamento de R$100.000,00, a juros de
15 % ao ano (TJLP: 15% e Spread:5%), com prazo de 5 anos, amortizável pelo sistema Price
em 5 prestações anuais. Calcular também o saldo devedor, imediatamente após a segunda
prestação, sem o uso da tabela.
Solução:
Período (k) Saldo devedor (SDk) Prestação (pk) Amortização (ak) Juros (jk)
0
1
2
3
4
5
65
B) SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)
Sdk = P - k a
Juros
Prestação
Amortização
n
As fórmulas do SAC são apresentadas no quadro abaixo:
Período (k) Saldo devedor (SDk) Prestação (pk) Amortização (ak) Juros (jk)
0 P
1 P - P/n P/n + i P P/n iP
2 P - 2P/n P/n + i P - iP/n P/n iP - iP/n
... ... ... ... ...
k P - kP/n P/n+iP-(k-1)iP/n P/n iP - (k - 1)iP/n
EXEMPLO V.2
Elaborar a tabela financeira pelo sitema SAC para o financiamento do exemplo anterior.
Calcular também, o saldo devedor após a segunda prestação.
Solução:
Período (k) Saldo devedor (SDk) Prestação (pk) Amortização (ak) Juros (jk)
0
1
2
3
4
5
66
E o saldo devedor após o segundo pagamento, sem utilização da tabela, pode ser
calculado assim:
O PERIODO DE CARÊNCIA
A concessão de um período de carência é muito utilizada pelas instituições financeiras.
Durante o período de carência paga-se somente juros e o principal permanece inalterado, ou
ainda, não se paga juros e estes são capitalizados acrescendo o principal.
Se, no exemplo anterior, fosse concedido dois anos de carência, com amortização
apenas nos 3 últimos anos, a tabela financeira do financiamento ficaria assim:
Período (k) Saldo devedor (SDk) Prestação (pk) Amortização (ak) Juros (jk)
0
1
2
3
4
5
67
a) Sistema Price
Período (k)
0
1
2
3
4
5
b) Sistema SAC:
Período (k)
0
1
2
3
4
5
Problemas
Resolver casos no final da apostila considerando financiamentos
68
CAPÍTULO VI - ANÁLISE DE
SENSIBILIDADE
Até o momento, as análises de investimento efetuadas partiram do princípio que todas
as previsões se efetivariam. Na realidade, os fluxos de caixa foram elaborados a partir da
projeção de valores mais prováveis.
Sabe-se, entretanto, que por melhor que tenha sido elaborada a previsão, o fluxo de
caixa não será exatamente aquele imaginado inicialmente. A incerteza sempre estará presente.
EXEMPLO VI.1
Suponha o lançamento de um calçado de inverno.
Os meses considerados são: maio, junho e julho.
Os seguintes dados foram levantados pela empresa:
70
EXEMPLO VI.2
Uma empresa está considerando a possibilidade de lançar um novo produto no
mercado. A instalação da nova linha requererá um gasto de R$55.000,00 para investimentos
fixos e R$ 5.000,00 para capital de giro.
Estima-se uma vida econômica, para o projeto, de 10 anos. a empresa espera vender
uma produção anual de 5.000 toneladas a um preço unitário de R$10,00. Os custos
operacionais anuais foram estimados em R$35.000,00. Se a firma pretende um retorno após os
impostos de, no mínimo, 10% ao ano, pede-se:
1. Verificar a atratividade do projeto.
2. Analisar a sensibilidade do projeto para uma variação negativa de 15% no preço de
venda.
3. Calcular o preço de venda mínimo para obtenção da rentabilidade requerida.
4. Verificar a sensibilidade do projeto para um acréscimo de 20% no valor do
investimento fixo.
EXEMPLO VI.3
Uma usina siderúrgica está considerando duas alternativas para obtenção de 3800
m3/ano de oxigênio necessário ao refino do aço, até o início de operação da nova fábrica daqui
a três anos.
A primeira é comprar oxigênio ao preço de $ 0,90/m3.
A segunda alternativa consiste numa reforma da fábrica existente, orçada em $ 500,00,
para produzir oxigênio a um custo de $ 0,71/m3.
Em caso de se optar pela compra de oxigênio, a fábrica existente será vendida hoje por
$ 1500,00. Caso se decida pela reforma, o valor de revenda da fábrica será de $ 500,00 ao final
dos três anos.
Admitindo-se uma TMA para a empresa de 10% a.a., pede-se:
1. Verificar a alternativa mais econômica;
2. Testar a sensibilidade da decisão para uma variação de 20% a mais no orçamento da
reforma.
3. Qual o preço de equilíbrio do m3 de oxigênio, para o caso do ítem 1.
71
CAPÍTULO VII - ANÁLISE DA VIABILIDADE
ECONÔMICA
DE UM PROJETO INDUSTRIAL
Gasto: conceito amplo que significa sacrifício financeiro de uma maneira geral. O sacrifício é
representado por entrega ou promessa de entrega de dinheiro ou outros ativos. Engloba,
portanto, investimento, custo, despesa e perda.
Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros
períodos. Cita-se como exemplo: Estoques, Aplicações, máquinas e equipamentos,
construções civis, marcas e patentes, ações de outras empresas.
Custo: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Ex:
consumo de matérias primas na produção, salário dos empregados da área de produção,
energia elétrica usada na produção, depreciação de máquinas da produção.
Despesa: Gasto relativo a bem ou serviço consumidos para obtenção de receitas. Ex: salários
da administração geral, depreciação de ativos fora da produção, comissão de vendedores. O
custo de produção torna-se despesa quando o produto é vendido, mas costuma-se chamá-lo de
custo do produto vendido.
Perda: gasto com bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Não é um
sacrifício feito com a intenção de obtenção de receitas. Ex: valor dos danos provocados por
incêndios ou enchentes, obsoletismo de estoques, gasto com mão de obra durante uma greve,
refugos anormais, unidades defeituosas.
72
Desembolso: Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ser defasado ou
não do gasto.
VII.1. INVESTIMENTO
a) Fixo
b) Giro
73
VII.3. DESPESAS GERAIS
As Despesas Gerais são aquelas que, mesmo importantes para a operação, não fazem
parte da fabricação de um produto. Podem, também, ser classificadas em fixas e variáveis.
Considera-se, nesta metodologia, como principais Despesas Gerais Variáveis as
seguintes:
- Despesas Variáveis com Vendas (Comissão de vendedores)
- Despesas Financeiras com Desconto de Duplicatas
VII.5. RECEITAS
74
VII.6. RENTABILIDADE DO EMPREENDIMENTO E DO
ACIONISTA
VII.7. APLICAÇÃO
Solução:
TMA=
TMA=
76
Quadro do Fluxo Financeiro do Empreendimento (Fluxo de Caixa Livre)
Em $ 1.000
Descrição 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Receita Bruta 2.800 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000
(-) Impostos Prop. 476 680 680 680 680 680 680 680 680 680
Receita Líquida 2.324 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320
Custo Var. Prod. 1.120 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600
Custo Fixo Prod. 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300
Lucro Bruto 904 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420
Desp. Ger. Var. 420 600 600 600 600 600 600 600 600 600
Desp. Ger. Fixas 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Depreciação 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Lucro Antes Juros e Imp. (EBIT) 84 420 420 420 420 420 420 420 420 420
Despesas Financeiras (juros)
Lucro Antes tributos 84 420 420 420 420 420 420 420 420 620
IRPJ/Contrib. Social 29,4 147 147 147 147 147 147 147 147 147
Lucro Líquido 55 273 273 273 273 273 273 273 273 273
(+) Depreciação 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
(-) Amortização
(-) Investimento Capital (CAPEX) 2.000
(-) Capital de Giro adicional 200
(+)Liberação Financiamento
(+) Valor Residual 330
Fluxo de Caixa Empreendimento -2.200 255 473 473 473 473 473 473 473 473 803
Quadro do Fluxo Financeiro do Acionista
Descrição 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Receita Bruta 2.800 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000
(-) Impostos Prop. 476 680 680 680 680 680 680 680 680 680
Receita Líquida 2.324 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320 3.320
Custo Var. Prod. 1.120 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600 1.600
Custo Fixo Prod. 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300
Lucro Bruto 904 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420 1.420
Desp. Ger. Var. 420 600 600 600 600 600 600 600 600 600
Desp. Ger. Fixas 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Depreciação 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Lucro Antes Juros e Imp. (EBIT) 84 420 420 420 420 420 420 420 420 420
Despesas Financeiras (juros) 110 110 88 66 44 22 0
Lucro Antes IR -26 310 332 354 376 398 420 420 420 420
IRPJ/Contrib. Social -9,1 108,5 116,2 123,9 131,6 139,3 147 147 147 147
Lucro Líq. Após IR -17 202 216 230 244 259 273 273 273 273
(+) Depreciação 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200
(-) Amortização 0 0 220 220 220 220 220
(-) Investimento Capital (CAPEX) 2.000
(-) Capital de Giro adicional 200
(+)Liberação Financiamento 1.100
(+) Valor Residual 330
Fluxo de Caixa do Acionista -1.100 183 402 196 210 224 239 253 473 473 803
78
VII.9. EXERCÍCIO PROPOSTO
2) Da engenharia:
- Valor do terreno : doado
- Área de construção : 450 m2
- Custo do m2 da construção industrial: $ 800
- Valor dos equipamentos e utensílios: $ 340.000
3) Tamanho:
- Produção anual: A: 10 mil unidades
B: 10 mil unidades
4) Custos:
- Matérias primas e mat. secundários: $ 72 mil/ano
- Energia Elétrica: $ 24 mil/ano
- Combustíveis: $ 12 mil/ano
- Fretes: $ 3600/ano
- Água industrial: $ 12 mil/ano
- Embalagem: $ 18 mil/ano
- Mão-de-Obra (considerar totalmente fixa): $ 18 mil/ano
- Encargos sobre Mão-de-Obra: 80 %
- Taxa de Seguro: 0,6 % por ano sobre
equipamentos e construção civil
- Taxa de manutenção: 0,5 % a.a. para construção civil
2,0 % a.a. para equipamentos
- Taxa de IPI : 10 % para o prod. A
Produto B isento
- PIS/FINSOCIAL: 2 % da receita de vendas (sem considerar o
IPI)
- ICMS : 18 % sobre a diferença entre receita (sem IPI)
e matérias primas
- Despesas com comissão de vendedores 2% da Receita (Sem IPI)
- Despesas administrativas: $ 24 mil/ano
- Considerar 2 % de eventuais para cada subgrupo
5) Financiamento:
- Parcela do investimento fixo financiado: 60 %
- Taxa de juros: 8 % a.a.
- Sistema de amortização: Em 10 anos pelo SAC (incluindo 2 anos
de carência)
6) Outros dados:
- Valor residual do investimento fixo: 10 % do investimento
- Vida útil do projeto: 10 anos
- Depreciação: 4% para construções civis
10 % para equipamentos
- Primeiro ano de atividade: 70 % da capacidade
- Segundo ano : 90 % da capacidade
- Terceiro ano em diante: Capacidade normal
NECESSIDADES:
a) Disponibilidades: 12.500,00
b) Estoques: 10 dias do Gasto Global
c) Financiamento das vendas: 30 dias (prazo médio de recebimento)
calculados sobre o custo global. (Supondo que toda venda seja financiada)
COBERTURA
a) Crédito de fornecedores :
Matérias-primas e materiais secundários: 30 dias do custo de
matérias-primas;
b) Capital de Giro Próprio
80
DETERMINE A VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DO
PROJETO !!!
Resultados do Empreendimento
TMA= 12%
Valor Econ. Negócio=
VPL=
TIR=
Resultados do Acionista
TMA= 12%
Valor Econ. Negócio=
VPL=
TIR=
81
Quadro do Fluxo Financeiro do Empreendimento
Em $ 1.000
Descrição 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Receita Bruta
(-) Impostos Prop.
Receita Líquida
Custo Var. Prod.
Custo Fixo Prod.
Lucro Bruto
Desp. Ger. Var.
Desp. Ger. Fixas
Depreciação
Lucro Antes Juros e Tributos
Despesas Finan.
Lucro Antes Tributos
IRPJ/Contrib. Social
Lucro Líquido
(+) Depreciação
(-) Amortização
(-) Investimentos Capital
(-) Capital de Giro Adicional
(+)Liberação Financiamento
(+) Valor Residual
Fluxo de Caixa Empreend.
Quadro do Fluxo Financeiro do Acionista
Em $ 1.000
Descrição 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Receita Bruta
(-) Impostos Prop.
Receita Líquida
Custo Var. Prod.
Custo Fixo Prod.
Lucro Bruto
Desp. Ger. Var.
Desp. Ger. Fixas
Depreciação
Lucro Antes Juros e Tributos
Despesas Finan.
Lucro Antes Tributos
IRPJ/Contrib. Social
Lucro Líquido
(+) Depreciação
(-) Amortização
(-) Investimentos Capital
(-) Capital de Giro Adicional
(+)Liberação Financiamento
(+) Valor Residual
Fluxo de Caixa Acionista
83
ROTEIRO DE CÁLCULO DE UM PROJETO
1. Programa de vendas
85
3. Capital de giro (a plena produção)
4. Usos e Fontes
DESCRIÇÃO VALOR
1. Terrenos 0
2. Construções
3. Equipamentos
4. Capital de Giro Próprio
TOTAL DOS USOS 0
DESCRIÇÃO VALOR
1. Recursos Próprios
2. Financiamentos
TOTAL DAS FONTES 0
86
5. Depreciação
6. Quadro de Financiamento
ANO SALDO DEVEDOR PRESTAÇÃO AMORTIZAÇÃO JUROS
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
87
TABELAS FINANCEIRAS
Nome Fórmula
Fator de Valor Futuro de um Pgto (1+i)n
Simples
Fator de Valor Presente de um Pgto ( 1 + i ) -n
Simples
Fator de Valor Futuro de uma Série ( 1 + i )n – 1
Uniforme i
Fator de Valor Anual de um Valor _____i_____
Futuro ou Fator de Formação de Capital ( 1 + i )n - 1
Fator de Valor Presente de uma Série ( 1 + i )n – 1
Anual ( 1 + i )n . i
Fator de Valor Anual de um Valor ( 1 + i )n . 1
Presente ou Fator de Recuperação de ( 1 + i )n – i
Capital
Fator de Valor Presente de uma Série ( 1 + i )n – 1 – ni
Gradiente i2 ( 1 + i )n
Fator de Valor Anual de uma Série ( 1 + i )n – 1 – n.i
Gradiente i. (( 1 + i )n – 1)
Fator de valor Futuro de uma Série ( 1 + i )n – 1 – ni
Gradiente i2
88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BLANK, Leland e TARQUIN, Anthony, P.E. Engenharia Econômica. São Paulo: McGraw-
Hill, 2008.
2. CASAROTTO FILHO, Nelson, KOPITTKE, Bruno H., Análise de Investimentos. São
Paulo, Editora Atlas, 2010.
3. DAMODARAN, Aswath. Avaliação de Investimentos. São Paulo: Qualitymark, 2010.
4. DE FARO. Clóvis, Matemática Financeira. São Paulo, Editora Atlas, 1982.
5. FLEISCHER, Gerald A. Teoria da Aplicação do Capital. São Paulo, Edgard Blucher,
1973.
6. GRANT, Eugene et alli. Principles of Engineering Economy. New York, Ronald Press,
1976.
7. HIRSCHFELD, Henrique. Engenharia Econômica e Análise de Custos. 7ª ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
8. NEVES, César das. Análise de Investimentos. Rio de Janeiro, Zahar Editora, 1982.
9. OLIVEIRA, J.A. Nascimento. Engenharia Econômica: Uma Abordagem às Decisões de
Investimento. São Paulo, McGraw-Hill, 1982.
10.PAMPLONA, E.O. Abordagem da Inflação na Análise Econômico - Financeira de
Investimentos. Dissertação de mestrado, UFSC, 1984.
11.PAMPLONA, E.O., CAVALCANTI FILHO, A. Engenharia Econômica I. Apostila,
1987.
12.REVISTAS: Engineering Economist, Industrial Engineering, Harvard Business Review e
outras.
13. SAMANEZ, Carlos Patricio. Gestão de Investimentos e Geração de Valor. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
14. ROSS, Stephen, WESTERFIELD, Randolph e JAFFE, Jeffrey. Administração Financeira:
Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 2002
15.WOILER, S. et alli. Projetos. São Paulo, Atlas, 1983.
16.BNDES. Roteiro para obtenção de financiamentos. 2006
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
Engenharia Econômica Avançada
1a Questão
a) Qual a quota anual de depreciação do investimento, considerando que a taxa máxima de
depreciação permitida para este caso é de 4%.
b) Qual o valor contábil no final do vigésimo ano?
c) Qual o lucro ou prejuízo na venda do ativo?
2a Questão
Analise a viabilidade do investimento após o Imposto de Renda, considerando uma alíquota de
35% sobre o lucro tributável.
3a Questão
Qual o preço mínimo da energia elétrica para que o investimento seja viável? (Considerar
análise após o Imposto de Renda)
4a Questão
Calcule a TIR do capital próprio investido na termelétrica considerando que 70% do
investimento total seja financiado pelo BNDES, pelo sistema SAC, em 10 anos, a uma taxa de
juros real de 10% ao ano.
90
UNIVESRSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
ENGENHARIA ECONÔMICA
A Empresa B dá garantias de compra das placas durante os próximos 10 anos, no final dos
quais os investimentos fixos terão um valor residual de venda de R$ 80.000,00.
A taxa mínima de atratividade da empresa é de 18% ao ano.
Pede-se
91
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
4a Análise de sensibilidade
Qual seria o preço mínimo por passageiro a ser considerado para compensar o investimento?
92
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
93
4a Questão Análise de sensibilidade
Qual seria o preço mínimo por passageiro a ser considerado para compensar o investimento?
5a Questão Financiamento
Considerando o financiamento de 70% do investimento com início de pagamento em 2014,
sem carência, com taxa de juros de TJLP + 1% (7% ao ano), sistema SAC e 30 anos de prazo,
qual a TIR do Capital Próprio investido?
Caso: Cogeração
Suponha a avaliação da implantação de um sistema de cogeração em um hospital. Um grupo
gerador Allison com 2834 Kw de potência foi escolhido a partir da verificação da necessidade
de frio e calor. Os seguintes dados são adotados:
Qual o preço máximo do gás para que o investimento seja viável? (Considerar análise após o
Imposto de Renda)
Calcule a TIR do capital próprio investido considerando que 85% do investimento total seja
financiado pelo BNDES, pelo sistema SAC, em 6 anos, incluindo 1 ano de carência, a uma
taxa de juros real de 12% ao ano.
94