Vous êtes sur la page 1sur 2

INÍCIO NOTÍCIAS DE SAÚDE2.

º INQUÉRITO ALIMENTAR NACIONAL

2.º Inquérito Alimentar Nacional

16/03/2017

Resultados apresentados em Lisboa e Porto dias 16 e 17.

Os resultados do 2.º Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF) são


apresentados nos dias 16 de março, no salão nobre da Reitoria da Universidade do Porto, e a
17 de março, na sala 1 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Estas duas sessões públicas têm como objetivo apresentar os principais resultados do projeto e
discutir a relevância dos mesmos para a definição de políticas públicas nas referidas áreas em
Portugal e na Europa, perspetivando o desenvolvimento de um futuro sistema de vigilância
que possa dar continuidade e coerência à recolha de informação no tempo, e a apoiar
intervenções efetivas.

Este inquérito permite a criação de uma base descritiva com informação de representatividade
nacional sobre três grandes domínios: Alimentação e Nutrição, Atividade Física e Estado
Nutricional da População Portuguesa.

A implementação deste inquérito decorreu entre outubro de 2015 e setembro de 2016, tendo-
se avaliado um número total de 6.553 indivíduos.

Como principais resultados, destacam-se:

1 em cada 2 portugueses não consome a quantidade de fruta e hortícolas recomendada pela


Organização Mundial da Saúde (OMS);

Aproximadamente 1,5 milhões de portugueses (17% da população) consomem pelo menos um


refrigerante ou néctares por dia, dos quais 12% são refrigerantes;

Cerca de 9,8 milhões de portugueses (mais de 95% da população) consome açúcares simples
acima do limite recomendado pela OMS (10% do aporte energético);

Em média, os portugueses consomem 7,3 g de sal por dia. Aproximadamente 3,5 milhões de
mulheres (65,5%) e 4,3 milhões de homens (85,9%) apresentam uma ingestão de sódio acima
do nível máximo tolerado;
Em 2015-2016, 10% das famílias em Portugal experimentaram insegurança alimentar, ou seja,
tiveram dificuldade, durante este período, de fornecer alimentos suficientes a toda a família,
devido à falta de recursos financeiros. A maioria destas famílias tem menores de 18 anos;

A prevalência nacional de prática ‘regular’ de atividade física desportiva e/ou de lazer


programada é de 41,8%, sendo mais elevada nas crianças (61%) e menor nos idosos (33%);

5,9 milhões de portugueses (quase 6 em cada 10 portugueses) têm obesidade ou pré-


obesidade. Os idosos são o grupo mais vulnerável – 8 em cada 10 têm obesidade ou pré-
obesidade;

As prevalências de obesidade, de pré-obesidade e de obesidade abdominal são sempre


superiores nos indivíduos menos escolarizados.

Sobre o Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física

O primeiro Inquérito Alimentar Nacional (IAN) foi realizado, em 1980, pelo Centro de Estudos
de Nutrição do Instituto Ricardo Jorge, com a colaboração do então Ministério da Agricultura e
Pescas. Este inquérito foi agora retomado, através de um consórcio que envolveu
investigadores nacionais e internacionais de nove instituições, tendo como promotor a
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

O IAN-AF visa recolher informação nacional sobre o consumo alimentar (incluindo a ingestão
nutricional e dimensões de segurança e insegurança alimentares) e sobre a atividade física e a
sua relação com determinantes em saúde, nomeadamente os socioeconómicos. Teve como
base amostral o Registo Nacional de Utentes (RNU) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e como
população alvo os residentes em Portugal com idade compreendida entre 3 meses e 84 anos
de idade.

O IAN-AF foi financiado pelo Programa Iniciativas em Saúde Pública, EEA-Grants. Este
programa resulta do Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e os
países doadores (Islândia, Liechtenstein e Noruega) do Mecanismo Financeiro do Espaço
Europeu. Pretende contribuir para a redução das desigualdades económicas e sociais nas áreas
de saúde designadas como prioritárias.

Vous aimerez peut-être aussi