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RESUMO
PALAVRAS-CHAVE:
INTRODUÇÃO
Cultura material é uma expressão que pode indicar dois significados: o objeto
de estudo e uma forma de conhecimento. Independentemente do significado, aborda
duas questões principais: a materialidade, o objeto em si, e a imaterialidade, que lhe
dá significado. Rede (1996, p.273-274) relata a máxima dos estudos de cultura
material: “o que importa não é o objeto, mas as relações sociais”, complementando
que “A cultura material é, por excelência, matriz e mediadora de relações.” Segundo
o mesmo:
O universo material não se situa fora do fenômeno social,
emoldurando-o, sustentando-o. Ao contrário, faz parte dele, como
uma de suas dimensões e compartilhando de sua natureza, tal como
1
Aluna do curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trabalho realizado
como pré-requisito para avaliação da disciplina BIB03240 - Cultura Material e Cultura Visual na
Museologia Brasileira, ministrada pela professora doutora Fernanda Carvalho de Albuquerque.
FABICO/UFRGS, Porto Alegre, junho de 2016.
as idéias, as relações sociais', as instituições. Eis aí a fortuna do
termo cultura materiaL além das ambiguidades possíveis: ele denota
que a matéria tem matriz cultural e, inversamente, que a
cultura possui uma dimensão material. (REDE, 1996, p.274)
1 A REVOLUÇÃO FARROUPILHA
Para compreendermos o que foi celebrado no Centenário da Revolução
Farroupilha, se faz necessário uma retrospectiva ao evento histórico em si. Durante
o século XIX o Rio Grande do Sul produzia charque e couro para o abastecimento
interno do Brasil. O conflito teve origem na insatisfação da elite sul rio rio-grandense,
composta em sua maioria por estancieiros e charqueadores, para com as políticas
do Império brasileiro. Eles lutavam contra o poder centralizador do Império, sendo as
principais reivindicações acerca do baixo preço que podiam vender o charque, o alto
preço do sal e a concorrência com o charque cisplatino. É importante ressaltar que a
Revolução não pretendia transformar a estrutura do sistema da época, não contava
com o apoio de toda população, não passando de um conflito de interesses de elite.
A guerra começou em 1835 e teve duração de 10 anos, terminando em 1845
mediante um acordo entre o Império e os guerrilheiros. O acordo de Ponche Verde,
como foi denominado, partia do princípio da paz honrosa, permitindo que fosse
escolhido um novo presidente da província e pagamento das dívidas dos
farroupilhas pelo Império brasileiro.
Foi a partir da década de 1930 que a Guerra dos Farrapos começou a ser
representada como gloriosa, de acordo com Ceroni:
Além dos pavilhões, também foi construído um Cassino com amplos salões
para restaurantes, festas e jogos, o “Pórtico Monumental”, duas torres que
abrigavam os gabinetes dos organizadores do evento, um auditório onde aconteciam
concertos da Banda Municipal e da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, uma fonte
luminosa e um parque de diversões. (ZUBARAN, s.n.t)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
REDE, Marcelo. História a partir das coisas: tendências recentes nos estudos de
cultura material. In: Anais do Museu Paulista. N. Sér. v.4. São Paulo, jan/dez 1996,
p.265-282.