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2 – Texto dramático
O texto dramático é um tipo de texto que é escrito para ser representado.
Normalmente não tem narrador e utiliza-se o discurso na segunda pessoa (tu/vós).
É composto por dois tipos de texto:
- Texto principal, as falas dos actores. É constituído por
• Monólogo – uma personagem, que fala sozinha e mostra ao público os seus
pensamentos e/ou sentimentos;
• Diálogo – falas entre duas ou mais personagens;
• Apartes – comentários de uma personagem para o público, calculando que não são
ouvidos pelo seu interlocutor.
- Texto secundário (ou didascálias, ou indicações cénicas) que são as indicações que o
encenador dá aos actores.
4 – Tipos de cómico
No auto da barca do inferno, podemos verificar que existem vários tipos de cómicos que são:
O cómico de situação:
É a acção da personagem em palco, que provoca o riso;
Cómico de carácter:
É a maneira de ser e de se apresentar da personagem que provoca o riso.
Cómico de linguagem:
É o vocabulário usado e o próprio discurso que provocam o riso
Parte B
1 – Símbolos e significados
O auto da barca do inferno é composto por 10 cenas, ou seja, 10 personagens e
cada uma vem com símbolos cénicos que caracterizam os seus pecados. E também
todos ou praticamente todos são atacados por argumentos de acusação e defesa.
Os símbolos cénicos do fidalgo são:
-pajem, que significa o desprezo pelos + pobres
-manto, que significa a vaidade dele
-cadeira, que significa o facto de se julgar importante e poderoso
Os argumentos de defesa usados pelo fidalgo foram:
-Barca do Inferno é desagradável
-tem alguém na Terra a rezar por ele
-é “fidalgo de solar” e por isso deve entrar na barca do Céu
-é nobre e importante.
Os argumentos de acusação usados contra ele foram:
-ter levado uma vida de prazeres, sem se importar com ninguém
-ter sido tirano para com o povo
-ser muito vaidoso
-desprezava o povo
O fidalgo era (caracterização da personagem):
-nobre (fidalgo de solar)
-vaidoso
- achava que o seu estatuto social servia par tudo
-o seu longo manto e o criado que carrega a cadeira representam bem a sua
vaidade e exibição
-a forma como reage perante o Diabo e o Anjo revelam a sua arrogância ( d
quem está habituado a mandar e a ter tudo)
-apresenta-se como alguém importante
-despreza a barca do Diabo chamando-lhe “cortiço”
-a sua conversa com o Diabo revela-nos que além da sua mulher tinha uma
amante, mas q ambas o enganavam pois a mulher quando ele morreu chorava
mas era de felicidade e a amante antes de ele morrer já estava com outro
-o Fidalgo é, pois, uma personagem tipo que representa a nobreza, os seus
vícios, tirania, vaidade, arrogância e presunção
A crítica de Gil vicente com esta personagem é:
Os nobres viviam como queriam, ou seja, tinham uma vida de luxúria e
pensavam que bastava rezar e ir à missa para ir para o Céu. Por outo lado,
achavam que o seu estatuto já fazia com que fossem mais do que os outros.
Na cena do fidalgo faz-se referencia a Don Anrique, que era o pai do fidalgo e
também foi para o inferno.
Acaba por ir para o inferno.
Todas as personagens são personagens tipo, ou seja, tentam fazer uma critica a
cada estatuto da sociedade.
Grupo III
1 – Função sintática
A função sintática é constituída por:
Predicado Verbal- É constituído por um verbo
o Exemplos:
O aluno estuda.
Predicado Nominal- É constituído por um verbo copulativo , isto é, que
necessita de ser acompanhado de um nome, um pronome, um adjetivo, um
advérbio, que referindo-se ao sujeito, completa o significado.
o Exemplos:
O chocolate é saboroso.
O Miguel continua doente.
Sujeito
Predicativo de Sujeito – palavra ou expressão que se junta ao verbo copulativo
o Exemplos:
O Paulo parece estar triste
Complemento Directo- É a palavra ou palavras que designam o objeto sobre o
qual recai directamente a acção. Colocamos a seguinte questão á frase:
o O quê?
o Exemplos:
Complemento Indirecto- É a palavra ou expressão que designa a pessoa ou
coisa sobre a qual indirectamente recai a acção. Colocamos a questão:
o A quem?
Complemento Circunstancial- designa uma circunstância ocasional da acção
do verbo.
o De modo : Lê com atenção.
o De lugar: Nasceu em Lisboa. Vou para Paris.
o De fim: Trabalha para viver.
o De tempo: Chegou a casa ontem.
o De companhia: Vive com a família.
o De meio: Viaja de comboio.
o De causa: Caiu de fraqueza.
Atributo- É o adjectivo que se junta imediatamente ao nome para o qualificar.
o Exemplos:
Homem alto.
Lemos um livro magnífico.
Aposto - É o nome (ou expressão equivalente) que se junta a outro nome para
lhe acrescentar alguma informação.
o Exemplo
O Luís, irmão da Ana, faltou à aula.
Complemento Determinativo - É o complemento introduzido pela
preposição de, que acrescenta alguma indicação ao nome que o precede.
o Exemplo:
O livro de Ciências tem imagens lindas.
Vocativo - É o complemento que designa o nome da pessoa, animal ou coisa
personificada, a quem nos dirigimos.
o Exemplos:
– Ó Catarina, chega aqui
Verbo principal
-verbo auxiliar – juntamente com o verbo principal forma um núcleo sintáctico (tempos
compostos) ter e ser ; haver de, estar, ficar, ter de, andar,poder...
3 – Tipos de sujeito
O Sujeito pode assumir várias formas também.
Sujeito Simples
É expresso em um só núcleo
Sujeito composto
É expresso, pelo menos, por dois núcleos, separados por vírgula ou pela copulativa “e”
Sujeito Subentendido
Nota:
o espaço reservado à omissão do sujeito, que se subentende, está anotado com (...):
A jovem necessitava do livro, porque (...) precisava preparar a matéria. Por isso, (...)
foi até à biblioteca.
Apanha tu o livro.
Sujeito Indeterminado
Nota:
O sujeito indeterminado aparece, assim, nas frases com recurso ao verbo na terceira
pessoa do plural ou na terceira pessoa do singular seguido de índice de indeterminação
de sujeito que não se pode confundir com pronome reflexo.
Sujeito inexistente
Existem verbos que não possuem sujeito; são eles verbos que expressam os fenómenos
da natureza.
Exemplos:
2. FORMAS DE FRASE