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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - ICJ

Levantamento do Relatorio da Comissao Especial da Camara dos Deputados encarregada de analisar


a reforma do CPC para Analise Comparativa do atual sistema recursal previsto no CPC em relação aos
termos da reforma previstos no Relatorio da referida comissão.

Trabalho de Atividades Prática Supervisionada – APS

UNIP / CAMPUS PARAISO / SP


2013
Integrantes
SUMÁRIO

I – INTRODUÇÃO 02
1.1 – O Projeto 02
1.2 – Objetivo 04
1.3 – Justificativa 05
II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 05
2.1 – Análise Comparativa 05
2.2 – Objetivos do Pacto de Varsóvia 08
III – CONSIDERAÇÕES FINAIS 09
IV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
Fontes Virtuais 12
Anexo 14

I - INTRODUÇÃO
O presente estudo apresenta uma pesquisa do Relatório da Comissão da Câmara dos Deputados
encarregada de analisar a reforma do Código de Processo Civil no que toca ao tema: Dos Recursos.
1.1– O PROJETO
O projeto de novo Código de Processo Civil (CPC) pode ser considerado, possivelmente, uma das
mais importantes proposições em tramitação na Câmara dos Deputados, especialmente no que diz
respeito ao impacto na vida do cidadão.
Utilizado para a tutela de praticamente todas as relações jurídicas não criminais – civis,
consumeristas, trabalhistas, administrativas, dentre outras –, é por meio do processo civil que se tem
a efetivação do direito material e assim, em última finalidade, a concretizaçãoda justiça.
Desde setembro de 2011, a Câmara dos Deputados vem debatendo intensamente o Projeto de lei n.º
8.046, de 2010, bem como as proposições que lhe são correlatas (projetos de lei apensados,
emendas à Comissão e emendas e subemendas dos Relatores-Parciais).
Foram realizadas 15 audiências públicas na Câmara dos Deputados e 13 Conferências Estaduais, nas
cidades de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, João Pessoa, Campo Grande, Manaus,
Porto Alegre, Fortaleza, Cuiabá, São Paulo, Vitoria da Conquista e Macapá.
Nessas foram ouvidos aproximadamente 140 palestrantes especialistas em processo civil, além dos
participantes das mesas redondas também realizadas.
Foram apresentadas 900 emendas pelos Deputados à Comissão Especial e apensados 146 projetos
de lei que já tramitavam nesta Casa e tratam de modificações ao atual CPC.
Por determinação do Presidente Fábio Trad, foi disponibilizado no sítio da Casa, no Portal e-
Democracia, a versão do projeto aprovada pelo Senado Federal (PL n.º 166, de 2010), oferecendo a
possibilidade a qualquer brasileiro participar e oferecer sugestões. Existem vozes que ecoam contra a
ideia de reformulação completa da sistemática processual civil atual pela elaboração de um novo
Código de Processo Civil, por acreditarem, sobretudo, que poderiam ser feitas modificações tópicas e
substanciais na Lei n.º 5.689, de 11 de janeiro de 1973, o CPC em vigor.
Por outro lado, existem muitas causas, motivos e argumentos plausíveis a justificar a renovação do
arcabouço processual civil brasileiro por uma nova lei, que, de fato, despertaram ointeresse e
permitiram o envolvimento de considerável gama de operadores do Direito em torno das discussões
que se impuseram para o atingimento de tão nobre propósito.
O CPC atual passou por muitas revisões (mais de sessenta leis o modificaram), tão substanciais
algumas delas que terminaram por acarretar grande perda sistemática, o principal atributo que um
código deve ter.
Nas quatro décadas de vigência do CPC atual, o país e o mundo passaram por inúmeras
transformações. Muitos paradigmas inspiradores desse diploma legal foram revistos ou superados
em razão de mudanças nos planos normativo, científico, tecnológico e social.
Entre 1973 e 2013, houve edição da Lei do divórcio (1977), de uma nova Constituição Federal (1988),
o Código de Defesa do Consumidor (1990), o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), as Leis
Orgânicas do Ministério Público e da Defensoria Pública (1993 e 1994), um novo Código Civil (2002),
e o Estatuto do Idoso (2003), exemplos de diplomas normativos que alteraram substancialmente o
arcabouço jurídico brasileiro no período.
Pelo fato de muitas das normas e a própria sistematização do CPC de 1973 não se afina mais à
realidade jurídica tão diferente dos dias atuais, afigura-se necessária à construção de um Código de
Processo Civil adequado a esse novo panorama. No particular, ilustremos os alguns pontos:
a) o novo CPC deve conferir ao Ministério Público tratamento adequado ao seu atual perfil
constitucional, muito distinto daquele que vigia em 1973. É preciso rever a necessidade de sua
intervenção em qualquer ação de estado, exigência de um tempo emque se proibia o divórcio;
b) o CPC de 1973 não contém ainda disposições sobre a Defensoria Pública, o que deve ser
considerado omissão inaceitável, notadamente tendo em vista o papel institucional por ela
alcançado com a Constituição Federal de 1988;
c) no Brasil praticamente não existia a arbitragem em 1973. Atualmente, o Brasil é o quarto país do
mundo em número de arbitragens realizadas na Câmara de Comércio Internacional. O CPC de 1973
pressupôs a realidade da arbitragem daquela época. É preciso construir um código afinado à nova
realidade, para se prever, por exemplo, o procedimento da carta arbitral e instituir a possibilidade de
alegação autônoma de convenção de arbitragem;
d) de haver previsão legal de um modelo adequado para disciplina processual da desconsideração da
personalidade jurídica, instituto consagrado no CDC e no Código Civil e amplamente utilizado na
prática forense, que também não foi objeto de previsão, ainda, no CPC atual;
e) as sensíveis transformações da ciência jurídica nos últimos anos, com o reconhecimento da força
normativa dos princípios jurídicos e do papel criativo e também normativo da função jurisdicional,
que se confirma pelas recentes decisões do Supremo Tribunal Federal e demais tribunais superiores,
exigem nova reflexão sobre o CPC atual;
f) afigura-se necessário criar uma disciplina jurídica minuciosa para a interpretação, aplicação e
estabilização dos precedentes judiciais, estabelecendo regras que auxiliem na identificação, na
interpretação e na superação de um precedente;
g) o processo em autos eletrônicos é uma realidadeinevitável, podendo-se afirmar que o Brasil é dos
países mais avançados do mundo nesse tipo de tecnologia e que, em poucos anos, a documentação
de toda tramitação processual no Brasil será eletrônica, devendo o CPC bem disciplinar essa
realidade;
h) no plano social, as mudanças importantes que refletiram no acesso à justiça e na concessão da sua
gratuidade, no progresso econômico, na incorporação ao mercado de grande massa de
consumidores e na necessidade de resolução de demandas com multiplicidade de partes repercuram
diretamente no exercício da função jurisdicional e ocasionaram aumento exponencial do número de
processos em tramitação, realidade cujos problemas o CPC atual, ainda, não resolve completamente.
1.2 – Objetivo
Frente ao exposto, definimos que o objeto desse estudo é o de promover uma análise comparativa
do atual sistema recursal previsto no CPC em relação aos termos da Reforma previstos no Relatório
da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, a partir de um estudo monográfico.
1.3 – Justificativa
O estudo em tela mostra-se relevante na medida em que atende as inquietações daqueles que
buscam o conhecimento na área jurídica, bem como daqueles que procuram entender o sistema de
reforma jurídica.
II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para entendermos com mais propriedade o tema sob o qual esta análise se debruça, torna-se
imperativo que se faça uma reflexão sobre as transformações geográficas, políticas, sociais e
culturais que ocorreram desde 1973.
Nosso atual Código de Processo Civil é de 1973, sendo que a Constituição Federal é de 1988,
portanto, deve-se tentarao máximo conceder um tratamento adequado ao atual perfil
constitucional, muito distinto daquele que vigia em 1973.
Além do exposto acima, também devemos nos atentar as mudanças ocorridas no plano social onde
mudanças importantes refletiram no acesso à justiça e na concessão da sua gratuidade, no progresso
econômico, na incorporação ao mercado de grande massa de consumidores e na necessidade de
resolução de demandas com multiplicidade de partes repercuram diretamente no exercício da
função jurisdicional e ocasionaram aumento exponencial do número de processos em tramitação,
realidade cujos problemas o CPC atual, ainda, não resolve completamente.
As sensíveis transformações da ciência jurídica nos últimos anos, com o reconhecimento da força
normativa dos princípios jurídicos e do papel criativo e também normativo da função jurisdicional,
que se confirma pelas recentes decisões do Supremo Tribunal Federal e demais tribunais superiores,
exigem nova reflexão sobre o CPC atual.
Dessa forma, o CPC de 1973 contém omissões inaceitáveis diante do papel institucional alcançado
com a Constituição Federal de 1988 e que devem ser corrigidas.
2.1 – Análise Comparativa
O projeto do novo Código de Processo Civil tramitou primeiramente no Senado Federal (Projeto de
Lei do Senado n.º 166, de 2010). Na Câmara dos Deputados, a proposição foi renumerada, passando
a tramitar como Projeto de Lei n.º 8.046, de 2010.
De acordo com o Projeto de Lei do Senado n.º 166, de 2010, o projeto do novo CPC contempla cinco
livros, quais sejam: “Da Parte Geral”; “Processo de Conhecimento e Cumprimento deSentença”; “Do
Processo de Execução”; “Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões
Judiciais”; e, por fim, “Das Disposições Finais e Transitórias”.
A exposição1 a seguir retrata, de forma bastante rica e ilustrativa, as principais inovações trazidas
pelo Projeto de Lei do Senado n.º 166, de 2010, em cada um de seus livros, em relação ao atual
Código de Processo Civil.
Livro I – Parte geral
Contempla normas sobre os institutos fundamentais do processo civil. Aperfeiçoa o sistema atual,
pois no CPC em vigor tais institutos estão impropriamente dispostos no livro “Do Processo de
Conhecimento”.
Entre as inovações que integram este livro destaca-se:
1) a exemplo do que, na fase de conhecimento (parágrafo único, do art. 46 do CPC/73), já se admite
no sistema atual, institui-se a possibilidade de limitação do litisconsórcio na fase de cumprimento de
sentença ou no processo de execução quando este comprometer a rápida solução do litígio, dificultar
o cumprimento de sentença, a sua impugnação ou o oferecimento de embargos à execução (art. 112,
§§ 1.º e 2.º);
2) coloca-se fim ao prazo quádruplo para a Fazenda Pública apresentar defesa (art. 188 do CPC). A
União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações terão
prazo em dobro, seja para apresentar defesa, seja para recorrer, seja para qualquer manifestação
nos autos (art. 106);
Livro II – Do processo de conhecimento e cumprimento de sentença
É composto por três títulos. O primeiro trata “Do Procedimento Comum”, o segundo é dedicado ao
“Cumprimento de Sentença” e oterceiro cuida “Dos Procedimentos Especiais”.
Em relação ao título que trata “Do Procedimento Comum”, destaca-se as novidades seguintes:
1) a reconvenção é eliminada e se passa a admitir que o réu manifeste pretensão própria no corpo da
contestação, por meio de pedido contraposto (art. 326);
2) a nomeação a autoria prevista no sistema atual é extinta. Em sua substituição institui-se a
possibilidade de emenda da inicial para corrigir o pólo passivo quando o réu arguir a sua
ilegitimidade passiva e o autor concordar com tal questionamento. Com isso, aproveita-se o processo
que, depois da correção, passa a ser dirigido contra a parte correta (art. 328);
No que toca ao Título III, que trata “Dos procedimentos Especiais”, mister se faz destacar a
modificação seguinte:
1) nos embargos de terceiro, especificou-se que deverá figurar no polo passivo aquele a quem o ato
de constrição aproveita, bem assim seu adversário no processo principal quando for sua a indicação
do bem (art. 663, § 4º);
Livro III – Do processo de execução
Cuida do processo de execução. É composto por 4 títulos e 151 artigos (entre o artigo 730 e o artigo
881).
Do título que trata da “Execução em Geral” destaca-se a inovação seguinte:
1) os embargos à arrematação ou à adjudicação são substituídos por simples impugnação nos
próprios autos. Tal medida pode ser oferecida em até 10 dias a contar do ato expropriatório, isto é,
antes da expedição da carta da arrematação que deve ser confeccionada depois de decorrido tal
prazo. Depois de expedida a carta, o ato somente poderá ser desfeito por ação própria (art. 857, §§
1ºa 4º);
Livro IV – Dos processos nos tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais
É composto por 2 títulos e 116 artigos (entre o art. 882 e o art. 998). Contempla as seguintes
inovações:
1) a possibilidade de os relatores decidirem recursos monocraticamente ficou restrita a hipóteses
objetivas. Pelo projeto, a atuação unipessoal somente poderá ocorrer quando a decisão se apoiar em
súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; ou em
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento
de casos repetitivos; ou, ainda, em entendimento firmado em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou, por fim, em incidente de assunção de competência. Também foram separadas as
hipóteses de atuação unipessoal no juízo de admissibilidade (negar seguimento) das hipóteses de
atuação no juízo de mérito (dar ou negar provimento), o que não ocorre no sistema atual (art. 557 do
CPC/73) (art. 888);
2) fica definida a ordem de julgamentos de recursos durante cada sessão. Ressalvadas as
preferências legais, os recursos serão julgados na seguinte ordem: em primeiro lugar, os processos
nos quais for realizada sustentação oral, observada a precedência de seu pedido; depois aqueles cujo
julgamento tenha iniciado na sessão anterior; a seguir, os pedidos de preferência apresentados até o
início da sessão de julgamento; e, por último, os demais casos (art. 891);
3) positivou-se a possibilidade de sustentação oral nas seguintes hipóteses: no recurso de apelação;
no recurso especial; no recursoextraordinário; no agravo interno originário de recurso de apelação
ou recurso especial ou recurso extraordinário; no agravo de instrumento interposto de decisões
interlocutórias que versem sobre tutelas de urgência ou da evidência; nos embargos de divergência;
no recurso ordinário; e na ação rescisória (art. 892);
4) estabeleceu-se que havendo recursos de vários litisconsortes versando a mesma questão de
direito, a primeira decisão favorável proferida prejudica os demais recursos (art. 898);
5) os prazos para os recursos são unificados. Com exceção dos embargos de declaração, cujo prazo se
mantém em 5 dias, todos os demais poderão ser interpostos em 15 dias (art. 948, § 1º);
6) todos os recursos, inclusive a apelação, não terão efeito suspensivo ope legis. Somente por obra
do relator e desde que demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, ou, sendo relevante
a fundamentação, houver risco de dano grave ou difícil reparação, é que se poderá suspender a
eficácia da decisão, da sentença ou do acórdão. O pedido de efeito suspensivo será dirigido ao
tribunal competente para julgar o recurso, em petição autônoma, que terá prioridade na distribuição
e tornará prevento o relator. Estabelece-se, contudo, que quando se tratar de pedido de efeito
suspensivo a recurso de apelação, o protocolo da petição impede a eficácia da sentença até que seja
apreciado pelo relator (art. 949);
7) ocorreu a transferência do juízo de admissibilidade do recurso de apelação para o Tribunal (art.
966). Hoje ele é feito, num primeiro momento, em primeiro grau e, depois, novamente, pelo
Tribunal(art. 518 do CPC). É o fim do juízo de admissibilidade bipartido da apelação e,
consequentemente, de mais um foco de recorribilidade;
8) estabeleceu-se que, mesmo quando houver desistência do recurso extraordinário cuja
repercussão geral já tenha sido reconhecida ou de recursos repetitivos afetados, a questão ou as
questões jurídicas objeto do recurso de que se desistiu, mesmo assim serão decididas pelo Superior
Tribunal de Justiça ou pelo Supremo Tribunal Federal (art. 952, parágrafo único);
9) são criados instrumentos para combater a jurisprudência defensiva. Nessa linha, passa-se: (a) a
admitir a regularização da representação processual junto aos Tribunais Superiores em
contraposição ao disposto na Súmula 115 do STJ (art. 76); (b) a prever que o equívoco no
preenchimento da guia de custas não resultará na aplicação da pena de deserção, cabendo ao
relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no
prazo de cinco dias ou solicitar informações ao órgão arrecadador. Isso põe fim ao entendimento que
se formou em relação à forma de recolhimento do preparo (ser ou não possível o pagamento pela
internet) e ao preenchimento da guia (estar preenchida à mão ou no computador; conter ou não
conter o número do processo, etc.) (art. 961, §2º); (c) a prever que se, ao julgar os embargos de
declaração, o juiz, relator ou órgão colegiado não alterar a conclusão do julgamento anterior, o
recurso principal interposto pela outra parte antes da publicação do resultado será processado e
julgado independente de ratificação (art. 980, §3º); (d) a admitirque a falta de peça obrigatória no
agravo de instrumento não implicará a inadmissibilidade do recurso se o recorrente, intimado, vier a
supri-la no prazo de cinco dias (art. 970, §3º). Além disso, há um dispositivo que, de maneira geral,
permite que vícios formais sejam desconsiderados, pois, o que importa é que o mérito dos recursos
seja efetivamente apreciado. Nesse sentido, o art. 983, §2º prescreve que quando o recurso
tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Superior Tribunal de Justiça ou
Supremo Tribunal Federal poderão desconsiderar o vício, ou mandar saná-lo, julgando o mérito;
10) o sistema da preclusão temporal para decisões interlocutórias foi mitigado (art. 494), o que
acabou por permitir o fim do agravo retido. Caberá ao prejudicado por uma decisão interlocutória:
(a) impugná-la, desde logo, quando couber agravo de instrumento; (b) impugná-la no recurso de
apelação ou nas contrarrazões quando nas hipóteses em que não se prever, desde logo, o cabimento
do agravo de instrumento (art. 963, parágrafo único);
11) as situações de cabimento do agravo de instrumento ficam restritas para a reforma de decisões
que versarem sobre o mérito da causa; rejeição da alegação de convenção de arbitragem; o
incidente de resolução de desconsideração da personalidade jurídica; a gratuidade de justiça; a
exibição ou posse de documento ou coisa; exclusão de litisconsorte por ilegitimidade; a limitação de
litisconsórcio; a admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; e outros casos expressamente
referidos em lei. Também caberá agravo de instrumento contradecisões interlocutórias proferidas na
fase de liquidação de sentença, cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo
de inventário (art. 969);
12) As hipóteses em que o tribunal poderá enfrentar o mérito do recurso diretamente, previstas no
art. 515, § 3º do CPC foram alargadas. Pela versão aprovada no Senado Federal, se a causa versar
sobre questão exclusivamente de direito ou estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal
deve decidir desde logo a lide quando: reformar sentença que não resolver o mérito da causa (art.
472); declarar a nulidade de sentença por não observância dos limites do pedido; declarar a nulidade
de sentença por falta de fundamentação; e, refor-mar sentença que reconhecer a decadência ou a
prescrição (art. 965);
13) colocou-se fim à forma diferenciada de como, na ótica do Supremo Tribunal Federal (Súmulas
282 e 356) e do Superior Tribunal de Justiça (Súmula 211), o pré-questionamento se configura. Nesse
sentido, estabeleceu-se que se consideram incluídos no acórdão os elementos que o embargante
pleiteou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração não sejam
admitidos, caso o tribunal superior considere existentes omissão, contradição ou obscuridade (art.
979);
14) foi instituída a fungibilidade entre o recurso especial e o recurso extraordinário. Na hipótese de
um tema ser previsto na Constituição da República e, ao mesmo tempo, em norma
infraconstitucional (a denominada ofenda indireta ou reflexa), fica assegurado o seu efetivo
enfrentamento do mérito por um dos Tribunais superiores, quer quando a parte sevalha do recurso
especial, quer quando interponha recurso extraordinário (art. 986 e 987);
15) positiva-se a possibilidade de suspensão de todos os processos que versem sobre tema que seja
objeto de recurso excepcional afetado (art. 991, §§ 3º e 4º) e não apenas dos recursos especiais ou
extraordinários, como ocorre no sistema atual (art. 543-B, § 1º e 543-C, § 1º do CPC);
16) o antigo agravo de instrumento contra a decisão de inadmissão dos recursos excepcionais ,
recentemente alterado para agravo nos autos pela Lei nº 12.322, de 2010, recebe nova
denominação: agravo de admissão (art. 996). O novo nome tem a finalidade de deixar claro qual o
real objetivo do recurso, bem assim diferenciá-lo das demais formas de impugnação.
17) as hipóteses de cabimento dos embargos de divergência em recurso especial são delineadas mais
apropriadamente. Pelo projeto, é embargável a decisão de turma que em recurso especial: divergir
do julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial, sendo as decisões, embargada e
paradigma, de mérito; divergir do julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial, sendo
as decisões, embargada e paradigma, relativas ao juízo de admissibilidade; divergir do julgamento de
outra turma, da seção ou do órgão especial, sendo uma decisão de mérito e outra que não tenha
conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia. Os embargos de divergência também
são cabíveis, nas causas de competência originária, quando a turma divergir do julgamento de outra
turma, seção ou do órgão especial;
18) os embargos infringentes são eliminados do sistema.Houve muitos pedidos de retorno dos
embargos infringentes ao projeto. Tal recurso havia sido retirado na versão oriunda do Senado
Federal.
Os argumentos favoráveis a esse recurso são fortes: prestigia-se a justiça da decisão, com a
possibilidade de reversão do julgamento, em razão da divergência.
Sucede que sua previsão traz também alguns problemas.
Há intermináveis discussões sobre seu cabimento, o que repercute no cabimento do recurso especial
e do recurso extraordinário, que pressupõem o exaurimento das instâncias ordinárias. Há inúmeras
decisões do STJ que se restringem a decidir se os embargos são ou não cabíveis.
Assim, neste relatório se propõe o acolhimento de sugestão que, de um lado, garante à parte o
direito de fazer prevalecer o voto vencido, com a ampliação do quórum de votação, e, de outro,
acelera o processo, eliminando-se um recurso e discussões quanto ao seu cabimento.
Cria-se, pois, uma técnica de julgamento muito simples: sempre que, no julgamento de apelação ou
ação rescisória, houver voto divergente, o julgamento não se conclui, prosseguindo-se na sessão
seguinte, com a convocação de um número de desembargadores que permita novo julgamento e, se
o julgamento assim concluir, a reversão da decisão.
Com isso, simplifica-se o procedimento: não há necessidade de se recorrer, não há prazo para
contrarrazões nem discussões sobre o cabimento do recurso de embargos infringentes. Havendo
divergência, simplesmente o processo prossegue, com a ampliação do quórum e a continuidade do
julgamento.
Alcança-se o mesmo propósito que se busca com os embargos infringentes, deuma maneira mais
barata e célere, além de ampliada, pois a técnica tem aplicação em qualquer julgamento de apelação
(e não em apenas alguns) e também no caso de agravo, sobre o qual silenciava o CPC/73 em tema de
embargos infringentes.
Já quanto as hipóteses de cabimento do agravo de instrumento e o problema da extinção do agravo
retido - uma das grandes críticas feitas ao projeto aprovado pelo Senado Federal incide sobre a
insuficiência das hipóteses de cabimento do agravo de instrumento, que foram ampliadas.
A extinção do agravo retido não causará maiores problemas no sistema. Com a sugestão de redação
feita ao parágrafo único do art. 963 do projeto, deixa-se claro que a parte deve alegar,
imediatamente, qualquer nulidade processual que lhe prejudique, sob pena de preclusão –
exatamente a função exercida pelo agravo retido. Adota-se, nesse ponto, o regime do processo do
trabalho, que funciona bem há anos.
Assim, não há decisão interlocutória que fique imune á preclusão e o sistema se fecha: se o caso for
de impugnação com devolução imediata, incide a previsão do agravo de instrumento; se não houver
necessidade de impugnação imediata, em razão da inexistência de urgência ou de incompatibilidade
de uma impugnação futura, impugnar-se-á a decisão interlocutória na apelação, desde que
respeitada a necessidade de prévia alegação da nulidade.
III - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito se reclama da burocracia e da lentidão do Poder Judiciário; do excesso de recursos; da
arbitrariedade de alguns juízes e da incompreensível atribuição de soluções jurídicas diferentes para
casos iguais.
Sema pretensão de solucionar todos os problemas da Justiça brasileira, o projeto enfrenta muitos
deles.
O projeto do novo CPC buscou diminuir a burocracia e a lentidão dos processos. Haverá grande
simplificação do procedimento judicial. Procurou-se, por exemplo, acelerar os atos de comunicação,
gargalos do sistema atual. Citações e intimações deverão, de regra, ser feitas por meios eletrônicos,
inclusive quando destinadas à Fazenda Pública, ao MP e à Defensoria Pública.
O texto institui mecanismo para evitar o adiamento da decisão de causas mais complexas – as ações
de improbidade, por exemplo –, pois criar-se-á a ordem cronológica de julgamentos. Cada juízo terá
sua lista de processos aptos à decisão final, aberto para consulta pública permanente. Isso significa
que os processos mais antigos, ordinariamente, serão decididos antes dos processos mais novos. Os
jurisdicionados terão, enfim, a possibilidade de prever a data da decisão da causa.
Importante ressaltar que a tão sonhada celeridade processual jamais será alcançada se não
houverem mais Juízes, mais serventuários e maior estrutura.
É nas portas do Judiciário que os reclamos da sociedade encontram a resposta concreta, final e
definitiva, e como o texto de Lei busca aprimorar o seu funcionamento, entendemos que seja é
essencial a sua aprovação.
IV- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS JUNIOR, José Augusto. Guerra Fria - A Era do Medo, 2ª edição. São Paulo: Editora Ática, 2010.

Fontes Virtuais

DAI - Divisão de Atos Internacionais. Disponível em: Acesso em: 10 set. 2013.

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