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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SÃO PAULO

MARCELO JOSÉ CIRINO GONÇALVES

UTILIZANDO O METODO CLINICO DE JEAN PIAGET COMO INSTRUMENTO

DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA

SÃO PAULO

2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SÃO PAULO
MARCELO JOSÉ CIRINO GONÇALVES

UTILIZANDO O METODO CLINICO DE JEAN PIAGET COMO INSTRUMENTO

DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA

Trabalho extraclasse apresentado á


disciplina de Psicologia do
Desenvolvimento I, do Curso de Psicologia,
como requisito parcial de avaliação.

Profº Lucio Martini

SÃO PAULO
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO................................................................................6
2.1 Teoria do desenvolvimento...............................................................6
2.2 Estágios do desenvolvimento...........................................................7
2.3 Método Clinico....................................................................................9
3. APLICAÇÃO DO MÉTODO CLINICO .....................................................
4. TRANSCRIÇÃO DA APLICAÇÃO...........................................................
5. AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DO MÉTODO CLINICO.........................
6. CONCLUSÃO...........................................................................................
7. IMPRESSÃO PESSOAL...........................................................................
8. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA..............................................................
9. ANEXOS...................................................................................................
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1. INTRODUÇÃO

A realização do estágio curricular de Psicologia do desenvolvimento,


realizado na clinica do Centro Universitário, possibilitará não apenas a vivência
da prática, como também, maior conhecimento desta área de atuação.
Proporcionando maior reflexão do papel do psicólogo, na promoção da saúde
bio-psico-social da criança em sua determinada faixa etária. A atuação é a
mais variada, já que se trata de um grupo dinâmico, possibilitando ao
profissional a oportunidade de utilizar sua criatividade, fazendo jus ao encontro
da Psicologia e desenvolvimento.
É de conhecimento que o desenvolvimento do homem passa por
determinados processo de aprendizagem, que são atribuídos a organização de
fatores sociais e cognitivos, e esses quando em consonância promovem um
equilíbrio interno. A inteligência é uma organização, o desenvolvimento dela
não se dá por acúmulos de informações, mas por uma reorganização desta
troca de inteligências, crescer é uma forma de reorganizar a própria inteligência
de forma a ter maiores possibilidades de assimilação.
Diante deste quadro, este trabalho utilizará como objeto de estudo a
criança em determinada faixa etária, onde poderemos avaliar o seu
desenvolvimento dentro dessa perspectiva. Para isso, utilizaremos o Método
Clinico de Piaget como procedimento metodológico que embasará os
resultados desse estudo, bem como, a Teoria de Jean Piaget.
A Psicologia do Desenvolvimento atual consiste nos processos
intraindividuais e ambientais que levam a mudanças de comportamento, como
habilidades motoras, solução de problemas, percepção de conceitos, aquisição
da linguagem, formação de identidade e o entendimento da moral. Conhecer o
pensamento da criança pela teoria psicogenética de Jean Piaget, com o
Método Clínico Experimental, de forma investigativa, reflexiva, prática e teórica
sobre as possibilidades do aprendiz humano justifica este estudo.
O objetivo deste estudo é reconhecer na criança de uma determinada
faixa etária, os mecanismos e processos responsáveis pelo surgimento dos
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comportamentos apresentados e suas mudanças, bem como, o


estabelecimento das fases ou estágios no seu desenvolvimento.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Teoria do desenvolvimento

O estudo do desenvolvimento humano constitui uma área do


conhecimento da Psicologia que se concentram no esforço de compreender o
homem em todos os seus aspectos, desde o nascimento até maturidade e
estabilidade. Tal esforço tem culminado na elaboração de várias teorias que
procuram reconstituir pontos de vistas, condições de produção e representação
do mundo e de suas vinculações.

Dentre essas teorias, a de Jean Piaget (1896-1980), que busca


compreender o desenvolvimento humano. Ela se destaca pelo seu caráter
inovador representada pela linha interacionista que constitui uma tentativa de
integrar duas tendências teóricas “o materialismo mecanicista” e o “idealismo”,
marcadas pelo antagonismo inconciliável que separam o físico e o psíquico. O
modelo piagetiano prima pelo rigo científico de sua produção, que trouxe
contribuições para o educação (TERRA, 2010).

Piaget considera centrais três postulados: O primeiro diz que como toda
entidade biológica tem uma organização interna, com a cognição humana não
é diferente. O segundo, diz que a organização interna é responsável pelo
modo único de funcionamento do organismo, tanto para uma criança quanto
para uma pessoa idosa. O terceiro, diz que a interação entre o organismo e o
ambiente existe uma adaptação das estruturas cognitivas (processo de
adaptação), bem como o desenvolvimento delas (processo de organização)
(FILHO, 2008).
Jean Piaget também dá em sua teoria no processo de equilibração, que
consiste em assimilar, acomodar e organizar as informações com a finalidade
de adaptação do sujeito ao meio, em que há uma relação de trocas entre eles,
porém, ele acreditava que o sujeito aprende sozinho na interação com o
objeto e não dava muita prioridade à relação do sujeito com o outro (SILVA et
al 2015).
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Através do método epistemólogo de Piaget, foi indicado quatro níveis de


desenvolvimento do sujeito: sensório motor, pré-operatório, operatório e
formal, possui suas características e seus recursos cognitivos para interpretar
o mundo e as questões que lhe são postas (PEREIRA, )

2.2 Estágios do desenvolvimento

Silva et al (2015), relata que Piaget teve de formular propostas teóricas


e metodológicas inovadoras quanto à natureza do processo de
desenvolvimento da criança, que dizia que o sujeito já nasce pronto, que a
inteligência e as aptidões dele vão depender de fatores genéticos como a
herança genética e a maturação. A teoria dele ficou conhecida como
epistemologia genética, que busca as origens dos processos de formação do
pensamento e do conhecimento.

A Epistemologia Genética proposta por Piaget é essencialmente


baseada na inteligência e na construção do conhecimento e visa responder não
só como os homens, sozinhos ou em conjunto, constroem conhecimentos, mas
também por quais processos e por que etapas eles conseguem fazer isso
(PÁDUA, 2009).

Para ele, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o


indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam
por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém, o início e o
término de cada uma delas dependem das características biológicas, dos
fatores educacionais e sociais do indivíduo. Portanto, a divisão nessas faixas
etárias é uma referência, e não uma norma rígida (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2006; SILVA et al 2015).

1º-Período: Sensório-motor (0 a 2 anos): é o período da "inteligência prática".


Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos,
todo o universo que a cerca. Neste período, fica evidente que o
desenvolvimento físico, irá ocorrer na criança uma diferenciação progressiva
entre o seu eu e o mundo exterior.
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2º-Período: Pré-operatório (2 a 7 anos): pensamento com linguagem, o jogo


simbólico, a imitação diferenciada, a imagem mental e as outras formas de
função simbólica. Neste período o que de mais importante acontece é o
aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos
intelectual, social e afetivo da criança. No aspecto afetivo, surgem os
sentimentos interindividuais, sendo que um dos mais relevantes é o respeito
que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela como pais e
professores, é um misto de amor e temor.
3º-Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos): “as operações ainda
não repousam sobre proposições de enunciados verbais, mas sobre os
próprios objetos”. O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior
pelo egocentrismo intelectual e social, é superado neste período pelo início da
construção lógica Outra característica desse período é que a criança consegue
exercer suas habilidades e capacidades a partir de objetos reais, concretos,
mesmo a capacidade de reflexão que se inicia.
4º-Período: Operações formais (11 a 12 anos em diante): Estas novas
operações aparecem "pela generalização progressiva a partir das
precedentes". Neste período ocorre à passagem do pensamento concreto para
o pensamento formal, o adolescente realiza as operações no plano das ideias,
sem necessitar de manipulação ou referências concretas. O adolescente
domina progressivamente a capacidade de abstrair e generalizar, criar teorias
sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Os
interesses do adolescente são diversos e mutáveis sendo que a estabilidade
chega com a proximidade da idade adulta.
Independentemente do estágio em que os seres humanos se encontrem
a aquisição de conhecimentos, segundo Piaget, acontece por meio da relação
sujeito/objeto. Esta relação é dialética e se dá por processos de assimilação,
acomodação e equilibração. O dinamismo da equilibração acontece através de
sucessivas situações de equilíbrio - desequilíbrio - reequilíbrio que visam, por
assim dizer, "dominar" o objeto do conhecimento (PÁDUA, 2009).
2.3 Método Clinico
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Método Clínico foi usada pela primeira vez em 1896, por Witmer,
psicólogo norte-americano, servia para prevenir e tratar anomalias mentais de
indivíduos, entre elas, crianças com dificuldades escolares. O método
piagetiano é clínico no sentido de ir além do óbvio, buscando compreender o
ponto de vista da análise do sujeito. Os estudos de Jean Piaget e sua
psicologia genética baseiam-se em observações detalhadas de experiências e
diálogos com crianças. A peça chave do método utilizado por ele é a entrevista
clínica, também conhecida como Método Clínico ou crítico (QUEIROZ; LIMA,
2012).

Para Delval (2002), o método clinico é um procedimento que serve para


investigar o processo pelo qual as crianças pensam, percebem, agem e sentem
o mundo a sua volta. Procura descobrir aquilo que não está evidente no que os
sujeitos fazem ou dizem, ou seja, o que está por trás da aparência de sua
conduta, seja em ações ou palavras.

O mesmo autor relata que o método clínico é um procedimento de


entrevistas com crianças, com coleta e análise de dados, onde se
acompanha o pensamento da criança, com intervenção sistemática,
elaborando sempre novas perguntas a partir das respostas da criança e,
avaliando a qualidade e abrangência destas respostas. Também se avalia a
segurança que a criança tem sobre as suas respostas diante das contra-
argumentações.

Bampi (2006) diz que Piaget descreve com precisão, as respostas


esperadas para cada nível de pensamento, de acordo com os estágios
cognitivos, estabelecendo as possíveis respostas que as crianças do estágio
pré-operatório darão igualmente as do período operatório concreto e formal ou
hipotético-dedutivo.A atitude do entrevistador é flexível, com uma interação
adequada com a criança, feita anteriormente, de forma espontânea.

A entrevista clínica consiste em uma conversa aberta com o sujeito, na


qual se procuram seguir suas ideias e explicações sobre um determinado tema.
O entrevistador intervém sistematicamente e conduz suas perguntas de modo
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a tentar esclarecer o que o sujeito diz. É um instrumento de avaliação


dinâmico, interessante, revelador, criativo e reflexivo tanto para o entrevistador,
como para o entrevistado (RICARDO; ROSSETI, 2011).

O método clínico de entrevistas com crianças e adolescentes aborda


muitos conceitos, entre eles: a) a noção de pensamento; b) o realismo nominal;
c) a idéia sobre sonhos; d) realismo e consciência; e) a consciência atribuída
às coisas; f) o conceito de vida; g) a origem dos astros; m) noção de todos e
alguns; e muitos outros conhecimentos sobre o nosso universo imediato
(BAMPI, 2006).

8. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

BAMPI, M. A. M.. O método clínico experimental de Jean Piaget como


referência para o conhecimento do pensamento infantil na avaliação
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psicopedagógica. 2006. 104f. Dissertação (Mestrado em Psicopedagogia) –


Programa de Pós-Graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina,
Florianópolis,SC.

BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma


introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2006.

DELVAL, J. Introdução à prática do método clínico: descobrindo o


pensamento das crianças. Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed,
2002.

FILHO, M.L.S. Relações entre aprendizagem e desenvolvimento em Piaget e


em Vygotsky: dicotomia ou compatibilidade? Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v.
8, n. 23, p. 265-275, jan./abr. 2008 Disponível em:
http://www.redalyc.org/pdf/1891/189117303016.pdf. Acesso em: 22 mar. 2018.

PÁDUA, G. L. D. A epistemologia genética de Jean Piaget. Revista FACEVV|


1º Semestre de, n. 2, p. 22-35, 2009. Disponível em: http://facevv.cnec.br/wp-
content/uploads/sites/52/2015/10/A-EPISTEMOLOGIA-GENETICA.pdf. Acesso
em: 21 mar. 2018.

PEREIRA, D.R.. Reflexões sobre o método clínico-crítico piagetiano: teoria


e prática. Didática e Prática de Ensino na relação com a Escola. EdUECE-
Livro 1. 2014. Disponível em:
http://www.uece.br/endipe2014/ebooks/livro1/477REFLEXÕES_SOBRE_O_MÉ
TODO_CLÍNICO-CRÍTICO_PIAGETIANO_TEORIA_E_PRÁTICA.pdf. Acesso
em: 22 mar.2018.

QUEIROZ, K. J. M.; LIMA, V. A. A.. Método Clínico piagetiano nos estudos


sobre Psicologia Moral: o uso de dilemas. Schème-Revista Eletrônica de
Psicologia e Epistemologia Genéticas, v. 3, n. 5, 2012. Disponível em:
http://www.bjis.unesp.br/ojs-2.4.5/index.php/scheme/article/view/1970/1622.
Acesso em: 21 mar. 2018.

RICARDO, L. S.; ROSSETTI, C. B.. O conceito de amizade na infância: uma


investigação utilizando o método clínico. Construção psicopedagógica, v. 19,
12

n. 19, p. 82-94, 2011. Disponível em:


http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
69542011000200007. Acesso em: 22 mar. 2018.

SILVA, J.R.; CARDOSO, A.C.S.; ANJOS, A.C.B.; BARBOSA, V.; SIMÕES,


V.A.P.; PERPETUO, C.L. Desenvolvimento humano nas perspectivas de Piaget
e Vygotsky. Revista da Educação, v. 15, n. 1, p. 73-90, jan./jun.
2015.http://revistas.unipar.br/index.php/educere/article/viewFile/5610/3191.Ace
sso em 21 mar. 2018.

TERRA, M. R.. O desenvolvimento humano na teoria de Piaget. URL:


http://www. unicamp. br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005. htm [2005 jul
15], 2010. Acesso em: 22 mar. 2018.

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