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Exercı́cio 01
a) Mostre que é possı́vel escrever as iterações do método de Euler com passo h como:
yh (tn ) = (1 + h)tn /h , n ≥ 0,
b) Conclua que, para h suficientemente pequeno, yn (t) converge pontualmente para a solução,
ou seja, cada ponto da função de aproximação yh (t) converge para y(t).
Solução:
yn = yn−1 (1+h) = yn−2 (1+h)(1+h) = yn−2 (1+h)2 = yn−3 (1+h)(1+h)2 = yn−3 (1+h)3 = · · ·
Fazendo i = n temos:
yn = y0 (1 + h)n (1)
tn = t0 + nh = nh → n = tn /h
1
Substituindo em (1) obtemos uma expressão que só depende de h:
b) Temos que:
yh (t) = (1 + h)t/h
onde et é a solução do PVI. Então, para h suficientemente pequeno, yn (t) converge para a
solução e−t .
Para h = 0.04 :
y0.04 (tn ) = (1.04)n
2
Exercı́cio 02
Seja o PVI:
y 0 (t) = 4 − 2t, y(0) = 2,
a) Encontre uma aproximação para y(5) usando o método da série de Taylor de segunda ordem,
usando h = 0.5, 0.25, 0.1;
c) O que você espera que aconteça se usar o método de Euler para resolver os itens anteriores?
Justifique
Solução:
h2
yn+1 = yn + hf (tn , yn ) + ft (tn , yn ) + fy (tn , yn )f (tn , yn ) (4)
2
∂f ∂f
= ft = −2, = fy = 0 (5)
∂t ∂y
h2 (0.5)2
y1 = y0 + hf (t0 , y0 ) + [−2 + 0 × f (t0 , y0 )] = 2 + 0.5 × 4 + (−2 + 0 × 4) = 3.75
2 2
h2 (0.5)2
y2 = y1 + hf (t1 , y1 ) + [−2 + 0 × f (t1 , y1 )] = 3.75 + 0.5 × 3 + (−2 + 0 × 3) = 5.00
2 2
O processo é repetido até chegar a t = 5.0. Fazendo os cálculos para cada valor de h, temos
a tabela (6).
3
t h = 0.5 h = 0.25 h = 0.1 valor exato
0.0 2.00 2.00 2.00 2.00
0.5 3.75 3.75 3.75 3.75
1.0 5.00 5.00 5.00 5.00
1.5 5.75 5.75 5.75 5.75
2.0 6.00 6.00 6.00 6.00
2.5 5.75 5.75 5.75 5.75
3.0 5.00 5.00 5.00 5.00
3.5 3.75 3.75 3.75 3.75
4.0 2.00 2.00 2.00 2.00
4.5 -0.25 -0.25 -0.25 -0.25
5.0 -3.00 -3.00 -3.00 -3.00
Table 1: Comparação dos resultados ao aplicar o método de Taylor de segunda ordem para
h = 0.5, 0.25 e h = 0.1.
Da tabela (6) vemos que o resultado final para cada valor de h é o mesmo: y(5) = −3.
b) Na tabela (6) temos a comparação para cada valor de h e o valor exato que é o resultado de
substituir t na solução do PVI: y(t) = −t2 + 4t + 2.
2
Euler aperfeiçoado (h = 0.5)
Solução real
-1
-2
-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Figure 1: Aproximação do PVI pelo método da série de Taylor de 2da ordem para h = 0.5.
4
6
2
Euler aperfeiçoado (h = 0.25)
Solução real
1
-1
-2
-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Figure 2: Aproximação do PVI pelo método da série de Taylor de 2da ordem para h = 0.25.
2
Euler aperfeiçoado (h = 0.1)
Solução real
1
-1
-2
-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Figure 3: Aproximação do PVI pelo método da série de Taylor de 2da ordem para h = 0.1.
Vemos nos gráficos, que as aproximações feitas pelo método da série de Taylor de segunda
ordem e a solução exata coincidem, mas o número de termos envolvidos é maior quanto
menor seja o passo h.
c) O método de Euler não é bem exato como o método utilizado anteriormente, as aproximações
não serão bem exatas como no caso anterior e serão melhores enquanto menor seja o passo
h utilizado.
A fórmula de Euler é:
yn+1 = yn + hf (tn , yn ) (6)
5
para h = 0.5 temos o valor de y1 para t1 = 0.5:
y1 = y0 + hf (t0 , y0 ) = 2 + 0.5 × 4 = 4
deve-se fazer o mesmo cálculo até chegar a t = 5.0 para cada valor de h dado em (a) e obter
os gráficos das aproximações.
2
Euler (h = 0.5)
Solução real
1
-1
-2
-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
2 Euler (h = 0.25)
Solução real
-1
-2
-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
6
7
Euler (h = 0.1)
2 Solução real
-1
-2
-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
7
Exercı́cio 03
Dado o PVI
y 0 (t) = t2 y − y, y(0) = 1,
3 /3−t
cuja solução é y(t) = et , responda os itens a seguir:
a) Usando os métodos de Euler e Runge-Kutta de quarta ordem, encontre uma solução aproxi-
mada, tomando h = 0.2.
c) Use agora o método de Euler com h = 0.1 e compare o resultado com o obtido no item
anterior.
Solução:
As condições iniciais são (t0 , y0 ) = (0, 1) e f (t, y) = t2 y−y, portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 1) = −1
Vamos calcular o valor de y(2) devido ao comportamento crescente da solução y(t). n =
(2 − t0 )/h = (2 − 0)/0.2 = 10.
Fazendo as iterações, temos a tabela (2):
t 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
y(t) 1 0.8 0.65 0.54 0.47 0.44 0.44 0.47 0.56 0.74 1.07
1
yn+1 = yn + (K1 + 2K2 + 2K3 + K4 ) (8)
6
com:
K1 = hf (xn , yn )
K1
K2 = hf (xn + h2 , yn + 2 )
K2
K3 = hf (xn + h2 , yn + 2 )
8
K4 = hf (xn + h, yn + K3 )
t 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
y(t) 1 0.82 0.68 0.59 0.53 0.51 0.54 0.62 0.79 1.15 1.95
Table 3: Iterações pelo método de Runge-Kutta de quarta ordem com passo h = 0.2
1.8
1.6
1.4
Aproximação Euler
Solução exata
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
1.8
1.6
1.4
Aproximação Runge-Kutta 4 ordem
Solução exata
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Figure 8: Aproximação do PVI pelo método de Runge-Kutta de quarta ordem para h = 0.2.
9
Vemos que a aproximação pelo método de Runge-Kutta é muito melhor.
c) Solução pelo método de Euler para h = 0.1. Utilizamos a equação (7), o número de termos
envolvidos será agora: n = (2 − t0 )/h = (2 − 0)/0.1 = 20.
Fazendo as iterações, temos a tabela (4), onde só foi colocado 10 valores com a sua corre-
spondente aproximação:
t 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
y(t) 1 0.81 0.67 0.56 0.50 0.47 0.48 0.54 0.67 0.92 1.41
1.8
1.6
1.4
Aproximação Euler (h = 0.1)
Solução exata
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Comparando os gráficos correspondentes ao método de Euler (7) com h = 0.2 e (9) com
h = 0.1, vemos que o resultado é mais aproximado quanto menor é o passo h.
10
Exercı́cio 04
Solução:
Z 1
2
O valor da integral é: I = e−x dx = 1.4936. Expressamos o seguinte PVI:
−1
Z x
2
y(x) = e−t dt (9)
−1
Além disso, temos que y(−1) = 0 e y(1) = K, ou seja, y(1) é a integral I que queremos calcular.
Então, temos o seguinte PVI:
2
y 0 (x) = f (x, y) = e−x
(10)
y(−1) = 0
Para resolver esse PVI, utilizamos o método de Euler com passo h = 0.1. Temos como ponto
inicial a x0 = −1, y0 = 0 e como ponto final a x = 1, assim, o número de pontos ou iterações
necessárias para achar y(1) é n = (1 − (−1))/0.1 = 20.
Desse jeito, temos o método de Euler:
2
yn+1 = yn + hf (xn , yn ) → yn+1 = yn + he−xn (11)
Fazendo as iterações, temos a tabela (5), onde se mostram só 10 iterações das 20 feitas:
Da tabela, vemos que o último valor corresponde à solução da integral, um valor próximo
do real:
y(1) ≈ 1.4924
11
Exercı́cio 05
Encontre uma aproximação com quatro dı́gitos corretos para y(0.1), onde y(t) é solução da
equação y 0 = xy + 1 e y(0) = 1.
Solução:
h h
yn+1 = yn + f (tn , yn ) + f (tn + h, yn + hyn0 ), yn0 = f (tn , yn ) (12)
2 2
h h
y(0.05) = y1 = y0 + f (t0 , y0 )+ f (t0 +h, y0 +hy00 ) = 1+0.025f (0, 1)+0.025f (0.05, 1.05) = 1.051
2 2
h h
y(0.1) = y2 = y1 + f (t1 , y1 )+ f (t1 +h, y1 +hy10 ) = 1.051+0.025×1.053+0.025f (0.1, 1.104) = 1.105
2 2
Portanto, utilizando o método de Euler aperfeiçoado para um passo h = 0.05, encontramos:
y(0.1) ≈ 1.105
12
Exercı́cio 06
y 0 (t) = t2 − y 2 , y(0) = 1
Solução:
h
yn+1 = yn + hf (tn+ 1 , yn+ 1 ), yn+ 1 = yn + f (tn , yn ) (14)
2 2 2 2
Temos as condições iniciais: (t0 , y0 ) = (0, 1) e f (t, y) = t2 −y 2 , portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 1) =
−1
Para t1 = t0 + h = 0 + 0.1 = 0.1, temos:
h 0.1
y 1 = y0 + f (t0 , y0 ) = 1 + (−1) = 0.95, t 1 = 0.5h = 0.05
2 2 2 2
13
y(0.1) = y1 = y0 + hf (t 1 , y 1 ) = 1 + 0.1f (0.05, 0.95) = 0.91
2 2
h 0.1
y 3 = y1 + f (t 1 , y 1 ) = 0.91 + (−0.9) = 0.86, t 3 = 1.5h = 0.15
2 2 2 2 2 2
1
yn+1 = yn + (K1 + K2 ) (15)
2
onde:
K1 = hf (tn , yn )
K2 = hf (tn + h, yn + K1 )
K2 = hf (t0 +h, y0 +K1 ) = 0.1×f (0+0.1, 1−0.1) = 0.1×f (0.1, 0.9) = 0.1×[(0.1)2 −(0.9)2 ] = −0.08
1 1
y(0.1) = y1 = y0 + (K1 + K2 ) = 1 + (−0.1 − 0.08) = 0.91
2 2
K2 = hf (t1 +h, y1 +K1 ) = hf (0.1+0.1, 0.91−0.082) = hf (0.2, 0.83) = 0.1×[(0.2)2 −(0.83)2 ] = −0.06
1 1
y(0.2) = y2 = y1 + (K1 + K2 ) = 0.91 + (−0.082 − 0.06) = 0.84
2 2
h2
yn+1 = yn + hf (tn , yn ) + ft (tn , yn ) + fy (tn , yn )f (tn , yn ) (16)
2
∂f ∂f
= ft = 2t, = fy = −2y (17)
∂t ∂y
14
substituindo (17) em (16):
y(0.1) = y1 = y0 +hf (t0 , y0 )+h2 [t0 −y0 f (t0 , y0 )] = 1+0.1×(−1)+(0.1)2 (0−1×(−1)) = 0.91
15
Exercı́cio 07
Mostre que o método de Euler Modificado e o método do ponto médio resultam nas mesmas
aproximações para o problema de valor inicial
y 0 (t) = −y + t + 1, y(0) = 0,
no intervalo t ∈ [0, 1], para qualquer escolha de h. Por que isto acontece?
Solução:
h2
3
h
yn+1 = yn 1 − h + −n +nh2 + h, n = 0, 1, · · · (19)
2 2
h
yn+1 = yn + hf (tn+ 1 , yn+ 1 ), yn+ 1 = yn + f (tn , yn ) (20)
2 2 2 2
h 1
yn+1 = yn + h(−yn+ 1 + tn+ 1 + 1) = yn + h − yn + f (xn , yn ) + n + h+1
2 2 2 2
h 1
yn+1 = yn + h −yn − (−yn + tn + 1) + n + h+1
2 2
ordenando os termos, se obtém:
h2
3
h
yn+1 = yn 1 − h + −n +nh2 + h, n = 0, 1, · · · (21)
2 2
Vemos que de (19) e (21), ambas aproximações são iguais para qualquer valor de h, isso
acontece devido à forma da função f (t, y).
16
Exercı́cio 08
e usando a fórmula
Z x3
3h
f (x)dx ≈ [f (x0 ) + 3(f (x1 ) + f (x2 )) + f (x3 )], (23)
x0 8
obtem-se:
3h
yn+3 = yn + [fn + 3(fn+1 + fn+2 ) + fn+3 ]
8
que é conhecido como o método 3/8 de Simpson
Solução:
Fazemos k = 3 em (22):
Z xn+3
y(xn+3 ) − y(xn ) = f (x, y(x))dx (24)
xn
e usando (23):
3h
y(xn+3 ) − y(xn ) = [f (z0 ) + 3(f (z1 ) + f (z2 )) + f (z3 )]
8
voltando para a variável x:
3h
y(xn+3 ) − y(xn ) = [f (xn ) + 3(f (xn+1 ) + f (xn+2 )) + f (xn+3 )] (25)
8
e assim, obtemos:
3h
yn+3 = yn + [fn + 3(fn+1 + fn+2 ) + fn+3 ]
8
17
Exercı́cio 09
usando h = 0.25.
Solução:
Table 6: Comparação dos resultados ao aplicar o método de diferenças finitas para h = 0.25
18
Comparação gráfica:
1.8
1.6
1.4
Solução exata
Diferenças finitas
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Figure 10: Comparação dos gráficos da solução exata e do método de diferenças finitas para
h = 0.25
19
Exercı́cio 10
Escreva uma discretização com aproximação de segunda ordem para a equação diferencial
Solução:
Calculamos o número de termos no intervalo [0,1] para um passo h = 0.1: n = (1 − 0)/0.1 = 10.
Assim, temos as condições de contorno: t0 = 0, y0 = 1 e t10 = 1, y10 = 0.
Substituimos esses valores em (31) para cada valor de i e h = 0.1 e obtemos o sistema de
equações:
i=9: (2 + 9h2 )y10 − 3y9 + (2 − 9h2 )y2 = 81h2 → −3y9 + 1.91y8 = 0.81
20
Exercı́cio 11
Solução:
Fazemos u = y e z = y 0 :
u=y → u0 = y 0 = z
(33)
z = y0 → z 0 = y 00
substituimos (33) em (32):
Assim, a EDO (32) de segunda ordem pode ser escrita como o seguinte sistemas de EDO de
primeira ordem:
u0 (t) = z(t), u(0) = 1
(34)
z 0 (t) = −tz(t) − t2 u(t), z(0) = 5
Assim, a EDO (35) de segunda ordem pode ser escrita como o seguinte sistemas de EDO de
primeira ordem:
u0 (t) = z(t), u(0) = 1
(36)
z 0 (t) = e−t − cos(t)z(t) − u(t), z(0) = −4
21
Exercı́cio 12
Forneça uma aproximação para a solução do PVC abaixo, fazendo uso de um método para esse
tipo de problema e o método de Newton para sistemas não lineares:
2
y 00 = 0.5y 3 , y(1) = − , y(2) = −1, (37)
3
Solução:
Calculamos o número de termos no intervalo [1,2] para um passo h = 0.05: n = (2−1)/0.05 = 20.
Assim, temos as condições de contorno: x0 = 1, y0 = −2/3 e x20 = 2, y20 = −1.
Substituimos esses valores em (39) para cada valor de i e h = 0.05 e obtemos o sistema de
equações:
22