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Lista de Cálculo Numérico

Resolução numérica de Equações Diferenciais Ordinárias

Exercı́cio 01

Considere o método de Euler aplicado ao PVI:

y 0 (t) = y(t), y(0) = 1,

que tem como solução y(t) = et .

a) Mostre que é possı́vel escrever as iterações do método de Euler com passo h como:

yh (tn ) = (1 + h)tn /h , n ≥ 0,

b) Conclua que, para h suficientemente pequeno, yn (t) converge pontualmente para a solução,
ou seja, cada ponto da função de aproximação yh (t) converge para y(t).

c) Calcular y(0.2) para diferentes valores de h.

Solução:

a) Aplicamos o método de Euler com passo h, onde f (t, y) = y, assim:

yn+1 = yn + hf (tn , yn ) → yn+1 = yn + hyn = yn (1 + h)

é satisfeito para qualquer n:

yn = yn−1 (1+h) = yn−2 (1+h)(1+h) = yn−2 (1+h)2 = yn−3 (1+h)(1+h)2 = yn−3 (1+h)3 = · · ·

A expressão para y fica:


yn = yn−i (1 + h)i , i = 0, 1, · · · , n

Fazendo i = n temos:
yn = y0 (1 + h)n (1)

Temos também as condições iniciais: t0 = 0, y0 = 1, e os valores de t são:

tn = t0 + nh = nh → n = tn /h

1
Substituindo em (1) obtemos uma expressão que só depende de h:

yh (tn ) = (1 + h)tn /h , n > 0. (2)

b) Temos que:
yh (t) = (1 + h)t/h

Calculamos o limite de yh (t) quando h é suficientemente pequeno:

lim yh (t) = lim (1 + h)t/h (3)


h→0 h→0

que é a definição da exponencial:


lim yh (t) = et
h→0

onde et é a solução do PVI. Então, para h suficientemente pequeno, yn (t) converge para a
solução e−t .

c) Utilizamos a expressão (2). Escolhemos h = 0.05 e h = 0.04 , ondetn = nh.


Para h = 0.05 :
y0.05 (tn ) = (1.05)n

Para calcular y(0.2), precisamos de n que é o número de termos: n = (0.2 − 0)/0.05 = 4.


Então, y(0.2) = y(t4 ) = (1.05)4 ≈ 1.215

Para h = 0.04 :
y0.04 (tn ) = (1.04)n

Para calcular y(0.2), precisamos de n que é o número de termos: n = (0.2 − 0)/0.04 = 5.


Então, y(0.2) = y(t5 ) = (1.04)5 ≈ 1.216

2
Exercı́cio 02

Seja o PVI:
y 0 (t) = 4 − 2t, y(0) = 2,

que tem como solução y(t) = −t2 + 4t + 2.

a) Encontre uma aproximação para y(5) usando o método da série de Taylor de segunda ordem,
usando h = 0.5, 0.25, 0.1;

b) Compare os resultados com a solução exata do problema. Justifique;

c) O que você espera que aconteça se usar o método de Euler para resolver os itens anteriores?
Justifique

Solução:

a) A fórmula da série de Taylor de segunda ordem é:

h2
 
yn+1 = yn + hf (tn , yn ) + ft (tn , yn ) + fy (tn , yn )f (tn , yn ) (4)
2

Onde ft = ∂f /∂t e fy = ∂f /∂y.


As condições iniciais são (t0 , y0 ) = (0, 2) e a função é f (t, y) = 4 − 2t, portanto: f (t0 , y0 ) =
f (0, 2) = 4
Calculo das derivadas parciais:

∂f ∂f
= ft = −2, = fy = 0 (5)
∂t ∂y

Substituindo (5) em (4) para h = 0.5 teriamos o valor de y1 para t1 = t0 + h = 0.5:

h2 (0.5)2
y1 = y0 + hf (t0 , y0 ) + [−2 + 0 × f (t0 , y0 )] = 2 + 0.5 × 4 + (−2 + 0 × 4) = 3.75
2 2

Agora temos: f (t1 , y1 ) = f (0.5, 3.75) = 4 − 2 × 0.5 = 3


O valor de y2 para t2 = t1 + h = 0.5 + 0.5 = 1.0:

h2 (0.5)2
y2 = y1 + hf (t1 , y1 ) + [−2 + 0 × f (t1 , y1 )] = 3.75 + 0.5 × 3 + (−2 + 0 × 3) = 5.00
2 2

O processo é repetido até chegar a t = 5.0. Fazendo os cálculos para cada valor de h, temos
a tabela (6).

3
t h = 0.5 h = 0.25 h = 0.1 valor exato
0.0 2.00 2.00 2.00 2.00
0.5 3.75 3.75 3.75 3.75
1.0 5.00 5.00 5.00 5.00
1.5 5.75 5.75 5.75 5.75
2.0 6.00 6.00 6.00 6.00
2.5 5.75 5.75 5.75 5.75
3.0 5.00 5.00 5.00 5.00
3.5 3.75 3.75 3.75 3.75
4.0 2.00 2.00 2.00 2.00
4.5 -0.25 -0.25 -0.25 -0.25
5.0 -3.00 -3.00 -3.00 -3.00

Table 1: Comparação dos resultados ao aplicar o método de Taylor de segunda ordem para
h = 0.5, 0.25 e h = 0.1.

Da tabela (6) vemos que o resultado final para cada valor de h é o mesmo: y(5) = −3.

b) Na tabela (6) temos a comparação para cada valor de h e o valor exato que é o resultado de
substituir t na solução do PVI: y(t) = −t2 + 4t + 2.

2
Euler aperfeiçoado (h = 0.5)
Solução real

-1

-2

-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Figure 1: Aproximação do PVI pelo método da série de Taylor de 2da ordem para h = 0.5.

4
6

2
Euler aperfeiçoado (h = 0.25)
Solução real
1

-1

-2

-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Figure 2: Aproximação do PVI pelo método da série de Taylor de 2da ordem para h = 0.25.

2
Euler aperfeiçoado (h = 0.1)
Solução real
1

-1

-2

-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Figure 3: Aproximação do PVI pelo método da série de Taylor de 2da ordem para h = 0.1.

Vemos nos gráficos, que as aproximações feitas pelo método da série de Taylor de segunda
ordem e a solução exata coincidem, mas o número de termos envolvidos é maior quanto
menor seja o passo h.

c) O método de Euler não é bem exato como o método utilizado anteriormente, as aproximações
não serão bem exatas como no caso anterior e serão melhores enquanto menor seja o passo
h utilizado.
A fórmula de Euler é:
yn+1 = yn + hf (tn , yn ) (6)

onde (t0 , y0 ) = (0, 2) e f (t, y) = 4 − 2t, portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 2) = 4

5
para h = 0.5 temos o valor de y1 para t1 = 0.5:

y1 = y0 + hf (t0 , y0 ) = 2 + 0.5 × 4 = 4

deve-se fazer o mesmo cálculo até chegar a t = 5.0 para cada valor de h dado em (a) e obter
os gráficos das aproximações.

2
Euler (h = 0.5)
Solução real
1

-1

-2

-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Figure 4: Aproximação do PVI pelo método de Euler para h = 0.5.

2 Euler (h = 0.25)
Solução real

-1

-2

-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Figure 5: Aproximação do PVI pelo método de Euler para h = 0.25.

6
7

Euler (h = 0.1)
2 Solução real

-1

-2

-3
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Figure 6: Aproximação do PVI pelo método de Euler para h = 0.1.

7
Exercı́cio 03

Dado o PVI
y 0 (t) = t2 y − y, y(0) = 1,
3 /3−t
cuja solução é y(t) = et , responda os itens a seguir:

a) Usando os métodos de Euler e Runge-Kutta de quarta ordem, encontre uma solução aproxi-
mada, tomando h = 0.2.

b) Compare graficamente a solução exata e as soluções obtidas com os métodos numéricos.

c) Use agora o método de Euler com h = 0.1 e compare o resultado com o obtido no item
anterior.

Solução:

a) Solução pelo método de Euler para h = 0.2:

yn+1 = yn + hf (tn , yn ) (7)

As condições iniciais são (t0 , y0 ) = (0, 1) e f (t, y) = t2 y−y, portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 1) = −1
Vamos calcular o valor de y(2) devido ao comportamento crescente da solução y(t). n =
(2 − t0 )/h = (2 − 0)/0.2 = 10.
Fazendo as iterações, temos a tabela (2):

t 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
y(t) 1 0.8 0.65 0.54 0.47 0.44 0.44 0.47 0.56 0.74 1.07

Table 2: Iterações pelo método de Euler com passo h = 0.2

Temos que y(2) ≈ 1.07.

Solução pelo método de Runge-Kutta de quarta ordem para h = 0.2:

1
yn+1 = yn + (K1 + 2K2 + 2K3 + K4 ) (8)
6

com:
K1 = hf (xn , yn )

K1
K2 = hf (xn + h2 , yn + 2 )

K2
K3 = hf (xn + h2 , yn + 2 )

8
K4 = hf (xn + h, yn + K3 )

Fazendo as iterações, temos a tabela (3):

t 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
y(t) 1 0.82 0.68 0.59 0.53 0.51 0.54 0.62 0.79 1.15 1.95

Table 3: Iterações pelo método de Runge-Kutta de quarta ordem com passo h = 0.2

Temos que y(2) ≈ 1.95.

b) Comparação gráfica da solução exata e as soluções obtidas numericamente:

1.8

1.6

1.4
Aproximação Euler
Solução exata
1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2

Figure 7: Aproximação do PVI pelo método de Euler para h = 0.2.

1.8

1.6

1.4
Aproximação Runge-Kutta 4 ordem
Solução exata
1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2

Figure 8: Aproximação do PVI pelo método de Runge-Kutta de quarta ordem para h = 0.2.

9
Vemos que a aproximação pelo método de Runge-Kutta é muito melhor.

c) Solução pelo método de Euler para h = 0.1. Utilizamos a equação (7), o número de termos
envolvidos será agora: n = (2 − t0 )/h = (2 − 0)/0.1 = 20.
Fazendo as iterações, temos a tabela (4), onde só foi colocado 10 valores com a sua corre-
spondente aproximação:

t 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
y(t) 1 0.81 0.67 0.56 0.50 0.47 0.48 0.54 0.67 0.92 1.41

Table 4: Iterações pelo método de Euler com passo h = 0.1

Temos que y(2) ≈ 1.41.


Segue a comparação gráfica:

1.8

1.6

1.4
Aproximação Euler (h = 0.1)
Solução exata
1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2

Figure 9: Aproximação do PVI pelo método de Euler para h = 0.1.

Comparando os gráficos correspondentes ao método de Euler (7) com h = 0.2 e (9) com
h = 0.1, vemos que o resultado é mais aproximado quanto menor é o passo h.

10
Exercı́cio 04

Calcule uma aproximação para o valor da integral definida


Z 1
2
e−x dx
−1

resolvendo analiticamente a integral. Depois, formule o problema como um PVI, usando a


estrutura da função no integrando. Resolva numericamente o PVI obtido através método de
Euler com passo h = 0.1.

Solução:
Z 1
2
O valor da integral é: I = e−x dx = 1.4936. Expressamos o seguinte PVI:
−1
Z x
2
y(x) = e−t dt (9)
−1

cuja derivada é:


2
y 0 (x) = e−x

Além disso, temos que y(−1) = 0 e y(1) = K, ou seja, y(1) é a integral I que queremos calcular.
Então, temos o seguinte PVI:

2
 y 0 (x) = f (x, y) = e−x
(10)
 y(−1) = 0

Para resolver esse PVI, utilizamos o método de Euler com passo h = 0.1. Temos como ponto
inicial a x0 = −1, y0 = 0 e como ponto final a x = 1, assim, o número de pontos ou iterações
necessárias para achar y(1) é n = (1 − (−1))/0.1 = 20.
Desse jeito, temos o método de Euler:

2
yn+1 = yn + hf (xn , yn ) → yn+1 = yn + he−xn (11)

Fazendo as iterações, temos a tabela (5), onde se mostram só 10 iterações das 20 feitas:

t -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1


y(t) 0 0.0813 0.1953 0.3429 0.5195 0.7146 0.9136 1.1011 1.2642 1.3952 1.4924

Table 5: Iterações pelo método de Euler com passo h = 0.1

Da tabela, vemos que o último valor corresponde à solução da integral, um valor próximo
do real:
y(1) ≈ 1.4924

11
Exercı́cio 05

Encontre uma aproximação com quatro dı́gitos corretos para y(0.1), onde y(t) é solução da
equação y 0 = xy + 1 e y(0) = 1.

Solução:

Para uma melhor aproximação, podemos utilizar o método de Euler aperfeiçoado

h h
yn+1 = yn + f (tn , yn ) + f (tn + h, yn + hyn0 ), yn0 = f (tn , yn ) (12)
2 2

onde f (tn , yn ) = tn yn + 1, Além disso: t0 = 0, y0 = 1, portanto tn = t0 + nh = nh e f (t0 , y0 ) =


f (0, 1) = 1.
Escolhemos um passo de h = 0.05 no intervalo [0,0.1]. O número de termos envolvidos (ou
número de iterações) seria n = (0.1 − 0)/0.05 = 2.
Para t1 = t0 + h = 0 + 0.05 = 0.05, temos:

y00 = f (t0 , y0 ) = f (0, 1) = 1

h h
y(0.05) = y1 = y0 + f (t0 , y0 )+ f (t0 +h, y0 +hy00 ) = 1+0.025f (0, 1)+0.025f (0.05, 1.05) = 1.051
2 2

Para t2 = t1 + h = 0.05 + 0.05 = 0.1, temos:

y10 = f (t1 , y1 ) = f (0.05, 1.051) = 1.053

h h
y(0.1) = y2 = y1 + f (t1 , y1 )+ f (t1 +h, y1 +hy10 ) = 1.051+0.025×1.053+0.025f (0.1, 1.104) = 1.105
2 2
Portanto, utilizando o método de Euler aperfeiçoado para um passo h = 0.05, encontramos:

y(0.1) ≈ 1.105

12
Exercı́cio 06

A função y(t) é definida plo PVI

y 0 (t) = t2 − y 2 , y(0) = 1

Calcule y(0.2) utilizando os seguintes métodos:

a) Euler, com passo h = 0.1 e h = 0.2

b) Ponto médio, h = 0.1

c) Runge-Kutta de segunda ordem, com h = 0.1

d) Série de Taylor de segunda ordem, h = 0.1

Solução:

a) Solução pelo método de Euler com passo h = 0.1:

yn+1 = yn + hf (tn , yn ) (13)

As condições iniciais são (t0 , y0 ) = (0, 1) e f (t, y) = t2 −y 2 , portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 1) = −1


Para t1 = t0 + h = 0 + 0.1 = 0.1, temos:

y(0.1) = y1 = y0 + hf (t0 , y0 ) = 1 + 0.1 × (−1) = 0.9

agora: f (t1 , y1 ) = f (0.1, 0.9) = (0.1)2 − (0.9)2 = −0.8


Finalmente, para t2 = t1 + h = 0.1 + 0.1 = 0.2, temos:

y(0.2) = y2 = y1 + hf (t1 , y1 ) = 0.9 + 0.1 × (−0.8) = 0.82

Solução pelo método de Euler com passo h = 0.2:


Utilizamos a equação (13). Para t1 = t0 + h = 0 + 0.2 = 0.2, temos:

y(0.2) = y1 = y0 + hf (t0 , y0 ) = 1 + 0.2 × (−1) = 0.8

b) Solução pelo método do ponto médio para h = 0.1:

h
yn+1 = yn + hf (tn+ 1 , yn+ 1 ), yn+ 1 = yn + f (tn , yn ) (14)
2 2 2 2
Temos as condições iniciais: (t0 , y0 ) = (0, 1) e f (t, y) = t2 −y 2 , portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 1) =
−1
Para t1 = t0 + h = 0 + 0.1 = 0.1, temos:

h 0.1
y 1 = y0 + f (t0 , y0 ) = 1 + (−1) = 0.95, t 1 = 0.5h = 0.05
2 2 2 2

13
y(0.1) = y1 = y0 + hf (t 1 , y 1 ) = 1 + 0.1f (0.05, 0.95) = 0.91
2 2

Para t2 = t1 + h = 0.1 + 0.1 = 0.2, temos:

h 0.1
y 3 = y1 + f (t 1 , y 1 ) = 0.91 + (−0.9) = 0.86, t 3 = 1.5h = 0.15
2 2 2 2 2 2

y(0.2) = y2 = y1 + hf (t 3 , y 3 ) = 0.91 + 0.1f (0.15, 0.86) = 0.84


2 2

c) Solução pelo método de Runge-Kutta de segunda ordem para h = 0.1

1
yn+1 = yn + (K1 + K2 ) (15)
2

onde:
K1 = hf (tn , yn )

K2 = hf (tn + h, yn + K1 )

Temos as condições iniciais: (t0 , y0 ) = (0, 1) e f (t, y) = t2 −y 2 , portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 1) =


−1
Para t1 = t0 + h = 0 + 0.1 = 0.1, temos:

K1 = hf (t0 , y0 ) = 0.1 × f (0, 1) = 0.1 × (−1) = −0.1

K2 = hf (t0 +h, y0 +K1 ) = 0.1×f (0+0.1, 1−0.1) = 0.1×f (0.1, 0.9) = 0.1×[(0.1)2 −(0.9)2 ] = −0.08
1 1
y(0.1) = y1 = y0 + (K1 + K2 ) = 1 + (−0.1 − 0.08) = 0.91
2 2

agora: f (t1 , y1 ) = f (0.1, 0.91) = (0.1)2 − (0.91)2 = −0.82


Finalmente, para t2 = t1 + h = 0.1 + 0.1 = 0.2, temos:

K1 = hf (t1 , y1 ) = 0.1 × f (0.1, 0.91) = 0.1 × (−0.82) = −0.082

K2 = hf (t1 +h, y1 +K1 ) = hf (0.1+0.1, 0.91−0.082) = hf (0.2, 0.83) = 0.1×[(0.2)2 −(0.83)2 ] = −0.06
1 1
y(0.2) = y2 = y1 + (K1 + K2 ) = 0.91 + (−0.082 − 0.06) = 0.84
2 2

d) Solução pelo método da Série de Taylor de segunda ordem para h = 0.1

h2
 
yn+1 = yn + hf (tn , yn ) + ft (tn , yn ) + fy (tn , yn )f (tn , yn ) (16)
2

Onde ft = ∂f /∂t e fy = ∂f /∂y.


As condições iniciais são (t0 , y0 ) = (0, 1) e f (t, y) = t2 −y 2 , portanto: f (t0 , y0 ) = f (0, 1) = −1
Calculamos as derivadas parciais:

∂f ∂f
= ft = 2t, = fy = −2y (17)
∂t ∂y

14
substituindo (17) em (16):

yn+1 = yn + hf (tn , yn ) + h2 [tn − yn f (tn , yn )]

Para t1 = t0 + h = 0 + 0.1 = 0.1, temos:

y(0.1) = y1 = y0 +hf (t0 , y0 )+h2 [t0 −y0 f (t0 , y0 )] = 1+0.1×(−1)+(0.1)2 (0−1×(−1)) = 0.91

agora: f (t1 , y1 ) = f (0.1, 0.91) = (0.1)2 − (0.91)2 = −0.82


Finalmente, para t2 = t1 + h = 0.1 + 0.1 = 0.2, temos:

y(0.2) = y2 = y1 + hf (t1 , y1 ) + h2 [t1 − y1 f (t1 , y1 )]

y(0.2) = 0.91 + 0.1 × (−0.82) + (0.1)2 (0.1 − 0.91 × (−0.82)) = 0.84

15
Exercı́cio 07

Mostre que o método de Euler Modificado e o método do ponto médio resultam nas mesmas
aproximações para o problema de valor inicial

y 0 (t) = −y + t + 1, y(0) = 0,

no intervalo t ∈ [0, 1], para qualquer escolha de h. Por que isto acontece?

Solução:

ˆ Aproximação pelo método de Euler modificado:


 
h h 0
yn+1 = yn + hf tn + , yn + yn , yn0 = f (tn , yn ) (18)
2 2

onde f (tn , yn ) = −yn + tn + 1 e t0 = 0, portanto tn = t0 + nh = nh.


Desenvolvemos a equação (18)
 
h h
yn+1 = yn + h −yn − f (tn , yn ) + tn + + 1
2 2
 
h h
yn+1 = yn + h −yn − (−yn + tn + 1) + tn + + 1
2 2
ordenando os termos, se obtém finalmente:

h2
   3
h
yn+1 = yn 1 − h + −n +nh2 + h, n = 0, 1, · · · (19)
2 2

ˆ Aproximação pelo método do ponto médio:

h
yn+1 = yn + hf (tn+ 1 , yn+ 1 ), yn+ 1 = yn + f (tn , yn ) (20)
2 2 2 2

neste caso: tn+ 1 = (n + 21 )h. Desenvolvemos a equação (20):


2

     
h 1
yn+1 = yn + h(−yn+ 1 + tn+ 1 + 1) = yn + h − yn + f (xn , yn ) + n + h+1
2 2 2 2
   
h 1
yn+1 = yn + h −yn − (−yn + tn + 1) + n + h+1
2 2
ordenando os termos, se obtém:

h2
   3
h
yn+1 = yn 1 − h + −n +nh2 + h, n = 0, 1, · · · (21)
2 2

Vemos que de (19) e (21), ambas aproximações são iguais para qualquer valor de h, isso
acontece devido à forma da função f (t, y).

16
Exercı́cio 08

Mostre que, fazendo k = 3 na equação


Z xn+k
y(xn+k ) − y(xn ) = f (x, y(x))dx (22)
xn

e usando a fórmula
Z x3
3h
f (x)dx ≈ [f (x0 ) + 3(f (x1 ) + f (x2 )) + f (x3 )], (23)
x0 8

obtem-se:
3h
yn+3 = yn + [fn + 3(fn+1 + fn+2 ) + fn+3 ]
8
que é conhecido como o método 3/8 de Simpson

Solução:

Fazemos k = 3 em (22):
Z xn+3
y(xn+3 ) − y(xn ) = f (x, y(x))dx (24)
xn

podemos fazer a seguinte mudança de variável: xn+j = zj , j = 0, 1, · · · → dx = dz


Assim, temos: xn = z0 e xn+3 = z3 . A equação (24) resulta em:
Z z3 Z z3
y(xn+3 ) − y(xn ) = f (z, y(z))dz = f (z)dz
z0 z0

e usando (23):
3h
y(xn+3 ) − y(xn ) = [f (z0 ) + 3(f (z1 ) + f (z2 )) + f (z3 )]
8
voltando para a variável x:

3h
y(xn+3 ) − y(xn ) = [f (xn ) + 3(f (xn+1 ) + f (xn+2 )) + f (xn+3 )] (25)
8

e assim, obtemos:
3h
yn+3 = yn + [fn + 3(fn+1 + fn+2 ) + fn+3 ]
8

17
Exercı́cio 09

Resolva o seguinte PVC usando o método de diferenças finitas

y 00 (t) + 2y 0 (t) + y(t) = t, y(0) = 2, y(1) = 0 (26)

usando h = 0.25.

Solução:

Temos que encontrar as soluções no intervalo [0,1]. Os valores de contorno são: t0 = 0, y0 = 2.


A malha seria: ti = t0 + ih = ih. As expressões para as derivadas:

yi+1 − 2yi + yi−1 yi+1 − yi−1


y 00 = , y0 = (27)
h2 2h
Substituimos (27) em (26):
   
yi+1 − 2yi + yi−1 yi+1 − yi−1
+2 +yi = ti
h2 2h
reordenando os termos e lembrando que ti = ih:

(1 + h)yi+1 + (h2 − 2)yi + (1 − h)yi−1 = ih3 (28)

Calculamos o número de termos no intervalo [0,1] para um passo h = 0.25: n = (1 − 0)/0.25 = 4.


Assim, temos as condições de contorno: t0 = 0, y0 = 2 e t4 = 1, y4 = 0.
Substituimos esses valores em (28) para cada valor de i e h = 0.25:

i = 1 : (1 + h)y2 + (h2 − 2)y1 + (1 − h)y0 = ih3 → 1.25y2 − 1.94y1 + 1.5 = 0.016

i = 2 : (1 + h)y3 + (h2 − 2)y2 + (1 − h)y1 = ih3 → 1.25y3 − 1.94y2 + 0.75y1 = 0.032

i = 3 : (1 + h)y4 + (h2 − 2)y3 + (1 − h)y2 = ih3 → −1.94y3 + 0.75y2 = 0.048

A solução do sistema é: y1 = 1.1, y2 = 0.52, y3 = 0.18


A seguinte tabela mostra as soluções no intervalo [0,1] mediante diferenças finitas e a solução
real dada pela função y = 4e−t (1 − t) + te(1−t) + t − 2.

t y(t) valor exato


0.00 2 2.00
0.25 1.1 1.12
0.50 0.52 0.54
0.75 0.18 0.19
1.00 0 0

Table 6: Comparação dos resultados ao aplicar o método de diferenças finitas para h = 0.25

18
Comparação gráfica:

1.8

1.6

1.4
Solução exata
Diferenças finitas
1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Figure 10: Comparação dos gráficos da solução exata e do método de diferenças finitas para
h = 0.25

19
Exercı́cio 10

Escreva uma discretização com aproximação de segunda ordem para a equação diferencial

y 00 (t) + ty 0 (t) + y(t) = t2 , y(0) = 1, y(1) = 0 (29)

Prepare o esquema das equações resultantes que correspondem a tomar h = 0.1.

Solução:

Temos que encontrar as soluções no intervalo [0,1]. Os valores de contorno: t0 = 0, y0 = 1. A


malha seria: ti = t0 + ih = ih. As expressões para as derivadas:

yi+1 − 2yi + yi−1 yi+1 − yi−1


y 00 = , y0 = (30)
h2 2h

Substituimos (30) em (29):


   
yi+1 − 2yi + yi−1 yi+1 − yi−1
+ti +yi = t2i
h2 2h

reordenando os termos e lembrando que ti = ih:

(2 + ih2 )yi+1 − 3yi + (2 − ih2 )yi−1 = i2 h2 (31)

Calculamos o número de termos no intervalo [0,1] para um passo h = 0.1: n = (1 − 0)/0.1 = 10.
Assim, temos as condições de contorno: t0 = 0, y0 = 1 e t10 = 1, y10 = 0.
Substituimos esses valores em (31) para cada valor de i e h = 0.1 e obtemos o sistema de
equações:

i=1: (2 + h2 )y2 − 3y1 + (2 − h2 )y0 = h2 → 2.01y2 − 3y1 = −1.98

2 ≤ i ≤ 8 : (2 + ih2 )yi+1 − 3yi + (2 − ih2 )yi−1 = i2 h2 → (2 + 0.01i)yi+1 − 3yi + (2 − 0.01i)yi−1 = 0.01i2

i=9: (2 + 9h2 )y10 − 3y9 + (2 − 9h2 )y2 = 81h2 → −3y9 + 1.91y8 = 0.81

20
Exercı́cio 11

Escreva os PVI abaixo como um sistema de equações diferenciais ordinárias.

a) y 00 (t) + ty 0 (t) + t2 y(t) = 0, y(0) = 1, y 0 (0) = 5,

b) y 00 (t) + cos(t)y 0 (t) + y(t) = e−t , y(0) = 1, y 0 (0) = −4

Solução:

a) Temos a seguinte EDO de segunda ordem:

y 00 (t) + ty 0 (t) + t2 y(t) = 0, y(0) = 1, y 0 (0) = 5, (32)

Fazemos u = y e z = y 0 : 
 u=y → u0 = y 0 = z
(33)
 z = y0 → z 0 = y 00
substituimos (33) em (32):

z 0 (t) + tz(t) + t2 u(t) = 0, y(0) = u(0) = 1, y 0 (0) = z(0) = 5

z 0 (t) = −tz(t) − t2 u(t)

Assim, a EDO (32) de segunda ordem pode ser escrita como o seguinte sistemas de EDO de
primeira ordem: 
 u0 (t) = z(t), u(0) = 1
(34)
 z 0 (t) = −tz(t) − t2 u(t), z(0) = 5

b) Temos a seguinte EDO de segunda ordem:

y 00 (t) + cos(t)y 0 (t) + y(t) = e−t , y(0) = 1, y 0 (0) = −4 (35)

Fazemos u = y e z = y 0 como no item anterior, substituimos (33) em (35):

z 0 (t) + cos(t)z(t) + u(t) = e−t , y(0) = u(0) = 1, y 0 (0) = z(0) = −4

z 0 (t) = e−t − cos(t)z(t) − u(t)

Assim, a EDO (35) de segunda ordem pode ser escrita como o seguinte sistemas de EDO de
primeira ordem: 
 u0 (t) = z(t), u(0) = 1
(36)
 z 0 (t) = e−t − cos(t)z(t) − u(t), z(0) = −4

21
Exercı́cio 12

Forneça uma aproximação para a solução do PVC abaixo, fazendo uso de um método para esse
tipo de problema e o método de Newton para sistemas não lineares:

2
y 00 = 0.5y 3 , y(1) = − , y(2) = −1, (37)
3

para x ∈ (1, 2) e h = 0.05.


2
Solução analı́tica: y(x) = x−4

Solução:

Temos que encontrar as soluções no intervalo [1,2]. Os valores de contorno: x0 = 1, y0 = −2/3.


A malha seria: xi = x0 + ih = 1 + ih. As expressões para as derivadas são:

yi+1 − 2yi + yi−1 yi+1 − yi−1


y 00 = , y0 = (38)
h2 2h

Substituimos (38) em (37):  


yi+1 − 2yi + yi−1
= 0.5yi3
h2
reordenando os termos e lembrando que xi = 1 + ih:

2yi+1 − 4yi + 2yi−1 = h2 yi3 (39)

Calculamos o número de termos no intervalo [1,2] para um passo h = 0.05: n = (2−1)/0.05 = 20.
Assim, temos as condições de contorno: x0 = 1, y0 = −2/3 e x20 = 2, y20 = −1.
Substituimos esses valores em (39) para cada valor de i e h = 0.05 e obtemos o sistema de
equações:

i=1: 2y2 − 4y1 + 2y0 = h2 y13 → 2y2 − 4y1 − 1.33 = 0.0025y13

2 ≤ i ≤ 18 : 2yi+1 − 4yi + 2yi−1 = h2 yi3 → 2yi+1 − 4yi + 2yi−1 = 0.0025yi3


3
i = 19 : 2y20 − 4y19 + 2y18 = h2 y19
3 → −2 − 4y19 + 2y18 = 0.0025y19

cuja solução fornece uma aproximação para o PVC.

22

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