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Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE

Data de veiculação: 14 de janeiro/2019 - Segunda-feira


Colaborador: Pastor Gerson Acker

Reclamação barata

Ultimamente ando meio sem paciência com gente reclamona. E o que mais me assusta é o quanto nós – me
reconheço como reclamão também – temos reclamado de tudo e todos, com ou sem motivos. Foi-se à época de
puxar papo com o famoso “está quente hoje…” (frase de constatação, desejando que o papo siga por outros
assuntos). Substituiu-se pelo “que calor!” (aquele em tom de reclamação, ansioso para que o interlocutor siga
reclamando da poeira, da política…).
Tudo bem que estamos longe de caminhar e cantar e seguir a canção, mas esse peso do desagrado que carregamos
às costas faz tudo ser ainda mais difícil. Além de contaminar negativamente todos os que estão ao redor, o seu
próprio humor fica ácido. Eu ando sem paciência com reclamações, logo ando sem paciência comigo mesmo. Tenho
ficado calado toda vez que me dou conta que só reclamo. Me questiono se os parâmetros de vida que criamos estão
tão inatingíveis e, já que não chegamos lá, é melhor parar pra reclamar.
Dias atrás, “matinei” (do verbo “matinar”, que eu também neologismei, que significa ‘acordar mega cedo’) para ir
malhar. Não quis acreditar, mas àquela hora do dia já tinha gente reclamando. Eu observava as falas de uma mulher
que estava mudando sua série de exercícios: “Porque tá pesado!”, “eu não gosto desse aparelho!”, “já estou
dolorida”, “ainda não acabou!?!”, “só vou fazer uma série disso”… Como o saco do instrutor não estourou, eu não sei.
Só sei que eu mesmo já estava de saco cheio com vontade de entrar no assunto e dizer: minha querida, não quer
malhar? Fica em casa reclamando da vida.
E nem venha reclamar da vida! Porque ela anda difícil pra você, pra mim e pros demais 7.418.703.377 seres humanos
da Terra. Em maior ou menor grau, cada um/uma de nós está na sua própria “pindaíba”. O que mais me frustra nesse
monólogo coletivo de lamúrias é a sua pouca eficiência no sentido de resolver efetivamente os problemas. Porque
essa enxurrada de reclamações não visa uma catarse, harmonização de pensamentos, solução de conflitos. Parece-
me que estamos competindo freneticamente para ver quem reclama mais! E aonde paramos com tudo isso? Não
tem PROCON que suporte! Não há ouvidos amigos que sucumbam!
A questão não é guardar os problemas para si. A questão é o excesso de reclamação sobre as trivialidades da vida: Se
você mora no nordeste, não adianta reclamar do calor. Se você ganha um salário mínimo, não vai mudar em nada
reclamar dizendo que o dinheiro está pouco. Se o casamento não anda bem, é mais sensato avaliar criteriosamente
os prós e contras de estar ao lado dessa pessoa. Despertemos para a consciência de que reclamar por reclamar não
muda nada. Reclame e ofereça soluções (no plural!). Como escreveu Reinhold Niebuhr, teólogo estadunidense, “Que
Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria
para distinguir entre elas” – porque o resto é só reclamação.
Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE
Data de veiculação: 15 de janeiro/2019 - Terça-feira
Colaboradora: Elsita Kehl

O dia de hoje é um presente

Sempre estamos com pressa, seja para irmos à escola, para irmos ao trabalho, para um encontro. Temos um horário
para o café da manhã, almoço, enfim, procuramos agendar nossos compromissos, fixá-los para não esquecer deles.
Assim, desde pequenos, somos praticamente escravizados pelo relógio. E é aborrecedor quando estamos em uma fila
qualquer, esperando para sermos atendidos. Isso porque fixamos nossos compromissos posteriores baseados nos
horários de atendimento e, então, ficamos estressados quando não somos atendidos no tempo determinado.
Quando os horários são fixados para prestar exames em faculdades, escolas, e os inscritos não chegam no horário, os
portões são fechados – aqueles que não chegaram no horário previsto não podem entrar. Reclamam. Entretanto,
tudo vem de educação familiar em cumprir horários.
Até Deus estabeleceu um tempo para nós. Quando Ele nos criou, deu para nós um tempo de vida fixado pela sua
vontade, que é a nossa existência. Neste período, temos as mais diversas oportunidades e modos de vivenciá-las. A
vida segue, no acordar, no relacionar-se com todos ao redor, no aprender para realizar algo de útil, de diferentes
maneiras, e a vida também é descansar. Quanto tempo levará tudo isso? Não temos ideia. A única coisa que
sabemos é que estaremos sempre esperando nossa vez de sermos chamados por Ele, Nosso Criador e Senhor, para a
paz celestial. Como será? Não sabemos. Mas a vida é uma oportunidade de ser feliz, de espalhar amor, de obedecer
aos princípios estabelecidos pelo Senhor, desde a criação do mundo. Como pessoas cristãs, sabemos que vivemos e
morremos apenas uma vez. Depois disso, esperamos estar na eternidade com ele.
No tempo que ele nos dá para viver sobre a terra, Deus espera de nós que ajudemos aos outros, servindo ao
próximo, perdoando, procurando sempre fazer algo de útil, de bom, sem esperar retorno. Jesus nos deu exemplos e
pede que o sigamos: Deus quer que cada pessoa tenha uma vida plena, que pode ser aproveitada sem pressa. Por
isso, vamos usufruir de nossa permanência no mundo, amando e louvando a Deus por tudo que ele nos dá
diariamente. Cada dia de vida é único e nunca mais vai se repetir. Por isso, aproveite este dia e que ele seja
abençoado.
Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE
Data de veiculação: 16 de janeiro/2019 - Quarta-feira
Colaboradora: Reintraut Bertram

Passe a gentileza adiante!


Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE
Data de veiculação: 17 de janeiro/2019 - Quinta-feira
Colaborador: Pastor Adilson Stephani

REFÚGIO E ABRIGO

“Refúgio” é o lugar para onde se foge ao escapar de um perigo. “Refúgio” é sinônimo de amparo, proteção, local
de segurança.
Diante de catástrofes da natureza, a “Defesa Civil” se organiza para acolher os desabrigados por temporais,
incêndios, enchentes, avalanches e quedas de barreiras.
As pessoas são passíveis de perigos que abrangem seu estado físico, emocional e espiritual e, na aflição,
procuram desesperadas por “refúgio” e abrigo.
“Refúgio” serve para tempos de crise. Serve para quando passamos por tempos de incertezas, cansaços da vida
e sobrecargas que ultrapassam os limites de nossas forças. Aí é preciso parar, pensar e algumas vezes até retroceder
em nossos planos e ações.
“Refúgio” é aquele lugar seguro onde vamos dormir, desligados das preocupações, onde vamos sentir segurança
e quando acordarmos termos a certeza de que estamos no lugar certo. E será que existe este lugar certo?
Como é tenebroso enfrentar adversidades sem perspectiva de achar “refúgio”!
O dinheiro acaba... A saúde enfraquece... Os familiares morrem e os amigos somem!
Na estrada, encontramos muitas vezes uma placa indicativa: “Refúgio”. Isto quer dizer: Aqui você pode parar para
descansar.
Na Palavra de Deus você encontra também uma promessa: “Deus é nosso refúgio e nossa força, socorro que não
falta em tempos de aflição.”
Tolo é todo aquele que, atordoado de incertezas, cansado da vida e curvado pelo peso dos desafios maiores que
suas forças, passa pela placa de refúgio que a palavra de Deus indica e tenta suportar tudo sozinho. Confie em Deus e
em quem o serve.
É bom nos apegarmos a Deus. Melhor ainda é continuar com Ele como “refúgio” depois que o temporal passa.
Felizes todos aqueles que se refugiam no Senhor Deus.
Senhor Deus! Seja nosso refúgio e abrigo quando enfrentamos problemas, dificuldades, dores e aflições. Também
no dia de hoje.
Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE
Data de veiculação: 18 de janeiro/2019 - Sexta-feira
Colaboradora: Nair Marlene Zizemer

Qual o caminho para a felicidade?


Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE
Data de veiculação: 19 de janeiro/2019 - Sábado
Colaboradora: Claudiana de Campos Marques Friedel /Frídel/

Uma carta especial a Deus

Ainda estamos no início do ano. É tempo de fazer planos e de colocá-los diante de Deus. Vou começar pedindo assim:

Peço amor para nossos corações, para que amemos mais uns aos outros, sem preconceito. Amor sem medida aos
aflitos... amor para que nasça todos os dias nos lares um novo recomeço de vida.... Amor para tornar leve o fardo da
vida.... Amor para chegar no fim de uma jornada e poder agradecer.

Gostaria de ter alegria por poder acordar, alegria para fazer alguém rir. Quero sentir alegria ao encontrar um amigo,
ao abraçar um irmão. Quero alegria para os dias nublados e para o céu sem estelas... quero alegria por poder viver.

Vou pedir benevolência para abrir meu coração e saber perdoar, quero esquecer a raiva e as palavras duras que me
foram ditas, quero poder olhar nos olhos do meu próximo e enxergar o arrependimento e o perdão.

Seria demais se eu pedir um coração mais leve? Livre da dor, do rancor, da amargura. Quero pedir um coração com
Deus no centro, só assim poderei ver o mundo com os olhos do coração.

Quero um pote de doçura... para encarar as dificuldades da vida, para adoçar as palavras que saem de minha boca…
quero a doçura de uma criança feliz…a doçura do canto de um pássaro para encher meus dias.

Quero esperança para os necessitados, para aqueles que perderam uma vida toda em um minuto, quero a esperança
de um amanhã melhor... esperança para alcançar a linha de chegada e ainda poder dar mais um passo.

Vou pedir que o Espírito de Deus me encha de luz para que eu consiga ser mais generosa, mais prestativa. Que eu
tenha mais amor, mais cuidado com as pessoas, com os acamados, com as crianças abandonadas, com o idoso
esquecido... vou pedir que Deus faça muita gente olhar para o lado e enxergar o irmão.

Para completar minha lista quero pedir o MAIS e o MENOS:

Mais respeito, mais dignidade, mais compreensão, mais objetivos, mais facilidade de diálogo, justiça, futuro, mais
oração, doação... mais “você” do que “eu”.

Menos ódio, menos presentes, menos corrupção, roubo, abuso, discriminação, racismo, menos objetivos materiais...
menos “eu” do que “você”.

E, por último, quero pedir paz ao mundo. Paz ao coração... quero um futuro cheio de boas notícias. Quero pedir que
o novo ano seja para mim e para o meu irmão o renascimento, o novo começo... uma luz que brilha todos os dias.
Quero poder abraçar e desejar a quem estiver no meu lado que Deus cuide de nós e nos conduza a um caminho de fé
e amor sem medidas.

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 21de janeiro/2019 - Segunda-feira
Colaboradora: Marta Nornberg da Silva

Educação para a paz

O verso de um poeta diz: “Vidas preocupadas em cumprir compromissos secam outras vidas, tão sedentas de
sorrisos.” Essas palavras de alguém com um coração sensível pedem que outros corações acolham e ofereçam vida.
Para ter paz no coração é preciso que as pessoas se afirmem umas às outras. Isso significa gostar de si mesmo e
reconhecer a outra pessoa no seu modo de ser. Olhar para si mesmo, experimentar e refletir sobre o seu modo de
ser e agir nas diferentes situações do dia a dia é o primeiro passo. Vejamos:
- Ao levantar, você sorriu para a sua imagem no espelho?
Um menino de dois anos de idade, após levantar da cama, vai à janela e, solenemente, diz: “Bom dia, sol!” Essa foi
uma atitude simples de autoafirmação diante da imensidão da vida.
- Ao buscar o pão, você olhou amistosamente para o padeiro?
- Como você acordou seu filho ou sua filha que estava atrasada para ir à escola ou para o trabalho?
- No percurso para a escola ou para o trabalho, você sorriu para o cobrador, para as pessoas que passavam por você?
Gestos simples, aparentemente pequenos, provocam na outra pessoa e em você sentimentos de alegria, de leveza,
de paz no coração. Por exemplo, dizer: “Oi, como vai?” ou “Você está muito bem!”. Ou trocar o passeio no shopping
por momentos de carinho com a família em casa. Oferecer ajuda para alguém que precisa, mesmo que seja um
desconhecido.
Buscar construir relações de paz uns com os outros, tomar atitudes não-violentas, significa valorizar as pequenas
coisas do cotidiano, como a cooperação, a gentileza, a consideração, a generosidade, a solidariedade entre pais,
mães, filhos, colegas de trabalho, entre pessoas que ainda não se conhecem.
Buscar construir relações de paz é compreender aquilo que Jesus nos pede:
“Se vocês amam apenas a quem ama vocês, qual a recompensa que podem esperar? Se vocês apenas saúdam seus
irmãos, o que há de extraordinário nisso? Não pode haver limites para a bondade de vocês, assim como a bondade
de seu Pai Celestial não conhece limites.”
Essas palavras de Jesus nos lembram que cada pessoa é um ser capaz de florir ser for tocado com carinho, com
atenção e com amor.

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 22 de janeiro/2019 - Terça-feira
Colaborador: Pastor Adilson Stephani

TEMPO É SOPRO DE VIDA

Olhei pela janela de onde eu estava confortavelmente assentado, meditando. Percebi o vento soprando sobre as
árvores enquanto caíam algumas folhas e flores.
Comecei a pensar no tempo e o vento como sopro da vida. Pensei no vento como o sopro de Deus que dá ou tira
o alento de todas as pessoas.
Ano vem e ano vai. Gerações passam e gerações surgem. E nada acontece sem a permissão do Altíssimo.
Deus criou o universo, o mantém e dirige todas as coisas sob seu controle.
Deus formou o primeiro ser humano do pó da terra. Não era um ser vivo até que soprou nele o fôlego da vida.
Este fôlego é o Espírito de Deus.
Não vivemos o fôlego da vida apenas por nossos corpos físicos e esforços humanos. Ninguém, apenas por uma
ordem sua, pode tornar um fio de cabelo branco ou preto. Até isso está nas mãos de Deus. Ele nos concede um
determinado tempo como sopro de vida.
É o Espírito de Deus que sopra sobre nós e nos garante a sobrevivência neste mundo e quer estendê-la para a
eternidade. A Bíblia diz: Se Deus nos concede o sopro de vida, vivemos. Se Ele o corta, morremos. Então, lembrei-me
de outro texto que um dia li nas Escrituras Sagradas: “Deus faz que escutem os seus avisos e manda que as pessoas
abandonem o pecado, os desvios de conduta. Se obedecem a Deus e o adoram, então têm paz e prosperidade até
o fim da vida. Mas, se não se importam com Deus, então morrem na ignorância, atravessam o rio e entram no
mundo dos mortos”.
O tempo é sopro de vida que Deus dá e Deus tira! Com o passar dos anos caem as folhas e as flores das árvores
e também se vão a mocidade e o vigor. Mas os que amam a Deus encontram a paz e a prosperidade eterna que Deus
dá, pela fé em Jesus Cristo.
Vivamos assim o SOPRO DA VIDA no Novo Ano que Deus nos dá. Cada dia é um presente e uma bênção.

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 23 de janeiro/2019 - Quarta-feira
Colaboradora: Elsita Kehl

Apesar de tudo

A vida é cheia de surpresas. Não sabemos o que o dia de hoje tem reservado para nós. Por isso, é importante saber
que podemos sempre contar com a mão de Deus. É a ele que peço o seguinte:

Que Deus não permita que eu perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro talvez não seja tão alegre....
Que eu não perca a VONTADE de VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa....
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,
reconhecer e retribuir essa ajuda......
Que eu não perca a VONTADE de AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que mais amo, pode não sentir o mesmo por
mim......
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO no OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão
meus olhos….
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas...
Que eu não perca o sentimento de JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu...
Que eu não perca meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia os meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA e a ALEGRIA de VIVER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e
escorrerão por minha alma...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente.
Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada pessoa é capaz de mudar e transformar qualquer coisa,
pois A VIDA é construída nos sonhos e concretizada no AMOR.
Que Deus, através de Sua infinita bondade e sabedoria, guie-nos pelos melhores caminhos e nos presenteie com suas
bênçãos para realizar nossos sonhos.

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 24 de janeiro/2019 - Quinta-feira
Colaboradora: Dolores Larsen

Nosso tempo

Quanto tempo temos para nossos filhos e nossos amigos?


Falta de tempo é a reclamação mais constante em nossos dias. Estamos sempre cansados, correndo de um lugar para
o outro. Parece que o tempo voa à nossa frente. Não tem como fazê-lo parar.
Ana estava com o dia cheio: lavar roupa, fazer almoço, olhar a tarefa escolar da filha mais velha, fazer as compras no
mercado e passar na casa de sua mãe.
Aflita, listando para si tantos afazeres, pensou: “Que dia”!
Seu filho mais novo se aproxima e pede:
- Mamãe, vamos brincar?
- Brincar? Querido, não posso, não tenho tempo!
O pequeno olha com tristeza e se afasta. Ana se sente culpada. Mas hoje ela tinha outras prioridades.
Meses se passam e o filho de Ana adoece. Enquanto ela e o marido esperam pelos exames dele, Ana desabafa: “De
que adianta ter tudo em ordem, se não tenho tempo para meus filhos?”.
E, assim, ela toma um propósito firme: Daqui para frente ela quer tirar tempo para brincar com eles, contar histórias,
abraçá-los, rir, enfim dar tempo de qualidade para seus filhos.
Lembre-se sempre que o tempo voa. O tempo que passou não vamos mais conseguir recuperar. Mas este tempo que
ainda temos pela frente pode ser nosso aliado. Precisamos saber dar prioridade ao que é mais importante e saber
administrar o nosso tempo. Não é uma tarefa fácil, mas é possível aprender a organizar melhor nossas tarefas, para
que coloquemos em primeiro lugar o que tem mais valor em nossa vida.
Agindo dessa forma, sempre vamos encontrar tempo para a nossa família, para nossas amigas e amigos, para nossos
afazeres, sem esquecer de encontrar um tempo para si mesma, que também é necessário. Vamos encontrar tempo
para nós mesmas e tempo para estarmos com Deus, em pensamento e em oração. Isso faz com que a vida valha a
pena, a cada dia e a cada minuto. Que Deus abençoe o seu tempo e o seu dia!

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 25 de janeiro/2019 - Sexta-feira
Colaborador:(Jornalista) Rui Bender

Santa paciência

Um determinado velhinho era conhecido por sua enorme paciência. Certo dia, um homem célebre por sua esperteza
fez uma aposta com amigos e resolveu desafiar o vovô. Sem mais, o homem começou a insultá-lo. Além de palavras
ofensivas, seus gestos beiravam a violência. Os ataques persistiram durante um bom tempo. E o vovô permaneceu
impassível. Depois de algum tempo, o homem deu-se por vencido e foi embora. As pessoas que haviam assistido a
tudo perguntaram:
– Como o senhor conseguiu suportar tanta humilhação?
O vovô então falou:
– Se alguém vem até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o mesmo?
– A quem tentou entregá-lo – respondeu alguém.
– Exatamente. O mesmo vale para a raiva, os insultos, as injúrias... Quando eles não são aceitos, continuam
pertencendo a quem os carrega consigo. As pessoas somente podem tirar sua calma se você permitir.
Esse exemplo só pode ser ensinamento de uma pessoa com muita experiência de vida. Pois o tempo e a experiência
nos ensinam o que realmente vale a pena aceitar ou rejeitar na vida. Isso me lembra uma frase do famoso pintor
italiano Leonardo da Vinci: "A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se
você vestir mais roupas à medida que o inverno aumenta, esse frio não o poderá afetar. De modo semelhante, a
paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; assim tais injúrias não poderão afetar a sua mente".
Para aprender a melhor maneira de gerenciar a sua paciência, você pode experimentar se testar em algumas
situações, como, por exemplo, parar na fila mais longa do supermercado ou manter-se atrás de uma pessoa que
caminha devagar em um lugar no qual você está acostumado a andar mais depressa.
Basicamente, a paciência é controle. Você pode não dominar esse controle agora, mas certamente é algo que pode
ser desenvolvido. Obviamente existem coisas que são alheias à sua vontade, mas você precisa saber diferenciá-las
para não ter um ataque de nervos. Identifique o que pode ser controlado por você e faça o melhor trabalho que
puder naquilo. Quanto ao que você não pode dominar, deixe simplesmente acontecer...

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 26 de janeiro/2019 - Sábado
Colaboradora: Marly Hertel

Tempo para relacionar-se

Qual o motivo pelo qual muitas pessoas não conseguem ter um relacionamento correto com outras, até com sua
própria família?
Antigamente, as pessoas tinham mais tempo. À noite, sentavam-se para conversar com os amigos, com seus
familiares ou vizinhos. Falavam sobre vários assuntos do cotidiano. A televisão não tinha tanta importância quanto
tem hoje. Muito menos o computador, o videogame ou a internet. As pessoas se conheciam pessoalmente e estavam
mais próximas umas das outras.
Nos dias de hoje, muitas vezes o relacionamento humano está desgastado, por falta de tempo. O trabalho, as
preocupações do dia a dia, a correria...
Em função da mudança de valores, muitas famílias estão desestruturadas. A maior preocupação das pessoas é com o
ter. As pessoas estão se tornando mais egoístas. Com o avanço da tecnologia, gastamos mais tempo com máquinas e
aparelhos do que com pessoas. A modernidade é necessária, mas nós não devemos ser escravos dela, mas deve ser
usada para o bem-estar de todos.
Esperamos demais para sermos pais dos nossos filhos pequenos, esquecendo como é curto o tempo em que eles são
crianças e quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe em breve será tarde demais?
Esperamos demais para falar as preces que estão esperando para sair de nossos lábios, para executar as tarefas que
estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco.
Fica o desafio: vamos começar a fazer agora tudo aquilo para o que este dia e esta vida nos foram dados.
Também a Bíblia fala que há um tempo determinado para tudo o que acontece em nossas vidas. E sempre é tempo
para fazermos o que Deus pede de nós: amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como amamos a
nós mesmos.
Não deixemos de investir tempo num bom relacionamento com a família e os amigos. Se buscamos a Deus e damos a
Ele espaço na nossa vida, também vamos buscar melhorar nossa convivência com as pessoas, sendo bons, sinceros e
verdadeiros. Pense nisso, dê atenção às pessoas e tenha um bom dia!

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 28 de janeiro/2019 - Segunda-feira
Colaborador: pastor Edson Streck

Como é seu nome?

Nosso nome é um elemento especial e extremamente pessoal de nossa vida. O nome que recebemos nos primeiros
dias de nossa vida nos acompanha até a morte. Chega, inclusive, a sobreviver à nossa própria morte. O nome que
recebemos marca toda a nossa vida.
Muitas pessoas têm orgulho de seu nome: gostam de vê-lo, sentem-se bem ao ouvi-lo. Há pessoas, entretanto, que
não querem revelar seu nome. Envergonham-se dele. Outras não podem revelar seu nome, porque têm medo: se
escondem do passado, de dívidas, de crimes.
Um amigo meu, Valter, mora no interior. Não tem vizinhos muito próximos. Num sábado à tarde fui visitá-lo, certo de
que o encontraria sozinho. Mas ao aproximar-me de sua casa, ouvi uma conversa animada. Meu amigo recebeu-me
com alegria, convidou-me a entrar em sua casa e apresentoume a uma pessoa de idade que se encontrava na sala.
Era um velhinho alto, magro, moreno. Dirigiu-se a mim de forma solene, colocando-se de pé e estendendo a mão:
“Dorvalino Ramão da Silva é o meu nome. Sou filho de Deus e um criado à sua disposição... Como é mesmo o seu
nome?”
Após dizer-lhe meu nome, ele acrescentou: “Pois eu sou Dorvalino Ramão da Silva, seu criado.”
Sentamos. Conversamos bastante. O velhinho morava a cerca de dois quilômetros da casa do Valter. Poucas horas
antes haviam se conhecido no armazém. Agora pareciam velhos amigos. Recordo um momento da conversa, quando
o velhinho comentou: “Já estou perto dos setenta anos, mas tenho orgulho de poder dizer o meu nome completo,
inteirinho. Não preciso esconder nada. Não tenho medo de que alguém venha me cobrar. Não devo nada a ninguém.
Posso morrer feliz, sem ter vergonha do meu nome: Dorvalino Ramão da Silva. Nome limpo é bom, é vida limpa.”
Pareceram-me estranhas as palavras do velho. Por isso se conservaram em minha memória. Hoje, passado muito
tempo após nossa conversa, elas não me parecem mais tão estranhas. Percebo que o velhinho de fato tem motivo
para ser feliz. Sem medo, ele pode dizer seu nome, todinho, com todas as letras.
Fico a pensar nas diversas pessoas que tentam se esconder atrás de nomes falsos, que escondem informações a
respeito de si. Penso nas pessoas que ouvem seu nome e respondem: “não sou eu”. Penso naqueles que olham para
sua vida e reagem: “não fui eu”.
Dorvalino Ramão da Silva: um nome limpo, uma vida limpa.

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 29 de janeiro/2019 - Terça-feira
Colaboradora: Marli de Brito

O pinheiro solitário

Num enorme descampado havia um único pinheiro araucária, solitário. Vivia triste, passava o dia inteiro sem ter um
só companheiro que lhe trouxesse alegria, com quem pudesse compartilhar a beleza do luar ou o lindo pôr do sol.
Nem as aves vinha vê-lo.
Certo dia, porém, uma gralha azul desgarrou-se de seu bando, que voava para o sul. Ela viu aquele pinheiro solitário
lá longe e, quase sem fôlego, pousou num de seus galhos. Agradecida, a gralha disse à árvore: “Obrigado, você me
salvou! Eu já não tinha mais forças para voar!”
O pinheiro respondeu, cheio de emoção: “Fique comigo, avezinha querida. Eu lhe darei acolhida. Pouse em meus
galhos. Aqui terá o que deseja: sombra agradável e frutos saborosos. Aliás, eles já estão maduros, é só pegar. Há
muito tempo eu esperava por esse momento. Para mim, é uma grande alegria poder ajudar alguém.”
A gralha azul experimentou o pinhão e disse: “Que fruto gostoso! Nunca provei algo tão bom! Mas por que você vive
sozinho, sem ter um só pinheiro à sua volta? Por que seus frutos caídos no chão não germinam como os outros?”,
perguntou a ave.
O pinheiro, então, explicou: “É que a casca do meu fruto, o pinhão, não abre à toa. Mesmo caído em terra boa, não
germina. É preciso que seja plantado, enterrado com cuidado e amor.”
A gralha disse: “Deixe isso comigo. Voltarei em breve.” E partiu num voo ligeiro, deixando o amigo pinheiro triste e
sem entender a sua pressa. Alguns dias depois, o pinheiro viu no horizonte um bando de gralhas que vinham
chegando. A sua amiga vinha à frente, trazendo suas irmãs para ajudar. Então, todas elas começaram a plantar os
pinhões no chão, com muito cuidado e carinho. Algum tempo depois, surgiu naquele descampado um lindo pinheiral
e o pinheiro não estava mais solitário.
Querido ouvinte, e você? Pode fazer algo que transforme a vida de alguém? Com certeza, pode. E, fazendo isso, vai
notar que o bem que você faz às outras pessoas também faz bem a si mesmo. Essa é a alegria da vida. Ajudarmos uns
aos outros, com amor, assim como Jesus nos ensinou. Quem planta o amor, colherá o amor. Tenha um dia abençoado
e plante muitas coisas boas ao seu redor!

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 30 de janeiro/2019 - Quarta-feira
Colaboradora: Érica Bruxel Sues

Mais sábio é ouvir do que falar

Vivemos num mundo em que as pessoas têm muita necessidade de falar. A maioria delas gosta muito de dizer o que
pensa. Falam sobre tudo e sobre todos. Gostam de ouvir sua própria voz. Parece que consideram o mundo como um
grande ouvido e, assim sendo, falam o tempo todo. Você conhece alguém assim?
O que é necessário é aprender a ouvir. Esta atitude revela um princípio de sabedoria. Quem ouve passa a ser como
um remédio para aqueles que precisam falar muito.
Quem ouve desenvolve a capacidade da paciência e torna-se uma pessoa com quem é gostoso de conviver. Quem
ouve se dispõe a crescer na área da misericórdia, de ter um coração para os outros. Pois é ouvindo que a pessoa se
dá conta das necessidades e dos cuidados que os outros têm. Quem ouve passa a enxergar o mundo e as pessoas
com mais amor e com mais dedicação.
Vivemos num mundo que é, muitas vezes, frio e individualista. Frio na área de relacionamentos. Vivemos num
mundo onde há uma guerra por posições e lugares de destaque. Logo, é um mundo hostil. Um mundo que gera
insatisfação, que incentiva uma competitividade desenfreada e Iouca, que multiplica insatisfações.
Tudo isso também gera a necessidade de falar. Falar sobre qualquer coisa, falar e falar... Mas , quem se dispõe a
ouvir?
A crise na área do ouvir é tão acentuada que existem profissionais que são pagos para ouvirem as pessoas. Há
pessoas que pagam, e pagam bem, para serem ouvidas. Já pensou a que ponto o nosso mundo chegou?
Repito: Mais sábio é ouvir do que falar. Quem ouve, respeita o outro, valoriza o outro, promove-o. Quem ouve ajuda
até a curar doenças deste mundo moderno, ajuda a diminuir as ansiedades e as inquietações.
Cada um de nós precisa escolher sempre de novo entre falar muito ou escutar muito. Não esqueçamos: quem ouve,
torna-se instrumento de amor e de cura para muitas pessoas. Que neste dia, pelo menos, você preste atenção
naquilo que as pessoas querem lhe contar, ouça com o coração!

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 31 de janeiro/2019 - Quinta-feira
Colaboradora: Diva Wendt

Seja feliz, apesar de tudo

Uma das características de muitas pessoas neste início de século é a angústia. Junto a ela, vem também a
preocupação. Ao caminhar pela rua, ao aguardar numa fila ou mesmo vendo pessoas na TV, eu tenho observado o
rosto das pessoas. Você já fez isso? O que viu? Eu tenho visto muita tristeza, angústia, amargura e preocupação. Será
que a vida não oferece nada mais que isso?
Uma história que compartilho, contada originalmente por Rubem Alves, fala a respeito de aproveitar a vida, apesar
das dificuldades:

Um sujeito estava fugindo de um urso feroz, quando tropeçou e estava caindo por um barranco. Então, ele se agarrou
às raízes de uma árvore. Lá em cima do barranco estava o urso enorme, querendo devorá-lo. O animal rosnava os
dentes, faminto pela presa humana que logo poderia saborear. Então o homem olhou para baixo e viu que havia uma
onça igualmente faminta, pronta para devorá-lo. Quando o urso dava uma folga de suas tentativas de agarrá-lo, o
sujeito ouvia os urros da onça, próxima de seus pés.
Mas, num determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, apetitoso. E se
esqueceu dos perigos acima e abaixo dele. Num esforço muito grande, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela
mão direita, e com a mão esquerda pegou o morango. Então, levou-o à boca e se deliciou com o sabor doce e
suculento da fruta. Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso.

Cara ouvinte, talvez você se pergunte: “Mas, e o urso?”.


Eu respondo: “Esqueça o urso e coma o morango!”
“E a onça?”. “Ora, esqueça a onça e saboreie o morango!”
Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro. Sempre existirão ursos querendo comer nossa
cabeça ou onças querendo arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida, e é importante que saibamos viver dentro
desse cenário. Mas nós precisamos saber também apreciar os morangos que a vida nos oferece, sempre!
Tenha um bom dia!

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 1º de fevereiro/2019 - Sexta-feira
Colaborador: (“o saudoso pastor”) Alberto Becker

Paradas obrigatórias

Quem sabe você já viu uma placa que diz: Pare – olhe – escute! Este aviso obriga motoristas a fazerem uma parada
na viagem. É uma parada obrigatória, que quer evitar um acidente entre um carro e um trem.
Na vida existem paradas obrigatórias: problemas de saúde, engarrafamento nas estradas, morte de alguém querido,
problemas financeiros. A vida está cheia de paradas obrigatórias. Elas são importantes porque nos ajudam a sentir a
vida, a reavaliar, a valorizar e a rever.
Estas paradas obrigatórias podem ser de muito proveito e valor. Para que elas servem?
1. Servem para a pessoa parar para descansar. O mundo exige de nós muita força. Os desafios, a agitação, o trabalho
e o trânsito provocam cansaço. O cansaço deixa a pessoa nervosa e irritada. Parar para descansar é importante,
porque ajuda a evitar que nos tornemos uma pilha de nervos, uma bomba prestes a explodir.
2. Uma parada serve para a pessoa agradecer, para lembrar e relembrar dos últimos dias e das bênçãos que
recebemos. Agradecer faz bem ao coração e mantém os olhos abertos ao agir de Deus. Deus faz maravilhas e,
mesmo em meio à dor, ao sofrimento, à escuridão, ele nos ampara, sustenta e consola.
3. Uma parada serve para a pessoa refletir. É importante reorganizar e repensar a vida, rever a vida e enxergar a mão
de Deus agindo, guiando, iluminando e sustentando – isso amplia a visão das coisas. Reaprender a ver a vida com os
olhos da fé e esperança nos ajuda a ver mais longe e evita que nossa vida se torne vazia e superficial.
4. Uma parada serve para a pessoa fazer reparos. Em nosso viver e andar por este mundo, o convívio com as pessoas
facilmente pode se estragar. Nossas palavras e ações podem machucar. A vida precisa de reparos: na educação dos
filhos, na família, na saúde, na vida com Deus e com as outras pessoas.
5. Uma parada serve para a pessoa abastecer. Existe diante de nós um caminho a ser andado. Novas etapas e novos
desafios estão à nossa frente e o caminho pode ser bastante difícil. É importante ter novas forças para isso. É preciso
recompor a fé, a confiança, a disposição, o ânimo, a coragem, a alegria e o entusiasmo. É bom firmar-se
renovadamente em Deus e nele buscar forças.
Lembre-se: é sábio e necessário incluir paradas em nossa vida.

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Data de veiculação: 02 de fevereiro/2019 - Sábado
Colaborador: pastor Edson Streck

Flores solitárias

Dona Selma passa o dia inteiro dentro de casa. Raras são suas saídas. Pouco se manifesta. No trabalho de casa, ela
procura abafar sua dor. Rafael é um rapaz que estuda bastante. Passa todo o tempo envolvido apenas com seus
livros. Praticamente não sai de casa. Não quer amigos. José só conhece um caminho: de sua casa para a fábrica e da
fábrica para sua casa. Quando volta do serviço, cansado, não quer conversar. Isola-se em sua desilusão. Não procura
ninguém.
Quem insiste em viver sozinho deixa de descobrir muitos momentos valiosos e agradáveis. Alguém que vive isolado
corre o risco de ver somente sua dor e tristeza: não consegue afastar seus próprios problemas e dificilmente
conseguirá ajudar outras pessoas a superar dificuldades. Uma pessoa que insiste em trancar-se dentro de si, que
deseja viver solitária, é como uma pequena flor dentro de um enorme vaso. Ela desaparece. Se ninguém a vê: quem
a admira? Quem se alegra com ela?
A situação se altera quando diversas flores pequenas são unidas em um buquê. Se tomarmos um punhado de
florzinhas e as colocarmos no vaso – mesmo que seja enorme – percebem-se mudanças. As cinco, vinte ou quarenta
florzinhas passam a formar um lindo buquê. Tornam-se vistosas, são admiradas, alegram o ambiente...
Surgem, é evidente, momentos na vida em que desejamos estar sozinhos e necessitamos de silêncio e solidão. Assim
como existem certas flores que, na solidão, têm uma aparência destacada e sua beleza realçada.
Quem se sente pequeno, fraco, incapaz de transformar – sozinho! – uma realidade triste e injusta não necessita
afundar-se na solidão! Pode procurar outras pessoas: vizinhos, parentes, colegas, companheiros de serviço... Há
tantas pessoas que procuram companhia para fugir da solidão! Em conjunto com elas, certamente verá o mundo com
olhos diferentes. Descobrirá que ninguém foi criado para viver sozinho. Sentirá o quanto é importante fazer parte de
um grupo. Conhecerá o que significam palavras como: união, solidariedade, companheirismo.
Uma voz fraca, unida a muitas outras vozes que se sentem fracas, se torna uma voz forte. Uma florzinha, sozinha e
escondida, não se vê, não é notada. Unidas muitas, em forma de buquê, impõem presença, são vistas e alegram.

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Data de veiculação: 04 de fevereiro/2019 - Segunda-feira
Colaborador: Pastor Adilson Stephani

A CASA DE DEUS

Numa roda de amigos o tema da conversa era: “A casa de Deus”. Um deles disse: “Toda quarta feira eu e mais
três amigos nos encontramos em minha casa. A reunião acontece numa salinha pequena lá de casa. Ali oramos e
estudamos um texto bíblico”.
Um outro disse: “Num pequeno grupo nós nos reunimos no sábado no consultório de um médico que faz parte
do grupo. O objetivo é: orar e estudar um tema da bíblia”.
Um outro amigo disse: “Aos domingos dezenas e até centenas de pessoas se reúnem em igrejinhas ou grandes
igrejas para aprendizagem, louvor e adoração a Deus”.
Destes três lugares, qual é na verdade a casa de Deus: “A casa da salinha pequena”, “o consultório médico”, “a
igrejinha ou as espaçosas igrejas”?
Deixe-me dizer algo sobre isso! Deus é o único ser que pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Pode
ouvir a todos e a tudo em qualquer tempo. É o único que pode ao mesmo tempo estar no coração de todos que
foram salvos por ouvir a voz do Espírito Santo e creram que Jesus Cristo é o único que deu sua vida em resgate de
muitos. Na discussão sobre qual na verdade é a “casa de Deus”, especialmente quando me vejo confuso e em meio a
tantas denominações de igrejas, fico com a Bíblia. E ela nos lembra que Jesus disse: “... sempre que, na terra, dois de
vocês pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai que está no céu. Porque onde dois ou três
estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.”
Também na Bíblia está escrito: “Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive
em vocês. Assim se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo, e vocês
mesmos são o seu templo.”
Então, sejam reunidos em dois ou três, em dezenas ou centenas de pessoas para orar, ouvir e estudar a palavra de
Deus; importa é que ELAS sejam a “casa de Deus” e vivam de modo a não destruir o seu templo no seu modo de
pensar, falar e agir.

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Data de veiculação: 05 de fevereiro/2019 - Terça-feira
Colaborador: Pastor Gerson Acker

Desapegar-se do sofrimento

Depois de pensar e repensar, cheguei à conclusão de que tem gente que gosta de sofrer! Gosta e gosta mesmo de
carregar mal-entendidos, de gestar no coração a sensação de que “está de mal” com alguém, de apegar-se à dor.
Chamo isso de rito masoquista – termo legado pelas cenas descritas em livros de Leopold von Sacher-Masóch – uma
celebração ao próprio sofrimento capaz de gerar “prazer”. Por favor, “prazer” com muitas aspas!!! Visto que neste
aspecto é definitivamente um “prazer” perverso.

O sofrimento é parte inerente de sua existência humana. Constantemente temos que lidar com situações ou pessoas
que nos imputam alguma dor, seja essa dor física ou emocional. Para as dores físicas existem analgésicos e uma boa
noite de sono… Para as dores emocionais, um bom ouvido, algumas lágrimas, um carinho ou simplesmente tempo
para que os pensamentos entrem em ordem, dizem os experientes “o tempo cura tudo”.

O problema acontece quando nós mesmos buscamos alimentar as nossas dores (ao invés de querer curá-las). Eis o
rito masoquista: a pessoa imputa dor sobre si mesma, seja se autoflagelando num círculo vicioso de vitimização ou
fazendo a vida de outrem um inferno (e por consequência a sua própria vida). O discurso vitimista que transforma a
pessoa no único ser humano que realmente sofre no mundo me causa ojeriza. Não é muito empático da minha
parte, confesso. É que realmente não consigo ver como postura saudável alguém que precise se agarrar às suas dores
para ver um sentido na vida. Neste caso, o sofrimento não dignifica ninguém.

Na grande maioria das vezes, quando alguém gosta de imputar sofrimento sobre alguém (de forma proposital e
mesquinha) revela o quanto é imatura e iludida. Nenhuma alegria que se construa sobre o sofrimento de alguém é
definitivamente plena. Porque, pode até demorar, mas todo e qualquer sofrimento passa. Logo, quem se delicia com
o sofrimento alheio, deve saber que seu “prazer” tem prazo de validade.

Os sofrimentos desnecessários causados por mal-entendidos são os piores. Piores porque são os mais bobos e
costumam gerar muita discórdia. Dizia o filósofo Soren Kierkegaard: “Se eu fosse ateu diria: Que Deus irônico! Criou o
dom da palavra só para se divertir, vendo as pessoas se atrapalharem com ela”. Por não tecer um diálogo pleno
muita gente sofre! Por não saberem se expressar ou por não saberem ouvir direito, pessoas seguem nos seus ritos
masoquistas. Seria tão mais simples dialogar abertamente, dar o braço a torcer, perdoar e nutrir uma felicidade
genuína.

Meu desejo é que a gente sofra pelo necessário. Na medida certa. Sem endeusamento da dor e muito menos ritos
masoquistas. Como ouvi esses dias: “O problema não é tropeçar, mas sim apegar-se à pedra”. Sem pedras, por favor.

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Data de veiculação: 06 de fevereiro/2019 - Quarta-feira
Colaborador: Pastora Sinodal Tânia Cristina Weimer

Começa um novo dia

Começa um novo dia, e com ele nascem novos desafios. Há quem diga que “Deus ajuda quem cedo madruga”. E há
pessoas que, com suas experiências, testemunham que essa afirmação é verdadeira. Por isso valorizo o meditar e o
orar como uma das primeiras atividades do dia.
Antes de deixar-se envolver pelo excesso de atividades, pela pressa, cobrança, podemos sim, tirar uns minutos do
nosso precioso tempo para nos alimentar decentemente e nos revestir do amor e da graça de Deus.
Nesse conturbado mundo em que vivemos, só há sentido quando a esperança se renova. O Apóstolo Paulo afirma:
“Que Deus, que nos dá essa esperança, encha vocês de alegria e de paz, por meio da fé que vocês têm nele, a fim de
que a esperança de vocês aumente pelo poder do Espírito Santo”.
Sendo assim, em meio aos desafios diários, confiar em Deus é a esperança que nos enche de vitalidade, nos faz pular
da cama de manhã bem cedo, nos move e nos põe a caminho.
São os cuidados conosco mesmos e com quem cruza nosso caminho que nutrem nossa vida.
Sim, em nossa corrida diária podemos também levar o amor e a graça de Deus para as pessoas.
Há quem já levante mal-humorado e, por isso, seu dia acaba sendo cinzento, azedo e sem graça.
Mas há também quem levante sorridente, disposto, espalhando vida e contagiando todos à sua volta com sua
alegria, com suas gargalhadas que refletem disposição e ânimo para enfrentar até os dias mais cinzentos.
Por isso, nunca despreze o valor de um sorriso, um olhar carinhoso, uma mão estendida.
Comece seu dia com muita disposição e alegria. Busque esses elementos na oração e na companhia das pessoas que
você ama, fazendo o bem, sem olhar a quem.

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Data de veiculação: 07 de fevereiro/2019 - Quinta-feira
Colaboradora: (professora) Tânia Baccin /Bacín/

Pátria e infância

Ao longo da minha vida profissional como professora, ministrei palestras, oficinas, tendo como centro a literatura
infantil. A poesia na infância é meu tema preferido.
Entre transparências, fichas, cartazes e polígrafos, fui guardando frases, trechos que afixava na parte interna das
portas de meu guarda-roupas. Lembro de uma frase que me atingiu, certa vez, na semana da pátria. Dizia ela: “É
preciso captar o momento poético da infância que vai até os 11 anos”.
Poético é tudo que inspira poesia, e “poesia não se representa apenas pelos versos que o poeta escreve; poesia é
tudo que é belo, onde existe beleza”. Poesia está: no verso, na prosa, nas cores, nas árvores, na bondade, na ternura,
no amor!
Eu gostaria de lembrar os nossos governantes que os momentos da maioria de nossas crianças brasileiras com 11
anos ou menos nada têm de poéticos. Portanto, torna-se difícil ou quase impossível “captar esses momentos” e
transformá-los em beleza.
Não é poético ver mãozinhas magras e sujas entrando pelas janelas dos carros, pedindo dinheiro, em meio ao nosso
louco e estúpido trânsito. Não é poético ver o vazio do olhar de quem pouco ou nada mais espera.
Nada há de poético em enganar a fome cheirando cola. Também não é poético assistir aos pequenos saindo das
fábricas e perdendo o período mágico das brincadeiras e da sala de aula.
Sim, é preciso “captar o momento poético...”.
Poético, mãe-pátria, é ver todas as crianças terem chances, pelo menos semelhantes, de crescerem física, psicológica
e socialmente saudáveis. Poético é constatar e agir sempre, e não somente em certos períodos do ano.
Os discursos que falam no “cidadão de amanhã” vão continuar usando essa frase e tu, pátria, irás continuar, por
muito tempo ainda, esperando pelos cidadãos que poderiam te transformar num país ainda melhor.

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 08 de fevereiro/2019 - Sexta-feira
Colaboradora: (professora) Cristina Mentz

Lógica e emoção

Recebemos um corpo maravilhoso, capaz de realizar as mais variadas habilidades. Fomos contemplados com
numerosos dons, com a inteligência de nosso cérebro, capaz de competir com os mais sofisticados computadores. E
o maravilhoso neste fato é que recebemos tudo isso gratuitamente... Não pagamos um centavo por esta doação.

Bilhões de dólares são gastos, por exemplo, pela NASA com o lançamento de satélites, na busca de informações que
garantam a sobrevivência da humanidade. Nestas pesquisas, computadores sofisticados são concebidos e
construídos pela inteligência humana.

E pensar que cada um de nós é dono de um computador maravilhoso, o cérebro, de cuja capacidade somente
usamos 4%. Os outros 96% de nossa capacidade está como que adormecida. Estamos deixando de pensar, criar e
produzir com nosso cérebro, essa “maquininha” que ganha de longe em sofisticação de qualquer tecnologia
cibernética.

E, mais ainda, nosso cérebro não é só lógica, é emoção – ele é maravilhoso! A um só tempo é capaz de fazer
raciocínios complexos, de realizar descobertas fantásticas e de se emocionar com os resultados – um computador,
não! Você já viu o brilho no olho de uma criança que descobriu o mecanismo da leitura ou o olhar de esperança de
um doente quando recebe a notícia da descoberta de um novo caminho para a sua cura?

Que Deus nos fortaleça para explorarmos mais toda a capacidade guardada em cada um de nós. Que Deus nos
oriente a encontrar caminhos para que mais pessoas, tanto idosos como crianças, tenham acesso ao conhecimento.
Que nos deixemos tocar pela misericórdia de Deus nesta época de crise, para que a razão abra mais espaço para a
sensibilidade, pois é preciso ver, se emocionar com as dificuldades pelas quais passam os nossos irmãos e, então,
agir!

Isso nos lembra o que diz a Palavra de Deus: “Ainda que tenhamos o dom de profetizar e conhecer todos os mistérios
e toda a ciência, ainda que tenhamos tamanha fé ao ponto de transportar montanhas, se não tivermos amor, nada
seremos”.

Rádio União FM – Programa UM OLHAR PARA O VALE


Data de veiculação: 09 de fevereiro/2019 - Sábado
Colaborador: (Pastor) Gerson Acker

Recarregar baterias

Meu carro é um meio de transporte. Na obviedade do que disse, quero dizer que ele não é o mais moderno e muito
menos o mais confortável dos veículos (e de longe o mais caro), mas cumpre muito bem o seu papel de ir e vir
comigo aonde quer que eu necessite. Ainda com a conveniência de ter ar condicionado e poder ouvir umas
musiquinhas.
Meu carro e eu vivíamos uma relação harmônica, até o dia que ele parou no meio da rua, sem qualquer aviso prévio.
Simplesmente empacou. Bateria zero e meu desespero a mil. Porque de mecânica entendo tanto quanto de física
quântica. E isso já serve para quebrar aquelas antigas rotulações de gênero que afirmam que homem precisa saber
de mecânica de automóveis. Engano.
Infelizmente eu estava no meio da rua. Abri o capô do carro para sinalizar aos curiosos que “sim, o carro estava
quebrado!” e que não era meu desejo estar naquela situação. Olhei e reolhei para o motor do carro, olhei o painel e
tudo parecia grego. Seguiram-se algumas ligações e o mecânico apareceu – e, com ele, a solução: trocar a bateria!
E do ódio migrei para a inveja.
Sim, invejei a atitude do meu carro. Queria me dar ao luxo de poder parar no meio do nada, sem motivo ou
explicação porque sinto minhas energias vitais em baixa. Realmente, tem dias em que as baterias vitais correm o
risco de estagnar. E fico me perguntando: onde foi parar a energia que nos move?
Existem muitas situações e, inclusive, pessoas que nos sugam energia vital preciosa, a tal ponto de ficarmos exaustos
física e mentalmente. Como é impossível represar nossas energias, comecei a investir um pouco do meu dia naquilo
que chamo de “terapia do carregador”.
O princípio da “terapia do carregador” é a mesma do carregamento da bateria de um celular. Parte da ideia de que
preciso me conectar à alguma “tomada” para recarregar as nossas baterias. E isso é uma experiência íntima e
pessoal. Descobrir algo que te energiza é fundamental para uma vida de qualidade.
Meu carregador favorito tem sido assistir desenho animado – dez minutinhos são mais que suficientes para garantir
um dia produtivo. E existem muitos outros carregadores. Porém, é necessária uma atitude proativa de buscar algo
que lhe recarregue as energias.
Já que nós humanos não podemos desligar do nada, porque não dormir bem? Às vezes me energizo do jeito mais
antigo: nada que uma boa noite de sono conectado ao travesseiro não resolva.

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