Vous êtes sur la page 1sur 2

Aula 26-02

 Na modernidade, temos equivalentes universais para pretensão punitiva do


Estado, para, por exemplo, os dias em que a pessoa passa privada de liberdade
 É só no horizonte em que a forma valor surge, em que ela determina todas as
relações de trabalho, e determina o tempo socialmente gasto das coisas, é que a
esfera penal dá-se como é hoje. Os diferentes e distitos tipos penais, podem ser
equivalentes na pena. Não imposta, afinal, o que foi cometido.
 Na Idade Média, para atos distintos, há penas distintas. Na modernidade, há uma
equivalência entre as penas para os atos distintos, e é a partir daí que se dá o
garantismo penal.
 O Direito permite que base econômica funcione livremente, e dá a sensação de
que não há uma opressão em curso. A opressão não se dá diretamente pelo
direito, ele, de fato, assegura a igualdade. Então, o Direito auxilia na opressão
indiretamente, uma vez que permite que a exploração econômica aconteça
livremente e se desenvolva.
 Portanto, não é o Direito que domina, diretamente, ele assegura uma exploração
econômica que assegura a dominação.
 A forma valor que se apresenta como equivalente universal que regula
abstratamente as relações sociais de produção (tempo socialmente gasto, o que
importa é a ideia de valor, o trabalho em si perde o valor), é a partir do momento
em que essa abstração real se dissipa na sociedade, é que ela começa regular
outras áreas da sociedade, como a do Direito Penal.
 Essa equivalência pode ser exemplificada com o fato de que, por exemplo, com
alguém que comete cinco roubos e alguém que comete homicídio, acabam
sofrendo a mesma pena. Isso não existia no medievo.
 Passa-se a exigir que o quantum do equivalente universal seja equivalente ao
quantum do que equivale o ato cometido; Pachukanis coloca o Direito Penal
como uma troca, sendo assim,
 Prevenção social (dar exemplo aos outros, para que não cometam o mesmo ato),
prevenção especial, individual (fazer com que o indivíduo não cometa aquilo
novamente) e ressocialização, são algumas das finalidade da penalidade. A
questão é, que se essa é a finalidade, punir com equivalência, não faz o menor
sentido. Portanto, para Pachukanis, a finalidade é nada mais que “vingança
equitativa”, isto é, fazer com que a pessoa pague pelo que fez.
 Outro fato que evidencia que a ressocialização não é uma finalidade do Direito
Penal, é o fato de que, por exemplo, nenhum curso de Direito realmente se
importa, ou tem como matéria, a execução penal, como deve ser aplicada a pena,
etc.
 Por outro lado, no contexto burguês, a própria ideia de crime, acaba a ser
individualizada. Deixa de ser algo que atinge a sociedade, e passa a ser algo que
o indivíduo praticou. E o caráter social se esvai.
 Para Pachukanis... ele elabora uma alternativa para o Direito Penal.
 Garantismo penal.
 O Direito Penal revela claramente quais são as maiores finalidades sociais da
punição estatal, que, na verdade, acaba sendo proteger a dinâmica da economia
de trocas, como o fato de o latrocínio ser o crime de maior pena no ordenamento
jurídico brasileiro.
 Só há direito enquanto há escassez, porque o que o direito regula a situação de
escassez das coisas, atribuindo-se relações recíprocas para troca. O Direito Penal
advém daí (forma jurídica), só faz sentido falar no Direito Penal, em um regime
de propriedade, em uma sociedade capitalista. Extinguir-se-ia o Direito Penal em
um estágio pós-capitalista.
 Enquanto houver regime de propriedade, que só existe em um regime de
escassez, continuará existindo o Direito Penal e sua necessidade.
 Só é possível extinguir-se o Direito Penal, caso haja uma revolução proletária,
caso extinga-se o meio que faz com que seja possível a existência do Direito
Penal como temos hoje, o capitalismo.
 Tudo é simplesmente uma questão de valor, tudo se resume nele. (multas para
redimir crimes penais deixam isso claro)

Vous aimerez peut-être aussi