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Brasília
2015
ii
Artigo de autoria de Leandro Flores Pereira e Lucas Silva de Freitas intitulado INFLUÊNCIA
DO MATERIAL PULVERULENTO EM AREIAS ARITIFICIAIS NA PRODUÇÃO DE
CONCRETOS, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em 11/06/2015, defendido e aprovado
pela banca examinadora abaixo assinada:
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Brasília
2015
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AGRADECIMENTOS
Acima de tudo à Deus, pelo dom da vida, por ter nos concedido saúde e força para
superar as dificuldades, não deixando que desviássemos dos nossos objetivos.
Às nossas famílias, por todo apoio que nos deram para que chegássemos até aqui.
À nossa orientadora, professora MSc. Luciana Nascimento Lins que, com muita
paciência e disponibilidade, dedicou do seu valioso tempo para nos orientar em cada passo
desse trabalho.
À empresa Concretecno que disponibilizou toda infraestrutura para a realização desse
trabalho.
À todos professores, por contribuírem para a formação do nosso conhecimento.
À todos que, mesmo não citados aqui, direto ou indiretamente, fizeram parte da nossa
formação acadêmica, o nosso muito obrigado!
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RESUMO
1 INTRODUÇÄO
Apesar dos agregados não entrarem em complexas reações químicas com a água,
alguns fatores podem influenciar diretamente nas propriedades do concreto, como, o teor de
material pulverulento presente nos agregados.
A presença desses materiais na constituição do concreto é indesejável. Um agregado
com alto teor de materiais pulverulentos diminui a aderência do agregado à argamassa
aumentando a relação água cimento e prejudicando, assim, a resistência mecânica e a
trabalhabilidade do concreto.
A presente pesquisa tem como objetivo analisar, por meio de ensaios de laboratório, a
influência de materiais pulverulentos na resistência mecânica à compressão e na
trabalhabilidade dos concretos de cimento Portland.
A partir desses ensaios será observado, ainda, o quanto a mais de água será necessária
para que os concretos com diferentes teores de material pulverulento atinjam a mesma
trabalhabilidade.
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1.1 Concreto
1.2.1 Agregados
Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm (NBR
7211:2009).
Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam
retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm (NBR 7211:2009).
Encontrados na natureza já preparados para o uso sem outro beneficiamento que não seja
a lavagem. (CECHELLA, 2011, p. 237).
Pode ser resíduos industriais granulares que tenham propriedades adequadas ao uso
como agregado ou proveniente do beneficiamento de entulho de construção ou demolição
selecionado para esta aplicação. (CECHELLA, 2011, p. 237).
1.2.9 Cimento
1.2.10 Água
1.2.11 Aditivo
1.3 Trabalhabilidade
Bauer (2011, p. 270) afirma que, quando os concretos no estado fresco apresentam
características adequadas ao tipo de obra a que se destinam e aos métodos de lançamento, de
adensamento e de acabamento, diz-se que eles são trabalháveis.
O componente físico mais importante da trabalhabilidade é a consistência, termo que,
aplicado ao concreto, traduz propriedades intrínsecas da mistura fresca relacionadas com a
mobilidade da massa e a coesão entre os elementos componentes, tendo em vista a
uniformidade, compacidade e o bom rendimento da execução.
Os fatores que afetam a consistência é a granulometria dos agregados. Se houver uma
redução na superfície específica do agregado, o concreto tornar-se-á mais plástico; em caso
contrário, menos plástico.
O principal fator que influi na consistência é o teor de água na mistura, e outros como
aditivos, tempo e temperatura. Os métodos para a avaliação e medição da trabalhabilidade do
concreto podem-se incluir nos seguintes tipos:
a) ensaios de abatimento;
b) ensaios de penetração;
c) ensaios de escorregamento;
d) ensaios de compactação;
e) ensaios de remoldagem.
Como refere Bauer (2011, p. 98), superfície específica é a soma das áreas das
superfícies de todos os grãos contidos na massa unitária do agregado. Quanto menores forem
os grãos necessários para determinada massa de agregado, tanto maiores serão a quantidade e
a superfície específica deles.
Por suas características, a superfície específica tem aplicação quase que somente em
materiais de grande finura. O módulo de finura e a superfície específica do agregado miúdo
influem na definição da quantidade de água e, portanto, na da quantidade de cimento: Quanto
menor o módulo de finura, ou quanto maior a superfície específica, tanto mais água será
necessária e, portanto, mais cimento para manter o fator água/cimento preestabelecido.
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.2 Métodos
Tabela 1 - Traços
Areia Areia
Cimento Brita 0 Brita 1 Aditivo Fíler Fíler
Traço artificial lavada Água (L)
(Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (% )
(Kg) (Kg)
1 9,6 12,97 12,97 5,7 22,79 6,26 0,77 0,00 0%
2 9,6 12,32 12,97 5,7 22,79 6,61 0,77 0,65 5%
3 9,6 11,7 12,97 5,7 22,79 6,76 0,77 1,30 10%
4 9,6 11,12 12,97 5,7 22,79 6,96 0,77 1,95 15%
5 9,6 10,56 12,97 5,7 22,79 7,16 0,77 2,60 20%
Fonte: Os autores, 2015.
Estabeleceu-se um traço padrão onde não houve adição de fíler (traço 1) e, a partir
dele, calculou-se os traços subsequentes, adicionando-se fíler à areia artificial e corrigindo o
consumo de água de acordo com o necessário para obtenção do slump exigido.
Foram realizadas 5 dosagens, sendo moldados 15 corpos-de-prova por traço, seguindo
as orientações da ABNT NBR 5739:2007. O concreto foi dosado objetivando atingir uma
resistência de 25,0 MPa e todos os procedimentos de mistura e moldagem foram mantidos
constantes para a realização de todos os traços.
Utilizando uma areia artificial de calcário, coletada no pátio da Central Dosadora, foi
realizada uma lavagem para eliminação do seu material pulverulento utilizando-se das
peneiras nº 200 e nº 18 até que a água de lavagem se tornasse límpida e todo material passante
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na peneira nº 200 fosse removido (Figura 1), objetivando conseguir uma areia artificial isenta
de material pulverulento.
Antes do ensaio de resistência à compressão, foi feito o preparo da base de cada corpo-
de-prova, de modo que sua superfície ficasse plana e perpendicular ao eixo longitudinal. Essa
preparação consistiu na remoção, por meios mecânicos (Figura 5), de uma fina camada de
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material das bases que foram preparadas, propiciando assim uma superfície lisa e livre de
ondulações e abaulamentos, de acordo com a norma NBR 5738:2015.
Figura 6 - Prensa
Fonte: Os autores, 2015.
Foram moldados 15 corpos de prova para cada traço, 3 para cada idade, sendo
rompidos nas idades de 1 dia, 4 dias, 7 dias, 28 dias e 42 dias.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
0,76
0,75
0,74
Relação água / cimento
0,73
0,72
0,70 0,70
0,69
0,68
0,66
0,65
0,64
0% 5% 10% 15% 20% 25%
(MPa) (2)
Onde:
é a resistência a compressão em megapascais (MPa);
F é força máxima alcançada em newtons (N);
D é o diâmetro do corpo de prova, expressa em milímetros (mm);
A Tabela 3 apresenta a totalidade dos dados obtidos através do ensaio de resistência à
compressão, em todas as idades que foram moldados.
16
45,00
Idade de Rompimento
0% 43,03 0,0%
5% 42,60 1,0%
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
ABSTRACT
It was thought in concrete technology that the aggregate just had character to fill the
mixture, just an inert granular material designed to reduce the final cost of concrete
production. Despite the aggregates do not get into chemical reactions with water, some factors
can influence directly in properties of concrete, such as material powdery present in
aggregates. This study aims to analyze, through laboratory tests experimental, the influence of
materials powdery on the properties of concrete Portland cement. Was executed five concrete
dosing, with the proportional and progressive addition of materials powdery in the
composition of artificial sand. It was determined consistency indexes, water-to-cement w/c
and conducted compressive strength tests in order to evaluate the possible influences on the
quality of concrete.
REFERÊNCIAS
______. NBR 5738: Concreto – Procedimento para moldagem e cura de copos-de-prova. Rio
de Janeiro: ABNT, 2015.
______. NBR 5739: Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2007.
______. NBR 7211: Agregados para concreto – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
______. NBR NM 46: Agregados – Determinação do material fino que passa através da
peneira 75 um, por lavagem. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.