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A. T. Pierson
Traduzido da versão em inglês: Keys to the Word, or Help to
Bible Study
Copyright © 1887 por Anson D. F. Randolph & Company,
New York
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
1 e 2 Samuel
1 e 2 Reis
1 e 2 Crônicas
Esdras e Neemias
Ester
Livros Poéticos
Jó
Salmos
Provébios
Eclesiastes
Cantares
Os Profetas
Isaías
Jeremias
Lamentações
Ezequiel
Daniel
Os Profetas Menores
Oseias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miqueias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias
O Novo Testamento
Os Quatro Evangelhos
Mateus
Marcos
Lucas
João
Atos
As Epístolas
Romanos
1 Coríntios
2 Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
1 e 2 Tessalonicenses
1 e 2 Timóteo
Tito
Filemom
Hebreus
Tiago
1 e 2 Pedro
1 João
2 João
3 João
Judas
Apocalipse
Introdução: As Leis do Estudo Bíblico
Há um princípio na escolha de métodos adequados ao Estudo
da Bíblia que deve ser considerado desde o início deste livro.
A própria Bíblia fornece instruções enfáticas para seu correto
exame. Primeiramente, devemos lembrar de que, sendo o
Livro de Deus, para uma leitura verdadeiramente proveitosa, é
necessário ter uma mente iluminada pelo mesmo Espírito que
inspirou o texto. Göethe disse que antes que um leitor reclame
da obscuridade em um autor ele deveria examinar se ele
mesmo é “claro interiormente; pois ao anoitecer, até escritos
claros são ilegíveis”. “Ora, o homem natural não aceita as
coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não
pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente”.
Nenhuma quantidade de luz sobre as páginas compensará um
olho cego. “Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas,
que grandes trevas serão!” A Bíblia deve ser aberta com a
oração, “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as
maravilhas da tua lei.”
Isto deve ser enfatizado logo no princípio. Nenhum homem
pode ter discernimento espiritual na Palavra de Deus sem a
influência do Espírito iluminador. Os comentaristas mais
capazes têm sido os mais fiéis. Bengel, autor de “The
Gnomon”, banhou seus estudos em lágrimas e os santificou
com orações. A não ser que seja ensinada pelo Espírito Santo,
a Bíblia será um livro selado mesmo para uma pessoa
instruída.
Assumindo-se isso, três regras diretas são encontradas na
Palavra de Deus para um estudo bem sucedido: examine,
medite e compare.
1. Examine (Jo 5:39)
Existem muitas formas de leitura descuidada e desatenta.
Coleridge classificou leitores em quatro classes. A primeira
classe foi comparada a “uma ampulheta; sendo a sua leitura
como a areia, que atravessa de um lado para outro sem deixar
qualquer vestígio atrás de si. A segunda classe assemelha-se a
uma esponja que embebe todas as coisas e as devolve
praticamente da mesma maneira. A terceira classe é como um
coador, que deixa passar tudo que é puro e retém apenas o
refugo e sedimentos. A quarta classe, como o escravo de
Golconda, deixa de lado tudo que é sem valor, conservando
apenas as puras pedras preciosas”. Ou talvez devêssemos
comparar a quarta classe com uma bateia usada para reter o
metal puro enquanto a escória é rejeitada. A única leitura
proveitosa da
indiferentes e superficiais.
DIVISÕES
1) Gn 1 a Gn 11: De Adão a Noé. Pecado, queda, dilúvio.
2) Gn 12 a Gn 50: De Abraão a José. A semente escolhida; a
habitação no Egito; etc.
Êxodo
Palavra-chave: páscoa
Versículo-chave: Êx 12:23
Esse é o livro do Êxodo ou saída. Por uma série de dez
pragas, Deus libertou Sua nação eleita da escravidão do
Egito. O sangue tornou-se o sinal de penhor da
redenção. A palavra páscoa [Do inglês passover, que significa passar
sobre. (N.T.).] tem um significado tríplice: Deus passou
sobre as casas aspergidas de sangue; a seguir foi
separado para Ele todo primogênito (Êx 13:12,
margem); e Ele fez Israel passar sobre o leito do Mar
Vermelho (Êx 15:16).
DIVISÕES
1) Êx 1 a Êx 12: Israel no Egito.
2) Êx 13 a Êx 18: Do Egito ao Sinai.
3) Êx 19 a Êx 40: No Sinai; a lei é dada.
Levítico
Palavra-chave: expiação
Versículo-chave: Lv 16:34
Esse é o livro sobre adoração, sacrifício e sacerdócio.
Êxodo termina com o Tabernáculo de Deus localizado
no meio das tendas de Israel. Levítico começa com a lei
das ofertas. Para que o Santo pudesse habitar entre
pecadores, e aceitar seus cultos, deveria haver expiação
por meio do sacrifício e mediação pelo sacerdócio. A
tribo eleita, Levi, da nação eleita, representa o Homem
entre Deus e os homens.
DIVISÕES
1) Nm 1:1 a Nm 10:10: Preparações para deixar o Sinai.
2) Nm 10:11 a Nm 21:35: Jornada do Sinai a Moabe.
3) Nm 22 a Nm 36: Em Moabe, preparando para entrar em
Canaã.
Deuteronômio
Palavra-chave: obediência
Versículo-chave: Dt 10:12, 13
Esse é o livro da segunda lei. Como as primeiras tábuas
foram quebradas e substituídas, assim também a lei
quebrada foi enfatizada pela repetição. A palavra
lembre-se ocorre cerca de dezoito vezes, e a libertação
do Egito é constantemente recordada como motivo de
obediência. Compare com Dt 5:15. Israel, próximo de
possuir a terra de Canaã, é lembrado de que esta é a
condição para a entrada e permanência. Antes de
Moisés passar essa nova geração para responsabilidade
de Josué, ele repetiu a lei moral.
DIVISÕES
1) Dt 1 a Dt 4: Resumo do vaguear no deserto.
2) Dt 5: Repetição do decálogo.
3) Dt 6 a Dt 26: Leis, etc., como conduta em Canaã.
4) Dt 27 a Dt 28: Bênçãos e maldições.
5) Dt 29 a Dt 30: Aliança com Deus.
6) Dt 31 a Dt 32: Exortação e o cântico de Moisés.
7) Dt 33: Sua bênção final.
8) Dt 34: Narrativa suplementar da morte de Moisés.
Josué
Palavra-chave: possessão
Versículo-chave: Js 1:3
Esse livro, que pertence a uma nova divisão do Antigo
Testamento, é o livro da entrada e conquista, possessão
e desapropriação. A terra da promessa era maior que a
terra da possessão, porque Deus deu mais do que a fé de
fato apropriou. Moisés e a lei levaram os Israelitas até a
divisa da herança, para a qual Josué, como um tipo do
Senhor Jesus, conduz. Mesmo na terra prometida há
conflitos. Possessão ocorre por desapropriação.
Compare com Ef 6:10–18.
DIVISÕES
1) Js 1 a Js 12: Conquista.
2) Js 13 a Js 24: Partilha.
Juízes
Palavra-chave: anarquia
Versículo-chave: Jz 21:25
O nome desse livro é uma referência ao Período dos
Juízes, líderes civis e militares entre Josué e Saul. Entre
1500 e 1000 a.C. encontram-se quatro ou cinco séculos
de desorganização e desgoverno. Idolatria e
conformidade com o mundo operam ruína. A unidade
foi perdida; as tribos tomaram o lugar de um só povo.
Fé e fidelidade deram lugar a descrença e a
inconstância. O tabernáculo ficou oculto em trevas e há
apenas uma menção do sumo sacerdote (Jz 20:28).
DIVISÕES
1) Jz 1:1 a Jz 3:6: Introdução.
2) Jz 3:7 a Jz 16:31: História principal.
3) Jz 17 a Jz 21: Apêndice: narrativas fragmentadas sem
ordem cronológica.
Rute
Palavra-chave: parente (remidor)
Versículo-chave: Rt 4:14
Trata-se de um idílio pastoral. Em Boaz, remidor de
Rute e sua propriedade perdida, duas condições
precisam ocorrer: Boaz deve ser parente para ter o
direito, e precisa ser de um ramo mais alto da família,
não envolvido no desastre, para ter o poder de remir. A
raça está em ruínas. O homem é parente do homem, mas
não pode remir seu próximo, pois está arruinado
também. O Deus-Homem, nosso “parente próximo”,
porém de uma família mais elevada, torna-Se remidor e
noivo da Igreja.
DIVISÕES
1) 1Sm 1 a 1Sm 7: Samuel, o profeta-juiz.
2) 1Sm 8 a 1Sm 31: A carreira de Saul.
3) 2Sm 1:1 a 2Sm 5:5: Davi, rei de Judá.
4) 2Sm 5:6 a 2Sm 20:26: Davi, rei de Israel.
5) 2Sm 21 a 2Sm 24: Apêndice.
1 e 2 Reis
Palavra-chave: realeza
Versículo-chave: 1Rs 2:12; 1Rs 11:13
Esses dois livros, que também formam um no original,
relatam o curso da monarquia começando pela sua maior
glória, passando pelo declínio e divisão até a queda
final. Sob Salomão, a realeza chegou ao ápice, tendo o
Templo como sua coroa. Despesas e ostentação
extravagantes, esposas pagãs e adoradores de ídolos,
culminaram com a cisão do reino e cada uma das partes
acabou em cativeiro e dispersão. Autor: Jeremias. [O autor
não é dogmático quanto à autoria de Jeremias (N.T.).]
DIVISÕES
1) 1Rs 1 a 1Rs 11: Da coroação à morte de Salomão.
2) 1Rs 12 a 2Rs 17: De Roboão ao cativeiro de Israel sob os
assírios.
3) 2Rs 18 a 2Rs 25: De Ezequias ao cativeiro de Judá sob os
caldeus.
1 e 2 Crônicas
Palavra-chave: teocracia
Versículo-chave: 2Cr 15:2
Esses dois livros, um só no original, fecham o cânon
hebraico. Seu propósito é mais que mera repetição
histórica ou complementação. Seu tema chave é a
teocracia. Reinos humanos devem representar a regência
de Deus. Somente quando Ele é reconhecido e
reverenciado, somente quando a adoração no Templo
não é negligenciada ou corrompida, pode haver
verdadeira prosperidade.
DIVISÕES
1) 1Cr 1 a 1Cr 9: Genealogias, etc.
2) 1 Cr 10 a 1Cr 29: Reino sob Davi.
3) 2Cr 1 a 2Cr 9: Reino sob Salomão.
4) 2Cr 10 a 2Cr 36: Reinado de Roboão a Zedequias.
Esdras e Neemias
Palavra-chave: restauração
Versículo-chave: Ed 1:5; Ne 2:5
Esses dois livros são considerados pelos hebreus como
um só. Ambos tratam do retorno da Babilônia e da
restauração e reorganização. O primeiro livro trata da
história eclesiástica e da reconstrução do Templo sob
Esdras. O segundo livro, por sua vez, trata da história
civil e da reconstrução da cidade sob Neemias. Juntos
representam uma figura completa da reconstrução pós-
cativeiro e da reorganização em igreja e estado.
DIVISÕES
1) Ed 1 a Ed 6: Retorno do cativeiro.
2) Ed 7 a Ed 10: Eventos no reino de Artaxerxes; entre as
duas seções há um período de 57 anos.
1) Ne 1 a Ne 7: Narrativa de Neemias.
2) Ne 8 a Ne 9: Narrativa continuada por outra pessoa.
3) Ne 11 a Ne 12:26: Seis listas importantes.
4) Ne 12:27 a Ne 13:31: Dedicação dos muros e reformas.
Ester
Palavra-chave: providência
Versículo-chave: Et 4:14
Esse livro é o romance da Providência. Ester, uma judia
cativa, tornou-se noiva do rei da Pérsia, Assuero; e
surgiu no seu reino em um momento crítico. O plano
iníquo de Hamã para destruir o povo judeu, impedido
pela intercessão audaciosa de Ester, terminou na sua
destruição. A festa do Purim, instituída pelos judeus em
memória desse livramento, é guardada até hoje. Assim
como Rute representa os gentios vindo para a Igreja,
Ester representa a Igreja indo aos gentios.
DIVISÕES
O livro de Salmos subdivide-se em cinco livros marcados
por seu fim peculiar.
1) Sl 1 a Sl 41: termina com uma doxologia e duplo Amém.
2) Sl 42 a Sl 72: termina de maneira semelhante, com a
sentença “findam-se aqui as orações de Davi, filho de Jessé”.
3) Sl 73 a Sl 89: tesmo término do livro 1.
4) Sl 90 a Sl 106: mesmo término, com Aleluia.
5) Sl 107 a Sl 150: termina com muitos Aleluias.
Provébios
Palavra-chave: sabedoria
Versículo-chave: Pv 9:10
Aqui é exibida a sabedoria da vida prática, modelando o
caráter e a conduta, regulando igualmente a relação
homem-homem e homem-Deus. A verdadeira sabedoria
desenvolve a dignidade, leva à moralidade e, no seu
maior alcance, à piedade. Requer obediência às duas
tábuas da lei. Torna o entendimento claro, a consciência
pura e a vontade firme. A Sabedoria é aqui personificada
correspondendo à Palavra ou Logos, em João.
DIVISÕES
1) Pv 1 a Pv 9: admoestações, principalmente aos jovens.
2) Pv 10 a Pv 24: miscelânea, para todas as classes.
3) Pv 25 a Pv 29: coletânea posterior, pelos escribas, sob
Ezequias.
4) Pv 30 e 31: suplemento. Palavras de Agur e Lemuel.
Eclesiastes
Palavra-chave: vaidade
Versículo-chave: Ec 2:11
Essas “Palavras do Pregador”, escritas na forma de
monólogo, registram resultados de experiência e
observação da vida do homem. Observado do nível mais
alto “debaixo do sol”, tudo parece uma grande falha,
“vaidade e aflição de espírito”. Somente quando o
mundo presente e o do porvir se juntam é que se tem a
vida em sua totalidade. Somente quando Deus e o
homem são unidos pela fé e obediência tem-se o homem
em sua totalidade (Ec 12:13–14).
DIVISÕES
1) Ec 1:1–11: prefácio.
2) Ec 1:12 a Ec 2:26: resultado das experiências.
3) Ec 3:1 a Ec 8:15: resultado das observações.
4) Ec 8:16 a Ec 12:7: indução.
5) Ec 12:8–14: a grande conclusão.
Cantares
Palavra-chave: amado
Versículo-chave: Ct 6:3
Nessa “canção matrimonial”, o mistério de Cristo e a
Igreja parece ser tipificado por um diálogo entre o noivo
e a noiva (compare com Ef 5:25–32). O quadragésimo
quinto Salmo, “cântico de amor”, trata brevemente do
mesmo tema, da mesma maneira, e é a chave para o livro
de Cantares. O matrimônio é a figura favorita pela qual
os profetas e os apóstolos representam a relação de
Jeová com Seu povo (compare com Is 62:5, Jr 3; Ez 16).
DIVISÕES
1) Ct 1:1: título.
2) Ct 1:2 a Ct 5:1: a noiva na câmara do Rei, a visita dEle, o
sonho dela, o matrimônio real.
3) Ct 5:2 a Ct 8:14: a esposa do Rei, a procura e o encontro,
a volta para casa, etc.
Os Profetas
Aqui começa a terceira e última divisão do Antigo
Testamento. Um profeta não é necessariamente alguém
que prediz, mas alguém que fala por Deus, um mestre
inspirado. Previsão é uma das formas pelas quais o selo
e a sanção divinos são colocados sobre o profeta. Os
livros históricos e proféticos têm uma relação próxima.
A nação hebreia é o centro de ambos, e outras nações
são vistas somente em sua relação com este assunto e
objeto centrais.
DIVISÕES
1) Is 1 a Is 39: cronológico e histórico.
2) Is 40 a Is 66: o cântico do Messias.
Jeremias
Palavra-chave: advertência
Versículos-chave: Jr 7:28, Jr 46:1
Esse livro, de veemente repreensão a Judá e predição
contra nações gentias, é o toque da trombeta de um
reformador aos ouvidos de um povo perverso a quem
são endereçados vinte capítulos de argumentação e
apelos, porém em vão. Aqui o Messias aparece como o
Renovo, o Rei no trono de Davi, o Senhor, nossa de
Justiça e tipologicamente na própria pessoa de Jeremias,
cuja mensagem de arrependimento e salvação foi
rejeitada.
DIVISÕES
1) Jr 1 a Jr 38: profecias a respeito de Judá até a invasão dos
caldeus.
2) Jr 39 a Jr 44: profecia e história após a queda de
Jerusalém.
3) Jr 46 a Jr 51: profecias contra o Egito, Filistia, Moabe,
Amom, Edom, Damasco, Quedar, Hazor, Elão e Babilônia. O
Capítulo 45 é um fragmento aparentemente fora de lugar e o
Capítulo 52 é um apêndice.
Lamentações
Palavra-chave: destruição
Versículo-chave: Lm 2:11
Esse livro é uma ária em tom menor da profecia, um
canto fúnebre. O profeta das lágrimas, cuja vida foi um
longo martírio, identificou-se por completo com as
tristezas de seu povo e a desolação da Cidade Santa e
agora entoa a lamentação de um coração quebrado. Ele
vê no exército caldeu a vara de Deus castigando seu
povo rebelde, mas até Seus julgamentos são uma
chamada ao arrependimento. Compare com Jesus
chorando sobre Jerusalém (Lc 19:41–42).
DIVISÕES
Cinco lamentações, uma por capítulo. A primeira, segunda e
quarta, cada uma dividida em duas partes iguais e a terceira,
em três (Lm 3:1–18; 19–42; 43–66). As divisões são
facilmente detectadas pela mudança de quem fala e dos
pronomes pessoais usados.
Ezequiel
Palavra-chave: visões
Versículo-chave: Ez 1:1
Ezequiel, o profeta da harpa de ferro e notável por
declarações enérgicas, era da linhagem sacerdotal. Ele é
um verdadeiro “vidente”, que teve visões de Deus. Seus
escritos são mais notáveis que seus dizeres, e seu estilo
é vívido e fervoroso. Ele viu a glória do Senhor,
registrou sua partida da cidade e do Templo por causa
da idolatria e iniquidade, e, após julgamento nacional, o
retorno da glória em dias futuros e a ressureição
nacional de Israel.
DIVISÕES
1) Ez 1 a Ez 24: visão introdutória, comissão como profeta,
predição da queda de Jerusalém.
2) Ez 25 a Ez 32: julgamento de Amom, Tiro, Egito, Edom,
Moabe, Filistia.
3) Ez 33 a Ez 39: advertências e promessas para Israel e
Judá.
4) Ez 40 a Ez 48: o Templo e a Cidade ideais.
Daniel
Palavra-chave: segredo revelado
Versículo-chave: Dn 2:22
Esse livro não é exatamente uma história a respeito dos
judeus, babilônios contada de maneira contínua, nem no
que se refere ao assunto nem rem relação ao tempo em
que foi escrita. Profecia e história estão misturadas;
incidentes, em um período de cerca de setenta anos,
foram escolhidos para ilustrar o poder de uma vontade
determinada, separação em relação a Deus, a oração da
fé; a intervenção de Deus em milagres, inspiração em
profecia, a providência divina sobre reis e nações, e o
ministério dos anjos.
DIVISÕES
1) Dn 1 a Dn 6: o conflito.
2) Dn 7 a Dn 12: a revelação.
Os Profetas Menores
Esses doze escritos eram considerados pelos judeus
como um só livro (At 7:42). Não se sabe quem os
coletou, mas Esdras, Neemias e Malaquias podem ter
ajudado na formação do cânon. O período coberto por
tais livros, e que também inclui o dos profetas maiores,
é aproximadamente de 870 a.C. a 440 a.C. A ordem
cronológica é provavelmente a seguinte: Joel, Jonas,
Obadias, [Segundo o autor, Obadias pode ter sido escrito tanto após Jonas
como após Habacuque. (N.T.).] Amós, Oseias, Miqueias, Naum,
Sofonias, Habacuque, Obadias, Ageu, Zacarias,
Malaquias.
DIVISÕES
1) Os 1 a Os 3: a aliança matrimonial com Jeová.
2) Os 4 a Os 14: os estágios do declínio e a exortação a
retornar.
Joel
Palavra-chave: julgamento
Versículo-chave: Jl 2:13
Esse profeta pioneiro viveu em Judá, provavelmente em
Jerusalém nos primeiros dias de Joás, 870 a.C. a 865
a.C. Gafanhotos e secas são usados como símbolos de
multidões de invasores e dos recursos esgotados da
nação. Ele convocou um jejum, para livrar-se da
situação presente e evitar o iminente flagelo. O profeta
predisse prosperidade em caso de arrependimento, o
derramamento do Espírito no porvir e a chuva após a
seca.
DIVISÕES
1) Jl 1:1 a Jl 2:17: o julgamento e a chamada ao
arrependimento.
2) Jl 2:18 a Jl 3:21: promessas para o presente e para o
futuro.
Amós
Palavra-chave: punição
Versículo-chave: Am 4:12
À semelhança de seu contemporâneo Oseias, Amós
escreveu para Israel, e denunciou os mesmos males,
preanunciando que seriam conquistados por um inimigo
estrangeiro como punição pelos seus pecados. O início
da profecia consiste em ameaças contra as nações
gentias que os rodeavam, mas nisso não havia qualquer
esperança definitiva para Israel. Entretanto, a nação
recebeu uma promessa de novo livramento e
prosperidade sob a casa de Davi.
DIVISÕES
1) Am 1 a Am 2: profecias contra os sírios, filisteus,
fenícios, edomitas, amonitas, moabitas, etc.
2) Am 3 a Am 6: profecias contra Israel.
3) Am 7 a Am 9: visões de consolação e condenação que
cobrem o período anterior e o do reino do Messias.
Obadias
Palavra-chave: Edom
Versículo-chave: Ob 21
Essa é a mais curta das profecias e trata do caráter,
carreira, destruição e queda de Edom (ou Idumeia). Os
descendentes de Esaú até o fim foram inimigos dos
filhos de Jacó e vizinhos orgulhosos, amargos, cheios de
ressentimento. Inicialmente foram governados por
duques e posteriormente por reis; experimentaram seus
anos dourados quando Israel vivia o êxodo. Quando
Babilônia atacou a Cidade Santa, Edom exultou
participando do ataque (Sl 137:7).
DIVISÕES
1) Ob 1:1–9: o julgamento é anunciado.
2) Ob 1:10–16: sua justificativa
3) Ob 1:17–21: salvação é prometida a Sião.
Jonas
Palavra-chave: subversão
Versículo-chave: Jn 3:2
Esse profeta de Israel foi enviado em missão aos
gentios. Nínive, no ápice do orgulho e prosperidade,
deveria ser advertida com respeito a uma queda iminente
e repentina. Jonas, corretamente, percebeu que havia
sinais de misericórdia na mensagem, e seu próprio senso
de justiça o impulsionou para o oeste em vez de leste,
até que no ventre de um grande peixe ele aprendeu a
lição de obediência a Deus e compaixão pelos homens.
DIVISÕES
1) Jn 1: a comissão de Jonas e sua correção.
2) Jn 2: sua oração e livramento.
3) Jn 3 e Jn 4: sua comissão renovada e executada.
Miqueias
Palavra-chave: controvérsia
Versículo-chave: Mq 6:2
Miqueias profetizou tanto para Samaria quanto para
Jerusalém, mas principalmente para Judá. Como em
toda profecia genuína, por meio do julgamento surgem
bênçãos futuras. A controvérsia do Senhor com Seu
povo redunda em compaixão infinita. Belém, a pequena,
é preferida a Jerusalém, mãe de todos, para servir de
berço para o Messias. O profeta retrata em tons
inigualáveis o caráter de Jeová, que tanto passa sobre
pecados quanto os lança na profundeza do mar (Mq
7:18–20; Êx 12:23; 14:27).
DIVISÕES
1) Hc 1 a Hc 2: o colóquio do profeta. Ele fala (1:2–4). A
resposta de Deus (1:5–11). O profeta fala novamente (1:12–
17). A seguir ele assume uma atitude de espera (2:1). Deus fala
novamente (2:2–20).
2) Hc 3: a oração.
Sofonias
Palavra-chave: remanescente
Versículos-chave: Sf 1:4; 3:13
Esse “Compêndio de toda a Profecia”, apesar de
dirigido a Judá e a Jerusalém, é um retrato do governo
universal de Jeová. Toda a terra é o palco onde o Juiz de
tudo demonstra a grandiosidade da lei e a glória do
amor. Dos quatro cantos da terra, nações são escolhidas
como exemplos do Seu justo juízo, (Sf 2:4–15). Fala-se
de dois remanescentes: o remanescente de Baal, que não
escapará e o remanescente de Israel, que sobreviverá ao
próprio juízo.
DIVISÕES
1) Ag 1: a exortação.
2) Ag 2:1–9: o encorajamento.
3) Ag 2:10–19: mensagem aos sacerdotes.
4) Ag 2:20–23: mensagem a Zorobabel.
Zacarias
Palavra-chave: zeloso
Versículo-chave: Zc 8:2
Zacarias foi o profeta do advento. Oito visões em uma
única noite desvendaram a providência de Deus e Sua
graça para com a nação eleita: seus inimigos seriam
destruídos, seus ídolos removidos, sua cidade e Templo
restaurados e seu Messias revelado. A fim de desfrutar
das promessas de Deus, seus preceitos precisam ser
obedecidos e a lei moral deve ser mais importante do
que a lei cerimonial. Então jejuns tornar-se-ão em
banquetes. Jeová é zeloso pelo Seu povo: Seu ciúme,
por um lado, requer a pureza de Seu povo e, por outro,
destrói seus inimigos.
DIVISÕES
1) Zc 1 a Zc 6: visões.
2) Zc 7 e Zc 8: sobre os jejuns.
3) Zc 9 a Zc 14: o prospecto profético.
Malaquias
Palavra-chave: roubo
Versículo-chave: Ml 3:8
Malaquias significa “Meu Mensageiro”. Ele foi enviado
a denunciar as práticas que desonravam a Deus e a Sua
adoração, e para fortalecer as mãos de Neemias. Sua
mensagem fecha o Antigo Testamento. O profeta
consegue enxergar através de quatro séculos de silêncio
outro mensageiro que prepararia o caminho do Senhor,
e o advento do próprio Senhor, o maior dentre todos os
mensageiros, o “Anjo da Aliança”.
DIVISÕES
1) Ml 1:1–5: palavras introdutórias de Jeová.
2) Ml 1:6 a Ml 2:9: repreensão aos sacerdotes.
3) Ml 2:10–16: repreensão do divórcio e casamentos mistos.
4) Ml 2:17 a Ml 3:6: o mensageiro vindouro.
5) Ml 3:7–12: dízimos e ofertas.
6) Ml 3:13 a Ml 4:6: o dia vindouro do Senhor.
O Novo Testamento
O Novo Testamento não é apenas um livro, mas uma
pequena biblioteca de 27 livros com pelo menos sete
autores diferentes. Foi escrito ao longo de um período
de cerca de meio século. Não há sinais de retoques e,
entretanto, não há conflito.
Encontramos não apenas harmonia, mas progresso de
doutrina. [Bernard, T. D. The Progress of Doctrine in the New Testament.
Zondervan Publishing House, Gran Rapids.] As verdades encotradas
em forma embrionária nos evangelhos são
historicamente ilustradas em Atos, doutrinariamente
desvendadas e aplicadas nas epístolas e simbolicamente
apresentadas em Apocalipse.
Mateus escreveu para os judeus, e apresenta a Jesus como o Rei dos judeus, o
Legislador Real, o Leão da Tribo de Judá. Marcos escreveu para os romanos, e O
apresenta como o Poder de Deus, o Obreiro Poderoso, o Boi para o serviço e o
sacrifício. Lucas escreveu para os gregos, e O apresenta como a Sabedoria de
Deus, o Mestre e Amigo, o Homem Cristo Jesus. João, escrevendo para
suplementar e complementar os demais evangelhos, apresenta-O tanto como Filho
de Deus quanto Filho do Homem, que é e concede a vida eterna, a Águia que se
eleva em direção ao sol sem ser ofuscada pelo seu esplendor.
Esses quatro evangelhos correspondem aos quatro seres viventes (Zw a) de
Ezequiel, Daniel e Apocalipse. Maravilhosamente unidos, entrelaçados por
“coincidências”, ainda que distinguidos por diferenças, eles estão voltados para
direções diferentes e no entanto movem-se na mesma direção, à medida em que um
mesmo Espírito os guia; asa com asa, roda dentro de roda, cheios de olhos, as
suas cambotas eram temíveis (Ez 1:18), e velozes como relâmpago.
Esses não são evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, mas sim um único
Evangelho de Crsito, segundo Mateus, Marcos Lucas e João. Os três primeiros
apresentam a Pessoa e Obra de Cristo de um ponto de vista externo, da
perspectiva terrena; o último, de uma perspectiva interior e celestial. Cada
evangelho inicia com uma ênfase peculiar: Mateus, com a genealogia de Cristo;
Marcos, com sua Majestade; Lucas, Sua humanidade; e João, com sua Divindade.
O mesmo ocorre no término de cada um: Mateus, Sua ressureição; Marcos, Sua
ascenção; Lucas, Sua bênção de despedida e promessa de poder; e em João tem-
se a alusão à Sua segunda vinda.
Mateus
Palavra-chave: reino
Versículo-chave: Mt 27:37
Esse Evangelho é reconhecidamente hebraico em sua forma e
é o verdadeiro início do Novo Testamento, conectando-o ao
Antigo. A nova aliança surge da antiga; assim sendo, a
genealogia de Cristo é traçada desde Abraão e Davi. A história
messiânica cumpre as profecias sobre o Messias; daí as
frequentes referências às predições. O Profeta, Sacerdote e
Rei, apresentado nas profecias, cerimônias e tipos do Antigo
Testamento, é o próprio Messias.
DIVISÕES
1) Mt 1:1 a Mt 4:16: do nascimento de Cristo ao Seu
ministério público.
2) Mt 4:17 a Mt 16:28: Seu ministério público até Sua
transfiguração.
3) Mt 17:1a Mt 28:20: da transfiguração até a Sua última
ordenança.
Marcos
Palavra-chave: serviço
Versículo-chave: Mc 10:45
Marcos está, tradicionalmente, conectado a Pedro, que
abriu a porta da fé para os romanos (At 12:12). Esse é o
evangelho das obras de Cristo (At 10:38). Escrito aos
romanos, cujo lema era “poder”, o Evangelho de Marcos
exibe onipotência no poderoso Operador de Milagres e,
então, a onipotência do amor, no sublime milagre de
Sua paixão e ressurreição. O símbolo desse evangelho é
o Boi sacrificial, primeiramente arando a serviço e
depois no altar, como sacrifício.
DIVISÕES
1) Mc 1:1–20: introdução: o precursor, o batismo, a
tentação, etc.
2) Mc 1:21 a Mc 8:38: seu ministério miraculoso.
3) Mc 9:1 a Mc 16:20: da transfiguração à ascensão.
Lucas
Palavra-chave: Filho do Homem
Versículo-chave: Lc 19:10
A humanidade divinamente perfeita do Filho de Deus é
aqui retratada, e sua genealogia traçada além de Davi e
Abraão, indo até Adão. O Homem divino, o segundo
Adão é, para o homem, como homem, próximo e amigo,
resgatador e irmão. Mas Ele é também o Senhor que
desceu do céu e que concede a cura divina. Ele é
também Ajudador, Profeta e Salvador. Lucas era amigo e
companheiro de Paulo, e escreveu especialmente para os
gregos, sendo ele mesmo, provavelmente, um prosélito
gentio.
DIVISÕES
1) Lc 1:1 a Lc 4:13: introdução ao ministério público de
Cristo.
2) Lc 4:14 a Lc 21:38: até a última páscoa.
3) Lc 22 a Lc 24: até a Sua bênção na ascensão.
João
Palavra-chave: vida
Versículo-chave: Jo 20:31
Esse completa o restante dos evangelhos silenciando
todas as dúvidas com relação à divindade e deidade de
Jesus como Filho, não apenas de Abraão e Adão, mas de
Deus. João viveu até que as primeiras heresias tomaram
forma. Como Moisés confrontou todas as heresias
acerca da criação e levou o homem de volta à sua fonte
em Deus, assim também João confrontou todas as
heresias sobre o Messias, Operador de milagres, Homem
perfeito, ao declarar que no princípio era o Verbo, o
Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Compare
Gn 1:1 e Jo 1:1. O símbolo do Evangelho de João é a
Águia.
DIVISÕES
1) Jo 1:1–18: introdução. Prólogo.
2) Jo 1:19 a Jo 12:50: manifestações sucessivas aos judeus,
samaritanos e galileus.
3) Jo 13 a Jo 19: paixão e morte de Cristo.
4) Jo 20 a Jo 21: ressurreição e epílogo.
Atos
Palavra-chave: testemunhas
Versículo-chave: At 1:8
Esse livro é a aplicação dos evangelhos, os atos do
Espírito Santo. No evangelho que leva seu nome, Lucas
relatou aquilo que Jesus “começou a fazer”, e aqui, o
que Ele “continuou”, tanto a “fazer como a ensinar”
pelo Espírito Santo, edificando o Reino de Deus por
meio dos discípulos. A porta da fé é aberta
sucessivamente aos hebreus, romanos e gregos, como na
ordem encontrada nos evangelhos. O Pentecostes liga a
profecia do Antigo Testamento à história do Novo
Testamento. Esse é o livro de testemunho, primeiro do
homem, e então de Deus.
DIVISÕES
Principalmente três
1) Rm 1 a Rm 8: argumento. Salvação pela fé em Cristo
somente. O mundo inteiro, gentios e judeus, condenados e
culpados diante de Deus. Justificação providenciada em
Cristo, cuja obediência e sofrimento valem ao pecador que,
pela fé, é identificado com Ele.
2) Rm 9 a Rm 11: relações mútuas entre judeus e gentios e
as duas dispensações.
3) Rm 12 a Rm 16: deveres práticos, etc.
1 Coríntios
Palavra-chave: sabedoria
Versículo-chave: 1Co 2:7, 8
Corinto era rival de Atenas. Os gregos orgulhavam-se de
sua língua e literatura, erudição e lógica (“discurso” e
“sabedoria”). Paulo escreveu essa epístola para
confrontar a mente grega. Ele começou renunciando à
sabedoria, assim como renunciou ao poder no caso dos
romanos. Ele enfatizou as “coisas de Deus”, “as
Palavras de Deus”, “as demonstrações do Espírito” etc.,
e decidiu não utilizar sabedoria de palavras para não
anular a cruz.
DIVISÕES
1) 1Co 1:1–9: introdução.
2) 1Co 1:10 a 1Co 4:21: facções na igreja.
3) 1Co 5:1 a 1Co 6:20: disciplina na igreja.
4) 1Co 7:1–40: casamento e celibato.
5) 1Co 8:1 a 1Co 11:1: carne oferecida a ídolos.
6) 1Co 11:2–34: abusos nas reuniões da igreja.
7) 1Co 12:1 a 1Co 14:40: os dons do Espírito.
8) 1Co 15: ressurreição.
9) 1Co 16: vários assuntos menores.
2 Coríntios
Palavra-chave: consolo
Versículo-chave: 2Co 7:6, 7
Aqui há riqueza de contrastes entre alegria e tristeza,
entre humilhação e exaltação. Paulo estivera doente à
beira da morte e fora curado; atacado quanto ao seu
apostolado e favorecido com os sinais de apóstolo e até
mesmo um arrebatamento ao terceiro céu; julgado pelos
homens e vindicado por Deus; molestado por um
espinho na carne, sustentado pela graça toda-suficiente.
A nota-chave tanto da mensagem final, como da
saudação inicial é “conforto”. O amor, entristecido
pelos pecados deles, foi confortado pelo seu
arrependimento (Cf. 2Co 1:3, 4; 2:4; 7:6, 7).
DIVISÕES
1) Gl 1 e Gl 2: o apostolado de Paulo; salvação pela graça.
2) Gl 3 e Gl 4: a escravidão da lei.
3) Gl 5 e Gl 6: a liberdade dos filhos.
Efésios
Palavra-chave: em Cristo
Versículo-chave: Ef 1:3
Nesse épico do Novo Testamento é destacada
claramente, pela primeira vez, a nossa identificação com
Cristo. O crente está em e com Cristo. Compare com
1Co 3:21. A Igreja é o edifício do qual Ele é a pedra
angular, o corpo do qual Ele é a Cabeça, a noiva da qual
Ele é o Noivo; ela é uma com Ele e inseparável dEle. Os
santos são exortados a terem uma vida que seja
condizente com essa sublime vocação. E o “Mistério”
da incorporação dos gentios nessa unidade sagrada é
especialmente magnificado.
DIVISÕES
1) Ef 1 a Ef 4:16: origem, instituição e propósito da Igreja
universal de Cristo.
2) Ef 4:17 a Ef 6:10: deveres éticos– verdade, pureza, amor,
casamento e serviço.
3) Ef 6:10–24: exortação conclusiva, armadura de Deus, etc.
Filipenses
Palavra-chave: ganho
Versículo-chave: Fp 3:7, 14; 4:4.
Essa epístola é o balancete do discípulo. De um lado, Paulo
coloca tudo o que lhe era ganho, e que considerou como
perda por causa de Cristo. Depois coloca, do outro lado, tudo
o que ganhou pela rendição, e o que ainda conhecerá e
alcançará, e então se vê infinitamente mais rico. Ele esqueceu
de tudo o que abandonou e prosseguiu em direção ao prêmio.
“Viver é Cristo, morrer é ganho” (Cf Fp 1:21; 3:7, 14).
Essa é simplesmente uma carta à igreja em Filipos, fundada
por Paulo e ligada a Lídia e ao carcereiro. Nenhum erro
doutrinário ou prático é repreendido. Mas o apóstolo mostra
as renúncias e as compensações de um discípulo, e como o
saldo infinito em seu favor. Sua nota chave é: “alegrai-vos
sempre no Senhor, outra vez digo, alegrai-vos”! Cerca de
vinte vezes na epístola ele usa as palavras: “alegria”,
“regozijo”, “paz”, “contentamento” etc. A cruz é esquecida
ante a coroa que é antecipada mesmo em sua experiência
terrena.
A ideia suprema da epístola é ganho. Seu amor zeloso pelos
cristãos filipenses lhe traz ganho, pois faz com que
nobremente se esqueça de suas cadeias. A supremacia de
Cristo em seu coração traz ganho, pois o ajuda a regozijar-se
sempre que Cristo é pregado, por quem quer que seja,
tornando toda abnegação em abundante alegria;
transformando a vida de privação em privilégio, e a morte em
ganho. Regozija-se na cidadania celestial (Fp 3:20, grego), e
em ter a mente de Cristo. Ele mostra como também existe
ganho no constante progresso cristão; e o alvo, o mais alto
ganho, é a ressurreição dentre os mortos (εξαναστασις).
A epístola foi escrita de Roma para a colônia de Filipos (At
16:12), mais ou menos em 63 d.C.
DIVISÕES
1) Fp 1:1–26: o amor e a alegria de Paulo.
2) Fp 1:27 a Fp 2:30: o cidadão celestial e seus privilégios.
3) Fp 3: progresso cristão.
4) Fp 4: seis exortações práticas.
Colossenses
Palavra-chave: em Cristo, completo
Versículo-chave: Cl 2:10
Essa epístola mostra os santos, em Cristo Jesus,
completos, e seus privilégios e posição, seus direitos e
riquezas nEle. Primeiramente a divindade de Cristo
como a imagem de Deus é afirmada; a seguir, Sua
dignidade como Cabeça do corpo e Sua identidade com
a Igreja e, portanto, a consequente dignidade da Igreja e
identidade com Ele e nEle, com o Pai. A primazia é Sua,
o verdadeiro pleroma ou plenitude da existência, e
desse pleroma todos os santos nEle participam.
DIVISÕES
1) Cl 1:1–12: saudação e oração.
2) Cl 1:13 a Cl 2:5: a doutrina da epístola– os santos em
Cristo.
3) Cl 2:6 a Cl 4:6: exortações práticas baseadas neste ensino
doutrinário.
4) Cl 4:7–18: saudações finais.
1 e 2 Tessalonicenses
Palavra-chave: aguardando
Versículo-chave: 1Ts 1:10; 2Ts 3:5
Ambas as epístolas tratam da segunda vinda do nosso
Senhor e seus eventos antecedentes e consequentes.
Elas censuram o materialismo tessalônico, que estava
inscrito nos túmulos: “A morte é um sono eterno”.
[Literalmente: “Depois da morte não há novo viver, depois do túmulo não há
Elas corrigem erros quanto aos santos que
encontro.”]
morreram, e quanto ao homem da iniquidade. Dois
aspectos do segundo advento de Cristo são aqui
claramente apresentados: no primeiro, Ele vem com a
trombeta de Deus para ressuscitar os mortos em Cristo e
arrebatar os santos que estiverem vivos; no segundo, Ele
vem com os Seus poderosos anjos, exercendo vingança
contra os Seus inimigos.
DIVISÕES
Na primeira Epístola, os três primeiros capítulos são
pessoais e históricos; os dois últimos, didáticos e exortativos.
Na segunda, o primeiro capítulo apresenta consolação na
perseguição; o segundo (2Ts 1:1–12) a consumação do mal, e
no versículo 13 começam as exortações finais.
1 e 2 Timóteo
Palavra-chave: doutrina
Versículo-chave: 1Tm 3:9; 2Tm 1:13
As epístolas a Timóteo, assim como a de Tito, são
chamadas de pastorais porque são endereçadas a
pessoas encarregadas do rebanho. O objetivo dessas
duas epístolas é deixar um legado apostólico de alertas
e conselhos para a orientação e conforto da Igreja. Com
Timóteo, seu filho na fé, Paulo manteve um
relacionamento peculiar, e nessas cartas ele salientou a
necessidade de sã doutrina.
DIVISÕES
Seguem, basicamente, a divisão por capítulos. O primeiro
trata principalmente das qualificações de um bispo ou ancião.
O segundo, da necessidade de sã doutrina, e o terceiro
capítulo descreve a necessidade de boas obras.
Filemom
Palavra-chave: receber (intercessão)
Versículo-chave: 17
Se “Efésios é o lírico”, então “Filemom é o idílio do
Novo Testamento,” combinando beleza e brevidade.
Onésimo era um escravo que, após cometer furto, havia
fugido de Filemom. Convertido, batizado e amado por
Paulo, foi enviado de volta a seu mestre, a quem o
apóstolo implorou que o recebesse não mais como
escravo, mas como irmão; e que imputasse a Paulo todo
o dano que lhe havia sido causado.
DIVISÕES
1) Hb 1 a Hb 10:18: o grande argumento.
2) Hb 10:19 a Hb 13:25: exortações e admoestações práticas.
Tiago
Palavra-chave: obras
Versículo-chave: Tg 2:26
Essa é a epístola do viver santo. Grande ênfase é
colocada nas obras, não à parte da fé, mas como prova e
fruto da fé. Ela se opõe ao antinomianismo. Existe um
lado moral no evangelho. O discípulo está sob a lei
embora justificado pela fé. Obediência é seu lema, a
obediência da fé. Onde habita interiormente a graça,
haverá um Templo purificado de toda impureza.
DIVISÕES
1) 1Jo 1:1–4: introdução. O Logos. Sua eternidade e
identidade com o Pai. Sua revelação em carne e sangue.
2) 1Jo 1:5 a 1Jo 2:11: a mensagem concernente à luz.
3) 1Jo 2:12 a 1Jo 5:3: a mensagem concernente ao amor.
4) 1Jo 5:4–21: a mensagem concernente à vida.
2 João
Palavra-chave: caminhar (na Verdade)
Versículo-chave: 2Jo 6
Como a carta de Paulo a Filemom, trata-se de uma
carta pessoal, endereçada a uma desconhecida mulher
cristã e sua piedosa família. Pertence à mesma época e
tem o mesmo tom da primeira epístola. Ela confere um
alto valor à piedade de uma mãe e sua casa, e alerta
contra o abuso da hospitalidade por aqueles que
solapariam a vida santa propagando assim o erro. É um
tributo à dignidade do estado da mulher, esposa e mãe.
DIVISÕES
1) Jd 1–2: saudação.
2) Jd 3: a exortação.
3) Jd 4–16: exemplos de advertências.
4) Jd 17–23: o segredo da preservação.
5) Jd 24–25: a magnífica doxologia.
Apocalipse
Palavra-chave: revelação (αποκαλυψις)
Versículo-chave: Ap 1:1
Apocalipse é o oposto de mistério (μυστηριον). Os
livros de Daniel e João estão intimamente interligados e,
juntamente com os de Isaías, Ezequiel e Zacarias,
formam os escritos apocalípticos. Se por um lado, nos
seus dias, Daniel lançou luz sobre o período entre o
cativeiro e a queda de Jerusalém (70 d.C.), por outro
lado João, nos últimos dias, lança luz da queda da
Cidade Santa à segunda vinda do Senhor.