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LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO


EM REGIME DE DEPENDÊNCIA

POSTAGEM 1: Escolha e delimitação do tema


+ Introdução e Referencial Teórico.

DAMIÃO GOMES OLIVEIRA


RA – 1546446

João Pessoa – PB
2019
DAMIÃO GOMES OLIVEIRA

O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA: A


Importância da Contextualização

João Pessoa – PB
2019
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1 INTRODUÇÃO

A necessidade de um ensino mais significativo é tratada como uma importante questão


na educação atual, sobre as possibilidades de reestruturar-se as formas de como os conteúdos
programáticos podem ser explorados, na tentativa de superar métodos ultrapassados de ensino
que não atingem os objetivos dos professores e, consequentemente, não atendem às
necessidades dos alunos no processo ensino-aprendizagem.
O Brasil, atualmente, encontra-se em uma situação delicada no que diz respeito a
aprendizagem dos alunos em Matemática na Educação Básica. Segundo dados do Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2017, ano da última avaliação, o ensino médio foi
classificado no nível 2 de proficiência, em uma escala de 0 a 9. Cerca de 70% dos estudantes
tiveram nível de proficiência em Matemática considerado insuficiente.
Nos últimos anos, vários estudiosos ligados à área de educação, desenvolveram
trabalhos que tratam da importância da Contextualização na assimilação do conhecimento, e de
que maneira os docentes podem utilizar-se desse mecanismo no processo de ensino-
aprendizagem, buscando-se auxiliar os alunos na compreensão dos conteúdos abordados em
sala de aula.
No entanto, para que o processo de Contextualização se desenvolva de uma forma
enriquecedora é preciso que o professor saiba o que é contextualizar, tenha conhecimento dos
caminhos que deve seguir na utilização desse método e com qual objetivo está sendo usado.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9.394/1996 a
contextualização é tratada como princípio pedagógico. É considerada instrumento para construção
de conhecimento com significado, estruturando um elo entre situações presentes no âmbito escolar
e fora dele.
As Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN’s+), definem que:
Aprender Matemática de uma forma contextualizada, integrada e relacionada a outros
conhecimentos traz em si o desenvolvimento de competências e habilidades que são
essencialmente formadoras, à medida que instrumentalizam e estruturam o
pensamento do aluno, capacitando-o para compreender e interpretar situações, para se
apropriar de linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar conclusões
próprias, tomar decisões, generalizar e para muitas outras ações necessárias à sua
formação. (BRASIL, 2006, p. 111).
Neste sentido a Contextualização, associada a interdisciplinaridade, vem sendo tratada
como princípio curricular central dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), capaz de
produzir uma revolução no ensino. Fazendo o uso das aplicações dos conteúdos matemáticos
no cotidiano do aluno como forma de dar sentido ao ensino e a aprendizagem.
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Segundo os PCN´s, a contextualização dos conteúdos se refere a aspectos como: a


relação entre sujeito e objeto, o papel do aluno como participante e não como sujeito passivo;
o ato de compreender, inventar, reconstruir; a relação com as áreas e com aspectos presentes na
vida social, pessoal e cultural do aluno. Diante desses aspectos, os Parâmetros Curriculares
Nacionais de Matemática sugerem, com maior ênfase, que o ensino dessa disciplina seja
realizado a partir da proposição em sala de aula, de conteúdos que evidenciem aos alunos as
aplicações práticas dessa disciplina.
A ideia da contextualização do ensino da Matemática está, no senso comum, direta e
unicamente associada a aplicação dos conceitos em situações cotidianas. A matemática
desempenha papel fundamental no desenvolvimento cultural do indivíduo e na sua inserção no
sistema de referências do grupo ao qual pertence (MACHADO, 2009). Entretanto, as
metodologias, práticas pedagógicas que tem sido ensinada, não tem tido êxito em relação ao
seu aprendizado.
Este presente trabalho propõe um novo olhar para o ensino-aprendizagem da matemática
e as relações do cotidiano do aluno, onde pode-se perceber que o interesse da maioria dos alunos
aumenta consideravelmente quando o que está sendo ensinado, faz parte do seu cotidiano ou
pelo menos, o aluno consegue vislumbrar uma aplicação pratica do que aprendeu no seu
cotidiano, assim ele tem mais possibilidades de compreender os motivos pelos quais estuda
determinado assunto. O autor Ambrósio (2001) corrobora descrevendo que contextualizar a
matemática é essencial para todos.
Este trabalho tem como objetivo demonstrar que o uso da Contextualização no ensino
da Matemática, quando estabelecida pelas conexões dos conceitos matemáticos com as
situações do cotidiano, sendo exploradas e problematizadas de forma a conduzir a reflexão,
transforma o saber em ferramenta de intervenção em suas realidades.
Nesta oportunidade surge assim o interesse por este assunto na busca de informações
que possam contribuir, identificando a importância do ensino contextualizado na aprendizagem
da matemática. Neste âmbito a contextualização mobiliza o aluno estabelecendo uma relação
de reciprocidade, no qual invoca dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

• Identificar a importância do Ensino Contextualizado na aprendizagem da Matemática.


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1.1.2 Objetivos Específicos

• Investigar através de estudos a importância da contextualização como princípio


pedagógico no processo ensino-aprendizagem da matemática;
• Analisar a relação da contextualização com o aprendizado de matemática, tratada por
diversos trabalhos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SOBRE O CONCEITO DE CONTEXTO E DE CONTEXTUALIZAÇÃO

O termo contexto tem origem nas palavras latinas cum (com) e textere (tecer, fabricar)
esta última, palavra que também deu origem aos termos “texto” e “tecnologia” cuja nova
formação (comtextere) sugere a ideia de entretecido, de abarcamento e de conexão de coisas.
O contexto de uma atividade é definido como sendo “as circunstâncias que estão
presentes ou influenciam no processo de realização da atividade”, enquanto a ideia de
contextualizar para Mello (2012) é desenvolvida a partir da sua etimologia: contextuar significa
“enraizar uma referência em um texto, de onde fora extraída e longe do qual perde parte
substancial de seu significado. Contextualizar, portanto, é uma estratégia fundamental para a
construção de significações”. Dessa forma, podemos entender o sentido da contextualização
como sendo “(re) enraizar o conhecimento ao “texto” original do qual foi extraído ou a qualquer
outro contexto que lhe empreste significado” (Ibid).
De acordo Skovsmose (2000) o contexto pode ser classificado em três categorias
distintas que são: (1) com referência a matemática pura ,o qual diz respeito a situações que
pertencem integralmente a matemática acadêmica.; (2) com referência a semirreal os que se
refere a situações simulada ou fictícias elaboradas a partir de elementos destacados do cotidiano
do aluno; e (3) com referência a realidade que descreve e se situa em situações naturais de vida,
sejam elas do cotidiano das pessoas ou no âmbito cientifico.
Quanto ao termo contextualização, em nosso entendimento, significa a ação de
contextualizar, de estabelecer relações entre o objeto em prática ou em estudo e o contexto
considerado. Sendo assim, a contextualização não é um ato pleno por si mesma, mas dependente
do sujeito que contextualiza e da concepção de contexto que o mesmo considera.
De acordo com Tufano (2001), contextualizar é o ato de colocar no contexto, ou seja,
colocar alguém a par de alguma coisa, uma ação premeditada para situar um indivíduo em lugar
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no tempo e no espaço desejado. Ele ressalta que a contextualização pode também ser intendida
como uma espécie de argumentação ou opiniões uma forma de desencadear novas ideias.
Para Fonseca (1999), contextualizar não é abolir a técnica e a compreensão, mas
ultrapassar esses aspectos e entender fatores externos aos que normalmente são explicitados na
escola de modo a que os conteúdos matemáticos possam ser compreendidos dentro do
panorama histórico, social e cultural que o constituíram. Ele ainda acrescenta que a linha de
frente da Educação Matemática tem hoje um cuidado crescente com o aspecto sociocultural da
abordagem Matemática. Defendem a necessidade de contextualizar o conhecimento
matemático a ser transmitido, buscar suas origens. Acompanhar sua evolução, explicitar sua
finalidade ou seu papel na interpretação e na transformação da realidade do aluno.
Fonseca (1999), relata que com um ensino contextualizado, o aluno tem mais
oportunidades de compreender os motivos pelos quais estuda um determinado conteúdo. Esse
relato corrobora com o autor D’Ambrósio (2011), onde ele relata que a matemática é essencial
para todos.

2.2 A CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

O ensino da Matemática deve ser aliado a interdisciplinaridade e a contextualização para


comportar aos alunos um ensino-aprendizagem que seja capaz de permitir capacidades de gerir
sua vida pessoal e profissional, tornar cidadãos conscientes e responsáveis, capazes de enfrentar
múltiplos desafios durante a vida. A Educação Matemática é uma área de estudos sobre
conteúdos matemáticos. É uma Práxis que envolve a apropriação dos princípios para a
construção dos conhecimentos desta disciplina nas escolas e contribui amplamente para debates
e reflexões sobre seu ensino e aprendizagem, contando com uma ampla literatura sobre métodos
e didáticas pedagógicas, formação docente e processos avaliativos (LORENZATO, 2006).
O autor Fiorentini (2006) acrescenta que a História da Matemática faz parte desta
riqueza bibliográfica que oferece, também, recursos tecnológicos que visam a otimização da
qualidade do ensino. Com relação a História da Matemática, Fossa (2001), relata que é uma das
formas de se contextualizar o ensino da matemática como possibilidade de situar o
conhecimento no tempo e no espaço bem como motivar os alunos para um despertar para a
aprendizagem da Matemática.
De acordo com os autores Bachelard (1996); Vianna (2006); Matthews (1995) mostram
que os alunos aprendem melhor quando conseguem contextualizar e quanto mais o conteúdo
trabalho tiver relação com a sua vida maior será o êxito na sua aprendizagem. Além disso,
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afirmam que, não podemos mais trabalhar a matemática como uma ciência que nasce de um
passe de mágica, deslocada de uma realidade, de um contexto e de uma história.
Luccas e Batista (2012) relatam que a contextualização favorece o atendimento das
seguintes questões no ensino de Matemática. “Por que é importante aprender isto? Em que
situações cotidianas eu vou utilizar o que estou aprendendo? O que tem a ver isto que estou
estudando em Matemática com a minha vida? Essas questões fazem com que o ensino de
Matemática tenha um sentido para o aluno, reforçando a importância da aprendizagem de seus
conteúdos e que esses estão no cotidiano e a influencia na constituição de uma percepção acerca
do significado desta ciência, permitindo que a imagem geralmente negativa que lhe é associada
pelos que a estudam possa ser superada e que vejam que esta não um “bicho de sete cabeça”.
Acercar-se o conhecimento matemático dessa forma faz com que o conhecimento seja
reconhecido como um importante componente para a análise das situações concretas, servindo
de base para sua compreensão. Para Fernandes (2012), a matemática é a disciplina necessária a
interpretação do real. No ensino de Matemática, a contextualização oportuniza ao aluno que o
conhecimento tenha maior significado, proporcionado a sua aprendizagem.
A contextualização se relaciona com a intencionalidade de proporcionar ao aluno ter
vivencias reais, no decorrer do processo de ensino de matemática, tendo como foco a
possibilidade de interpretar sua realidade, e suas vivencias, a partir dos conteúdos da disciplina,
contribuindo para a sua compreensão, ao mesmo tempo em que aprende o conteúdo abordado
pelo professor, esse aluno perceba que a matemática está em quase tudo em sua volta
(BATISTA, 2012). Nesse contexto, o ensino de Matemática adquire novos contornos com o
ensino contextualizado aproximando-se da realidade em que o aluno está inserido, sem que isto
deprecie o saber matemática, mas sim que evidencie sua importância, tanto no meio social bem
como nas demais ciências.

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