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Relatório Final
Processo: 23255.008783/2018-11
Objetivo: Proceder à realização de estudos relativos às atividades desenvolvidas pelos diversos setores e/ou
departamentos existentes nos campi e unidades de ensino do IFCE, de modo a definir, de forma objetiva,
quais possuem características que se enquadrem nos critérios estabelecidos pelo Decreto nº 1.590, de 10 de
agosto de 1995, o qual trata sobre a flexibilização da jornada de trabalho.
1 Introdução
Com base na análise da legislação pertinente, bem como nos questionamentos e recomendações
encaminhados pela Controladoria Regional da União no Estado do Ceará, através do Relatório nº 201800578
CGU/CE, exercício de 2017, a Comissão apresenta a seguir o estudo relativo às atividades desenvolvidas, no
âmbito do IFCE, cujo objetivo primordial é fundamentar, doravante, as concessões da jornada de trabalho
para trinta horas semanais. Trata-se de um estudo técnico que demonstra as necessidades da administração,
em consonância com o interesse público, que justificam a adoção do referido regime de jornada de trabalho
para tais setores.
A flexibilização da jornada de trabalho não é tema atual, posto que o documento legal é o Decreto 1.590, de
10 de agosto de 1995. Ademais, o art. 3º do referido Decreto, mereceu nova redação, por meio do Decreto nº
4.836, de 9 de setembro de 2003.
2 Fundamentação legal
Constituição Federal: Aponta, entre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a jornada de seis horas
para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento (art. 7º, inciso XIV).
Lei nº 8.112/90: Especifica que os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições
pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e
observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente (art. 19) e que o
ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao
serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração (art. 19, § 1º).
Decreto nº 1.590/95: Decreta que a jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal
direta, das autarquias e das fundações públicas federais será de oito horas diárias e:
quarenta horas semanais, exceto nos casos previstos em lei específica, para os ocupantes de cargo de
provimento efetivo;
Faculta a adoção de regime de turno ininterrupto de revezamento, quando os serviços exigirem atividades
contínuas de 24 horas (art. 2º).
O artigo 3º deste Decreto, que versa sobre a flexibilização da jornada de trabalho, até então vinculada ao
atendimento ininterrupto de pelo menos doze horas ou ao trabalho noturno, foi alterado pelo Decreto nº
4.836, de 9 de setembro de 2003.
Decreto nº 4.836/2003: Faculta, ao dirigente máximo da instituição, flexibilizar a jornada de trabalho dos
servidores, de oito para seis horas diárias, e a carga horária, de quarenta para trinta horas semanais,
dispensando-se o horário para refeições, quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de
turnos ou escalas, em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao
público ou trabalho no período noturno. O decreto estabelece, em seu parágrafo primeiro, como período
noturno, aquele que ultrapassar às 21 horas.
Portaria MEC nº 1.497, de 04/12/2008: Delega competência ao Secretário Executivo deste Ministério,
vedada a subdelegação, para autorizar os servidores a cumprir jornada de trabalho de seis horas diárias e
carga horária de trinta horas semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para refeições,
exclusivamente quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período
igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período
noturno.
Dispõe ainda que, para a flexibilização da jornada de trabalho a que se refere o caput deste artigo, exigir-se-á
afixação, nas dependências da repartição, em local visível e de grande circulação de usuários dos serviços, de
quadro permanentemente atualizado, com a escala nominal dos servidores que trabalharem neste regime,
constando dias e horários dos seus expedientes.
O Relatório da Controladoria Regional da União no Estado do Ceará – CGU/CE, para o exercício de 2017,
examinou a conformidade da concessão da jornada de trabalho dos servidores do IFCE para 30 horas
semanais, prevista no Decreto nº 1.590/95. No âmbito do IFCE, a Portaria nº 1025/GR de 25 de setembro de
2014, estabeleceu os critérios para a aprovação das solicitações de flexibilização de jornada de trabalho.
De outro modo, de uma amostra não probabilística de quarenta flexibilizações autorizadas, identificou-se
sete situações em que não há caracterização de existência de atividade contínua de 12hs.
Identificou-se, ainda, a ausência de estudos específicos, por setor, com o objetivo de se verificar em quais
atividades desenvolvidas nessas unidades é adequada a concessão da flexibilização de horário, dentro dos
pressupostos estabelecidos pelo Decreto nº 1.590/1995, conforme apontado em item específico deste
Relatório”.
O Relatório da Controladoria Regional da União no estado do Ceará – CGU/CE, exercício 2017, observou a
conformação da concessão da jornada de trabalho dos servidores do IFCE para trinta horas semanais,
prevista no Decreto nº 1.590/95 e recomendou a elaboração de estudos técnicos e objetivos que demonstrem
que os serviços exigem atividades contínuas de regime de turnos, em período igual ou superior a doze horas
ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno.
4 Estudo Técnico
O estudo técnico consiste em apresentar uma análise sobre os ambientes organizacionais e suas demandas de
atendimento ao público, com o objetivo de demonstrar a necessidade de manutenção de um serviço
ininterrupto ou de realização de trabalho noturno e de respaldar a viabilidade da flexibilização da jornada de
trabalho dos servidores técnico-administrativos do IFCE.
A mudança da jornada de trabalho encontra fundamento legal no art. 3º do Decreto nº 1.590, de 10 de agosto
de 1995, fruto de alteração conferida no Decreto nº 4.836, de 9 de setembro de 2003.
Reuniões presenciais em que foram realizadas: leitura do Relatório da CGU, definição da metodologia de
trabalho a ser adotada, análise, discussão e consolidação das informações constantes no Relatório Final.
Levantamento das leis, portarias e decretos que a comissão julgou pertinentes ao tema;
Descrição das atividades desenvolvidas por cada unidade/setor, por meio da pesquisa nos processos de
concessão da flexibilização de horário já finalizados, tomando por parâmetro os processos oriundos do
Campus Fortaleza que, pelo entendimento da Comissão, possui em sua estrutura organizacional todos os
setores e atividades dentro da área de abrangência do Decreto nº 1.590/95.
Realização de visitas in loco, ao Campus Fortaleza, a fim de verificar, com mais clareza, como se realizam as
atividades nos setores, cuja jornada de trabalho dos servidores foi flexibilizada.
Solicitação, recebimento e análise das informações fornecidas pelas chefias dos setores visitados, com a
finalidade de complementar e consubstanciar o relatório da Comissão.
Identificação das atividades desenvolvidas por cada unidade/setor que objetivamente se enquadrem no
disposto no Decreto 1.590, de 10 de agosto de 1995, com a nova redação do seu art. 3º dada pelo Decreto nº
4.836, de 9 de setembro de 2003.
será adotado o conceito de “público” constante da Portaria 1025/GR, de 25/09/2014, qual seja:
entende-se por período noturno aquele que ultrapassar às vinte e uma (21) horas, de acordo com o § 1º
do Art. 3º do Decreto nº 4.836/2003 que deu nova redação ao Art. 3º do Decreto nº 1.590, de
10/08/1995, a saber:
"Art. 3º Quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual
ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno,
é facultado ao dirigente máximo do órgão ou da entidade autorizar os servidores a cumprir jornada de
trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o
intervalo para refeições.
§ 1º Entende-se por período noturno aquele que ultrapassar às vinte e uma horas.”
entende-se por “setor”, o agrupamento de atividades de gestão, técnicas ou operacionais, com atributos
afins e usuários em comum.
A seguir, serão listadas todas as atividades desenvolvidas pelos setores, sem considerar a jornada de trabalho
flexibilizada.
Acompanhar o rendimento acadêmico dos alunos beneficiários dos auxílios - Atividade realizada,
no início de cada semestre, em que é feita a consulta ao histórico escolar de cada aluno contemplado
com os auxílios a fim de observar se este continua regularmente matriculado e/ou se possui uma ou
mais de duas reprovações no período.
Assistir, individualmente, aos alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou sobre questões
ligadas à saúde - O serviço social atua na fase inicial de acolhimento, em que desenvolve parceria
com outros setores da Instituição, para o desenvolvimento de atividades interdisciplinares. No
entanto, questões específicas, relativas ao aprendizado e à saúde do aluno, configuram-se em
demanda específicas para a Coordenação Técnico Pedagógica e para a Coordenação de Saúde,
respectivamente.
Mediar atividades de discussões de grupos operativos acerca de temáticas específicas tais como
sexualidade, racismo, desempenho profissional, cidadania, entre outras.
Orientar os alunos sobre estudos (sob demanda) - Estudos específicos em matéria de atuação da
Coordenação de Assistência Estudantil. Esse processo ocorre por ocasião do acompanhamento aos
estudantes do curso de Serviço Social, quando desenvolvem estágio obrigatório nas instituições com
parceria formalizada no IFCE.
Orientar os pais dos alunos acerca das práticas do serviço social (sob demanda) - A
Coordenadoria de Serviço Social é local de acolhimento, orientação e atendimento. Assim, sempre
que há necessidade, está à disposição para atendimento ininterrupto.
Reunir-se, sistematicamente, com a equipe de Serviço Social e Psicologia Escolar para realizar,
conjuntamente, o monitoramento e a avaliação das ações, bem como para promover a
socialização das atividades realizadas pelos setores.
Reunir-se com os alunos - No início de cada semestre, são feitas reuniões com a comunidade
discente para divulgação dos editais, bem como para orientações sobre os auxílios estudantis que
serão ofertados no período.
Realizar visitas sociais e institucionais, a fim de prestar a devida assistência aos alunos, assim
como os encaminhamentos adequados à cada caso.
Agendar o atendimento aos alunos, somente em casos especiais, uma vez que, regra geral, os
atendimentos são realizados no momento em que o discente procura o Serviço Social.
Confeccionar a folha de pagamento referente aos auxílios discentes, no sistema SISAE (Sistema
Informatizado de Assistência Estudantil do IFCE).
Atender o público discente - Atividade de entrega dos livros didáticos do Programa Nacional do
Livro e do Material Didático (PNLD) e de documentos solicitados pelos discentes. Além disso, há o
repasse de informações, dos professores e/ou coordenadores, aos discentes.
Solicitar ordens de serviço junto dos setores de TI e de Infraestrutura - Encaminhar, aos setores
competentes, as solicitações de reparos e manutenção de equipamentos e as requisições de materiais
demandadas pelos docentes e/ou servidores responsáveis pelos laboratórios.
Realizar o arquivamento de pastas dos docentes - Organização das pastas dos docentes, bem
como sua guarda no departamento/coordenação.
Realizar o controle de uso de chaves de salas de aula e laboratórios e de materiais de uso nestes
ambientes, pelos docentes e discentes autorizados.
Executar o controle de presenças e reposições de aulas - Acompanhamento da frequência dos
docentes, informando aos alunos e à chefia imediata, sobre a presença ou ausência dos mesmos.
Efetuar a impressão de exercícios, provas aplicadas pelo docentes - Quando solicitado, apoiar e
disponibilizar, aos docentes, equipamentos para impressão.
Prestar informações sobre horário das aulas, horários dos docentes, localização de turmas e de
salas de aula - Disponibilização aos discentes, dos horários de aula, dos professores e dos
ambientes.
Cadastrar alunos novatos no Sistema Q-Acadêmico e atualizar os dados cadastrais dos alunos
veteranos - Realizar o cadastro, no Sistema Q-Acadêmico, de todos os alunos pré-matriculados nos
cursos ofertados no IFCE, inserindo seus dados pessoais e acadêmicos e matriculando-os nos
respectivos cursos.
Arquivar as pastas dos alunos não matriculados - Realizar o arquivamento das pastas acadêmicas
dos alunos com situação de matrícula Trancada e Abandono, no arquivo intermediário, e dos alunos
com situação acadêmica Concluída ou Transferido, no arquivo permanente.
Expedir certificados e diplomas - Realizar a emissão dos diplomas dos cursos técnicos, após a
conclusão do semestre, cujo prazo é de até 60 dias úteis. Realizar a emissão do rascunho dos
diplomas do ensino superior e encaminhá-los à Coordenadoria de Registros Acadêmicos, após a
solicitação do aluno. O prazo para confecção do diploma é de até 90 dias úteis.
Atender as demandas de alunos - Atender às solicitações dos alunos e ex-alunos via Sistema
Eletrônico de Informações (SEI), referentes a declarações, histórico escolar, diploma e certificado,
reingresso e reabertura de matrícula, trancamento de matrícula/disciplina, 2ª chamada de avaliações,
entre outras. obedecendo aos prazos estipulados. Todas as dúvidas são prontamente esclarecidas
presencialmente, por telefone ou através do e-mail institucional (cca.fortal@ifce.edu.br).
Realizar atividades referentes aos cursos a distância (EAD) - Realizar o cadastro no Sistema Q-
Acadêmico de todos os alunos de cursos da modalidade a distância (EAD): técnicos, graduações e
especializações.
Realizar a emissão dos diplomas dos cursos técnicos - Após a conclusão do semestre, cujo prazo é
de até 60 dias úteis.
Orientar o usuário na busca dos catálogos online e bases de dados disponíveis no Portal
SophiA - Os servidores auxiliam, de modo personalizado, o usuário na busca da informação
desejada através do catálogo online do Sophia, da Biblioteca Virtual Universitária (BVU) e de outras
bases disponíveis no Portal de Periódicos da Capes.
Realizar o cadastramento de usuários docentes e TAEs - Cadastro dos usuários servidores, com a
inclusão de foto via WebCan e a criação de senha pessoal, mediante apresentação de documento de
identificação do usuário TAE ou docente.
Conduzir a visita orientada à biblioteca para demonstração dos serviços oferecidos ao usuário
e o uso dos acervos - Atividade programada ou não, oferecida à todos os usuários da biblioteca e,
em especial, aos usuários discentes dos primeiros semestres dos cursos.
Elaborar a ficha catalográfica para usuários discentes - Atividade realizada quando solicitada
pelos discentes e servidores.
Realizar a arrumação do acervo - Efetuar a reposição, nas estantes, dos materiais informacionais
devolvidos e/ou utilizados na consulta local, como também realizar a conferência das etiquetas de
identificação e a colocação correta dos materiais nas coleções.
Gerenciar o uso dos computadores para pesquisa e estudo - Serviço oferecido especificamente
ao usuário discente, de 8:00 às 20:00 horas, mediante regulamento de utilização e funcionamento.
Informar o aluno sobre a efetivação da sua matrícula no estágio através de envio de e-mail.
Atender às demandas de utilização dos espaços físicos - Atendimento das demandas dos espaços
físicos destinados aos eventos institucionais culturais, científicos e administrativos, tais como
auditórios, salas de aula, pátios, etc., realizando o acompanhamento e suporte técnico através da
montagem e funcionamento de equipamentos (caixas de som, microfones, fiação, aparelhos
eletrônicos).
Elaborar projetos de multimeios - Esta atividade tem por objetivo a elaboração de projetos de
atualização dos equipamentos próprios da área, assim como outras matérias afins.
Adquirir material audiovisual - Esta atividade inclui ampla pesquisa, visita ao comércio local para
o conhecimento do material, seleção e indicação do material a ser adquirido, acompanhada do
registro de preços. Acompanhamento de todo o processo de compra.
Dar suporte às atividades de pesquisa, estágio e bolsas de estudo - Orientação e monitoria nos
laboratórios para os bolsistas em estágio, os bolsista de trabalho e os alunos que realizam pesquisa e
desenvolvimento.
Fornecer orientações aos bolsistas quanto à organização dos laboratórios - Orientação aos
bolsistas para deixar os equipamentos e o laboratório prontos para as aulas práticas.
Mediação de conflitos - Mediação entre alunos, entre discentes e servidores (docentes e técnicos
administrativos), entre aluno e família. Há uma alta demanda para esse tipo de serviço devido aos
limites institucionais. Ao adotar essa estratégia busca-se facilitar o diálogo, a fim de fortalecer a
construção de relações saudáveis.
Facilitação de grupos - Os grupos são criados, a partir da identificação de uma queixa específica,
como por exemplo, intenso sofrimento psíquico decorrente de rejeição parental, luto etc. Os grupos
geralmente funcionam entre 12h e 13h30, a fim de garantir a participação dos alunos que estudam no
turno matutino ou vespertino e, portanto, não impactando no período de permanência em sala de
aula.
Atuação em questões relacionadas a rendimento escolar, evasão, exclusão social, entre outros -
Ação realizada internamente e/ou interdisciplinarmente.
Reuniões - Realização de reuniões entre os membros da equipe e com outros setores, para
alinhamento de ações interdisciplinares, participação em campanhas, entre outras atividades.
Atividades de Enfermagem
Ações regulares de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST)/HIV/AIDS, sífilis e
hepatites virais.
Consulta de enfermagem.
Verificação da glicemia capilar - A glicemia capilar é um exame sanguíneo que oferece resultado
imediato acerca da concentração de glicose nos vasos capilares da polpa digital.
Atividades médicas
Consultas de clínica médica.
Exame médico para avaliação de aptidão física em conformidade com as recomendações da Diretriz
em Cardiologia do Esporte e do Exercício - Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade
Brasileira de Medicina do Esporte.
Atividades de odontologia
Ações preventivas em saúde oral, tartarectomia, profilaxia e aplicação de flúor. A tartarectomia é o
procedimento de remoção do tártaro dental, que acontece com a primeira fase da limpeza bucal –
também conhecida como profilaxia.
Urgências odontológicas.
Essas atividades consistem no atendimento e acompanhamento, individual e/ou em grupo, aos alunos,
professores e pais ou responsáveis, alunos egressos e comunidade externa, conforme necessidades
observadas pelo setor e/ou quando solicitado.
O desenvolvimento dessas atividades perpassa pelo atendimento de diversos públicos, sendo eles:
1) Atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem, organizando planos de estudos, gestão
de tempo e organização dos horários na escola e em casa; atendimento aos alunos, encaminhando-os para
monitoria (situação de pendência e retenção escolar, déficit de formação básica necessária); Atendimento
a demandas que exigem encaminhamento, quando necessário, ao serviço de psicologia, saúde ou serviço
social; Auxílio à gestão e às coordenadoria de cursos através da mediação de conflitos diversos tais
como: problemas comportamentais e disciplinares, mediações em questões de saúde mental que
demandam apoio pedagógico, problemas de vulnerabilidades sociais, questões familiares, conflitos
resultantes de discriminação e intolerância (bullying, racismo, gênero, etc.).
3) Atendimento aos docentes na mediação de conflitos interpessoais que surgem no processo de ensino
e aprendizagem e na vida escolar, tais como: atuação do docente em sala de aula, orientações didáticos-
pedagógicas, entre outros.
Oferecer aos alunos orientações de cunho pedagógico e/ou orientações gerais relacionadas à vida
acadêmica institucional.
Das atividades elencadas no item 5, identificamos as que se enquadram nos critérios estabelecidos pelo
Decreto 1.590/95, a saber:
Assistir, individualmente, aos alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou sobre questões
ligadas à saúde - O serviço social atua na fase inicial de acolhimento, onde desenvolve uma
parceria com outros setores da Instituição, para o desenvolvimento de atividades
interdisciplinares. No entanto, questões específicas relativas ao aprendizado e à saúde do aluno,
configuram-se em demanda específicas para a Coordenação Técnico Pedagógica e para a
Coordenação de Saúde, respectivamente.
Agendar o atendimento aos alunos, somente em casos especiais, uma vez que, regra geral, os
atendimentos são realizados no momento em que o discente procura o Serviço Social.
Atender o público discente - Atividade de entrega dos livros didáticos do Programa Nacional do
LIvro e Material Didático (PNLD) e de documentos solicitados pelos discentes. Além disso, há o
repasse de informações dos professores e/ou coordenadores aos discentes.
Prestar informações sobre horário das aulas, horários dos docentes, localização de turmas e
de salas de aula - Disponibilização aos discentes, dos horários de aula, dos professores e dos
ambientes.
Orientar o usuário na busca dos catálogos online e bases de dados disponíveis no Portal
SophiA - Os servidores auxiliam, de modo personalizado, o usuário na busca da informação
desejada através do catálogo online do Sophia, da Biblioteca Virtual Universitária (BVU) e
outras bases disponíveis no Portal de Periódicos da Capes.
Atender as demandas de utilização dos espaços físicos - Atendimento das demandas dos
espaços físicos destinados aos eventos institucionais culturais, científicos e administrativos,
tais como auditórios, salas de aula, pátios, etc., realizando o acompanhamento e suporte
técnico através da montagem e funcionamento de equipamentos (caixas de som, microfones,
fiação, aparelhos eletrônicos, filmagem e fotografia).
Atividades de enfermagem
Administração de aerossol, sob prescrição médica.
Consulta de enfermagem.
Atividades médicas
Consultas de clínica médica.
Atividades de odontologia
Exodontia (extração dental) simples (pequenas cirurgias).
Consultas e tratamento odontológicos.
Urgências odontológicas.
Atividades
No IFCE são utilizados diversos sistemas, tais como: Q-Acadêmico, Sistema Unificado de
Administração Pública (SUAP), Sistema Eletrônico de Informações (SEI), Sophia Biblioteca,
sistema de monitoramento por câmeras, sistema de gestão de acesso a catracas, Sistema de
chamados de TI (ordens de serviço), Sistema de chamados da manutenção, Sistema de Gestão
da saúde/odontologia, Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI), Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e Sistema Integrado
de Administração de Recursos Humanos (SIAPE).
Além desses sistemas, pode-se citar os softwares voltados para a área do ensino e suas
aplicações que funcionam em laboratórios ou em salas de aula.
Ressalta-se que, atualmente, a atividade de suporte ocorre dentro das limitações de horário
imposto pelo regime de 40 horas semanais, com severas restrições de atendimento no horário de
almoço e turno da noite.
Vários setores da instituição prestam atendimento ininterrupto aos discentes, tais como,
Biblioteca, Controle Acadêmico, Estágio, Assistência Estudantil, dentre outros que utilizam
sistemas informatizados para realizar as operações concernentes aos serviços oferecidos.
O suporte de TI tem, portanto, uma atuação voltada tanto para a orientação na utilização dos
recursos tecnológicos, quanto para a manutenção dos equipamentos instalados nos diversos
setores da instituição, a fim de que o atendimento ocorra sem interrupções, preferencialmente
nos três turnos de funcionamento dos campi.
Em vista disso, observa-se que, para que ocorra um atendimento eficiente e de qualidade,
baseado no interesse público, faz-se necessária a atuação da equipe de TI em todos os turnos de
funcionamento da instituição, oferecendo suporte técnico aos sistemas informatizados que
subsidiam as atividades realizadas de modo ininterrupto. Isso leva ao entendimento de que o
Setor de TI se enquadra no critério indicado no decreto, notadamente quando os serviços
exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou superior
a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período
noturno. (grifo nosso)
Dessa forma, para realizar a manutenção dos equipamentos e softwares, utilizados nos setores
que prestam atendimento ininterrupto, igual ou superior a doze horas, é necessário que o setor
de TI tenha o mesmo horário de funcionamento daqueles, a fim de que a manutenção não sofra
interrupção, sob pena de prejuízo para o trabalho e/ou atendimento.
Posto isso, a Comissão sugere que essas atividades sejam incluídas no rol das que encontram
amparo no Decreto nº 1.590/1995.
7. Considerações finais
Para a concessão das trinta horas, os seguintes pontos devem ser observados:
Para o servidor com o horário flexibilizado, há a possibilidade de utilização do tempo extra para
capacitação e qualificação profissional, com ganhos de eficiência nos serviços prestados, além
da provável melhoria da qualidade de vida, com a possível redução de doenças relacionadas ao
trabalho.
Para um melhor entendimento é necessário mencionar que o inciso VII do art. 5º, citado no §1º
do art. 2º do Anexo à Portaria 1025/GR, está contido na Lei 11.091/2005 que dispõe sobre a
estruturação do Plano de Carreiras dos cargos técnico-administrativos em Educação, no âmbito
das instituições federais de ensino vinculadas ao Ministério da Educação. O capítulo III da
supramencionada Lei elenca conceitos a serem aplicados em seu escopo e, dentre eles, está o
conceito de “usuário”, indicado no inciso VII que, no entender da Comissão, foi transcrito para
o Anexo da Portaria 1025/GR sob um contexto bem diverso, uma vez que a Lei 11.091/2005
trata de plano de carreiras do servidores públicos e o Anexo da Portaria 1025/GR trata de
flexibilização da jornada de trabalho dos servidores do IFCE.
O conceito de “público” indicado no Art. 2º, §1º do Anexo da Portaria 1025/GR torna-se
contraditório nas restrições elencadas, logo em seguida, no § 2º do mesmo artigo.
Além disso, há que se rever a restrição imposta pela alínea (a) do § 2º do Art. 2º do Anexo da
Portaria 1025/GR quando menciona que ...“não se caracterizam como demanda do “público”, as
provenientes de solicitações realizadas por servidores, aposentados ou pensionistas, lotados no
IFCE ou de outros setores da própria estrutura organizacional do Instituto”...
A comissão entende que deve ser feita distinção entre demanda pessoal do servidor e demanda
do servidor em função de sua atividade de atendimento ao público, onde esta última deve
configurar possibilidade de flexibilização.
c) Redefinir o tipo de portaria (nominal por servidor ou por setor), a ser utilizada no processo de
concessão da jornada flexibilizada, de modo a conferir maior eficiência no seu gerenciamento e
controle, em virtude de mudanças que ocorrem periodicamente na instituição, tais como:
processos de remoção, afastamentos e casos de designação para cargos de direção ou de função
gratificada.
A chefia deve fornecer, por meio de formulário próprio, todas as informações solicitadas;
Deve ser criado um novo modelo de relatório utilizado pelas comissões locais e central.
f) Promover reuniões e palestras sobre o tema, para os servidores contemplados com o horário
flexibilizado e para os gestores dos campi. Esses eventos podem ficar a cargo das Comissões
Locais, sob a coordenação da Comissão Central da Jornada Flexibilizada.
i) O horário de funcionamento dos setores contemplados com a concessão das 30 horas deve
abranger, prioritariamente, o horário de funcionamento do campus, de modo a atender,
adequadamente, os 3 turnos de funcionamento.
Membro
Membro
Membro
Membro
Documento assinado eletronicamente por Robson da Silva Siqueira, Professor do Ensino Básico,
Técnico e Tecnológico, em 30/01/2019, às 12:01, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de
logotipo
8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Glaucimar Honorio Luz, Técnica em Secretariado, em
logotipo 30/01/2019, às 14:12, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Andre Monteiro de Castro, Técnico em Assuntos
logotipo Educacionais, em 31/01/2019, às 10:52, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de
outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Francisco Jonas Braga Bandeira, Auxiliar em Administração,
logotipo em 31/01/2019, às 11:02, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Etelvina Maria Marques Moreira, Bibliotecária-
Documentalista, em 31/01/2019, às 11:04, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de
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outubro de 2015.
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