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Desenvolvimento sustentável
Assimetrias no desenvolvimento
Indicadores de desenvolvimento
Com frequência, o desenvolvimento dos países é avaliado em termos de estudos económicos –
por exemplo, o rendimento de uma pessoa, em média, por ano, ou o rendimento de um país –,
mas tais medidas não consideram a qualidade de vida. Os fatores sociais, como estruturas de
cuidados de saúde, educação e realização pessoal, não têm sido totalmente levados em
consideração.
Os indicadores económicos mais utilizados para medir o crescimento são o PNB (Produto
Nacional Bruto) e o PIB (Produto Interno Bruto).
Em alguns casos, o crescimento económico não conduz a um melhor nível de vida dos cidadãos,
uma vez que a riqueza não é utilizada em proveito da população, mas apenas em benefício de
alguns (por exemplo, países árabes produtores de petróleo). Quando o crescimento económico
se reflete no nível de vida das populações, ultrapassando a sua vertente meramente económica,
e se alarga à esfera social e cultural, então pode considerar-se que o crescimento é pleno,
podendo ser entendido como um processo de desenvolvimento, ou seja, um processo de
melhoria da vida das pessoas. Este só é possível se estiverem reunidas três condições
essenciais: acesso aos recursos necessários para atingir um nível de vida satisfatório, uma vida
longa e saudável e um adequado nível de instrução.
Embora o IDH traduza o valor médio do estado de desenvolvimento de um país, não reflete as
diferenças entre os valores mais reduzidos e os mais elevados, pelo que, no mesmo país, sendo
ele desenvolvido ou em desenvolvimento, ocorrem situações de pobreza humana, ou mesmo de
miséria, e outras de opulência.
O IDH relaciona a esperança média de vida, o nível médio de instrução e o nível de vida (PIB),
aspetos que implicam diretamente com componentes do bem-estar, como o acesso à saúde, as
condições de ensino, a alimentação e a habitação.
Levar por diante estas medidas que possibilitam produzir riqueza, aumentar o consumo e
promover o desenvolvimento, na grande maioria dos casos, só é possível devido:
à intervenção das ONG, que colaboram orientando projetos de natureza local e promovem a
participação das populações;
a instituições de crédito, como o Fundo Monetário Internacional – FMI e o Banco Mundial,
que prestam auxílio económico, embora tal contribua principalmente para o aumento da
dívida externa dos países mais pobres;
à ajuda dos Estados Unidos da América, do Japão e da União Europeia com auxílio
monetário e outras iniciativas de apoio ao desenvolvimento e defesa dos direitos humanos;
ao apoio das Nações Unidas, através dos seus organismos especializados, como a FAO
(Organização para a Alimentação e Agricultura), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a
Infância), OMS (Organização Mundial de Saúde), ACNUR (Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Refugiados)...