Área de Integração

Desenvolvimento sustentável
Os problemas da atmosfera

Fontes poluidoras
A poluição atmosférica é provocada, em grande escala, pelas atividades do ser humano. Como
causas naturais da contaminação atmosférica podem citar-se os incêndios, as erupções
vulcânicas e a decomposição da matéria orgânica. Mas a principal causa da poluição do ar está
na atuação do ser humano, através de ações diversificadas como incêndios florestais
criminosos, fumos industriais, dejetos industriais e urbanos ou ainda pulverização dos campos
com pesticidas.

Consequências da contaminação atmosférica

As consequências da contaminação atmosférica são diversas e afetam todos os seres vivos. A
contaminação atmosférica, se bem que registe os casos mais graves nos países desenvolvidos,
tende para uma preocupante generalização.

Aumento do efeito de estufa e o aquecimento global

A atuação do ser humano na Terra tem aumentado a poluição e, consequentemente, alterado a
composição do ar atmosférico. A introdução de quantidades crescentes de vários gases, como o
dióxido de carbono, tem agravado o efeito de estufa e provocado o aquecimento global do
planeta.
A intensa e descontrolada queima dos combustíveis fósseis e o abate das florestas têm
agravado substancialmente o problema em questão. Os incêndios que ocorrem nas áreas
florestais elevam consideravelmente a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. Por
outro lado, como as árvores assimilam este gás e libertam oxigénio, ao serem derrubadas
haverá menos absorção de dióxido de carbono.

O aquecimento global do planeta origina alterações climáticas com consequências graves,

das quais se destacam:
subida do nível médio das águas do mar, uma vez que se verifica a fusão dos gelos nas
áreas polares, com a consequente submersão de áreas litorais que se situam a altitudes
reduzidas;
alargamento dos desertos, nas regiões em que a secura do clima aumenta;
expansão de doenças tropicais;
maior frequência de fenómenos atmosféricos catastróficos, como tempestades, secas ou
inundações;
extinção de espécies animais e vegetais.

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Tendência de alteração da temperatura média à superfície terrestre: variação da temperatura

média por um período de 42 anos (entre 1951 e 1993).

Diminuição da camada de ozono

Alguns gases, como é o caso dos CFC (clorofluorocarbonetos), ao reagirem com o ozono,
degradam-no, provocando a diminuição da espessura da camada de ozono. Com esta
diminuição, há um aumento da quantidade de radiação ultravioleta que chega à superfície.

Chuvas ácidas
As chuvas ácidas formam-se a partir da emissão de óxidos de enxofre e de azoto para a
atmosfera. As fontes de emissão principais desses óxidos são os veículos motorizados, as
centrais elétricas e as fábricas.
Os óxidos de azoto e enxofre são solúveis no vapor de água e acidificam-no. A precipitação
deste vapor de água, sob a forma de chuva, é ácida – daí o termo chuvas ácidas.
Como consequência dessas chuvas pode referir-se:
contaminação dos recursos hídricos;
destruição das florestas;
modificação das propriedades químicas do solo;
distúrbios nas cadeias alimentares;
erosão dos solos;
corrosão dos monumentos;
corrosão dos edifícios.

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Algumas soluções para o problema da contaminação atmosférica
As soluções para o problema da poluição atmosférica não podem ser pontuais e devem ser
encaradas à escala planetária, quer através de legislação apropriada que tenha por objetivo a
proteção do ambiente, quer através de uma consciência cívica que favoreça a adoção de
atitudes ecológicas e outros tipos de medidas que preservem o planeta azul.

Medidas de ordem prática podem passar por:

instalação de filtros de partículas nas chaminés das fábricas;
instalação de filtros de partículas nos tubos de escape dos carros;
não utilização de produtos que contenham CFC (clorofluorocarbonetos) ou outros compostos
da mesma família que contribuam para a diminuição da espessura da camada do ozono;
multa aos infratores aplicando o princípio do poluidor-pagador;
utilização preferencial da rede de transportes públicos, que para tal dever ser organizada
eficazmente;
utilização das energias renováveis como fonte primária de energia.

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