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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

Tecnologia dos Materiais

Compósitos com Matrizes Cerâmicas

Natália Vivian de Souza

Mariana Silva de Araujo

Raphael Henrique

São Paulo, 20 de abril de 2013.


Introdução
Primeiro requisito para a classificação dos materiais compósitos é definirmos o que faz
de um material ser, ou não, considerado um material compósito. Um compósito, “é um
material multifásico que é feito artificialmente, em contraste com um material que ocorre ou
se forma naturalmente”.
A estrutura dos materiais compósitos pode ser dividida emde duas maneiras: matriz e
reforço.
 Matriz: Polimérica, Metálica e Cerâmica
 Reforço:Fibras e partículas.

Propriedades de Compósitos de Matriz Cerâmica


Como nos materiais cerâmicos já são conhecidos por suas propriedadescomo dureza,
resistência a corrosão e oxidação ( em altas temperaturas e ambiente)e são estáveis , inertes
quimicamente.O único porém é que esses mateiais possuem uma baixa resistência mecânica e
predisposição a fratura frágil, ou seja, ocorre o rompimento do material sem qualquer sinal de
deformação plástica deste.

Uma solução para esses problemas com os materiais ceramicos são os materiais
compósitos, no caso de matriz cerâmica, pois assim é possivel aumentar ou melhorar as
propriedades:

 Mecânicas (Dureza, Tenacidade,reistência ao impacto)


 Térmicas (isolamento e condutividade)
 Bioativas (biocompatibilidades com células humanas)
No caso das propriedades mecânicas, mas precisamente a tenecidade a fraturas, nos
materiais cerâmicos podem ser aumentadas de três a quatro vezes mais. Para esse aumento
ocorrer é necessário a utilização de uma técnica chamada de Aumento de tenacidade por
transformação, que seria, uma transformação de de fase para obstruir a propagação de trincas.

Exemplo:Partículas de Zircônia estabilizadas e dispersas dentro do material. O campo


de tensões em frete a uma trinca que esteja se propagando,faz com uqe essas partículas de
Zircônia mudem de fase (tetragonal metaestável- monoclínica estável). Com essa mudança, há
um ligeiro aumento de volume, sendo assim o estabelecimento das tensões.

Outra técnica de Aumento de tenacidade, seria a utilização de uísqueres de material


cerâmico, pois podem inibir propagações de trincas, por:

 Absorção de energia;
 Redistribuição de tensões em regiões adjacentes as trincas;
 Formação de pontes através das trincas;
 Deflexão das pontas das trincas;
O único problema na utilização de qualquer tipo de reforço , seria a diferença de
coeficiente de expansão térmica, pois esta diferença pode conduzir tensões térmicas no
resfriamento, podendo obter trincas e a quebra do material.
Ostipos de fibras e partículas a serem utilizados em matrizes cerãmicas seria feitas de
material cerâmico, pois como é utilizado altas temperaturas, não há possibilidade de outro
material, porque estes iriam ser degradados ou facilmente fundidos.Neste casos os reforços
mais utizados são:

 Fibras de Carbono;
 Fibras de Vidro;
 Fibras/Uísqueres de Carbeto de silício;
 Partícula de Zircônia;

Processo de fabricação
Durante o processamento de compósitos, diferentemente dos materiais metálicos e
cerâmicos, a manufatura do material em si ocorre ao mesmo tempo em que o componente é
submetido à moldagem. O estabelecimento do processo adequado para cada moldagem é
determinado basicamente pelo tipo de matéria-prima, tipo de reforço e matriz, pelo tipo e
geometria do componente a ser obtido. Os métodos de processo podem ser manuais e
automatizados e a moldagem pode ser efetuada em molde aberto ou molde fechado, podendo
ser do tipo macho e fêmea.

As técnicas convencionais de fabricação de compósitos cerâmicos se baseiam na utilização


de técnicas de prensagem a quente, injeção, extrusão, etc., no entanto, demonstraremos os
principais processamentos para obtenção de Compósitos com Matrizes Cerâmicas (CMC), tais
como:

 Moagem: O material é triturado, formando aglomerado de baixa granulometria.

 Compactação: Pressão aplica sobre o pó em uma matriz, através de uma prensagem.

 Sinterização: Processo pelo qual partículas finas unem-se entre sí, através de
aquecimento térmico .

Aplicações
Os materiais compósitos cerâmicos são utilizados em sua maioria na forma de fibras,
porém há bastante aplicações através da forma de partículas.

Devido a dificuldade de fabricação destes compósitos ser maior do que os de matrizes


poliméricas e metálicas e envolverem reforços que suportem altas temperaturas, os mesmos
vem sendo menos utilizado. Porém por possuir características atrativas comercialmente, cada
vez mais estão sendo desenvolvidos novos materiais. Além do apelo ambiental que vem
crescendo nos últimos anos fazendo com que sejam desenvolvidos materiais aproveitando
resíduos gerados em alguns processos.

A principal aplicação das matrizes cerâmicas é no ramo da construção civil. O concreto


em si já é considerado um material compósito e com o intuito de modificar a característica
frágil da matriz, pode-se aumentar propriedades como a ductilidade, tenacidade, resistência à
tração e à impactos.
As fibras mais utilizadas como reforço na produção de concreto são as de aço, vidro e
polipropileno. Há outras aplicações mais recentes como o concreto translúcido, criado pelo
arquiteto Áaron Losonzc, com a ideia de integrar materiais que tivessem a característica
translúcida do vidro, ou seja, milhares de fibras ópticas distribuídas no concreto (matriz),
resultando dessa forma, uma superfície com aparência de um concreto comum, porém com
certa translucidez. Tal material foi possível com a composição de 95% de concreto normal e
apenas 5% de fibras ópticas. Este material apresenta uma resistência 10 vezes maior quando
comparado ao concreto tradicional.

São ainda utilizadas fibras naturais na produção de concretos. Estas estão sendo
estudadas no mundo inteiro e visam além de aproveitar resíduos, também substituir a fibra de
amianto, que foi proibida no Brasil e em vários países por promover câncer dentre outras
doenças quando em contato com o organismo humano.

No Brasil estes estudos datam desde a década de 80 e há cinco fibras mais conhecidas
para a tal produção, porém a mais estudada atualmente é a fibra de celulose. Esta é composta
basicamente por celulose, hemicelulose e lignia, e já se obteve resultados satisfatórios quanto
às propriedades mecânicas, porém não possuem boa durabilidade.

Muitas outras aplicações são encontradas nos diversos ramos industriais, no entanto
todas buscam basicamente uma redução no peso do produto final, além de aumento na rigidez
e resistência. Outras buscam ainda uma melhora no design devido a maior maleabilidade. Na
indústria automobilística são utilizadas, por exemplo, fibras de carbono para o aumento da
resistência mecânica nos chassis, acessórios e até mesmo nos cilindros. Discos de freio também
são exemplos matrizes cerâmicas com a finalidade de se obter uma maior resistência à
abrasão. Esse reforço com fibras de carbono é ainda utilizado para o desenvolvimento de
biomateriais.

Na indústria aeronáutica e militar compósitos de matrizes cerâmicas são amplamente


utilizados devido à obtenção de uma menor densidade, e consequentemente peso, e a
resistência à altas temperaturas. A participação de compósitos na construção de aeronaves
chega até 50% do total de materiais utilizados atualmente. A aplicação mais conhecida é a dos
azulejos do ônibus espacial que são feitos a partir de 10% de fibras de sílica de alta pureza e
90% de espaço vazio. Por possuir porosidade extremamente alta, sua densidade é de apenas
0,144g/cm³ e é capaz de suportar temperatura de até 3000°C.

Estes compostos são ainda utilizados em artigos esportivos para assim promover um
produto mais leve e versátil para os atletas.

Referências
 NETO, Flamínio Levy; PARDINI, Luiz Claudio. Compósitos estruturais Ciência e
tecnologia. Editora Edgard Blucher.

 BALDACIM, Sandro Aparecido. Desenvolvimento , procedimento e caracterização de


compósitos cerâmicos. Instituto de Pesquisa Energia Nuclear.

 Callister, William D.Ciência e Engenharia de materiais:Uma Introodução.Editora LTC

 Carter, C. Berry ; Norton , M. Grant.Ceramic Materials, Science and Engineering, Editora


Springer.

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