Vous êtes sur la page 1sur 28

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

ÍNDICE

 INTRODUÇÃO.........................................................................................................2
 MEMÓRIA DESCRITIVA........................................................................................3
Localização..............................................................................................................3
Áreas........................................................................................................................5
Localização do edifício e sua zona climática...........................................................6
 QUANTIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS TÉRMICOS.........................................6
Cálculo do coeficiente de transmissão térmica (K).................................................6
Determinação do factor de concentração de perdas (fc)..........................................9
Determinação do factor solar do vidro ( Sv ):.......................................................10
Determinação do factor de utilização dos ganhos solares (η)................................11
Determinação dos ganhos solares médios (Gj):.....................................................12
Determinação das diferenças efectivas de temperatura (Δt):.................................12
Determinação do factor de inércia:........................................................................13
Determinação da duração da insolação na estação de arrefecimento (M).............13
Determinação dos graus de aquecimento (GD):....................................................13
 ESTUDO ALTERNATIVO.....................................................................................21
 CONCLUSÃO.........................................................................................................27

Janeiro 2003 1
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

 INTRODUÇÃO

Pretende-se com a realização deste trabalho avaliar a qualidade de uma moradia


em relação ao seu comportamento térmico, tendo por base o Regulamento das
Características de Comportamento Térmico de Edifícios (R.C.C.T.E.). Trata-se de uma
moradia do tipo T4, a qual é constituída por dois pisos; rés-do-chão e primeiro andar,
sendo este último destinado a habitação. O rés-do-chão é todo amplo concebido para
arrumos. A importância deste estudo vem pelo facto de, muitas vezes, serem gastas
quantidades excessivas de energia, quer para arrefecimento, quer para aquecimento de
edifícios.
Segundo o R.C.C.T.E. a verificação dessas energias para aquecimento e
arrefecimento, estão presentes no Cap. III - requisitos energéticos. Todavia, antes dessa
verificação o regulamento impõe requisitos mínimos de qualidade térmica dos edifícios,
nomeadamente: o coeficiente de transmissão térmica através da envolvente opaca, a fim
de se reduzir o risco de condensações superficiais no interior, assim como as protecções
solares dos envidraçados no Verão, com o objectivo de minimizar o risco de
sobreaquecimento interior.
A verificação das necessidades nominais de aquecimento Nic  Ni assim como
as necessidades nominais de arrefecimento Nvc  Nv apenas pode ser analisada após o
cumprimento dos requisitos de qualidade térmica.
Estas relações podem ser justificadas mediante o preenchimento das folhas de
cálculo FCIV.1 e FCIV.2 (exigências de aquecimento) e das folhas de cálculo FCV.1 e
FCV.2 (exigências de arrefecimento) que constam no anexo IV e V do RCCTE.
Segundo o regulamento, só é necessário efectuar este estudo - cumprindo as
exigências anteriormente identificadas -, sempre que, a área útil de uma zona
independente de um edifício seja superior a 300 m2.
O projecto em causa apresenta uma área inferior a 300 m2, contudo, proceder-se-á
à sua execução, uma vez que faz parte do âmbito do estudo da disciplina Física dos
Edifícios.

Janeiro 2003 2
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

 MEMÓRIA DESCRITIVA

Localização

Pretende-se levar a efeito a construção de uma moradia que se localizará, sito no


Lugar dos Lenteiros, Freguesia de Borbela - Concelho de Vila Real.
O projecto foi elaborado de acordo com um programa dado.

Características Construtivas

 Programa
O dono da obra indicou a necessidade de uma moradia unifamiliar, com o Piso 1
amplo para garagem e arrumos; sala comum, cozinha, quarto de banho de serviço,
quarto de banho principal, despensa, roupeiro e 4 quartos de dormir, no Piso 2.
ÁREAS BRUTAS: Área do Piso 1.......................................................................150.70m2
Área do Piso 2.......................................................................150.70m2
Área da cobertura...................................................................210.00m2
ÁREAS ÚTEIS: As áreas úteis estão devidamente assinaladas nas plantas.
PAVIMENTOS TECTOS E COBERTURAS
Os pavimentos térreos serão construídos por camada de rachão de 0,20 m de
espessura após recalque, colocado sobre terreno devidamente compactado, seguindo-se
uma camada de brita com 0.10 m de espessura e outra camada de betão pobre com 0,05
m de espessura. Sobre o betão pobre será aplicada uma betonilha hidrofugada que ficará
preparada para assentamento do revestimento final.
Os pavimentos elevados serão em lajes aligeiradas pré-esforçadas conforme
projecto de estrutura resistente, bem como as dos tectos e coberturas.
 Paredes
As alvenarias exteriores serão constituídas por dois panos duplos de tijolo
vasado sendo o exterior de 15 e o interior de 7.
Far-se-á uma caixa de ar de 4 cm, procurando que a estrutura resistente seja revestida
exteriormente por pelo menos um alvéolo de tijolo.
Todas as paredes interiores serão em alvenaria de tijolo vazado de 7.
 Pavimentos
Todos os pavimentos serão guarnecidos com argamassa de regularização sobre a
qual serão aplicados materiais de revestimento (Parqué nos quartos de dormir, mosaico
cerâmico nos quartos de banho e cozinha e, tijoleira nos restantes.)
 Revestimentos
As paredes exteriores e interiores serão emboçadas e guarnecidas a areado fino
em todos os panos visíveis assim como outros elementos de elevação (platibandas,
chaminés, etc.).
Todas as paredes em contacto directo com o terreno serão devidamente
rebocadas com argamassa hidrofugada ou outro produto eficiente de impermeabilização.
As paredes das casas de banho, cozinha e lavandaria, serão revestidas com
lambrim de azulejo decorativo até ao tecto.
 Coberturas
O revestimento exterior da cobertura seta em telha cerâmica à cor natural.

Janeiro 2003 3
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

 Serralharias e pichelaria
Toda. a caixilharia exterior será executada em alumínio de terno lacado à cor,
tipo “TCNALL” de pormenor a fornecer pela assistência técnica. Serão constituídos por
uma estrutura de tubo de ferro “FACAR” de secções quadrada e rectangular, revestida
por chapa de ferro, todos os portões a executar.
 Carpintarias
A porta da entrada principal será construída em madeira de castanho e as
restantes serão pré-fabricadas do tipo “PORTARO”- folheadas a madeira exótica.
 Persianas e estores
Toda a caixilharia exterior, será equipada com estores de régua de plástico de
embutir.
 Vidrarias
Toda a caixilharia envidraçada exterior será equipada com vidro polido de 6mm
de espessura. As vidrarias interiores serão de 4mm de espessura.

Paredes exteriores - 30.5 cm

Parede dupla de tijolo vazado com dois panos de alvenaria, de


0.07 no interior e de 0.15 no exterior e uma caixa de ar com
0.04m de espessura.

Reboco exterior(3cm) + tijolo vazado (15 cm) + caixa de ar (4


cm) + tijolo vazado de (7 cm) + reboco interior (1.5 cm)

Paredes interiores – 10 cm

Parede simples de tijolo vazado.

Reboco (1.5 cm) + tijolo (7 cm) + reboco (1.5 cm)

Laje de pavimento – 30 cm

Laje aligeirada com blocos cerâmicos (2 ou 3 furos)

Janeiro 2003 4
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Coberturas

Laje aligeirada com blocos cerâmicos. Na cobertura será aplicada


telha cerâmica “ Lusa “ assente sobre armação de vigotas pré-
fabricadas de betão pré-esforçado.

Janelas

As janelas são constituídas por aros e caixilharias em alumínio


termolacado. Tem vidro duplo com espessura de 6 mm, separados
por uma lâmina de ar com 8 mm de espessura.

Áreas

Habitação unifamiliar tipo T4

- Área útil da laje do pavimento = 129.35 m²


- Área da laje do tecto = 150.70 m²
- Pé direito médio = 2.6 m
Cobertura :
Cobertura superior = 210 m² ( área medida pelo exterior )

Área das paredes exterior :

Paredes exteriores
Áreas (m²) por orientação
Norte Este Sul Oeste
36.9 20.2 34.0 23.6
Total da área das paredes exteriores = 114.7 m²

Total da medição das áreas das paredes interiores = 132.60 m²

Área das janelas:

Janelas
Áreas ( m² ) por orientação
Tipo Protecção Norte Este Sul Oeste
Vidro Com 2.1 9.7 5 6.3
Simples Protecção
Soma total das áreas das janelas = 23.10m²

Janeiro 2003 5
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Localização do edifício e sua zona climática

O edifício em questão está implantado em Vila Real, verificando-se pela


distribuição dos concelhos de Portugal continental segundo as zonas climáticas;

(Quadro III.1), que estamos perante uma zona climática de Inverno – I3 e de Verão V2

Distribuição dos concelhos de Portugal continental


Segundo as zonas climáticas

Concelho Zonas climáticas


Vila Real ............................................................................. I3–V2

 QUANTIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS TÉRMICOS

Cálculo do coeficiente de transmissão térmica (K)

- K das paredes exteriores

 Parede dupla constituída por:


- Reboco exterior com 0.03m de espessura;
- Pano exterior em exterior furado de 15;
- Caixa de ar com 0.04m de espessura;
- Pano interior em tijolo furado de 7;
- Reboco interior com 0.015m de espessura;

 Principio de cálculo
1 1 1
   Rt 
K hi he
e
Rt 

sendo e = espessura do material, λ = condutibilidade térmica do material.

Os valores da condutividade térmica dos materiais de construção mais utilizados


e os valores da resistência térmica das camadas não homogéneas mais utilizadas
constam da publicação do LNEC, Coeficientes de Transmissão Térmica de
Elementos da Envolvente dos Edifícios.
Como a solução adoptada não se encontra tabelada pela publicação do LNEC,
optou-se por calcular K recorrendo à expressão acima referida.

Cálculo de K:
1 0,03 0,015
 0,04   0,31  0,17  0,15   0,12
K 1,15 1,15
K = 1,206 W/m2 ºC

Janeiro 2003 6
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


- K das paredes interiores:

 Parede simples constituída por:


- Reboco com 0,015 m de espessura para cada lado da parede;
- Pano em tijolo furado de 7;

Cálculo de K:
1 0,015 0,015
 2  0,12   0,15 
K 1,15 1,15
K = 2,40 W/m2 ºC

- K da Cobertura:

 Cobertura inclinada constituída por:


- Revestimento descontinuo com telha cerâmica;
- Desvão da cobertura sobre esteira horizontal;
- Esteira horizontal em laje;

Para a solução adoptada, o valor de K (Inverno) e K(Verão) são obtidos


directamente através das tabelas da publicação do LNEC, pelos quadros 7.1 e 7.2,
pág. II.23 e II.25.

Isolamento térmico Esteira horizontal


Isolante Venti- Laje
Esteira leve
Térmico lação aligeirada
Loca- Laje
Solução do blocos isolante
lização esp. maciça
Produto desvão cerâ- desconti-
(mm) betão continuo
micos nuo
horizontalSobre esteira

forte 3.5 2.8 2.7


média 3.3 2.7 2.6 _ _
_ _
Isolante fraca 2.7 2.3 2.2
sobre
esteira forte 2.3 1.95 1.90
Ⓑ média 2.3 1.95 1.90 _ _
_ _
fraca 1.95 1.70 1.65

K = 2.30 W/m2 º C > Kadmissível = 1.2 W/m2 º C – Inverno (fluxo ascendente)


Não Verifica, teremos de adoptar uma nova solução;

K = 1.70 W/m2 º C > Kadmissível = 1.2 W/m2 º C – Verão (fluxo descendente)


Não Verifica, teremos de adoptar uma nova solução;

Janeiro 2003 7
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


Solução adoptada;
Isolamento térmico Esteira horizontal
Isolante Venti- Laje
Esteira leve
térmico lação aligeirada
Loca- Laje
Solução do blocos isolante
lização esp. maciça
Produto desvão cerâ- desconti-
(mm) betão continuo
micos nuo
20 1,25 1,15 1,15 1,35 1,60
Sobre esteira horizontal

Poliestireno
expandido moldado, 40 forte 0,75 0,75 0,75 0,80 1,00
em placas 60 0,55 0,55 0,55 0,60 0,70
Isolante Lã mineral em placas
100 0,35 0,35 0,35 0,35 0,45
sobre
esteira 20 1,05 1,05 0,95 1,15 1,30
Ⓑ Poliestireno
expandido moldado, 40 forte 0,70 0,65 0,65 0,75 0,85
em placas 60 0,50 0,50 0,50 0,55 0,65
Lã mineral em placas
100 0,35 0,35 0,35 0,35 0,45

K = 1.15 W/m2 º C – Condições de Inverno (fluxo ascendente)


K = 1.05 W/m2 º C – Condições de verão (fluxo descendente)

- K dos pavimentos

 Pavimento constituído por:


- Laje aligeirada com blocos cerâmicos (2 ou 3 furos);
- Revestimento do piso;
- Estrutura do piso;
- Revestimento do tecto;

Para a solução adoptada, o valor de K (Inverno) e K ( verão) são obtidos directamente


pelos quadros ( 5.1 e 5.2, pg. II. 15 e II. 17) da publicação do LNEC.

Isolamento térmico Estrutura resistente


Isolamento térmico Laje aligeirada
Loca Laje Blocos cerâmicos
liza- Solução maciça Blocos Madeira
Ção Produto Esp. 1 furo 2 ou3 de
(mm) furos betão
Sem isolante _ _ 2.0 1.75 1.55 1.70 1.80
Exterior

térmico
_ _ 2.7 2.3 2.0 2.4 2.5
A

K = 2.00 W/m2 º C > Kadmissível = 1.2 W/m2 º C – Verão (fluxo ascendente)


Não Verifica, teremos de adoptar uma nova solução;

K = 1.55 W/m2 º C > Kadmissível = 1.2 W/m2 º C – Inverno (fluxo descendente)


Não Verifica, teremos de adoptar uma nova solução;

Janeiro 2003 8
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


Solução adoptada;
Isolamento térmico Estrutura resistente
Isolamento térmico Laje aligeirada
Loca Laje Blocos cerâmicos
liza- Solução maciça Blocos Madeira
Ção Produto Esp. 1 furo 2 ou3 de
(mm) furos betão
Isolante fixado 20 1,00 0,95 0,85 0,90 0,95
Poliestireno expandido
Exterior

directamente 40 0,65 0,65 0,60 0,65 0,70


moldado, em placas
ao pavimento Lã mineral em placas 60 0,50 0,50 0,45 0,50 0,55
100 0,35 0,35 0,30 0,30 0,50
20 1,15 1,10 1,00 1,10 1,10
Ⓑ Poliestireno expandido
40 0,75 0,70 0,65 0,70 0,75
moldado, em placas
Lã mineral em placas 60 0,55 0,50 0,50 0,50 0,60
100 0,35 0,35 0,35 0,35 0,40

K = 0,85 W/ m2 º C – Condições de Inverno (fluxo descendente)


K = 1,00 W/ m2 º C – Condições de Verão (fluxo ascendente)

- K dos envidraçados

 Caracterização dos envidraçados:


- Aros, caixilharias em alumínio termolacado com vidro polido;
- Vidro simples com espessura de 6mm de espessura;
- São considerados envidraçados, as janelas e as portas que dão
acesso às varandas;
- A protecção solar dos envidraçados é feita utilizando persianas
exteriores;

Sendo o local com ocupação nocturna, o valor de K pode ser obtido directamente do
Quadro 10 da pg. II. 33 da publicação do LNEC.

Tipo de janela Vidro Material Dispositivo de oclusão nocturna


ou vão Números Esp. Da do Com boa Sem boa
envidraçado de Lamina de caixilho estanquidade ao estanquidade ao ar
Vidros ar (mm) ar
Vidro _ metal 4,2 4,8
Simples Simples madeira 3,7 4,2

K = 4,2 W/ m2 º C

Determinação do factor de concentração de perdas (fc)

Como as paredes exteriores não possuem heterogeneidade superiores a 30%


da sua área total, este factor é obtido através do quadro VI.5 do “regulamento das
características de comportamento térmico dos edifícios”.

Janeiro 2003 9
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


- fc das paredes exteriores
Valores convencionais do factor de concentração
De perdas (Fc)

fc = 1,3
- fc da cobertura e dos pavimentos
Pelo Anexo VI do “regulamento das características de comportamento
térmico dos edifícios”, nos casos corrente de coberturas e pavimentos admitir-se-á
que esse factor é igual à unidade, ou seja fc = 1.

Determinação do factor solar do vidro ( Sv ):

Este factor pode ser obtido através do quadro VI.9 do “regulamento das
características de comportamento térmico dos edifícios”.

Factor solar para alguns tipos de vidro sem protecção

Tipo Factor solar


Vidro simples:
Incolor (6 mm )......................................................................................... 0.85

Sv (vidro) = 0.85

Determinação do factor de obstrução (Ø)

Ø = 0.7 (nos casos correntes de envidraçados não sombreados por obstáculos


exteriores).

Determinação da energia solar media incidente ( E sul):


Este valor determina-se através do quadro III.2 do “regulamento das
características de comportamento térmico dos edifícios”:

Dados climáticos de Inverno

Número médio de graus-dias de Energia solar média


aquecimento na estação de incidente numa superfície
Zonas de Inverno aquecimento vertical orientada a sul na
-- estação de aquecimento
GD (ºC dia.ano) --
Esul (kWh/m2.ano)
I1:
Continente................................ 400 400
Açores...................................... 100 50
Madeira.................................... 50 50
I2.................................................. 800 500
I3.................................................. 1600 700

E sul = 700 (kWh/m2.ano

Janeiro 2003 10
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Determinação do factor de utilização dos ganhos solares (η)

Este factor é calculado pela seguinte expressão:

K
η = 1 – exp { - GLR }
Para determinação de K é necessário calcular a Inércia térmica ( It ) do
edifício. A Inércia por sua vez é determinada com base na massa superficial.
Para o calculo de It pode-se utilizar o quadro VI.6 do “regulamento das
características de comportamento térmico dos edifícios”.

Total:
M i Si
I=
Ap

Laje do tecto ------------ Mi = 150 ------ Si = 150.70 m2


Laje de pavimento ----- Mi = 150 ------- Si = 150.70 m2
Paredes exteriores ----- Mi = 150 ------ Si = 114.70 m2
Paredes interiores ---- Mi = 120 ------- Si = 132.60 m2
It = (150 x 150.70 + 150 x 150.70 + 150 x 114.70 + 120 x 132.60) / 129.35
It = 605.54 ( kg/m2)

Pelo quadro VI.7 do “regulamento das características de comportamento térmico


dos edifícios”, conclui-se que a inércia é forte.

Inércia térmica

Classe de inércia Massa superficial útil por metro quadrado


da área de pavimento (kg/m2)
Fraca....................................................... It < 150
Média...................................................... 150 ≤ It ≤ 400
Forte........................................................ It > 400

Assim sendo o valor de K está determinado: K = 1,3 W/m2 º C


O calculo de GLR é feito da seguinte maneira:

GLR = Ganhos solares brutos / necessidades brutas de aquecimento

GLR= 2082.5/ 24353.3 =0.086

Substituindo este valor na expressão dos ganhos solares obtém-se :

η=1

Janeiro 2003 11
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Determinação dos ganhos solares médios (Gj):

Estes valores são obtidos com base na orientação dos envidraçados, através
do Quadro V. 4 do “regulamento das características de comportamento térmico
dos edifícios”.
Ganhos solares mensais médios por estação de arrefecimento
Nos períodos de sol descoberto (kWh/m2)

Orientação Gj
N. 26
N.E. 37
E. 67
Envidraçados verticais.................... S.E. 75
S. 67
S.W. 83
W. 77
N.W. 43
Envidraçados horizontais……….. --- 135

Orientação-------------------- Gj (kWh/m2)

N---------------------------------26
E-------------------------------- 67
S---------------------------------67
W------------------------------- 77

Determinação das diferenças efectivas de temperatura (Δt):

Estes valores são determinados para as diferenças orientações e tendo


como base o tipo de paredes (Médias) obtemos esses valores pelo Quadro V.1 do
“regulamento das características de comportamento térmico dos edifícios”.

Diferenças efectivas de temperatura (paredes) (º C)


Tipo de parede
Orientação Leve Média Pesada
Massa < 200 Kg/m2 Massa > 400 Kg/m2
N. ............................... 5,5 2,5 2
N.E. ........................... 10,5 7 5,5
E. ............................... 12,5 10,5 8
S.E. ............................ 11,5 9,5 7,5
S. ................................ 8 6 5,5
S.W. ........................... 11,5 6,5 6,5
W. ………………….. 10 7 7
N.W. ……………….. 5 4,5 4,5

Orientação --------------- Δt (º C)

N --------------------------2.5
E --------------------------10,5
S --------------------------6
W -------------------------7

Janeiro 2003 12
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Determinação do factor de inércia:

Este factor é calculado com base na classe de inércia. Esta já foi calculada
anteriormente e verificou-se que o edifício possui inércia forte: Assim o factor
de inércia pode ser calculado com base no Quadro V.5 do “regulamento das
características de comportamento térmico dos edifícios”.

Classe de inércia I
Fraca ...................................................................... 1,2
Média ..................................................................... 1
Forte ....................................................................... 0,9

Factor de inércia = 0,9

Determinação da duração da insolação na estação de arrefecimento (M)

b) Insolação.- os valores da duração média da insolação na estação de


arrefecimento (M) estão indicados a seguir, expressos em meses:
Continente:
Região Norte:
Zona V1 ------------------------------- 1,6
Zona V2 ------------------------------- 2,2
Zona V3 ------------------------------- 2,8
Região sul ------------------------------------- 3,4

Como a zona em questão é na região norte e pertence à zona V2:


M= 2,2

Determinação dos graus de aquecimento (GD):

Este valor varia de acordo com a zona climática. Pode-se calcular através
do Quadro III.2 do “regulamento das características de comportamento térmico
dos edifícios”.
Dados climáticos de Inverno
Números médio Energia solar média
de graus-dias incidente numa superfície
de aquecimento vertical orientada
Zonas de inverno na estação a sul na estação
de aquecimento de aquecimento
GD (º C dia.ano) Esul (kWh/m2. ano)
I1: 400
Continente ............................ 100 400
Açores ................................... 50 50
Madeira ................................ 800 50
I2 ............................................... 1600 500
I3 ............................................... 700

Como a zona climática é I3:


GD = 1600 ( º C dia.ano )
Todos os valores necessários já estão calculados, podendo proceder-se ao
processo de cálculo.

Janeiro 2003 13
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Folha de Cálculo FCIV.1


Cálculo das necessidades Nominais de Aquecimento do Edifício

Necessidades Nominais
Especificas de Aquecimento do
Edifício (W/ºC)
Envolvente Opaca Exterior
179.83
(da FCIV.1a)
Envolvente Interior
243.00
(da FCIV.1b)
Envidraçados
97.02
(da FCIV.1c)
Renovação de Ar
114.35
(da FCIV.1d)
Total 634.20 ----- 634.20

Graus-Dias de Aquecimento na Base 15ºC para a Zona Climática


1600
Respectiva

x
0.024
=
Necessidades Brutas de Aquecimento ( Para o Calculo do Factor de
24353.28
Utilização dos Ganhos Solares – FCIV.1e)
-
Ganhos Solares Úteis (da FCIV.1e) 2082.5
=
N= Necessidades Nominais de Energia Útil por Estação de
22270.8
Aquecimento

Nc 22270.8
Necessidades nominais, NIC= = = 172.2 kWh/ m2 ano
Ap (útil ) 129.35

Janeiro 2003 14
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Folha de Cálculo FCIV.1a

Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento do Edifício devidas à


Envolvente Opaca Exterior

1) Perdas pelas paredes

Área K fc KA
(m2) (W/m2 º C) (-) (W/ º C)
Paredes 114.7 x 1.206 x 1.3 = 179.83
Total = 179.83 179.83

2) Perdas pela Cobertura


+

Área K fc KA
( m2) ( w/m2 ºC ) (-) ( W/ºC )
Coberturas 0 * 1.15 * 1 = 0
Total = 0 0

3) Perdas pelo Pavimento :


+

Área K fc KA
( m2) ( w/m2 ºC ) (-) ( W/ºC )
Pavimentos 0 * 1.00 * 1 = 0
Total = 0 0
=

Total da envolvente opaca exterior --------------- 179.83w/º C


(para a FCIV.1)

Janeiro 2003 15
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Folha de Cálculo FCIV.1b


Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento do Edifício devidas à
Envolvente Opaca Interior

A fc K KA
(m2) (-) (W/m2 º C) (W/ º C)
Envidraçados 0 x 0 x 0 = 0
Paredes Interiores 0 x 1.3 x 2.06 = 0
Coberturas 150.7 x 1 x 1.15 = 173.15
Pavimentos 150.7 x 1 x 1.00 = 150.70
Total 324.00
x
0.75
=
TOTAL da envolvente opaca interior (para a FCIV.1) (W/ º C) 243.00

Folha de Cálculo FCIV.1c


Cálculo das Necessidades Nominais Especificas de Aquecimento
devidas aos Envidraçados

Tipo de A K KA
envidraçado (m2) (W/m2ºC) (W/ºC)
Sem protecção 0 x 4.2 = 0
Com Protecção 23.1 x 4.2 = 97.02
TOTAL de perdas pelos envidraçados 97.02
(Para a FCIV.1) (W/ º C)

Janeiro 2003 16
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Folha de Cálculo FCIV.1d


Cálculo das Necessidades Especificas de Aquecimento devidas à Renovação do Ar

Área útil do Pavimento (m2) 129.35


x
Pé direito médio (m) 2.6
x
Taxa de Renovação Nominal 1
x
0.34
=
TOTAL das Perdas para renovação do ar (Para a FCIV.1) 114.35
(w/ºC)

Folha de Cálculo FCIV.1e


Cálculo dos Ganhos Solares Úteis

Orientação Tipo de A Sv Ø f Ae
Env. (m2) (-) (-) (-) (m2)

S Simples
com 5.00 x 0.85 x 0.7 x 1.0 = 2.975
protecção

=
Área Equivalente total de vidro a Sul ( m2) 2.975
x
Energia solar média incidente ( kWh/m2.ano) 700
=
Ganhos Solares Brutos ( kWh/ano) 2082.5
x
Factor de Utilização dos Ganhos Solares 1
=
Ganhos Solares Úteis ( kWh/ano) (Para a FCIV.1) 2082.5

Folha de Cálculo FCIV.2


Verificação da Satisfação das Exigências do Regulamento (Inverno)

Janeiro 2003 17
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


1) Valor Máximo Imposto no Artigo 5º do Regulamento:

NI ={1.3 Kfr Ar + Khr Ah + Kenv Aenv +0.34 Pd}(0.024).GD


Ap
NI =(1.30.95114.7 + 0.75258.5 +4.219.40 )+ 0.342.60.0241600
129.35
NI = 157.8
Com
I1 I2 I3
Kfr 1.40 1.20 0.95
Khr 1.10 0.85 0.75 NI = 157.8 KWh/m2ano
Kenv. a) 4.2 4.2 4.2
b) 5.8 5.8 5.8
Em que
a) Zonas de edifícios com ocupação nocturna;
b) Zonas de edifícios de ocupação diurna dominante.

Kfr – coeficiente de transmissão térmica das fachadas Kfr 0.95 W/m2.ºC

Área Af = 114.7 m2

Khr – coeficiente de transmissão térmica das coberturas e Khr 0.75 W/m2.ºC


pavimentos

Área Ah = 258.5 m2

Kenv – coeficiente de transmissão térmica dos Envidraçados Kfr 4.2 W/m2.ºC

Área Aenv = 23.1 m2

Nota 1: Se Aenv > 0.15 Ap , então usar Aenv = Ap na expressão definidora de Nz


Ap = 129.35 m2

Aenv máximo = (0.15) Ap = 0.15 * 129.35 = 19.4 m2

Aenv. = 19.4 m2

2) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento


Valor calculado ( FCIV.1 ) NIc = 172.2  NI = 157.8

Janeiro 2003 18
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


Verificação automático do regulamento:
NI = 157.8 KWh/m2 ano
 NIC > NI Não Verifica
2
NIC= 172.2 KWh/m ano

Folha FCV.1
Cálculo das Necessidades Nominais de Arrefecimento Resultantes da
Transmissão de Calor através da Envolvente
S Ganhos
Área Factor Solares Ganho
Orientação (m2) Solar Médios Incidente
(anexo VI) (Quadro V.4) (kWh)
(kWh/m2)
N 2.1 x 0.7 x 0.07 x 26 = 2.68
NE 0x 0.7 x 0 x 37 = 0
E 9.7 x 0.7 x 0.07 x 67 = 31.85
SE 0x 0.7 x 0 x 75 = 0
Envidraçados S 5x 0.7 x 0.07 x 67 = 10.06
SW 0x 0.7 x 0 x 83 = 0
W 6.3 x 0.7 x 0.07 x 77 = 23.78
NW 0x 0.7 x 0 x 43 = 0
HORIZ. 0x 0.7 x 0 x 135 = 0
Area K AT=
(FCIV.1a) F= (Quad.) (FCIV.1a) (Quad. V.1
(m2) (VI.5) (W/m2=C) a V.3)
(kWh.
C/W)
N 36,90 x 1,3 x 1.206 x 2.5x0.36= 52.07
Paredes S 34.00 x 1.3 x 1.206 x 6x0.36= 115.14
E 20.20 x 1.3 x 1.206 x 7x0.36= 79.81
W 23.60 x 1.3 x 1.206 x 7x0.36= 93.24
Coberturas 0 x 1 x 1.15 x 2x0.36= 0
Total 408.63
x
Factor de inércia ( Quadro V-5 ) 0.9
x
Duração Média da Insolação na Estação de arrefecimento 2.2
(M- Anexo III)
=
Necessidade globais kWh/ano 809.09

Nec.globais 809.09
Necessidade nominais, NVC = Ap
= = 6.25 kW/m2ano
129.35

Folha de Cálculo FCV.2


Verificação da Satisfação das Exigências do Regulamento (Verão)

Janeiro 2003 19
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


1) Valor Máximo Imposto no Artigo 6º do Regulamento:

Nv =0.36(1.3 Tf Kfr Af + Th Khr Ah) + Graf Aenv . M


Ap

Nv =0.36(1.3 70.95114.7+ 40.750) + 17.519.4  2.2


129.35
Nv = 11.80 kWh/m2.ano
Com
I1 I2 I3
Kfr 1.40 1.20 0.95
Khr 1.10 0.85 0.75 Nv = 11.80 kWh/m2ano
Em que:

Kfr – coeficiente de transmissão térmica das fachadas Kfr 0.95 W/m2.ºC


exteriores (da FCIV. 1a)

Área Af = 114.7 m2

Khr – coeficiente de transmissão térmica das Khr 0.75 W/m2.ºC


coberturas (da FCIV. 1a)

Área Ah = 0 m2

Área Aenv = 23.1 m2 (da FCIV. 1C)

Nota 1: Se Aenv > 0.15 Ap , então usar Av = 0.15 Ap na expressão definidora de Nz


An = 129.35 m2

Aenv máximo = (0.15) Ap = 0.15 * 129.35 = 19.4 m2

Aenv. = 19.4 m2

2) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento:


Valor calculado ( FCIV.1 ) Nvc = 6.25  Nv = 11.80

Verificação automático do regulamento:


NV = 11.80 KWh/m2 ano
 NVC < NV Verifica
2
NVC = 6.25 KWh/m ano

 ESTUDO ALTERNATIVO

Janeiro 2003 20
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I

Neste estudo alternativo, vai-se verificar o comportamento do regulamento, no


caso da habitação proposta para o conselho de Vila Real, ser implantada no conselho de
Albufeira ( Zona I1 – V2).
Assim todos os valores que se calculam com base na região climática, são
alterados.

Esses valores são os seguintes:

- Energia solar média incidente (Esul) – Pelo quadro III.2, passa a tomar o valor:

Esul = 400 kWh/m2.ano

- Duração média na insolação na estação de arrefecimento (M) pelo anexo III,


toma o valor :

M = 3.4

- Graus de arrefecimento (GD) pelo quadro III.2, este valor passa a ser:

GD = 400 º C dia. Ano

Apenas se representam as folhas de calculo FCIV.1, FCIV.1e, FCIV.2, FCV.1 e


FCV.2 por serem as únicas cujo alguns valores se alteram, em relação ao estudo
anteriormente apresentado.

Folha de Cálculo FCIV.1


Cálculo das necessidades Nominais de Aquecimento do Edifício

Janeiro 2003 21
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


Necessidades Nominais
Especificas de Aquecimento do
Edifício (W/ºC)
Envolvente Opaca Exterior
179.83
(da FCIV.1a)
Envolvente Interior
243.00
(da FCIV.1b)
Envidraçados
97.02
(da FCIV.1c)
Renovação de Ar
114.35
(da FCIV.1d)
Total 634.20 ----- 634.20

Graus-Dias de Aquecimento na Base 15ºC para a Zona Climática


400
Respectiva

x
0.024
=
Necessidades Brutas de Aquecimento ( Para o Calculo do Factor de
6088.32
Utilização dos Ganhos Solares – FCIV.1e)
-
Ganhos Solares Úteis (da FCIV.1e) 1190
=
N= Necessidades Nominais de Energia Útil por Estação de
498.32
Aquecimento

Nc 4898.32
Necessidades nominais, NIC= = = 37.9 kWh/ m2 ano
Ap (útil ) 129.35

Folha de Cálculo FCIV.1e


Cálculo dos Ganhos Solares Úteis

Janeiro 2003 22
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


Orientação Tipo de A Sv Ø f Ae
Env. (m2) (-) (-) (-) (m2)

S Simples
com 5.00 x 0.85 x 0.7 x 1.0 = 2.975
protecção

=
Área Equivalente total de vidro a Sul ( m2) 2.975
x
Energia solar média incidente ( kWh/m2.ano) 400
=
Ganhos Solares Brutos ( kWh/ano) 1190
x
Factor de Utilização dos Ganhos Solares 1
=
Ganhos Solares Úteis ( kWh/ano) (Para a FCIV.1) 1190

Folha de Cálculo FCIV.2


Verificação da Satisfação das Exigências do Regulamento (Inverno)

1) Valor Máximo Imposto no Artigo 5º do Regulamento:

NI ={1.3 Kfr Ar + Khr Ah + Kenv Aenv +0.34 Pd}(0.024).GD


Ap
NI =(1.31.40114.7 + 1.10258.5 + 4.219.40 )+ 0.342.60.024400

Janeiro 2003 23
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


129.35
NI = 51.1
Com
I1 I2 I3
Kfr 1.40 1.20 0.95
Khr 1.10 0.85 0.75 NI = 51.1 KWh/m2ano
Kenv. a) 4.2 4.2 4.2
b) 5.8 5.8 5.8
Em que
c) Zonas de edifícios com ocupação nocturna;
d) Zonas de edifícios de ocupação diurna dominante.

Kfr – coeficiente de transmissão térmica das fachadas Kfr 1.40 W/m2.ºC

Área Af = 114.7 m2

Khr – coeficiente de transmissão térmica das coberturas e Khr 1.10 W/m2.ºC


pavimentos

Área Ah = 258.5 m2

Kenv – coeficiente de transmissão térmica dos Envidraçados Kfr 4.2 W/m2.ºC

Área Aenv = 23.1 m2

Nota 1: Se Aenv > 0.15 Ap , então usar Aenv = Ap na expressão definidora de Nz


Ap = 129.35 m2

Aenv máximo = (0.15) Ap = 0.15 * 129.35 = 19.4 m2

Aenv. = 19.4 m2

2) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento


Valor calculado ( FCIV.1 ) NIc = 37.9  NI = 51.1

Verificação automático do regulamento:

NI=51.1 KWh/m2 ano


 NIC < NI Verifica
2
NIC= 37.9 KWh/m ano

Janeiro 2003 24
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


Folha FCV.1
Cálculo das Necessidades Nominais de Arrefecimento Resultantes da
Transmissão de Calor através da Envolvente
S Ganhos
Área Factor Solares Ganho
Orientação (m2) Solar Médios Incidente
(anexo VI) (Quadro V.4) (kWh)
(kWh/m2)
N 2.1 x 0.7 x 0.07 x 26 = 2.68
NE 0x 0.7 x 0 x 37 = 0
E 9.7 x 0.7 x 0.07 x 67 = 31.85
SE 0x 0.7 x 0 x 75 = 0
Envidraçados S 5x 0.7 x 0.07 x 67 = 10.06
SW 0x 0.7 x 0 x 83 = 0
W 6.3 x 0.7 x 0.07 x 77 = 23.78
NW 0x 0.7 x 0 x 43 = 0
HORIZ. 0x 0.7 x 0 x 135 = 0
Area K AT=
(FCIV.1a) F= (Quad.) (FCIV.1a) (Quad. V.1
(m2) (VI.5) (W/m2=C) a V.3)
(kWh.
C/W)
N 36,90 x 1,3 x 1.206 x 2.5x0.36= 52.07
Paredes S 34.00 x 1.3 x 1.206 x 6x0.36= 115.14
E 20.20 x 1.3 x 1.206 x 7x0.36= 79.81
W 23.60 x 1.3 x 1.206 x 7x0.36= 93.24
Coberturas 0 x 1 x 1.15 x 2x0.36= 0
Total 408.63
x
Factor de inércia ( Quadro V-5 ) 0.9
x
Duração Média da Insolação na Estação de arrefecimento 3.4
(M- Anexo III)
=
Necessidade globais kWh/ano 1250.4

Nec.globais 1250.4
Necessidade nominais, NVC = Ap
= = 9.7 kW/m2ano
129.35

Folha de Cálculo FCV.2


Verificação da Satisfação das Exigências do Regulamento (Verão)

1) Valor Máximo Imposto no Artigo 6º do Regulamento:

Nv =0.36(1.3 Tf Kfr Af + Th Khr Ah) + Graf Aenv . M


Ap

Nv =0.36(1.3 71.40114.7+ 41.100) + 17.519.4  3.4

Janeiro 2003 25
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


129.35
2
Nv = 22.75 kWh/m .ano
Com
I1 I2 I3
Kfr 1.40 1.20 0.95
Khr 1.10 0.85 0.75 Nv = 22.75 kWh/m2ano
Em que

Kfr – coeficiente de transmissão térmica das fachadas Kfr 1.40 W/m2.ºC


exteriores (da FCIV. 1a)

Área Af = 114.7 m2

Khr – coeficiente de transmissão térmica das Khr 1.10 W/m2.ºC


coberturas (da FCIV. 1a)

Área Ah = 0 m2

Área Aenv = 23.1 m2 (da FCIV. 1C)

Nota 1: Se Aenv > 0.15 Ap , então usar Av = 0.15 Ap na expressão definidora de Nz


An = 129.35 m2

Aenv máximo = (0.15) Ap = 0.15 * 129.35 = 19.4 m2

Aenv. = 19.4 m2

2) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento:

Valor calculado ( FCIV.1 ) Nvc = 9.7  Nv = 22.75

Verificação automático do regulamento:

NV = 22.75 KWh/m2 ano


 NVC < NV Verifica
NVC = 9.7 KWh/m2 ano

 CONCLUSÃO

O cumprimento das necessidades nominais de aquecimento (Condições de


Inverno) no estudo alternativo, não se sucedendo o mesmo com o estudo principal,
deve-se às diferenças climatéricas de inverno. Sendo este, muito mais significativo,

Janeiro 2003 26
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


rigoroso e frio em Trás-os-Montes (Vila Real – I3), comparativamente ao inverno no
Algarve (Albufeira – I1). Daí as soluções construtivas, do projecto em causa, serem
regulamentares segundo o R.C.C.T.E., se a moradia fosse implantada no concelho de
Albufeira, o que não se sucederá sendo esta, construída no local ao qual foi projectada,
concelho de Vila Real.
Todavia, o não cumprimento segundo o R.C.C.T.E. das soluções construtivas
adoptadas pelo projectista, é colocada em causa a qualidade térmica da moradia, visto
serem necessários gastos adicionais, para além do normal, para que se consiga o seu
aquecimento. Como resultado é sugerido, novas soluções construtivas, para que não
haja gastos avultados de energia, e sejam verificadas as necessidades nominais segundo
o regulamento. Soluções construtivas: construção de paredes duplas em alvenaria, com
isolamento térmico (Poliestireno), aplicado sobre o pano interior de alvenaria, para além
da caixa de ar já existente na solução construtiva de projecto e, a substituição das
caixilharias em alumínio lacado, com vidro simples por vidro duplo.
Quanto ao cumprimento em ambos os estudos, das necessidades nominais de
arrefecimento (Condições de Verão), deve-se ao facto dos concelhos em estudo (Vila
Real e Albufeira), terem climas de verão em muito idênticos. Daí a mesma classificação
de verão, segundo o regulamento (V2). Para as exigências de verão, as soluções
construtivas, adoptadas pelo projectista são regulamentares segundo o R.C.C.T.E., nos
locais em que foi realizado o estudo. Não considerando necessário, a adopção de novas
soluções construtivas, no entanto, poderão existir outras soluções construtivas para além
da de projecto. Visto se verificar as exigências de verão impostas pelo regulamento.

Quadro alusivo sobre alguns valores encontrados, sobre os quais, são retiradas as
principais conclusões do trabalho realizado:

Local de projecto (Vila Estudo alternativo (Albufeira)


Real) (KWh/m2.ano) (KWh/m2.ano)

Janeiro 2003 27
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

FÍSICA DOS EDIFÍCIOS I


Nic 172.20 37.9
Ni 157.80 51.1
Nvc 6.25 9.70
Nv 11.80 22.75

Verificação das necessidades Nic  Ni Nic  Ni


nominais de aquecimento Nic = 172.2  Ni = 157.80 Nic = 37.90  Ni = 51.10
(Condições de Inverno) Não verifica Verifica

Verificação das necessidades Nic  Ni Nic  Ni


nominais de arrefecimento Nvc = 6.25  Nv = 11.80 Nvc= 9.70  Nv = 22.75
(Condições de verão) Verifica Verifica

Janeiro 2003 28

Vous aimerez peut-être aussi