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CASO CLÍNICO

AUGUSTO DE GALVÃO E BRITO MEDEIROS

M.J., 56 anos, secretária corporativa, viúva, 3 filhos, proveniente e natural de Parnamirim/RN.

Queixa principal: diarréia há 3 meses.

Anamnese
Paciente refere quadro de diarreia com fezes pastosas, de pequeno volume, sem sangue, de coloração
marrom, relatando 5-6 evacuações por dia há 3 meses. Associa a náuseas e vômitos. Não relaciona à
alimentação. Nega perda de peso, febre e tenesmo. Informa fadiga gradativa durante a realização de tarefas
ao longo do dia. Relata surgimento de sintomas ansiosos concomitante ao quadro descrito.

DM2 e HAS em tratamento com metformina e losartana, respectivamente, há 15 anos.


Pai falecido de câncer de próstata e mãe portadora de DM2 e HAS.
Dieta irrestrita, com inclusão de frutas e legumes. Nega ingestão alcóolica. Carga tabágica de 30 maços-ano,
com preferência por industrializados.

Exame físico
SSVV: 89bpm 16ipm 125x75mmHg
BEG, orientada, descorada (2+/4+), desidratada (2+/4+),
acianótica, anictérica, sem massas cervicais palpáveis.
ACV: RCR 2T BNF, sem sopros, cliques ou estalidos.
AP: MV+, sem ruídos adventícios.
ABD: globoso, flácido, indolor, RH+, hepatomegalia com
bordas irregulares, cólon esquerdo palpável, Traube livre.

Exames complementares
Hemograma: Hb 10 Ht 38% VCM 79 CHCM 31 Índ.
anisocitose 15% Plaq 235.000
Hepatograma: AST 80 ALT 33 FA 356 GGT 1350 Bili total
0.9 Alb 4.0 TP 10s
USG abdome: múltiplas lesões hepáticas hiperecoicas focais.
TC abdominal com contraste: o corte da figura A em fase
arterial demonstra uma massa minimamente realçada no lobo
hepático direito, sem obstrução biliar.
RNM abdominal: a figura B confirma a presença de massa com
realce heterogêneo mais pronunciado em fase arterial no lobo
direito. Uma lesão adicional no sétimo segmento hepático
apresenta características similares, como apontado na figura C.
PAAF: carcinoma neuroendócrino pouco diferenciado de
adenoma túbulo-viloso cecal.

Diagnóstico: carcinoma neuroendócrino pouco diferenciado de


cólon, com metástase hepática.

Conduta: quimioterapia por 1 ano com cisplatin/etoposide,


mais cirurgia ressectiva de lesões hepáticas e adenoma cecal,
com manutenção com octreotide.

Desfecho: recidiva da doença ocorreu com 5 meses após a


ressecção, com metástase hepática, de vértebra e costelas
segundo exames de imagem. Cuidados paliativos foram
optados, com falecimento após 1 ano e 9 meses da ressecção
cirúrgica.

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