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5 Funções elementares
185
Exemplos de funções afins:
1) f : → , f (x ) = 3 x + 7 (a = 3 e b = 7)
2) g : → , g (x ) = − x + 1 (a = −1 e b = 1)
1 1
3) h : → , h (x ) = x − 23 (a = e b = −23)
2 2
4) k : → , k (x ) = 7 x (a = 7 e b = 0)
5) s : → , s (x ) = 59 (a = 0 e b = 59)
(i) a = 0
Exemplo
6) f : → , f ( x ) = −3
y
O x
-3
G(f)
Figura 5.1
(ii) a = 1 e b = 0
186
f: → , f (x ) = x
G(f)
45º
O x
Figura 5.2
(iii) b = 0 e a ≠ 0
Exemplos
x
7) f ( x ) =−
5
x f(x)
y
0 0
10 -2
10
O x
-2
Figura 5.3
8) f ( x ) = 5 x
y
x f(x)
5 0 0
√5 5
O √5 x
Figura 5.4
187
2
9) f ( x ) = x
5
x f(x) y
0 0
5 2 2
O 5 x
Figura 5.5
y2 Q θ B
y1 P α A
O x1 x2 x3 x
Figura 5.6
188
BS y3 − y2 AQ BS
Analogamente, temos que = = a . Assim, = .
BQ x3 − x2 AP BQ
E como os ângulos em A e B são retos, segue que os triângulos
PAQ e QBS são semelhantes e assim os ângulos α e θ são iguais.
Conclui-se daí que os pontos P, Q e S estão alinhados. Como P, Q
e S são pontos quaisquer do gráfico, fica provado que o gráfico da
função afim é uma reta.
Exemplo
O 3 x
-5
Figura 5.7
11) f : [−1, 2] → , f (x ) = 2 x − 4 .
y x f(x)
-1 -6
2 0
-1 O 1 2 x
-6
Figura 5.8
189
Observação 3. Se f (x ) = ax + b , chamamos o número a de “co-
eficiente angular da reta” que representa o gráfico da função f,
f (x2 ) − f (x1 )
ou “taxa de crescimento da função f”. Note que a = ,
x2 − x1
para quaisquer números reais x2 e x1 . Veja a figura:
f(x2)
f(x1)
} } f(x ) - f(x )
2 1
x2 - x1
x1 x2 x
Figura 5.9
Exercício resolvido
a) se a > 0, f é crescente;
b) se a < 0, f é decrescente.
Resolução.
f (x2 ) − f (x1 )
mos que a = e neste caso podemos escrever
x2 − x1
190
f (x2 ) − f (x1 ) = a (x2 − x1 ) . Por hipótese, temos a > 0 e também
estamos considerando x1 < x2 , o que significa x2 − x1 > 0 . Então,
a (x2 − x1 ) > 0 . Assim, a ( x2 − x1 ) = f (x2 ) − f (x1 ) > 0 , ou seja,
f (x1 ) < f (x2 ) . Logo, f é crescente.
Exemplo
c) g (x ) = 6
d) k : (−1,1) → , k (x ) = −3 x + 2
⎧ x + 1 se x ≥ 0
e) s (x ) = ⎨
⎩− x + 1 se x < 0
x −1
b) g (x ) =
8
c) h (x ) = 7 x
45 2 7
4) Para f (x ) = x − , calcule x de modo que f (x ) = .
100 3 5
Exemplos
13) f (x ) = 5 x 2 − 2 x (a = 5, b = −2, c = 0)
14) g (x ) = πx 2 + 1 (a = π, b = 0, c = 1)
192
1 1
15) h (x ) = x 2 + 7 x − (a = 1, b = 7, c = − )
2 2
Você sabe a diferença? Observação 4. Não confunda a função quadrática com a equação do
segundo grau! Muitas vezes vemos também a expressão função do
segundo grau, que não está correta, uma vez que não há definição
do que seja o grau de uma função.
Observação 6.
193
eixo de
simetria
F
d1
d1= d2
d2
Figura 5.10
Exemplo
-2 -1 O 1 2 x
-1
Figura 5.11
194
• Concavidade, vértice e imagem da função quadrática
b ⎞ b 2 − 4ac
2
⎛
x tem-se ⎜ x + ⎟ ≥ (o membro à direita da desigualda-
⎝ 2a ⎠ 4a 2
b ⎞ 4ac − b 2
2
⎛
de é constante), ou seja, ⎜ x + ⎟ + ≥ 0.
⎝ 2a ⎠ 4a 2
⎡⎛ b ⎞ 4ac − b 2 ⎤
2
Figura 5.12
⎡⎛ b ⎞ 4ac − b 2 ⎤
2
195
Figura 5.13
⎛ −b ⎛ −b ⎞ ⎞
O ponto ⎜ , f ⎜ ⎟ ⎟ é chamado de vértice da parábola. Calcu-
⎝ 2a ⎝ 2a ⎠ ⎠
⎛ −b ⎞ ⎛ −b −Δ ⎞
lando f ⎜ ⎟ obtemos o ponto ⎜ , ⎟ . Assim, o vértice tem
⎝ 2a ⎠ ⎝ 2a 4a ⎠
−b −Δ
coordenadas xv = e yv = .
2a 4a
A reta vertical que passa pelo vértice é o eixo de simetria da parábola.
⎛ −b ⎞ −Δ
Note que yv = f ⎜ ⎟ = é o menor valor assumido pela fun-
⎝ 2a ⎠ 4a
ção, se a > 0 , e o maior valor assumido pela função, se a < 0 . Isto
nos dá a informação sobre o conjunto imagem da função f:
196
Exercício resolvido
−2 x 2 + 7 x + 4 = 0 é equivalente a 2 x 2 − 7 x − 4 = 0 (multiplica-
7 ± 49 + 32
mos ambos os membros por −1 ). Assim, x = e te-
4
1
mos as raízes x1 = − e x2 = 4 .
2
Logo, os pontos onde o gráfico “corta” o eixo X são
⎛ 1 ⎞
⎜ − , 0 ⎟ e (4, 0 ).
⎝ 2 ⎠
c) O ponto onde o gráfico de f corta o eixo Y é o valor de f no
ponto 0, ou seja, f (0 ) = −2 ⋅ 0 + 7 ⋅ 0 + 4 = 4 . Assim, este ponto
é (0, 4 ) .
−b −7 7
xv = = =
2a −4 4
⎛ 7 ⎞ −Δ − (49 + 32 ) −81 81
yv = f ⎜ ⎟ = = = =
⎝ 4 ⎠ 4a 4 ⋅ (−2 ) −8 8
⎛ 7 81 ⎞
O vértice é o ponto ⎜ , ⎟ .
⎝4 8 ⎠
197
Vamos encontrar mais alguns pontos e fazer o gráfico:
y x f(x)
-1 -5
81
8 1 9
5 9
9 2
-1 7 25 3 4
-1 O 1 x
2 4 2
eixo de simetria
-5
Figura 5.14
⎛ 81 ⎤
Observe que a imagem da função f é o intervalo (−∞, yv ] = ⎜ −∞, ⎥,
⎝ 8⎦
que é a projeção ortogonal de seu gráfico no eixo das ordenadas.
• Aplicação
198
Resolução. Chamamos de x e y as dimensões do retângu-
lo e S = x ⋅ y a sua área. Vamos escrever S como função de
x usando o outro dado do problema, isto é, que o períme-
tro é 12 u.m. O perímetro é dado por 2 x + 2 y = 12 . Então
x + y = 6 e y = 6 − x . Substituindo y na expressão da área, ob-
temos S (x ) = x ⋅ (6 − x ) = 6 x − x 2 . Temos assim uma função qua-
drática S ( x) que expressa a área de um retângulo de perímetro
12 u.m. em função de uma de suas dimensões. Estamos procu-
rando o valor máximo desta área, e isto significa que estamos
procurando o valor máximo da função quadrática S (x ) = 6 x − x 2 ,
ou S (x ) = − x 2 + 6 x . O gráfico de S é uma parábola côncava para
baixo, pois a = −1 < 0 . Assim, o valor máximo da função S ( x) é
a ordenada do vértice da parábola. Vamos calcular a abscissa do
vértice, lembrando que a = −1 e b = 6 :
−b −6
xv = = =3
2a −2
Este valor x que encontramos é uma das dimensões do retângulo
que tem área máxima. Fazendo y = 6 − x = 6 − 3 = 3 , encontramos
a outra dimensão, y = 3 . Vemos então que o retângulo de perí-
metro 12 u.m. que possui a maior área é o quadrado de lado 3.
⎟ = ⋅ (26 x − 20 x + 100 )=
1 26 2 4
M (x ) = x + ⎜
2 2
x − x+4
⎝ 5 ⎠ 25 25 5
26 4
M é uma função quadrática com a = , b=− e c=4.
25 5
Como a > 0 , a parábola que representa o gráfico de M é cônca-
va para cima, indicando que M tem um valor mínimo no vértice.
199
Vamos calcular este vértice:
4
−b − 5
x= = 5 = .
2a 26 13
2⋅
25
5
10 −
10 − x 13 = 25 . O valor
Calculando o valor y, obtemos y = =
5 5 13
⎛ 5 ⎞2 ⎛ 25 ⎞2 650 50
mínimo de x + y será M =⎜ ⎟ +⎜ ⎟ =
2 2
= .
⎝13 ⎠ ⎝ 13 ⎠ 169 13
5 25
Resposta. Os números procurados são x = e y= .
13 13
Exercícios resolvidos
200
y
10
8
7
9
2
-3 -2 -1 O 1 2 3 4 5 x
-2
-5
-6
Figura 5.15
201
Resolução:
1 2
f (x ) = x 2 g (x ) = x h (x ) = 2 x 2
2
x y x y x y
0 0 0 0 0 0
1
1 1 1 1 2
2
1
-1 1 -1 -1 2
2
2 4 2 2 2 8
9/2
1
1/2
-6 -5 -4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 5 6 x
Figura 5.16
202
5) Determine o maior valor de k em A = {x ∈ / x ≤ k} de modo
que a função f de A em definida por f (x ) = 2 x 2 − 3 x + 4 seja
injetora.
Ou, equivalentemente:
3 23
d) O vértice tem coordenadas xv = , yv = . Conseqüente-
4 8
⎡ 23 ⎞
mente, a imagem da função é ⎢ , +∞⎟ e o eixo de simetria
⎣8 ⎠
⎛ 3 23 ⎞
passa pelo ponto ⎜ , ⎟ .
⎝4 8 ⎠
203
y x f(x)
1 3
1
4 3
2
3
4
2
0 4
3
23
8
O 3 1 3 2 3 x
4 2
Figura 5.17
204
Exercícios propostos
a) f (x ) = − x 2 − x + 6
b) f (x ) = 5 x 2 − 2 x + 4
c) f (x ) = (3 − x )(x + 1)
d) f (x ) = −2 x 2 − 16 x
e) f (x ) = 4 − x 2
f) f (x ) = − (3 − x )
2
1
g) f (x ) = x 2 − x + 1
2
h) f (x ) = − (4 − 3 x 2 )
1
6) Encontre o valor x de modo que f (x ) = x 2 − 3x + 2 = .
2
205
d) o gráfico de t intercepta o eixo x nos valores x = 1 e x = 3 , e
intercepta o eixo Y em (0,8 ).
Exemplos
78
17) f (x ) = 13 x3 − 4 x 2 +
11
78
a0 = ; a1 =0; a2 = −4; a 3 = 13 .
11
18) g (t ) = 8t 9 + 4 2t 5 − t + 1
a0 = 1; a1 = −1; a2 = a3 = a4 = 0; a5 = 4 2; a6 = a7 = a8 = 0; a9 = 8
206
Observação 10. Se todas as constantes a0 , a1 , a2 , ..., an são nulas,
temos o polinômio nulo, cujo grau não está definido. Se a constante
a0 é não nula e todas as outras são nulas, temos um polinômio de
grau zero (exemplo 19).
• Igualdade de polinômios
Simbolicamente, para
f ( x) = an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x1 + a0 ,
g ( x) = bm x m + bm −1 x m −1 + ... + b2 x 2 + b1 x1 + b0
f = g se e somente se m = n e
an = bm , an −1 = bm −1 ,..., a2 = b2 , a1 = b1 , a0 = b0 .
Exemplos
207
• Gráfico das funções polinomiais
y x f(x)
0 0
-1 -1
-2 -8
-3 -27
-10 -1000
8 1 1
7 2 8
3 27
6 10 1000
5 -1 -1
2 8
4 1 1
3 2 8
2
1
-2 -1 O1 2 x
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
Figura 5.18
208
Definição. Uma função f : → é uma função par quando
f (x ) = f (− x ) para todo x em seu domínio; a função é uma função
ímpar quando f (x ) = − f (− x ) para todo x em seu domínio.
Exemplos
f (x ) = f (− x ).
O x
O x
209
Exercícios propostos
19
8
2
-3 -1 O 1 3 2 x
2 2
-1
-2
- 35
8
Figura 5.21
Exemplos
x −1
24) f (x ) = ; o domínio de f será pois a função polino-
x2 + 1
mial que aparece no denominador não se anula (não tem
raízes reais): D ( f ) = .
1
25) g (x ) = ; D (g ) = − {−3}, uma vez que –3 é raiz da
x+3
função polinomial Q (x ) = x + 3 .
4 x3 − x + 1
26) h (x ) = ; para determinarmos o domínio de h de-
x3 − x
vemos verificar para quais valores de x a função polinomial
Q (x ) = x3 − x se anula, ou seja, devemos calcular as raízes
de Q( x) :
x3 − x = 0
x (x 2 − 1)= 0 ⇒ x = 0 ou x 2 − 1 = 0 ⇒ x = 0 ou x = 1 ou x = −1 .
2
27) K (x ) = ; neste caso não é tão simples deter-
x − x + 5x − 3
4 2
211
Exemplo
Exemplos
1
29) f (x ) = ; D ( f ) = − {0}
x
y
x f(x)
1 1
-1 -1
1
2
2
1 1
-2 -
2
1
2
-2 -1 O 1 2 x
-1
2
-1
Figura 5.22
212
1
Note que f ( x) = é uma função ímpar (prove!). Para x > 0 , à
x
medida que x se aproxima de zero, o valor da função “aumenta”
(quanto menor o denominador, maior a fração). Por outro lado, à
medida que x > 0 assume valores cada vez maiores, o valor da
função se aproxima de zero.
Tarefa
O que acontece à esquerda do eixo Y?
Exemplos
1
30) f (x ) = ; D( f )= − {2}
x−2
x f(x) y
0 -1
2
1 -1
3
-2
2 2
5
2
2 1
1
10
8
- 1 O
-10 1 3 2 5 3 x
12 -1
2 2 2
-1
-2
Figura 5.23
1
Note a semelhança do gráfico da função f (x ) = com o gráfi-
x−2
1
co da função do exemplo anterior. O gráfico de f (x ) = pode
x−2
ser obtido pelo deslocamento horizontal (de duas unidades) do
1
gráfico de f ( x) = .
x
213
x
31) f (x ) = ; D( f )= − {2}
x+2
y
x f(x)
0 0
1
1
3 3
1
2
2 2
3 -1 -1
2 -3 3
-4 2
3
-6
-6 -5 -4 -3 -2 - 3 -1 O1 1 2 3 4 x 2
2 2 1 1
-1 2 5
-2 -3 -3
2
-3
Figura 5.24
1
32) f (x ) = ;D( f )= − {2, −2}
x −42
x f(x)
1 0 -1
4
3 -4
4/9 2 5
1
1/5 3
5
-3 -2 - 3 -1 O 3 2 x
-5 2
1
2
5 3
-3
1
2 -1 2 5
4 5 4
2 9
-1 -5 4
2 9
-2
Figura 5.25
214
Note que este gráfico difere dos anteriores; observe a função que
aparece no denominador.
Exercícios propostos
x+2
b) g (x ) = 2
x −4
1
c) h (x ) = 1 +
x−3
5.3 Função-módulo
A função f : → dada por f (x ) = x é chamada “função-mó-
⎧ x se x ≥ 0
dulo”. Lembrando a definição de módulo, x = ⎨ , te-
⎧ x se x ≥ 0 ⎩− x se x < 0
mos f ( x ) = ⎨ .
⎩−x se x < 0
O gráfico de f será:
y
x f(x)
1 1
-1 1
2 2
3 -2 2
0 0
2
-3 -2 -1 O 1 2 3 x
Figura 5.26
215
Exemplos de função-módulo composta com outras funções:
33) f (x ) = 3 x − 6
⎧⎪ 3 x − 6 se 3 x − 6 ≥ 0
f (x ) = ⎨
⎪⎩− (3 x − 6 ) se 3 x − 6 < 0
3x − 6 ≥ 0 ⇒ 3x ≥ 6 ⇒ x ≥ 2
⎧ 3x − 6 se x ≥ 2
f (x ) = ⎨ .
⎩−3 x + 6 se x < 2
O gráfico de f é:
x f(x)
2 0
1 3
y 3 3
4 6
-1 9
-4 -3 -2 -1 O 1 2 3 4 x
Figura 5.27
34) g (x ) = x 2 − 5
⎪⎧ x − 5 se x − 5 ≥ 0
2 2
g (x ) = ⎨ 2
⎪⎩− x + 5 se x − 5 < 0
2
216
Resolvendo as inequações, temos:
x 2 − 5 ≥ 0 ⇒ x ≥ 5 ou x ≤− 5
⎧
⎪ x 2 − 5 se x ≥ 5 ou x ≤− 5
g (x)= ⎨
⎪ 2
⎩−x + 5 se − 5 < x < 5
O gráfico de g é:
y x f(x)
5
√5 0
4 -√5 0
3 4
-3 4
-1 4
1 4
-3 -√5 -2 -1 O 1 2 √5 3 x
-5
Figura 5.28
217
Exercícios propostos
b) g (x ) = 1 + x + x + x 2 − 2
x
c) h (x ) =
x
A
O
Figura 5.29
218
O caminho percorrido pelo ponto é o arco AM . Dizemos que AM
é um “arco de circunferência”.
Figura 5.30
r
O
r
AB mede 1 rad
Figura 5.31
219
Exemplos
35)
B
O 2 cm A
AB mede 2 rad
׀AB =׀4 cm
Figura 5.32
36)
O
5 cm
B
A
AB mede 3 rad
׀AB =׀15 cm
Figura 5.33
220
Para expressarmos os graus em radianos ou os radianos em graus
fazemos uma regra de três.
Exemplos
135×π 3π
y= = rad
180 4
π
38) Expresse em graus.
6
Exercício proposto
b) 60º
c) 45º
d) 270º
e) 120º
221
Ângulo central
Figura 5.34
B
D
Figura 5.35
Exemplo
222
B
O 10 cm A
Figura 5.36
O 1 A x
Figura 5.37
223
Marcamos os arcos no ciclo trigonométrico a partir do ponto
A = (1, 0 ) , em sentido positivo ou negativo. Veja em seguida os
π π
exemplos dos arcos de rad e de − rad no ciclo trigonométrico:
4 4
y
4
O A x
A
O x
-
π rad
Figura 5.39: Arco de −
4
Exemplo
π
40) A medida do arco em radianos é ; como o raio é 1, seu
4
π
comprimento é unidades de comprimento. O arco de me-
4
π
dida − tem o mesmo comprimento.
4
224
y
4
A
O x
-
Figura 5.40
• Quadrantes
o π
Quadrante I: de 0o ou 0 rad a 90 ou rad.
2
π
Quadrante II: de 90 ou rad a 180o ou π rad.
o
2
o 3π
Quadrante III: de 180 ou π rad a 270o ou rad.
2
3π
Quadrante IV: de 270o ou rad a 360o ou 2π rad, fechando o
2
círculo.
Veja a figura:
y
90º ou
rad
2
II I
180º A 0º ou
ou
rad O 2
rad x
III IV
270º ou 3
rad
2
Figura 5.41
Exercício resolvido
3π
6) Localizar no ciclo trigonométrico o arco de medida rad.
4
225
3π
Resolução. Note que um arco de medida rad corresponde a
4
π 3π π
3 arcos sucessivos de rad, isto é, = 3× . Como a cir-
4 4 4
π
cunferência mede 2π, um arco de corresponde a um oitavo
4
2π π 3π
da circunferência: = . Assim, o arco de medida cor-
8 4 4
responde a três oitavos da circunferência. Veja a figura:
y
2
/4
3
/4
/4
4
O A x
4
5
7
4 6
4
4
Figura 5.42
Exercícios propostos
a) 135º
b) – 180º
5π
c) rad
4
π
d) − rad
2
3π
e) − rad
4
a) 120º
226
b) 330º
11π
c) − rad
6
4π
d) rad
3
7π
e) rad
6
• Arcos côngruos
π
tremidade que , resultantes do movimento em sentido horário
4
π π π
(sentido negativo): − 2 π rad, − 4 π rad, − 6 π rad...
4 4 4
O A x
Figura 5.43
227
Genericamente, se B é a extremidade de um arco de α rad, então B
é a extremidade de todos os arcos α + 2kpπ rad, para todo k inteiro.
Dois arcos são côngruos quando têm a mesma extremidade, isto é, C ôngruo é um termo
derivado da palavra
congruente que, matema-
diferem entre si por um múltiplo inteiro de 2π. Para medidas em ticamente, refere-se a ob-
graus, dois arcos são côngruos quando têm a mesma extremidade jetos de mesma medida.
e diferem entre si por um múltiplo inteiro de 360º. Percebemos
assim que quando marcamos a extremidade de um arco no ci-
clo trigonométrico, estamos na verdade marcando a extremidade
de uma infinidade de arcos. Chamamos de primeira determinação
positiva (abreviamos pdp) de um arco de medida α rad ao arco
côngruo a α cuja medida é β, com 0 ≤ β ≤ 2 π . Para medidas em
graus, a primeira determinação positiva (pdp) de um arco de x o é
o arco côngruo a x cuja medida é y para 0 ≤ y ≤ 360o .
6π 20 π 6 π
Como 0 ≤ ≤ 2 π , e os arcos de medidas e diferem de um
7 7 7
20 π 6 π 20 π 6π
múltiplo inteiro 2π (pois − = 2 π ), a pdp de será .
7 7 7 7
Exercícios resolvidos
228
47 π 11π
Assim, − = 6 π , o que significa que os arcos de medida
6 6
47 π 11π
e diferem por um múltiplo inteiro de 2π. Também
6 6
11π 11π
0≤ ≤ 2 π . A pdp será então . Veja a figura:
6 6
y
4
6 2
6 6
6 6
6
O A x
7
11
6 6
8
10
6 9
6
6
Figura 5.44
O A x
Figura 5.45
229
Exercícios propostos
d) – 1330º
cos : → .
230
Uma propriedade fundamental das funções trigonométricas é
que elas são periódicas. Por isso, são especialmente adequadas
para descrever os fenômenos de natureza periódica, oscilatória
ou vibratória: movimento de planetas, som, corrente elétrica al-
ternada, circulação do sangue, batimentos cardíacos, etc.
O P1 A x
Figura 5.46
sen : → cos : →
x sen x x cos x
231
• Domínio e Imagem das funções seno e cosseno
• Relação fundamental
y
P
P2
.
O P1 x
Figura 5.47
sen 0 = 0 cos 0 = 1
π π
sen =1 cos =0
2 2
senπ =0 cos π =−1
3π 3π
sen =−1 cos =0
2 2
232
• Sinal algébrico do seno e cosseno de x
M1
Q1
M2
Q2
x4
x3
x2
P3 x1 P4
P2 O P1 x
Q4 M4
Q3
M3
Figura 5.48
233
y y
_
+ + +
O x O x
_ _ _
+
Figura 5.49
7π 7π
Quanto vale sen ? E cos ?
2 2
7π
Como é maior do que 2π , tomamos sua primeira determina-
2
7 π 4 π+ 3π 3π
ção positiva (pdp): = = 2 π+ .
2 2 2
7π 3π
Assim, a pdp do arco de medida é ; isto significa que os
2 2
7π 3π
arcos de medida e têm a mesma extremidade, determi-
2 2
nando as mesmas coordenadas.
7π 3π 7π 3π
Logo, sen = sen =−1 e cos = cos =0 .
2 2 2 2
234
• Valores notáveis do seno e cosseno
α+ β = 90o , então:
c
sen α = = cos β
a
b
sen β = = cos α
a
b a
β
.
c
Figura 5.50
4
a
b
4
.
c =b
Figura 5.51
235
π π
(ii) α = 30o = e β = 60o =
6 3
a2
h2 + = a2
4
2 2 a 2 3a 2
h =a − =
4 4
3
h= a
2
6
a a
h
3
.
a
Figura 5.52
Então
3 a
π h a 3 π π 1 π
sen = = 2 = = cos e cos = 2 = = sen
3 a a 2 6 3 a 2 6
Resumindo:
x π π π π 3π
0 π
(em rad) 6 4 3 2 2
3 2 1
cos x 1 0 -1 0
2 2 2
1 2 3
sen x 0 1 0 -1
2 2 2
236
y y y
M y M’ y’ M’
y’ M’
α α
β β x x β x α β x
x O x’ β O x’ O β x
y
M y
M
Figura 5.53
5π 5π
41) Determinar sen e cos .
6 6
5π
Observemos que o arco de medida encontra-se no segundo
6
π 5π π
quadrante e é um múltiplo de , isto é, = 5× . Para che-
6 6 6
5π π
gar a é necessário percorrer cinco arcos de .
6 6
Veja a figura:
y y
3
4
6 2
6 6
5
1
6 6 5
2
6 6
6
6 x x
O 2
O
- √3 √3
2 2
7
11
6 6
8
10
6 9
6
Figura 5.54
237
Observando a simetria, vemos que
5π π 1 5π π 3
sen = sen = e cos =−cos =− (lembre-se que
6 6 2 6 6 2
no segundo quadrante o seno é positivo e o cosseno é negativo).
4π 4π
42) Determine sen e cos .
3 3
4π
O arco de medida encontra-se no terceiro quadrante; usan-
3
4π
do a mesma idéia do exemplo anterior, para chegar a ,é
3
π
necessário percorrer quatro arcos de . Veja a figura:
3
3 3 3
√3
2
-1
2
2
3
O O 1
3 2
- √3
2
4
5
4
3 3 3
Figura 5.55
negativos).
7π 7π
43) Determine sen e cos .
4 4
7π
O arco de medida encontra-se no quarto quadrante; ana-
4
logamente aos exemplos anteriores e observando a figura, con-
cluímos que:
238
y y
2
4 4 √2 4
2
2
x x
4
O O √2
4 2
- √2
5
7
2 7
4 4 4
6
Figura 5.56
7π π 2 7π π 2
sen =−sen =− e cos = cos =
4 4 2 4 4 2
(Lembre-se que no quarto quadrante o seno é negativo e o cosseno
é positivo).
Exercício proposto
24) Determine seno e cosseno dos arcos de medida:
7π
a)
6
11π
b)
4
8π
c)
3
5π
d) −
4
17 π
e)
6
23π
f)
3
24 π
g) −
16
239
• Gráficos da função seno e da função cosseno
- 5
- 2
- 3
-
-
O
3
2
5
3
x
2 2 2 2 2 2
-1
função seno
Figura 5.57
- 5
- 2
- 3
-
-
O
3
2
5
3
x
2 2 2 2 2 2
-1
função cosseno
Figura 5.58
240
• Considerações sobre as funções seno e cosseno
0, π, 2 π, 3π,..., − π, − 2 π, − 3π,...
π 3π 5 π 7 π π 3π 5π 7π
, , , ,..., − , − , − , − ,...
2 2 2 2 2 2 2 2
(2k +1) π
ou seja, os valores de x dados por x = , ou
2
π
x = k π+ , para todo k ∈ .
2
241
Já sabemos que sen ( x + 2 π ) = sen x para todo x ∈ e tam-
bém sen ( x + 2k π ) = sen x, ∀ k ∈ , ∀ x ∈ . Isto nos ga-
rante que seno é uma função periódica e o menor número
positivo T para o qual se tem sen ( x +T ) = sen x é T = 2 π .
Assim, o período da função seno é 2π . Isto significa que o
gráfico da função sen x “se repete” a cada intervalo de com-
primento 2π , a partir da origem. Analogamente, o período
da função cosseno também é 2π . Veja novamente as figuras
5.57 e 5.58.
Exercício resolvido
⎛4 ⎞
9) Encontre o período da função f ( x ) = sen⎜ x ⎟
⎝5 ⎠
4 10 π 5 π 5π
T = 2π ⇒ T = = . Logo, o período de f é . Confira
5 4 2 2
242
OM = OS
OM = QB
OS = QC
B
M
x
.
O Q A
-x
S C
Figura 5.59
Exemplos
44) g : → , g ( x ) = x + π ,
(sen g )( x )= sen (g ( x ))= sen ( x + π)
Vamos fazer o gráfico da função sen ( x+ π ) , comparando-o
com o gráfico de sen x :
243
y
1
sen x
x
- 2
- 3
-
-
O
2
3
2
5
2 2 2 2
sen (x +
)
-1
Figura 5.60
x 0
sen (x + π) 0 -1 0 1 0
Tarefa
Faça o gráfico da função composta (cos g )( x )= cos (g ( x ))= cos ( x + π)
e compare-o com o gráfico de cos x. O que você conclui?
244
45) h : → , h ( x ) = 2 x , (cos h )( x ) = cos (h ( x ))= cos (2 x )
1 cos (2x)
-
O
x
- 5
- 2
- 3
-
4
3
2
5
3
2 2 2 2 2 2
-1
cos x
Figura 5.61
x 0
cos (2x) 1 0 -1 0 1
245
Tarefa
1) Faça e estude os gráficos das funções compostas cos (3x ) ,
⎛ x⎞ ⎛ x⎞
cos (4x ) , cos⎜ ⎟ e cos⎜ ⎟.
⎝2⎠ ⎝4⎠
π
2) Para f (x)= 2 x +
2
, faça o gráfico e determine o período da
⎛ π⎞
função composta (cos f )( x ) = cos ( f ( x ))= cos⎜ 2 x + ⎟.
⎝ 2⎠
Exemplo
2
1+ sen x
1
- 5
- 2
- 3
-
-
O
3
2
5
3
x
2 2 2 2 2 2
sen x
-1
Figura 5.62
Observamos que:
246
Tarefa
Seja v ( x ) =−2 + x . Analise o gráfico da função composta
(v cos )( x ) = v (cos ( x ))=−2 + cos x .
Compare com o gráfico de cos x.
Exercícios propostos
25) Dê o período e os zeros das seguintes funções:
⎛ π⎞
a) m ( x ) = 3 + cos⎜ x − ⎟
⎝ 2⎠
⎛ π⎞
b) s ( x ) =−4 + sen⎜ x + ⎟
⎝ 3⎠
⎛ x⎞
b) g ( x ) = sen⎜ ⎟
⎝4⎠
⎛ x⎞
c) m ( x ) = cos⎜ ⎟
⎝3⎠
247
y
- 5
- 2
- 3
-
-
O
3
2
5
3
x
2 2 2 2 2 2
-1
função seno
Figura 5.63
⎡ π π⎤
No intervalo ⎢− , ⎥ a função seno é injetora, e o mesmo ocorre
⎣ 2 2⎦
⎡ π 3π ⎤ ⎡ 3π π ⎤
nos intervalos ⎢ , ⎥, ⎢− ,− ⎥, e em uma infinidade de ou-
⎣2 2 ⎦ ⎣ 2 2⎦
tros. Observe também que nestes intervalos a imagem da função
é [−1,1] , ou seja, ela também é sobrejetora. Fixando o intervalo
⎡ π π⎤
⎢− , , consideremos a função
⎣ 2 2⎥
⎦
⎡ π π⎤
F :⎢− , ⎥→ [−1,1]
⎣ 2 2⎦
F ( x ) = sen x
⎡ π π⎤
g : [−1,1] →⎢− , ⎥
⎣ 2 2⎦
⎛1⎞ π ⎛ 1⎞ π ⎛ 2⎞ π
g⎜ ⎟= ; g (0) = 0; g⎜− ⎟=− ; g⎜
⎜ 2 ⎟
⎟= .
⎝2⎠ 6 ⎝ 2⎠ 6 ⎝ ⎠ 4
248
O gráfico da função g é dado por
arc sen x y
x
0 0 2
1
~
= 0,52
2 6
√3
~ 3 1
= 1,04
2 3
√2
~
= 0,78
2 4 6
-1 -
2 6 - √3 - 1
-1 2 2
- √3 -
3 1 1 x
2 O √3
2 2
-1 -
Figura 5.64
y
arc sen x
2
1 sen x
-
-1 1
x
2 2
-1
2
bissetriz do 1º Quadrante
Figura 5.65
249
Analisando agora a função cosseno,
y
- 5
- 2
- 3
-
-
O
3
2
5
3
x
2 2 2 2 2 2
-1
função cosseno
Figura 5.66
h : [−1,1] → [0, π ]
h ( x ) = arccos x (lê-se “arco cosseno de x”).
y x arc cos x
-1
-1 2
2 3
0
2
2
3 1
2 3
/
2 1 0
-1 O x
-1 1 1
2 2
Figura 5.67
250
Também neste caso os gráficos de H e h são simétricos em relação
à bissetriz do primeiro quadrante:
y
arc cos x
/
2
1
-1 O 1
x
2
-1 cos x
bissetriz do 1º Quadrante
Figura 5.68
Exercícios resolvidos
⎛ 2⎞
10) Calcule sen⎜
⎜ arccos ⎟.
⎝ 2 ⎟
⎠
Resolução. Queremos calcular o seno do arco cujo cosseno é
2 2 2
. Se y é o arco cujo cosseno é , isto é, cos y = , qual
2 2 2
o valor de sen y? Lembramos que nosso intervalo de trabalho
para os valores do arco y é o intervalo [0, π ] , a imagem da fun-
ção arco cosseno. Assim, existe um único valor de y no intervalo
2 π
[0, π ] , tal que cos y = . Este valor, como sabemos, é . As-
2 4
⎛ 2 ⎞ π 2
sim, sen⎜ ⎜ arccos 2 ⎟⎟= sen y = sen 4 = 2 .
⎝ ⎠
251
sen 2 y + cos 2 y =1 ; substituindo cos y = x na igualdade, temos:
sen 2 y + x 2 =1
sen 2 y =1− x 2
sen y =± 1− x 2
⎛ 3π ⎞
12) Determine arcsen⎜sen ⎟.
⎝ 2 ⎠
3π
Resolução. Como sen =−1 , o problema consiste em de-
2
terminar arcsen (−1) . O único arco pertencente ao intervalo
⎡ π π⎤ −π ⎛ 3π ⎞ π
⎢− , ⎥ cujo seno é – 1 é . Logo, arcsen⎜sen ⎟=− .
⎣ 2 2⎦ 2 ⎝ 2 ⎠ 2
Você poderia pensar que, como seno e arco seno são funções
inversas, então arcsen(sen x) = x, para qualquer valor x. Mas
não podemos esquecer a definição! É preciso estar atento para o
domínio e contradomínio das duas funções.
Exercício proposto
28) Calcule:
⎛ 1⎞
a) sen⎜ arcsen ⎟
⎝ 2⎠
⎛ 2⎞
b) cos⎜
⎜ arccos ⎟
⎝ 2 ⎟
⎠
c) sen (arccos 0)
⎛ 3⎞
d) cos⎜
⎜ arcsen ⎟
⎝ 2 ⎟
⎠
⎛ 3π ⎞
e) arcsen⎜sen ⎟
⎝ 4 ⎠
⎛ 3π ⎞
f) arccos⎜ cos ⎟
⎝ 2 ⎠
252
5.4.2 A função tangente
Seja x um número real cujo cosseno é diferente de zero, determinan-
do no ciclo trigonométrico o ponto D (lembre-se: o ponto D é a extre-
midade do arco de medida x rad.). Definimos a função tangente de x
(a notação é tg x) como sendo a ordenada do ponto B, que é o ponto
de intersecção do prolongamento do raio OD com uma reta paralela
ao eixo Y passando pelo ponto A (tangente à circunferência), cha-
mada “eixo das tangentes”. Este eixo é uma “cópia” do eixo Y, com
valores negativos abaixo de A e positivos acima de A. Veja a figura:
y
x
O C A x
Figura 5.69
253
π
cos x ≠ 0 . Lembrando que cos x = 0 quando x = k π+ , ∀ k ∈ ,
2
podemos definir a função tangente como:
⎧ π ⎫
tg : −⎨k π+ / k ∈ ⎬ →
⎩ 2 ⎭
sen x
tgx =
cos x
B2
M1 2
x +
y
A x
-
M2
3
2
B1
Figura 5.70
π
Para x = , não existe um valor para a tangente, mas observe que
2
π
quando x assume valores cada vez mais próximos de , porém
2
254
π
menores do que , os valores de tg x aumentam, tornando-se
2
infinitamente grandes. Veja a figura:
B3
B2
2
B1
z
y
x
O A
K3
3
K2
2
K3
Figura 5.71
π
No entanto, quando x assume valores maiores do que e aproxi-
2
mando-se cada vez mais deste valor, tg x é um número negativo
assumindo, em módulo, valores infinitamente grandes.
3π
Para x = , não existe tg x . Estude o que acontece com a tg x
2
3π
quando os valores de x se aproximam de .
2
255
π 2
π π sen 4 2 =1 .
Para x = , tg = =
4 4 π 2
cos
4 2
π 1
π π sen
Para x = , tg = 6= 2 = 1 = 3.
6 6 π 3 3 3
cos
6 2
π 3
π π sen 3 2 = 3.
Para x = , tg = =
3 3 π 1
cos
3 2
Resumindo:
π π π
x 0 π
6 4 3
3
tg x 0 1 3 0
3
Exercício resolvido
13) Determine o valor de tg 223π .
Resolução.
22 π 18 π 4 π 4π 22 π 4π
= + = 6 π+ . Logo, tg = tg .
3 3 3 3 3 3
4π π 3 4π π 1
Como sen =−sen =− e cos =−cos =− ,
3 3 2 3 3 2
3
22 π 4π − 2
teremos tg = tg = = 3.
3 3 1
−
2
256
Observação 18. Como sabemos reduzir seno e cosseno ao pri-
meiro quadrante, também podemos fazê-lo para a tangente, já
que ela depende destas duas funções. Note que basta conhecer
uma das funções, seno ou cosseno, para conhecermos a tangente,
pois seno e cosseno estão relacionados pela Relação Fundamental
sen 2 x + cos 2 x =1 . Por exemplo, se sabemos que x está no primeiro
quadrante e sen x = 0, 2 , podemos calcular a tg x fazendo:
0, 04 + cos 2 x =1
cos 2 x =1− 0, 04
96
cos 2 x = 0,96 =
100
96 2 6
cos x = =
100 5
2
0, 2 1
Logo, tg x = = 10 = .
2 6 2 6 2 6
5 5
257
y
- 5
-2
- 3
-
-
O
3
2
5
x
2 2 2 2 2 2
Figura 5.72
258
2) Os zeros da função tangente são os zeros da função seno, isto
é, tg x = 0 quando x = k π , pra todo k ∈ .
π
4) A função não está definida para os valores x = k π+ , para
2
todo k ∈ , ou seja, estes pontos não têm imagem pela fun-
ção tangente. Observe o que acontece na vizinhança destes
pontos, lembrando das considerações que fizemos para os va-
lores notáveis da tangente.
5) Nos intervalos
⎛−5 π −3π ⎞⎛−3π −π ⎞⎛−π π ⎞⎛ π 3π ⎞
... ⎜ , ⎟⎜
, , ⎟⎜
, , ⎟⎜, , ⎟,.. a função
⎝ 2 2 ⎠⎝ 2 2 ⎠⎝ 2 2 ⎠⎝ 2 2 ⎠
tangente é injetora. Isto nos sugere que ela é inversível em
cada um destes intervalos.
259
y
2 arc tgx
-
-1 1
x
2 2
-
tgx
Figura 5.73
Exercício resolvido
14) Calcule sen (arctg (− 3 )).
Resolução. Seja x o arco cuja tangente é − 3 , isto é,
tg x =− 3 . Queremos calcular sen x. Sabemos dos valores no-
π
táveis que tg = 3 ; mas qual arco cuja tangente resulta no
3
oposto deste número? Vamos observar no ciclo trigonométrico:
260
y
√3
2
3
3
O A x
3
-√3
Figura 5.74
2 π −π
Vemos que, para os arcos de medida e tem-se
3 3
2π −π
tg = tg =− 3 . Mas a função arctg tem como imagem o
3 3
⎛ π π⎞
intervalo ⎜− , ⎟, isto é, tem como imagem arcos no primeiro
⎝ 2 2⎠
2π
ou quarto quadrantes. O arco de medida está no segundo
3
−π −π 3
quadrante. Logo, escolhemos x = e sen =− .
3 3 2
Exercícios propostos
π π π
29) Conhecendo o seno e o cosseno de 6
rad, rad e rad,
4 3
calcule sen x e cos x para:
a) x =1230o
b) x =−960o
−13π
c) x = rad
4
47 π
d) x = rad
6
261
30) Determine o sinal algébrico dos números reais:
a) sen 5
b) cos 7, 68
c) sen 13
d) cos 2
262
34) Calcule:
−13π
a) tg
3
23π
b) tg
4
Resumo do Capítulo
Neste capítulo estudamos as funções elementares:
263
Bibliografia Comentada
264
Bibliografia
11) ZILL D.; DOWAR, J. Basic Mathematics for Calculus. New York:
McGraw-Hill, 1994.
265